aula 16 orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

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Parte 2 Medições de serviços e composições unitárias Parte 3 - Custos diretos e indiretos Faculdade de Tecnologia Michele Carvalho, DSc Brasília, 2013

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Page 1: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Parte 2 – Medições de serviços e composições

unitárias

Parte 3 - Custos diretos e indiretos

Faculdade de Tecnologia

Michele Carvalho, DSc

Brasília, 2013

Page 2: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Direto

aplicados diretamente em cada um dos

serviços na produção de uma obra ou

edificação qualquer [1].

Σ de todos os custos

Page 3: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Direto – Custo Unitário

OBS.: Os Custos Unitários mais o

BDI, calculado em função dos

mesmos, transformam-se em

Preços Unitários.

Portanto, não confundir Custos

Unitários com Preços Unitários.

Page 4: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Direto – Custo Unitário

MATERIAIS

•Forma natural

•Semi processadas

•Industrializados

O custo dos materiais deve ser considerado

"posto obra“.

Cuidados quanto a compra dos materiais:

Contrato - o reajuste, mesmo que previsto, para obras

acima de um ano, ocorrerá somente depois de 12 meses

após assinatura do contrato ou do l0 (mês de referência

do orçamento).

volumes, em áreas, em

comprimentos, em pesos, em

sacos, etc.

Page 5: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

• Material

• Cotação de insumos – Especificações técnicas

– Unidade e embalagem

– Quantidade

– Prazo de entrega

– Condições de pagamento

– Validade da proposta

– Local e condições de entrega

– Despesas complementares: frete, impostos, etc

• Preço FOB posto na fábrica deverá arcar com as despesas adicionais

• Preço CIF posto na obra inclui custo, seguro e frete

Custo Direto – Custo Unitário

Page 6: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Direto – Custo Unitário

Materiais

ICMS quando o produto é adquirido em outro

Estado, há que se recolher a diferença

• Compara-se a alíquota interestadual com a interna

e paga a diferença

Comparação de cotação

Quantidade mínima de cotações

Page 7: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Exemplo de cálculo do ICMS.

• Construção na Bahia alíquota 17%

• Mercadoria procedente de São Paulo, nota com IPI

– Alíquota 7%

– (A) Valor do produto = R$ 100,00

– (B) Valor do IPI = R$ 10,00

– (C) Valor total da nota = (A+B)= R$ 110,00

– (D) ICMS destacado na nota fiscal (7%)= R$ 7,00

– (E) Alíquota interna do produto= 17%

– (F) Valor Devido [ C x E]-D = (110,00x17%)-7= R$ 11,70

Custo Direto – Custo Unitário

Page 8: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Substituição Tributária:

Custo Direto – Custo Unitário

Page 9: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Direto – Custo Unitário

EQUIPAMENTOS

O custo horário do transporte e movimentação dos

materiais e pessoas dentro da obra.

Elevadores, gruas, caminhões, escavadeiras, tratores,

etc.

Propriedade do construtor

•depreciação dos mesmos

•juros do capital investido na compra

•combustível e os custos de manutenção

Page 10: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

• Equipamentos

• CH= Custo de propriedade+ custo de operaçao + custo de

manuteçao

• Custo de propriedade = Dh+Jh

• Custo de operação = Ph+Gh +Lh+Moh ou Eh

• Custo de manutenção = Mh

• Onde:

• Dh custo horário de depreciação

• Jh custo horário de juros

• Ph custo horário de pneus

• Gh custo horário de combustível

• Lh custo horário de lubrificação

• Mohcusto horário de mão de obra

• (R$/h)

Custo Direto – Custo Unitário

Page 11: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

• Equipamentos

• Hora produtiva: CH= Dh+Jh +Ph+Gh

+Lh+Moh +Mh

• Hora improdutiva: CH= Dh+Jh +Moh

• Equipamentos 1.pdf

Custo Direto – Custo Unitário

Page 12: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

• Equipamentos

• Aluguel

– Tarifa: paga-se um preço fixo por unidade

de tempo

• Aluguel sem operador

• Aluguel com operador

• Inclui combustível, lubrificantes e reparos sem

operador

• Inclui combustível, lubrificantes e reparos com

operador

Custo Direto – Custo Unitário

Page 13: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

• Equipamentos

• Aluguel

– Leasing : taxa fixa pelo aluguel por prazo

determinado, mas com opção de compra

– Empreitada: paga-se pelo trabalho

realizado pelo locador

Custo Direto – Custo Unitário

Page 14: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Direto – Custo Unitário

MÃO DE OBRA

CUSTO DE MÃO DE OBRA = SALÁRIO +

ENCARGOS SOCIAIS

Nos custos de mão de obra, além da Leis Sociais,

devem também ser computados os encargos referentes

às despesas de alimentação, transporte, EPI -

equipamento de proteção individual e ferramentas de

uso pessoal.

Page 15: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Direto

TAXA DE ENCARGOS SOCIAIS que incidem sobre os salários

de HORISTAS (LEIS SOCIAIS - ENCARGOS BÁSICOS)

Grupo A : Encargos Institucionais

Grupo B : Encargos trabalhistas

Valores devidos e pagos ao empregado nos dias em que

não há prestação de serviços

Grupo C : Encargos Indenizatórios

Aviso prévio, multa por recisão de contrato e

indenização adicional

Grupo D : incidências ou efeitos

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Custo Direto

TAXA DE ENCARGOS SOCIAIS que incidem sobre os salários

de HORISTAS (LEIS SOCIAIS - ENCARGOS BÁSICOS)

MP 601/2012 (abril de 2013 a dezembro de 2014) Lei nº 12844

(19/07/2013)

-Substituição previdenciária de 20% sobre a folha de

pagamento por 2% sobre a receita bruta

-Construção de edifícios; instalação elétricas, hidráulicas e

outras; obras de acabamento; empresas de infraestrutura

Encargos_Sociais_março_2013_DISTRITO_FEDERAL_SEM_DE

SONER.pdf

ENCARGOS_SOCIAIS_ABRIL_2013_DISTRITO_FEDERAL_COM

_DESONER.pdf

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Custo Direto

LEIS SOCIAIS - ENCARGOS BÁSICOS

NOTAS:

Vale-Transporte: considerada redução de 6% sobre o

salário/mês, pois os empregadores obrigam-se a custear

apenas o seu excedente.

Refeição mínima: considerada dedução de 1% sobre

o salário/hora por dia útil trabalhado, relativo ao custeio

da refeição mínima por parte do trabalhador.

Refeições: considerado um limite mínimo de 95% para

os custos subsidiados pelos empregadores.

Dias úteis: foram considerados 22 dias úteis por mês.

Page 18: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Direto

ENCARGOS COMPLEMENTARES

C1 = tarifa de transporte urbano;

C2 = custo do café da manhã;

C3 = Vale-Refeição - definido em Acordo Sindical;

N = número de dias trabalhados no mês;

S = salário médio mensal dos trabalhadores.

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Custo Direto

FERRAMENTAS MANUAIS

Sendo

N = número de trabalhadores na obra;

S = salário médio mensal;

P1, P2, P3,......... Pn = Custo de cada um

dos EPI ou de ferramentas manuais;

F1, F2, F3, ........ Fn = Fator de

utilização do EPI ou de ferramentas

manuais, dado pela seguinte fórmula:

Sendo

t = tempo de permanência do EPI ou da

Ferramenta à disposição da obra;

VU = Vida útil do EPI ou Ferramenta

manual em meses

Page 20: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Direto

COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS

Para o cálculo dos CUSTOS UNITÁRIOS é necessário

que conheçamos a sua COMPOSIÇÃO.

Custos

diretos

Σ Custos Unitários (serviços específicos)

Respectivas

quantidades

TCPO -Tabela de Composição de Preços

Empresas de construção

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Baeta, 2012

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Custo Direto

EXEMPLO DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS

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Custo Direto

ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS DIRETOS

a) Preços unitários

■ LISTA DOS SERVIÇOS A SEREM REALIZADOS

■ LEVANTAMENTO DOS QUANTITATIVOS

■ CÁLCULO DOS PREÇOS UNITÁRIOS

■ CÁLCULO DOS CUSTOS DE CADA UM DOS

SERVIÇOS

Page 26: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Direto

ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS DIRETOS

b) Administração local

c) Canteiro da obra

d) Mobilização e desmobilização

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Custo Direto

EXEMPLO DE PLANILHA DE CUSTOS DIRETOS

(MODELO):

OBS.: A planilha se transformará em Planilha de PREÇOS

UNITÁRIOS somente depois de acrescido o BDI a ser

determinado.

Cabeçalho da planilha.

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Custo Indireto

DEFINIÇÃO

A melhor definição de custo indireto talvez seja uma

definição por exclusão: custo indireto é todo custo que

não apareceu como mão de obra, material ou

equipamento nas composições de custos unitários do

orçamento. Em outras palavras, é todo custo que não

entrou no custo direto da obra, não integrando os serviços

de campo orçados (escavação, aterro, concreto,

revestimento, etc.) [2].

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Custo Indireto

DO PONTO DE VISTA DA CLASSIFICAÇÃO

Um custo é tido como indireto se não tiver sido

considerado como custo direto.

Exemplo: a betoneira, se não tiver sido incluída como

insumo no serviço de reboco - o que seria um custo direto,

terá que ser tratada como custo indireto.

Page 31: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Indireto

DESPESAS INDIRETAS (DI)

As despesas indiretas associam-se normalmente com

manutenção do canteiro de obras, salários, despesas

administrativas, taxas, emolumentos, seguros, viagens,

consultoria, fatores imprevistos e todos os demais

aspectos não orçados nos itens de produção.

Enquanto o custo direto é função direta da quantidade

produzida, o mesmo não se pode dizer do custo indireto.

O salário do mestre, a alimentação da equipe e o custo de

vigilância do canteiro vão ser o mesmo, quer a obra

produza 200 m³ de concreto em um mês, quer produza 30

m³.

Page 32: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Indireto

Fatores que influenciam o custo indireto

O custo indireto geralmente fica na faixa de 5 a 30% do

custo total da construção. O percentual oscila em função

dos seguintes aspectos:

Page 33: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Indireto

Page 34: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Indireto

Fatores que influenciam o custo indireto

Do ponto de vista temporal, por envolver despesas

provenientes de várias origens (administrativas, legais,

comerciais e técnicas), o custo indireto de uma obra pode

ter ocorrência:

Page 35: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Indireto

Itens do custo indireto

A relação abaixo, longe de ser completa, apresenta vários

custos encontrados na construção civil. O peso de cada

um deles é variável de obra para obra e nem todos os

itens se aplicam obrigatoriamente a todos os

empreendimentos:

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Custo Indireto

Itens do custo indireto

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Custo Indireto

Itens do custo indireto

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Custo Indireto

Itens do custo indireto

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Custo Indireto

Itens do custo indireto

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Custo Indireto

Itens do custo indireto

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Custo Indireto

Itens do custo indireto

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Custo Indireto

Itens do custo indireto

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Custo Indireto

Itens do custo indireto

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Custo Indireto

Itens do custo indireto

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Custo Indireto

Itens do custo indireto

Page 46: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Indireto

Itens do custo indireto

Page 47: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo Indireto

Itens do custo indireto

Page 48: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo direto ou indireto?

Uma pergunta que sempre surge nos orçamentos é se um

determinado custo é direto ou indireto. Consideramos essa dúvida

supérflua, porque o que realmente importa é que o custo seja

computado no orçamento, seja sob a rubrica de custo direto, seja

sob a de custo indireto [2].

Page 49: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo direto ou indireto?

Se placa da obra, por exemplo, for um item da planilha de

serviços, ela figurará como custo direto da obra. Se a planilha de

serviços não contiver a placa da obra, logicamente ela deverá

integrar o custo indireto.

Assim também se dá com os equipamentos de proteção individual

(EPI). Se o orçamentista tiver optado por trabalhar com os

encargos sociais e trabalhistas em sentido amplo, o EPI já estará

considerado na hora do trabalhador e, portanto, entrará nas

composições de custos unitários, integrando o custo direto. Por

outro lado, se o orçamento tiver sido feito com os encargos sociais

e trabalhistas em sentido restrito, caberá ao orçamentista

contabilizar o EPI no custo indireto.

Page 50: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo direto ou indireto?

O custo da obra é o mesmo, o que muda é apenas a unidade

orçamentária em que o item irá ser computado.

Uma planilha de serviços completa, com a maior quantidade

possível de itens, termina por reduzir muito a quantidade de itens

do custo indireto, isso não alterará o custo total da obra, mas terá

impacto direto sobre o BDI.

Page 51: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Custo direto ou indireto?

Page 52: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

[1]. Tisaka, Maçahiko.

Orçamento na construção civil : consultoria, projeto e execução / Maçahiko Tisaka. São Paulo: Editora Pini,2006.

ISBN 85-7266-173-5

[2]. Mattos, Aldo Dórea

Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos / AldoDórea Mattos. São Paulo: Editora Pini, 2006

ISBN 85-7266-176-X

Referências Bibliográficas

Page 53: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

SINAPI

O que é?

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da

Construção Civil - SINAPI é um sistema de pesquisa

mensal que informa os custos e índices da construção civil

e tem a CAIXA e o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE como responsáveis pela divulgação

oficial dos resultados, manutenção, atualização e

aperfeiçoamento do cadastro de referências técnicas,

métodos de cálculo e do controle de qualidade dos dados

disponibilizados pelo SINAPI.

Page 54: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

SINAPI

Como funciona?

Para realizar a pesquisa, a rede de coleta do IBGE analisa

mensalmente preços de materiais e equipamentos de

construção, bem como os salários das categorias

profissionais em estabelecimentos comerciais, industriais e

sindicatos da construção civil, em todas as capitais dos

estados. Enquanto a manutenção da base técnica de

engenharia, base cadastral de coleta e métodos de

produção é de competência da CAIXA.

Page 55: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

SINAPI

Como funciona?

Conhecendo materiais, quantidades, mão de obra e o

tempo necessário para realização de cada serviço, é

possível, calcular o seu custo.

Somando-se as despesas de todos os serviços, determina-

se o custo total de construção relativo a cada projeto. Em

caso de projetos residenciais e comerciais, um mesmo

serviço pode ser executado de acordo com diferentes

especificações que atendem a diferentes padrões de

acabamento: alto, normal, baixo e mínimo.

Page 56: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

SINAPI

Como funciona?

A partir da ponderação dos custos de projetos residenciais

no padrão normal de acabamento, são calculados os

custos médios para cada Unidade da Federação - UF.

Ponderando-se os custos obtidos nas UF's são

determinados os custos regionais e a partir destes, o custo

nacional, que dão origem aos índices por UF, Região e

Brasil.

Page 57: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

SINAPI

Como funciona?

As séries mensais de custos e índices do SINAPI referem-

se ao custo do metro quadrado de construção,

considerando-se os materiais, equipamentos e a mão de

obra com os encargos sociais. Não estão incluídos nos

cálculos os Benefícios e Despesas Indiretas – BDI, as

despesas com projetos em geral, licenças, seguros,

administração, financiamentos, e equipamentos mecânicos

como elevadores, compactadores, exaustores e ar

condicionado.

Page 58: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

SINAPI

Informações Disponíveis - Mensalmente são publicados:

Relatórios de Preços de Insumos e Custos de Serviços –

os dados disponíveis referem-se sempre aos dois últimos

meses de coleta;

Custos de Projetos - Residenciais, Comerciais,

Equipamentos Comunitários, Saneamento Básico,

Emprego e Renda;

Conjuntura - Evolução de Custo e Indicadores da

Construção Civil e;

Consulta Pública - Composições Analíticas com a

discriminação dos insumos utilizados e das quantidades

previstas por unidade de produção.

Page 59: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

SINAPI

RELATÓRIOS DE INSUMOS

Insumos

Os relatórios de insumos disponibilizam informações sobre

os valores medianos dos materiais de construção, mão de

obra e equipamentos necessários em uma obra. Estes

dados são coletados e atualizados mensalmente pelo IBGE

em todas as capitais brasileiras.

Page 60: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

SINAPI

RELATÓRIOS DE SERVIÇOS

Serviços

Os relatórios de serviços trazem informações sobre o

conjunto de insumos, suas respectivas quantidades e

valores para a execução de uma determinada atividade da

obra. Estes dados são coletados e atualizados

mensalmente pelo IBGE em todas as capitais brasileiras.

Page 61: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

SINAPI

ENCARGOS SOCIAIS

Encargos

A planilha de encargos sociais traz informações atualizadas

sobre os percentuais incidentes sobre a folha de

pagamento provenientes das taxas das leis sociais, riscos

e convenções coletivas de trabalho.

Page 63: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

SICRO

SISTEMA DE CUSTOS RODOVIÁRIOS – SICRO

Este documento é composto por 13 manuais que apresenta

a metodologia e os critérios adotados para o cálculo dos

custos unitários dos insumos e serviços necessários à

execução das obras de construção, restauração e

sinalização rodoviária e dos serviços de conservação

rodoviária. Apresenta, ainda, as rotinas e procedimentos

empregados pelo sistema informatizado implantado para o

cálculo dos custos unitários de referência.

Page 64: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

SICRO

SISTEMA DE CUSTOS RODOVIÁRIOS – SICRO

Page 65: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

ACÓRDÃO Nº 325/2007 - TCU - PLENÁRIO

OBJETIVO DO TRABALHO

O principal objetivo deste trabalho é propor critérios/parâmetros de

aceitabilidade para o LDI – Lucro e Despesas Indiretas, também denominado

BDI – Bonificação e Despesas Indiretas ou Benefícios e Despesas Indiretas em

obras de implantação de linhas de transmissão de energia elétrica. Cabe

ressaltar que, além das obras de implantação de linhas de transmissão, o

trabalho abrangeu obras de subestações, que também compõem o sistema de

transmissão de energia elétrica.

Além disso, procurou-se identificar os elementos passíveis de serem incluídos

na composição do LDI, os valores praticados e a respectiva faixa de

variabilidade. desses itens.

Embora trate de LDI para obras de linhas de transmissão e de subestações, o

presente trabalho pode fornecer uma referência genérica, pois sua

especificidade limita-se aos valores observados para o setor, sendo os

conceitos e a composição do LDI propostos aplicáveis a outros tipos de obras.

Neste trabalho será usado indistintamente tanto o termo LDI como BDI.

Page 66: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

ACÓRDÃO Nº 325/2007 - TCU - PLENÁRIO

VISTOS, relatados e discutidos estes autos do Relatório do

Grupo de Trabalho, constituído por força de determinação

do Acórdão 1.566/2005 – Plenário, com o objetivo de

propor critérios de aceitabilidade para o Lucro e Despesas

Indiretas (LDI) em obras de implantação de linhas de

transmissão de energia elétrica.

Page 67: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

ACÓRDÃO Nº 325/2007 - TCU - PLENÁRIO

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União,

reunidos em Sessão Plenária, ante as razões expostas

pelo Relator, em:

9.1. orientar as unidades técnicas do Tribunal que, quando

dos trabalhos de fiscalização em obras públicas, passem a

utilizar como referenciais as seguintes premissas acerca

dos componentes de Lucros e Despesas Indiretas - LDI:

9.1.1. os tributos IRPJ e CSLL não devem integrar o cálculo

do LDI, nem tampouco a planilha de custo direto, por se

constituírem em tributos de natureza direta e

personalística, que oneram pessoalmente o contratado,

não devendo ser repassado à contratante;

Page 68: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

ACÓRDÃO Nº 325/2007 - TCU - PLENÁRIO

9.1.2. os itens Administração Local, Instalação de Canteiro

e Acampamento e Mobilização e Desmobilização, visando

a maior transparência, devem constar na planilha

orçamentária e não no LDI;

9.1.3. o gestor público deve exigir dos licitantes o

detalhamento da composição do LDI e dos respectivos

percentuais praticados;

Page 70: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

• Observar critério de medição e pagamento;

• Ler especificações;

• Registrar a execução de serviços;

• Anotar condições climáticas;

• Registrar condições que possam influenciar na

produtividade;

• Caracterizar o item de serviço analisado;

• registrar eventuais falhas na execução do serviço.

APROPRIAÇÃO DE CUSTOS E AFERIÇÃO

DE COMPOSIÇÕES DE CUSTOS

UNITÁRIOS

Page 71: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

• Coeficientes de Materiais: – Registrar marcas;

– Levantar quantitativo;

– Reaproveitamento;

– Ferramentas empregadas.

• Coeficientes de Mão de obra – Registrar quantidade de trabalhadores e suas

funções;

– Mão de obra indireta;

– Hora extra....

– EPI, condições do local de trabalho.

APROPRIAÇÃO DE CUSTOS E AFERIÇÃO

DE COMPOSIÇÕES DE CUSTOS

UNITÁRIOS

Page 72: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

• Coeficientes de Equipamentos: – Registrar marcas, modelo;

– Condições gerais;

– Tempos produtivos e improdutivos, tempo de

ciclo;

– Distâncias percorridas.

APROPRIAÇÃO DE CUSTOS E AFERIÇÃO

DE COMPOSIÇÕES DE CUSTOS

UNITÁRIOS

Page 73: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3
Page 74: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Critérios de medição

• Contrato

• Periodicidade de inspeções

• Datas das medições

• Documentações que o empreiteiro deve apresentar

na ocasião (comprovantes de pagamentos de

impostos e encargos);

• Datas esperadas para conclusão de serviços

chaves;

• Penalidades, se existirem, e condições em que elas

podem ser aplicadas;

• Datas em que ocorrem os pagamentos

CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Page 75: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Medição da escavação no corte

(sem empolamento)

Medição de escavação no

transporte ( com 40% de

empolamento)

Vol

escavado

Preço

unitário

Preço total

escavação

Volume

escavado

Preço

unitário

Preço total

escavação

5000 m3 R$

10,00/m3

R$

50000,00

7000 m3 R$

7,14/m3

R$

50000,00

Page 76: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Critérios de medição

Page 77: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Critérios de medição

Page 78: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Critérios de medição

Page 79: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3

Critérios de medição

Page 80: Aula 16  orçamento custo direto - indireto (4) parte 2 e 3