trabalho de contabilidade de custos

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1 FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO MILTON CAMPOS Curso de Formação Superior em Administração Contabilidade de Custos Professor Flávio Augusto TRABALHO DE CUSTOS Mateus Fassy Braga 3º Período/Administração/Noturno Nova Lima Maio de 2012

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FACULDADE DE ADMINISTRAO MILTON CAMPOS Curso de Formao Superior em Administrao Contabilidade de Custos Professor Flvio Augusto

TRABALHO DE CUSTOS

Mateus Fassy Braga 3 Perodo/Administrao/Noturno

Nova Lima Maio de 2012

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SUMRIO

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INTRODUO...........................................................................................03 CUSTEIO POR ABSORO.....................................................................04 CUSTEIO VARIVEL...............................................................................06 CUSTEIO POR ATIVIDADE....................................................................09 CONCLUSO............................................................................................11 BIBLIOGRAFIA........................................................................................12

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Introduo

Nesse trabalho de Contabilidade de Custos discutiremos o que so custeios por absoro, custeios variveis e custeios baseados em atividade, suas principais caractersticas, aplicabilidade, exemplos prticos e crticas sobre o mtodo.

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1. Custeio por Absoro

O Custeio por absoro, tambm chamado custeio integral, aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da rea de fabricao, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variveis, de estrutura ou operacionais. O prprio nome do critrio revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento fazer com que cada produto ou produo (ou servio) absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados fabricao.As principais caractersticas do custeio por absoro so:

1. Engloba os custos totais: fixos, variveis, diretos e/ou indiretos. 2. Necessita de critrio de rateios, no caso de apropriao dos custos indiretos (gastos gerais de produo) quando houver dois ou mais produtos ou servios. 3. o critrio legal exigido no Brasil. Entretanto, nem sempre til como ferramenta de gesto (anlise) de custos, por possibilitar distores ao distribuir custos entre diversos produtos e servios, possibilitando mascarar desperdcios e outras ineficincias produtivas. 4. Os resultados apresentados sofrem influncia direta do volume de produo. O Custeio por Absoro o nico aceito pelo Imposto de Renda do Brasil e pela auditoria Externa, por atender aos seguintes princpios contbeis: Princpio da Realizao de Receita: Ocorre a realizao da receita quando da transferncia do bem vendido por terceiros; Princpio da Confrontao: As despesas devem ser reconhecidas medida que so realizadas as receitas que ajudam a gerar (direta ou indiretamente); Princpio da Competncia: As despesas e receitas devem ser reconhecidas nos perodos de sua competncia, ou seja, no perodo em que ocorrer o seu fato gerador.

Exemplo: Suponha que uma empresa venda um produto cujo custo de MP seja de R$10 por unidade produzida. Suponha ainda que, nessa empresa, a soma dos custos diretos e indiretos de fabricao montem a R$1.000/ms. Se em um determinado ms a empresa4

produzir 500 unidades deste produto, pelo mtodo de custeio por absoro, seu custo unitrio ser igual a R$12, conforme demonstramos abaixo:

Matria-prima por unidade Rateio dos custos fixos pelas unidades produzidas Total

R$ 10 R$1.000 / 500un = R$ 2 R$ 12

Se no ms seguinte, se a empresa fabricasse 600 unidades deste mesmo produto, seu custo unitrio para efeito da apurao do custo dos produtos vendidos seria R$ 11,67. Conforme mostrado abaixo: Matria-prima por unidade R$ 10

Rateio dos custos fixos pelas unidades produzidas R$ 1.000 / 600un = R$ 1,67 Total R$ 11,67

Crtica Por sua prpria natureza, os custos fixos existem independentemente da fabricao ou no desta ou daquela unidade, e acabam presentes no mesmo montante, mesmo que oscilaes (dentro de certos limites) ocorram no volume de produo. Os custos fixos tendem a ser muito mais um encargo para que a empresa possa ter condies de produo do que sacrifcio para fabricao especfica desta ou daquela unidade; so necessrios muito mais para a indstria possa operar, ter instalado sua capacidade de produo, do que para fabricar uma unidade a mais de determinado produto.

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2. Custeio Varivel

O custeio direto, ou custeio varivel, um tipo de custeio que consiste em considerar como custo de produo do perodo apenas os custos variveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que no haja produo, no so considerados como custo de produo e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do perodo. Desse modo, o custo dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaborao e produtos acabados s contero custos variveis. Os mtodos de Custeio atribuem para cada custo uma classificao especfica, na forma de custos fixos ou custos variveis. O sistema de custeio varivel fundamenta-se na separao dos gastos em gastos variveis e fixos, isto , em gastos que oscilam proporcionalmente ao volume da produo/venda e gastos que se mantm estveis perante volumes de produo/venda oscilantes dentro de certos limites. Esse sistema produz informaes importantssimas como a margem de contribuio (contribuio marginal) e o sistema que proporciona os subsdios necessrios para a tomada de decises nas empresas. Algumas caractersticas essenciais do mtodo de custeio varivel so:

Diviso dos custos em dois grupos principais: fixos e variveis (eventualmente podem ser necessrios criar as categorias intermedirias de semi-fixos ou semivariveis);

Atribuir ao custo final dos produtos somente os custos variveis, obtendo-se, assim, um custo final varivel dos produtos. A diferena do custo varivel com a receita de vendas a chamada margem de contribuio.

Gerencialmente, os custos fixos so considerados integralmente como redutores do resultado, no se ativando os mesmos em estoques.

Do ponto de vista decisorial, verificamos que o Custeio Varivel tem condies de propiciar muito mais rapidamente informaes vitais empresa; tambm o resultado medido dentro do seu critrio parece ser mais informativo administrao, por

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abandonar os custos fixos e trat-los contabilmente, como se fossem despesas, j que so quase sempre repetitivos e independentes dos diversos produtos e unidades. Exemplo: Suponha que uma empresa industrial produza e comercialize um produto cujo preo de venda seja R$10,00 e que apresente a seguinte estrutura de custos variveis: Matria prima e materiais secundrios ICMS PIS e Cofins Comisso de Vendedores R$ 5,00 18% 9,25% 5%

Nesse caso, o custo unitrio do produto vendido obtido pelo mtodo de custeio varivel seria: Custos Variveis de Produo Matria-prima e materiais secundrios Despesas Variveis de Vendas ICMS 18% x R$ 5,00 = R$ 0,90 R$ 0,925 R$ 0,50 R$ 7,325 R$ 5,00

PIS e Cofins 9,25% x R$ 10,00 = Comisso de Vendedores 5% x R$ 10,00 = Total Crtica

O custeio varivel fere os Princpios Contbeis, principalmente o Regime de Competncia e a Confrontao. Segundo estes, devemos apropriar as receitas e delas deduzir todos os sacrifcios envolvidos para sua obteno. Ora, se fabricados hoje,incorremos hoje em custos que so sacrifcios para a obteno das receitas derivadas das vendas dos produtos feitos, e essas vendas podero em parte vir amanh. No seria, dentro desse raciocnio, muito correto jogar todos os custos fixos contra as vendas de hoje, se parte dos produtos feitos s ser vendida amanh; deve ento tambm ficar para amanh uma parcela dos custos variveis ou fixos, relativos a tais produtos. Justifica-se dessa forma a ainda no-aceitao do Custeio Varivel para efeitos de Balano e Resultados. Entretanto, essa situao poder vir a mudar no futuro.7

Mas essa no-aceitao do Custeio Varivel no impede que a empresa o utilize para efeito interno, ou mesmo que o formalize completamente na Contabilidade durante o ano todo. Basta, no final do exerccio, fazer um lanamento de ajuste para que fique tudo amoldado aos critrios exigidos. Nem a Auditoria Externa nem a legislao fiscal impedem a adoo de critrios durante o ano diferente dos adotados nas demonstraes contbeis de final de exerccio. A consistncia obrigatria entre as demonstraes de fim de cada exerccio.

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3. Custeio baseado em atividade

Custeio baseado em atividades ou custeio ABC (Activity Based Costing) um mtodo de custeio que est baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricao de seus produtos. Consiste na identificao, anlise e alocao de custos aos processos de uma determinada empresa, visando melhor gerenciar a lucratividade. O uso deste mtodo permite uma melhor mensurao dos custos. Os recursos so atribudos a cada atividade; em seguida, as atividades so atribudas a objetos de custo com base no seu uso. O custo baseado em atividades reconhece os relacionamentos de causa dos responsveis pelos custos das atividades. Tambm ameniza as distores provocadas pelo uso do rateio usado na tradicional lgica de absoro dos custos. As principais caractersticas desse mtodo de custeio so: O centro de interesse do sistema ABC concentra-se, fundamentalmente, nos gastos indiretos, uma vez que os custos primrios (mo-de-obra e material diretos), diretamente atribuveis aos bens e servios produzidos, no apresentam problemas de custeio que no possam ser satisfatoriamente contornados pelos sistemas de custo convencionais; Tem como pressuposto a ideia de que os recursos da empresa so consumidos pelas atividades e no pelos bens ou servios; utilizado como ponto de apoio diante da competitividade das empresas; Baseia-se no rastreamento de atividades mais relevantes, visando planejar e realizar o uso eficiente e eficaz dos recursos da empresa; Tem fins basicamente gerenciais e no exigido para fins fiscais e contbeis.

A importncia que se d utilizao do sistema de custeio ABC em virtude do mesmo no ser apenas um sistema que d valor aos estoques, mas tambm proporciona informaes gerenciais que auxiliam os tomadores de deciso, como por exemplo, os custos das atividades, que proporcionam aos gestores atriburem responsabilidades. Um diferencial do sistema de custeio ABC, que a sua utilizao, por exigir controles pormenorizados, proporciona o acompanhamento e correes devidas nos processos

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internos da empresa, ao mesmo tempo em que possibilita a implantao e/ou aperfeioamento dos controles internos da entidade.

Crticas

Alto nvel de controles internos a serem implantados e avaliados; Necessidade de reviso constante; Levam em considerao muitos dados; Informaes de difcil extrao; Dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa; Necessidade de reorganizao da empresa antes de sua implantao; Dificuldade na integrao das informaes entre departamentos; Falta de pessoal competente, qualificado e experiente para implantao e acompanhamento; Necessidade de formulao de procedimentos padres; Maior preocupao em gerar informaes estratgicas do que em us-las10

Concluso Atravs do estudo dos mtodos de custeio observamos que cada um possui suas peculiaridades, vantagens e desvantagens, sendo cada um recomendvel para uma situao especfica. O Custeio por Absoro o nico aceito pelo Imposto de Renda do Brasil e pela auditoria Externa por estar dentro de suas normas. O Custeio Varivel tem condies de propiciar muito mais rapidamente informaes vitais empresa, uma vez que abandona os custos fixos e trata-os contabilmente, como se fossem despesas. O custeio baseado em atividades reconhece os relacionamentos de causa dos responsveis pelos custos das atividades e tambm ameniza as distores provocadas pelo uso do rateio usado na tradicional lgica de absoro dos custos.

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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS APOSTILA Apostila de Contabilidade de Custos. Prof. Flvio Augusto. INTERNET http://carlosalexandresa.com.br/artigos/O-Metodo-de-Custeio-por-Absorcao-e-oMetodo-de-Custeio-Variavel.pdf acessado em 26/04/2012 http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custeioporabsorcao.htm acessado em 26/04/2012 http://pt.wikipedia.org/wiki/Custeio_por_absor%C3%A7%C3%A3o acessado em 26/04/2012 http://arquivos.unama.br/professores/iuvb/contabilidade/CCO/aula05.pdf acessado em 26/04/2012 http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR32_0533.pdf acessado em 26/04/2012

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