trabalho de bromatologia pronto

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE BACABAL – FEBAC CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA: BROMATOLOGIA PROFESSORA: LAYLA CASTRO DINALDA DE FRANÇA VASCONCELOS GEORDANA SOUSA RIBEIRO PORTILHO GIANNA EMANUELA SILVA PORTILHO IVAN DE PAIVA DO VALE SEGUNDO SHIRGEHAK MORAES MOTA TECNOLOGIAS DE PESCADO E FRUTOS DO MAR

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tecnologia de pescados

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FACULDADE DE EDUCAO DE BACABAL FEBACCURSO DE FARMCIADISCIPLINA: BROMATOLOGIAPROFESSORA: LAYLA CASTRO

DINALDA DE FRANA VASCONCELOS GEORDANA SOUSA RIBEIRO PORTILHOGIANNA EMANUELA SILVA PORTILHOIVAN DE PAIVA DO VALE SEGUNDOSHIRGEHAK MORAES MOTA

TECNOLOGIAS DE PESCADO E FRUTOS DO MAR

BACABAL-MA2015DINALDA DE FRANA VASCONCELOS GEORDANA SOUSA RIBEIRO PORTILHOGIANNA EMANUELA SILVA PORTILHOIVAN DE PAIVA DO VALE SEGUNDOSHIRGEHAK MORAES MOTA

TECNOLOGIA DE PESCADOS E FRUTOS DO MAR

Trabalho produzido como requisito para obteno de nota da disciplina de Bromatologia, no 5 perodo do curso de Farmcia, tendo como orientadora a professora: Layla Castro.

BACABAL-MA2015SUMRIO1.INTRODUO42.BENEFICIAMENTO DO PESCADO63.CULTIVO DO CAMARO93.1.Beneficiamento Do Camaro93.2.Mtodos de Conservao do Camaro94.TCNICAS DE CONSERVAO DO PESCADO104.1.Salga104.2.Conservao a frio114.2.1.PESCADO FRESCO114.2.2.REFRIGERAO124.2.3.PESCADO CONGELADO124.3.Enlatados145.CONCLUSO16REFERNCIAS17

1. INTRODUOOs pescados passaram muito tempo sendo produtos pouco apreciados pela maioria da populao, sendo que as dificuldades de captura e outros fatores contriburam para essa situao, na nossa regio, os pescados, por vezes, foram considerados, um produto consumido por pessoas de baixa renda, onde a carne vermelha predominava na mesa dos mais abastados.O conceito de pescado muito varivel e relativo, dependendo da localizao geogrfica, da cultura, dos hbitos pessoais, da poca do ano e de muitos outros fatores. Segundo o RIISPOA, Regulamento de Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal, no seu artigo 438, o pescado compreende os peixes, crustceos, moluscos, anfbios, quelnios e mamferos de gua doce ou salgada utilizados na alimentao humana.Ao longo dos anos, com o progresso e a tecnologia, o homem ganhou muito em conforto, mas perdeu bastante em termos de alimentao saudvel, fazendo a populao buscar por melhor qualidade de vida, mudando assim seus hbitos alimentares. De acordo com Dias (2006/2007), a descoberta e divulgao de novos mtodos de conservao do pescado, tais como a refrigerao e a congelao e expanso da pesca para regies cada vez mais afastadas da costa, contriburam para o que j era realidade em outros pases e algumas regies do nosso pas, venha se concretizado fortemente em nossa regio, principalmente pelo aumento no nmero de produtores rurais que migraram da agropecuria para a criao de peixes e a facilidade no acesso a produtos derivados do mar e/ou de outras regies, possibilitados pelo desenvolvimento e progresso no setor de tcnicas de conservao do pescado, j que o pescado um dos produtos, de origem animal, mais perecveis que existem, estando sujeitos ao de microrganismos e reaes qumicas que mudaram as caractersticas naturais do pescado. O pescado apresenta um alto valor nutritivo, porm, esses valores para serem vlidos tem que estar associados a mtodos eficientes, de fcil acesso e viveis economicamente para que o produto possa ter mais tempo de prateleira, com menos riscos de contaminao e/ou adulterao e sem perder caractersticas organolpticas e no sofrer qualquer outro tipo de deteriorao, mesmo esse produto sendo proveniente de regies distantes de onde ser consumido. A pesca sofreu poucas alteraes no passar tempo, as tecnologias utilizadas na idade mdia so praticamente as mesmas, com alguns aperfeioamentos, j a tecnologia relacionada a beneficiamento e conservao teve um avano proporcional ao que ocorreu em outros setores de produtos industrializados de origem tanto animal como vegetal. A costa brasileira se estende pelo Oceano Atlntico, cobrindo 7.367 Km, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), o que nos leva a deduzir a enorme quantidade de espcies de pescado que o Brasil possui, porem com seu potencial limitado, devido aos altos custos dos processamento, conservao e transporte desse material, a falta de conhecimento das, ainda existentes, comunidades que praticam a pesca artesanal, que fazem uso limitado e por vezes de forma errada de antigos mtodos antigos, porem ineficientes se no aplicados de forma correta. Esse trabalho tem como objetivo principal mostrar as principais tecnologias utilizados no beneficiamento e conservao de pescados, principalmente os que abrangem a realidade de nossa regio, buscando esclarecer dvidas acerca do tema em estudo.

2. BENEFICIAMENTO DO PESCADOAssim como todo alimento o pescado tambm passa por processos de beneficiamento que vo desde captura at a chegar a mesa do consumidor, processos que seguem as mais variadas etapas que envolvem atividades manuais, adio de produtos qumicos, mtodos distintos de conservao, onde ser levado em considerao o tipo de pescado, custo, objetivo principal da conservao, no intuito de preservar o mximo possvel suas caractersticas originais. O pescado uma das mais importantes fontes de protenas e minerais na alimentao humana. Segundo GONCALVES (2012), estudos apresentado na Nambia, confirmam que o consumo frequente de pescada, por doentes em risco cardiovascular, melhora a tenso arterial diastlica, reduz peso, permetro abdominal, bem como os nveis de colesterol LDL. O beneficiamento do pescado vai consiste na transformao da carne de peixes e crustceos, em produtos mais elaborados, como fil, fishburguer, nuggets, almndega, linguia e quibe. O pescado pode ser comercializado nas formas in natura e industrializada. A primeira refere ao pescado recm-capturado, submetido refrigerao (ou no) e ainda cru, enquanto a segunda refere-se ao pescado que sofre algum processo de manuseio (como eviscerao ou filetagem) e preservao (pescado enlatado). (OGAWA, 1999).Um dos principais motivos para decomposio do pescado so os microrganismo, que se nutrem do produto pela grande quantidade de protenas e teor de umidade disponvel neles. Segundo OETTERER, no so s as bactrias e seus produtos de metabolismo so responsveis pela deteriorao da carne, mas tambm as reaes enzimticas nos msculos e nos intestinos. Ainda segundo OETTERER se os peixes lutam para se libertarem da rede, ou morrem em agonia nos barcos pesqueiros, suas reservas de energia vo se esgotando, (glicognio), dando chance a uma deteriorao mais rpida e intensa. Com o peixe morto comea o processo de "post mortem" onde ocorre o enrijecimento da carne e o aumento da acidez.Rigor mortis ajuda a manter o pescador em boa qualidade (pode demorar cerca de 6 horas), nessa fase o meio cido desfavorvel ao desenvolvimento de microrganismos. Sabe-se que as alteraes bacteriolgicas s iniciam aps esta fase, e como ela de curta durao em peixes, a vida comercial dos pescado, menor que a dos outros animais (FERREIRA, 1987). muito importante que o consumidor saiba identificar o produto que est adquirindo, observando caractersticas no produto que evidenciam se esto aptos ao consumo humano, partindo dessa premissa, segue abaixo uma tabela que campara caractersticas do peixe fresco em processo de decomposio.

TABELA DE COMPARAO DO PEIXE FRESCO E EM DECOMPOSIOITENSPEIXE FRESCOPEIXE EM DECOMPOSIO

CheiroOdor suave, de algas marinhasForte, desagradvel, cido. Amoniacal ou Ptrido

Aparncia geralLuzente, metlica com reflexo e superfcie lisaFosco, sem brilho e sem reflexo

CorpoRgido e arqueadoMole

ConsistnciaFirme e elstica, presso dos dedos, no deixa marcasMole, presso dos dedos deixa marcas

SecreoNo hPresente e viscosa

EscamasBem aderidas pele e brilhanteSoltando-se facilmente

OlhoClaro, brilhante, transparente, sem mancha na ris e ocupando completamente as rbitasVidroso, opaco e com manchas nas ris

BrnquiasRseas ou vermelhas, mida e brilhante, com odor suaveColorao amarronzada e podendo apresentar coleo de muco

BarrigaFirme e elsticaMole ou deformado, s vezes inchada

nusFirme e elsticaAberto e quase sempre proeminente

Fonte: apostila de boas prticas em manipulao e beneficiamento artesanal do pescado

O processo de beneficiamento envolve vrios cuidados, principalmente a manipulao, que deve ser eficaz desde o inicio do processo de beneficiamento mesa do consumidor. Para a produo de produtos com origem de pescados necessrio seguir algumas normas de segurana alimentar como: seleo do produto, checagem de boa conservao, higiene do manipulador e do local de preparo, assim como todos os utenslios e maquinrios envolvidos.O processo artesanal envolve lavagem, retiradas de escamas e nadadeiras, (no caso peixes), eviscerao, filetagem e lavagem dos filetos produzidos (que auxilia na conservao do produto).O processo de lavagem aplicado com objetivo de deixar o pescado limpo e remover as bactrias acumuladas. Segundo BYKOWSKI; DUTKIEWICZ (1996), a eficincia da lavagem depende de trs fatores: a energia cintica da gua na lavagem, a razo entre o volume de peixe e o volume de gua e a qualidade da gua. A agua a ser utilizada deve contem cloro 5ppm (ou seja, 5 mg de cloro para cada 1 litro de gua). Tambm aconselhado a se utilizar agua gelada. (SEAP, 2007)A retirada de escamas, nadadeiras. Retiradas de vsceras de estrema necessidade, pois uma parte com alta concentrao de microrganismos no pescado. Depois das vsceras retiradas os peixes devem ser novamente lavados para eliminao dos resididos e cogulos sanguneos. A eviscerao e lavagem ajudam no processo de conservao do pescado.A filetagem se da pela retirada da pele e o dos fileis dos peixes aps abertura. Normalmente se faz um corte no sentido dorsal-ventral comeando no sentido cabea-cauda. Aps a retirada, os fileis devem novamente lavados para retirar resduos provenientes das operaes anteriores.De acordo com SARTORI; AMANCIO (2012), o valor nutricional do pescado se destaca por sua grande quantidade e qualidade de protenas presena de vitaminas e minerais e, principalmente, por ser fonte de cidos graxos essenciais mega-3 eicosapentaenoico (EPA) e docosaexaenoico (DHA). CREDIDIO (2012) afirma que estudos clnicos de diversas partes do mundo demonstraram a importncia do mega 3 na reduo dos nveis de triglicrides e colesterol do sangue.COMPOSIO PROTEICO-CALRICA DE PESCADOEspciesKcal por100gProtenasg/100gLipdiosg/100g

Sardinha (Atlntico)33821,127,0

Atum(enlatado)29023,820,9

Salmo(Pacfico)22317,416,5

Salmo-Rei (enlatado)20319,713,2

Arenque9118,312,5

Enguia16218,69,1

Hipoglosso12618,618,6

Cavala10211,06,2

Fonte: BORGSTROM, G. Fish as Food.3. CULTIVO DO CAMARO

O cultivo de camaro teve incio na sia, os animais eram colhidos nos mares e colocados em viveiros. Como passar do tempo os cultivadores foram aderindo a novas tecnologias, os camares colhidos passam pelo processo de larvicultura, reproduo artificial. O cultivo dessa espcie com as novas tcnicas, teve como resultado um produto maior, muito mais desenvolvido. Como qualquer outro produto alimentcio, o camaro necessita passar por tecnologias de beneficiamento dentre as quais esto contidas uma sequencia de etapas que vai desde a captura at as vendas do produto acabado. (BRANDO, 2007)Para FURTADO (2012) os camares so animais que podem chegar de 18 a 36 cm e crescem rapidamente, podem ser capturados no mar ou em lagos e podem ser criados em cativeiro quando so pescados ainda na fase inicial de vida, as larvas. Aps a obteno do animal, os adultos so depositados em tanques de engorda, onde so alimentados por alimento natural, suplementar ou rao balanceado, todos disponibilizados de acordo com o nmero de camares presentes no tanque. Como menciona BRANDO (2007) os camares capturados ainda na fase larval so armazenados em locais com condies ambientais favorveis ao seu desenvolvimento, sempre sendo oferecida alimentao necessria de acordo com o tempo de vida do animal. Beneficiamento Do Camaro De acordo com EVANGELISTA (2008) os camares aps atingirem o estagio em que estaro apropriados para o consumo, devem ser deslocados at o local de beneficiamento rapidamente. So depositados em caixas que permitam a drenagem da gua para impedir a deteriorao do animal. Como se refere MARINHO, o local de beneficiamento os camares se submetero aos processos de limpeza onde so retirados pequenos peixes e moluscos que podem vir com os camares aps despescados. Os camares tambm so separados mediante a sua forma de apresentao, podendo ser etiquetado como, sem cabea, inteiros, congelados individualmente e descabeados, sem carapaa e sem trato intestinal. Mtodos de Conservao do CamaroDe acordo com FURTADO (2012), os mtodos de conservao de alimentos possibilitam a inibio de microrganismos, sendo assim importante para manter e disponibilizar uma maior vida til ao produto. Os camares podem ser conservados em congelamento, que o mtodo melhor mtodos para conservao em longo prazo so submetidos a temperaturas inferiores a 24C e logo depois de mantidos em cmaras com -15C. Os problemas relacionados ao acondicionamento da espcie em temperaturas muitos fria, a oxidao, que leva a deteriorao, e a desidratao, onde ocorre a perda excessiva de agua no momento do descongelamento. O ideal que o camaro seja congelado no pr-rigor ou aps o rigor mortis. O uso de embalagens que impeam a presena do oxignio uma soluo para amenizar esses tipos de problemas. 4. TCNICAS DE CONSERVAO DO PESCADO SalgaPor apresentar tempo de putrefao inferior aos outros tipos de carnes, os pescados precisam de mtodos de conservao que lhes ofeream durabilidade maior para o consumo, segundo EVANGELISTA (2008) eles so mais infensos s alteraes enzimticas, oxidativas e microrgnicas. Alguns mtodos de conservao envolvem a retirada da agua impedindo a atividade enzimtica e ao de microrganismos por meio da penetrao do sal, governados por fatores qumicos e fsicos (BASTOS, 1988), este processo chamado de salga e pode ser classificada em seca, mida e mista. Em 2002 FERREIRA concluiu que a salga seca possui 30% de sal para o peso do pescado, podemos usar como exemplo o bacalhau, tipo de pescado bastante conhecido no processo de salga que possui tempo de conservao longo e comumente importado, nesse tipo de salga so feitas alternadas camadas de sal e do pescado com durao de vrios dias e logo aps a prensagem para que seja extrada a maior quantidade de agua possvel (BASTOS, 1988). A salga seca apresenta diversas vantagens, entre estas, o forte efeito desidratante e a rpida velocidade de penetrao do sal, o que evita a deteriorao do pescado desde o incio do processo, alm de poder ser praticado nos prprios barcos pesqueiros. Como desvantagem, a penetrao do sal no homognea e a forte desidratao produz uma grande desnaturao proteica podendo acarretar em uma aparncia desagradvel e um baixo rendimento do produto elaborado.Na salga mida o pescado mergulhado em uma salmoura bastante saturada, segundo FERREIRA (2002) uma quantidade de 36 partes de sal necessrio 100L de agua para que ocorra imerso durante 180 dias, aps esse perodo ocorre prensagem por no mnimo 24h. BASTOS (1988) descreve tanques onde se encontra uma salmoura previamente preparada, em quantidade suficiente para submergir a matria prima. Durante este processo a gua do msculo do peixe flui no sentido da salmoura, diluindo-a. Nesse caso podemos perceber que a gordura no entra em contato com o ar e a rancificao diminuda se comparada com os demais tipos de salga.A salga mista geralmente feita em recipientes com perfuraes onde a alternncia de sal e matria prima feita em uma base superior para que a umidade escorra para a base inferior, tornando-se um processo combinado da salga seca e da mida. Para BASTOS (1988) a salga mista muito semelhante a seca, pois a diferena consiste no que a matria prima colocada em tanques onde a salmoura acumulada obtida da umidade do musculo do peixe devido a penetrao do sal. FERREIRA (2002) afirma que esse tipo de salga deve conter 30% de sal para o peso do pescado. Como a salmoura proveniente do prprio pescado no acontece um preparo especial para a mesma e o produto tambm submetida prensagem. Segundo CONTE Jr. Rodrigues, um fator importante a ser considerado no processo de salga a qualidade do sal que ser utilizado, uma vez que este pode ser portador de uma flora contaminante halotolerante, que so microrganismos que podem sobreviver em locais de alta concentrao de salinidade. Conservao a frioO frio para conservao do pescado vem sendo bastante utilizado contra a proliferao de microrganismos, que resulta na putrefao de alimentos. De acordo com EVANGELISTA (2008) o primeiro mtodo de conservao utilizado foi a frio, com o armazenamentos de animais em calotas de gelo formadas pela nevasca mergulhados nas aguas congeladas dos mares, rios e lagos, que deixava o corpo do animal intacto mesmo aps meses, o homem se encarregou de atualizar tal aplicao at chegar no que vemos atualmente. Foram elaborados vrios mtodos de conservao modernos, como mquinas industriais sofisticadas e at mesmo comuns, como geladeiras. Os mtodos a frio mais frequentes so o resfriamento e congelamento.O pescado pode ser conservado a frio de trs formas: fresco, resfriado e congelado.PESCADO FRESCOEntende-se por "fresco" o pescado dado ao consumo sem ter sofrido qualquer processo de conservao, a no ser a ao do gelo. O pescado depois de capturado posto em gelo, evitando o incio da deteriorao do alimento que muito rpida devido a ao de enzimas, o exsudato que liberado rapidamente, agentes microbiolgicos, a rpida instalao do rigor motis ( incio do endurecimento do pescado) e a alta quantidade de gua nos tecidos. (OETTERER).Como se refere FERREIRA et. al., (2012), depois de capturado o pescado utiliza muito glicognio devido agitao do seu corpo. O glicognio serve como proteo para a carne contra ataque microbiolgico, pois em alta concentrao auxilia na acidificao. Aps o peixe ser morto inicia-se o processo de deteriorao, a fase rigor mortis caracterizada pela diminuio do PH do peixe, consequentemente as reaes bioqumicas usam o glicognio como energia produzindo o cido lctico. A liberao do muco do corpo do pescado contribui para a degenerao, pois uma substancia rica e glicoprotenas que um excelente alimento para agentes decompositores.REFRIGERAOUm alimento considerado resfriado quando armazenado em cmara com temperaturas entre -1 a 10C. O resfriamento mais utilizado para conservar o alimento at a hora de consumir, importante para o produto suportar o meio a que inserido e recomendado no transporte da matria prima de indstrias de pescados e frutos do mar. (ALVES, 2014).Como menciona EVANGELISTA (2008) so quatro as formas de resfriamento: Refrigerao natural, que pode ocorrer por qualquer agente natural, como o frio da agua dos mares, rios e lagos, locais sombreados, noites frias, dentre outros fatores. Refrigerao mecnica, conta com o auxilio de maquinas como, geladeiras, freezer e cmara frigorifica, neste caso retirado todo o calor da carne do produto.Refrigerao por gelo artificial, em que o gelo produzido em frmas com gua fresca e logo depois de obtido em placas, o gelo (que pode ter a forma de escamas ou britado) levado para manter contato com as partes do animal a ser resfriado. Outra forma de resfriar a carne de pescados e frutos do mar, deposita-lo em gua refrigerada por gelo artificial, este mtodo denomina-se, refrigerao por gua refrigerada, uma tima forma de refrigerao para a carne do pescado, pois a carne do mesmo bastante rica em gua.PESCADO CONGELADOO congelamento tem dado resultado para a conservao de alimentos por transformar grande parte da gua de constituio em gelo e pelo fato de reduzir a temperatura do produto a nveis to baixos que a ao dos agentes deterioradores seja grandemente dificultada.Segundo OETTERER, os microrganismos deterioradores no se desenvolvem abaixo de -10oC, a temperatura do pescado congelado geralmente inferior a -18oC o que elimina esse problema. A morte das clulas continua ocorrendo em temperaturas muito baixas e mantendo o pescado em -18oC, controla a autlise e inibe a ao de algumas enzimas que promovem a deteriorao.Os danos que so causados na carne so iguais em todo e qualquer alimento. De acordo com ARGENTA (2012), congelamento lento forma cristais de gelo grandes, e pescado congelado lentamente no apresenta diferena visvel em relao ao congelado rapidamente, a exsudao do pescado congelado lentamente pode levar a perda de at 10% do peso do produto, alm de vrias substncias nutritivas e aromticas. O congelamento pode ser em blocos, pr-embalados, ou em peas individuais.Todo organismo vivo aps o falecimento passa pelo estado de decomposio, onde a matria orgnica transformada em minerais por agentes decompositores. Parta retardar a srie de ocorrncias que resultam no apodrecimento da carne, o pescado acondicionado sobre congelamento. De acordo com ABU-RAYA, PIRES E FREITAS (2000), existe trs tipos de congelamento: Congelamento por ar forado; Congelamento por contato; Congelamento por salmoura ou imerso; Congelamento por ar esttico.

No congelamento por ar forado o condutor de frio para a carne do pescado o ar que circula por meio de ventiladores presentes nas cmaras, neste caso o pescado recebe o ar congelado em temperatura de -40 a 45C numa velocidade muito alta, os peixes so depositados em tabuleiros que ficam em gavetas dentro da cmara, este mtodo muito eficaz, pois o ar muito gelado passa pela superfcie do peixe congelando-o. No congelamento por contato o corpo do animal induzido a congelao por meio do contato com placas metlicas extremamente geladas.A congelao por imerso ocorre por meio o peixe colocado no fluido do de congelamento que pode ser salmoura, azoto liquido, CO2 liquido ou outros fluidos frigorignios o acondicionamento deve ser em temperaturas de -20C. No congelamento por ar esttico o pescado colocado em cmaras onde o ar j esteja em -40C.Como menciona ARGENTA (2012), a congelao do pescado possui suas desvantagens, desnatura as protenas do pescado, destruio da musculatura pelos cristais de gelo, desidratao do pescado, perda do gosto, hidrolise de protenas. EnlatadosDentre os mtodos de conservao os enlatados podem ser considerados os mais eficientes no que diz respeito a aumentar o tempo de prateleira do produto, contudo, em contrapartida que mais esto relacionados com substncias que causam danos sade humana, sendo assim um meio de conservao bastante utilizado, porem que sofre no bem vistos aos olhos dos profissionais de sade. Alimentos enlatados comearam a ser utilizados na Europa, mais precisamente pela Frana, quando o governo francs precisou estocar comida para seus soldados, sem que as mesmas sofressem rpidas alteraes de deteriorao, oferecendo um pagamento para quem apresentasse uma soluo vivel, foi ento que o cozinheiro Nicolas Appert, em 1975, conseguiu preservar os alimentos em latas fechadas e esterilizadas por aquecimentos. Os pescados no ficam de fora desses alimentos enlatados, sendo que os mais consumidos nessa categoria so a sardinha, atum, salmo, anchovas e o caranguejo. No Brasil, segundo o instituo de pesquisa econmica e aplicada (IPEA), o captura e consumo de sardinha assume patamares histricos, que s no so maiores por que o pas no tem estrutura para armazenar e conservar todo o produto pescado.Abaixo segue um fluxograma que demonstra as etapas no processo de enlatamento do atum, mas que pode generalizar com outros pescados:

Fonte: http://www.esac.pt/noronha/pga/0708/trabalhos/Atum_Enlatado_PGA_07_08.pdfTodas as etapas devem ser realizadas com o mximo de cuidado, sendo que qualquer falha pode comprometer todo o processo e contaminar o produto o que pode gerar perda para o produtor e problemas de sade aos consumidores.

5. CONCLUSOOs pescados e frutos do mar so de grande importncia para a alimentao e para oferecer qualidade e segurana alimentar devem obedecer a regras que so essenciais para sua conservao desde o momento da captura mesa do consumidor. Sem os cuidados necessrios tm-se um produto de m qualidade, sem apresentar a quantidade necessria de vitaminas e minerais, cidos graxos em quantidades aceitveis, como tambm qualidades organolpticas indesejveis, alm de oferecer riscos sade. Os cuidados pelo consumidor com esse alimento devem iniciar a partir do momento da compra, visto que o fresco de origem segura melhor e pode apresentar mais nutrientes. O congelado pode perder um pouco pelos cristais de gelo, mas em contrapartida em processo de congelamento rpido podem ser mais seguro. O enlatado sempre vai apresentar incluso de elementos qumicos ou sdio, e no o mais indicado. O seco poder diminuir a quantidade de benefcios e ainda conter muito sdio, alm da suscetibilidade de contaminao por fungos ou bactrias depois de um perodo.Conclui-se tambm que o avano das tecnologias de grande contribuio para conservao dos pescados, pois atravs desses mtodos conseguiu-se chegar a produo de produtos em quantidade e qualidade significativos, com resultados positivos e satisfatrios aos fornecedores e consumidores. Quanto ao seu beneficiamento surge a possibilidade de ter-se mesa uma forma variada de opes para a degustao desses alimentos, como tambm um consumo maior devido abranger todos os pblicos e localidades distantes. A ingesto de alimentos saudveis propicia uma sade regular e os pescados oferecem boa quantidade de protenas e mega 3, esta auxilia na diminuio dos nveis de triglicerdeos e colesterol ruim (LDL), favorecem ainda um importante papel em alergias e processos inflamatrios.

REFERNCIAS

ABU-RAYA, Mara; PIRES, Silvertre e FREITAS, Rui. Trabalho Pesquisa sobre a Produo de Pescado Congelado. Disponvel em: Acesso em: 12.05.2015 s 10:07.ALVES, Cleyton. Refrigerao aplicada pesca. 2014. Disponvel em: acesso em: 12.05.2015 s: 17h46min.ARGENTA, Fernando froner. Tecnologia do pescado: caracterstica e processamento da matria prima. Porto Alegre, 2012.BASTOS, Jos - Organizao das Naes Unidas Para a Agricultura e Alimentao, Departamento Nacional de Obras Contra As Secas, 1988: acesso em 01 de maio de 2015, as 19;26BRASILIA, Tasa Ferreirade; O Milagre Da Multiplicao Dos Peixes disponvel em: Acesso em: 06 de Mai de 2015.CONTE, Carlos Adam; RODRIGUES, Bruna Leal, tecnologia avanada na conservao de pescado, disponvel em : < http://www.sna.agr.br/uploads/AnimalBusiness_07_50.pdf> acesso em: 29 de Abr de 2015.COSTA, Ana; PEREIRA, Carolina; FIGUEIRA Gina; DIAS, Susana; Processo de Enlatamento do Atum Disponivel em: Acesso em: 11 de mai de 2015 as 15:00 horas.COTRIM Weskley da Silva, Filetagem de pescado; Disponvel em: Acesso em: 13 de mai de 2015, 09:09hs.

CREDIDIO Edson, Propriedades Nutricionais do Peixe; 2012. Disponvel em: < http://www.guiadapesca.com.br/propriedades-nutricionais-do-peixe/> Acesso em: 13 de mai de 2015, 10:09hs DIAS, Manoel Afondo, Breves Notas Sobre A Histria Da Pesca, disponvel em: acesso em 24 de abril de 2015.EVANGELISTA, Jos. Tecnologia de alimentos/ Jos Evangelista. So Paulo: Editora Atheneu, p. 215, 2008.FERREIRA, Milena Wolff et al. Pescados processados: maior vida de prateleira e maior valor agregado. Lavras-MG, 2012.GONCALVES Rita, Estudo confirma benefcios da pescada para sade; Disponvel em: Acesso em: 12 de mai de 2015, 09:09hs.OETTERER, Marilia. Aula: tecnologia do pescado.OGAWA, M. O pescado como alimento. In: OGAWA, M.; NUNES, E. L. Manual de pesca: cincia e tecnologia. So Paulo: Livraria Varela, 1999a. v 1. p.3-5ORDNEZ, J.A. Tecnologia dos alimentos e processos. Vol. 1. Porto Alegre Artmed, Porto Alegre-RS, 2005.Regulamento da inspeo industrial e sanitria de produtos de origem animal, RIISPOA disponvel em: acesso em 16 de abril de 2015. SARTORI; AMANCIO, Pescado: importncia nutricional e consumo no Brasil; Campinas 2012. Disponvel em: < http://www.nucleoestudo.ufla.br/naqua/arquivos/Pescados%20processados.pdf> Acesso em: 14 de mai de 2015, 10:24hs