trabalho porto itaguaÍ pronto,,,,
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FACULDADE MADRE THAÍS
SANDRA ARGÔLO, MAYCON HOFFMAM, THALITA MACIEL, GILBERTO
FONTES, RAPHAEL ARGÔLO E DANILO CAMPOS
PORTO DE ITAGUAÍ - RJ
ILHÉUS – BAHIA2012
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SANDRA ARGÔLO, MAYCON HOFFMAM, THALITA MACIEL, GILBERTO
FONTES, RAPHAEL ARGÔLO E DANILO CAMPOS
PORTO DE ITAGUAÍ - RJ
Trabalho apresentado para o 2º crédito, do curso de Logística e Modais de Transporte, à Faculdade Madre Thaís.
Prof. André Argôlo
ILHÉUS – BAHIA2012
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INTRODUÇÃO
Durante o ano de 1997, o projeto de modernização do Porto de Sepetiba era
um dos centros das atenções no Estado do Rio de Janeiro, devido às expectativas
de o porto tornar-se elemento dinamizador da economia da baía de Sepetiba. Como
uma das 42 obras do Programa Brasil em Ação ( 1996 - 1999 ), o Governo Federal
realizou investimentos no valor de R$ 351,4 milhões para ampliar a capacidade
operacional do porto; com a execução de obras de dragagem nos 22 Km de
extensão do canal de acesso, a implantação da infraestrutura básica do terminal de
uso múltiplo, destinado principalmente à movimentação de contêineres e produtos
siderúrgicos, a implantação da infraestrutura básica do terminal de grãos e mais um
terminal de minério de ferro .
A ampliação do porto de Sepetiba foi tema de vários estudos, em diversas
áreas de conhecimento. Este empreendimento deverá ter importantes reflexos
diretos na região Oeste da Área Metropolitana do Rio de Janeiro e nos municípios
vizinhos, bem como, no resto do Estado do Rio e no Brasil. Dentre os principais
trabalhos, pode-se destacar dois de maior vulto:
→ “Macroplano de Gestão e Saneamento Ambiental da Bacia da Baía de Sepetiba”,
coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro;
→ “Porto de Sepetiba: Cenários, Impactos e Perspectivas”, projeto interinstitucional
realizados por pesquisadores da UFRJ e UFRRJ, com financiamento do FINEP.
Desde então o atual Porto de Itaguaí tem sido objeto de vários estudos e
projeções que visam caracterizá-lo como o grande portal da região Sudeste do país,
e por consequência do mercosul.
Num breve histórico falaremos do Porto de Itaguaí identificando o ambiente
no qual se situa. Segue-se uma exposição das características e falando dos projetos
de ampliação. Embora existam dados mais atualizados do que os que foram aqui
examinados, o objetivo foi pesquisar o Porto de Itaguaí, buscando identificar suas
principais informações.
Em 2011, a DOCAS leiloou parte dos seus terrenos na Ilha da Madeira para a
instalação de um novo terminal de minério de ferro para o porto.
O terminal de contêineres do Grupo CSN, localizado no Porto de Itaguaí, está
investindo cerca de US$ 130 milhões, em equipamentos e obras de adequação de
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seu cais acostável. Com isso, seu cais contínuo passará dos atuais 540 metros para
810, e a capacidade de operação de contêineres irá subir dos atuais 400 mil para
cerca de 900 mil TEUs (contêineres de 20 pés ou equivalentes).
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HISTÓRICO
O porto tinha o seu nome original, "Porto de Sepetiba", por conta da baía
onde ele se situa, a Baía de Sepetiba, porém havia alguma confusão nesse caso,
pois Sepetiba também é o nome de um bairro da cidade do Rio de Janeiro, o que
fazia a alguns pensar que o porto se situa no Bairro de Sepetiba (que também é
costeiro e está situado na mesma baía).
Isso causava aos moradores de Itaguaí um certo descontentamento, pois era
interessante ter uma associação direta entre o nome da cidade e sua maior fonte
econômica. Nos últimos anos, uma campanha para a mudança do nome para "Porto
de Itaguaí" foi feita e a prefeitura atual passou a usar, como slogan, a frase: "Itaguaí,
a cidade do porto".
Em 2006, teve seu nome trocado definitivamente para Porto de Itaguaí,
segundo projeto de lei sancionado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva. A
despeito disso, a maior parte da população da cidade e os meios de comunicação
continuam a chamá-lo pelo nome antigo.
O governo do então estado da Guanabara em 1973 promoveu estudos para a
implantação do porto de Sepetiba, destinado a atender, principalmente, ao complexo
industrial de Santa Cruz (RJ). Com a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de
Janeiro, em 15 de março de 1975, a implantação do porto ficou a cargo da
Companhia Docas do Rio de Janeiro. As obras de construção do píer foram
iniciadas em 1976, seguidas em 1977 pela dragagem, enrocamento e aterro
hidráulico. O porto foi inaugurado em 7 de maio de 1982, com a operação dedicada
à descarga de alumina e carvão. A Companhia Portuária Baía de Sepetiba (CPBS)
deu início a suas operações em setembro de 1999 e em 2002 a Vale passou a
gerenciar o Terminal.
Pretende ser o primeiro Hub Port, ou seja, Porto Concentrador de Cargas do
Atlântico Sul. Sua importância econômica na região da Costa Verde se faz presente
de forma direta, gerando empregos, e de forma indireta, atraindo indústrias que
necessitam receber e enviar cargas. Em um raio de pouco mais de 500 km estão
situados os agentes produtivos responsáveis pela formação de cerca de 70% do PIB
brasileiro.
O investimento de maior relevância no entorno portuário, da ordem de US$ 5
bilhões, amparado pela Lei Estadual nº 4.529, de 31 de março de 2005, é a
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implantação da Companhia Siderúrgica do Atlântico - CSA, empreendimento das
empresas Thyssenkrupp Stahl A. G e Vale do Rio Doce - CVRD. A indústria foi
construída em terreno localizado no Município do Rio de Janeiro, no bairro de Santa
Cruz, em local denominado Campo de Marte, com aproximadamente 9 milhões de
m², constando de planta integrada para siderurgia, composta ainda de um terminal
portuário que fará a ligação do ponto de atracação dos navios com a planta no
terreno, além de uma usina termoelétrica e uma planta de oxigênio.
Estima-se que em sua fase de operação o complexo siderúrgico venha
aumentar as exportações brasileiras de aço em 40%, correspondente a US$ 1 bilhão
em vendas anuais, concorrendo para o recolhimento de Imposto de Renda sobre a
folha de pagamento da ordem de R$ 400 milhões, durante os 2 anos de construção,
e de R$ 45 milhões por ano sobre a folha de pagamento na fase de operação.
A intervenção programada para o Porto de Itaguaí visa à dragagem no canal
de acesso aos terminais da CSA (Trecho 5), aprimorando o acesso marítimo ao
terminal, em apoio ao crescimento da demanda de comércio exterior.
LOCALIZAÇÃO
O Porto de Itaguaí, está localizado na Estrada Prefeito Wilson Pedro
Francisco, S/Nº.Itaguaí, RJ - Brasil - CEP 23825-410, em: 22 ° 56'09 "S e 43 ° 49'46"
W no lado sul da Ilha da Madeira, cerca de 20 milhas marítimas da Baía de
Sepetiba, entre a Ponta de Castelhanos na Ilha Grande e Ponta fazer Arpoador na
Ilha da Marambaia onde tem a restinga como embate natural.
O Porto de Itaguaí tem localização geográfica estratégica. Sua área de
influência compreende os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo,
parte da região Centro-Oeste e até parte do estado de São Paulo. Assim, atende
aos principais mercados consumidores, que representam 70% do Produto Interno
Bruto do país. Está a uma distância de 80 km do centro da cidade do Rio de Janeiro
e a 400 km de São Paulo. Esta privilegiada localização beneficia os tempos de
transporte e, por consequência, os custos dos fretes.
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Acessos
As principais ligações da atual malha rodoviária são as rodovias federais BR-
101 (Rio-Santos), BR-116 Presidente Dutra), BR-040(Rio-Juiz de Fora) e BR-
465 (antiga Rio-São Paulo) e as rodovias estaduais RJ-099 e RJ-105.
A BR-101 é o acesso principal ao Porto de Itaguaí. A partir dela, na direção sul,
acessam-se as regiões de Angra dos Reis e a Baixada Santista e, na direção norte,
a Avenida Brasil.
Na Avenida Brasil, através da BR-465, antiga Rio-São Paulo chega-se à
rodovia Presidente Dutra (BR-116), principal ligação entre as regiões Sul, Sudeste e
Nordeste, e através da BR-040 (Rio-Juiz de Fora), faz-se a ligação com os estados
de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, permitindo-se atingir as regiões Centro-
Oeste e Norte.
As principais rodovias de ligação, a BR-116 e a BR-040, foram privatizadas
em regime de concessão e são de pista dupla pavimentada. A Rodovia estadual RJ-
099 faz a ligação entre a BR-101 e a antiga Rio-São Paulo, funcionando como uma
via de acesso ao município de Itaguaí. A RJ-105 liga a antiga estrada Rio-São
Paulo, através dos municípios de Nova Iguaçu e Belford Roxo (RJ), à BR-040 (Rio-
Juiz de Fora). Terá papel fundamental na conexão do porto com a malha rodoviária,
a rodovia BR-493, em estudo, ligando a RJ-099 até a BR-040, contornando a região
Metropolitana do Rio de Janeiro e descongestionando os acessos ao Porto de
Itaguaí.
Representação dos Acessos Terrestres ao Porto de Itaguaí.
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O acesso ferroviário direto é feito a partir do pátio de Brisamar, próximo à
cidade de Itaguaí, numa extensão de 1,5 Km em linha tripla. A partir dessa estação,
as linhas férreas em bitola larga (1,60 m) interligam-se com a Malha Sudeste da
MRS- Logística S/A, atendendo em particular ao triângulo São Paulo, Rio de Janeiro
e Belo Horizonte, e a Malha Centro–Leste, de bitola estreita (1,00 metro), arrendada
à Ferrovia Centro-Atlântica, que atende ao restante dos estados de Minas
Gerais, Bahia e Goiás e ao Distrito Federal. Conexões interferroviárias são
realizadas através da Ferrovia Paulista S.A., a partir de São Paulo e Jundiaí,
atendendo a todo o interior do estado de São Paulo, e de duas outras empresas que
operam na região Centro – Oeste.
Dentro da Malha Sudeste, o ramal Japeri – Brisamar, com 32,9 quilômetros
de extensão, é de especial importância para o atendimento ao Porto de Itaguaí. A
partir de Japeri a linha tronco Rio – São Paulo, interliga as regiões metropolitanas
dessas cidades e atravessa todo o vale do Paraíba.
O Canal de Acesso (Carta 1623), estende-se desde a Ponta dos Castelhanos
na Ilha Grande e a Ponta do Arpoador na Restinga de Marambaia por cerca de 22
milhas com profundidade média de 22 metros e variando entre 300 e 180 metros de
largura. Se considerarmos como referencial a Ilha Guaíba, o canal se estenderá por
12 milhas com largura variando entre 200 e 180 metros e 15 metros de profundidade
mínima, através do canal sul de Martins.
O porto de Itaguaí está 60 km do aeroporto Tom Jobim e a 80km do Santos
Dumont, no Rio de Janeiro.
Área de Porto Organizado
DECRETO DE 10 DE MAIO DE 2007.
Dispõe sobre a definição da área do porto organizado de Itaguaí, no Estado do Rio
de Janeiro.
Art. 84, incisos IV e VI, alínea “a” da Constituição, e tendo em vista o disposto no art.
5º da Medida Provisória no 2.217-3, de 4 de setembro de 2001.
Art. 1º a área do porto Organizado de Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, é
constituída:
I – pelas instalações portuárias terrestres no Município de Itaguaí, no Estado do Rio
de Janeiro, tais como cais, píeres de atracação, armazéns, pátios, edificações em
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geral, vias e passeios, e terrenos ao longo das faixas marginais, abrangidos pela
poligonal da área do porto organizado, incorporados ou não ao patrimônio do Porto
de Itaguaí; e
II – pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários, nela compreendida o
canal de acesso, as bacias de evolução e as áreas de fundeio.
Art. 2º A área do porto Organizado de Itaguaí tem sua poligonal descontínua,
descrita nos Anexos deste Decreto.
Parágrafo único. O Ministério dos Transportes, junto à Agencia Nacional de
transportes Aquaviários – ANTAQ definirá quais equipamentos serão construídos na
área de expansão, e quais imóveis poderão ser objeto de futura desapropriação.
Art. 3º A administração do Porto de Itaguaí fará a demarcação em planta da área
definida neste Decreto.
Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação. Brasília, 10 de maio
de 2007; 186º da Independência e 119º da república.
A área do porto Organizado de Itaguaí consta de um canal marítimo contínuo desde
seu acesso a oeste da Ilha da Marambaia e ao sul da ilha Guaíba (Pontos 1 e 33),
abrangendo a área projetada de expansão a oeste do atual terminal de contêineres,
seguindo na parte terrestre o contorno da área de domínio útil da Companhia Docas
do Rio de Janeiro – CDRJ até a foz do canal Martins, voltando pelo mar, ao longo do
limite leste estabelecido no sentido norte-sul, até encontrar o canal secundário de
acesso à Companhia Siderúrgica do Atlântico – CSA, contornando-o até atingir o
lado direito do canal marítimo principal, prosseguindo até o início do mesmo.
FORMA DE ADMINISTRAÇÃO
O porto é administrado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro - CDRJ,
uma sociedade de Economia Mista, vinculada diretamente à Secretaria de Portos da
Presidência da República.
Diretoria e administração do porto:
Diretor Presidente: Jorge Luiz de Mello – Tel.: (21) 2253-1540
e-mail: [email protected]
Diretor de Engenharia e Gestão Portuária – Danilo Luna – Tel.: (21) 2219-8555
e-mail: [email protected]
Diretor de Administração, Finanças e Recursos Humanos – Ailton Dias – Tel.: (21)
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2219-8559 e-mail: [email protected]
Diretoria de Planejamento e Relações Comerciais – Eliane Pinto Barbosa – Tel.:
(21) 2219-8557 e-mail: [email protected]
Superintendente do Porto de Itaguaí: Alexandre das Neves Pereira – Tel.: (21)
3781-1940 e-mail: [email protected]
A Superintendência do Porto de Itaguaí é responsável pela definição,
integração, coordenação e controle dos seguintes Processos Operacionais:
Desenvolvimento da Logística de Operação Portuária Terrestre
Desenvolvimento da Logística de operação Portuária Marítima
Aplicação de Penalidades
Gestão Operacional de Terminais Arrendados
Inspeção de Movimentação de Carga
Preparo e Controle de Informações para Faturamento
Coleta de Dados
Fiscalização da Operação Portuária
Controle do Tráfego de Navios
Programação e Autorização do Tráfego de Navios
Realização de Serviços de Manutenção e Conservação
Locação de Equipamentos
Manutenção de Equipamentos
Homologação de Equipamentos
INSTALAÇÕES
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O cais de uso público está dividido em trechos arrendados:
· Sepetiba Tecon S.A: Um dos principais terminais de contêineres do país, o
Sepetiba Tecon oferece moderna infraestrutura, instalações, serviços e capacidade
superior à dos terminais nacionais. Possui um píer de 810m de comprimento, faixa
de 32m de largura, retroárea de 200.000m² e dotado de três berços de atracação,
sendo um deles descontínuo, em dolfins, todos com 270m de comprimento e 14,5m
de profundidade. Capaz de receber e operar navios de até 8.000 TEU`s sem
restrições.
Tem de área total pavimentada 400.000 m², 30.000 m² de área coberta total
no CFS para armazenagem, consolidação e desconsolidação de cargas e produtos
siderúrgicos e 45.000 m² onde opera o terminal de Contêineres Bazios (DEPOT).
Tecon S.A – ONTEM - 1995 - 1919951995
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· Tecar (Terminal de Carvão) – Companhia Siderúrgica Nacional: Com 540m de
comprimento, 39,25m de largura, dotado de dois berços de atracação em cada face
e profundidade de 18,10m. Dispõe de condições para receber, simultaneamente, um
navio CapeSize e um Handy Max ou dois navios Panamax.
O tecar possui quatro pátios descobertos com aproximadamente 35.200m²
cada, área total de 140.800m² destinados à importação de carvão. Para estocagem
estática, a capacidade é de 550.000 t de carvão, coque e outros granéis.
Para a exportação de minérios o Tecar possui dois pátios descobertos com
aproximadamente 93.600 m² cada e capacidade total para estocagem de minério de
ferro estático de 1.200.000 t.
· TM1 (Terminal de Minério) – Cia. Portuária Baía de Sepetiba S.A. (CPBS):
Dotado de berço de atracação descontínuo, em dolfins, medindo 320m de
comprimento, para atracação de navios com capacidade de até 230.000 TPB.
Tecon – HOJE- 2012
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O Terminal de minério de ferro, grãos e produtos siderúrgicos; com pátios de
estocagem e retroárea, tem capacidade de embarque de 10.000 t/h, estocagem de
1.500.000 t e peneiramento (seco e úmido) de 4.000.000 t/ano.
São quatro pátios com capacidade total de estocagem de 1.500.000 t.
· TA (Terminal de Alumina) – Valesul Alumínio S.A.: Compreende dois silos
verticais, para alumina, com um total de 3.508m², correspondendo a uma
capacidade estática total de 30.630 t. Possui um sugador fr 300 t/h e 2 silos ara 15 t.
Fora do Cais
Terminal de uso privativo.
Terminal da Ilha Guaíba, C.A. nº 006/93
Empresa: Minerações Brasileiras Reunidas S/A. - MBR (Mangaratiba-RJ) da CVRD.
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O porto de Itaguaí conta ainda com uma Área Institucional com bases locais
da Alfândega, Ministérios da Agricultura e Saúde e Banco do Brasil. Possui 7 km de
extensão de ramais ferroviários.
EQUIPAMENTOS
CPBS – Companhia Portuária Baía de Sepetiba:
1 virador de vagões para 8.000 t/h
2 empilhadeiras de 8.000 t/h
2 recuperadores de 5.000 t/h
Peneiramento de 1.800 t/h
Carregamento (Ship Loader) 143m de lança de 10.000 t/h
Sepetiba TECON
4 portêineres Super post Panamax (19 fileiras)
2 transtêineres sobre pneus
2 guindastes móveis 9até 100 toneladas)
14 reach-stackers
22 empilhadeiras
31 carretas
448 tomadas frigoríficas
TECAR – CSN
Equipamentos para importação de carvão e outros granéis:
3 descarregadores de navios. (DN1) com 2,400 t/h, (DN2) com 1.500 t/h e (DN4)
com capacidade de 800 t/h;
1 linha de correia transportadora de 4.500 t/h e 15 km de extensão;
2 empilhadeiras de 4.500 t/h;
2 recuperadoras de 3.000 t/h;
1 estação de carregamento de vagões de 5.900 t/h
Exportação de Minério
1 carregador de navio: CN1 com capacidade de 17.600 t/h;
1 linha de correia transportadora com 14 km de extensão, suportando até 17.600 t/h;
2 empilhadeiras/recuperadoras com capacidade de 8.800 t/h;
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1 virador de vagões de até 8.800 t/h.
Terminal de Alumina – TA – Valesul Alumínio S.A.
São dois silos verticais, para alumina, total de 3.508m², tem capacidade estática de
30.630 t
1 sugador de 300 t/h
2 silos para 15.000 t
Estrutura de Apoio
Energia elétrica: 448 tomadas para contêineres refrigerados.
Água: abastecimento dos navios é feito por chatas, por solicitação.
Praticagem: Rio pilots e Sindipilots S/C.
Rebocadores: Tranship, MBR, Camorim, Sulnorte, Wilson Sons e Saveiros.
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Projetos em Expansão:
Com o novo arco rodoviário, o Porto de Itaguaí, ao Norte, será mais
competitivo para cargas do Norte Fluminense e até de Minas Gerais. Ao Sul, a
ligação continuará a ser feita pela Via Dutra, que apresenta um forte gargalo: a
descida da Serra das Araras, um trecho de curvas fechadas, onde carretas mal
conseguem se equilibrar.
Também em Itaguaí está sendo feita dragagem. O longo canal de acesso, de
30 km, passará dos atuais 14 metros para 20 metros. O terminal de contêineres de
Itaguaí elevará sua capacidade para 1,4 milhão de TEUs anuais. No aguardo de
aprovação final da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), espera-se
que em junho a CDRJ licite um novo terminal de granéis sólidos, com capacidade
máxima anual de 25 milhões de toneladas. Entre outros projetos terão:
Conclusão dos serviços de aprofundamento do canal de acesso;
Terminais portuários para movimentação de minério de ferro e granéis líquidos;
Obras de melhorias dos acessos rodoviários;
Implantação de centros de carga na hinterlândia, com auxílio de pátio regulador do
transporte rodoviário;
Implantação de empreendimentos industriais.
Cargas Movimentadas
Principais cargas – Importação: Carvão, Coque de hulha e outros, Carga
Conteineirizada, Alumina, Produtos Siderúrgicos.
Principais cargas – Exportação: Minério de ferro, Carga Conteineirizada,
Produtos siderúrgicos.
O Porto de Itaguaí vem movimentando cargas com características bem
específicas. Seus principais usuários são a CSN e a FERTECO. A CSN recebe o
carvão metalúrgico e o coque utilizado no abastecimento de seus altos fornos em
Volta Redonda. E exporta minério de ferro através de seu Terminal de Minério.
E a FERTECO embarca o seu minério de ferro destinado a exportação. Em escala
significativamente menor tem-se a VALESUL, que recebe toda a alumina destinada
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à produção de alumínio, em sua planta industrial instalada no bairro de Campo
Grande no Rio de Janeiro.
Segundo dados obtidos junto a Cia Docas do Rio de Janeiro, elaborado pelo
setor de estatística, no ano de 2007 a movimentação de granéis do porto totalizou
19.722.752 toneladas, dos quais 73,7% destinaram-se a exportação e 34,3% à
importação. A movimentação de carga geral totalizou 1.070.328 toneladas, sendo
que a exportação de produtos siderúrgicos da CSN 98,72% desde total. A
movimentação de veículos totalizou 7.708 unidades.
Todos os terminais do porto ainda operam abaixo de sua capacidade
instalada, e cabe registrar algumas cargas que são ou já foram importadas em
menor escala, tais como: o carvão energético que Ra procedente da região sul e
destinado as industriais cimenteiras localizadas em sua maioria nos estados do Rio
de Janeiro e Minas; a importação de enxofre que eram destinadas a Bayer, Aracruz
Celulose e Pan Americana; a importação de caulim para a Fábrica brasileira de
catalisadores; a sucata, destinada a Cia Siderurgíca Guanabara. Atualmente o porto,
através do Terminal do Carvão, desenvolveu uma estrutura própria para
movimentação de enxofre que é destinado a Galvani e para a Barrilha, que é
destinada a SCS. Movimenta também pelas mesmas instalações do carvão volumes
significativos de coque de petróleo destinado á Petrobrás.
Movimentação de Navios
Os navios que demandaram ao porto de Itaguaí até 1989, ano do início das
operações do Terminal de Minério, foram graneleiros, em geral do tipo Panamax e
Handy-size. Predominam até hoje para transporte de carvão e coque os navios de
225 a 245 metros de comprimento e 12 a 14 metros de calado, com capacidades de
60.000 a 75.000 TPB. Para o transporte de alumina utilizam-se navios menores, de
140 a 180 metros de comprimento e com 8 a 10 metros de calado. No píer onde se
localizam os Terminais de Carvão e Alumina, o calado atual na face sul (berço
carvão), depois de concluída em 2002 a dragagem, é de 16,0 metros e 12,0 metros
na face norte (berços alumina e barrilha).
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No terminal de minério, os navios operados na primeira fase, até a
complementação do calado de 17,50 metros, foram os Cape-size de 180.000 tons e,
atualmente, já operam navios com capacidades de 230.000 tons.
Quanto ao terminal de Contêineres, este foi projetado para navios até 70.000
TPB e portas-contêineres da Classe Panamax com 4.500 TEUs. Atualmente tem
recebido para exportação de siderúrgicos os navios da classe handy-size com até
180 metros e para movimentação de contêineres os da classe 3.400 TEUs com 266
metros.
Volume de Carga Movimentada
Desde 2008 o Porto de Itaguaí não apresenta queda na quantidade de cargas
movimentadas. Apesar da redução na movimentação de alumina, carvão
metalúrgico, coque de hulha, contêineres e produtos siderúrgicos entre 2008 e 2010,
houve crescimento na movimentação de carvão mineral e minério de ferro, o que
impulsionou a movimentação total de cargas nos últimos três anos. Apesar de ter o
ritmo diminuído, não chegou haver queda da quantidade de toneladas de cargas
movimentadas. Em 2010 o ritmo de crescimento voltou a se intensificar.
Os portos organizados foram responsáveis pela movimentação de 69 milhões
de toneladas de cargas no segundo trimestre. No acumulado do ano, essa
movimentação chegou a 136,7 milhões. Dentre os 10 maiores portos organizados,
no acumulado do ano, destacam-se as variações positivas de Vitória (40,9%), Suape
(17,7%), Itaqui (12,7%) e Itaguaí (12%).
No segundo trimestre do ano de 2012 os portos organizados movimentaram
aproximadamente 80 milhões de toneladas de carga bruta, expansão de 15,38% em
relação ao mesmo período do ano de 2011, como apontado anteriormente.
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Cerca de 87% dessa movimentação dos portos organizados se deu por
intermédio dos dez portos listados na tabela a seguir. Dentre esses portos,
destacaram-se as taxas de variação dos portos de Itaguaí (50,44%), Rio Grande
(39,78%) e Suape (16,05%).
As variações significativas observadas nos portos acima mencionados estão
relacionadas com o desempenho observado de grupos de mercadorias como o
minério de ferro, soja, contêineres e combustíveis e óleos minerais, que no período
em questão apresentaram crescimento expressivo.
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Vale acrescentar que as principais mercadorias movimentadas pelos portos
organizados foram: soja, minério de ferro, combustíveis e óleos minerais,
fertilizantes e adubos e açúcar.
Nesse trimestre, a movimentação de contêineres por parte dos portos
organizados avançou 5,3% em TEUs movimentados e 7,9% em termos de peso
bruto dos contêineres.
Os dez principais portos organizados em termos de movimentação de
contêineres detiveram 97,55% de toda movimentação do trimestre (considerando o
total do peso bruto dos contêineres). Se considerarmos o total da tonelagem
brasileira (incluindo-se os terminais de uso privativo) a participação desses portos no
mercado de contêineres alcança aproximadamente 84,62%, também considerando-
se o total do peso bruto dos contêineres.
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Movimentação total de cargas no Porto de Itaguaí
2° Tri/2011 2º Tri/2012 No ano de 2012
Movimentação
Total de Cargas
no Porto de
Itaguaí (t)
9.425.653 14.180.388 28.053.481
Movimentação de
Granel Sólido (t)
9.074.837 13.104.539 25.651.253
Movimentação de
Carga Geral Solta
43.221 12.040 397.054
Movimentação de
Carga
Conteinerizada
TEU
(t)
24.192
307.595
TEU
(t)
81.536
1.063.809
TEU
(t)
152.192
2.005.174
Principais Cargas Movimentadas no 2º trimestre de 2012 – Porto de Itaguaí
Minério de Ferro
Porto/Terminal 2º tri/2011 Ano 2011 2º Tri/2012 Ano 2012
Tup CVRD
Tubarão
24.853.759 102.867.401 25.568.847 47.821.310
Tup Ponta da
Madeira
22.849.416 100.429.513 26.131.867 47.494.543
Itaguaí 8.537.122 47.741.345 12.253.214 23.952.606
Total 74.091.289 323.861.990 84.042.411 155.701.455
Carvão Mineral (t)
Porto/Terminal 2º tri/2011 Ano 2011 2º Tri/2012 Ano 2012
Tup CVRD Praia
Mole
2.455.496 9.478.598 2.237.498 4.220.790
22
Itaguaí 353.498 2.343.174 581.626 1,234.476
Tup TKCSA 347.029 1.562.902 384.159 826.199
Total
Produtos Siderúrgicos (t)
Porto/Terminal 2º tri/2011 Ano 2011 2º Tri/2012 Ano 2012
Tup CVRD Praia
Mole
2.220.705 6.689.366 1.273.778 2.787.821
Itaguaí 42.476 237.019 9.210 17.884
Tup CVRD
Tubarão
- - - -
Total 4.248.048 14.520.675 3.333.854 6.874.064
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CONCLUSÃO
Concluímos, evidenciando o papel do porto de Itaguaí na contribuição para o
desenvolvimento da região. Por causa da circulação de cargas, a implantação do
porto repercute sobre o comércio, serviços, seguros, transportes, tecnologia da
informação, etc.
A localização privilegiada do porto, tornou-se um atrativo a mais para que
novos terminais fossem licitados.
O complexo portuário de Itaguaí é especializado em carga e descarga de
navios graneleiros.
Sendo que possui calado com profundidade para operar navios de classe
Kape Size ou super graneleiro e navios containeiros de última geração.
O volume de mercadorias que circulou pelos portos brasileiros foi recorde no
ano passado, principalmente pelo porto de Itaguaí com 886 milhões de toneladas,
uma alta de 6,25% em relação ao registrado em 2010, de acordo anuário divulgado
pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) o volume de mercadorias
que circulou pelos portos brasileiros foi recorde no ano passado. Com esse avanço,
o setor dobrou de tamanho em 12 anos, período no qual foram bastante restritos os
investimentos para expansão da capacidade dos portos públicos.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CDRJ, 2011, Folder Institucional de Divulgação, Superintendência de Marketing
da Companhia Docas do Rio de Janeiro.
CDRJ, 2010, Folder Institucional de Divulgação, Superintendência de Marketing
da Companhia Docas do Rio de Janeiro, 2010.
CDRJ, 2010,Boletim Estatísticos, Superintendência de Desenvolvimento da
Companhia Docas do Rio de Janeiro.
CDRJ, 2010, Porto de Itaguaí: Plano Estratégico de Desenvolvimento do
Complexo Portuário de Sepetiba. Companhia Docas do Rio de janeiro, 72 p, Rio
de Janeiro.
Administração dos Portos Organizados e TUP's junto ao Sistema Desempenho
Portuário da ANTAQ. Dados constantes no SDP em 19/09/2012.
ANTAQ, 2002. Agencia Nacional de Transportes Aquaviários, Gerencia de
Segurança e Meio Ambiente, Manual de Licenciamento Ambiental dos Portos, p.
58 a 63.
Boletim Informativo Portuário 2º Trimestre/2012. ANTAQ – Agência Nacional de
Transportes Aquaviários.
Anuário Estatístico 2011. ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários.
Berger, Aureo ET AL. Portos e Terminais Marítimos do Brasil. 2ª ed. Joenvile-SC:
Bela Catarina, 2009.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA), Boletim estatístico CEPENE. 32p, 1999.
Marinha do Brasil. Carta Náutica nº 1623/ 2003. 2003
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