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Sabrina Rafaela Marques Alves Gomes 3 Sistema de Ensino Presencial Conectado Ciências Contábeis Sabrina Rafaela Marques Alves Gomes A Importância do Orçamento na Gestão Financeira

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Economy & Finance


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Page 1: Trabalho 4° orçamento

Montes Claros -MG2014

Sabrina Rafaela Marques Alves Gomes 3

NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA

Sistema de Ensino Presencial ConectadoCiências Contábeis

Sabrina Rafaela Marques Alves Gomes

A Importância do Orçamento na Gestão Financeira

Page 2: Trabalho 4° orçamento

Montes Claros –MG2014

Sabrina Rafaela Marques Alves Gomes 4

A Importância do Orçamento na Gestão Financeira

Trabalho de Dissertação apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Ciências Contábeis.

Orientador:Fernando

Page 3: Trabalho 4° orçamento

Sabrina Rafaela Marques Alves Gomes

SUMÁRIO

1. Introdução...........................................................................4/5

2. Conceito de Orçamento e sua Importância na

Organização........................................................................ .4

2.1 Conceito de Orçamento..................................................... 4

3 Orçamento Mestre e Sua Divisão..........................................5

3.1 Conceito de Orçamento mestre e suas divisões...............6

3.2 Utilização do orçamento mestre..........................................7

4. Orçamento Operacional e Financeiro....................................8

4.1 Orçamento Operacional e Contextualização.....................8

4.2 Orçamento Financeiro e Contextualização.........................9

5.Demonstração contábeis.........................................................9

5.1.Balanço Patrimonial ............................................................10

5.2.DRE........................................................................................10

5.3.PLPA......................................................................................11

5.4.Fluxo de caixa Método Direto e Indireto............................11

5.5.DVA.........................................................................................12

6.Enquadramento Tributário no Brasil......................................12

6.1.Simples Nacional...................................................................13

6.2.Lucro Presumido...................................................................14

6.3.Lucro Real..............................................................................15

7. Mortalidade das Empresas e suas principais causas..........15

7.1.Carga tributária Alta .............................................................16

7.2.Desrespeito ao principio da entidade.................................16

8. Conclusão................................................................................17

10 Referências Bibliográficas.......................................................17

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Page 4: Trabalho 4° orçamento

Sabrina Rafaela Marques Alves Gomes

1-Introdução:

No atual cenário econômico, diante da incerteza dos acontecimentos e da alta

competitividade do mercado, torna-se imprescindível que as organizações

tenham um processo de gestão empresarial cada vez mais eficiente e eficaz.

Neste sentido, o orçamento surge como um diferencial nas organizações que dele

fazem uso, o qual participa de um sistema que envolve planejamento, controle e

análise do desempenho.

Através do orçamento é possível controlar o rumo dos negócios, fazendo

comparações entre o previsto e o realizado, bem como avaliar a desempenho dos

projetos. Desta forma, é possível classificá-lo como uma ferramenta de extrema

importância para o sucesso da gestão empresarial.

As empresas bem organizadas sabem da importância e das vantagens de um bom

planejamento de suas atividades em busca de seus objetivos. As constantes

mudanças que estão ocorrendo no ambiente de negócio, muitas delas produzidas

pela globalização dos mercados, estão exigindo das empresas cada vez mais o

aprimoramento de seus processos de planejamento, avaliação e controle, tendo em

vista a necessidade de tomada de decisões rápidas e de melhor qualidade que lhe

assegurem o atendimento de seus objetivos de continuidade, expansão e

lucratividade.

A Importância do Orçamento na Gestão Financeira:

2.Conceito de Orçamento e sua Importância na Organização:

2.1 Conceito de Orçamento:

Orçamento é a parte de um plano financeiro estratégico que compreende a previsão

de receitas e despesas futuras para a administração de determinado exercício

(período de tempo). Aplica-se tanto ao setor governamental quanto ao privado,

pessoa jurídica ou física.  tem como objetivo identificar os componentes

do planejamento financeiro com a utilização de um sistema orçamentário, entendido

como um plano abrangendo todo o conjunto das operações anuais de uma empresa

através da formalização do desempenho dessas funções administrativas gerais.

2.2 As Vantagens do Orçamento para a organização:

As empresas se beneficiam muito de um programa orçamentário. Embora as

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Sabrina Rafaela Marques Alves Gomes

empresas possam obter certo grau de sucesso sem orçamentos, elas jamais

atingirão as alturas a que poderiam chegar com um sistema coordenado de

orçamentos.

Entre esses benefícios contam-se os seguintes:

1. Os orçamentos fornecem um meio de transmitir os planos da administração a toda

a organização.

2. Os orçamentos forçam os gerentes a pensar no futuro e planejá-lo. Na falta da

necessidade de fazer orçamento, vários administradores gastarão seu tempo

cuidando das situações do dia-a-dia.

3. O processo orçamentário proporciona um meio de alocação dos recursos às

partes da organização em que eles podem ser empregados de maneira mais eficaz.

4. O processo orçamentário pode revelar potenciais gargalos antes que eles

ocorram.

5. Os orçamentos coordenam as atividades de toda a organização, por meio da

integração dos planos das diversas partes. A elaboração do orçamento ajuda a

assegurar que todos na organização estão trabalhando na mesma direção.

6. Os orçamentos definem as metas e objetivos que podem servir de níveis de

referência para a subseqüente avaliação de desempenho.

3. Orçamento Mestre e Sua Divisão: ?

Pode ser dividido em orçamento operacional e orçamento financeiro.

3.1 Conceito de Orçamento Mestre e sua Divisão (Operacional e Financeiro).

Orçamento mestre é o orçamento aquele que abrange todas as atividades da

empresa, servindo como parâmetro para elaboração de todas as previsões da

organização. Ele pode ser dividido em duas partes: orçamento operacional e

orçamento financeiro. 

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Page 6: Trabalho 4° orçamento

Sabrina Rafaela Marques Alves Gomes

Orçamento operacional entende-se aquele que tem por objetivo descrever todos os

resultados das atividades operacionais da empresa, de forma detalhada.

Orçamento financeiro, por sua vez, demonstra as entradas e saídas de caixa

provenientes das atividades operacionais desenvolvidas.

3.2 Utilização do Orçamento Mestre: ?

O orçamento mestre é utilizado pelo setor administrativo das entidades, sendo

utilizado como ferramenta de gestão empresarial para tomada de decisões.

4.Orçamento Operacional e Financeiro.

para que o planejamento financeiro tenha um resultado positivo dentro das

empresas, é importe a utilização de uma ferramenta muito importante que é a

implantação do orçamento financeiro que é uma forma de planejar e controlar as

atividades da empresa.

4.1 Orçamento Operacional e Contextualização:

O orçamento operacional  fornece uma visão geral dos custos de funcionamento  do

seu negócio. O orçamento operacional lhe dá uma visão geral das despesas do dia-

a-dia da empresa. Ele também dá uma chance para calcular a estimativa de volume

de negócios.Quando todas as despesas  de um ano são acrescentadas juntas e

subtraídas da renda, você começará a declaração de ganhos e perdas. O lucro na

sua empresa é o seu “salário”. O lucro é o que você pode tomar da empresa para

seu uso pessoal. 

4.2 Orçamento Financeiro e Contextualização:

Um ponto essencial para todas as empresas (micro, pequenas, médias e grandes), é

o "Orçamento Financeiro". Sabe-se que em grande parte das organizações

(principalmente das pequenas empresas), esse assunto é muito raro, e muitas vezes

não se tem um orçamento nessas instituições.

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 Orçamento Financeiro torna-se muito importante para as empresas, já que é a partir

dela que são executadas as transações financeiras, é estabelecida a taxa de

crescimento, e feito a previsão de quanto se irá "ganhar e gastar". Isso acontece,

porque as empresas não podem trabalhar na base do improviso, tudo deve ser

planejado antes de ser executado.Nesse caso, o empresário, fará uma tabela, e

através de informações quanto ao mercado, ou com informações de experiências

próprias, estipulará as vendas mensais, os gastos mensais, pra, só assim, definir

sua estratégia para alcançar seu objetivo com eficiência. Vale lembrar, que, alcançar

o objetivo com eficiência sem um orçamento financeiro, de no mínimo dois anos,

para não dizer impossível, se torna extremamente difícil, pois, o empresário não

estará a um passo a frente dos fatos, mas ao contrario, ele estará sempre um passo

atrás, já que, quando acontecer algum imprevisto (queda de vendas, ou aumento da

concorrência), ele tomara medidas na parte do improviso, não sabendo qual a

verdadeira conseqüência que terá em sua empresa.

O orçamento financeiro é a estrutura da organização, pois, é nela que o empresário

sabe os limites da empresa, até onde ele pode vender e produzir que lhe trará lucro.

No mundo empresarial, crescimento com segurança, tem-se somente uma tradução,

orçamento financeiro. Devemos sempre lembrar, "A empresa não se trabalha a base

do improviso, tudo deve ser planejado antes de ser executado.

5. Demonstrações Contábeis:

As Demonstrações Contábeis são o conjunto de informações que devem ser

obrigatoriamente divulgadas, anualmente, segundo a lei 6404/76, pela administração

de uma sociedade por ações e representa a sua prestação de contas para os sócios

e acionistas. A prestação anual de contas é composta pelo Relatório da

Administração, as Demonstrações Contábeis e as notas explicativas que as

acompanham, o Parecer dos Auditores Independentes (caso houver) e o Parecer do

Conselho fiscal (caso existir). As demonstrações contábeis são relatórios extraídos

da contabilidade após o registro de todos os documentos que fizeram parte do

sistema contábil de qualquer entidade (empresa) em um determinado período.Essas

demonstrações servirão para expressar a situação patrimonial da

empresa,auxiliando assim os diversos usuários no processo de tomada de decisão.

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5.1 Balanço Patrimonial:

O balanço patrimonial é uma demonstração contábil que tem por finalidade

apresentar a posição contábil, financeira e econômica de uma entidade (em geral

uma empresa) em determinada data, representando uma posição estática (posição

ou situação do patrimônio em determinada data). O balanço patrimonial apresenta

os Ativos (bens e direitos) e Passivos (exigibilidades e obrigações) e o Patrimônio

líquido, que é resultante da diferença entre o total de ativos e passivos.

Na Contabilidade e no Direito, a palavra "balanço" decorre do equilíbrio ou da

igualdade expresso nas seguintes fórmulas contábeis:

Patrimônio Líquido  = Ativo - Passivo

Aplicações = Origens.

O balanço patrimonial é obrigatório para todos os empresários e sociedades com

duas exceções previstas (empresários rurais e microempresas) e sua estrutura é

uma consequência das partidas dobradas aonde para um ou mais crédito existirá um

ou mais débito de mesmo valor. Os "pequenos empresários" são as empresas

familiares onde a própria família trabalha nela e não tem empregados contratados,

não os se confundindo com os donos de empresa de pequeno porte (EPP).

5.2 DRE:

A demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma demonstração

contabilística dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido

em um exercício, através do confronto das receitas, custos e resultados, apuradas

segundo o princípio contábil do regime de competência.

A demonstração do resultado do exercício oferece uma síntese financeira

dos resultados operacionais e não operacionais de uma empresa em certo período.

Embora sejam elaboradas anualmente para fins legais de divulgação, em geral são

feitas mensalmente para fins administrativos e, trimestralmente para fins fiscais.

5.3 DLPA:

A DLPA é obrigatória para as sociedades limitadas e algumas outras empresas

determinadas pela legislação do Imposto de Renda (RIR/99). Esse demonstrativo

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Sabrina Rafaela Marques Alves Gomes

tem o objetivo de mostrar todas as alterações no saldo da conta de prejuízos ou

lucros acumulados no Patrimônio Líquido que ainda não foram divididos entre os

acionistas ou sócios. O detalhamento de como aconteceram essas modificações no

patrimônio deve ser feito.

5.4 Fluxo de Caixa: Método Direto e Indireto:

O Fluxo de Caixa é indispensável para uma sinalização dos rumos financeiros dos

negócios. Através de sua elaboração é possível prognosticar eventuais excedentes

ou escassez de caixa, determinando-se medidas saneadoras a serem tomadas.

Para se manterem em operação, as empresas devem liquidar corretamente seus

vários compromissos, devendo como condição básica apresentar o respectivo saldo

em seu caixa nos momentos dos vencimentos. A insuficiência de caixa pode

determinar cortes nos créditos, suspensão de entregas de materiais e mercadorias,

e ser causa de uma séria descontinuidade em suas operações.

O método indireto caracteriza-se por apresentar o fluxo de caixa líquido oriundo da

movimentação líquida das contas que influenciam na determinação dos fluxos de

caixa das atividades operacionais, investimentos e de financiamentos.

Este método é estruturado por meio de um procedimento semelhante ao da Doar

(Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos) podendo mesmo ser

considerado como uma ampliação da mesma. Consiste em estender à análise dos

itens não circulantes – própria daquele relatório – as alterações ocorridas nos itens

circulantes (ativo e passivo circulante), excluindo, logicamente , as disponibilidades,

cuja variação busca demonstrar.

O Método Direto, que também é conhecido como a abordagem das contas

T.Consiste em classificar os recebimentos e pagamentos de uma empresa utilizando

as partidas dobradas. A vantagem desse método é que permite gerar informações

com base em critérios técnicos, eliminando, assim, qualquer interferência da

legislação fiscal. 

5.5 DVA:

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A Demonstração do Valor Adicionado visa mensurar o valor da riqueza gerada

pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a

geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e

outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. Sua origem passa a ser

instrumento mandatório nas empresas Européias, devido a uma obrigação que

nasceu na França.

6. Enquadramento Tributário no Brasil:

A escolha do regime tributário e seu enquadramento é que irão definir a

incidência e a base de cálculo dos impostos federais. No Brasil são três os tipos de

regimes tributários mais utilizados nas empresas,os quais estas podem se

enquadrar de acordo com as atividades desenvolvidas:

• Simples Nacional

• Lucro Presumido

• Lucro Real

Convém ressaltar que cada regime tributário possui uma legislação própria que

define todos os procedimentos a serem seguidos pela empresa a fim de definir um

enquadramento mais adequado.

6.1 Simples Nacional:

De acordo com a Secretaria da Receita Federal (Brasil), o Sistema Integrado

de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de

Pequeno Porte (SIMPLES) é um regime tributário diferenciado, simplificado e

favorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006,aplicável às

Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01.07.2007.

Consideram-se Microempresas (ME), para efeito de Simples Nacional, o empresário,

a pessoa jurídica, ou a ela

equiparada, que aufira em cada ano calendário, receita bruta igual ou inferior a R$

240.000,00. Já as Empresas de Pequeno Porte (EPP) são empresários, pessoas

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jurídicas, ou a elas equiparadas, que venham auferir em cada ano-calendário receita

bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00.

O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de

arrecadação, dos seguintes tributos:

• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);

• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);

• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);

• Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS);

• Contribuição para a Seguridade Social (cota patronal);

• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre

Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação (ICMS);

• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

Todos os Estados e Municípios participam obrigatoriamente do Simples Nacional.

O imposto devido pelas empresas optantes por esse regime é determina

do à aplicação das tabelas dos anexos da LC n° 123/06. Para efeito da

determinação da alíquota, o devedor irá utilizar a receita bruta acumulada nos

12 meses anteriores ao do período de apuração. Já o valor devido mensalmente

será o resultante da aplicação da alíquota correspondente sobre a receita bruta

mensal auferida.

6.2 Lucro Presumido:

Neste tipo de regime tributário, o montante a ser tributado é determinado com

base na receita bruta, através da aplicação de alíquotas variáveis em função da

atividade geradora da receita. Podem optar pelo lucro presumido as pessoas

jurídicas, cuja receita bruta total no ano calendário anterior tenha sido igual ou

inferior a R$ 48.000.000,00 ou ao limite proporcional de R$ 4.000.000,00

multiplicados pelo número de meses de atividade no ano, se esse for inferior a 12

meses. No regime do lucro presumido são quatro os tipos de impostos federais

incidentes sobre o faturamento, dentre eles o PIS e COFINS, que devem ser

apurados mensalmente, e o IRPJ e a CSLL cuja apuração deverá ser feita

trimestralmente.

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Podemos dizer que o lucro presumido é uma presunção por parte do fisco, do que

seria o lucro de uma empresa caso não existisse a contabilidade. Porém, notamos

que algumas empresas possuem uma escrituração contábil completa, com os

rigores das normas e princípios fundamentais da contabilidade, e mesmo assim

acabam por optar pela tributação baseada no lucro presumido. Isso ocorre na

maioria das vezes por falta de conhecimento dos empresários

ou até mesmo dos próprios contadores, os quais desconhecem ou possuem pouca

informação sobre as demais formas de tributação. É aí que deve aparecer a figura

do planejamento tributário, o qual deverá exercer conscientemente a redução da

carga tributária visando à melhor opção para a empresa, seja através do lucro real

ou presumido.

6.3 Lucro Real:

Lucro Real é o lucro líquido do período, apurado com observância das normas das

legislações comercial e societária, ajustado pelas adições, exclusões ou

compensações prescritas pela legislação do Imposto de Renda.

Estão obrigadas a optar pela tributação com base no Lucro Real as pessoas

jurídicas que estiverem enquadradas nas seguintes condições:

I – Que tenham receita total, no ano-calendário anterior, superior a

R$48.000.000,00, ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior

a 12meses;

II – cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas;

III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos

à isenção ou redução do imposto;

V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo

regime de estimativa, inclusive mediante balanço ou balancete de suspensão ou

redução de imposto;

VI – cuja atividade seja de factoring.

Para as demais pessoas jurídicas, a tributação pelo lucro real é uma opção. Os

impostos Federais incidentes nas empresas optantes pelo Lucro Real são o PIS, a

COFINS, o IRPJ e a CSLL, sendo os dois primeiros apurados mensalmente sobre o

faturamento e os dois últimos anualmente ou trimestralmente, tendo como base o

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Lucro Líquido contábil, ajustado pelas adições, exclusões e compensações

permitidas ou autorizadas pelo Regulamento do Imposto de Renda.

A palavra “real” é utilizada em oposição ao termo presumido, com o principal objetivo

de exprimir o que existe de fato, verdadeiramente, no sentido de

ser aceito para todos os fins e efeitos de direito.A apuração do lucro real envolve

maior complexidade na execução das rotinas contábeis e tributárias, para a

completa escrituração das atividades e posterior apuração do lucro real, que é a

base para cálculo dos tributos como IRPJ e a CSLL das empresas que não podem

ou não querem optar pelo lucro presumido.

Para que o resultado seja apurado corretamente, o contador deve adotar uma série

de procedimentos corriqueiros no ambiente profissional, como a rigorosa

observância aos princípios contábeis, constituição de provisões necessárias,

completa escrituração fiscal e contábil, preparação das demonstrações contábeis

(Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício – DRE,

Balancetes) e livros (Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR, Entrada e Saída e

Livro Registro de inventário).

7. Mortalidade das Empresas e suas Principais Causas:

 Muitos empresários começam a atuar sem fazer um plano de negócio. Antes de

abrir uma empresa, é preciso estudar todos os aspectos que envolvem o negócio.

Deve-se pesquisar quem será o público-alvo, fornecedores, custos fixos e variáveis,

concorrência e localização adequada. Quanto mais informações o empreendedor

tiver sobre seu ramo de atividade, maiores são as chances de sucesso.

7.1 Carga tributária Alta:

A principal causa da precoce mortalidade das empresas está na qualidade da gestão

implementada pelos donos. Devemos entender como gestão um conjunto de

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habilidades relacionadas, sobretudo a planejamento, marketing,gestão de pessoas.

Incrivelmente, não são a falta de linhas de crédito, os elevados custos dos tributos e

encargos sociais ou dificuldades com a concorrência que mais contribuem para a

morte das empresas. Esse indicador deveria cair à medida que mais conhecimento e

ações de capacitação são disponibilizadas.

7.2 Desrespeito ao Principio da Entidade:

Significa que na prática não se deve misturar dinheiro da empresa com dinheiro do

sócio. Se uma conta de luz da casa do sócio for paga pela empresa, a mesma deve

ser considerada uma retirada. O que parece óbvio, infelizmente não é na gestão

financeira das MPES. O empreendedor deve estabelecer um valor fixo de retirada e

adequar o seu orçamento pessoal dentro deste valor.

8. Conclusão:

Entende-se assim que o orçamento faz parte de um sistema de planejamento,

coordenação e controle, o qual possibilita ao gestor o acesso às informações que

serão base para a tomada de decisões mais precisa e eficaz. Desse modo, é

possível afirmar que através do uso de orçamentos os administradores norteiam

suas atividades e decisões, planejam, organizam, controlam e analisam a

desempenho da empresa, além de identificar e sanar eventuais desvios que

ocorram no processo, a fim de proporcionar um melhor desempenho da gestão na

busca pelo sucesso organizacional.

As exigências de mercado quanto à qualidade e aos baixos preços têm

condicionado as organizações a serem mais competitivas. Esse é um dos fatores

que fizeram as organizações implementarem ferramentas de gestão que lhes

permitissem atender a essas condições.

Partindo deste princípio, o Orçamento na Gestão Financeira surge como um

instrumento eficaz para identificar as futuras oportunidades e ameaças no que tange

a questão financeira e econômica da empresa, permitindo com que a organização

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possa avaliar e reavaliar suas estratégias e assim optar por aquelas que ofereçam o

menor risco.

Sendo assim, a utilização de um Orçamento financeiro aumenta as chances da

empresa não passar por dificuldades, fazer com que esta tenha liquides suficiente

para arcar com todos seus compromissos firmados.

9. Referências Bibliográficas:

MOREIRA, José Carlos. Orçamento Empresarial manual de elaboração. 4. ed. São

Paulo: Atlas, 1992.

NAKAGAWA, Masayuki. Introdução a Controladoria: conceitos, sistemas,

implementação. São Paulo: Atlas, 1993.

PEREZ JUNIOR, José H.; PESTANA, Armando Oliveira; FRANCO, Sergio P. Cintra.

Controladoria de gestão: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1995.

SANVICENTE, Antonio Zoratto. Administração financeira. 3. ed. São Paulo: Atlas,

1997.

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