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opinião PETRÓLEO I GÁS I BIOCOMBUSTÍVEIS Entrevista exclusiva José Jorge de Araújo, presidente da Technip no Brasil Aquisições dão suporte à expansão no Brasil Coleta e rerrefino: práticas sustentáveis, por Thiago Luiz Trecenti Petróleo e gás no Brasil: antes mal acompanhado do que só, por Bashir Karim Vakil e Ana Luiza Cruz Vizaco Mancais de deslizamento autolubrificantes, por Hubert Hilp Controle microbiano gera aumento de produção de gás, por Debora Takahashi Seguro contra riscos de engenharia garante tranquilidade à obra, por Luciana Santana especial mercado aquecido Drilling Ano XII • jan/fev 2012 • Nº 81 • www.tnpetroleo.com.br Frota em expansão Frade: tolerância zero Retrospectiva 2011: ano de pré-sal e renováveis Suplemento especial: Caderno de Sustentabilidade A proteção da federação: receitas de royalties e do ICMS, de Rodrigo Jacobina, sócio do Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados.

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o p i n i ã oPetróleo I Gás I BiocomBustíveis

Entrevista exclusiva

José Jorge de Araújo, presidente da Technip no Brasil

Aquisições dão suporte à expansão no Brasil

coleta e rerrefino: práticas sustentáveis, por Thiago Luiz Trecenti

Petróleo e gás no Brasil: antes mal acompanhado do que só, por Bashir Karim Vakil e Ana Luiza Cruz Vizaco

mancais de deslizamento autolubrificantes, por Hubert Hilp

controle microbiano gera aumento de produção de gás, por Debora Takahashi

seguro contra riscos de engenharia garante tranquilidade à obra, por Luciana Santana

especial

mercado aquecidoDrilling

Ano XII • jan/fev 2012 • Nº 81 • www.tnpetroleo.com.br

Frota em expansão

Frade: tolerância zero

Retrospectiva 2011: ano de pré-sal e renováveis

suplemento especial: caderno de sustentabilidade

A proteção da federação: receitas de royalties e do icms, de Rodrigo Jacobina, sócio do Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados.

sumário edição nº 81 jan/fev 2012

Entrevista exclusiva

Retrospectiva 2011

Indústria naval

Especial: drilling

com José Jorge de Araújo, presidente da Technip no Brasil

Aquisições dão suporte à expansão no Brasil

Drilling:mercado aquecido

Ano de pré-sal e renováveis

Frota em expansão

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entrevista exclusiva

Em ENTrEvisTa Exclusiva à TN Petróleo, ele fala das aquisições recentes que vão garantir maior sinergia entre as empresas do grupo, sobre as expectativas em relação ao mercado brasileiro, no qual a Tech-nip pretende aumentar sua presença nas áreas onshore e offshore.

O executivo evita fazer maiores comentários sobre a licitação de navios de gás natural, feita pela Petrobras, que serão usados no escoa-mento da produção deste insumo no pré-sal da Bacia de santos, da qual participou em consórcio com as parceiras japonesas modec e JGc. “as expectativas são grandes”, é a curta resposta.

TN Petróleo – A Technip adquiriu recentemente a Global In-dustries, por US$ 1 bilhão. Quais foram os ganhos da empresa com o negócio?

José de Araújo – Este processo gera sinergia para o segmen-to de negócios subsea, um dos três ramos de negócio da Technip, que agora poderá oferecer aos clientes uma solução de projetos integrados, também em águas rasas, do tipo s-lay, com recursos próprios. Essa aquisição representa uma complementaridade im-portante.

Há planos de novas aquisições?

acabamos de adquirir o controle da cybernétix, empresa que tem know-how na área de equipamentos operados remotamente e robótica em geral, bem como transmissão de dados. integrando esse conhecimento com o da Technip, estaremos oferecendo prontamen-te ao mercado soluções de monitoramento e integridade de ativos offshore e subsea.

Falando de Brasil, o que representou para a empresa a inauguração, em Vitória, da nova linha de produção de tubos flexíveis?

a nova linha ali instalada é capaz de atender o pré-sal, porém com uma limitação de capacidade, que será eliminada com a nova fábrica.

Como está o andamento do projeto da segunda fábrica de tubos da empresa? Quanto será investido?

a nova fábrica será instalada no Porto de açu, no município de são João da Barra (rJ), e vai gerar cerca de 600 empregos diretos. O início

José Jorge de Araújo, presidente da Technip no Brasil

Sem números públicos

(mas em milhões de

reais), os investimentos

do grupo francês

Technip, que atua desde

1976 no Brasil, visam

o desenvolvimento

de novas tecnologias

para a exploração

de petróleo no pré-

sal. “Continuaremos

acreditando e investindo

no Brasil”, afirma José

Jorge de Araújo.

por Rodrigo Miguez

dão suporte à expansão no BrasilaquisiçõEs a aquisiçãO da GlOBal

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da operação está previsto para se-tembro de 2013. Já temos o leiaute e iniciamos o projeto básico. Também adquirimos o equipamen-to, com o prazo de entrega mais longo, para garantir o cumprimento do cronograma.

A empresa vai investir R$ 80 milhões na expansão e desenvol-

vimento do Porto de Angra. Como estão as obras e quais os benefí-cios desse investimento?

O Terminal Portuário de an-gra dos reis está sendo moder-nizado para melhorar o nível de serviços a ser prestado, confor-me o contrato de concessão com a docas. O benefício se reverte em uma rentabilidade, ainda que

pequena, além de garantir uma pequena área dedicada à logísti-ca dos projetos de instalação de dutos submarinos. além disso, já foi firmado o contrato de presta-ção de serviços para uma base de fluidos.

A Technip tem planos de insta-lação de uma fábrica em Santos,

TN Petróleo 81 19 18 TN Petróleo 81

Drilling:O incremento das atividades exploratórias em terra firme e no mar, aliado ao aumento da produção – inclusive com a perfuração de novos poços para ampliar o fator de recuperação –, aquece o setor de drilling. As principais empresas fornecedoras de bens e serviços de perfuração estão tendo que se esforçar para atender à demanda por soluções e equipamentos de ponta que assegurem às petroleiras atingir suas metas: agregar reservas e monetizar rapidamente suas descobertas para garantir o retorno de seus investimentos, dentro dos mais rígidos padrões de segurança e proteção do meio ambiente. por Maria Fernanda romero e rodrigo Miguez

mercado aquecido

Que o mercado de drilling está aque-cido, ninguém tem dúvida. Não somente por conta das gigantescas

descobertas de petróleo e gás no pré-sal e também de novas re-servas no pós-sal (em mar e terra firme), que têm atraído novos investidores para o país, como também pela necessidade de ob-ter retorno para os investimentos feitos nos últimos anos.

Pesa ainda o fato de que sem leilões de novas áreas desde 2008 e com prazos que estão se esgotando para blocos adquiri-dos em licitações anteriores, as companhias de petróleo, gran-des e pequenas, estão tentando garantir a continuidade de suas operações no país.

Esse aquecimento está visível nos relatórios mensais de perfura-ção de poços da Agência Nacio-nal de Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP). Um dos mais atualizados relatórios do banco de dados da agência, esses registros refletem a aceleração da atividade nos últimos anos.

Devido aos números crescen-tes e do tempo de perfuração de

um poço, que varia de local para local, dependendo das condições da área (principalmente em cam-pos offshore), é difícil mensurar quantos poços novos foram feitos no último ano. Mas basta aferir os relatórios dos últimos três meses para perceber que há son-das perfurando em várias bacias onshore e offshore.

Essas atividades vêm au-mentando tanto em tradicionais áreas produtoras, como as ba-cias do Espírito Santo, Campos, Potiguar e Recôncavo, como também na de Santos, a mais disputada desde o advento do pré-sal, assim como nas bacias terrestres do Solimões, Ama-zonas e Parnaíba, onde estão atuando as mais jovens petro-leiras brasileiras, como HRT e OGX. Esta última também acelerou suas operações na bacia de Campos, onde preten-de produzir o primeiro óleo nos próximos seis meses.

especial: drilling

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TN Petróleo 81 29 28 TN Petróleo 81

especial: revestimento de dutos uma camada de tecnologia pura

Também foi um ano im-portante para o Parque Tecnológico do Rio, si-tuado na Ilha do Fun-dão, pois foi concluída a última etapa da licita-

ção para ocupação de seu terreno. Ao todo, 12 grandes companhias, a maioria do setor de petróleo e gás, vão instalar seus centros de pesquisa no local, o que representa mais de R$ 500 milhões em investimentos.

Para a indústria naval o ano tam-bém foi significativo. Realizaram-se três batismos de navios (Skandi Pe-

regrino e dois VLCCs da Vale); três lançamentos de embarcações ao mar (os navios Rômulo Almeida, José de Alencar, quinto navio do Promef e o Sea Brasil, primeiro Green Vessel do país); foi entregue ainda à Transpetro o Celso Furtado, primeiro navio do Promef; o estaleiro Eisa começou a construir o primeiro dos quatro na-vios Panamax encomendados pelo Promef; o estaleiro Superpesa co-meçou a construir o primeiro dos três navios do tipo bunker também encomendados pelo Promef; e foram anunciadas a construção de mais

14 navios (seis do Programa EBN2 e oito navios petroleiros do Promef) e a Petrobras assinou contratos para afretamento de seis navios Panamax do Programa EBN2.

JaneiroPetrobras realiza nova descoberta no pré-sal – 2011 começou com a Pe-trobras realizando uma nova desco-berta de petróleo de boa qualidade nos reservatórios do pré-sal no bloco BM-S-9, em águas ultraprofundas da Bacia de Santos, com a perfuração do poço 3-BRSA-861-SPS (3-SPS-74).

O ano de 2011 foi marcado por diversas descobertas na região do pré-sal da Bacia de Santos, confirmando as expectativas da potencialidade da área. As energias renováveis, em especial a eólica, que com a realização dos leilões se tornou uma fonte energética tão viável quanto a proveniente das usinas hidrelétricas, foi outra área que também teve bastante destaque.

ano de Pré-sale renováveis

Informalmente denominado ‘Ca-rioca Nordeste’, o poço está locali-zado em águas onde a profundidade é de 2.151 m e a 275 km do litoral do estado de São Paulo, na área de avaliação do poço Carioca – 1-BR-SA-491-SPS (1-SPS-50).

Análises preliminares comprova-ram a extensão da acumulação que contém petróleo de alta qualidade (26º API), em reservatório de 200 m, superior ao resultado do poço pioneiro perfurado na área.

O bloco BM-S-9 é formado por duas áreas de avaliação: uma, do

poço 1-BRSA-594-SPS (1-SPS-55), informalmente denominado ‘Guará’ e outra do poço 1-BR-SA-491-SPS (1-SPS-50), deno-minado ‘Carioca’, onde se localiza o poço descobridor.

Terceira maior do mundo – A Petro-bras alcançou em janeiro o posto de terceira maior empresa de energia do mundo no ranking PFC Energy 50, que lista as maiores empresas mundiais de energia em valor de mercado. A companhia tem valor de US$ 228,9 bilhões e está à frente

de Shell e Chevron, que ocupam a quarta e quinta posições.

Desde que o ranking foi lançado, em 1999, a Petrobras passou de 27º lugar para a terceira colocação. Se-gundo a consultoria, o valor de mer-cado da companhia, que era de US$ 13,5 bilhões naquele ano, cresceu a uma taxa composta de 27% ao ano.

suzlon fecha contrato de 218 MW no Brasil – A Suzlon Energia Eólica do Brasil, divisão brasileira da Suzlon Energy, terceira maior fabricante de aerogeradores do mundo, recebeu

JaneiroMarço

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2011

retrospectiva 2011

por Maria fernanda romero e rodrigo Miguez

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A indústria naval brasileira tem dado mostras de que, de fato, está retomando suas atividades. Só em novembro, a movimentação foi grande neste sentido. As perspectivas para o setor crescem não apenas pelas demandas do aquecimento do mercado de óleo e gás e das oportunidades do pré-sal, mas também da exigência de conteúdo local.

Em nova fase de ex-pansão, a indústria da construção naval teve um desempenho positivo em 2011: o Brasil tem hoje a

quarta maior carteira de encomen-das de petroleiros do mundo e ocu-pa a quinta posição no ranking de encomendas de navios em geral.

Foi a indústria de petróleo e gás que conseguiu manter aquecida a demanda do setor naval, que atin-giu o estágio de consolidação com diversos lançamentos ao mar de navios, entregas de embarcações e chegadas de unidades que vão passar por conversão.

A agenda de eventos reflete esse aquecimento. No dia 11 de novembro, o STX OSV Niterói, an-tigo estaleiro Promar, lançou ao mar o barco de apoio Sea Brasil, encomendado pela Deep Sea Sup-ply Navegação Marítima, empresa brasileira de capital norueguês.

A embarcação é do tipo PSV 09 CD, utilizada para dar suporte a plataformas, e foi construído com o apoio do estado carioca e do gover-no federal, além de financiamento do Fundo da Marinha Mercante (FMM). Este é o 28° navio produzi-do pela STX OSV Niterói no Brasil.

Na ocasião também foi rea-lizado o batimento de quilha do casco PRO-30 Skandi Paraty, en-comendado pela DOF. Trata-se da embarcação de número 30 na linha de produção da STX, que será uti-lizado em atividades de reboque, suprimentos e manuseio de ânco-ras do tipo AHTS.

O grupo coreano STX também está investindo na unidade de Per-nambuco e, segundo se comenta, diante das encomendas de que dispõe, passou a ser o principal cliente da Rionave – empresa que ocupa a área do antigo estaleiro Caneco, na Zona Norte carioca. Parte dos cascos encomendados ao STX OSV são fabricados na Rionave.

Já no dia 24 de novembro foi a vez de o estaleiro Aliança entre-gar o CBO Atlântico à Companhia Brasileira de Offshore (CBO) em evento realizado no Centro Cul-tural da Marinha, no Rio. Trata-se de um navio de apoio marítimo do tipo PSV (Platform Supply Vessel),

para suprimento a plataformas de produção de petróleo em alto-mar. Será o 19º navio da frota da CBO e vai operar para a Petrobras.

A unidade teve como madrinha a Sra. Ana Carla Abreu, esposa do presidente da Cedae, Wagner Victer, que foi secretário estadual de Ener-gia, Indústria Naval e Petróleo de 1999 a 2007, com destacada partici-pação na recuperação da indústria da construção naval brasileira.

O presidente da CBO e do Estaleiro Aliança, Luiz Maurí-cio Portela, informou que o CBO Atlântico foi construído no Es-taleiro Aliança, em Niterói, com financiamento do Fundo de Mari-nha Mercante (FMM), do Minis-tério dos Transportes, concedido pelo BNDES, e incentivos dos governos federal e estadual.

A empresa disse ainda que está construindo no mesmo local mais cinco novos navios de apoio marí-timo e que opera no segmento de navegação de apoio marítimo, no suprimento às plataformas, na ati-vidade de reboque de plataformas e manuseio de âncoras, flotel, na proteção ambiental com embar-cações de recolhimento de óleo e em operações com ROV (Veículo Submarino de Operação Remota).

Nova geraçãoO CBO Atlântico faz parte de

uma série de seis navios de apoio marítimo que incorpora inovações tecnológicas a partir do formato do casco X-Bow, da projetista norue-guesa Ulstein. O formato da proa propicia melhor comportamento em mar agitado, melhorando o desempenho no apoio marítimo a plataformas de petróleo em campos a mais de 200 km da costa, onde se localiza a nova fronteira de produ-ção de petróleo offshore do pré-sal.

A nova série de embarcações da CBO tem sistema híbrido de trans-porte de carga, uma exigência da

indústria naval

Frota em expa Nsão

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por maria Fernanda romero

CONSELHO EDITORIAL

Affonso Vianna Junior

Alexandre Castanhola Gurgel

André Gustavo Garcia Goulart

Antonio Ricardo Pimentel de Oliveira

Bruno Musso

Colin Foster

David Zylbersztajn

Eduardo Mezzalira

Eraldo Montenegro

Flávio Franceschetti

Francisco Sedeño

Gary A. Logsdon

Geor Thomas Erhart

Gilberto Israel

Ivan Leão

Jean-Paul Terra Prates

João Carlos S. Pacheco

João Luiz de Deus Fernandes

José Fantine

Josué Rocha

Luiz B. Rêgo

Luiz Eduardo Braga Xavier

Marcelo Costa

Márcio Giannini

Márcio Rocha Melo

Marcius Ferrari

Marco Aurélio Latgé

Maria das Graças Silva

Mário Jorge C. dos Santos

Maurício B. Figueiredo

Nathan Medeiros

Paulo Buarque Guimarães

Roberto Alfradique V. de Macedo

Roberto Fainstein

Ronaldo J. Alves

Ronaldo Schubert Sampaio

Rubens Langer

Samuel Barbosa

Cobertura NNO 2011

Cobertura Brasil Onshore 2011

84 Coleta e rerrefino: práticas sustentáveis, por Thiago Luiz Trecenti

108 Petróleo e gás no Brasil: antes mal acompanhado do que só, por Bashir Karim Vakil e Ana Luiza Cruz Vizaco

110 Mancais de deslizamento autolubrificantes, por Hubert Hilp

114 Controle microbiano gera aumento de produção de gás, por Debora Takahashi

120 Seguro contra riscos de engenharia garante tranquilidade à obra, por Luciana Santana

46 Frade Tolerância zero

53 Formação profissional56 Fornecedores em ação

3 editorial 4 hot news 8 indicadores 50 eventos 66 perfil profissional 69 caderno de sustentabilidade 86 pessoas

90 perfil empresa 92 produtos e serviços 122 fino gosto 124 coffee break 126 feiras e congressos 127 opinião

Otimismo na indústria naval brasileira

Terra: petróleo à vista!

artigos

Ano XII • Número 81 • jan/fev 2012Fotos: Jim Cunningham, BP e divulgação Technip

seções

50

60

o p i n i ã oPETRÓLEO I GÁS I BIOCOMBUSTÍVEIS

Entrevista exclusiva

José Jorge de Araújo, presidente da Technip no Brasil

Aquisições dão suporte à expansão no Brasil

Coleta e rerrefino: práticas sustentáveis, por Thiago Luiz Trecenti

Petróleo e gás no Brasil: antes mal acompanhado do que só, por Bashir Karim Vakil e Ana Luiza Cruz Vizaco

Mancais de deslizamento autolubrificantes, por Hubert Hilp

Controle microbiano gera aumento de produção de gás, por Debora Takahashi

Seguro contra riscos de engenharia garante tranquilidade à obra, por Luciana Santana

especial

mercado aquecidomercado aquecidoDrilling

Ano XII • jan/fev 2012 • Nº 81 • www.tnpetroleo.com.br

Frota em expansão

Frade: tolerância zero

Retrospectiva 2011: ano de pré-sal e renováveis

Suplemento especial: Caderno de Sustentabilidade

A proteção da federação: receitas de royalties e do ICMS, de Rodrigo Jacobina, sócio do Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados.

TN Petróleo 81 53 52 TN Petróleo 81

A quarta edição da Niterói Naval Offshore (NNO) superou todas as

expectativas de seus organizadores ao receber 16.500 visitantes,

que percorreram os 7.200 m2 do espaço, conferindo as palestras e

visitando os estandes das 118 empresas expositoras. A Rodada de

Negócios gerou R$ 100 milhões.

por Karolyna Gomes, Maria Fernanda Romero e Rodrigo Miguez

Até a última edição, em 2009, o evento era conhecido como Niterói Fenashore, mas com a nova organização, do

Instituto de Tecnologia Aplicada a Energia e Sustentabilidade So-cioambiental (Itaesa), em parceria com a Prefeitura de Niterói, o en-contro passou a se chamar Niterói Naval Offshore.

Sob o novo nome, teve resul-tados positivos de público e ex-positores, além de uma rodada de negócios de R$ 100 milhões, que reflete as perspectivas promissoras para a indústria naval brasileira. “Ficamos muito satisfeitos com os objetivos atingidos e acreditamos

que no próximo evento, em 2012, ampliaremos os resultados”, afir-mou Pedro Tha-deu Silva, presi-dente do Itaesa.

Este ano, o encontro teve um Networking Em-presarial com a participação de 34 empresas, promovido no último dia do evento. “Estes empresários iniciaram um processo de desen-volvimento comercial entre si, que poderá ser desenvolvido no decorrer dos próximos meses com excelentes resultados de negócios”, afirmou Carlos Gaspar, diretor do Itaesa.

A sustentabilidade socioam-biental também teve destaque no

evento. No estande do Itaesa, en-tidades não governamentais com iniciativas na área apresentaram seus trabalhos em palestras e mi-nicursos, pelos quais passaram 2.300 visitantes.

O secretário municipal de Ci-ência e Tecnologia e presidente do comitê organizador da feira, José Raymundo Martins Romêo, come-morou o bom retorno e comentou o fato de o evento ser anual a par-tir deste ano. Na ocasião, Martins Romêo indicou o crescimento do potencial da cidade de Niterói no que se refere ao setor como sede de eventos de grande porte como a NNO, e comentou também a recente inauguração do Parque Tecnológico da Vida.

eventos Cobertura Niterói Naval Offshore - NNO 2011

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Otimismona indústria naval brasileira

TN Petróleo 81 63 62 TN Petróleo 81

Na maré do pré-sal, a cadeia produtiva de petróleo e gás lança

suas atenções para o potencial de exploração e produção

em terra firme, foco dos debates da terceira edição da Brazil

Onshore. O evento, realizado no Rio Grande do Norte, retomou o

debate sobre os desafios e as novas tecnologias para produção

em campos terrestres, que estavam um pouco esquecidas por

conta das grandes descobertas em águas profundas.

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por Karolyna Gomes, Maria Fernanda Romero e Rodrigo Miguez

“A produção do pAís não é só o pré-sal”, enfatiza Bruno Moczydlo-wer, coordenador do comitê técnico da Brazil onshore 2011, realizada entre os dias 28 e 30 de novembro, em Natal (rN). organizado pelo Instituto Brasileiro do petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBp) e pela so-ciety of petroleum Engineers (spE), o evento reuniu os principais repre-sentantes do se-tor de óleo e gás voltados para a exploração e pro-dução em terra.

Na área de exposições de 650 m2 da feira, estiveram 51 empresas, como Baker Hughes, Halliburton, petrobras, schlumberger, oGX, Fron-tier, Cameron e Wheatherford. As empresas compartilham o espaço

com fornecedores de equipamentos e empresas locais – de Mossoró/rN, da Bahia e de outros estados. Nos es-tandes de demonstração de produtos, credenciais técnicas e habilidades tecnológicas.

Na conferência, realizada simul-taneamente ao evento, debates e pa-lestras sobre viabilidade econômica de campos marginais, licenciamento ambiental de poços terrestres e te-mas técnicos, como automação da produção (smartfields), produção de óleo pesado em terra, tecnologias acessíveis para campos terrestres marginais, e reservatórios não con-vencionais.

“o evento foi uma grande opor-tunidade para levantar a discussão de como será o cenário das ativi-dades terrestres (onshore) no país e investimentos futuros. diversas companhias estão investindo em

seu portfólio exploratório terrestre e as primeiras descobertas já estão surgindo”, destacou Jacques salies, presidente da seção Brasil da spE. Ele lembrou que, por ter custos mais baixos e menores complicações logís-ticas, “os campos em terra funcionam como um grande laboratório para tecnologias que serão posteriormente utilizadas em ambiente offshore”.

Atividade consolidadaNo Brasil, há 76 empresas tra-

balhando na exploração e produ-ção de petróleo em terra, sendo 40 brasileiras e 36 estrangeiras, a maior parte delas pequenas e apenas com operação onshore. de acordo com o relatório mensal da Agência Nacional de petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANp), em outubro, das 299 con-cessões, operadas por 26 empre-

eventos

petRóleo À vistA!teRRA:

por Maria Fernanda Romero, enviada especial

Cobertura Brasil onshore 2011

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editorial

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Rio de Janeiro – RJ – BrasilTel/fax: 55 21 3221-7500

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ASSINATURASRodrigo Matias (21 3221-7503)

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CTP e IMPRESSÃOWalprint Gráfica

DISTRIBUIÇÃO Benício Biz Editores Associados.

Os artigos assinados são de total responsabilidade dos autores,

não representando, necessariamente, a opinião dos editores.

TN Petróleo é dirigida a empresários, executivos, engenheiros, geólogos,

técnicos, pesquisadores, fornecedorese compradores do setor de petróleo.

O ano de 2011 se encerrou, mas deixou algumas lições para a indústria de óleo e gás. Primeiro, que

não adianta alardear os investimen-tos em segurança, meio ambiente e saúde (SMS), sem que haja, efetivamente, um monitoramento contínuo e permanente de todas as operações, tanto das petroleiras como daqueles a quem elas contra-tam para fornecer equipamentos e executar serviços.

Os acidentes ocorridos nos dois últimos anos mostram que, a des-peito dos recur-sos alocados em SMS, acidentes acontecem. E podem ganhar proporções inimagináveis, como ocorreu no Golfo do México. Ainda que o histórico de acidentes no país seja inferior ao registrado em outras re-giões do mundo, prevenir continuará sendo, sempre, o melhor remédio.

E para isso é necessário não somente que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombus-tíveis (ANP) atue de forma incisiva na fiscalização do setor, como também que o próprio mercado seja fiscal de seus parceiros. Ou seja, a responsabilidade é de todos. Inclu-sive da sociedade, de exigir dessa indústria, mais além de royalties e empregos, a preservação do meio ambiente e maior segurança para quem atua nesse setor, embarcado ou em terra firme.

Isso se faz urgente devido ao incremento das atividades explo-ratórias, assim como o aumento da produção, que tem agitado o segmento de drilling: as sondas não param de funcionar na costa

brasileira assim como em bacias onshore de maior potencial, como no Nordeste e na Amazônia brasilei-ra, como veremos na reportagem de capa dessa edição.

Esse aquecimento da atividade de drilling cria mais um gargalo, não somente de mão de obra especializa-da, como também no que diz respeito ao volume de equipamentos neces-sários para atender essa demanda, dentro dos mais rigorosos padrões de segurança, para que esse boom não dê início a um ciclo de acidentes.

O fato é que a indústria, prin-cipalmente as petroleiras que vêm alocando pesados recursos em suas operações no país, precisam de um retorno para seus investimen-tos, sob o risco de tornarem suas atividades no país insustentável. Principalmente levando-se em conta que novas áreas não são licitadas desde 2008, quando ocorreu o último leilão da ANP, e há prazos para apresentarem resultados. A es-tagnação desse processo represen-ta outro grande risco para o setor. E mais uma lição a aprendermos: paralisar processos pode significar um retrocesso.

A declaração antecipada de comercialidade de Guará, com 2,1 bilhão de barris, aliada ao aumento acelerado da produção (inclusive no pré-sal) e ao incremento das reser-vas brasileiras mostram que o setor tem um enorme potencial de cresci-mento nos próximos anos. Mas para isso, é necessário que todos façam a lição de casa, para termos, no fu-turo, uma margem de segurança que possibilite a essa indústria crescer de forma sustentável.

Margem de segurança

Filiada à

Benício BizDiretor executivo da TN Petróleo

4 TN Petróleo 81

Tiro e Sídon

Carapicu

BM-S-12

BM-S-74

BM-S-73 BM-S-41

BM-S-40

BM-S-49

BM-S-75 BM-S-76

BM-S-77

BM-S-69 BM-S-70

BM-S-72

BM-S-71

BM-S-63

BM-S-68

BM-S-61

BM-S-62

S-M-1103 S-M-1105

S-M-1233

BM-S-17

S-M-1109

S-M-980 S-M-982

S-M-855 S-M-857

S-M-732 S-M-734BM-S-29 BM-S-48

BM-S-64

BM-S-48

BM-S-46 BM-S-65

BM-S-67

BM-S-66

BM-S-51

BM-S-55 BM-S-52

BM-S-50

BM-S-53

BM-S-21

BM-S-22

BM-S-8BM-S-9

BM-S-9

BM-S-11

BM-S-11

BM-S-24

BM-S-10

BM-S-54

BM-S-42

BM-S-45BM-S-44

BM-S-42

BM-S-44

BM-S-4

BM-S-56

BM-S-58

BM-S-60

BM-S-57

BM-S-59

BM-C-42

BM-C-38

BM-C-37

BM-C-41

BM-C-43BM-C-46

BM-C-44

BM-C-47

BM-C-45BM-C-40

BM-C-39

BM-C-14

BM-C-35 BM-C-33Carataí

BM-C-34

BM-C-36

BM-C-36

BM-C-28

BM-C-29

BM-C-27

BM-C-27

BM-C-26

BM-C-30

BM-C-32

BM-C-31

BM-C-25

BM-ES-29

BM-ES-30

BM-ES-24

BM-ES-25 BM-ES-31 BM-ES-32

BM-ES-23 BM-ES-22BM-ES-22

BM-ES-22

BM-ES-40 BM-ES-41

BM-ES-42 BM-ES-39

BM-ES-38BM-ES-37BM-ES-21

BM-ES-26BM-ES-28

BM-ES-5

Cação2 e 3

BM-ES-20

GAS

ENE

Uberlândia

PR

SC

Portode Vitória

Portodo Forno

Porto deSão Sebastião

Porto deSepetiba

Porto deParanaguá

Porto deFlorianóp liso

Porto deItajaí

Porto deSão Francisco do Sul

200 km

167 km

174 km

172 km

60 kmBM-ES-27

100 km

70 km

Abaré

Cidade deAngra dos Reis

Cidade deSantos

PMXL-1

SS-11

P-63

P-61

Detalhe

PMLZ

Capixaba

PPER-1

PCA 2 e3

Cidade deSão Mateus

Cidade de Vitória

Juscelino Kubitschek

Cidade doEspírito Santo

Avaré

Ilha Bela

Thebas

Natal

AbaréOeste

GuaráNorte

Tupi OesteTupiNordeste

Tupi

Espadarte

P-57

P-58

Piracucá

Itaipu

Wahoo

Brava

Carimbé

Aruanã

Peró

Etna

FujiPipeline

Vesúvio DirecionalVesúvio Vertical

Waimea

VesúvioHuna

HawaiiKrakatoa

Kilawea

Seat

-38º30'

-38º30'

-38º00'

-38º00'

-38º30'

-38º30'

-38º00'

-38º00'

-38º30'

-38º30'

-38º00'

-38º00'

BM-S-12

BM-S-74

BM-S-73

BM-S-40

BM-S-49

BM-S-76

BM-S-77BM-S-69 BM-S-70

BM-S-72

BM-S-71

BM-S-63

BM-S-68

BM-S-61

BM-S-62

S-M-1103 S-M-1105

S-M-1233

BM-S-17

S-M-1109

S-M-980 S-M-982

S-M-855 S-M-857

S-M-732 S-M-734BM-S-29

BM-S-48

BM-S-48BM-S-46 BM-S-65

BM-S-51 BM-S-50

BM-S-53

BM-S-21

BM-S-22

BM-S-8 BM-S-9

BM-S-9

BM-S-11

BM-S-11

BM-S-24

BM-S-10

BM-S-54

BM-S-42

BM-S-45 BM-S-44

BM-S-42

BM-S-4

BM-S-56

BM-S-58

BM-S-60

BM-S-57

BM-S-59

BM-S-55 BM-S-52

OGX: BM-C-39; BM-C-40; BM-C-41; BM-C-42; BM-C-43; BM-S-29; BM-S-56; BM-S-57; BM-S-58; BM-S-59 – Maersk Oil: BM-C-37; BM-C-38 – BP: BM-C-08; BM-C-32; BM-C-34 – Anadarko: BM-C-29; BM-C-30 – BG: BM-S-13; BM-S-52 – Esso: BM-S-22 – Eni: BM-S-4; S-M-857 – Shell: BM-S-54 – Sonangol Starfish: BM-C-45; BM-C-46; BM-S-60 – Repsol Sinopec: BM-S-48; BM-S-55; S-M-1.105; S-M-980; BM-C-33 – Statoil: BM-C-47; S-M-1.233 – Karoon: BM-S-61; BM-S-62; BM-S-68; BM-S-69; BM-S-70 – Vanco: BM-S-63; BM-S-71; BM-S-72 – ONGC Campos: BM-S-42; BM-S-73; S-M-1.103 – Hess Brasil: BM-ES-30 – Perenco: BM-ES-37; BM-ES-38; BM-ES-39; BM-ES-40; BM-ES-41

Obs.: Blocos não citados na lista são operados pela Petrobras

Operadoras x Blocos

www.cmoffshore.com.br

Vitória (ES) • 55 27 3041-3197 • • www.unisamoffshore.comRio de Janeiro (RJ) - Angra dos Reis (RJ)

SENAICentros de Tecnologia SENAI: consultorias e soluções tecnológicas.

Núcleo de Simulação: simuladores para treinamento offshore e soluções em ambiente imersivo 3D e realidade aumentada e virtual.

Formação profissional: cursos de qualificação, técnicos, pós-graduação e de extensão, ministrados in company, a distância ou nas unidades do SENAI.

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Torre Rio Sul • Rua Lauro Muller, 116 sala 902Botafogo • Rio de Janeiro • RJ • Tel.: + 55 (21) 3094-9850

[email protected] • www.aveva.com/br

Petrobras em números (set/2011) Receita líquida ......................................................................R$ 180,4 bi Lucro líquido ...........................................................................R$ 28,3 bi Investimentos totais ............................................................R$ 50,8 bi Investimentos em P&D ........................................................R$ 13,6 bi Investimentos PN 2011-2015 ........................................US$ 224,7 bi Investimentos E&P no PN 2010 a 2014 .....................US$ 127,5 bi Exportação de petróleo e derivados (bpd) ...........................712 mil Valor de mercado (após capitalização) ........................R$ 373,8 bi Royalties e participações governamentais ....................R$ 19,4 bi Contribuição ao país (impostos, taxas e contribuições sociais) ......................................................R$ 54,5 bi

Empregados próprios ....................................................................81.510Empregados próprios da holding ..............................................58.510Reservas (critério SPE – 31/12/2010) ............................15,2 bi boeProdução média boe/d (Brasil e exterior) .......................2.599.000Produção média boe/d (Brasil) ..........................................2.013.000Produção média de GN em boe/d (Brasil) ......................... 350.000Recorde de produção bpd (27/12/2010) ..........................2.256.000Recorde produção em águas profundas (Lula) ...................2.140 mPlataformas de produção em operação ........................................ 140Sondas de perfuração em operação (terra e mar) .....................120Poços produtores (Brasil 12 mil e exterior) ...........................15.000

Malha dutoviária .......................................................................26 mil kmNavios petroleiros próprios .................................................................52Navios petroleiros afretados .............................................................120Terminais no Brasil .................................................................................48Refinarias no Brasil ................................................................................ 11 Refinarias no exterior ... ..........................................................................4Refino em bpd (Brasil e exterior) .....................................2,2 milhõesPostos de serviço e abastecimento ............................................7.306Postos de GNV ......................................................................................500Geração elétrica (termelétricas) .........................................5.284 MwFornecedores cadastrados .............................................................6 mil

Avenida Nilo Peçanha, 26, grupo 904, Centro

CEP 20020-100 • Rio de Janeiro • RJ • Brazil

Phone: + 55 21 2524-0296 • Fax: + 55 21 2532-4671

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Soluções em Engenharia e Logística

www.wfscorp.com

Equipamentos Posição

(dez/2010)

Equipamentos contratados e a contratar

Até 2013 Até 2015 Até 2020

Sondas de perfuração LDA acima de 2.000 m

Barcos de apoio e especiais

Semissubmersíveis e FPSOs

Jaqueta e TLWP

15

287

44

78

39

423

54

80

37¹

479

61

81

65²

568

94

83

Sondas, barcos de apoio e plataformas a serem contratadas no período 2010/2020

(1) As duas sondas realocadas de operações internacionais, expiram em 2015, assim não foram consideradas no valor acumulado de 2020.

(2) A demanda de longo prazo será ajustada de acordo com a evolução da necessidade, pois estes números incluem 29 sondas cujos contratos vencem até 2020.

NAVEGANTES

ITANHAÉM

SANTOS

ITAJAÍ

JACAREPAGUÁ

CABO FRIO

MACAÉ

SÃO TOMÉ

VITÓRIA

CPVV

SAMARCO – UBU

PORTO DO RIOITAGUAÍ

Aeroportos Portos (apoio offshore)

VITÓRIASÃO TOMÉMACAÉCABO FRIOJACAREPAGUÁITAGUAÍ (2016)SANTOS (2015)ITANHAÉMNAVEGANTES

CPVV

SAMARCO – UBU (2014)

MACAÉ

PORTO DO RIO

ITAGUAÍ (2016)

SANTOS (2015)

ITAJAÍ

Garoupa ....................................................... 142Enchova ....................................................... 114Pampo .......................................................... 114Roncador .................................................... 200Albacora Leste ............................................198Marlim Leste .............................................. 145Marlim Sul .................................................. 182Lula ..............................................................320

Distâncias médias entre a costa (Macaé) e os principais campos em produção (km)

BACIA DE CAMPOS

Bacia de Santos

Bacia do Espírito Santo

APOIO LOGÍSTICO

Bacia de Campos

Bacia de Santos

Políg

ono

do P

ré-s

al

Rio de Janeiro

Oceano Atlântico

São Paulo

Minas Gerais

Espírito Santo Vitória

RJ Niterói

São Paulo Vesúvio Direcional

Vesúvio Vertical

Vesúvio

KrakatoaHuna

Hawaii

Kilawea

Etna

Pipeline

Fuji

Waimea Papa-Terra

Xerelete SeatMaromba

Peregrino

Guarajuba

CarataíPeró

CarapicuPolvo

Aruanã

EnchovaCarimbé

Marlim SulJurará

Muçuã

Marlim LesteJabuti

Tracajá

Albacora Leste

Itaúna 1

ATP-ABALB

Namorado

Garoupa

Brava

Mangangá RoncadorSuruanã

PirambúWahoo

Catuá

Itaipu

Abalone

Ostra

Argonauta

Baleia FrancaBaleia Anã

Cachalote

Carapó

Camarupim

Golfinho

CanapuPeroá

PPER-1

PCA 2 and 3

Cangoá

Cação 2 e 3

CaxareuBaleia Azul

Jubarte

Nautilus

Bacia do Espírito Santo

Ilha Bela

Cavalo Marinho

Estrela do Mar

Tubarão

Tiro and Sídon

PiracuáPialamba

GASBOL

GASBOL

CAMPINAS-RIOOSPLAN

OSPLAN

SVAT

OSVAT

OSRIO

ORBIG

OSVOL

OSBAT

GASPAL

GASPAL GASDUC

GASB

EL

GASC

AV

GASE

NE

GASCAB

OCAB70 km

100 km

167 km

200 km

172 km

174 km

OSDUC

ORBE

L

GASBOL

OSBRA

OPASA

AbacateMerluza

Lagosta

Pepe Vampira

Guaiamá

Panoramix

Asterix

Panoramix 2

MexilhãoNiterói

BelémItagiAracajuIlhéusSalvador

Natal

ThebasSS-11 Atlantic Zephir

FSO Avaré

Merluza

PMXL-1 Mexilhão

Peregrino

FPSO Polvo

Juscelino Kubitschek

P-57

Espadarte

P-58 Cidade do Espírito Santo

Capixaba

Cidade de VitóriaCidade de

São Mateus

Fixed Polvo

Cidade de São Vicente

Cidade de Angra dos Reis

Dynamic Producer

Cidade de Santos

FPSO OSX-1

P-61

P-63

CarambaAzulão Guarani

Peroba

IguaçúGuará

Guará Sul

Externo de LulaTupi Sul

Lula

Lula Nordeste

Iara

Franco

FlorimIara entorno

CernambiParati

Corcovado

Carapiá UruguáPirapitanga

Tambaú

Tambuatá Oliva

Atlanta

Lula Oeste

Júpiter

Abará Oeste

Guará NorteCarioca

Bem-Te-Vi

Caravela

Coral

Maracujá

Carioca Nordeste

Macunaíma

BM-S-41BM-S-41

Font

e: A

NP,

Nov

/201

1

BM-S-12

BM-S-74

BM-S-73 BM-S-41

BM-S-40

BM-S-49

BM-S-75 BM-S-76

BM-S-77

BM-S-69 BM-S-70

BM-S-72

BM-S-71

BM-S-63

BM-S-68

BM-S-61

BM-S-62

S-M-1103 S-M-1105

S-M-1233

BM-S-17

S-M-1109

S-M-980 S-M-982

S-M-855 S-M-857

S-M-732 S-M-734BM-S-29 BM-S-48

BM-S-64

BM-S-48

BM-S-46 BM-S-65

BM-S-67

BM-S-66

BM-S-51

BM-S-55 BM-S-52

BM-S-50

BM-S-53

BM-S-21

BM-S-22

BM-S-8BM-S-9

BM-S-9

BM-S-11

BM-S-11

BM-S-24

BM-S-10

BM-S-54

BM-S-42

BM-S-45BM-S-44

BM-S-42

BM-S-44

BM-S-4

BM-S-56

BM-S-58

BM-S-60

BM-S-57

BM-S-59

BM-C-42

BM-C-38

BM-C-37

BM-C-41

BM-C-43BM-C-46

BM-C-44

BM-C-47

BM-C-45BM-C-40

BM-C-39

BM-C-14

BM-C-35 BM-C-33

BM-C-34

BM-C-36

BM-C-36

BM-C-28

BM-C-29

BM-C-27

BM-C-27

BM-C-26

BM-C-30

BM-C-32

BM-C-31

BM-C-25

BM-ES-29

BM-ES-30

BM-ES-24

BM-ES-25 BM-ES-31 BM-ES-32

BM-ES-23 BM-ES-22BM-ES-22

BM-ES-22

BM-ES-40 BM-ES-41

BM-ES-42 BM-ES-39

BM-ES-38BM-ES-37BM-ES-21

BM-ES-26BM-ES-28

BM-ES-5

BM-ES-20

BM-ES-27

BM-S-41

BM-S-41

BM-S-44

BM-C-42

BM-C-38

BM-C-37BM-C-41

BM-C-43 BM-C-46BM-C-44

BM-C-47

BM-C-45 BM-C-40

BM-C-39

BM-C-14

BM-C-35 BM-C-33

BM-C-36

BM-C-28

UPCGN Caraguatatuba

UPCGN

UPCGN Cacimbas

Árvores de natal offshore ....................... 976 Cabeças de poço offhsore ................... 1.310 Linhas flexíveis ............................10.356 km Manifolds submarinos ............................. 65 Revestimento e tubos ............. 1.340.000 ton Umbilicais ......................................6.645 km Árvores de natal terrestre .................... 1.387 Cabeças de poço terrestre ................... 1.404 Geradores .............................................. 618 Filtros ................................................ 2.141 Flares ....................................................... 69

Bombas ............................................. 7.004 Compressores ...................................... 429 Guinchos ................................................ 62 Guindastes offshore ................................ 92 Motores à combustão ........................... 720 Turbinas ................................................ 835 Aço estrutural ....................... 1.521.450 ton Reatores ............................................... 244 Separadores água/óleo ............................ 97 Tanques de armazenamento ............... 1.020 Torres de processo ............................... 391

Demanda de novos equipamentos e materiais no PN 2011/2020

Espírito Santo, Campos and Santos BasinsBacias do Espírito Santo, Campos e Santos

Novos investimentos e oportunidades no pós-sal e no pré-salFonte: MME, MT, ANP, IBP, Abimaq, Petrobras, OGX, BP, Shell, Chevron, Statoil Brasil.

Mapa E&P Brasil 2011-2015Encarte Especial Revista TN Petróleo nº 81

Revista Brasileira de TECNOLOGIA e NEGÓCIOS de Petróleo, Gás, Petroquímica, Química Fina e Biocombustíveis

Rua do Rosário, 99/7º andar • Rio de Janeiro, RJ, Brasil • CEP 20041-004 • Tel/Fax: 55 21 [email protected] • www.tnpetroleo.com.br • www.tbpetroleum.com.br

Todos os direitos reservados. © 2012 - Benício Biz Editores Associados Ltda.

w w w . t n p e t r ó l e o . c o m . b r

Unidades offshore na Bacia de SantosNome Tipo Início da

operaçãoLocalização(campo)

Lâmina d’água (m)

Capacidade de produção

(bpd)

Capacidade de compressão de

gás (m³/dia)Cidade de Paraty FPSO 2013 Lula NE (piloto) 2.120 120.000 -Cidade de São Paulo

FPSO 2013 Guará (piloto) 2.118 120.000 5 milhões

Cidade de Itajaí FPSO 2012 Tiro/Sidon (piloto) 277 80.000 -Dynamic Producer

FPSO 2011 Carioca NE 2.100 30.000 -

Cidade de São Vicente

FPSO 2011 Lula NE e Cernambi

2.170 100.000 -

Cidade de Angra dos Reis

FPSO 2010 Lula (piloto) 2.150 100.000 5 milhões

Cidade de Santos FPSO 2010 Urugua/Tambaú 1.300 35.000 10 milhõesMexilhão Fixa 2010 Mexilhão 180 – 15 milhõesSS-11 Atlantic Zephyr/Avaré

Semissub/FSO

2010 Tiro/Sidon 152 30.000 500.000

Merluza Fixa 1987 Merluza 130 5.000 2,2 milhões

Volumes recuperáveis adicionais com as descobertas: Pós-sal – Marimbá, Marlim Sul e Pampo: 1.105 MM boe; Pré-sal – Barracuda, Caratinga, Marlim, Marlim Leste, Albacora e Albacora Leste: 1.130 MM boe.Produtividade dos poços supera 20.000 bpdObs.: Entre 2011 e 2015 serão perfurados 67 poços exploratórios na Bacia de Campos em áreas de produção

Projeto Varredura: desenvolvimento tecnológico e otimização exploratória

Cabiúnas

Gasene

P-55

P-52

Roncador

Frade

FPSO Brasil

Albacora Leste

P-54

P-50

P-25

P-31

Albacora

Moréia

Vermelho

Carapeba

Pargo

Garoupinha

Garoupa

Bagre

Parati

Anequim

Cherne

Namorado

Congro

Marimba

Salema

Piraúna

Corvina

Enchova

Trilha

Badejo

Pampo

Bicudo

Caratinga

Barracuda

Voador

Marlim Leste

Marlim Sul

PVM-1

PVM-2

PVM-3

PPG-1A/AB

PCP-1

PCP-2

PCP-3

PGP-1

PNA-2

PNA-1

PCH-1

PCH-2

P-9

P-32

P-27

P-20

P-19

P-18

P-26

P-38

P-47

FPSO Cidade de Niterói

P-40

P-51

P-35

P-37

P-43

FPSO

Espadarte

Pampo 1

P-12

PCE-1

P-65

Bijupirá

FPSO

Fluminense

Viola

FPSO Frade

Oceano Atlântico

Gasoduto de 18”

Oleoduto de 38”

Gasoduto de 20”

Gasoduto de 12”

(extensão 95km)

Oleoduto de 22”

(extensão 83km;

3

vazão 17 mil m por dia)

Gasoduto de 12”

(extensão 84km;

3

vazão 2,2 milhões m por dia)

25 Km

Lagoa Feia

Campos dos

Goytacazes

Rio de Janeiro

Quissamã

Farol de

São Tomé

7

3

K

m

9

1

K

m

Gasoduto de 18”

(extensão: 118km;

vazão nominal:

3

4,25 milhões m por dia)

Bacia de Campos

Infraestrutura

Linguado

Oleoduto de 24”

(extensão 82km; vazão nominal:

3

22,8 mil m por dia)

P-56

P-33

Gasoduto de 20”

(extensão 87km;

3

vazão 4,7 milhões m por dia)

UPCGN

P-48

Bonito

P-7

FPSO

Cidade de Rio

das Ostras

Espadarte

Marlim

FPSO Marlim Sul

PRA-1

FSO Cidade de Macaé

Aruanã

Áreas: Franco, Entorno de Iara, Florim, NE de Tupi, Sul de Guará, Sul de Tupi 2010 a 2014: 7 poços exploratórios; 1 poço exploratório contingente; 1 TLD. 2 TLDs contingentes; Sísmica 3D 2015/2016: 4 FPSOs (em fase de contratação), conversão prevista no Estaleiro Inhaúma 2017 a 2020: novas tecnologias e definição de alocação de recursos *Duração total: 40 anos, prorrogáveis por mais cinco anos segundo critérios específicos

Cessão Onerosa: desenvolvimento das áreas*

Nº Bacia Campo Poço (ANP) Petróleo (bbl/d)

1 Santos LULA 9BRSA716RJS 27.315

2 Campos CACHALOTE 7CHT7HPESS 24.786

3 Campos CACHALOTE 7CHT9HESS 24.515

4 Campos JUBARTE 6BRSA639ESS 22.060

5 Santos TLD-BM-S-9 3BRSA861SPS 1.290

6 Campos JUBARTE 7JUB27HPESS 21.619

7 Campos MARLIM LESTE 7MLL10HPRJS 21.316

8 Campos MARLIM SUL 7MLS177HPRJS 21.007

9 Campos MARLIM LESTE 6BRSA817RJS 20.821

10 Campos CARATINGA /BARRACUDA

6BRSA806RJS 20.693

11 Campos MARLIM LESTE 7MLL54HPRJS 20.312

12 Campos MARLIM SUL 7MLS63HPARJS 19.811

13 Campos JUBARTE 7JUB19HESS 18.938

14 Campos JUBARTE 7JUB16HPESS 17.721

15 Campos CACHALOTE 7CHT5HAESS 17.472

16 Campos MARLIM SUL 7MLS179HPRJS 17.391

17 Campos MARLIM LESTE 7MLL50HRJS 16.714

18 Campos RONCADOR 7RO41DRJS 16.640

19 Santos LULA 3BRSA496RJS 16.414

20 Campos RONCADOR 7RO46HPRJS 15.222

21 Campos BARRACUDA 7BR73HPARJS 14.949

22 Campos JUBARTE 7JUB13HPESS 14.869

23 Campos JUBARTE 7JUB14HAESS 14.797

24 Campos RONCADOR 7RO92DRJS 14.350

25 Campos RONCADOR 7RO9DRJS 14.350

26 Campos MARLIM SUL 7MLS163HPRJS 13.940

27 Santos TLD-BM-S-40 1BRSA607SPS 13.299

28 Campos MARLIM SUL 3BRSA653DRJS 13.018

29 Santos TLD-BM-S-40 1BRSA658SPS 12.998

30 Campos FRADE (Chevron)

7FR15HPRJS 12.712

Ranking: poços produtores de petróleo

Nº Bacia Campo Poço (ANP) GN(Mm³/d)

1 Santos MEXILHÃO 7MXL7HPSPS 1.915

2 Espírito Santo

CAMARUPIM /CAMARU-PIM NORTE

7CMR1HESS 1.626

3 Santos MEXILHÃO 9MXL2HPSPS 1.322

4 Santos LULA 9BRSA716RJS 1.322

5 Santos URUGUÁ 7URG4RJS 1.290

6 Santos LAGOSTA 7LAG1HASPS 1.261

7 Espírito Santo

CANAPU 4BRSA265ESS 1.173

8 Camamu MANATI 7MNT4BAS 1.135

9 Camamu MANATI 7MNT6DBAS 1.104

10 Camamu MANATI 7MNT5DBAS 1.074

11 Santos MEXILHÃO 7MXL9HPSPS 999

12 Espírito Santo

PEROÁ 7PER2ESS 911

13 Camamu MANATI 7MNT1BAS 880

14 Campos JUBARTE 6BRSA639ESS 765

15 Solimões RIO URUCU 7RUC56HPAM 749

16 Sergipe PIRANEMA 4BRSA189ASES 733

17 Santos LULA 3BRSA496RJS 651

18 Espírito Santo

CAMARUPIM /CAMARU-PIM NORTE

7CMN2HESS 639

19 Solimões RIO URUCU 7RUC58HPAM 589

20 Camamu MANATI 7MNT3BAS 569

21 Campos MARLIM SUL 7MLS163HPRJS 564

22 Solimões RIO URUCU 7RUC65DPAM 550

23 Santos TLD-BM-S-9 3BRSA861SPS 539

24 Solimões LESTE DO URUCU

7LUC42HPAM 531

25 Solimões RIO URUCU 9RUC63DAM 459

26 Santos LULA 3BRSA755ARJS 458

27 Campos RONCADOR 7RO77HRJS 456

28 Solimões RIO URUCU 7RUC39HPAM 425

29 Solimões RIO URUCU 3BRSA515AM 409

30 Solimões RIO URUCU 7RUC42HPAM 408

Ranking: poços produtores de gás natural

Nº Operador Petróleo (bbl/d)

GN (Mm³/d)

Total em boe/d

1 Petrobras 1.968.903 65.897,31 2.383.397

2 Chevron Frade 73.272 869,81 78.743

3 Shell Brasil 67.895 896,12 73.531

4 Statoil Brasil 55.757 96,92 56.367

5 BP Energy 19.567 44,84 19.849

6 Sonangol Starfish 832 1,66 843

7 Petrosynergy 664 15,22 760

8 Gran Tierra 351 6,25 391

9 Partex Brasil 361 0,11 362

10 W. Petróleo 223 0,97 229

11 Petrogal Brasil 197 0,63 201

12 Panergy 0 29,26 184

13 Recôncavo E&P 150 0,56 154

14 UP Petróleo Brasil 77 1,33 86

15 UTC Engenharia 55 3,62 78

16 Severo Villares 39 1,23 47

17 UTC Óleo e Gás 39 0,91 45

18 Silver Marlin 31 0,99 37

19 Alvorada 27 0,2 29

20 Vipetro 10 0,03 10

21 Nord 9 0,01 9

22 Egesa 8 0,01 8

23 Central Resources 6 0,02 6

24 Cheim 5 0,17 6

25 Genesis 2000 2 0,003 2

2.188.482 67.868 2.615.373

Ranking por operador: produção de petróleo e GN

TOTAL GERAL

Unidades offshore na Bacia do Espírito SantoNome Tipo Início da

OperaçãoLocalização (campo)

Lâmina d’água (m)

Capacidade de produção

(bpd)

Capacidade de compressão de

gás (m³/dia)P-58 FPSO 2014 Jubarte/

Cachalote/Baleia Franca/Baleia Anã/Baleia Azul

1.400 100.000 6 milhões

Cidade de Anchieta

FPSO 2012 Baleia Azul 1.400 100.00 6 milhões

P-57 FPSO 2011 Jubarte 1.260 180.000 2 milhõesCidade do Espírito Santo

FPSO 2009 Abalone/Argonauta/Nautilus/Ostra

1.500/ 2.000

100.000 3,5 milhões

Cidade de São Mateus

FPSO 2009 Camarupim 800 35.000 10.000

Cidade de Vitória FPSO 2007 Golfinho 1.386 100.000 3,5 milhões

P-34 Juscelino Kubitschek

FPSO 2008 Jubarte 1.350 60.000 600.000

Capixaba FPSO 2006 Baleia Franca 1.340 100.000 2,5 milhões

Peroá Fixa 2006 Peroá e Cangoá 67 – 8 milhões

PCA 2 e 3 Fixa 1987 Cação 19 2.000 250.000

Plataforma Fixa ..................

Unidade Flutuante de Pro-dução, Armazenamento e Transferência (FPSO) .........

Unidade Flutuante de Arma-zenamento e Transferência (FSO) ..................................

Semissubmersível ..............

Unidade Flutuante de Produ-ção com Pernas Tensionadas (TLWP) ................................

Unidade de Manutenção e Segurança (UMS) ................

Unidade de Processamento e Compressão de GN ...........

GasodutoOleoduto

Legendas

Unidades offshore na Bacia de CamposNome Tipo Início da

operaçãoLocalização(campo)

Lâminad’água (m)

Produção (bpd)

Capacidade de compressão de

gás (m³/dia)

P-62 FPSO 2014 Roncador 1.315 180.000 6 milhõesP-63 FPSO 2013 Papa-Terra 1.200 150.000 1 milhãoP-61 TLWP 2013 Papa-Terra – – 1 milhãoP-55 Semissub 2012 Roncador 1.790 180.000 6 milhõesOSX-1 (OGX) FPSO 2011 Waimea – 80.000 1,5 milhõesMaersk Peregrino (Statoil Brasil)

FPSO 2011 Peregrino 110 100.000 –

Cidade de Quissamã

UMS/Semissub

2011 Marlim – – –

Cidade de Arraial do Cabo

UMS/ Semissub

2011 Cherne – – –

P-56 Semissub 2011 Marlim Sul 1.700 100.000 6 milhõesFrade (Chevron) FPSO 2009 Frade 1.100 100.000 3 milhões

Cidade de Niterói FPSO 2009 Marlim Leste 1.080 100.000 3,5 milhõesCidade de Rio das Ostras

FPSO 2008 Badejo 95 20.000 70.000

FSO Cidade de Macaé

FSO 2007 Marlim Sul/Marlim Leste/Roncador

95 – –

Polvo (BP) FPSO 2007 Polvo 105 90.000 –Polvo (BP) Fixa 2007 Polvo 105 60.000 –P-54 FPSO 2007 Roncador 1.300 180.000 6 milhõesP-53 FPU 2008 Marlim Leste 1.080 190.000 6 milhõesPRA-1 Rebombeio 2007 Marlim Sul 106 750.000 (Reb.) –Rio de Janeiro FPSO 2007 Espadarte 1.370 100.000 2,5 milhõesP-51 Semissub 2008 Marlim Sul 1.255 180.000 7 milhõesP-52 Semissub 2007 Roncador 1.800 180.000 9 milhõesP-50 FPSO 2006 Albacora

Leste1.750 180.000 6 milhões

Cidade de Armação dos Búzios

UMS/ Semissub

2006 Enchova – – –

P-48 FPSO 2005 Caratinga 1.040 150.000 6 milhõesP-47 FPSO 2005 Marlim 960 150.000 3 milhõesP-43 FPSO 2005 Barracuda 820 150.000 6 milhõesMarlin Sul FPSO 2004 Marlim Sul 1.250 100.000 2,3 milhõesFluminense (Shell)

FPSO 2003 Bijupirá/Salema

870 70.000 8 milhões

Brasil FPSO 2003 Roncador 1.360 90.000 3 milhõesP-65 (SS-06) Semissub 2002 Enchova 120 – –P-40 Semissub 2001 Marlim Sul 1.080 150.000 6 milhõesP-38 FSO 2001 Marlim Sul 1.030 – –P-37 FPSO 2000 Marlim 910 150.000 6 milhõesP-35 FPSO 1998 Marlim 850 100.000 3 milhõesP-33 FPSO 1998 Marlim 780 50.000 2,5 milhõesP-32 FPSO 1997 Marlim 1.060 150.000 –P-31 FPSO 1998 Albacora 330 100.000 2,9 milhõesP-27 Semissub 1998 Voador 533 65.000 2,2 milhõesP-26 Semissub 1997 Marlim 990 100.000 3 milhõesP-25 Semissub 1996 Albacora 575 100.000 6,5 milhõesP-20 Semissub 1992 Marlim 620 50.000 1,2 milhõesP-19 Semissub 1997 Marlim 770 100.000 3 milhõesP-18 Semissub 1994 Marlim 910 100.000 1,9 milhõesP-15 Semissub 1983 Marimbá/

Piraúna242 40.000 1 milhão

P-12 Semisub 1984 Badejo/Linguado/Trilha

103 35.000 900.000

P-09 Semissub 1983 Congro/Corvina/Malhado

230 38.000 550.000

P-08 Semissub 1993 Marimbá 423 60.000 1,6 milhãoP-07 Semissub 1988 Bicudo/

Enchova Oeste

209 56.000 900.000

PCE-1 Fixa 1988 Enchova/Bonito

116 60.000 1,1 milhão

PCH-1 Fixa 1984 Anequim/Bagre/Cherne/Parati

117 44.000 1,9 milhão

PCH-2 Fixa 1983 Congro/Cherne/Malhado

142 48.000 2 milhões

PCP-1 Fixa 1988 Carapeba 82 – –PCP-2 Fixa 1988 Carapeba 83 – –PCP-3 Fixa 1988 Carapeba 82 – –PGP-1 Fixa 1979 Garoupa/

Garoupinha/Viola

120 120.000 650.000

PNA-1 Fixed 1983 Congro/Namorado

145 40.000 3 milhões

PNA-2 Fixed 1984 Namorado 170 60.000 400.000PPG-1A Fixed 1988 Pargo 101 190.000 700.000PPM-1 Fixed 1984 Pampo 115 80.000 2,1 milhõesPVM-1 Fixed 1988 Vermelho 80 – –PVM-2 Fixed 1988 Vermelho 80 – –

EN

CA

RT

E E

SP

EC

IAL

DE

STA

ED

IÇÃ

O:

MA

PA E

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BR

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011

/20

15IM

PR

ES

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5 gr

. F

OR

MA

TO:

1,0

m X

0,7

0 m

TN Petróleo 81 5

editorial

Tiro e Sídon

Carapicu

BM-S-12

BM-S-74

BM-S-73 BM-S-41

BM-S-40

BM-S-49

BM-S-75 BM-S-76

BM-S-77

BM-S-69 BM-S-70

BM-S-72

BM-S-71

BM-S-63

BM-S-68

BM-S-61

BM-S-62

S-M-1103 S-M-1105

S-M-1233

BM-S-17

S-M-1109

S-M-980 S-M-982

S-M-855 S-M-857

S-M-732 S-M-734BM-S-29 BM-S-48

BM-S-64

BM-S-48

BM-S-46 BM-S-65

BM-S-67

BM-S-66

BM-S-51

BM-S-55 BM-S-52

BM-S-50

BM-S-53

BM-S-21

BM-S-22

BM-S-8BM-S-9

BM-S-9

BM-S-11

BM-S-11

BM-S-24

BM-S-10

BM-S-54

BM-S-42

BM-S-45BM-S-44

BM-S-42

BM-S-44

BM-S-4

BM-S-56

BM-S-58

BM-S-60

BM-S-57

BM-S-59

BM-C-42

BM-C-38

BM-C-37

BM-C-41

BM-C-43BM-C-46

BM-C-44

BM-C-47

BM-C-45BM-C-40

BM-C-39

BM-C-14

BM-C-35 BM-C-33Carataí

BM-C-34

BM-C-36

BM-C-36

BM-C-28

BM-C-29

BM-C-27

BM-C-27

BM-C-26

BM-C-30

BM-C-32

BM-C-31

BM-C-25

BM-ES-29

BM-ES-30

BM-ES-24

BM-ES-25 BM-ES-31 BM-ES-32

BM-ES-23 BM-ES-22BM-ES-22

BM-ES-22

BM-ES-40 BM-ES-41

BM-ES-42 BM-ES-39

BM-ES-38BM-ES-37BM-ES-21

BM-ES-26BM-ES-28

BM-ES-5

Cação2 e 3

BM-ES-20

GAS

ENE

Uberlândia

PR

SC

Portode Vitória

Portodo Forno

Porto deSão Sebastião

Porto deSepetiba

Porto deParanaguá

Porto deFlorianóp liso

Porto deItajaí

Porto deSão Francisco do Sul

200 km

167 km

174 km

172 km

60 kmBM-ES-27

100 km

70 km

Abaré

Cidade deAngra dos Reis

Cidade deSantos

PMXL-1

SS-11

P-63

P-61

Detalhe

PMLZ

Capixaba

PPER-1

PCA 2 e3

Cidade deSão Mateus

Cidade de Vitória

Juscelino Kubitschek

Cidade doEspírito Santo

Avaré

Ilha Bela

Thebas

Natal

AbaréOeste

GuaráNorte

Tupi OesteTupiNordeste

Tupi

Espadarte

P-57

P-58

Piracucá

Itaipu

Wahoo

Brava

Carimbé

Aruanã

Peró

Etna

FujiPipeline

Vesúvio DirecionalVesúvio Vertical

Waimea

VesúvioHuna

HawaiiKrakatoa

Kilawea

Seat

-38º30'

-38º30'

-38º00'

-38º00'

-38º30'

-38º30'

-38º00'

-38º00'

-38º30'

-38º30'

-38º00'

-38º00'

BM-S-12

BM-S-74

BM-S-73

BM-S-40

BM-S-49

BM-S-76

BM-S-77BM-S-69 BM-S-70

BM-S-72

BM-S-71

BM-S-63

BM-S-68

BM-S-61

BM-S-62

S-M-1103 S-M-1105

S-M-1233

BM-S-17

S-M-1109

S-M-980 S-M-982

S-M-855 S-M-857

S-M-732 S-M-734BM-S-29

BM-S-48

BM-S-48BM-S-46 BM-S-65

BM-S-51 BM-S-50

BM-S-53

BM-S-21

BM-S-22

BM-S-8 BM-S-9

BM-S-9

BM-S-11

BM-S-11

BM-S-24

BM-S-10

BM-S-54

BM-S-42

BM-S-45 BM-S-44

BM-S-42

BM-S-4

BM-S-56

BM-S-58

BM-S-60

BM-S-57

BM-S-59

BM-S-55 BM-S-52

OGX: BM-C-39; BM-C-40; BM-C-41; BM-C-42; BM-C-43; BM-S-29; BM-S-56; BM-S-57; BM-S-58; BM-S-59 – Maersk Oil: BM-C-37; BM-C-38 – BP: BM-C-08; BM-C-32; BM-C-34 – Anadarko: BM-C-29; BM-C-30 – BG: BM-S-13; BM-S-52 – Esso: BM-S-22 – Eni: BM-S-4; S-M-857 – Shell: BM-S-54 – Sonangol Starfish: BM-C-45; BM-C-46; BM-S-60 – Repsol Sinopec: BM-S-48; BM-S-55; S-M-1.105; S-M-980; BM-C-33 – Statoil: BM-C-47; S-M-1.233 – Karoon: BM-S-61; BM-S-62; BM-S-68; BM-S-69; BM-S-70 – Vanco: BM-S-63; BM-S-71; BM-S-72 – ONGC Campos: BM-S-42; BM-S-73; S-M-1.103 – Hess Brasil: BM-ES-30 – Perenco: BM-ES-37; BM-ES-38; BM-ES-39; BM-ES-40; BM-ES-41

Obs.: Blocos não citados na lista são operados pela Petrobras

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Petrobras em números (set/2011) Receita líquida ......................................................................R$ 180,4 bi Lucro líquido ...........................................................................R$ 28,3 bi Investimentos totais ............................................................R$ 50,8 bi Investimentos em P&D ........................................................R$ 13,6 bi Investimentos PN 2011-2015 ........................................US$ 224,7 bi Investimentos E&P no PN 2010 a 2014 .....................US$ 127,5 bi Exportação de petróleo e derivados (bpd) ...........................712 mil Valor de mercado (após capitalização) ........................R$ 373,8 bi Royalties e participações governamentais ....................R$ 19,4 bi Contribuição ao país (impostos, taxas e contribuições sociais) ......................................................R$ 54,5 bi

Empregados próprios ....................................................................81.510Empregados próprios da holding ..............................................58.510Reservas (critério SPE – 31/12/2010) ............................15,2 bi boeProdução média boe/d (Brasil e exterior) .......................2.599.000Produção média boe/d (Brasil) ..........................................2.013.000Produção média de GN em boe/d (Brasil) ......................... 350.000Recorde de produção bpd (27/12/2010) ..........................2.256.000Recorde produção em águas profundas (Lula) ...................2.140 mPlataformas de produção em operação ........................................ 140Sondas de perfuração em operação (terra e mar) .....................120Poços produtores (Brasil 12 mil e exterior) ...........................15.000

Malha dutoviária .......................................................................26 mil kmNavios petroleiros próprios .................................................................52Navios petroleiros afretados .............................................................120Terminais no Brasil .................................................................................48Refinarias no Brasil ................................................................................ 11 Refinarias no exterior ... ..........................................................................4Refino em bpd (Brasil e exterior) .....................................2,2 milhõesPostos de serviço e abastecimento ............................................7.306Postos de GNV ......................................................................................500Geração elétrica (termelétricas) .........................................5.284 MwFornecedores cadastrados .............................................................6 mil

Avenida Nilo Peçanha, 26, grupo 904, Centro

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Equipamentos Posição

(dez/2010)

Equipamentos contratados e a contratar

Até 2013 Até 2015 Até 2020

Sondas de perfuração LDA acima de 2.000 m

Barcos de apoio e especiais

Semissubmersíveis e FPSOs

Jaqueta e TLWP

15

287

44

78

39

423

54

80

37¹

479

61

81

65²

568

94

83

Sondas, barcos de apoio e plataformas a serem contratadas no período 2010/2020

(1) As duas sondas realocadas de operações internacionais, expiram em 2015, assim não foram consideradas no valor acumulado de 2020.

(2) A demanda de longo prazo será ajustada de acordo com a evolução da necessidade, pois estes números incluem 29 sondas cujos contratos vencem até 2020.

NAVEGANTES

ITANHAÉM

SANTOS

ITAJAÍ

JACAREPAGUÁ

CABO FRIO

MACAÉ

SÃO TOMÉ

VITÓRIA

CPVV

SAMARCO – UBU

PORTO DO RIOITAGUAÍ

Aeroportos Portos (apoio offshore)

VITÓRIASÃO TOMÉMACAÉCABO FRIOJACAREPAGUÁITAGUAÍ (2016)SANTOS (2015)ITANHAÉMNAVEGANTES

CPVV

SAMARCO – UBU (2014)

MACAÉ

PORTO DO RIO

ITAGUAÍ (2016)

SANTOS (2015)

ITAJAÍ

Garoupa ....................................................... 142Enchova ....................................................... 114Pampo .......................................................... 114Roncador .................................................... 200Albacora Leste ............................................198Marlim Leste .............................................. 145Marlim Sul .................................................. 182Lula ..............................................................320

Distâncias médias entre a costa (Macaé) e os principais campos em produção (km)

BACIA DE CAMPOS

Bacia de Santos

Bacia do Espírito Santo

APOIO LOGÍSTICO

Bacia de Campos

Bacia de Santos

Políg

ono

do P

ré-s

al

Rio de Janeiro

Oceano Atlântico

São Paulo

Minas Gerais

Espírito Santo Vitória

RJ Niterói

São Paulo Vesúvio Direcional

Vesúvio Vertical

Vesúvio

KrakatoaHuna

Hawaii

Kilawea

Etna

Pipeline

Fuji

Waimea Papa-Terra

Xerelete SeatMaromba

Peregrino

Guarajuba

CarataíPeró

CarapicuPolvo

Aruanã

EnchovaCarimbé

Marlim SulJurará

Muçuã

Marlim LesteJabuti

Tracajá

Albacora Leste

Itaúna 1

ATP-ABALB

Namorado

Garoupa

Brava

Mangangá RoncadorSuruanã

PirambúWahoo

Catuá

Itaipu

Abalone

Ostra

Argonauta

Baleia FrancaBaleia Anã

Cachalote

Carapó

Camarupim

Golfinho

CanapuPeroá

PPER-1

PCA 2 and 3

Cangoá

Cação 2 e 3

CaxareuBaleia Azul

Jubarte

Nautilus

Bacia do Espírito Santo

Ilha Bela

Cavalo Marinho

Estrela do Mar

Tubarão

Tiro and Sídon

PiracuáPialamba

GASBOL

GASBOL

CAMPINAS-RIOOSPLAN

OSPLAN

SVAT

OSVAT

OSRIO

ORBIG

OSVOL

OSBAT

GASPAL

GASPAL GASDUC

GASB

EL

GASC

AV

GASE

NE

GASCAB

OCAB70 km

100 km

167 km

200 km

172 km

174 km

OSDUC

ORBE

L

GASBOL

OSBRA

OPASA

AbacateMerluza

Lagosta

Pepe Vampira

Guaiamá

Panoramix

Asterix

Panoramix 2

MexilhãoNiterói

BelémItagiAracajuIlhéusSalvador

Natal

ThebasSS-11 Atlantic Zephir

FSO Avaré

Merluza

PMXL-1 Mexilhão

Peregrino

FPSO Polvo

Juscelino Kubitschek

P-57

Espadarte

P-58 Cidade do Espírito Santo

Capixaba

Cidade de VitóriaCidade de

São Mateus

Fixed Polvo

Cidade de São Vicente

Cidade de Angra dos Reis

Dynamic Producer

Cidade de Santos

FPSO OSX-1

P-61

P-63

CarambaAzulão Guarani

Peroba

IguaçúGuará

Guará Sul

Externo de LulaTupi Sul

Lula

Lula Nordeste

Iara

Franco

FlorimIara entorno

CernambiParati

Corcovado

Carapiá UruguáPirapitanga

Tambaú

Tambuatá Oliva

Atlanta

Lula Oeste

Júpiter

Abará Oeste

Guará NorteCarioca

Bem-Te-Vi

Caravela

Coral

Maracujá

Carioca Nordeste

Macunaíma

BM-S-41BM-S-41

Font

e: A

NP,

Nov

/201

1

BM-S-12

BM-S-74

BM-S-73 BM-S-41

BM-S-40

BM-S-49

BM-S-75 BM-S-76

BM-S-77

BM-S-69 BM-S-70

BM-S-72

BM-S-71

BM-S-63

BM-S-68

BM-S-61

BM-S-62

S-M-1103 S-M-1105

S-M-1233

BM-S-17

S-M-1109

S-M-980 S-M-982

S-M-855 S-M-857

S-M-732 S-M-734BM-S-29 BM-S-48

BM-S-64

BM-S-48

BM-S-46 BM-S-65

BM-S-67

BM-S-66

BM-S-51

BM-S-55 BM-S-52

BM-S-50

BM-S-53

BM-S-21

BM-S-22

BM-S-8BM-S-9

BM-S-9

BM-S-11

BM-S-11

BM-S-24

BM-S-10

BM-S-54

BM-S-42

BM-S-45BM-S-44

BM-S-42

BM-S-44

BM-S-4

BM-S-56

BM-S-58

BM-S-60

BM-S-57

BM-S-59

BM-C-42

BM-C-38

BM-C-37

BM-C-41

BM-C-43BM-C-46

BM-C-44

BM-C-47

BM-C-45BM-C-40

BM-C-39

BM-C-14

BM-C-35 BM-C-33

BM-C-34

BM-C-36

BM-C-36

BM-C-28

BM-C-29

BM-C-27

BM-C-27

BM-C-26

BM-C-30

BM-C-32

BM-C-31

BM-C-25

BM-ES-29

BM-ES-30

BM-ES-24

BM-ES-25 BM-ES-31 BM-ES-32

BM-ES-23 BM-ES-22BM-ES-22

BM-ES-22

BM-ES-40 BM-ES-41

BM-ES-42 BM-ES-39

BM-ES-38BM-ES-37BM-ES-21

BM-ES-26BM-ES-28

BM-ES-5

BM-ES-20

BM-ES-27

BM-S-41

BM-S-41

BM-S-44

BM-C-42

BM-C-38

BM-C-37BM-C-41

BM-C-43 BM-C-46BM-C-44

BM-C-47

BM-C-45 BM-C-40

BM-C-39

BM-C-14

BM-C-35 BM-C-33

BM-C-36

BM-C-28

UPCGN Caraguatatuba

UPCGN

UPCGN Cacimbas

Árvores de natal offshore ....................... 976 Cabeças de poço offhsore ................... 1.310 Linhas flexíveis ............................10.356 km Manifolds submarinos ............................. 65 Revestimento e tubos ............. 1.340.000 ton Umbilicais ......................................6.645 km Árvores de natal terrestre .................... 1.387 Cabeças de poço terrestre ................... 1.404 Geradores .............................................. 618 Filtros ................................................ 2.141 Flares ....................................................... 69

Bombas ............................................. 7.004 Compressores ...................................... 429 Guinchos ................................................ 62 Guindastes offshore ................................ 92 Motores à combustão ........................... 720 Turbinas ................................................ 835 Aço estrutural ....................... 1.521.450 ton Reatores ............................................... 244 Separadores água/óleo ............................ 97 Tanques de armazenamento ............... 1.020 Torres de processo ............................... 391

Demanda de novos equipamentos e materiais no PN 2011/2020

Espírito Santo, Campos and Santos BasinsBacias do Espírito Santo, Campos e Santos

Novos investimentos e oportunidades no pós-sal e no pré-salFonte: MME, MT, ANP, IBP, Abimaq, Petrobras, OGX, BP, Shell, Chevron, Statoil Brasil.

Mapa E&P Brasil 2011-2015Encarte Especial Revista TN Petróleo nº 81

Revista Brasileira de TECNOLOGIA e NEGÓCIOS de Petróleo, Gás, Petroquímica, Química Fina e Biocombustíveis

Rua do Rosário, 99/7º andar • Rio de Janeiro, RJ, Brasil • CEP 20041-004 • Tel/Fax: 55 21 [email protected] • www.tnpetroleo.com.br • www.tbpetroleum.com.br

Todos os direitos reservados. © 2012 - Benício Biz Editores Associados Ltda.

w w w . t n p e t r ó l e o . c o m . b r

Unidades offshore na Bacia de SantosNome Tipo Início da

operaçãoLocalização(campo)

Lâmina d’água (m)

Capacidade de produção

(bpd)

Capacidade de compressão de

gás (m³/dia)Cidade de Paraty FPSO 2013 Lula NE (piloto) 2.120 120.000 -Cidade de São Paulo

FPSO 2013 Guará (piloto) 2.118 120.000 5 milhões

Cidade de Itajaí FPSO 2012 Tiro/Sidon (piloto) 277 80.000 -Dynamic Producer

FPSO 2011 Carioca NE 2.100 30.000 -

Cidade de São Vicente

FPSO 2011 Lula NE e Cernambi

2.170 100.000 -

Cidade de Angra dos Reis

FPSO 2010 Lula (piloto) 2.150 100.000 5 milhões

Cidade de Santos FPSO 2010 Urugua/Tambaú 1.300 35.000 10 milhõesMexilhão Fixa 2010 Mexilhão 180 – 15 milhõesSS-11 Atlantic Zephyr/Avaré

Semissub/FSO

2010 Tiro/Sidon 152 30.000 500.000

Merluza Fixa 1987 Merluza 130 5.000 2,2 milhões

Volumes recuperáveis adicionais com as descobertas: Pós-sal – Marimbá, Marlim Sul e Pampo: 1.105 MM boe; Pré-sal – Barracuda, Caratinga, Marlim, Marlim Leste, Albacora e Albacora Leste: 1.130 MM boe.Produtividade dos poços supera 20.000 bpdObs.: Entre 2011 e 2015 serão perfurados 67 poços exploratórios na Bacia de Campos em áreas de produção

Projeto Varredura: desenvolvimento tecnológico e otimização exploratória

Cabiúnas

Gasene

P-55

P-52

Roncador

Frade

FPSO Brasil

Albacora Leste

P-54

P-50

P-25

P-31

Albacora

Moréia

Vermelho

Carapeba

Pargo

Garoupinha

Garoupa

Bagre

Parati

Anequim

Cherne

Namorado

Congro

Marimba

Salema

Piraúna

Corvina

Enchova

Trilha

Badejo

Pampo

Bicudo

Caratinga

Barracuda

Voador

Marlim Leste

Marlim Sul

PVM-1

PVM-2

PVM-3

PPG-1A/AB

PCP-1

PCP-2

PCP-3

PGP-1

PNA-2

PNA-1

PCH-1

PCH-2

P-9

P-32

P-27

P-20

P-19

P-18

P-26

P-38

P-47

FPSO Cidade de Niterói

P-40

P-51

P-35

P-37

P-43

FPSO

Espadarte

Pampo 1

P-12

PCE-1

P-65

Bijupirá

FPSO

Fluminense

Viola

FPSO Frade

Oceano Atlântico

Gasoduto de 18”

Oleoduto de 38”

Gasoduto de 20”

Gasoduto de 12”

(extensão 95km)

Oleoduto de 22”

(extensão 83km;

3

vazão 17 mil m por dia)

Gasoduto de 12”

(extensão 84km;

3

vazão 2,2 milhões m por dia)

25 Km

Lagoa Feia

Campos dos

Goytacazes

Rio de Janeiro

Quissamã

Farol de

São Tomé

7

3

K

m

9

1

K

m

Gasoduto de 18”

(extensão: 118km;

vazão nominal:

3

4,25 milhões m por dia)

Bacia de Campos

Infraestrutura

Linguado

Oleoduto de 24”

(extensão 82km; vazão nominal:

3

22,8 mil m por dia)

P-56

P-33

Gasoduto de 20”

(extensão 87km;

3

vazão 4,7 milhões m por dia)

UPCGN

P-48

Bonito

P-7

FPSO

Cidade de Rio

das Ostras

Espadarte

Marlim

FPSO Marlim Sul

PRA-1

FSO Cidade de Macaé

Aruanã

Áreas: Franco, Entorno de Iara, Florim, NE de Tupi, Sul de Guará, Sul de Tupi 2010 a 2014: 7 poços exploratórios; 1 poço exploratório contingente; 1 TLD. 2 TLDs contingentes; Sísmica 3D 2015/2016: 4 FPSOs (em fase de contratação), conversão prevista no Estaleiro Inhaúma 2017 a 2020: novas tecnologias e definição de alocação de recursos *Duração total: 40 anos, prorrogáveis por mais cinco anos segundo critérios específicos

Cessão Onerosa: desenvolvimento das áreas*

Nº Bacia Campo Poço (ANP) Petróleo (bbl/d)

1 Santos LULA 9BRSA716RJS 27.315

2 Campos CACHALOTE 7CHT7HPESS 24.786

3 Campos CACHALOTE 7CHT9HESS 24.515

4 Campos JUBARTE 6BRSA639ESS 22.060

5 Santos TLD-BM-S-9 3BRSA861SPS 1.290

6 Campos JUBARTE 7JUB27HPESS 21.619

7 Campos MARLIM LESTE 7MLL10HPRJS 21.316

8 Campos MARLIM SUL 7MLS177HPRJS 21.007

9 Campos MARLIM LESTE 6BRSA817RJS 20.821

10 Campos CARATINGA /BARRACUDA

6BRSA806RJS 20.693

11 Campos MARLIM LESTE 7MLL54HPRJS 20.312

12 Campos MARLIM SUL 7MLS63HPARJS 19.811

13 Campos JUBARTE 7JUB19HESS 18.938

14 Campos JUBARTE 7JUB16HPESS 17.721

15 Campos CACHALOTE 7CHT5HAESS 17.472

16 Campos MARLIM SUL 7MLS179HPRJS 17.391

17 Campos MARLIM LESTE 7MLL50HRJS 16.714

18 Campos RONCADOR 7RO41DRJS 16.640

19 Santos LULA 3BRSA496RJS 16.414

20 Campos RONCADOR 7RO46HPRJS 15.222

21 Campos BARRACUDA 7BR73HPARJS 14.949

22 Campos JUBARTE 7JUB13HPESS 14.869

23 Campos JUBARTE 7JUB14HAESS 14.797

24 Campos RONCADOR 7RO92DRJS 14.350

25 Campos RONCADOR 7RO9DRJS 14.350

26 Campos MARLIM SUL 7MLS163HPRJS 13.940

27 Santos TLD-BM-S-40 1BRSA607SPS 13.299

28 Campos MARLIM SUL 3BRSA653DRJS 13.018

29 Santos TLD-BM-S-40 1BRSA658SPS 12.998

30 Campos FRADE (Chevron)

7FR15HPRJS 12.712

Ranking: poços produtores de petróleo

Nº Bacia Campo Poço (ANP) GN(Mm³/d)

1 Santos MEXILHÃO 7MXL7HPSPS 1.915

2 Espírito Santo

CAMARUPIM /CAMARU-PIM NORTE

7CMR1HESS 1.626

3 Santos MEXILHÃO 9MXL2HPSPS 1.322

4 Santos LULA 9BRSA716RJS 1.322

5 Santos URUGUÁ 7URG4RJS 1.290

6 Santos LAGOSTA 7LAG1HASPS 1.261

7 Espírito Santo

CANAPU 4BRSA265ESS 1.173

8 Camamu MANATI 7MNT4BAS 1.135

9 Camamu MANATI 7MNT6DBAS 1.104

10 Camamu MANATI 7MNT5DBAS 1.074

11 Santos MEXILHÃO 7MXL9HPSPS 999

12 Espírito Santo

PEROÁ 7PER2ESS 911

13 Camamu MANATI 7MNT1BAS 880

14 Campos JUBARTE 6BRSA639ESS 765

15 Solimões RIO URUCU 7RUC56HPAM 749

16 Sergipe PIRANEMA 4BRSA189ASES 733

17 Santos LULA 3BRSA496RJS 651

18 Espírito Santo

CAMARUPIM /CAMARU-PIM NORTE

7CMN2HESS 639

19 Solimões RIO URUCU 7RUC58HPAM 589

20 Camamu MANATI 7MNT3BAS 569

21 Campos MARLIM SUL 7MLS163HPRJS 564

22 Solimões RIO URUCU 7RUC65DPAM 550

23 Santos TLD-BM-S-9 3BRSA861SPS 539

24 Solimões LESTE DO URUCU

7LUC42HPAM 531

25 Solimões RIO URUCU 9RUC63DAM 459

26 Santos LULA 3BRSA755ARJS 458

27 Campos RONCADOR 7RO77HRJS 456

28 Solimões RIO URUCU 7RUC39HPAM 425

29 Solimões RIO URUCU 3BRSA515AM 409

30 Solimões RIO URUCU 7RUC42HPAM 408

Ranking: poços produtores de gás natural

Nº Operador Petróleo (bbl/d)

GN (Mm³/d)

Total em boe/d

1 Petrobras 1.968.903 65.897,31 2.383.397

2 Chevron Frade 73.272 869,81 78.743

3 Shell Brasil 67.895 896,12 73.531

4 Statoil Brasil 55.757 96,92 56.367

5 BP Energy 19.567 44,84 19.849

6 Sonangol Starfish 832 1,66 843

7 Petrosynergy 664 15,22 760

8 Gran Tierra 351 6,25 391

9 Partex Brasil 361 0,11 362

10 W. Petróleo 223 0,97 229

11 Petrogal Brasil 197 0,63 201

12 Panergy 0 29,26 184

13 Recôncavo E&P 150 0,56 154

14 UP Petróleo Brasil 77 1,33 86

15 UTC Engenharia 55 3,62 78

16 Severo Villares 39 1,23 47

17 UTC Óleo e Gás 39 0,91 45

18 Silver Marlin 31 0,99 37

19 Alvorada 27 0,2 29

20 Vipetro 10 0,03 10

21 Nord 9 0,01 9

22 Egesa 8 0,01 8

23 Central Resources 6 0,02 6

24 Cheim 5 0,17 6

25 Genesis 2000 2 0,003 2

2.188.482 67.868 2.615.373

Ranking por operador: produção de petróleo e GN

TOTAL GERAL

Unidades offshore na Bacia do Espírito SantoNome Tipo Início da

OperaçãoLocalização (campo)

Lâmina d’água (m)

Capacidade de produção

(bpd)

Capacidade de compressão de

gás (m³/dia)P-58 FPSO 2014 Jubarte/

Cachalote/Baleia Franca/Baleia Anã/Baleia Azul

1.400 100.000 6 milhões

Cidade de Anchieta

FPSO 2012 Baleia Azul 1.400 100.00 6 milhões

P-57 FPSO 2011 Jubarte 1.260 180.000 2 milhõesCidade do Espírito Santo

FPSO 2009 Abalone/Argonauta/Nautilus/Ostra

1.500/ 2.000

100.000 3,5 milhões

Cidade de São Mateus

FPSO 2009 Camarupim 800 35.000 10.000

Cidade de Vitória FPSO 2007 Golfinho 1.386 100.000 3,5 milhões

P-34 Juscelino Kubitschek

FPSO 2008 Jubarte 1.350 60.000 600.000

Capixaba FPSO 2006 Baleia Franca 1.340 100.000 2,5 milhões

Peroá Fixa 2006 Peroá e Cangoá 67 – 8 milhões

PCA 2 e 3 Fixa 1987 Cação 19 2.000 250.000

Plataforma Fixa ..................

Unidade Flutuante de Pro-dução, Armazenamento e Transferência (FPSO) .........

Unidade Flutuante de Arma-zenamento e Transferência (FSO) ..................................

Semissubmersível ..............

Unidade Flutuante de Produ-ção com Pernas Tensionadas (TLWP) ................................

Unidade de Manutenção e Segurança (UMS) ................

Unidade de Processamento e Compressão de GN ...........

GasodutoOleoduto

Legendas

Unidades offshore na Bacia de CamposNome Tipo Início da

operaçãoLocalização(campo)

Lâminad’água (m)

Produção (bpd)

Capacidade de compressão de

gás (m³/dia)

P-62 FPSO 2014 Roncador 1.315 180.000 6 milhõesP-63 FPSO 2013 Papa-Terra 1.200 150.000 1 milhãoP-61 TLWP 2013 Papa-Terra – – 1 milhãoP-55 Semissub 2012 Roncador 1.790 180.000 6 milhõesOSX-1 (OGX) FPSO 2011 Waimea – 80.000 1,5 milhõesMaersk Peregrino (Statoil Brasil)

FPSO 2011 Peregrino 110 100.000 –

Cidade de Quissamã

UMS/Semissub

2011 Marlim – – –

Cidade de Arraial do Cabo

UMS/ Semissub

2011 Cherne – – –

P-56 Semissub 2011 Marlim Sul 1.700 100.000 6 milhõesFrade (Chevron) FPSO 2009 Frade 1.100 100.000 3 milhões

Cidade de Niterói FPSO 2009 Marlim Leste 1.080 100.000 3,5 milhõesCidade de Rio das Ostras

FPSO 2008 Badejo 95 20.000 70.000

FSO Cidade de Macaé

FSO 2007 Marlim Sul/Marlim Leste/Roncador

95 – –

Polvo (BP) FPSO 2007 Polvo 105 90.000 –Polvo (BP) Fixa 2007 Polvo 105 60.000 –P-54 FPSO 2007 Roncador 1.300 180.000 6 milhõesP-53 FPU 2008 Marlim Leste 1.080 190.000 6 milhõesPRA-1 Rebombeio 2007 Marlim Sul 106 750.000 (Reb.) –Rio de Janeiro FPSO 2007 Espadarte 1.370 100.000 2,5 milhõesP-51 Semissub 2008 Marlim Sul 1.255 180.000 7 milhõesP-52 Semissub 2007 Roncador 1.800 180.000 9 milhõesP-50 FPSO 2006 Albacora

Leste1.750 180.000 6 milhões

Cidade de Armação dos Búzios

UMS/ Semissub

2006 Enchova – – –

P-48 FPSO 2005 Caratinga 1.040 150.000 6 milhõesP-47 FPSO 2005 Marlim 960 150.000 3 milhõesP-43 FPSO 2005 Barracuda 820 150.000 6 milhõesMarlin Sul FPSO 2004 Marlim Sul 1.250 100.000 2,3 milhõesFluminense (Shell)

FPSO 2003 Bijupirá/Salema

870 70.000 8 milhões

Brasil FPSO 2003 Roncador 1.360 90.000 3 milhõesP-65 (SS-06) Semissub 2002 Enchova 120 – –P-40 Semissub 2001 Marlim Sul 1.080 150.000 6 milhõesP-38 FSO 2001 Marlim Sul 1.030 – –P-37 FPSO 2000 Marlim 910 150.000 6 milhõesP-35 FPSO 1998 Marlim 850 100.000 3 milhõesP-33 FPSO 1998 Marlim 780 50.000 2,5 milhõesP-32 FPSO 1997 Marlim 1.060 150.000 –P-31 FPSO 1998 Albacora 330 100.000 2,9 milhõesP-27 Semissub 1998 Voador 533 65.000 2,2 milhõesP-26 Semissub 1997 Marlim 990 100.000 3 milhõesP-25 Semissub 1996 Albacora 575 100.000 6,5 milhõesP-20 Semissub 1992 Marlim 620 50.000 1,2 milhõesP-19 Semissub 1997 Marlim 770 100.000 3 milhõesP-18 Semissub 1994 Marlim 910 100.000 1,9 milhõesP-15 Semissub 1983 Marimbá/

Piraúna242 40.000 1 milhão

P-12 Semisub 1984 Badejo/Linguado/Trilha

103 35.000 900.000

P-09 Semissub 1983 Congro/Corvina/Malhado

230 38.000 550.000

P-08 Semissub 1993 Marimbá 423 60.000 1,6 milhãoP-07 Semissub 1988 Bicudo/

Enchova Oeste

209 56.000 900.000

PCE-1 Fixa 1988 Enchova/Bonito

116 60.000 1,1 milhão

PCH-1 Fixa 1984 Anequim/Bagre/Cherne/Parati

117 44.000 1,9 milhão

PCH-2 Fixa 1983 Congro/Cherne/Malhado

142 48.000 2 milhões

PCP-1 Fixa 1988 Carapeba 82 – –PCP-2 Fixa 1988 Carapeba 83 – –PCP-3 Fixa 1988 Carapeba 82 – –PGP-1 Fixa 1979 Garoupa/

Garoupinha/Viola

120 120.000 650.000

PNA-1 Fixed 1983 Congro/Namorado

145 40.000 3 milhões

PNA-2 Fixed 1984 Namorado 170 60.000 400.000PPG-1A Fixed 1988 Pargo 101 190.000 700.000PPM-1 Fixed 1984 Pampo 115 80.000 2,1 milhõesPVM-1 Fixed 1988 Vermelho 80 – –PVM-2 Fixed 1988 Vermelho 80 – –

6 TN Petróleo 81

PETRÓLEO I GÁS I BIOCOMBUSTÍVEIS

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Calendário 2012

Feiras e Congressos 2012

Feriados nacionaisBrentWTI

Preço médio mensal do barril de petróleo de dez/2010 a dez/2011

Produção de países-membros da Opep e não-membros (nov/09 a out/11)

Domingo, 01 de janeiro: Confraternização UniversalTerça, 21 de fevereiro: CarnavalSexta, 06 de abril: Sexta-feira SantaDomingo, 08 de abril: PáscoaSábado, 21 de abril: TiradentesTerça, 01 de maio: Dia do TrabalhoQuinta, 07 de junho: Corpus ChristiSexta, 07 de setembro: Independência do BrasilSexta, 12 de outubro: Nossa Senhora AparecidaSexta, 02 de novembro: FinadosQuinta, 15 de novembro: Proclamação da República

Terça, 25 de dezembro: Natal

JANEIRODia 5 – Anunciado que o semiárido baiano terá nove usinas eólicas com financiamento do BNDES. Açotubo inaugura filial em Sertãozinho.10 – Produção de petróleo no Alasca é interrompida após vazamento.12 – HRT e BR Distribuidora assinam contrato. Petrobras bate re-cordes de vendas de gasolina e QAV.13 – Assinado contrato para construção de novas unidades na Refap.17 – Sotreq assina contrato com a Petrobras para geração principal de plataformas.27 – Ibama libera canteiro de obras de Belo Monte. Odebrecht Óleo e Gás conquista dois novos contratos com Statoil e Maersk.31 – Petrobras assina Convênio de Cooperação com a Prefeitura de São Gonçalo para infraestrutura do Comperj.

FEVEREIRO03 – Barril de petróleo supera o valor de US$ 103 em Londres.14 – Cosan e Shell anunciam a Raízen, empresa para produção de etanol. Assinado contrato para implantação da Unidade de Coque da Refinaria Abreu e Lima.17 – Leilão de biodiesel da ANP tem deságio médio superior a 15%.22 – OGX anuncia primeira descoberta de hidrocarbonetos no poço MRK-5.25 – Brasileira HRT compra grupo canadense por R$ 1,3 bilhão. Petro-bras inicia mais um teste de longa duração no pré-sal.28 – Petrobras anuncia implantação de Terminal de Regaseificação da Bahia.

MARÇO04 – Petrobras recebe licença do Ibama para produção e escoamento no Campo do Mexilhão.14 – Repsol vende mais 3,83% da YPF por 639 milhões de dólares. BG Brasil anuncia investimentos de US$ 30 bilhões no Brasil.16 – Plano de expansão da Shell no Brasil destaca etanol e petróleo.

18 – Petrobras e UFSC inauguram laboratórios de pesquisa em GN.25 – Transpetro recebe propostas para construção de oito navios de produtos. Petrobras realiza 12° leilão de gás natural.

ABRIL05 – Petrobras vai usar gás do pré-sal como combustível e matéria-prima no Comperj.06 – ABB vai fornecer US$ 34 milhões em serviços e equipamentos para modernizar rede da Chesf.12 – Poço Extensão de Guará comprova alta produtividade no pré-sal.14 – Statoil anuncia descoberta de petróleo perto do Campo de Peregrino. OGX encontra hidrocarbonetos na Bacia de Campos.20 – Petrobras volta a operar no Campo de Dom João, em São Fran-cisco do Conde, na Bahia.

MAIO09 – OGX tem prejuízo de R$ 33 milhões no primeiro trimestre. EPE cadastra oferta de 23.332 MW para leilões de energia de Reserva e A-3.

17 – Gigante chinesa XCMG promete investir US$ 200 milhões para erguer fábrica no Brasil.18 – HRT anuncia a chegada de quatro sondas de perfuração de poços exploratórios na Bacia do Solimões.

JUNHO03 – Altus assina contrato para automação das plataformas P-58 e P-62.06 – HRT amplia atuação na Bacia do Solimões e fecha parceria com a FAZ.10 – Odebrecht Óleo e Gás adquire sonda de perfuração semissub-mersível e fecha acordo para FPSO.13 – Alstom assina contrato para fornecimento e manutenção de três parques eólicos no Brasil.15 – MPX adquire 660 MW em projetos do Grupo Bertin.22 – BG Brasil firma parceria com CNPq para bolsas de estudo no exterior.28 – Petrobras inicia Teste de Longa Duração (TLD) de Aruanã na Bacia de Campos.

JULHO4 – PetroChina forma joint venture na área de petróleo. Petro-bras Biocombustível adquire 50% de usina de biodiesel no Rio Grande do Sul.5 – QGEP faz farm-in com a Shell em bloco na Bacia de Santos.14 – Brasil e Nicarágua firmam parcerias nas áreas de desenvolvim-ento sustentável e bionergia.15 – Petrobras Biocombustível completa três anos com capacidade de produção dez vezes maior. Florival Carvalho e Helder Queiroz tomam posse no Rio de Janeiro como diretores da ANP.18 – Wilson, Sons batiza o PSV Cormoran, 12ª embarcação de sua frota de apoio marítimo em operação de longo prazo com a Petrobras.21 – HRT África anuncia acordo de compra de ações com a Vienna Investments.26 – Brix inicia as operações da plataforma eletrônica de negociação de energia elétrica.27 – Braskem compra Dow Chemical por US$ 323 milhões. Brasil e China desenvolvem cooperação na área de energia renovável.

28 – BNDES aprova financiamento para oito parques eólicos no Rio Grande do Sul.

AGOSTO2 – HRT adiciona a seu portfólio 815 milhões de boe.3 – CPFL Renováveis anuncia primeira termelétrica a biomassa no Paraná.8 – EPE habilita 321 projetos somando 14 mil MW nos leilões de energia para 2014.10 – Acidente em refinaria da Petrobras na Argentina mata um funcionário.11 – HRT inicia perfuração na locação 1-HRT-194/01-AM.15 – Pedidos de financiamentos na Finep para projetos de produção de etanol superam R$ 1 bilhão.16 – Brix supera a marca de cem negociações.31 – Governador lança Programa Rio Capital da Energia.

SETEMBRO2 – UTE Bio Formosa entra em operação comercial. Petrobras contrata estruturas de interligação do Comperj.

6 – OSX contrata base de apoio logístico do Grupo G-Comex Óleo & Gás.8 – OGX recebe Licença Prévia para Teste de Longa Duração (TLD) e Waimea na Bacia de Campos.12 – Alemanha anuncia fechamento de todas as usinas nucleares até 2022.13 – Queiroz Galvão Óleo e Gás coloca quatro sondas em operação.14 – Falha em Itaipu provoca apagão no Paraguai.15 – HRT adquire quatro sondas de perfuração para exploração na Bacia do Solimões.21 – Maior núcleo de capacitação em TI do país é inaugurado no RJ. OGX assina contrato com GE Oil & Gas Brasil para fornecimento de equipamentos. HRT comunica indícios de hidrocarbonetos no poço 1-HRT-1-AM na Bacia Sedimentar do Solimões.23 – Vale batiza dois novos navios VLOC.26 – Vazamento de gás carbônico (CO2) na plataforma P-35. 28 – EPE: Leilão de energia para 2016 tem 377 projetos inscritos. Os parques eólicos apresentaram o maior número de empreendimentos, com 78,5% do total cadastrado.

30 – Programa Progredir supera 100 operações e meio bilhão em financiamentos.

OUTUBRO4 – BNDES aprova financiamento para construção de cinco parques eólicos no interior da Bahia.5 – GE instala o primeiro aerogerador no país em parque da Dobreve Energia (Desa). Vazamento de petróleo de navio na Nova Zelândia.10 – AkzoNobel anuncia investimento de U$ 20 milhões em fábricas no Brasil e nos EUA.11 – Casco da P-58 atraca em Rio Grande.18 – Paraguai recebe do Brasil US$ 36 milhões de compensação pelo uso de energia de Itaipu. Petrobras assina termo de compromisso ambiental do Comperj e de ajustamento de conduta da Reduc.21 – LLX assina contrato com NKTF para unidade no Superporto do Açu.

NOVEMBRO1 – Petrobras reduz preço do gás natural nacional. Petrobras e UFMG inauguram laboratórios para desenvolvimento de combustíveis.

4 – Novas sondas para o pré-sal são batizadas na Coreia do Sul.18 – Technip anuncia fábrica de flexíveis no Rio de Janeiro para se-gundo semestre de 2013. Tenaris inaugura Universidade Corporativa no Brasil.25 – Primeiro navio do Promef é entregue à Transpetro.30 – Rolls-Royce fecha contratos de até US$ 650 milhões para equi-par plataformas da Petrobras.

DEZEMBRO2 – Haroldo Lima é homenageado antes de entregar o cargo na ANP.9 – Petrobras e Unisinos inauguram complexo de Micropale-ontologia.12 – Transpetro lança navio José Alencar, o último da série de quatro navios de produtos encomendados pelo Promef ao Estaleiro Mauá.13 – Fornecedores de Belo Monte terão linha de crédito especial do BNDES.18 – BNDES aprova R$ 1,8 bi para parques eólicos no RN.

25 de abril - Itália: Festa da Libertação17 de maio - Noruega: Dia da Constituição10 de junho - Portugal: Dia de Portugal e das Comunidades12 de junho - Rússia: Dia da Rússia01 de julho - Canadá: Dia do Canadá04 de julho - EUA: Dia da Independência05 de julho - Venezuela: Dia da Independência09 de julho - Argentina: Dia da Independência14 de julho - França: Revolução Francesa15 de agosto - Índia: Dia da Independência03 de outubro - Alemanha: Dia da Reunificação03 de outubro - Nigéria: Dia da Independência12 de outubro - Espanha: Dia de La Hispanidade11 de novembro - Angola: Dia da Independência24 de novembro - EUA: Dia de Ação de Graças

Feriados pelo mundo

05 a 07 - África do Sul6th Africa Economic ForumLocal: Cape [email protected]/even

30 a 3/5 - USAOTC - Offshore Technology ConferenceLocal: Houston, TXTel.: +1.972.952.9494 [email protected] / www.otcnet.org

03 a 05 - Brasil4ª Conferência Latino Americana de Segurança de Processo do CCPSLocal: Rio de [email protected] www.ibp.com.br

24 a 26 - CanadáOil Sands - Heavy Oil TechnologiesLocal: Calgary, AlbertaTel.: +1 713 963 [email protected]

12 a 14 - CanadáGlobal Petroleum Show & ConferenceLocal: Calgary, [email protected]

12 a 14 - Arabia Saudita2012 IndexLocal: JeddahTel.: +971 (0)4 438 0355 [email protected]

21 a 24 - Inglaterra4th African - Gas LNGLocal: LondresTel.: + [email protected]

21 a 24 - MalásiaPipeline Pigging & Integrity ManagementLocal: Kuala LumpurTel. +1 (713) 521-5929 [email protected]

17 a 21 - ÍndiaIndia Maritime WeekLocal: Nova Dé[email protected]

24 a 26 - NigériaOffshore West AfricaLocal: AbujaTel.: +1 713 963 [email protected]

21 a 23 - MalásiaOffshore AsiaLocal: Kuala LumpurTel.: +1 713 963 [email protected]

17 a 20 - BrasilRio Oil & Gas 2012Local: Rio de Janeiro(+55 21) [email protected]

24 a 28 - CanadáIPC 2012 - International Pipeline ConferenceLocal: Calgary, AlbertaTel.: (403) [email protected]

08 a 11 - InglaterraGastech Conference & ExhibitionLocal: LondresTel:+44 (0) 203 180 [email protected]

14 a 16 - ChinaCIPTC 2012Local: PequimTel:+86 10 58256560 ext [email protected] www.ciotc-top.com

06 a 08 - USADeepwater OperationsLocal: Galveston, TXTel.: +1 713 963 [email protected]

26 a 28 - Kenya3rd Eastern AfricaLocal: [email protected]/events

06 a 08 - USASubsea Tieback Forum & ExhibitionLocal: Galveston, TXTel.: +1 713 963 6256www.pennwell.com

Janeiro

Fevereiro

Dados e fatos de 2011

Setembro

Outubro

Novembro

Março

Abril

Julho

Junho

Maio

Maio

DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA SEXTAQUINTA SÁBADO

01 02 03 04 05

06 07 08 09 10 11 12

13 14 15 16 17 18 19

27 28 29

23 24 25 2620 21 22

30 31

Setembro

DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA SEXTAQUINTA SÁBADO

01

02 03 04 05 06 07 08

09 10 11 12 13 14 15

23 24 25

19 20 21 2216 17 18

26 27 28 29

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Fevereiro

DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA SEXTAQUINTA SÁBADO

01 02 03 04

05 06 07 08 09 10 11

12 13 14 15 16 17 18

26 27 28

22 23 24 2519 20 21

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Janeiro

DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA SEXTAQUINTA SÁBADO

01 02 03 04 05 06 07

08 09 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

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Junho

DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA SEXTAQUINTA SÁBADO

01 02

03 04 05 06 07 08 09

10 11 12 13 14 15 16

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20 21 22 2317 18 19

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Outubro

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Março

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01 02 03

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Julho

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01 02 03 04 05 06 07

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Novembro

DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA SEXTAQUINTA SÁBADO

01 02 03

04 05 06 07 08 09 10

11 12 13 14 15 16 17

25 26 27

21 22 23 2418 19 20

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Abril

DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA SEXTAQUINTA SÁBADO

01 02 03 04 05 06 07

08 09 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

29 30

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Agosto

DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA SEXTAQUINTA SÁBADO

01 02 03 04

05 06 07 08 09 10 11

12 13 14 15 16 17 18

26 27 28

22 23 24 2519 20 21

29 30 31

Dezembro

DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA SEXTAQUINTA SÁBADO

01

02 03 04 05 06 07 08

09 10 11 12 13 14 15

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19 20 21 2216 17 18

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30 31

DIRETOR EXECUTIVOBenício [email protected]

DIRETORA DE NOVOS NEGÓCIOSLia Medeiros (21 8241-1133)[email protected]

EDITORABeatriz Cardoso (21 9617-2360)[email protected]

EDITOR DE ARTE, CULTURA E VARIEDADESOrlando Santos (21 9491-5468)

REPÓRTERESMaria Fernanda Romero (55 21 8867-0837)[email protected]

Rodrigo Miguez (21 9389-9059)[email protected] Gomes (55 21 7589-7689)[email protected] RELAÇÕES INTERNACIONAISDagmar Brasilio (21 9361-2876) [email protected]

DESIGN GRÁFICOBenício Biz (21 3221-7500)[email protected]

PRODUÇÃO GRÁFICA E WEBMASTERFabiano Reis (21 3221-7506)[email protected] Salvador (21 3221-7510)[email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIALJosé Arteiro (21 9163-4344)[email protected] Mendes (21 7801-7860)[email protected] Guiso (21 7682-7074)[email protected] Kayzer (21 7629-3422)[email protected] Luiz Felipe Pinaud (21 7861-4828)[email protected]

ASSINATURASRodrigo Matias (21 3221-7503)[email protected]

DISTRIBUIÇÃO Benício Biz Editores Associados

Rua do Rosário, 99/7º andar Centro – CEP 20041-004 Rio de Janeiro – RJ – Brasil Tel/fax: 55 21 3221-7500 www.tnpetroleo.com.br [email protected]

Mês PreçoUS$

Taxa de variação

dez/2010 89,22 -

jan/2011 89,51 0,33%

fev/2011 89,37 -0,16%

mar/2011 102,92 15,16%

abr/2011 110,04 6,92%

mai/2011 101,25 -7,99%

jun/2011 96,25 -4,94%

jul/2011 97,19 0,98%

ago/2011 86,33 -11,17%

set/2011 85,62 -0,82%

out/2011 86,41 0,92%

nov/2011 97,07 12,34%

dez/2011 98,61 12,59%

Mês PreçoUS$

Taxa de variação

dez/2010 91,80 -

jan/2011 96,29 4,89%

fev/2011 103,96 7,97%

mar/2011 114,44 10,08%

abr/2011 123,15 7,61%

mai/2011 114,46 -7,06%

jun/2011 113,76 -0,61%

jul/2011 116,46 2,37%

ago/2011 110,08 -5,48%

set/2011 110,88 0,73%

out/2011 109,47 -1,27%

nov/2011 110,50 0,94%

dez/2011 107,97 -2,29%

83

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Jan11

Fev11

Mar

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Abr

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Maio11

Jun11

Jul 11

Ago

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Set

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Abr

10

13 a 16 - ColômbiaColombia Oil & GasLocal: Cartagena+44 20 7978 [email protected]

Américado Norte

AméricasCentral e do Sul

Europa eex-União Soviética

África

Ásia-PacíficoOrienteMédio

Mapa do petróleo no mundo 2011 (reservas provadas, produção e consumo)

Fonte: BP Statistical Review of World Energy, junho de 2011

RP | Reservas Provadas - bilhões de barris - Total mundo: 1.383,2P | Produção - milhões de barris por dia - Total mundo: 82.095C | Consumo - milhões de barris por dia - Total mundo: 87.382

RP | 74,3P | 13,4C | 23,5

RP | 239,4P | 7,0C | 6,1

RP | 132,1P | 10,0C | 3,3

RP | 139,7P | 17,6C | 19,5

RP | 752,5P | 25,2C | 7,8

RP | 45,2P | 8,4C | 27,2

PRETOAMARELO MAGENTACYAN

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Feriados nacionaisBrentWTI

Preço médio mensal do barril de petróleo de dez/2010 a dez/2011

Produção de países-membros da Opep e não-membros (nov/09 a out/11)

Domingo, 01 de janeiro: Confraternização UniversalTerça, 21 de fevereiro: CarnavalSexta, 06 de abril: Sexta-feira SantaDomingo, 08 de abril: PáscoaSábado, 21 de abril: TiradentesTerça, 01 de maio: Dia do TrabalhoQuinta, 07 de junho: Corpus ChristiSexta, 07 de setembro: Independência do BrasilSexta, 12 de outubro: Nossa Senhora AparecidaSexta, 02 de novembro: FinadosQuinta, 15 de novembro: Proclamação da República

Terça, 25 de dezembro: Natal

JANEIRODia 5 – Anunciado que o semiárido baiano terá nove usinas eólicas com financiamento do BNDES. Açotubo inaugura filial em Sertãozinho.10 – Produção de petróleo no Alasca é interrompida após vazamento.12 – HRT e BR Distribuidora assinam contrato. Petrobras bate re-cordes de vendas de gasolina e QAV.13 – Assinado contrato para construção de novas unidades na Refap.17 – Sotreq assina contrato com a Petrobras para geração principal de plataformas.27 – Ibama libera canteiro de obras de Belo Monte. Odebrecht Óleo e Gás conquista dois novos contratos com Statoil e Maersk.31 – Petrobras assina Convênio de Cooperação com a Prefeitura de São Gonçalo para infraestrutura do Comperj.

FEVEREIRO03 – Barril de petróleo supera o valor de US$ 103 em Londres.14 – Cosan e Shell anunciam a Raízen, empresa para produção de etanol. Assinado contrato para implantação da Unidade de Coque da Refinaria Abreu e Lima.17 – Leilão de biodiesel da ANP tem deságio médio superior a 15%.22 – OGX anuncia primeira descoberta de hidrocarbonetos no poço MRK-5.25 – Brasileira HRT compra grupo canadense por R$ 1,3 bilhão. Petro-bras inicia mais um teste de longa duração no pré-sal.28 – Petrobras anuncia implantação de Terminal de Regaseificação da Bahia.

MARÇO04 – Petrobras recebe licença do Ibama para produção e escoamento no Campo do Mexilhão.14 – Repsol vende mais 3,83% da YPF por 639 milhões de dólares. BG Brasil anuncia investimentos de US$ 30 bilhões no Brasil.16 – Plano de expansão da Shell no Brasil destaca etanol e petróleo.

18 – Petrobras e UFSC inauguram laboratórios de pesquisa em GN.25 – Transpetro recebe propostas para construção de oito navios de produtos. Petrobras realiza 12° leilão de gás natural.

ABRIL05 – Petrobras vai usar gás do pré-sal como combustível e matéria-prima no Comperj.06 – ABB vai fornecer US$ 34 milhões em serviços e equipamentos para modernizar rede da Chesf.12 – Poço Extensão de Guará comprova alta produtividade no pré-sal.14 – Statoil anuncia descoberta de petróleo perto do Campo de Peregrino. OGX encontra hidrocarbonetos na Bacia de Campos.20 – Petrobras volta a operar no Campo de Dom João, em São Fran-cisco do Conde, na Bahia.

MAIO09 – OGX tem prejuízo de R$ 33 milhões no primeiro trimestre. EPE cadastra oferta de 23.332 MW para leilões de energia de Reserva e A-3.

17 – Gigante chinesa XCMG promete investir US$ 200 milhões para erguer fábrica no Brasil.18 – HRT anuncia a chegada de quatro sondas de perfuração de poços exploratórios na Bacia do Solimões.

JUNHO03 – Altus assina contrato para automação das plataformas P-58 e P-62.06 – HRT amplia atuação na Bacia do Solimões e fecha parceria com a FAZ.10 – Odebrecht Óleo e Gás adquire sonda de perfuração semissub-mersível e fecha acordo para FPSO.13 – Alstom assina contrato para fornecimento e manutenção de três parques eólicos no Brasil.15 – MPX adquire 660 MW em projetos do Grupo Bertin.22 – BG Brasil firma parceria com CNPq para bolsas de estudo no exterior.28 – Petrobras inicia Teste de Longa Duração (TLD) de Aruanã na Bacia de Campos.

JULHO4 – PetroChina forma joint venture na área de petróleo. Petro-bras Biocombustível adquire 50% de usina de biodiesel no Rio Grande do Sul.5 – QGEP faz farm-in com a Shell em bloco na Bacia de Santos.14 – Brasil e Nicarágua firmam parcerias nas áreas de desenvolvim-ento sustentável e bionergia.15 – Petrobras Biocombustível completa três anos com capacidade de produção dez vezes maior. Florival Carvalho e Helder Queiroz tomam posse no Rio de Janeiro como diretores da ANP.18 – Wilson, Sons batiza o PSV Cormoran, 12ª embarcação de sua frota de apoio marítimo em operação de longo prazo com a Petrobras.21 – HRT África anuncia acordo de compra de ações com a Vienna Investments.26 – Brix inicia as operações da plataforma eletrônica de negociação de energia elétrica.27 – Braskem compra Dow Chemical por US$ 323 milhões. Brasil e China desenvolvem cooperação na área de energia renovável.

28 – BNDES aprova financiamento para oito parques eólicos no Rio Grande do Sul.

AGOSTO2 – HRT adiciona a seu portfólio 815 milhões de boe.3 – CPFL Renováveis anuncia primeira termelétrica a biomassa no Paraná.8 – EPE habilita 321 projetos somando 14 mil MW nos leilões de energia para 2014.10 – Acidente em refinaria da Petrobras na Argentina mata um funcionário.11 – HRT inicia perfuração na locação 1-HRT-194/01-AM.15 – Pedidos de financiamentos na Finep para projetos de produção de etanol superam R$ 1 bilhão.16 – Brix supera a marca de cem negociações.31 – Governador lança Programa Rio Capital da Energia.

SETEMBRO2 – UTE Bio Formosa entra em operação comercial. Petrobras contrata estruturas de interligação do Comperj.

6 – OSX contrata base de apoio logístico do Grupo G-Comex Óleo & Gás.8 – OGX recebe Licença Prévia para Teste de Longa Duração (TLD) e Waimea na Bacia de Campos.12 – Alemanha anuncia fechamento de todas as usinas nucleares até 2022.13 – Queiroz Galvão Óleo e Gás coloca quatro sondas em operação.14 – Falha em Itaipu provoca apagão no Paraguai.15 – HRT adquire quatro sondas de perfuração para exploração na Bacia do Solimões.21 – Maior núcleo de capacitação em TI do país é inaugurado no RJ. OGX assina contrato com GE Oil & Gas Brasil para fornecimento de equipamentos. HRT comunica indícios de hidrocarbonetos no poço 1-HRT-1-AM na Bacia Sedimentar do Solimões.23 – Vale batiza dois novos navios VLOC.26 – Vazamento de gás carbônico (CO2) na plataforma P-35. 28 – EPE: Leilão de energia para 2016 tem 377 projetos inscritos. Os parques eólicos apresentaram o maior número de empreendimentos, com 78,5% do total cadastrado.

30 – Programa Progredir supera 100 operações e meio bilhão em financiamentos.

OUTUBRO4 – BNDES aprova financiamento para construção de cinco parques eólicos no interior da Bahia.5 – GE instala o primeiro aerogerador no país em parque da Dobreve Energia (Desa). Vazamento de petróleo de navio na Nova Zelândia.10 – AkzoNobel anuncia investimento de U$ 20 milhões em fábricas no Brasil e nos EUA.11 – Casco da P-58 atraca em Rio Grande.18 – Paraguai recebe do Brasil US$ 36 milhões de compensação pelo uso de energia de Itaipu. Petrobras assina termo de compromisso ambiental do Comperj e de ajustamento de conduta da Reduc.21 – LLX assina contrato com NKTF para unidade no Superporto do Açu.

NOVEMBRO1 – Petrobras reduz preço do gás natural nacional. Petrobras e UFMG inauguram laboratórios para desenvolvimento de combustíveis.

4 – Novas sondas para o pré-sal são batizadas na Coreia do Sul.18 – Technip anuncia fábrica de flexíveis no Rio de Janeiro para se-gundo semestre de 2013. Tenaris inaugura Universidade Corporativa no Brasil.25 – Primeiro navio do Promef é entregue à Transpetro.30 – Rolls-Royce fecha contratos de até US$ 650 milhões para equi-par plataformas da Petrobras.

DEZEMBRO2 – Haroldo Lima é homenageado antes de entregar o cargo na ANP.9 – Petrobras e Unisinos inauguram complexo de Micropale-ontologia.12 – Transpetro lança navio José Alencar, o último da série de quatro navios de produtos encomendados pelo Promef ao Estaleiro Mauá.13 – Fornecedores de Belo Monte terão linha de crédito especial do BNDES.18 – BNDES aprova R$ 1,8 bi para parques eólicos no RN.

25 de abril - Itália: Festa da Libertação17 de maio - Noruega: Dia da Constituição10 de junho - Portugal: Dia de Portugal e das Comunidades12 de junho - Rússia: Dia da Rússia01 de julho - Canadá: Dia do Canadá04 de julho - EUA: Dia da Independência05 de julho - Venezuela: Dia da Independência09 de julho - Argentina: Dia da Independência14 de julho - França: Revolução Francesa15 de agosto - Índia: Dia da Independência03 de outubro - Alemanha: Dia da Reunificação03 de outubro - Nigéria: Dia da Independência12 de outubro - Espanha: Dia de La Hispanidade11 de novembro - Angola: Dia da Independência24 de novembro - EUA: Dia de Ação de Graças

Feriados pelo mundo

05 a 07 - África do Sul6th Africa Economic ForumLocal: Cape [email protected]/even

30 a 3/5 - USAOTC - Offshore Technology ConferenceLocal: Houston, TXTel.: +1.972.952.9494 [email protected] / www.otcnet.org

03 a 05 - Brasil4ª Conferência Latino Americana de Segurança de Processo do CCPSLocal: Rio de [email protected] www.ibp.com.br

24 a 26 - CanadáOil Sands - Heavy Oil TechnologiesLocal: Calgary, AlbertaTel.: +1 713 963 [email protected]

12 a 14 - CanadáGlobal Petroleum Show & ConferenceLocal: Calgary, [email protected]

12 a 14 - Arabia Saudita2012 IndexLocal: JeddahTel.: +971 (0)4 438 0355 [email protected]

21 a 24 - Inglaterra4th African - Gas LNGLocal: LondresTel.: + [email protected]

21 a 24 - MalásiaPipeline Pigging & Integrity ManagementLocal: Kuala LumpurTel. +1 (713) 521-5929 [email protected]

17 a 21 - ÍndiaIndia Maritime WeekLocal: Nova Dé[email protected]

24 a 26 - NigériaOffshore West AfricaLocal: AbujaTel.: +1 713 963 [email protected]

21 a 23 - MalásiaOffshore AsiaLocal: Kuala LumpurTel.: +1 713 963 [email protected]

17 a 20 - BrasilRio Oil & Gas 2012Local: Rio de Janeiro(+55 21) [email protected]

24 a 28 - CanadáIPC 2012 - International Pipeline ConferenceLocal: Calgary, AlbertaTel.: (403) [email protected]

08 a 11 - InglaterraGastech Conference & ExhibitionLocal: LondresTel:+44 (0) 203 180 [email protected]

14 a 16 - ChinaCIPTC 2012Local: PequimTel:+86 10 58256560 ext [email protected] www.ciotc-top.com

06 a 08 - USADeepwater OperationsLocal: Galveston, TXTel.: +1 713 963 [email protected]

26 a 28 - Kenya3rd Eastern AfricaLocal: [email protected]/events

06 a 08 - USASubsea Tieback Forum & ExhibitionLocal: Galveston, TXTel.: +1 713 963 6256www.pennwell.com

Janeiro

Fevereiro

Dados e fatos de 2011

Setembro

Outubro

Novembro

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Setembro

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Novembro

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Abril

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Agosto

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Dezembro

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DIRETOR EXECUTIVOBenício [email protected]

DIRETORA DE NOVOS NEGÓCIOSLia Medeiros (21 8241-1133)[email protected]

EDITORABeatriz Cardoso (21 9617-2360)[email protected]

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REPÓRTERESMaria Fernanda Romero (55 21 8867-0837)[email protected]

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ASSINATURASRodrigo Matias (21 3221-7503)[email protected]

DISTRIBUIÇÃO Benício Biz Editores Associados

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Mês PreçoUS$

Taxa de variação

dez/2010 89,22 -

jan/2011 89,51 0,33%

fev/2011 89,37 -0,16%

mar/2011 102,92 15,16%

abr/2011 110,04 6,92%

mai/2011 101,25 -7,99%

jun/2011 96,25 -4,94%

jul/2011 97,19 0,98%

ago/2011 86,33 -11,17%

set/2011 85,62 -0,82%

out/2011 86,41 0,92%

nov/2011 97,07 12,34%

dez/2011 98,61 12,59%

Mês PreçoUS$

Taxa de variação

dez/2010 91,80 -

jan/2011 96,29 4,89%

fev/2011 103,96 7,97%

mar/2011 114,44 10,08%

abr/2011 123,15 7,61%

mai/2011 114,46 -7,06%

jun/2011 113,76 -0,61%

jul/2011 116,46 2,37%

ago/2011 110,08 -5,48%

set/2011 110,88 0,73%

out/2011 109,47 -1,27%

nov/2011 110,50 0,94%

dez/2011 107,97 -2,29%

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13 a 16 - ColômbiaColombia Oil & GasLocal: Cartagena+44 20 7978 [email protected]

Américado Norte

AméricasCentral e do Sul

Europa eex-União Soviética

África

Ásia-PacíficoOrienteMédio

Mapa do petróleo no mundo 2011 (reservas provadas, produção e consumo)

Fonte: BP Statistical Review of World Energy, junho de 2011

RP | Reservas Provadas - bilhões de barris - Total mundo: 1.383,2P | Produção - milhões de barris por dia - Total mundo: 82.095C | Consumo - milhões de barris por dia - Total mundo: 87.382

RP | 74,3P | 13,4C | 23,5

RP | 239,4P | 7,0C | 6,1

RP | 132,1P | 10,0C | 3,3

RP | 139,7P | 17,6C | 19,5

RP | 752,5P | 25,2C | 7,8

RP | 45,2P | 8,4C | 27,2

PRETOAMARELO MAGENTACYAN

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hot news

Melhores fornecedores de bens e serviços da BCA Petrobras realizou no final de novembro, em Macaé (RJ), mais uma edição do Prêmio Melhores Fornecedores de Bens e Serviços da Petrobras na Bacia de Campos.

Vinte e quatro empresas, com contratos ativos entre junho de 2010 e julho de 2011, foram cer-tificadas em oito categorias, entre elas Pequenas Compras, Médias Compras, Grandes Compras, Con-tratos Globais de Longa Duração, rodízio de Fornecedores, Peque-nos Contratos, Médios Contratos e Grandes Contratos.

o gerente de operação e Ma-nutenção Roberto Campello Mo-

raes ressaltou que, junto com a estatal, as empre-sas fornecedoras de bens e servi-ços instaladas na Bacia de Campos integram a cadeia produtiva local e

contribuem para o sucesso das ati-vidades na região. “as parcerias que firmamos ao longo dos anos contribu-íram diretamente para as atividades da companhia. este prêmio reconhe-ce o esforço de nossos fornecedores em melhorar essa relação.”

De acordo com o gerente de Contratação de Bens e Serviços da uo-BC, Reinaldo da Costa Silva, quem analisa as concorrentes é um comitê julgador composto por em-

pregados da companhia. “eles têm a missão de avaliar os melhores, consi-

derando critérios previamente es-tabelecidos.” Para ele, a premiação deve ser encarada como um estímu-lo ao aprimora-mento contínuo da qualidade do

fornecimento de bens e serviços e perseguido por todos aqueles que desejam uma posição de destaque entre os fornecedores.

a cerimônia contou com apre-sentação da Camerata da orques-tra Petrobras Sinfônica, que foi prestigiada por representantes das empresas fornecedoras, gerentes gerais e setoriais de diversas áreas da Petrobras e convidados.

EMPRESAS VENCEDORAS EM CADA CATEGORIAPequenas Compras – 1º lugar: Ser-map Comércio e Serviços Ltda.; 2º lugar: Diagonal Comércio e Serviços Ltda.;3º lugar: indústria e Comércio Leal Ltda.Médias Compras – 1º lugar: Decatron automação e tecnologia de informa-ção Ltda.; 2º lugar: Liebherr Brasil

Guindastes e Máquinas operatrizes Ltda.; 3º lugar: Gea do Brasil inter-cambiadores Ltda. Grandes Compras – 1º lugar: Cogu-melo indústria e Comércio Ltda.; 2º lugar: Weg equipamentos elétricos S.a.; 3º lugar: aselco indústria, Co-mércio, importação e exportação de instrumentação Ltda.Contratos Globais de Longa Duração – 1º lugar: Gold Suprimentos de infor-mática Ltda.; 2º lugar: Sotreq S.a.; 3º lugar: rolls royce Brasil Ltda.Rodízio de Fornecedores – 1º lugar: Frank Mohn do Brasil Ltda.; 2º lu-gar: Siemens Ltda.; 3º lugar: intersea ambiental Comércio e Serviços Ltda.Pequenos Contratos – 1º lugar: Conaut Controles automáticos Ltda.; 2º lu-gar: transportadora norte Fluminen-se de Macaé Ltda.; 3º lugar: Seepil Serviços e equipamentos especiais para a indústria a.P Ltda.Médios Contratos – 1º lugar: VGK engenharia e Comércio Ltda.; 2º lugar: irmãos Passaura S.a.; 3º lu-gar: edcontrol Serviços de Petróleo e Manutenção de equipamentos Ltda.Grandes Contratos – 1º lugar: orion Serviços Marítimos Ltda.; 2º lugar: Schahin engenharia S.a.; 3º lugar: tecnitas do Brasil assessoria técnica e Peritagens Ltda.

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atenta àS DeManDaS do setor, a Fresadora Sant’ana, especializa-da em engrenagens industriais, informou que pretende lançar em 2012 uma unidade de bombeamen-to inteligente para extração de pe-tróleo em terra, a ser controlada via satélite. o primeiro protótipo deve ser concluído em 2012 ou no início de 2013.

na área de petróleo e gás des-de 2000, a empresa começou a re-alizar um trabalho com a Petrobras na área de redutores, fornecendo alguns equipamentos; mais tarde, passou a fornecer peças de re-posição, inclusive para redutores importados para uBs entre outros. Devido a uma demanda da estatal, a empresa paulista desenvolveu melhorias no equipamento de BCP (cabeçote para acionamento de bombas progressivas), que extrai o petróleo em terra.

Segundo o gerente de vendas da empresa, o engenheiro Ricardo Pereira, o projeto era desenvolver BCPs mais otimizados, seguros e de maior quali-dade. “o desafio foi tirar das BCPs as mangueiras de lubrificação externas que ti-nham e o sistema de lubrificação para evitar rou-bos e vazamentos de óleo, me-lhorar a segurança evitando as quebras de polias e hastes por re-versão, obter um controle total da operação, eliminando os tempos de paradas para manutenção.mu-damos também o sistema de freio hidráulico para o freio dinâmico, para se ter uma frenagem sem atrito e calor mesmo sem ener-gia. tivemos que mudar também o freio hidráulico para o freio di-nâmico, para se ter uma frenagem sem atrito”, afirma.

Pereira ressalta ainda que o equipamento possui sistema de

controle eletrônico via satélite e a nova evolução dele possui baixo ruído e proporciona alto nível de controle, segurança e versatilida-de na extração.

Pereira afirma ainda que a com-panhia trabalha com engrenamento para projeto, fabricação e reforma de redutores e multiplicadores de velocidade, equipamentos de transmissão em geral, de pequeno e grande porte principalmente na extração de petróleo. “Somos muito bem estruturados para atender a área de manutenção de redutores. temos especialidade em confeccio-nar engrenagens especiais e robus-tas, tipo espinha de peixe, duplo arco circular e com dois ângulos de pressão para fabricação ou recupe-ração de redutores para extração de petróleo”, comenta ele.

atualmente a Fresadora Sant’ana vem ampliando seu espaço na área de extração de petróleo, com o for-necimento de caixas de transmissão para perfuração onshore, chave hi-dráulica e top-drive.

Extração inteligente em terra

o DarBy oVerSeaS investments, divisão de Private equity da Franklin templeton investments, anunciou em dezembro um investimento de r$ 58 milhões na Bioenergy, uma das principais geradoras de energia eó-lica do país. o investimento destina--se à implantação de novos parques eólicos no Brasil. o setor de energia eólica é um dos alvos do Darby no Brasil, devido a sua importância e às perspectivas de crescimento.

a Bioenergy possui projetos em diversas fases de desenvolvimento e operação que, somados, têm capacida-de de mais de 1 gigawatts de geração. Desse total, quase 200 MW já foram contratados nos leilões do governo e no mercado livre. este ano entram em operação dois novos parques eólicos da companhia no rio Grande do norte – aratuá 1 e Miassaba 2 –, com capacidade de 14,4 MW cada um. o de Miassaba 2, cuja produção foi arrematada pela Cemig, é o primeiro parque eólico exclusivamente dedica-do ao mercado livre no Brasil.

“estamos entre os pioneiros na geração eólica no Brasil, com investi-mentos de r$ 1,7 bilhão em projetos só no rio Grande do norte. Contar com

um parceiro como o fundo do Darby é de extrema impor-tância para darmos prosseguimento aos nossos planos de expansão”, afirma o presiden-te da Bioenergy, Sérgio Marques.

este ano, a companhia assinou um contrato com a General eletric (Ge) para o fornecimento de 304 turbinas. além disso, anunciou que vai investir r$ 2 bilhões em projetos no Maranhão.

Bioenergy recebe investimentos de R$ 58 milhões

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hot news

entre aS PoSSíVeiS áreas de colaboração no âmbito da parceria estratégica estão a avaliação e im-plementação de soluções específicas para a indústria, desenvolvimento conjunto de pesquisa e desenvolvi-

mento relaciona-do à propriedade intelectual, novas oportunidades de negócios por meio da SiX automação S/a (subsidiária do Grupo eBX, com foco em automação

industrial), bem como infraestrutura e serviços de ti para o Grupo eBX.

Eike Batista, presidente do Gru-po eBX, afirmou que ao buscar essa parceria com a iBM, o Grupo eBX dá mais um passo muito importante em sua busca incessante pela eficiência e competitividade, usando o esta-do da arte da tecnologia e soluções inovadoras para os seus negócios. “estamos muito satisfeitos com essa associação com a iBM para apoiar o crescimento de nossas empresas e continuar trazendo inovação e tecno-logia de ponta para o Brasil.”

Ricardo Pelegrini, presidente da iBM Brasil, complementou que “esta parceria demonstra o compromisso da iBM com o Brasil e com a nossa

agenda de soluções inteligentes. ela irá contribuir para adicionar valor e inovação às nossas empresas, contri-buindo para o crescimento econômico e

o desenvolvimento de indústrias.”

as partes pre-tendem celebrar acordos defini-tivos no que diz respeito às áreas a serem abrangidas nessa parceria es-

tratégica, tão logo as negociações e as atividades de due diligence sejam concluídas e todas as aprovações socie-tárias e regulatórias obtidas.

o auMento Do market share e a penetração em novos mercados foram os fatores que contribuíram

para o crescimen-to de 43% da Fluke, líder global em tec-nologia portátil de teste e medição ele-trônica, em 2011.

De acordo com René Guiraldo, ge-rente nacional de

Vendas da Fluke, o Brasil foi a meni-na dos olhos da corporação em 2011

e, pela primeira vez, recebeu apoio efetivo para expandir e conquistar novos negócios, principalmente nas verticais com maior potencial de crescimento, como alimentos, mine-ração, automotivo, papel e celulose.

a Fluke pertence à área de pro-dutos e soluções de testes e medição da holding Danaher – empresa ame-ricana com mais de 47 mil associados e um faturamento da ordem de 16 bilhões de dólares. os complexos fabris da Fluke Corporation estão situados nos estados unidos, reino

unido e Holanda. as subsidiárias de vendas e serviços situam-se na europa, américa do norte, américa do Sul, Ásia e austrália.

Para 2012, a Fluke espera um crescimento expressivo, ainda maior do que o registrado este ano. “o que sustenta o mercado é a pró-pria demanda, que tem alavancado o mercado industrial. a intenção da Fluke é crescer com esse mercado aproveitando que o Brasil responde à altura aos nossos investimentos”, finaliza Guiraldo.

A BRASKEM, MAIOR produtora de re-sinas termoplásticas das Américas, e a Petróleos Del Perú (PetroPerú), empresa estatal dedicada ao transporte, refino e comercialização de combustíveis e outros derivados do petróleo, se uni-ram e assinaram, no final de novembro do ano passado, um Memorando de Entendimento, para análise técnica e econômica da viabilidade de um projeto petroquímico no Peru.

O objetivo das duas empresas é es-tudar a viabilidade da implementação de

unidades para a produção integrada de 1,2 milhão de toneladas/ano de eteno e polietilenos, utilizando o etano prove-niente das reservas de gás natural da região de Las Malvinas.

“Com a realização desta parce-ria, traremos mais desenvolvimento econômico e social ao nosso país. O projeto terá como grande vantagem sua localização estratégica na costa do Pacífico e a capacidade para atender tanto ao mercado peruano como aos de outros países da região andina”, ressal-

ta Humberto Campodónico, presidente da PetroPerú.

“Esta iniciativa da Braskem está em linha com sua visão estratégica de se tornar uma das empresas líderes na indústria química mundial até 2020, por meio da combinação de crescimento no mercado doméstico, alternativas de acesso a matérias-primas competitivas e busca de oportunidades de interna-cionalização para o acesso a novos mercados, especialmente no eixo da América”, afirma Sergio Thiesen, di-retor de Negócios Internacionais para América do Sul da Braskem.

Grupo EBX e IBM querem formar parceria estratégica

Fluke comemora crescimento de 43% no Brasil

Braskem e PetroPerú assinam acordo

O Grupo EBX e a IBM anunciam planos de estabelecer parceria para apoiar as estratégias de crescimento das duas corporações. Esta parceria estratégica vai abranger grande variedade de iniciativas empresariais para atender os setores de recursos naturais e de infraestrutura.

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Transpetro lança navio José Alencar

BNDES aprova R$ 1,8 bi para parques eólicos no RN

A Transpetro e o Estaleiro Mauá lançaram no último dia 12 de dezembro, o navio de produtos José Alencar, batizado em homenagem ao ex-vice-presidente da República, falecido em 2010. O navio foi transferido ao cais do estaleiro, onde passará por acabamentos finais antes da entrega à companhia para o início das operações.

Os recursos serão aplicados em quatro projetos distintos, que somarão 628,8 megawatts em potência instalada.

CoM 183 MetroS de comprimen-to e capacidade para transportar 56 milhões de litros de combustíveis, o José Alencar é o último da série de quatro navios de produtos encomen-dados pelo Programa de Moderniza-ção e expansão da Frota da trans-petro (Promef) ao estaleiro Mauá. o primeiro, Celso Furtado, foi entre-gue à transpetro no dia 25 de novem-bro e já está em operação. as outras duas embarcações, Sérgio Buarque de Holanda e Rômulo Almeida, estão em fase de acabamentos.

Logo após o lançamento da em-barcação foi realizado o batimento de quilha do primeiro navio da sé-rie de quatro Panamax encomenda-dos pelo Promef. Com 228 metros

de comprimento e capacidade para 72,9 mil toneladas de porte bruto, os navios Panamax serão usados para o transporte de petróleo ou derivados escuros. a série de quatro Panamax foi contratada ao estaleiro ilha Sa

(eisa), que construirá as embarca-ções no Mauá. o Brasil tem hoje a quarta maior carteira de encomendas de petroleiros do mundo e ocupa a quinta posição no ranking das enco-mendas de navios em geral.

o BanCo naCionaL de Desen-volvimento econômico e Social (BnDeS) aprovou no dia 18 de de-zembro o crédito de r$ 1,8 bilhão para a instalação de 26 parques eó-licos no rio Grande do norte.

o crédito do banco corresponde a cerca de 70% do investimento total estimado para os projetos, que é de r$ 2,6 bilhões, mas o BnDeS terá partici-pações diferentes no custo total de cada um dos quatro empreendimentos.

Para os dez parques eólicos da união dos Ventos, nos municípios de Pedra Grande e São Miguel, com po-tência instalada de 169,6 megawatts e sistema de transmissão associado, serão financiados 73,8% do investimento total de r$ 754,6 milhões, divididos pelas dez sociedades de propósito específico criadas para cada um dos parques.

no projeto de São Bento do nor-te, o Grupo Galvão receberá finan-ciamento equivalente a 70,27% do investimento total de r$ 401 milhões previstos para quatro parques eóli-cos, que integram o Programa de aceleração do Crescimento (PaC) com previsão de 94 megawatts de potência instalada.

o Complexo eólico asa Branca, da Contour Global do Brasil, terá

75% do investimento de r$ 600 milhões financiados pelo banco para a instalação de cinco parques que somam 160 megawatts em potência instalada.

Já o grupo Desa eólicas vai receber financiamento de 67% do total de r$ 818 milhões que serão investidos em sete parques eólicos no projeto instalado nos municípios de João Câmara e Parazinho. os parques somarão 205,2 megawatts em potência instalada.

Com a aprovação desse pacote de financiamentos para energia eólica, o BnDeS fechará o ano com um salto de 275% nas aprova-ções de sua carteira para o setor, somando r$ 3,3 bilhões este ano. em 2010, esse montante foi de r$ 1,2 bilhão.

FICHA TéCNICA Tipo: produtosPorte bruto: 48.300 tComprimento total: 183 mBoca: 32,20 mCalado: 12,80 mPontal: 18,60 mVelocidade: 14,6 nósTransporta: produtos claros (gasolina e diesel)

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“A PETROBRAS ESTIMA investir 220 bilhões até 2014-15 e como é a única operadora do pré-sal no país, moldará o mercado. Serão necessárias novas unida-

des de perfuração e, portanto, novas fusões devem surgir como alternativa para as empresas se tornarem mais competitivas e munidas de expertises nesse segmento”, comenta Newton Queiróz, diretor de

Óleo e Gás da AON, única empresa no Brasil com departamento específico para atender esse mercado.

Queiroz também explica que há dois tipos de seguros nesse campo: de produto e de segmento. O de produtos inclui o risco de petróleo que visa apó-lices relacionadas a poços, plataformas e construção de petroleiros. É esse seguro que cobre um acidente de vaza-mento de óleo decorrente de perfura-ção de petróleo. Para vazamento prove-niente de embarcações há outro seguro específico. “Um desastre ecológico, dependendo de suas consequências, não pode ser coberto 100% porque implica muitos anos em que a própria natureza levará para recuperar a área afetada. O seguro cobre os gastos aplicáveis para controlar e estabilizar a situação”, complementa.

O seguro de segmento inclui os serviços prestados por empresas da in-dústria de óleo e gás, como, por exemplo, o transporte de combustível. Esse seguro cobre ainda o transporte e a remoção de funcionários de áreas de perfuração mais distantes da costa. É necessário planejar um seguro para socorrer funcionários por ocasião de algum acidente ou mesmo para garantir seu transporte em seguran-ça até as plataformas. Segundo Queiroz, esse tipo de seguro está em franca expansão no Brasil – cresceu mais de

100% em 2011 – justamente por causa do crescimento do setor.

Embora o Golfo do México ainda concentre o maior número de prêmios colocados pela AON no exterior, os riscos são altos e diversos em função da política local e dos furacões que derrubam todas as construções voltadas para a exploração de petróleo. Os furacões correspondem a risco iminente. Por isso, a grande aposta é nas costas brasileiras e africanas que, inclusive, acredita-se terem as mesmas caracte-rísticas físicas em função de, no passado remoto, terem feito parte de um único conti-nente. “O Brasil é nossa maior expectativa futura, seguido pela África, onde também já estamos operando. Acreditamos serem os mercados mais prósperos nos próximos anos”, conclui o especialista.

Líder mundial em gestão de riscos, cor-retagem de seguros, resseguros e consulto-ria em capital humano, a AON está presente em 120 países, tem 500 escritórios e 59 mil colaboradores. É formada pela AON Risk Solutions (Riscos e Seguros), AON Hewitt (Consultoria em Capital Humano e Gestão de Benefícios) e pela AON Benfield (Ressegu-ros). No Brasil, a empresa conta com mais de 900 funcionários e 11 escritórios nas principais cidades do país.

Fusões e aquisições em Pe-tróleo e Gás têm aumento no terceiro trimestre deste anoO SETOR DE Petróleo e Gás no Brasil realizou 11 fusões e aquisições (F&A) de julho a setembro. O segmento apresentou forte recuperação comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram feitas apenas cinco. O maior número de transações (quatro), nos três últimos meses de 2011, foi realizado por brasileiras. Desde 1994, o setor acumula 244 negociações, de acordo com pesquisa da KPMG.

Foram realizadas na área de petróleo e gás três transações domésticas; duas ope-rações de empresa estrangeira adquirindo, de brasileiros, outra brasileira estabelecida

no país; e duas de empresa brasileira adquirindo, de estrangeiros, outra empresa de capital estrangeiro, também estabeleci-da no Brasil.

De acordo com Paulo Guillherme Coim-bra, sócio da KPMG no Brasil, as negociações de F&A no setor foram a maneira encontrada pelas empresas entrantes no mercado de se manterem firmes neste segmento. “Elas são consideradas uma parceira estratégica para a consolidação do setor, que está bastante aquecido. O que comprova a euforia dos investidores na área, ainda motivados pela expectativa de crescimento das reservas bra-sileiras do pré-sal e os investimentos associa-dos à exploração dessas reservas, envolvendo principalmente a cadeia de fornecedores de equipamentos e prestadores de serviços da indústria. A expectativa é de aquecimento e consolidação contínua”, explicou.

Para Coimbra, o principal interesse de aquisições pelas empresas bra-sileiras e pelas estrangeiras está no mercado local. “Esse movimento tem impulsionado a aquisição das empresas brasileiras por ambos e, de certa forma, desestimulado os estrangeiros a se des-fazerem de seus negócios no Brasil”, acrescenta o executivo.

Petrobras incorpora três sub-sidiárias na área de energiaO CONSELHO DE administração da Petrobras aprovou em novembro a incorporação de suas subsidiárias integrais Termorio, Usina Termelétrica de Juiz de Fora e Fafen Energia. O ob-jetivo é, segundo a companhia, simpli-ficar a estrutura societária da estatal, diminuir custos e capturar sinergias. A proposta ainda será avaliada pelos acionistas em assembleia.

Vale lembrar que, por se tratar de incorporação de subsidiárias integrais, não haverá aumento de capital na Petrobras, nem emissão de novas ações. As ações representativas do capital social das três empresas serão extintas.

AON cresce 40% no setor de óleo&gás em função de fusões e aquisiçõesA AON está fechando 2011 com um cenário bastante promissor na área de seguros e consultoria para a indústria de petróleo e derivados: crescimento de 40%, com expectativa de manter o mesmo patamar em 2012, em decorrência de fusões e aquisições previstas para esse setor.

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SEGUNDO O DOCUMENTO, a demanda mundial de petróleo deverá ficar em 88,9 milhões de barris por dia, contra os 89,01 previstos anteriormente. Para 2011, a organização petroleira quase não alterou suas previsões. A demanda total deverá ficar em 87,8 mbd para o ano, contra 87,81 mbd na previsão feita no mês pas-sado, o que representa 0,86 mbd a mais em relação a 2010.

Em 2012, a oferta de petróleo dos países que não são membros da Opep deverá au-mentar em 0,7 mb/d em relação a 2011, cerca de 0,1 mb/d menor que a avaliação anterior. A maior parte do aumento virá dos Estados Unidos, Brasil, Canadá, Colômbia e Rússia. Apesar da desaceleração das economias avançadas, a avaliação da instituição é de que os mercados emergentes devem apre-sentar crescimento robusto em 2012.

Já a Agência Internacional de Energia (AIE) espera que o consumo de petróleo em 2011 seja de 160 mil barris diários, inferior ao da previ-são anterior, de 89 milhões de barris diários, e de 200 mil barris diários a menos que o previsto para 2012, o que representa um consumo de 90,3 milhões de barris.

A demanda, no entanto, terá alta na comparação com os anos anteriores, a 89 milhões de barris em 2011, quantidade 0,8% maior do que em 2010, e a 90,3 milhões de barris em 2012, crescimento de 1,4% em relação a 2011.

A AIE prevê significativa expansão da produção no pré-sal brasileiro nos

próximos anos, o que contribui para a ampliação da oferta de petróleo mundial no médio prazo. A agência projeta cresci-mento de 900 mil barris por dia entre 2010

e 2016 para os campos de Guará, Lula, Parque das Baleias e Baleia Azul, o que dá suporte para a estimativa de crescimento da produção no Brasil de um milhão de barris por dia no período.

Esse número ajuda a compor as expectativas da AIE para o avanço da oferta global de petróleo nos países que não fazem parte da Opep. Entre 2010 e 2016, a entidade prevê um aumento total de 3,4 milhões de barris por dia, ou cerca de 500 mil por ano, na produção desses países. O crescimento deve ser liderado pelos Estados Unidos, com cerca de 1,8 milhão de barris por dia sendo incorpora-dos ao mercado. Já a produção no Mar do Norte deve declinar.

A agência acredita que a produção nacional ficará entre 2,1 milhões e 2,2 milhões de barris por dia nos próximos meses. Para 2012, é esperado aumento de 140 mil barris por dia.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu sua previsão para a demanda de petróleo mundial em 2012 em cerca de 100 mil barris por dia. O resultado foi divulgado no último relatório mensal da instituição.

Opep reduz previsão para demanda mundial em 2012

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Produção de países-membros da Opep e não membros – novembro/09 a outubro/11

Tel.: 4004 2503

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O CENÁRIO TOTAL dos combustíveis no país no ano tem o óleo diesel com 46,7% de participação, seguido pelas gasolinas (32%), etanol (9,8%), querosenes (6,4%), óleo combustível (3,4%) e o GNV (1,8%)

Em 2011, a gasolina teve aumento de participação de 18,3% com relação aos dados do ano passado. O cresci-mento é ainda maior levando-se em conta apenas as empresas do Sindi-com, com acréscimo de 19% no período 2010-2011. Já o óleo diesel teve um saldo positivo de 4,6%.

Outro produto que teve destaque no cenário de combustíveis foi o Que-rosene de Aviação (QAV) que cresceu 13,6% em 2011, apoiado principalmente ao aumento na demanda do mercado de aviação no país, que vem crescendo muito nos últimos anos e a expecta-tiva é para um aumento ainda maior, com eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas.

Já o etanol vem perdendo mercado nos últimos dois anos, com queda de 28,4% no setor. Segundo os dados, a produção de etanol hidratado vem caindo constantemente e não está acompanhan-do o crescimento da frota de veículos flex fabricados no Brasil. Este ano, em dezembro, foi a primeira vez que o etanol não foi mais vantajoso que a gasolina em nenhum estado do país.

Para o presidente do Sindicom, Alísio Vaz, o etanol é o grande desafio do mer-cado de combustíveis em 2012. Segundo ele, apesar do fraco desempenho, o atendimento de álcool ao consumidor está

garantido. “Somente teremos aumento de oferta com investimentos, por isso, só veremos uma melhora no cenário a partir de 2014”, afirmou.

Quem também vem perdendo mercado é o óleo combustível, muito usado nas usinas termelétricas e que está sendo substituído pelo gás natural. Para Alísio Vaz, esse é um declínio natural. O produto teve uma queda de 24,5% em relação ao

ano passado. Sobre o diesel

S50, de baixo teor de enxofre, que será adotado em todo o país a partir de janeiro de 2012, Alísio Vaz disse que em janeiro já estarão adaptados

e prontos para abastecimento, aproxima-damente 1.200 postos. Até o fim do ano, a rede com S50 chegará a três mil postos. Além disso, o presidente do Sindicom lembrou que o Arla 32, solução de ureia necessária nos catalisadores dos novos

motores Euro 5, terá uma evolução com o decorrer do tempo, na medida em que começará a ser vendido em galões de 20 litros, mas depois, estará disponível a granel em bombas específicas nos postos de combustível.

Mercado de combustíveis deve crescer 2,8% em 2011

Volume comercializado em 2011: 110 bilhões de litros*

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindi-com) divulgou em dezembro os números do mercado de combustíveis no Brasil em 2011 e os desafios do setor para os próximos anos. O crescimento estimado da indústria para 2011 foi de 2,8%, com um volume de 110,4 bilhões de litros. Os destaques ficaram por conta da gasolina e do óleo diesel.

*2011 vs 2010 - crescimento de 2,8%Óleo diesel

Óleo combustível

Querosenes

Gasolinas

Produto Share SindicomDiesel .................... 83,6%Gasolina ................ 74,5%Etanolhidratado .............. 59,7%

Faturamento no ano: R$ 240 bilhõesTributos: R$ 73 bilhõesFederais: R$ 26 bilhõesEstaduais: 47 bilhões

Etanol hidratado

GNV

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46,7%

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A EMPRESA Cummins fornecerá 20 grupos geradores que usarão o motor QSK 60 para cinco embarcações PSV (Platform Supply Vessel) que serão utilizadas pela Petrobras nas operações do pré-sal. Os equipamentos começam a ser entregues em meados de 2012, e atendem às normas vigentes IMO Tier II e trazem potência de 1.825 kw.

Os geradores gerenciarão toda a energia necessária para a embarcação, incluindo propul-são, sistema de posicionamento di-nâmico, painéis, entre outros. De acordo com Waldemar Marchetti, gerente exe-

cutivo de Negócios da Cummins Marine para América Latina, as embarcações offshore devem iniciar suas operações no primeiro trimestre de 2013 e serão construídas para prestar suporte às plataformas, com o transporte de equi-pamento, por exemplo. “Serão embarca-ções multipropósito, ou seja, atendem a qualquer tipo de carga, incluindo tanque de lama, água potável, alimentos, entre outros”, diz Marchetti.

Motores da Cummins vão equipar embarcações do pré-sal

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Com os eventos mundiais que ocorre-rão nos próximos anos no Brasil, como a Copa do Mundo e das Olimpíadas de 2016, a perspectiva das empresas de indústrias de aço é ainda maior no crescimento da produção, venda e consumo, principalmen-te em se tratando das cidades-sedes que receberão a Copa do Mundo de 2014.

Aço bruto cresce 6,5% no acumulado do anoO INSTITUTO Aço Brasil (IABr) anunciou que a produção brasileira de aço bruto cresceu 3,7% em novembro em relação ao mesmo mês de 2010, somando 2,7 milhões de toneladas. No acumulado do ano, a produção nacional de aço aumentou 6,5% (32,5 milhões de toneladas).

Já a produção de laminados em no-vembro (1,9 milhão de toneladas) diminuiu 5,0% na comparação com novembro do ano passado. Entre janeiro e novembro, fo-ram produzidos 23,3 milhões de toneladas de laminados. A retração alcançou 1,8% sobre igual período de 2010.

O IABr informou ainda que as vendas internas totalizaram 1,7 milhão de tone-ladas, mostrando expansão de 11,6% em novembro. No período de janeiro a novem-bro, elas subiram 2,9%, com 19,9 milhões de toneladas.

Em relação às exportações, o aumento registrado no ano foi 25,6% em volume (9,9 milhões de toneladas) e 53,1% em valor (US$ 7,7 bilhões), quando comparados ao mesmo período anterior. As importações somaram 3,4 milhões de toneladas nos 11 meses de 2011. O volume ficou 37,3% abaixo do de igual período de 2010.

Safra de cana: “desastre total”DIANTE DE UMA SAFRA considerada desastrosa por técnicos do setor, o presi-dente da União da Indústria da Cana-de--Açúcar (Unica), Marcos Jank, disse que é preciso dar competitividade ao etanol brasileiro. A medida mais importante, para o representante dos usineiros, é a deso-

neração tributária do etanol, em especial do Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Hoje, as usinas pagam 9,25% de PIS/Confins.

“Estamos estimando que, em 2020, vamos produzir 1,2 bilhão de toneladas de cana e 40% dessa cana vão para a produção de etanol. E a grande questão é a competitividade. O mais importante é a redução dos tributos que são cobrados sobre o etanol”, disse Jank.

Segundo ele, o etanol deveria ter o mesmo tratamento da gasolina, beneficiada pela redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). “Entendemos que o etanol tem que passar pelo mesmo processo. Hoje, a tributação que incide sobre a gasolina está na faixa de 35% do preço de bomba e a do etanol, em 31%. Achamos que deveria também haver redução sobre o etanol para torná-lo mais competitivo.”

De acordo com o presidente da Unica, os estados também poderiam reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), assim como ocorreu em São Paulo, que baixou de 25% para 12,5% a alíquota do imposto.

O diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, estima que a safra de cana deve ultrapassar 490 milhões de toneladas. Para o mercado de etanol, ele estimou que as exportações devem ficar entre 1,65 e 1,7 bilhão de litros.

Até 2020, a expectativa dos usineiros é dobrar a produção, de 555 milhões de toneladas para 1,2 bilhão de toneladas. Para

atingir esse resul-tado, o executivo calcula que serão ne-cessárias 120 novas usinas. “Precisamos produzir muito mais cana para atender a todos os mercados que a gente tem e,

para isso, precisamos de políticas públicas e privadas também”, completou.

Brasil se destaca pelo consumo de aço

PESQUISA REVELA que países emergen-tes serão os principais responsáveis pelo aumento no consumo mundial de aço.

Mesmo com os abalos da crise finan-ceira e com o desaceleramento da atividade econômica no mundo, países emergentes ganham destaque na produção e consumo de aço no planeta. Enquanto os países de-senvolvidos ainda estarão no próximo ano com 15% abaixo do desempenho registrado em 2007, as economias em expansão, que formam o grupo dos Brics (Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul) estarão com o montante 44% superior.

Essa é uma recente pesquisa do Comitê de Estudos Econômicos da World Steel Association (WSA), divulgada em Paris, na França, durante congresso do setor. A WSA reúne 170 fabricantes de aço, que produzem 85% do total consumido no mundo. E, de acordo com o comitê, em 2012, os países emergentes e em de-senvolvimento vão responder por 73% da demanda mundial de aço, ante a participa-ção de 61% em 2007.

A pesquisa também revela a boa situação da América Latina, com grande peso do Brasil. A região tem perspectiva otimista: sai de uma alta de 4,7% em 2011, para 9,8% em 2012. Com isso, atingiria, conforme a WSA, consumo recorde de 52,4 milhões de toneladas. Esse volume é 28% acima do patamar de 2007, ano anterior ao impacto da crise global.

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OS RECURSOS SãO do fundo de participa-ções (private equity, no jargão de mercado), e darão ao banco uma fatia minoritária no capital da empresa.

Nos últimos cinco anos, com o cresci-mento da indústria, a companhia apresentou elevação média anual de 40% nas receitas.

Capitalizada, a expec-tativa de faturamento em 2011 é de R$ 70 mi-lhões, com pretensões de dobrar esta cifra já em 2012.

Para o fundador da Brastec, Fabio Roma-no, com o novo sócio a empresa pretende se

tornar uma plataforma de consolidação, com aquisições de concorrentes tanto no país como

no exterior. O executivo também vê potencial para “conglomeração” no segmento, com a compra de companhias que tenham atuações em áreas próximas. “Se o projeto se concre-tizar, provavelmente precisaremos de fontes adicionais de recursos”, afirma, acrescentando que a abertura de capital com uma oferta de ações na bolsa não está nos planos.

Os recursos do aporte de capital também serão usados para intensificar os investimen-tos em pesquisa para atender à demanda do pré-sal. “A tecnologia para a extração de petróleo e gás ainda não está pronta”, ressalta Romano. A Brastec pretende desenvolver os equipamentos em conjunto com os clientes, que são as empresas que prestam serviços para as petrolíferas, em linha com a exigên-cia de conteúdo nacional prevista no marco regulatório do setor.

A estimativa é de que apenas a Pe-trobras responda por metade da demanda mundial de tubos flexíveis, por onde pas-sam o óleo e o gás extraídos das bacias petrolíferas. Romano destaca, porém, que as receitas da empresa não dependem ex-clusivamente da estatal.

As negociações para o aporte de ca-pital levaram aproximadamente um ano. O investimento na Brastec é o segundo do fundo do Modal, destinado à compra de par-ticipações em empresas do setor de óleo e gás. Com R$ 500 milhões em recursos, o private equity – que tem como principais cotistas o BNDES e os fundos de pensão Petros, Funcef e Fundação CEEE – também investiu na Enesa Engenharia.

A ideia é de que o fundo faça entre cinco e oito investimentos, segundo John Michael Streithorst, sócio e responsável pela área de private equity do Modal. Desde o ano passado, os gestores do fundo avalia-ram quase 1,2 mil companhias, dentro de um universo total de aproximadamente 5,5 mil. “As empresas nacionais vão se ver frente a um grande desafio para atender à demanda esperada para o pré-sal”, avalia.

O LEILãO DE ENERGIA A-5/2011, realizado no dia 20 de dezembro contratou 42 projetos de geração de eletricidade, com capacidade instalada total de 1.211,5 megawatts (MW). O preço médio ao final do certame foi de R$ 102,18/MWh, alcançando um deságio médio de 8,77%. O Leilão atendeu a 100% da de-manda das concessionárias de distribuição, que contrataram a energia negociada. Os 42 projetos serão instalados nos estados da Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, e demandarão investimentos da ordem de R$ 4,3 bilhões.

Assim como nos últimos leilões de geração realizados pelo Governo Federal, a fonte eólica foi o grande destaque desta licitação, com 39 projetos negociados so-mando 976,5 MW. Este montante equivale a 81% da potência total negociada no leilão. A usina hidrelétrica de São Roque, em Santa Catarina, foi arrematada pela empresa De-senvix ao preço de R$ 91,20/MWh - deságio de aproximadamente 35% em relação ao preço inicial de R$ 123/MWh.

Na avaliação do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tol-masquim, o leilão foi muito bem-sucedido, na

medida em que toda a demanda foi atendi-da integralmente por fontes renováveis. Segundo ele, este fato contribuirá para a manutenção do alto percentual (cerca de 90%) de renovabilida-de da matriz elétrica

brasileira. Tolmasquim também destacou o forte deságio obtido na disputa pela hidrelé-trica de São Roque, fazendo com que o preço

final de venda se aproximasse ao das usinas de grande porte da região Norte.

“É importante destacar que a contratação de usinas eólicas e hidrelétricas é muito interessante para o país, já que se trata de duas fontes renováveis e complementares entre si”, observou Tolmasquim. Ele frisou ainda que, de todo o montante de energia transacionado nos três leilões de geração realizados em 2011, apenas dois projetos (termelétricos a gás natural, vendidos no Leilão A-3) não utilizam fontes renováveis como combustível.

Aporte de capital de R$ 70 milhões do fundo do Modal para Brastec

Leilão de energia para 2016 contrata 1.211,5 MW de 42 projetos de geração

Uma das principais fabricantes nacionais de Engenharia e Equipamentos para indústria de óleo e gás, a Brastec Technologies fechou um acordo com o Banco Modal e receberá um aporte de R$ 70 milhões.

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TN Petróleo 81 17

“Esse ajuste reflete a desaceleração do crescimento nos países da OCDE (Or-ganização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que repercutirá na China e na Índia e terá impacto no consumo de petróleo do próximo ano. As ati-vidades manufatureiras e o comércio serão afetados mundialmente”, Relatório mensal da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), sobre a queda no consumo em 2012. OPEP, 13/12/2011.

“Estamos vendo luz no fim do túnel na questão europeia. É um longo túnel, mas pode ser uma luz importante”, Guido Mantega, ministro da Fazenda, afirmando que o Brasil está disposto a contribuir com mais recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), mas somente depois de os países europeus se comprometerem com o aporte de recursos. G1, 08/12/2011.

“No presente, nós não temos problemas. Em 2011, já levantamos US$ 18 bilhões. Nas últimas duas semanas, levantamos 1,85 bilhão de euros no mercado europeu e 700 milhões de libras no Reino Unido... Acabo de chegar de Doha, onde me reuni com todas as grandes empresas de petróleo do mundo, e o apetite é gigantesco”, José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, afirmando que a crise financeira não impactou a captação da estatal. Valor, 13/12/2011.

“A crise não chegou ainda, não vamos misturar as coisas... Foi errado ter subido os juros, foi errado ter se preocupado com a demanda”, Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), afirmando que a estagnação do PIB no 3º trimestre é resultado exclusivamente dessas medidas e que a economia brasileira “marcou passo” em 2011. Folha de S. Paulo, 14/12/2011.

Frases

Produção total de óleo, LGN e de gás natural (em mboe/d)

Maio Jun Jul Ago Set OutBrasil+Exterior 2.586,3 2.641,5 2.568,0 2.555,3 2.591,6 2.606,9

Produção de óleo e LGN (em mbpd) - Brasil Maio Jun Jul Ago Set OutBacia de Campos 1.650,3 1.694,9 1.612,3 1.615,5 1.654,1 1.655,09Outras (offshore) 146,1 141,2 142,1 133,0 131,6 131,7Total offshore 1.796,4 1.836,2 1.754,4 1.748,5 1.785,7 1.787,6Total onshore 206,9 210,6 214,0 214,3 216,5 213,8Total Brasil 2.003,2 2.046,8 1.968,4 1.962,8 2.002,2 2.001,4

Produção de GN sem liquefeito (em mm³/d)* - Brasil

Maio Jun Jul Ago Set OutBacia de Campos 22.885,5 22.687,9 21.382,5 21.653,0 21.842,4 22.079,6Outras (offshore) 17,878,9 18.388,3 19.295,9 19.486,7 17.876,6 18.978,3Total offshore 40.764,5 41.076,3 40.678,4 41.140,1 39.718,9 41.058,0Total onshore 16.134,4 16.240,6 16.034,2 15.946,5 16.057,1 15.848,8Total Brasil 56.898,8 57.316,9 56.712,6 57.086,6 55.776,0 56.906,8

Produção de óleo e LGN (em mbpd)** - Internacional

Maio Jun Jul Ago Set OutExterior 131,7 133,1 141,1 132,1 139,7 146,3

Produção de GN sem liquefeito (em mm³/d) - Internacional

Maio Jun Jul Ago Set OutExterior 15.897,8 17.171,9 17.298,6 17.231,0 16.804,6 17.214,5

Produção da Petrobras de óleo, LGN e gás natural – 05/2011 a 10/2011

(*) Inclui gás injetado.

(**) Em 2003 inclui os dados da Petrobras Energia (ex-Pecom). Fonte: Petrobras

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entrevista exclusiva

EM ENTREVISTA EXCLUSIVA à TN Petróleo, ele fala das aquisições recentes que vão garantir maior sinergia entre as empresas do grupo, sobre as expectativas em relação ao mercado brasileiro, no qual a Tech-nip pretende aumentar sua presença nas áreas onshore e offshore.

O executivo evita fazer maiores comentários sobre a licitação de navios de gás natural, feita pela Petrobras, que serão usados no escoa-mento da produção deste insumo no pré-sal da Bacia de Santos, da qual participou em consórcio com as parceiras japonesas Modec e JGC. “As expectativas são grandes”, é a curta resposta.

TN Petróleo – A Technip adquiriu recentemente a Global In-dustries, por US$ 1 bilhão. Quais foram os ganhos da empresa com o negócio?

José de Araújo – Este processo gera sinergia para o segmen-to de negócios subsea, um dos três ramos de negócio da Technip, que agora poderá oferecer aos clientes uma solução de projetos integrados, também em águas rasas, do tipo S-Lay, com recursos próprios. Essa aquisição representa uma complementaridade im-portante.

Há planos de novas aquisições?

Acabamos de adquirir o controle da Cybernétix, empresa que tem know-how na área de equipamentos operados remotamente e robótica em geral, bem como transmissão de dados. Integrando esse conhecimento com o da Technip, estaremos oferecendo prontamen-te ao mercado soluções de monitoramento e integridade de ativos offshore e subsea.

Falando de Brasil, o que representou para a empresa a inauguração, em Vitória, da nova linha de produção de tubos flexíveis?

A nova linha ali instalada é capaz de atender o pré-sal, porém com uma limitação de capacidade, que será eliminada com a nova fábrica.

Como está o andamento do projeto da segunda fábrica de tubos da empresa? Quanto será investido?

A nova fábrica será instalada no Porto de Açu, no município de São João da Barra (RJ), e vai gerar cerca de 600 empregos diretos. O início

Sem números públicos

(mas em milhões de

reais), os investimentos

do grupo francês

Technip, que atua desde

1976 no Brasil, visam

o desenvolvimento

de novas tecnologias

para a exploração

de petróleo no pré-

sal. “Continuaremos

acreditando e investindo

no Brasil”, afirma José

Jorge de Araújo.

por Rodrigo Miguez

dão suporte à expansão no BrasilAQUISIçõES

TN Petróleo 81 19

José Jorge de Araújo, presidente da Technip no Brasil

A AQUISIçãO DA GLOBAL

GERA SINERGIA PARA O

SEGMENTO SUBSEA, UM

DOS TRêS RAMOS DE

NEGÓCIO DA TECHNIP, QUE

AGORA PODERÁ OFERECER

AOS CLIENTES UMA

SOLUçãO DE PROJETOS

INTEGRADOS, TAMBÉM EM

ÁGUAS RASAS.

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da operação está previsto para se-tembro de 2013. Já temos o leiaute e iniciamos o projeto básico. Também adquirimos o equipamen-to, com o prazo de entrega mais longo, para garantir o cumprimento do cronograma.

A empresa vai investir R$ 80 milhões na expansão e desenvol-

vimento do Porto de Angra. Como estão as obras e quais os benefí-cios desse investimento?

O Terminal Portuário de An-gra dos Reis está sendo moder-nizado para melhorar o nível de serviços a ser prestado, confor-me o contrato de concessão com a Docas. O benefício se reverte em uma rentabilidade, ainda que

pequena, além de garantir uma pequena área dedicada à logísti-ca dos projetos de instalação de dutos submarinos. Além disso, já foi firmado o contrato de presta-ção de serviços para uma base de fluidos.

A Technip tem planos de insta-lação de uma fábrica em Santos,

20 TN Petróleo 81

entrevista exclusiva

pela proximidade com os princi-pais blocos do pré-sal?

Não. Temos outros planos para a região que ainda depen-dem de aprovações internas para serem divulgados.

A companhia já participou da construção de plataformas da Pe-trobras como P-51, P-52 e P-56. Já existem contratos firmados para outras unidades?

Sim, já estamos executan-do o projeto de engenharia de detalhamento dos FPSOs P-58 e P-62, que serão instalados nos campos de Baleia Azul e Ronca-dor, respectivamente, ambos na Bacia de Campos.

Quais as novidades da empresa em relação a contratos fechados?

A novidade foi a assinatura do contrato com a Daewoo, em novembro, em parceria com a Odebrecht Óleo e Gás, para a construção de duas embarca-ções do tipo PLSV (pipe laying service vessel) com capacidade de 550 toneladas de tensão no lançamento e instalação de linhas submarinas. É um investimento da ordem de US$ 600 milhões.

Também estão em construção seis LHs (Line Handler), navios de manuseio de espias, cada um

com contrato de oito anos com a Petrobras. Em 2012, mobiliza-remos dois dos maiores barcos da frota da Technip, o Deep Blue e o Deep Pioneer, para instalar as linhas da Fase 2 do bloco BC-10, na Bacia de Campos para a Shell. Com eles, um terço de toda a nossa frota estará ope-rando no Brasil em 2012.

Como é o trabalho desenvolvido no Centro de Engenharia da Tech-nip no Rio de Janeiro?

Temos uma equipe de 130 profissionais, entre engenheiros e técnicos, projetando as linhas flexíveis e seus acessórios na nossa sede, no bairro da Glória. Estes profissionais recebem as demandas e os projetos da Petrobras e iniciam os cálculos e dimensionamentos das futuras linhas que serão fabricadas em Vitória. A Technip está dedica-da a fornecer produtos que se posicionem no topo da cadeia

tecnológica. Apenas uma peque-na parte da produção das nossas fábricas é de linhas comuns.

Vocês pensam em construir um centro de Pesquisa e Desenvolvi-mento no Brasil?

Pouca gente sabe, mas em Jucu, próximo a Vitória, temos um Centro de Pesquisa e De-senvolvimento para os produtos dedicados ao pré-sal. São cerca de 60 profissionais, entre enge-nheiros e técnicos, envolvidos no desenvolvimento do design, elaboração de procedimentos e testes, além da qualificação dos produtos, linhas e acessórios, para águas ultraprofundas e am-bientes extremamente agressi-vos. A Genesis, empresa coirmã, que opera de forma indepen-dente, já está se instalando no Brasil para também participar nos processos de P&D.

Quais as novas tecnologias que a empresa está desenvolvendo para a exploração em águas ultrapro-fundas?

Estamos desenvolvendo as linhas com monitoramento con-tínuo, chamadas de inteligentes, bem como linhas que suportam altas pressões e que sejam ca-pazes de resistir a uma corrosão altíssima. Para se ter uma ideia, as linhas estão sendo projeta-das para simular uma vida útil de 300 anos. Ou seja, uma vida útil de 30 anos com um fator de segurança de dez vezes. Isso nunca foi feito antes!

E quanto aos IPBs, tubo flexível com sistema de aquecimento elétrico destinado a elevar a temperatura do fluido interno, aumentando o fluxo de óleo?

Em 2012 vamos entregar os primeiros IPBs (Integrated Pro-duction Bundles) para o Campo

EM 2012, MOBILIZAREMOS

DOIS DOS MAIORES

BARCOS DA FROTA DA

TECHNIP, O DeeP Blue E

O DeeP Pioneer, PARA

INSTALAR AS LINHAS

DA FASE 2 DO BLOCO

BC-10, NA BACIA DE

CAMPOS PARA A SHELL.

COM ELES, UM TERçO DE

TODA A NOSSA FROTA

ESTARÁ OPERANDO NO

BRASIL EM 2012.

TN Petróleo 81 21

de Papa-terra para a Petrobras. Trata-se de tecnologia exclusiva da Technip. Este produto possui um isolamento térmico ativo, ou seja, um sistema de aquecimento ao longo da linha, que garante o fluxo do óleo pesado, gerando ganhos enormes no processo do óleo, já na plataforma.

De quanto será o investimento total da Technip no Brasil nos próximos anos?

Continuaremos acreditando e investindo no Brasil. E vamos in-vestir também na contratação de pessoal, aumentando nossa força de trabalho de cerca de quatro mil colaboradores para seis mil ao longo dos próximos quatro anos. Também iremos incremen-tar nossa presença nas áreas onshore e offshore.

Aquisições dão suporte à expansão no Brasil

PLATAFORMAS E EMBARCAçõES – A Technip tem no seu portfólio a participação na construção das plataformas P-51, P-52 e P-56, além do projeto de engenharia de detalhamento dos FPSOs P-58 e P-62.

Para instalação de dutos submarinos, a empresa possui os barcos Skandi Vitória e o Skandi niterói e também o navio Sunrise 2000, um dos mais sofisticados navios de lançamento de flexíveis e umbilicais em águas profundas do mundo.

ESTRUTURA – A Technip possui no Brasil uma importante estrutura logística e de equipamentos para dar suporte às suas atividades no país. Em Vitória, no Espírito Santo, está

localizada a fábrica de tubos flexíveis da empresa, onde são feitos tubos, umbilicais, ISU® (Umbilicais de Serviço Integrado), aplicações estáticas (linhas flexíveis) e dinâmicas (risers), e também estruturas DRAPS (Drilling, Refining and Onshore Applications).

A empresa também administra o Porto de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, que serve como importante centro logístico para a movimentação de cargas e apoio a projetos offshore. Além disso, a companhia possui uma base em Macaé, também no Rio de Janeiro, para o gerenciamento das operações com Veículos de Operação Remota (ROVs), embarcações de apoio e logística de materiais e de pessoal.

Portfólio da Technip no Brasil

Nesta edição.

22 TN Petróleo 81

especial: drilling

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TN Petróleo 81 23

DRILLING:O incremento das atividades exploratórias em terra firme e no mar, aliado ao aumento da produção – inclusive com a perfuração de novos poços para ampliar o fator de recuperação –, aquece o setor de drilling. As principais empresas fornecedoras de bens e serviços de perfuração estão tendo que se esforçar para atender à demanda por soluções e equipamentos de ponta que assegurem às petroleiras atingir suas metas: agregar reservas e monetizar rapidamente suas descobertas para garantir o retorno de seus investimentos, dentro dos mais rígidos padrões de segurança e proteção do meio ambiente. por Maria Fernanda Romero e Rodrigo Miguez

mercado aquecido

Que o mercado de drilling está aque-cido, ninguém tem dúvida. não somente por conta das gigantescas

descobertas de petróleo e gás no pré-sal e também de novas re-servas no pós-sal (em mar e terra firme), que têm atraído novos investidores para o país, como também pela necessidade de ob-ter retorno para os investimentos feitos nos últimos anos.

Pesa ainda o fato de que sem leilões de novas áreas desde 2008 e com prazos que estão se esgotando para blocos adquiri-dos em licitações anteriores, as companhias de petróleo, gran-des e pequenas, estão tentando garantir a continuidade de suas operações no país.

esse aquecimento está visível nos relatórios mensais de perfura-ção de poços da agência nacio-nal de Petróleo, Gás natural e

Biocombustíveis (anP). um dos mais atualizados relatórios do banco de dados da agência, esses registros refletem a aceleração da atividade nos últimos anos.

Devido aos números crescen-tes e do tempo de perfuração de

um poço, que varia de local para local, dependendo das condições da área (principalmente em cam-pos offshore), é difícil mensurar quantos poços novos foram feitos no último ano. Mas basta aferir os relatórios dos últimos três meses para perceber que há son-das perfurando em várias bacias onshore e offshore.

essas atividades vêm au-mentando tanto em tradicionais áreas produtoras, como as ba-cias do espírito Santo, Campos, Potiguar e recôncavo, como também na de Santos, a mais disputada desde o advento do pré-sal, assim como nas bacias terrestres do Solimões, ama-zonas e Parnaíba, onde estão atuando as mais jovens petro-leiras brasileiras, como Hrt e oGX. esta última também acelerou suas operações na bacia de Campos, onde preten-de produzir o primeiro óleo nos próximos seis meses.

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24 TN Petróleo 81

especial: drilling

Para se ter uma ideia de como esses números são grandiosos, de acordo com os relatórios da anP, somente em 20 dias do último mês do ano, dezembro, dos mais de 200 poços listados mais de 70 foram concluídos em bacias terrestres e marítimas, nas mais diversas profundidades. o restante são

poços que estavam em fase de avaliação ou perfuração.

Do total de poços listados, mais da metade está sendo perfurada ou foi concluída em áreas offshore por petroleiras como Petrobras, oGX, a norue-guesa Statoil, a anglo-holande-sa Shell, as norte-americanas Chevron e anadarko, a inglesa

BP energy, e a indiana onGC, que entrou no Brasil há pouco mais de um ano, após trocar ativos com a Petrobras.

Dos mais de 110 poços que estavam sendo perfurados, em avaliação ou foram concluídos entre 1º e 20 de dezembro do ano passado na costa brasileira, mais de 50 estão na bacia de Campos e um pouco mais de 30, na de Santos (incluindo os cam-pos de Franco, tupi nordeste, entre outros).

os números mostram que a atividade de perfuração em poços onshore (terra) também continua crescendo, principal-mente nas bacias de recôncavo, Potiguar, Sergipe e Parnaíba – onde a oGX fez uma espeta-cular descoberta de gás natural, que ainda está sendo mensu-rada pela petroleira, depois de eike Batista ter afirmado tratar--se de “meia Bolívia”.

Somente no recôncavo, o relatório indicava cerca de 30 po-ços em perfuração ou concluídos em áreas terrestres, enquanto em Sergipe havia 24 perfurações em andamento em terra firme e três em campos offshore. a oGX estava perfurando mais quatro poços na bacia de Parnaíba, enquanto a empresa capixaba Vipetro comandava a perfuração de nada menos que 14 poços em blocos terrestres do espírito Santo, onde a Petrobras também desenvolve trabalhos similares.

Expertise consolidadaesses números observados em

apenas 20 dias de dezembro não deixam dúvidas: a atividade de drilling está superaquecida. resta saber se as empresas prestadoras de serviços vão dar conta de toda a demanda. Demanda que vai de áreas extremas na amazônia brasileira, onde Petrobras e Hrt

Perfuração onshore nabacia de Solimões (AM)

para a Petrobras

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TN Petróleo 81 25

mercado aquecido

continuam perfurando poços em busca de reservas ou de otimizar a produção (no caso da estatal brasileira) nas águas profundas, em busca do petróleo leve e gás natural escondidos sob a camada do pré-sal.

e se as companhias estrangei-ras, como Halliburton, transoce-an, Baker Hughes, ocean rig e outras, estão em plena atividade para conquistar encomendas des-se mercado emergente que cresce a despeito da crise no resto do mundo, as brasileiras não ficam atrás: entraram nessa disputa para valer.

É o caso da odebrecht Óleo e Gás (ooG), que atua desde a concepção de engenharia, gerenciamento de projetos e prestação de serviços integra-dos, até a operação de platafor-mas de perfuração e produção offshore. Criada em 2006, com o objetivo de prover soluções integradas e customizadas para a indústria de petróleo upstream no mercado nacio-nal e internacional, a empresa brasileira oferece serviços de afretamento e operação de sondas de perfuração offshore para águas profundas.

tradicional prestador de ser-viços para a indústria de petróleo brasileira desde a década de 1950, a odebrecht foi, em 1979, a primeira empresa privada nacional a realizar perfuração offshore no Brasil. na década de 1990, expandiu sua atuação para o exterior, incluindo o Mar do norte, com foco na prestação de serviços e operação de FPSo para novos clientes.

Qualificação profissionalPara roberto ramos, presi-

dente da ooG, no curto prazo o principal desafio que a empresa tem enfrentado na exploração do petróleo é a mobilização de pessoas comprometidas e qualifi-cadas para operação das unida-des. “no médio e longo prazo a formação da nova geração que substituirá a geração atual, já é sênior, em virtude da indús-tria ter ficado uma geração sem investir na formação de jovens”, complementa.

a empresa possui unidades que operam (perfuração, com-pletação, workover e produção offshore) em águas ultraprofun-das de até 3.000 m de lâmina d’água e uma tripulação qualifi-

cada e experiente. a frota dispõe de sistemas de posicionamento dinâmico com tripla redundân-cia, sistemas de tratamento de fluido de perfuração, proteção contra danos ambientais aten-dendo aos requisitos locais e internacionais, equipamentos de manuseio de cargas que permi-tem operações mais seguras.

Segundo o presidente da ooG, a organização trabalha em parceria com os clientes e prestadores de serviços em busca de soluções conjuntas e customizadas para os desafios da perfuração e completação de poços em águas ultraprofun-das. “Para a área de perfuração offshore, por exemplo, contamos com uma frota toda construída com tripla redundância e torres de atividades paralelas. Já em subsea, os PLSVs em construção pela JV com a technip terão 550 toneladas e estarão aptos a aten-der a nossos clientes nos desafios do pré-sal brasileiro”, comenta roberto ramos.

o executivo pontua que as principais demandas do pré-sal nas áreas em que a empresa atua, são: afretamento e opera-ção de plataformas de perfuração

26 TN Petróleo 81

NORBE VI: Plataforma semissubmer-sível com capacidade para perfurar em lâmina d’água de até 2.400 m. Primeira plataforma da nova frota da OOG a ini-ciar operações, está operando no Campo de Roncador – Bacia de Campos.

NORBE VIII: Navio de perfuração com capacidade para perfurar em lâmina d’água de até 3.000 m. Segunda unidade da nova frota de perfuração da OOG a chegar ao Brasil, a Norbe VIII iniciou sua operação no poço 4-RJS-647 CERNAM-BI, em lamina d’água de 2.260 m. Cam-pos de Roncador - Bacia de Campos.

NORBE IX: Navio de perfuração com capacidade para perfurar em lâmina d’água de até 3.000 m. Alocada no poço 1-RJS-664, no estado do Rio de Janeiro, próximo às cidades de Cabo Frio e Macaé, a NORBE IX já alcançou 2.301 m de profundidade. Campo de Roncador – Bacia de Campos.

Plataformas de perfuração da OOG:

Plataforma de perfuração Norbe VI da OOG

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especial: drilling

offshore para águas ultraprofun-das, afretamento e operação de plataformas de produção (FPSo), afretamento e operação de em-barcações do tipo PLSV, além da tradicional montagem e manu-tenção de plataformas.

outro “carro-chefe” da ooG são os serviços de manuten-ção e modificação de unidades offshore. a empresa conta com uma base de apoio logístico em Macaé, no rio de Janeiro, para atender à bacia de Campos, localizada a sete quilômetros do porto e a 15 quilômetros do aero-porto da cidade.

Novas aquisições em agosto de 2011, a ooG

adquiriu a sonda de perfuração semissubmersível Stena Tay da empresa Stena Drilling. De acordo com ramos, o objetivo dessa aquisição foi atender ao cliente nos contratos de afreta-

mento e prestação de serviços da unidade Delba IV, que aca-bou não sendo construída devi-do à falta de slots em estaleiros pelo mundo, além da ocorrência da crise financeira mundial.

“a ooG enxergou uma oportunidade na aquisição de uma unidade já existente e que atendesse aos requisitos do cliente. as adequações finais da oDn Tay IV (como se cha-mará a antiga Stena Tay) estão sendo realizadas no estaleiro astican, na espanha. a che-gada da unidade está prevista para o primeiro semestre de 2012”, informa.

além disso, a empresa tam-bém comprou o FPSo Cidade de Itajaí, que será a primeira unida-de de produção que a ooG ope-rará no Brasil. Segundo ramos, a ooG já opera um FPSo no Mar do norte desde 1997, para a ConocoPhillips, em parceria com

a Maersk FPSos. a experiência impulsionou a companhia rumo ao objetivo de tornar-se operado-ra desse tipo de unidade também para o mercado brasileiro. a previsão de início de operação do FPSo Cidade de Itajaí é no 2º semestre de 2012.

em novembro do ano pas-sado, a Gávea investimentos, um dos principais gestores de recursos no mercado financei-ro brasileiro e gestora de um patrimônio privado de mais de uS$ 7,2 bilhões, adquiriu 5% do capital total da odebrecht Óleo e Gás (ooG), com direito a nomear um representante no conselho de administração.

ramos conta que a aqui-sição de maneira geral não mudou em nada a essência e os valores da empresa, mas consolidou-a rumo ao cresci-mento previsto em seu Plano de negócios 2011-2013.

TN Petróleo 81 27

Frota de última geraçãoinovando ao construir plata-

formas com tecnologia de última geração, garantindo maior efici-ência e qualidade, e excelência em segurança, saúde e meio ambiente, a ooG trabalha hoje com uma frota de plataformas de perfuração altamente qualifica-das que desenvolvem projetos importantes em todo o país. a empresa também oferece servi-ços de afretamento e operação de sondas de perfuração offshore para águas profundas.

uma das unidades da empre-sa que merece destaque é a Nor-be VI, plataforma semissubmer-sível de última geração, capaz de operar em lâmina d’água de até 2.400 m. a plataforma, que iniciou sua operação em águas brasileiras em 2011, celebra a re-tomada da atuação da odebrecht em perfuração offshore.

entretanto, o presidente da ooG conta que a Norbe VI enfrentou, em sua chegada, alguns problemas em parte de seus equipamentos princi-pais, por motivos diversos. “os equipamentos, apesar de serem de primeira linha, tiveram uma performance um pouco abai-xo da esperada. nossa equipe investigou as falhas e reportou os resultados aos fabricantes, que têm nos apoiado”, salien-tou. a Norbe VI dá sequência a uma série de plataformas com o mesmo nome, que fizeram parte da organização odebrecht por

meio da odebrecht Perfurações Ltda., a oPL.

também em 2011, iniciaram suas operações no Brasil as unidades Norbe VIII e Norbe IX, duas sondas de perfuração capazes de perfurar em lâmi-na d’água de até 3.000 m. “a Norbe VIII começou a operar em agosto de 2011 e atualmen-te está completando o poço 4-rJS-647, e a Norbe IX come-çou operação em novembro e está perfurando o poço 1-rJS-664”, ressalta ramos.

e mais, a odebrecht Óleo e Gás irá operar dois navios semissubmersíveis: oDn Delba III e oDn Tay IV, e dois novos

navios-sondas, que estão em fase de construção: oDn i e oDn ii. Como as Norbe VIII e Norbe IX, essas unidades também são capazes de perfurar em lâmina d’água de até 3.000 m.

“as unidades oDn i e oDn ii estão em fase final de constru-ção e comissionamento, devendo chegar ao Brasil em março e maio de 2012, respectivamente. ainda não foram definidos os campos de operação das mesmas, cabendo ao cliente essa decisão”, afirmou o presidente da ooG.

Soluções sob medidaoutra parceira tradicional das

petroleiras é a norte-americana

mercado aquecido

Plataforma de perfuração Stena Tay operando para a OOG

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Baker Hughes, que desenvolve soluções tanto para perfuração quanto para a exploração de petróleo. na área de exploração os destaques da empresa ficam por conta dos equipamentos que fazem parte da coluna de perfu-ração, como broca, sistema rotary steerable (utilizado na sondagem de poços), motores de fundo, sistema de aquisição em tempo real da dinâmica de perfuração, perfis elétricos, entre outros equipamentos.

além disso, a Baker fornece fluidos de perfuração que podem garantir a otimização e a segu-rança da operação, além de perfis elétricos a cabo, utilizados após a perfuração. eles são responsáveis pela geração de dados requeri-dos pela geologia e geofísica de poço. outra solução da empresa são as válvulas de isolamento de formação VHiF, modelo orbit que viabilizam a instalação da árvore de natal em poços subsea via cabo, eliminando a necessidade de utilização de sondas.

Segundo Saul Plavnik, dire-tor de operações para Perfu-ração e avaliação da Baker Hughes, os principais desafios que a companhia tem enfren-tado estão no desenvolvimento de equipamentos e sistemas de alta tecnologia para produção e controle, com uma relação custo-benefício que viabilize

a produção de forma contínua e econômica para as aplica-ções em águas profundas.

“os processos geológicos são marcantes e modificam a estrutura origi-nal das rochas sedimentares. Brocas de per-

furação de alta tecnologia ade-quadas a equipamentos que possam perfurar em ambientes de altíssima temperatura, são também exemplos de desafios”.

a empresa está desenvolvendo novas tecnologias para serem uti-lizadas na região do pré-sal. entre esses novos equipamentos estão brocas de perfuração, sistemas de perfuração, fluidos de perfuração, de aquisição de dados em tempo real, dados a cabo entre outros. a empresa também desenvolveu soluções no Centro de tecnologia da companhia nos estados unidos em parceria com a Petrobras para o cenário de produção em águas profundas no Brasil.

“Com a construção do Centro de tecnologia no Brasil, essas soluções poderão ser desenvolvidas localmente”, afirmou Saul, lembrando da unidade inaugurada em outu-bro no Parque tecnológico da universidade Federal do rio de Janeiro (uFrJ).

Parcerias estratégicasa dinamarquesa Maersk oil

tem se firmado como uma das principais parceiras das empre-sas nacionais na exploração de petróleo no país. a empresa tem adotado a estratégia de associa-ções com companhias brasileiras do setor. ela é sócia, com 30% de participação, da Petrobras (40% e operadora) e da Vale (30%) nos blocos BM-S-66 e BM-S-67 da bacia de Santos.

Já da oGX, a dinamarquesa é sócia no bloco BM-S-29 (opera-dora com 35%), também na bacia de Santos, e nos blocos BM-C-37 e BM-C-38 na bacia de Campos (50% e operadora). em 2011, a sonda Blackford Dolphin, da Maersk, iniciou as atividades de perfuração para a oGX, no BM-C-37, que fica a aproximadamente 80 km da costa do rio de Janeiro, em lâmina d’água de 130 m.

outra companhia que tem sondas de perfuração operan-do no país é a ocean rig. as sondas ocean rig Mykonos e ocean rig Corcovado, foram afretadas este ano pela Petro-bras pelo período de três anos ao custo de uS$ 550 milhões cada unidade e irão atuar no bloco BM-S-11, na bacia de Santos. a contratação foi feita para perfuração de 3.000 m e a previsão é que as unidades co-mecem a operar em fevereiro e abril de 2012, respectivamente.

além das duas sondas, a empresa apresentou proposta na licitação da

Centro Tecnológico da Baker Hughes na Ilha do Fundão

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Petrobras para contratar serviços de afretamento de 21 sondas de perfu-ração marítima a serem construídas no país. a ocean rig apresentou proposta independente para construir e afretar cinco sondas à Petrobras por taxa média, trazida a valor presente, equivalente a uS$ 584 mil por unida-de por dia. a companhia tem acordo com os estaleiros do grupo Synergy, para construir as sondas. Se ficar com a encomenda, a ocean rig come-çaria construindo as unidades nos

estaleiros Mauá e ilha S.a. (eiSa), do grupo Synergy, no rio.

Porém, a Sete Brasil também está na briga pelas sondas da estatal. a companhia apresentou duas propostas em parceria com vários operadores de platafor-mas: uma para construir 15 navios-sonda. Para as sondas, a proposta da Sete foi de taxa média diária, trazida a valor presente, de uS$ 619 mil. as unidades seriam construídas

nos estaleiros da odebrecht, na Bahia; de Jurong, no espírito Santo; e da engevix, no rio Grande do Sul.

Com a demanda crescendo mais e mais, mesmo sem novos leilões, o mercado aposta que, nos próximos anos, as brocas vão continuar a perfurar o subsolo em busca de mais e mais hidrocarbonetos, seja em terra ou no mar. afinal, para avançar em novas fronteiras e agregar e fazer produzir as gigantescas reservas que vêm sendo encontradas nos últimos anos, é necessário, antes de tudo, perfurar novos e mais e mais poços.

mercado aquecido

PERFURANDO ONSHORE Petrobras: Sergipe 12; Espírito Santo 4; Recôncavo (BA) 12; Poti-guar (RN) 27; Solimões (AM) 4; São Francisco (MG) 1. Total: 60OGX: Parnaíba 2

PERFURANDO OFFSHORE Petrobras: Santos 17; Potiguar (RN) 2; Espírito Santo 2; Campos 29; Sergipe 3; Barreirinha (MA) 1; Foz do Amazonas (PA/MA) 1. Total: 58Total geral: 113OGX: Santos 1; Campos 4Statoil Brasil: Campos 4; Camamu 1Shell: Santos 1Repsol: Campos 1Chevron Frade: Campos 3BP Energy: Campos 1Anadarko: Campos 1

CONCLUÍDO ONSHORE Petrobras: Sergipe 26; Recôncavo (BA) 29; Potiguar (RN) 17; Solimões (AM) 4; Espírito Santo 2; Alagoas 1; São Francisco (MG) 1. Total: 80OGX Maranhão: Parnaíba 4Vipetro: Espirito Santo 14Petra Energia: São Francisco (MG) 3HRT O&G: Solimões (AM) 2

CONCLUÍDO OFFSHORE Petrobras: Campos 19; Santos 14; Espírito Santo 2; Barreirinhas (PA/AM) 1. Total: 36OGX: Campos 7; Santos 2Statoil Brasil: Camamu 1Queiroz Galvão: Jequitinhonha 1

Fonte: ANP, relatório dos últimos três meses de 2011

Perfuração de poços: atividade nos últimos três meses

Plataforma de perfuração Norbe IX operando para a OOG

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Também foi um ano im-portante para o Parque tecnológico do rio, si-tuado na ilha do Fun-dão, pois foi concluída a última etapa da licita-

ção para ocupação de seu terreno. ao todo, 12 grandes companhias, a maioria do setor de petróleo e gás, vão instalar seus centros de pesquisa no local, o que representa mais de r$ 500 milhões em investimentos.

Para a indústria naval o ano tam-bém foi significativo. realizaram-se três batismos de navios (Skandi Pe-

regrino e dois VLCCs da Vale); três lançamentos de embarcações ao mar (os navios Rômulo Almeida, José de Alencar, quinto navio do Promef e o Sea Brasil, primeiro Green Vessel do país); foi entregue ainda à transpetro o Celso Furtado, primeiro navio do Promef; o estaleiro eisa começou a construir o primeiro dos quatro na-vios Panamax encomendados pelo Promef; o estaleiro Superpesa co-meçou a construir o primeiro dos três navios do tipo bunker também encomendados pelo Promef; e foram anunciadas a construção de mais

14 navios (seis do Programa eBn2 e oito navios petroleiros do Promef) e a Petrobras assinou contratos para afretamento de seis navios Panamax do Programa eBn2.

JANEIROPetrobras realiza nova descoberta no pré-sal – 2011 começou com a Pe-trobras realizando uma nova desco-berta de petróleo de boa qualidade nos reservatórios do pré-sal no bloco BM-S-9, em águas ultraprofundas da Bacia de Santos, com a perfuração do poço 3-BrSa-861-SPS (3-SPS-74).

ANO DE PRé-SALE RENOVÁVEIS

JANEIROMARÇO

MAIO

JUNHOABRIL

FEVEREIRO

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retrospectiva 2011

por Maria Fernanda Romero e Rodrigo Miguez

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O ano de 2011 foi marcado por diversas descobertas na região do pré-sal da Bacia de Santos, confirmando as expectativas da potencialidade da área. As energias renováveis, em especial a eólica, que com a realização dos leilões se tornou uma fonte energética tão viável quanto a proveniente das usinas hidrelétricas, foi outra área que também teve bastante destaque.

informalmente denominado ‘Ca-rioca nordeste’, o poço está locali-zado em águas onde a profundidade é de 2.151 m e a 275 km do litoral do estado de São Paulo, na área de avaliação do poço Carioca – 1-Br-Sa-491-SPS (1-SPS-50).

análises preliminares comprova-ram a extensão da acumulação que contém petróleo de alta qualidade (26º aPi), em reservatório de 200 m, superior ao resultado do poço pioneiro perfurado na área.

o bloco BM-S-9 é formado por duas áreas de avaliação: uma, do

poço 1-BrSa-594-SPS (1-SPS-55), informalmente denominado ‘Guará’ e outra do poço 1-Br-Sa-491-SPS (1-SPS-50), deno-minado ‘Carioca’, onde se localiza o poço descobridor.

Terceira maior do mundo – a Petro-bras alcançou em janeiro o posto de terceira maior empresa de energia do mundo no ranking PFC energy 50, que lista as maiores empresas mundiais de energia em valor de mercado. a companhia tem valor de uS$ 228,9 bilhões e está à frente

de Shell e Chevron, que ocupam a quarta e quinta posições.

Desde que o ranking foi lançado, em 1999, a Petrobras passou de 27º lugar para a terceira colocação. Se-gundo a consultoria, o valor de mer-cado da companhia, que era de uS$ 13,5 bilhões naquele ano, cresceu a uma taxa composta de 27% ao ano.

Suzlon fecha contrato de 218 MW no Brasil – a Suzlon energia eólica do Brasil, divisão brasileira da Suzlon energy, terceira maior fabricante de aerogeradores do mundo, recebeu

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uma encomenda da Martifer reno-váveis Geração de energia e Parti-cipações para implantar, operar e manter um projeto de 218 MW nos estados do Ceará e rio Grande do norte. o projeto será composto por 104 unidades dos aerogeradores S88 (2.1 MW de potência), capazes de produzir eletricidade suficiente para abastecer mais de 160 mil famílias.

De acordo com o cronograma, o projeto será comissionado em fases até junho de 2012, e espera-se que compense mais de 425 toneladas de Co², anualmente. a adição de 218 MW irá aumentar a presença da Suzlon no Brasil para um total cumulativo de 600 MW instalados, mais da metade da capacidade eólica instalada no Brasil.

Aker leva manifold que será instalado no campo de Jubarte – a aker Solutions transportou no fim de janeiro o maior equipamento utilizado para escoa-mento da produção de gás natural já fabricado no Brasil.

o Pipel ine end Manifo ld (PLeM) é uma estrutura de grande porte, que serve para interligar di-versos campos produtores de gás na-tural, localizados no fundo do mar. o Plem será instalado na Bacia do es-pírito Santo, no campo de Jubarte, a uma profundidade de 1.193 m, e dis-tante 85 km do litoral sul do estado. o escoamento da produção do gás retirado do fundo do mar será feito por meio de gasodutos submari-nos, que o levarão até o continente

na unidade de tratamento de Gás (utG) localizada em anchieta, no sul do estado capixaba.

FEVEREIROCameron adquire a Vescon Equipamen-tos Industriais – a Cameron firmou em fevereiro acordo de aquisição da Vescon equipamentos industriais, empresa com mais de 40 anos de experiência na fabricação de cabeças de poço e sistemas de árvores de na-tal onshore, e válvulas aPi 6a & 6D.

a aquisição da Vescon faz parte da estratégica da empresa para o seu portfólio de produtos e servi-ços, e se encaixa naturalmente na divisão de Sistemas de Superfície da Cameron, em um momento em que a empresa está investindo no mercado brasileiro.

OGX recebe árvore de natal molhada para fase da produção – a empresa recebeu a primeira árvore de na-tal molhada (anM) de produção, o primeiro equipamento deste tipo encomendado por uma empresa pri-vada nacional – foi fabricado pela Ge oil & Gas.

o equipamento irá permitir a produção de poços submarinos da oGX. a anM foi instalada no poço oGX-26HP, no prospecto de Wai-mea, na Bacia de Campos, como parte da primeira fase de produção da companhia.

Skandi Peregrino é batizado no Rio de Janeiro – Construído pelo estaleiro

StX Vietnam offshore e arrendado à norskan offshore pela Statoil Brasil, o navio Skandi Peregrino foi batizado no Píer Mauá (rJ).

De modelo aHtS-aH 08, o barco vai operar no campo de Peregrino, no bloco BM-C-7, na Bacia de Cam-pos. a embarcação é equipada para manuseio de âncoras e operações de reboque e de transporte e des-carga de equipamentos, plataformas de produção e similares, além de stand by e de resgate de 120 pessoas. e também serve como um navio de recuperação de petróleo.

o Skandi Peregrino foi o último barco de um total de quatro que fal-tava para completar a frota da Statoil.

Eisa inicia construção de mais quatro navios do Promef – o estaleiro eisa começou a construir no mês de feve-reiro o primeiro dos quatro navios Pa-namax encomendados pelo Programa de Modernização e expansão da Frota da transpetro (Promef). o início das obras celebrou a estreia do estaleiro no Promef, que já mobiliza os estalei-ros Mauá e atlântico Sul, e prevê a compra de 49 embarcações.

no eisa, serão construídos quatro navios do tipo Panamax, com 228 m de comprimento e capacidade para transportar 550 mil barris de petró-leo. Desde 1997, o estaleiro, um dos mais antigos do país, não construía um navio para o Sistema Petrobras.

os dois primeiros navios enco-mendados ao eisa serão lançados ao mar em 2012 e os demais, em 2013.

Petrobras e Cameron assinam memo-rando de entendimentos para coope-ração tecnológica – a Petrobras e a Cameron assinaram um Memorando de entendimentos para cooperação tecnológica em projetos de pesquisa e desenvolvimento voltados para a área de equipamentos submarinos.

a assinatura do acordo é uma das etapas para a construção pela Cameron de um centro de tecnologia no campus da unicamp, em Campi-nas (SP). atualmente, a Cameron já conta com três plantas industriais no Brasil, localizadas em Jacareí,

retrospectiva 2011

Manifold para o campo de Jubarte fabricado para Aker Solutions em Curitiba

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taubaté (SP) e Macaé (rJ). além da construção do centro de tecnologia, também está previsto aumento da infraestrutura de testes na planta de Jacareí, com a instalação de uma câmara hiperbárica e uma série de testes de alta pressão, para execução de ensaios e qualificação de equipa-mentos submarinos.

o reforço da infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento da Ca-meron no estado de São Paulo está alinhado à estratégia da Petrobras de atrair para o Brasil centros tecnológi-cos de importantes fornecedores da indústria de petróleo e gás.

nessas duas obras serão inves-tidos uS$ 30 milhões. além disso, a Cameron irá expandir as plantas de Macaé e taubaté, o que irá repre-sentar um valor de quase uS$ 200 milhões de recursos aplicados.

MARÇOQueiroz Galvão Óleo e Gás recebe a Alpha Star – o mês de março come-çou com a notícia do recebimento pela queiroz Galvão Óleo e Gás (qGoG) da Alpha Star, sua recém--construída plataforma semissub-mersível de posicionamento dinâ-mico para águas ultraprofundas, e a assinatura de um contrato de uS$ 575 milhões com um grupo de bancos liderado pelo Banco Santan-der e o Citibank, para financiar a construção da plataforma.

a plataforma, que foi entregue pela Keppel Fels com quatro meses de antecedência, está contratada por um período de seis anos com opção de renovação por mais seis.

a Alpha Star tem capacidade para operar em lâmina d’água de até 2.700 m e capacidade de perfuração de poços até 9.000 m. Suas especificações operacionais incluem dez grupos de geradores a diesel e oito thrusters, quatro bombas de lama de 2.200 HP e um pacote de perfuração de pon-ta projetado para operações em alto-mar, com um compensador de movimento de capacidade de um milhão de libras. a unidade pode acomodar até 130 pessoas.

Poço de extensão confirma óleo de boa qualidade em Iara – a Petrobras con-cluiu a perfuração do poço explora-tório de extensão 3-BrSa-891a-rJS (3-rJS-682a), localizado na área do Plano de avaliação de iara, no pré-sal da Bacia de Santos. em profundidade de água de 2.279 m, o poço está lo-calizado a cerca de 230 km da costa do rio de Janeiro e a 8 km do poço pioneiro descobridor.

o resultado da perfuração do poço confirmou a boa qualidade do óleo no reservatório (28º aPi) e re-forçou o potencial de óleo leve e gás natural recuperável daquela jazida. a estimativa da Petrobras é de que o volume recuperável esteja entre três e quatro bilhões de barris de óleo equivalente.

o Plano de avaliação de iara está localizado numa área remanescente do bloco BM-S-11, onde recentemen-te foi declarada a comercialidade do campo gigante Cernambi e do campo supergigante Lula.

ABRILDescoberta em Albacora – a Petro-bras descobriu, no fim de abril, uma nova acumulação de óleo no pré-sal da Bacia de Campos, com o poço 6-aB-119D-rJS, perfurado no campo de albacora, a 107 km da costa e a apenas 3,2 km da plataforma de produção P-31.

Perfurado em profundidade de água de 380 m, atingiu a profundi-dade total de 4.835 m, constatando uma coluna de óleo de 241 m, dos quais 104 m são dos reservatórios carbonáticos da Formação Macabu, com porosidade em torno de 10%.

estimativas preliminares de vo-lume indicam, para essa nova acu-mulação, potencial de volume eco-nomicamente recuperável da ordem de 350 milhões de barris de óleo. Medidas de razão gás/óleo (rGo) realizadas em amostras registraram valores entre 60 e 240 m3/m3, indi-cando tratar-se de óleo leve.

Petrobras inicia produção do TLD de Lula Nordeste – a Petrobras iniciou o teste de Longa Duração (tLD) na

JANEIRODia 5 – Anunciado que o semiárido baiano terá nove usinas eólicas com financiamento do BNDES. Açotubo inaugura filial em Sertãozinho.10 – Produção de petróleo no Alasca é interrompida após vazamento.12 – HRT e BR Distribuidora assinam contrato. Petrobras bate recordes de vendas de gasolina e QAV.13 – Assinado contrato para construção de novas unidades na Refap.

17 – Sotreq assina contrato com a Petrobras para geração principal de plataformas.27 – Ibama libera canteiro de obras de Belo Monte. Odebrecht Óleo e Gás conquista dois novos contratos com Statoil e Maersk.31 – Petrobras assina Convênio de Cooperação com a Prefeitura de São Gonçalo para infraestrutura do Comperj.

FEVEREIRO03 – Barril de petróleo supera o valor de US$ 103 em Londres.14 – Cosan e Shell anunciam a Raízen, empresa para produção de etanol. Assinado contrato para implantação da Unidade de Coque da Refinaria Abreu e Lima.17 – Leilão de biodiesel da ANP tem deságio médio superior a 15%.22 – OGX anuncia primeira descoberta de hidrocarbonetos no poço MRK-5.25 – Brasileira HRT compra grupo canadense por R$ 1,3 bilhão. Petrobras inicia mais um teste de longa duração no pré-sal.28 – Petrobras anuncia implantação de Terminal de Regaseificação da Bahia.

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ano de pré-sal e renováveis

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área nordeste do Campo de Lula, no antigo bloco exploratório BM-S-11, no pré-sal da Bacia de Santos, a cerca de 300 km da costa do rio de Janeiro.

o tLD está sendo realizado no FPSo BW Cidade de São Vicente, ancorado na profundidade de 2.120 m. a produção deverá ficar em torno de 14 mil barris de petróleo por dia.

as informações obtidas no tLD de Lula nordeste subsidiarão os estudos para o desenvolvimento do projeto do segundo sistema definitivo de produ-ção a ser instalado no campo de Lula, chamado de Piloto de Lula nordeste, através do FPSo Cidade de Paraty.

Bunkers do Promef começam a ser construídos – o primeiro dos três

navios do tipo bunker encomenda-dos pelo Programa de Modernização e expansão da Frota da transpetro (Promef) começou a ser construído pelo estaleiro Superpesa, do rio de Janeiro. o início das obras, celebrado com o corte da primeira chapa de aço, representa a estreia do Super-pesa no Promef, que já mobiliza os estaleiros ilha S/a (eisa), atlântico Sul (eaS) e Mauá, e prevê a enco-menda de 49 embarcações.

os navios encomendados ao Su-perpesa terão como função abastecer outras embarcações e, por isso, são projetados com dispositivos para au-mentar a capacidade de manobra e atracação lateral. Com 91,85 m de comprimento e calado de 4,5 m,

cada navio bunker terá capacidade para armazenar até 4.000 m3 de óleo combustível e/ou óleo diesel.

ao todo, serão utilizadas 3,6 mil toneladas de aço para a construção dos três navios. as duas primeiras embarcações serão lançadas ao mar em 2012 e a última, em 2013. o con-trato com o estaleiro é de r$ 110,5 milhões e, ao longo das obras, serão gerados 500 empregos diretos e dois mil indiretos.

HRT perfura no Solimões – a Hrt o&G deu início à perfuração do seu primeiro poço exploratório, a locação Hrt-170-1-aM, codificada pela anP como 1-Hrt-1-aM. Si-tuada na porção nordeste do Bloco SoL-t-170, na Bacia do Solimões, a referida locação visa testar o ápice de uma estrutura anticlinal de direção leste-oeste, anteriormente perfurada pelo poço 1-nSM-1-aM (norte de São Mateus), onde foi constatada a produção de óleo e gás natural.

tomando por base os resultados de poços anteriores, a Hrt espera neste poço a ocorrência de óleo em dois reservatórios: 1) os arenitos da Formação Juruá inferior (Carboní-fero); e 2) os arenitos da Formação uerê (Devoniano), à semelhança do que ocorreu no poço 1-BrSa-769 (igarapé Chibata), descoberta da Petrobras, a 19 km da locação.

este primeiro poço está localiza-do no município de tefé, estado do amazonas e está sendo perfurado pela sonda tuS-115, da tuscany, com previsão de profundidade final em torno de 3.400 m.

a Hrt possui 55% de participa-ção em 21 blocos exploratórios na Bacia do Solimões, ocupando uma área de cerca de 48,5 mil km², onde foram mapeados e certificados 52 prospectos e 11 descobertas com recursos contingentes.

a data escolhida para o início da perfuração do primeiro poço da Hrt na Bacia do Solimões – 21 de abril – sim-boliza o início de uma campanha ex-ploratória transformadora para a busca da consolidação da região amazônica como um grande polo produtor de óleo

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HRT dá início à operação de perfuração do seu primeiro poço exploratório na bacia do Solimões no Amazonas

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e gás no Brasil, onde cerca de 130 poços serão perfurados até 2015.

a queiroz Galvão Óleo e Gás (qGoG) informou a chegada de três novas sondas terrestres he-litransportáveis provenientes da China. a sonda qG-V, contratada pela Petrobras, e as outras duas unidades – qG-Viii e qG-iX –, contratadas pela Hrt, devem en-trar em operação em maio de 2011. Juntas, elas demandaram da qGoG investimentos de uS$ 51 milhões.

Capacitadas para perfurar po-ços de até 4.500 m, as novas son-das, fabricadas pela empresa chinesa HongHua (fabricante de outras duas sondas terrestres convencionais en-tregues em 2008, a qG-Vi e qVii), têm como diferencial em seu projeto a possibilidade de serem desmonta-das em módulos de até 2.500 kg, per-mitindo o transporte por helicópteros para operarem em regiões remotas.

outro diferencial das novas son-das é que elas estão equipadas com recursos tecnológicos de última ge-ração, o que aumenta a segurança e a eficiência das operações.

“Com seis sondas onshore em operação, a chegada das novas son-das aumenta em 50% nossa ativida-de terrestre e amplia a liderança da qGoG entre as empresas brasileiras de prestação de serviços de perfura-ção de poços terrestres de petróleo e gás”, avalia Leduvy Gouvea, diretor geral da queiroz Galvão Óleo e Gás. Já o diretor de operações, Luiz al-berto andrés destaca o trabalho de excelência realizado neste projeto. “no momento em que o mercado sinalizou a necessidade de sondas helitransportáveis para operar em regiões remotas da amazônia, não havia nenhum fabricante no mundo que tivesse desenvolvido um equi-pamento com estas características. Foi preciso desenvolver um projeto específico para as sondas terrestres qG-V, qG-Viii e qG-iX, que se mos-trou um desafio para a qGoG e para o nosso parceiro, a fabricante chinesa HongHua.”

a qGoG opera atualmen-te seis sondas de per furação

onshore e cinco offshore, e tem participação em um FPSo. Dois navios-sonda e um FPSo em que possui participação, estão em construção, todos já contratados. além disso, a empresa aguarda a chegada de outra plataforma offshore, a Alpha Star, que será operada pela Petrobras e já está navegando para o Brasil.

MAIOOTC é realizada em Houston (EUA) – Superando o recorde de participação de empresas com 2.500 expositores, é realizada em Houston, a offshore technology Conference (otC). os impactos para o desenvolvimento offshore em águas profundas no Golfo do México após o acidente no campo de Macondo foi destaque nas apresentações.

a otC 2011 reuniu cerca de 2.500 expositores de mais de 110 países. a estimativa de visitantes foi de 60 mil. Durante a feira foram apresentados 300 papers técnicos pelas empresas participantes. questões relacionadas à avaliação de risco, segurança da perfuração, desenvolvimento energé-tico e respostas para vazamentos no desenvolvimento de futuros projetos de óleo e gás foram os temas aborda-dos nas sessões técnicas.

Presente mais uma vez ao evento, a delegação brasileira, composta por cerca de 1.500 integrantes, foi a ter-ceira maior ali presente, atrás apenas do reino unido e China. em 2010, foram 1.270 e, em 2009, 883 partici-pantes. o Pavilhão Brasil contou com 33 empresas expositoras, sendo que 18 delas participam pelo terceiro ano consecutivo.

Por mais um ano, a apresentação da Petrobras sobre o desenvolvi-mento da produção no pré-sal bra-sileiro e perspectivas para o futuro dos projetos na área foi uma das mais concorridas, com cerca de 500 espectadores.

Aker Solutions ganha contrato de for-necimento de sistemas de offloading – a aker Solutions ganhou dois con-tratos similares, que juntos valem

MARÇO04 – Petrobras recebe licença do Ibama para produção e escoamento no Campo do Mexilhão.14 – Repsol vende mais 3,83% da YPF por 639 milhões de dólares. BG Brasil anuncia investimentos de US$ 30 bilhões no Brasil.16 – Plano de expansão da Shell no Brasil destaca etanol e petróleo. 18 – Petrobras e UFSC inauguram laboratórios de pesquisa em gás natural.25 – Transpetro recebe propostas para construção de oito navios de produtos. Petrobras realiza 12° leilão de gás natural.

ABRIL05 – Petrobras vai usar gás do pré-sal como combustível e matéria-prima no Comperj.06 – ABB vai fornecer US$ 34 milhões em serviços e equipamentos para modernizar rede da Chesf.12 – Poço Extensão de Guará comprova alta produtividade no pré-sal.

14 – Statoil anuncia descoberta de petróleo perto do Campo de Peregrino. OGX encontra hidrocarbonetos na Bacia de Campos.20 – Petrobras volta a operar no Campo de Dom João, em São Francisco do Conde, na Bahia.

MAIO09 – OGX tem prejuízo de R$ 33 milhões no primeiro trimestre. EPE cadastra oferta de 23.332 MW para leilões de energia de Reserva e A-3.

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quase 21,7 milhões de dólares, com a CqG oil & Gas Contractors inc. e com CCi oil & Gas Contractors inc., para fornecimento de siste-mas de offloading de Pusnes (tM) para dois FPSos no mercado brasi-leiro. o sistema de offloading será instalado nas FPSos P-58 e P-62, que serão convertidas e cons-truídas para a Petrobras. a em-presa também vai fornecer siste-mas de atracação para as FPSos.

Contrato para dutos – o grupo dina-marquês nKt Flexibles assinou acor-do com a Petrobras para fornecimen-to de tubulações flexíveis no valor de uS$ 1,86 bilhão para o período de 2012 a 2015. o acordo compre-ende o fornecimento de até 694 km de tubos flexíveis para uso marítimo. Durante a primeira parte do período os tubos serão fabricados na fábrica

da nKt Flexibles em Kalundborg, na Dinamarca.

Porém, a companhia irá começar a construção de uma fábrica no Brasil com conclusão prevista para 2013. a fábrica será um investimento de cerca de r$ 306 milhões e terá uma capacidade anual de 250 km de tu-bos e servirá, principalmente, para abastecimento da Petrobras.

Petrobras assina contratos para afre-tamento de seis navios Panamax – a Petrobras assinou com a empresa Hidrovia South american Logistics os últimos seis contratos do Progra-ma eBn2 (empresas Brasileiras de navegação). a contratação refere-se ao afretamento de seis navios da classe Panamax, de 63.500 toneladas de porte bruto cada, sendo cinco para movimentação de produtos cla-ros, como gasolina e diesel, e um

para transporte de produtos escuros, como petróleo.

o eBn trata do afretamento, no período de 15 anos, de navios a se-rem construídos por empresas brasi-leiras, em estaleiros estabelecidos no Brasil. no eBn1 foram afretados 19 navios e na segunda etapa do projeto foram 20 embarcações.

o programa é parte integrante de um conjunto de iniciativas da Pe-trobras para estimular a construção naval no Brasil e os 39 navios serão construídos em estaleiros brasileiros, no período de 2011 a 2017.

JUNHOP-56 – Projetada para operar no mó-dulo 3 do Campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, a Petrobras batizou a plataforma semissubmer-sível P-56, no estaleiro BrasFels, em angra dos reis (rJ). Com capacida-de de processar 100 mil barris de petróleo e comprimir seis milhões de m³ de gás por dia, a P-56 teve investimentos de cerca de uS$ 1,5 bilhão em sua construção.

a nova unidade foi toda cons-truída no Brasil, incluindo seu casco, de forma modular, com 72,9% de conteúdo nacional, um recorde. Clonada das plataformas P-51 e P-52, a P-56 é composta pelo deckbox (base do convés), casco e módulos.

a P-56 ficará ancorada a 120 km da costa, a uma profundidade de 1.670 m, interligada a 21 poços, dos quais dez serão produtores de petróleo e 11 injetores de água. Seu pico de produção deve ser no primeiro trimestre do ano que vem. Hoje, a produção de Marlim Sul é de 240 mil barris, mas com a entra-da em operação da nova plataforma, esse número irá aumentar para 300 mil barris.

Parque Tecnológico da UFRJ – as multinacionais Siemens, BG e&P Brasil e eMC Computer Systems Brasil venceram a concorrência, e confirmaram que serão as últimas empresas a ocuparem os terrenos res-tantes para construção de centros de pesquisa e desenvolvimento no Par-

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Batismo da P-56 que irá operar no Campo de Marlim Sul na Bacia de Campos

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que tecnológico do rio, no campus da universidade Federal do rio de Janeiro (uFrJ), na ilha do Fundão. o projeto terá ainda a participação da Baker Hughes, FMC technologies, usiminas, tenaris Confab, Hallibur-ton e Schlumberger. além das três empresas aprovadas, a multinacional V&M do Brasil também participou da licitação.

o Parque tecnológico foi inau-gurado em 2003 com o objetivo de estimular a interação entre a univer-sidade – seus alunos e corpo acadê-mico – e empresas que fazem da ino-vação o seu cotidiano. São 350.000 m2, destinados a abrigar empresas de setores intensivos em diferentes áreas de conhecimento. Com a ins-talação de centros de tecnologia de importantes multinacionais, o Parque do rio se confirma como um polo desenvolvedor de tecnologias volta-das, principalmente, para os desafios do pré-sal.

Programa Progredir – Para estimular a sua cadeia de fornecedores, a Pe-trobras lançou oficialmente no mês de junho, o Programa Progredir, que viabiliza de forma ágil e padroniza-da a oferta de crédito em volume e condições competitivas para todas as empresas que integram a cadeia de fornecedores da companhia. a esti-mativa é que o custo de captação dos fornecedores caia, em média, 20%.

a iniciativa, desenvolvida em parceria com os seis maiores ban-cos do país – Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, itaú, HSBC e Santander – e com o Programa de Mobilização da indústria nacional de Petróleo e Gás natural (Prominp), conta com o apoio da indústria e de suas entida-des de classe.

uma das vantagens do progra-ma é a agilidade na liberação dos recursos, que dependendo do valor solicitado pela empresa, pode se dar em até 72 horas. outro benefício será a possibilidade de a empresa esco-lher, entre as propostas recebidas por parte das instituições financeiras, a que melhor lhe convém em termos de custos, de prazo e condições gerais.

os fornecedores interessados no crédito via Progredir poderão finan-ciar até 50% do valor dos contratos dentro da cadeia produtiva de pe-tróleo e gás, em ambiente de total sigilo da operação.

a fase piloto do programa, que é complementar a outras ações da Petrobras voltadas para o fortaleci-mento de sua cadeia produtiva, foi implantada em setembro de 2010. nesta primeira etapa, 15 empresas obtiveram financiamento junto aos bancos por meio da iniciativa, com volume total de r$ 137 milhões.

HRT lança o Barril Verde – a petroleira brasileira Hrt lançou o projeto Barril Verde em parceria com a Fundação amazonas Sustentável (FaS) – a cada barril produzido pela empresa na Bacia do Solimões (aM) será doado r$ 1 para a conservação da floresta e a melhoria da qualidade de vida de seus moradores. até 2015, a Hrt es-tará produzindo 50 mil barris por dia na região e ainda pretende instalar um parque tecnológico em Manaus em 2013.

a parceria entre a Hrt e a FaS está dividida em dois componentes. Primeiro, a Hrt investirá r$ 4 mi-lhões na reserva de Desenvolvimen-to Sustentável (rDS) uacari (muni-cípio de Carauari), em dois aportes de 50% (2011 e 2012). estes recursos serão investidos no Programa Bolsa Floresta e nos seus programas de apoio, voltados especialmente para a produção sustentável, educação e saúde das populações extrativistas da rDS do uacari.

Como parte do segundo compo-nente dessa parceria, a Hrt integra-lizará uma cota de r$ 20 milhões, em parcelas, até 2013. os recursos desta contribuição da Hrt serão investi-dos no Fundo Permanente da FaS. a importância possibilitará o cresci-mento do Programa Bolsa Floresta para próximo de oito mil famílias.

Descoberta no Golfo do México – a Petrobras realizou duas importantes descobertas de petróleo e uma desco-berta de gás em águas ultraprofundas

17 – Gigante chinesa XCMG promete investir US$ 200 milhões para erguer fábrica no Brasil.18 – HRT anuncia a chegada de quatro sondas de perfuração de poços exploratórios na Bacia do Solimões.

JUNHO03 – Altus assina contrato para automação das plataformas P-58 e P-62.06 – HRT amplia atuação na Bacia do Solimões e fecha parceria com a FAZ.10 – Odebrecht Óleo e Gás adquire sonda de perfuração semissubmersível e fecha acordo para FPSO.13 – Alstom assina contrato para fornecimento e manutenção de três parques eólicos no Brasil.15 – MPX adquire 660 MW em projetos do Grupo Bertin.22 – BG Brasil firma parceria com CNPq para bolsas de estudo no exterior.28 – Petrobras inicia Teste de Longa Duração (TLD) de Aruanã na Bacia de Campos.

JULHO4 – PetroChina forma joint venture na área de petróleo. Petrobras Biocombustível adquire 50% de usina

de biodiesel no Rio Grande do Sul.5 – QGEP faz farm-in com a Shell em bloco na Bacia de Santos.14 – Brasil e Nicarágua firmam parcerias nas áreas de desenvolvimento sustentável e bionergia.15 – Petrobras Biocombustível completa três anos com capacidade de produção dez vezes maior. Florival

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na área de Hadrian, na concessão Keathley Canyon, na porção norte--americana do Golfo do México. Com estimativa de volume recuperável superior a 700 milhões de barris de óleo equivalente, essa é uma das maiores descobertas realizadas na região na última década.

as descobertas de Hadrian es-tão localizadas a cerca de 400 km a sudoeste de nova orleans, em uma profundidade de cerca de 2.100 m. avaliações preliminares acenam para a existência de um importante conjunto de descobertas de hidro-carbonetos ali.

a descoberta ocorreu com a per-furação do poço KC 919#3, no bloco KC 919, e confirmou uma acumu-lação de petróleo com mais de 144 m de espessura de reservatório. em atividades anteriores de perfuração já havia sido descoberto petróleo nos blocos KC 919 e KC 918 – Hadrian norte –, e gás nos blocos KC 963 e KC 964 – Hadrian Sul. em Hadrian norte, foram encontrados petróleo de alta qualidade e gás associa-do nos reservatórios, com mais de 167 m de espessura de acumulação de petróleo e uma pequena quanti-dade de gás, com potencial de vo-lumes maiores. em Hadrian Sul, foram descobertos cerca de 61 m de acumulação de gás natural.

Brasil Offshore – a sexta edição da Brasil offshore, terceira maior feira mundial da indústria offshore, encer-rou com números recordes. o evento reuniu cerca de 40 países e contou com 700 expositores nacionais e inter-nacionais, dos quais 282 participaram pela primeira vez. estrearam no evento Polônia, Áustria, Dinamarca, espanha, austrália, Bélgica, Canadá e irlanda. Já França e alemanha duplicaram a quantidade de empresas que trouxe-ram, em comparação com 2009.

a tecnologia para exploração do pré-sal foi um dos principais temas trabalhados por expositores e pales-trantes. Serviços e produtos foram amplamente apresentados, e a pers-pectiva é de que os desdobramentos da Feira colaborem ainda mais para a expansão do setor.

a Conferência da Brasil offsho-re teve 93 trabalhos apresentados, de 15 países. o encontro foi organi-zado pela SPe (Society of Petroleum engineers) e iBP (instituto Brasilei-ro de Petróleo, Gás e Biocombustí-veis). Cerca de 50% dos trabalhos foram voltados para tecnologia de construção de poços, área que de-manda maior investimento quando se trata de pré-sal. outros assuntos também abordados na conferência foram reservatório, escoamento e processamento submarino, plata-

formas FPSo, gerenciamento de projetos e controle de areia.

Energia solar no Rio de Janeiro – a usina termelétrica norte Fluminen-se, empresa do grupo electricité de France (eDF), maior gerador de energia elétrica do mundo, inaugu-rou em Macaé (rJ) a primeira usina de energia solar do estado do rio de Janeiro. a unidade, construída no mesmo local em que a empresa opera uma usina termelétrica a gás natural, é composta por 1.800 placas fotovoltaicas e a energia produzida irá suprir toda a demanda adminis-trativa da planta.

Com uma potência instalada de 320kWp, a capacidade de geração anual da unidade fotovoltaica cor-responde, em escala de consumo, ao abastecimento de quase 300 residências.

Descoberta no pré-sal da Bacia de Cam-pos – um consórcio formado pela Petrobras e pelas empresas repsol Si-nopec e Statoil descobriram um novo reservatório em águas ultraprofundas na Bacia de Campos. Segundo nota divulgada pela estatal brasileira, essa é considerada a principal descoberta na camada pré-sal de Campos.

Conhecido como Gávea, o poço exploratório está localizado a 190 km da costa do rio de Janeiro e tem uma profundidade total de 6.851 m. o óleo, que foi encontrado em dois níveis diferentes, é considerado de boa qualidade pela Petrobras.

Transpetro lança quarto navio do Pro-mef – Logo no último dia do mês, a transpetro lançou ao mar no es-taleiro Mauá, em niterói, o quarto navio do Programa de Moderniza-ção e expansão da Frota da trans-petro (Promef). o navio de produtos foi batizado de Rômulo Almeida e será usado para o transporte de derivados claros de petróleo, como gasolina e diesel.

Com 183 m de comprimento e 48,3 mil toneladas de porte bruto, o Rômulo Almeida será usado para o transporte de derivados claros de

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Realização da sexta edição da Brasil Offshore em Macaé

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petróleo, como gasolina e diesel. a embarcação terá um índice de nacionalização de 72%, acima do patamar mínimo estabelecido para o Promef, que é de 65%.

Produção de petróleo de empresas privadas aumentou 9,5% em junho– a marca atingida foi de 200 mil barris por dia (bbl/d). o volume, alcançado pela primeira vez, teve como maior contribuição a produ-ção de outras empresas que não a Petrobras. Shell, Chevron, Statoil e BP energy produziram, juntas, em torno de 197 mil bbl/d dos 200 mil barris bbl/d. Comparando-se os cerca de 200 mil bbl/d dos campos não operados pela Petrobras em junho de 2011 com a produção de maio também deste ano, que ficou em torno de 183 mil bbl/d, houve um aumento de quase 9,5%.

JULHOConsumo de energia cresce apenas 3,6% no primeiro semestre – o con-sumo nacional de energia elétrica na rede totalizou 212.951 gigawatts--hora (GWh) no primeiro semestre de 2011, significando crescimento de 3,6% sobre o mesmo período de 2010. o aumento do consumo foi generalizado em todas as categorias de consumidores.

o consumo industrial aumentou 3% no semestre, abaixo das expectati-vas, enquanto a demanda residencial no país superou 56 mil GWh – au-mento de 4,1% em relação a 2010. o setor de comércio foi o que puxou o aumento do consumo na rede elé-trica brasileira, registrando 36.981 GWh, aumento equivalente a 5,7% em relação a 2010.

OGX anuncia descobertas e MPX ampliação da capacidade – Logo no primeiro dia do mês, a oGX anunciou a descoberta de indícios de hidrocarbonetos no poço oGX-47, batizado de Maceió, localiza-do no bloco BM-S-59, em águas rasas da Bacia de Santos. a des-coberta está localizada a 2,9 km de distância da acumulação de natal,

identificada pelo poço oGX-11. a sonda ocean quest realizou as atividades de perfuração nesta locação.

ademais, a empresa informou no mesmo mês indícios de gás em mais um poço na bacia do Parnaíba, região onde atua em parceria com a MPX, do mesmo grupo, e na qual anunciaram em 2010 reservas de 15 trilhões de pés cúbicos de gás natural. a descoberta ocorreu no bloco Pn-t-68, no poço 3oGX46DMa em terra.

Para aproveitar o reservatório, a MPX anunciou que pretende dupli-car seu projeto de térmicas ao longo da bacia, adicionando capacidade para mais 1.859 megawatts e tota-lizando agora 3.772 megawatts li-cenciados. a companhia já obteve licença prévia da Secretaria estadu-al de Meio ambiente do Maranhão (Sema) para o empreendimento. os blocos na bacia do Parnaíba, no interior do Maranhão, têm ainda a parceria da Petra, que possui 30% do ativo, com a oGX Maranhão ficando com o restante.

na ocasião, a oGX também in-formou que concluiu a perfuração do poço horizontal 9-oGX-39HP-rJS (Pipeline Horizontal) e, por meio de um teste de formação, identificou condições de reservatório muito boas. o poço está localizado no bloco BM-C-41, na Bacia de Campos.

Acidente da Exxon – Pelo menos mil barris de petróleo vazaram no rio yellowstone, no estado americano de Montana, após a ruptura de um encanamento explorado pela em-presa exxonmobil sob a superfície. a ruptura ocorreu na primeira noite do mês perto da cidade de Laurel e impulsionou o petróleo a quase 130 km de distância, forçando as autoridades locais a evacuar a po-pulação próxima às margens do rio. a exxon, que descobriu o desastre logo pela manhã, assegurou horas mais tarde que o encanamento tinha sido lacrado.

Siemens anuncia centro de pesquisa no Rio de Janeiro – Siemens anun-

Carvalho e Helder Queiroz tomam posse no Rio de Janeiro como diretores da ANP.18 – Wilson, Sons batiza o PSV Cormoran, 12ª embarcação de sua frota de apoio marítimo em operação de longo prazo com a Petrobras.21 – HRT África anuncia acordo de compra de ações com a Vienna Investments.26 – Brix inicia as operações da plataforma eletrônica de negociação de energia elétrica.27 – Braskem compra Dow Chemical por US$ 323 milhões. Brasil e China desenvolvem cooperação na área de energia renovável.

28 – BNDES aprova financiamento para oito parques eólicos no Rio Grande do Sul.

AGOSTO2 – HRT adiciona a seu portfólio 815 milhões de boe.3 – CPFL Renováveis anuncia primeira termelétrica a biomassa no Paraná.8 – EPE habilita 321 projetos somando 14 mil MW nos leilões de energia para 2014.10 – Acidente em refinaria da Petrobras na Argentina mata um funcionário.11 – HRT inicia perfuração na locação 1-HRT-194/01-AM.15 – Pedidos de financiamentos na Finep para projetos de produção de etanol superam R$ 1 bilhão.16 – Brix supera a marca de cem negociações.31 – Governador lança Programa Rio Capital da Energia.

SETEMBRO2 – UTE Bio Formosa entra em operação comercial. Petrobras

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ciou que irá instalar um dos mais avançados centros de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) volta-dos para o setor de óleo e gás no mundo. o empreendimento será instalado no Parque tecnológico da uFrJ e inaugurado no fim de 2012. a empresa vai investir uS$ 50 milhões no projeto.

HRT conclui sísmica 3D na Namíbia – a Hrt anuncia a conclusão do pro-grama de aquisição sísmica 3D em 5.278 km² nos blocos offshore 2112B e 2212a da Hrt na bacia de Walvis. este programa antecipou muito o compromisso exploratório de 200 km² de sísmica 3D, previsto antes para junho de 2013, nos blocos nos quais a Hrt detém 100% de participação exploratória. o programa é o maior já realizado no offshore da namíbia e cobre mais de 45% da área.

Petrobras – Julho foi um mês impor-tante para a estatal, que comunicou que o poço 9-rJS-660, no campo de Lula, registrou o maior volume de produção da companhia para o mês de maio, alcançando uma produção média de 28.436 barris de óleo por dia (bpd). o poço é o primeiro a pro-duzir comercialmente no pré-sal da Bacia de Santos.

a companhia anunciou ainda no-vas descobertas de petróleo e gás na

Bacia do espírito Santo, na área de concessão BM-eS-23, bloco eS-M-525. o local fica a 115 km da costa do espírito Santo, em profundidade de água de cerca de 1.900 m.

e, quase no final do mês, a Pe-trobras aprovou seu Plano de ne-gócios 2011-2015, que conta com investimentos de uS$ 224 bilhões até 2015 – uS$ 700 milhões a mais que o plano anterior. o grande des-taque mais uma vez foi a área de e&P que ganhou 57% (uS$ 127,5 bilhões) dos recursos (contra 53% no plano anterior).

13° leilão de gás natural: deságio médio atinge 51% – a Petrobras vendeu 8,1 milhões de m³/d de gás natural em leilão eletrônico realizado no final de julho, para fornecimento no pe-ríodo de agosto a novembro de 2011. o volume foi 4% superior às vendas no último leilão, realizado no dia 25 de março do mesmo ano. todas as 17 companhias distribuidoras de gás participaram e fizeram lances, conver-gindo para um preço 51% menor do que o preço médio dos contratos de longo prazo de gás nacional.

OSX anuncia plano de execução 2011-2015 – a oSX, empresa do Grupo eBX dedicada ao setor de equipamentos e serviços para a indústria offshore de petróleo e

gás natural, apresentou seu plano de atividades a ser implementado pela empresa para a produção de equipamentos navais de produ-ção de petróleo e gás na unidade de Construção naval (uCn) do açu até 2015, tendo em vista o início das atividades de constru-ção da uCn.

o planejamento da oSX englo-ba: a obra de construção do maior estaleiro das américas, em par-ceria com a sócia e líder mundial Hyundai Heavy industries, em São João da Barra (rJ); o aten-dimento da demanda de equipa-mentos de produção de petróleo e gás da oGX, e o atendimento a potenciais demandas adicionais de novos clientes no país.

Alta nos combustíveis pressiona inflação oficial em julho – embo-ra o índice de Preços ao Consu-midor amplo (iPCa), que mede a inflação oficial no país, tenha ficado praticamente estável de junho para julho (de 0,15% para 0,16%), o perfil do resultado teve diferenças significativas entre os dois meses. De acordo com a coor-denadora de índices de Preços do instituto Brasileiro de Geografia e estatística (iBGe), eulina nu-nes dos Santos, em julho, a taxa foi pressionada, principalmente, pela alta nos combustíveis, cujos preços subiram, em média, 0,47% no mês, depois de caírem 4,25% em junho. o litro da gasolina, que havia registrado queda de 3,94% um mês antes, teve alta de 0,15% no período.

Produção de gás no Brasil aumentou 8% em julho – a produção de gás natural da Petrobras, no Brasil, em julho, foi de 56 milhões 713.000 m³ por dia. esse volume indica um au-mento de 8% em relação ao mesmo mês de 2010. Se comparado a junho de 2011, o patamar foi mantido nos mesmos níveis.

Produção de petróleo cresce em relação a julho de 2010 – a produção de pe-

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Aumento da produção de gás natural foi de 8% em julho

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tróleo no Brasil em julho de 2011 foi de aproximadamente 2,077 MMbbl/dia (milhões barris por dia) e a de gás natural, de 67 MMm³/dia (milhões de m³ por dia). Houve aumento de cerca de 1,0% na produção de petróleo se comparada com o mesmo mês em 2010 e redução de quase 2,8% em relação a junho.

Fusões e aquisições no setor de Pe-tróleo e Gás recuam 66% no primeiro semestre – as transações no setor de Petróleo e Gás no Brasil tiveram uma queda no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Pesquisa de Fusões e aquisições da KPMG no Brasil. em 2010, no pri-meiro semestre, foram realizados 21 negócios na área, enquanto que, de janeiro a junho de 2011, foram ape-nas sete, recuo de 66,7% no período.

AGOSTOTeste confirma continuidade da acu-mulação de Guará – a Petrobras concluiu a perfuração do segundo poço de extensão da área de Guará, o 3-SPS-82a (3-BrSa-923a-SPS), localizado no pré-sal da Bacia de Santos. De acordo com a estatal, as análises preliminares comprovaram as boas condições de reservatório e sua continuidade lateral.

Petrobras adquire a Gas Brasiliano – a Petrobras anunciou a aquisição, através de sua subsidiária Petrobras Gás S/a (Gaspetro), da totalidade das ações da Gas Brasiliano Distribuidora S/a (GBD) com a eni international B.V. o valor do negócio foi de uS$ 250 milhões, sujeito a ajustes em função do valor do capital de giro da empresa na data da liquidação da operação.

BR faz acordo com a DVBR e aumenta participação no mercado – a Petrobras Distribuidora (Br) assina acordo com a rede de postos independente De-rivados do Brasil S/a (DVBr), por meio do qual passará a ser sua for-necedora pelos próximos dez anos. a rede comercializou em 2010 uma

média mensal de 28,5 milhões de litros de combustível, incluindo 1,4 milhão de m³ de gás natural, o que proporcionará à Br um aumento de 1,5% em sua participação no mercado paulista e 0,5% no mercado brasileiro de distribuição.

Governo lança nova política industrial para aumentar competitividade de produtos nacionais – a presidenta da república, Dilma rousseff, lança em Brasília o Plano Brasil Maior. Com o slogan inovar para Competir. Com-petir para Crescer, o plano é a nova política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior do governo federal. ele foi idealizado para o período 2011-2014 e tem o ob-jetivo de aumentar a competitividade dos produtos nacionais a partir do incentivo à inovação e à agregação de valor.

ALL começa o transporte de biodiesel – Com novos terminais, a empresa passa a transportar o combustível verde entre rio Grande do Sul e Paraná e entre Mato Grosso e São Paulo. apenas entre o rio Grande do Sul e Paraná, o mercado potencial é de 25 milhões de litros por mês. Já no Mato Grosso, a produção anual é de cerca de 600 milhões de litros de B100, produto 100% biodiesel. isto soma um mercado captável de 1,4 bilhão de litros, podendo chegar a 2 bilhões de litros em 2013 no entorno da ferrovia.

P-56 começa a produzir no campo de Marlim Sul – a Petrobras coloca em operação a plataforma semissubmer-sível P-56, no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos (rJ). a unidade iniciou a produção por meio do poço 7-MLS-163HPrJS, que tem poten-cial de cerca de 16.000 barris por dia. instalada em lâmina d’água de 1.670 m, a plataforma está projetada para processar até 100 mil barris de petróleo por dia quando atingir a capacidade máxima, prevista para o primeiro trimestre de 2012. além de óleo pesado, de 18º aPi, a P-56 terá capacidade para processar e tratar

contrata estruturas de interligação do Comperj.6 – OSX contrata base de apoio logístico do Grupo G-Comex Óleo & Gás.8 – OGX recebe Licença Prévia para Teste de Longa Duração e Waimea na Bacia de Campos.12 – Alemanha anuncia fechamento de todas as usinas nucleares até 2022.13 – Queiroz Galvão Óleo e Gás coloca quatro sondas em operação.

14 – Falha em Itaipu provoca apagão no Paraguai.15 – HRT adquire quatro sondas de perfuração para exploração na Bacia do Solimões.21 – Maior núcleo de capacitação em TI do país é inaugurado no RJ. OGX assina contrato com GE Oil & Gas Brasil para fornecimento de equipamentos. HRT comunica indícios de hidrocarbonetos no poço 1-HRT-1-AM na Bacia Sedimentar do Solimões.23 – Vale batiza dois novos navios VLOC.26 – Vazamento de gás carbônico (CO2) na plataforma P-35. 28 – EPE: Leilão de energia para 2016 tem 377 projetos inscritos. Os parques eólicos apresentaram o maior número de empreendimentos, com 78,5% do total cadastrado. 30 – Programa Progredir supera 100 operações e meio bilhão em financiamentos.

OUTUBRO4 – BNDES aprova financiamento para construção de cinco parques eólicos no interior da Bahia.5 – GE instala o primeiro aerogerador no país em parque da Dobreve Energia (Desa). Vazamento de petróleo de navio na Nova Zelândia.

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até 6 milhões de m³ por dia de gás natural.

Leilão de Energia A-3 comercializa 2.744 MW – o Leilão de energia a-3 de 2011, voltado para o atendimento ao mercado consumidor brasileiro em 2014, resultou na comercializa-ção de 2.744,6 megawatts (MW) de nova capacidade ao sistema elétrico brasileiro, que será gerada pelas 51 usinas. Do total contratado, 62% são oriundos de fontes renováveis (hídri-ca, eólica e biomassa) e 38% de fonte fóssil (gás natural).

após o resultado positivo do leilão de energia a-3, o projeto original da hidrelétrica Jirau, no rio Madeira, rondônia, terá sua capacidade ampliada de 44 para 50 unidades. esta expansão resultará no aumento da capacidade insta-lada total de 3.300 MW para 3.750 MW. o total de energia assegurada subirá para 2.184 MW, dos quais 73% já foram vendidos para dis-tribuidoras, em contratos de longo prazo. o restante da energia será vendido no mercado livre, princi-palmente para clientes industriais.

Governo reduz percentual de etanol que é misturado à gasolina – Fica decidido que a partir do dia 1º de outubro de 2011 o percentual de álcool anidro que é misturado à gasolina vai cair

de 25% para 20%. De acordo com o ministro de Minas e energia, edson Lobão, a medida foi uma precaução por causa da incerteza sobre a futura safra de cana-de-açúcar.

23º Leilão de Biodiesel movimenta R$ 1,6 bilhão – a anP concluiu o 23º Leilão de Biodiesel, no qual foram negociados 700 milhões de litros a serem comercializados durante o quarto trimestre de 2011. o volume médio de recursos financeiros envol-vidos no leilão foi de r$ 1,6 bilhão, superando o 22º leilão em 4,43%.

Consumo de energia elétrica no país cresce 4,1% – o consumo nacional de energia elétrica na rede em agosto somou 36.112 gigawatts-hora (GWh), 4,1% acima do registrado em igual mês de 2010. De acordo com a em-presa de Pesquisa energética (ePe), houve crescimento em todas as clas-ses de consumo, sobressaindo a co-mercial (8,0%) e a residencial (4,8%).

Produção brasileira de aço bruto cres-ce 1,4% – a produção brasileira de aço bruto em agosto de 2011 foi de 3 milhões de toneladas, repre-sentando aumento de 1,4% quando comparada com o mesmo mês em 2010. em relação aos laminados, a produção de agosto, de 2,1 milhões de toneladas, apresentou crescimen-

to de 3,5% quando comparada com agosto do ano passado. Com esses resultados, a produção acumulada em 2011 totalizou 23,9 milhões de toneladas de aço bruto e 17 milhões de toneladas de laminados, o que significou aumento de 7,8% e queda de 3,1%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2010.

Queima de gás natural diminuiu mais de 26,3% – a anP anunciou que a queima de gás natural nos campos do país caiu 26,3% em agosto deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. quando comparado a julho a redução foi 12,3%.

SETEMBROEMGS assina contrato de US$ 90 milhões com a Petrobras – a electromagnetic Geoservices (eMGS) assinou com a Petrobras um contrato para realização de uma série de levantamentos ele-tromagnéticos em bacias maduras e áreas de novas fronteiras offshore no Brasil. a campanha de aquisição de dados será realizada pelo navio BOA Galatea e deverá durar um ano.

OGX Maranhão adquire participação em bloco terrestre da Bacia do Parnaíba – a oGX Maranhão, empresa formada pela oGX e pela MPX, adquiriu 50% de participação no bloco exploratório terrestre Pn-t-102 na bacia do Parna-íba, interior do Maranhão. Com essa concessão adicional, a companhia pas-sa a deter participação em oito blocos exploratórios terrestres na bacia do Parnaíba com área total superior a 24.500 km². as atividades no bloco, com o levantamento de dados sísmicos, começaram nas semanas seguintes.

Statoil reduz participação na bacia de Ca-mamu-Almada – a norueguesa Statoil transferiu 10% e 15%, respectivamente, de suas licenças de exploração nos Blocos BM-CaL-7 e BM-CaL-10 para a empre-sa canadense Gran tierra energy. ambas as licenças estão localizadas na bacia de Camamu-almada, no litoral da Bahia.

Barra Energia adquire participações no Blo-co BS-4 em águas profundas – a Barra

retrospectiva 2011

Governo reduz percentual de etanol na gasolina de 25% para 20%

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10 – AkzoNobel anuncia investimento de U$ 20 milhões em fábricas no Brasil e nos EUA.11 – Casco da P-58 atraca em Rio Grande.18 – Paraguai recebe do Brasil US$ 36 milhões de compensação pelo uso de energia de Itaipu. Petrobras assina termo de compromisso ambiental do Comperj e de ajustamento de conduta da Reduc.21 – LLX assina contrato com NKTF para unidade no Superporto do Açu.

NOVEMBRO1 – Petrobras reduz preço do gás natural nacional. Petrobras e UFMG inauguram laboratórios para desenvolvimento de combustíveis.4 – Novas sondas para o pré-sal são batizadas na Coreia do Sul.18 – Technip anuncia fábrica de flexíveis no Rio de Janeiro para segundo semestre de 2013. Tenaris inaugura Universidade Corporativa no Brasil.25 – Primeiro navio do Promef é entregue à Transpetro.30 – Rolls-Royce fecha contratos de até US$ 650 milhões para equipar plataformas da Petrobras.

DEzEMBRO2 – Haroldo Lima é homenageado antes de entregar o cargo na ANP.9 – Petrobras e Unisinos inauguram complexo de Micropaleontologia.13 – Fornecedores de Belo Monte terão linha de crédito especial do BNDES.

energia do Brasil Petróleo e Gás Ltda firma dois acordos independentes para adquirir uma participação total de 30% no bloco BS-4 das empresas Chevron Brasil atlanta e oliva exploração e Produção Ltda (20%) e da Shell Brasil Petróleo Ltda (10%). o bloco está localizado a 185 km da costa, a sudeste da cidade do rio de Janeiro. a área engloba os Campos de atlanta e oliva, portadores de óleo pesa-do em reservatórios do eoceno (pós-sal) a cerca de 2.400 m de profundidade.

Technip compra 100% da Global Indus-tries – a technip anuncia a aquisi-ção de 100% das ações da americana Global industries, em uma opera-ção avaliada em uS$ 1,073 bilhão. a Global industries é especializada no lançamento de dutos submarinos, engenharia, administração de pro-jetos e serviços de suporte offshore.

a francesa espera uma economia de uS$ 30 milhões anuais a partir de 2013 em função dos ganhos operacionais da aquisição. no mesmo ano, a empresa espera um aumento de 5% a 7% nos ganhos por ação da empresa. o negócio deverá ser consumado no início de 2012.

Gasoduto Lula-Mexilhão começa a ope-rar na Bacia de Santos – o gasoduto Lula-Mexilhão, Consórcio do Bloco BMS-11 que tem a Petrobras como operadora, entrou em operação no dia 16. Com 216 km de extensão e capacidade para escoar até 10 milhões de m³ por dia, o gasoduto transportará o gás produzido pelo polo pré-sal da Bacia de Santos, li-gando a plataforma Cidade de an-gra dos reis, localizada no campo de Lula, à plataforma de Mexilhão.

Rio Pipeline 2011 – a edição 2011 da rio Pipeline foi encerrada com a participação de 1.300 profissionais de 27 países, que mostraram seus trabalhos na área de dutos para o setor de óleo e gás. ao todo, pas-saram pelos 150 estandes das em-presas expositoras e pelas palestras, mais de duas mil pessoas durante os três dias de duração do evento. os dutos submarinos foram o gran-de destaque este ano.

o trabalho vencedor do principal prêmio da rio Pipeline, o Calgary award, foi ‘3D ultrasound tomogra-phy: eliminating toFD and phased arrays’, de Cesar Buque, Xavier De-leye e niels Portzgen, da empresa applus rtD Group. além do Calgary award, foram entregues menções honrosas para trabalhos técnicos apresentados na feira. ao todo foram apresentados 342 trabalhos técnicos de 16 temas diferentes.

Já a Liderroll foi a vencedora do Global Pipeline awards 2011, conce-dido pela american Society of Me-chanical engineers (asme). o prêmio foi para os roletes motrizes geração ii, carro-chefe da empresa, na cate-goria Pipeline System Division, e é considerado o mais importante do mundo para a área de dutos.

Produção cai em sete dos 14 locais pes-quisados em setembro – a produção industrial caiu em sete dos 14 locais pesquisados pelo instituto Brasileiro de Geografia e estatística (iBGe) na passagem de agosto para setembro. De acordo com dados da Pesquisa industrial Mensal Produção Física – regional, a queda mais acentuada foi registrada no Paraná (-13,5%), após acumular expansão de 20,4% nos últimos quatro meses.

OUTUBROPetrobras concede partes de blocos na Tanzânia à Shell – a Petrobras informou que efetuou a cessão de participação (farm-out agreement) de 50% dos direitos dos blocos 5 e 6 na tanzânia para a Shell Deepwater tanzania BV. os blocos estão locali-zados na região offshore da tanzânia (oceano índico), com profundida-de de água variando entre 600 m e 3.000 m.

OTC Brasil – a primeira edição da offshore technology Conference no Brasil (otC Brasil) superou a expec-tativa dos organizadores, recebendo mais de dez mil visitantes em três dias de evento. o evento ofereceu um forte programa técnico com ênfase na segurança, nos desafios do pré-sal e

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tecnologias inovadoras. Sessões téc-nicas focaram o desenvolvimento não só de tecnologias, mas de recursos humanos. Mais de 400 empresas, de 23 países participaram da feira do evento, 90 empresas brasileiras participaram mostrando apoio e in-teresse da região.

Gávea Investimentos adquire 5% da Odebrecht Óleo e Gás – a Gávea investimentos, um dos principais gestores de recursos no mercado financeiro brasileiro e gestora de um patrimônio privado de mais de uS$ 7,2 bilhões, adquire 5% do ca-pital total da odebrecht Óleo e Gás (ooG). a odebrecht fica com 81,43% do capital social.

Shell comercializará petróleo de Waimea – a oGX anuncia a pouco contrato de comercialização com a Shell para as duas primeiras cargas referentes à produção de petróleo da acumulação de Waimea, no bloco BM-C-41, em águas rasas da Bacia de Campos.

Foi negociado um volume total de 1,2 milhão de barris, que será embarcado em dois lotes de 600 mil barris cada, para os quais a Shell tem intenção de processar em uma de suas refinarias. o óleo de Wai-mea, de 20° aPi, será produzido pelo FPSo oSX-1, através do teste de Longa Duração do poço oGX-26HP na Bacia de Campos.

Parque Tecnológico do Rio – a nor-te-americana Baker Hughes, que fornece equipamentos, serviços e softwares para a indústria de petró-leo e gás, inaugurou no dia 7, no Parque tecnológico do rio, seu pri-meiro centro de pesquisa no país com o objetivo desenvolver tecnologias adequadas aos desafios relacionados ao pré-sal e dar suporte ao desen-volvimento de tecnologia avançada para e&P offshore no Brasil.

no mesmo dia, a V&M do Brasil anunciou que também integrará o Parque tecnológico através da cria-ção da empresa Vallourec resear-ch rio de Janeiro (VrrJ), que terá como foco principal a realização de pesquisas sobre o pré-sal, além da criação de projetos voltados para o desenvolvimento do uso de tubos e produtos tubulares com fins estrutu-rais, automobilísticos, de transpor-tes e robótica. também irá otimizar o modelo energético e tecnologia ambiental. o empreendimento tem previsão para iniciar as operações no segundo semestre de 2012. o prédio já entrou em construção no mesmo mês.

Petrobras assina acordo tecnológico com a BG Brasil – a Petrobras e a BG Brasil assinaram no dia 10 um acordo de cooperação tecnológica (aCt) para desenvolvimento con-junto de importantes tecnologias,

visando superar desafios comuns às duas companhias.

o acordo abrange, inicialmente, as áreas de construção de poços e otimização da produção, e terá vigência de três anos. Durante esse período, as duas companhias de-verão investir juntas perto de r$ 60 milhões no desenvolvimento de soluções tecnológicas voltadas para essas áreas.

Produção de petróleo e gás da Petrobras cresce 3,3% – a produção média de petróleo e gás natural, no Brasil e no exterior, da Petrobras, em outu-bro, foi de 2.606.919 barris de óleo equivalente por dia (boed). esse vo-lume ficou 2,9% acima do volume registrado no mesmo mês de 2010 e ligeiramente superior ao volume total extraído em setembro deste ano (2.591.624 boed).

NOVEMBROPetrobras realiza novas descobertas – a Petrobras confirmou a presença de petróleo durante a perfuração de mais um poço na área de Carioca, localizada no Bloco BM-S-9. o novo poço, informalmente conhecido como ‘abaré’, está localizado a 35 km ao sul do poço descobridor Carioca e a 293 km do litoral do estado de São Paulo.

no pós-sal, a Petrobras anunciou nova acumulação de gás no espírito Santo. a descoberta fica localizada a 135 km da cidade de Vitória, na Concessão BM-eS-21 (Bloco eS-M-414). a Petrobras é a operadora do consórcio para a exploração da concessão (88,1%) em parceria com a empresa repsol-Sinopec (11,9%). o consórcio dará continuidade às atividades no bloco, e pretende sub-meter à anP uma proposta de Plano de avaliação para delimitar a acu-mulação da descoberta.

no Golfo do México, a estatal também anunciou uma nova des-coberta de petróleo, localizada na extremidade sudoeste da área de concessão Walker ridge, em águas profundas na porção norte-americana do Golfo do México. a Statoil é a

retrospectiva 2011

Biodiesel: Usina de Candeias bate recorde com a produção de 13,86 milhões de litros em novembro

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operadora, com participação de 35% no bloco. a Petrobras américa inc. detém 35%, enquanto a ecopetrol america e a ooGC detêm participa-ções de 20% e 10%, respectivamente.

no final do mês, a estatal compro-vou a presença de petróleo no poço 4-VD-18-rJS (4-BrSa-994-rJS), localizado na Bacia de Campos, na área conhecida como Complexo de Marlim. o poço, informalmente co-nhecido como ‘tucura’, está situado entre os campos de produção de Voa-dor e Marlim, a uma profundidade de 523 m e a 98 km da costa do estado.

e anunciou ainda mais uma nova descoberta de petróleo: na perfu-ração do poço 4-BrSa-946C-SPS, denominado ‘Biguá’. o poço está lo-calizado no bloco BM-S-8, em águas ultraprofundas do pré-sal da Bacia de Santos, a 270 km de distância da costa do estado de São Paulo. no-vos estudos serão realizados para melhor avaliação da extensão dessa descoberta.

HRT confirma descoberta de hidrocar-bonetos na Bacia Sedimentar do Soli-mões – a Hrt encaminhou à anP, notificação de Descoberta de óleo e gás no poço 1-Hrt-4-aM. Foram detectados na Formação Juruá dois intervalos portadores de gás, com espessura líquida de 11,1 m e cinco intervalos portadores de óleo, com espessura líquida de 41,2 m, ambos, com boa porosidade.

Repsol YPF realiza a maior descoberta de petróleo da sua história – a repsol yPF confirma a maior descoberta de petró-leo da sua história, com os primeiros resultados exploratórios da sua partici-pação em um dos maiores reservatórios de hidrocarbonetos não convencionais do mundo, denominado Vaca Muerta, na província argentina de neuquén.

a companhia confirmou um vo-lume de recursos recuperáveis de 927 milhões de barris equivalentes de petróleo de hidrocarbonetos não convencionais, dos quais 741 milhões de barris correspondem a petróleo bruto de alta qualidade (40-45º aPi) e o resto a gás, em uma superfície de

428 km2 na área Loma La Lata norte, na província de neuquén.

Primeiro poço na Cessão Onerosa con-firma potencial da área de Franco – a descoberta foi comprovada por meio de amostragens de petróleo de boa qualidade (28º aPi) obtidas em teste a cabo. as amostras foram colhidas a partir de 5.460 m, em reservatórios de rochas carbonáticas de espessuras similares às registradas no poço des-cobridor. o poço ainda está em fase de perfuração com o objetivo de atingir a base dos reservatórios com óleo.

Primeiro Green Vessel do Brasil é lan-çado ao mar – no dia 11, o estaleiro StX oSV niterói, lança ao mar o pri-meiro Green Vessel do país, embar-cação de apoio tipo PSV09 CD Sea Brasil, encomendada pelo armador Deep Sea Supply. a embarcação foi concebida dentro dos mais avança-dos conceitos de sustentabilidade e proteção do meio ambiente. É o primeiro de uma série de três em-barcações semelhantes.

Vazamento de óleo em Frade – a Che-vron Brasil suspende produção no campo de Frade, na Bacia de Cam-pos. a companhia fechou o poço que estava sendo perfurado na região onde foi identificado um vazamento de óleo. a estimativa é que o volume vazado esteja entre 400 e 650 barris.

DEzEMBROPetrobras inicia a instalação do Gasoduto Sul-Norte Capixaba – o projeto ampliará a infraestrutura de escoamento de gás natural, ga-rantindo as condições para incre-mento da produção de óleo e gás na região do Parque das Baleias, no litoral sul do estado do espírito Santo. através do gasoduto, o gás proveniente das novas unidades que produzirão nos campos do pré-sal e pós-sal, localizados no litoral sul do espírito Santo (FPSo Cidade de Anchieta e P-58), será transportado até a unidade de tratamento de Gás de Cacimbas (utGC), em Linhares (eS).

Usina de Candeias bate recorde de pro-dução de biodiesel – Com a capacida-de ampliada para 217,2 milhões de litros por ano, a usina de Biodiesel de Candeias (Ba) bateu seu recorde de produção mensal em novembro, produzindo 13,86 milhões de litros de biodiesel. o recorde diário também foi superado no dia 26 de novembro, quando a usina produziu 570 mil litros do biocombustível.

Petrobras anuncia que diesel S-50 terá ampliação no fornecimento em 2012 – a estatal informou que vai aumentar o fornecimento do diesel S-50, com menor teor de enxofre, a partir de janeiro de 2012, quando passará a ser distribuído por todo o território nacional. a partir da data, o combus-tível poderá ser encontrado em 900 postos da Petrobras.

20º WPC – qatar sedia o 20º Con-gresso Mundial de Petróleo e expo-sição (WPC 20). o encontro contou com cerca de cinco mil delegações.

Odebrecht Óleo e Gás, SSP Offshore e Interoil assinam acordo para comer-cialização de hubs – as empresas fir-maram um memorando de entendi-mento para buscar conjuntamente a comercialização de um modelo exclusivo de transporte de passa-geiros intermodal em unidades do pré-sal. o documento direcionará a constituição de uma joint venture em fevereiro de 2012.

Produção na Bacia de Santos ul-trapassa 200 mil barris diários – a marca foi alcançada dois dias após o início da operação do poço rJS-686, ligado ao FPSo Cidade de Angra dos Reis – projeto Piloto de Lula. nesse volume, estão incluídos 144,1 mil barris de óleo e conden-sado, além de 9,8 milhões de m³ de gás natural (que equivalem a uma produção de 61,6 mil barris de óleo equivalente).

Quinto navio do Promef – Lançado no estaleiro Mauá o navio de produtos José Alencar.

ano de pré-sal e renováveis

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A indústria naval brasileira tem dado mostras de que, de fato, está retomando suas atividades. Só em novembro, a movimentação foi grande neste sentido. As perspectivas para o setor crescem não apenas pelas demandas do aquecimento do mercado de óleo e gás e das oportunidades do pré-sal, mas também da exigência de conteúdo local.

indústria naval

FROTA EM EXPA NSÃOpor Maria Fernanda Romero

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FROTA EM EXPA NSÃO

Em nova fase de ex-pansão, a indústria da construção naval teve um desempenho positivo em 2011: o Brasil tem hoje a

quarta maior carteira de encomen-das de petroleiros do mundo e ocu-pa a quinta posição no ranking de encomendas de navios em geral.

Foi a indústria de petróleo e gás que conseguiu manter aquecida a demanda do setor naval, que atin-giu o estágio de consolidação com diversos lançamentos ao mar de navios, entregas de embarcações e chegadas de unidades que vão passar por conversão.

a agenda de eventos reflete esse aquecimento. no dia 11 de novembro, o StX oSV niterói, an-tigo estaleiro Promar, lançou ao mar o barco de apoio Sea Brasil, encomendado pela Deep Sea Sup-ply navegação Marítima, empresa brasileira de capital norueguês.

a embarcação é do tipo PSV 09 CD, utilizada para dar suporte a plataformas, e foi construído com o apoio do estado carioca e do gover-no federal, além de financiamento do Fundo da Marinha Mercante (FMM). este é o 28° navio produzi-do pela StX oSV niterói no Brasil.

na ocasião também foi rea-lizado o batimento de quilha do casco Pro-30 Skandi Paraty, en-comendado pela DoF. trata-se da embarcação de número 30 na linha de produção da StX, que será uti-lizado em atividades de reboque, suprimentos e manuseio de ânco-ras do tipo aHtS.

o grupo coreano StX também está investindo na unidade de Per-nambuco e, segundo se comenta, diante das encomendas de que dispõe, passou a ser o principal cliente da rionave – empresa que ocupa a área do antigo estaleiro Caneco, na Zona norte carioca. Parte dos cascos encomendados ao StX oSV são fabricados na rionave.

Já no dia 24 de novembro foi a vez de o estaleiro aliança entre-gar o CBO Atlântico à Companhia Brasileira de offshore (CBo) em evento realizado no Centro Cul-tural da Marinha, no rio. trata-se de um navio de apoio marítimo do tipo PSV (Platform Supply Vessel),

para suprimento a plataformas de produção de petróleo em alto-mar. Será o 19º navio da frota da CBo e vai operar para a Petrobras.

a unidade teve como madrinha a Sra. ana Carla abreu, esposa do presidente da Cedae, Wagner Victer, que foi secretário estadual de ener-gia, indústria naval e Petróleo de 1999 a 2007, com destacada partici-pação na recuperação da indústria da construção naval brasileira.

o presidente da CBo e do estaleiro aliança, Luiz Maurí-cio Portela, informou que o CBO Atlântico foi construído no es-taleiro aliança, em niterói, com financiamento do Fundo de Mari-nha Mercante (FMM), do Minis-tério dos transportes, concedido pelo BnDeS, e incentivos dos governos federal e estadual.

a empresa disse ainda que está construindo no mesmo local mais cinco novos navios de apoio marí-timo e que opera no segmento de navegação de apoio marítimo, no suprimento às plataformas, na ati-vidade de reboque de plataformas e manuseio de âncoras, flotel, na proteção ambiental com embar-cações de recolhimento de óleo e em operações com roV (Veículo Submarino de operação remota).

Nova geraçãoo CBO Atlântico faz parte de

uma série de seis navios de apoio marítimo que incorpora inovações tecnológicas a partir do formato do casco X-Bow, da projetista norue-guesa ulstein. o formato da proa propicia melhor comportamento em mar agitado, melhorando o desempenho no apoio marítimo a plataformas de petróleo em campos a mais de 200 km da costa, onde se localiza a nova fronteira de produ-ção de petróleo offshore do pré-sal.

a nova série de embarcações da CBo tem sistema híbrido de trans-porte de carga, uma exigência da

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Petrobras, que permite o transporte de drill cuttings, material retirado durante operações de perfuração no solo submarino.

essa série de navios será dotada de sistema de propulsão diesel--elétrico, uma solução aprovada no mercado mundial. este sistema dá maior flexibilidade no uso do con-junto de motores, principalmente nas aplicações que exigem muitas manobras como é o caso do supri-mento a plataformas de petróleo.

esse atributo também é neces-sário no lançamento e monitora-mento de veículos submarinos de operação remota (roV/remote operated Vehicle), nas tarefas de instalações submarinas, inspeção ou mapeamento de redes subaquá-ticas. os novos navios terão siste-mas de posicionamento dinâmico

com redundância para maior segu-rança das operações e sistemas de comunicação de dados e de voz de última geração, via satélite.

Primeiro do Promefa transpetro, que no ano pas-

sado, comemorou o lançamento ao mar do navio de produtos Cel-so Furtado, em novembro final-mente recebeu a embarcação, em solenidade realizada no estaleiro Mauá, que contou com presença da presidente da república, Dilma rousseff.

É a primeira embarcação do Programa de Modernização e ex-pansão da Frota (Promef) a entrar efetivamente em operação. Com 183 m de comprimento e capa-cidade para o transporte de 56 mil m3 de combustíveis, o Celso

Furtado é, também, o primeiro navio entregue por um estaleiro brasileiro ao Sistema Petrobras desde 1997.

Com a encomenda de 49 em-barcações, o Promef garantiu as bases para o ressurgimento da indústria naval brasileira, permi-tindo a abertura de novos esta-leiros e a modernização dos exis-tentes. o Brasil tem hoje a quarta maior carteira de encomendas de petroleiros do mundo e ocupa a quinta posição no ranking de encomendas de navios em geral. o setor, que chegou a ter menos de dois mil trabalhadores na virada do século, emprega hoje quase 60 mil pessoas.

Durante a cerimônia de entrega do Celso Furtado, o presidente da transpetro, Sérgio Machado, anun-

CARACTERÍSTICAS TéCNICAS DO celSo furtAdo

Navio destinado ao transporte de produ-tos claros derivados de petróleo (diesel, gasolina, querosene de aviação, nafta, óleo lubrificante)

Comprimento: 190 m

Boca moldada: 32,2 m

Calado de projeto máximo: 12,5 m

Capacidade: 48.000 tbd, equivalente

a 54.000 m³

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ciou que foi acertada com a direção do estaleiro Mauá, em niterói, a construção de mais oito navios pe-troleiros. “Faltam detalhes para a assinatura do contrato”, disse o executivo durante discurso.

a presidenta Dilma rousseff, que participou da solenidade, afir-mou que o Brasil não vai exportar empregos. “estamos conseguindo garantir emprego e não vamos permitir que se exporte emprego. não vamos permitir porque nosso compromisso é com a grandeza do nosso país e, para um país ser grande, seu povo tem que ter acesso ao emprego.”

“esta cerimônia faz parte de uma luta, que vocês ajudaram mui-to a travar, mesmo antes de estarem empregados no estaleiro, ou antes de estarem sendo beneficiados pelo fato de, no Brasil, termos empre-go”, acrescentou a presidenta, que fez questão de lembrar a crise que

a indústria naval brasileira enfren-tou ao longo de décadas. “quan-do o presidente Lula chegou ao governo, a indústria naval estava paralisada”, lembrou ela.

frota em expansão

PSV 09 CD STX oSV Niterói

PSV cBo Atlântico

NO DIA 29 DE NOVEMBRO, chegou ao Rio de Janeiro o navio comprado pela Petrobras para a conversão do casco da plata-forma FPSO P-74 (plataforma que produz, armazena e transfe-re petróleo). Será a primeira destinada aos campos da cessão onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos. O FPSO será instalado na área de Franco e deverá ter capacidade para processar 150 mil barris de petróleo por dia.

O navio, um petroleiro do tipo VLCC (Very Large Crude Carrier), partiu da Indonésia no dia 24 de outubro. Sem escalas e por propulsão própria, passou pelo sul da África e cruzou o Atlântico até a cidade do Rio de Janeiro. A embarcação, já renomeada de “Petrobras 74”, ficará atracada no porto do Rio, onde serão realizadas avaliações prévias. A previsão de início da obra de conversão do casco é junho de 2012.

A conversão do casco será realizada no Estaleiro Inhaúma, arrendado pela Petrobras. Localizado no bair-ro do Caju (RJ), ele está sendo totalmente revitalizado para atender a esta e a outras demandas da Companhia. Durante a conversão, destacam-se obras como o reforço estrutural do casco, a ampliação, reforma e adaptação das acomodações, a substituição de instalações, equipamentos e utilidades, a adaptação do sistema de ancoragem, entre outras. A Petrobras estima que as atividades de conversão do casco da P-74 devem gerar cerca de 2.500 empregos diretos no pico da obra.

Além da P-74, outros três navios destinados à conversão de cascos para unidades da cessão onerosa virão da Malásia e re-ceberão os nomes de P-75, P-76 e P-77. As obras de conversão destes cascos também serão realizadas no Estaleiro Inhaúma. Essas embarcações também são do tipo VLCC e devem chegar ao Brasil entre 2012 e 2013.

A Petrobras está conduzindo a licitação para a obra de conversão dos cascos e prevê a assinatura deste contrato ainda no primeiro semestre de 2012.

Para a construção dos módulos da planta de produção e processamento de petróleo e gás, bem como a integração destes, a Companhia deverá iniciar outra licitação no primeiro semestre de 2012.

As obras para a construção das plataformas da cessão onerosa terão alto índice de conteúdo nacional. A conversão dos cascos, mais a construção dos módulos e integração destas unidades, deverão gerar no Brasil, cerca de 11.400 empregos diretos.

Primeiro casco da cessão onerosa chega ao Brasil

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TOLERâNCIA zEROEm processo acelerado de exploração no pré-sal, que já vem produzindo há mais de um ano por meio de TLDs, a indústria petrolífera acabou por cometer falhas em uma área que já era bem conhecida: o pós-sal da Bacia de Campos. O derramamento de óleo provocado pela empresa norte-americana Chevron em novembro de 2011 chamou a atenção para as fragilidades que ainda ocorrem na área de prevenção e ação emergencial. Ineficiência tanto por parte da empresa exploradora, quanto pelos órgãos reguladores. E indica que nesse setor, tolerância para falhas deve ser zero.

O vazamento acon-teceu durante a perfuração do poço 9-Fr--50DP-rJS do campo de Frade,

na referida bacia, a 130 km de Macaé, em lâmina d’água de cerca de 3.700 pés (1.128 m). a mancha de óleo, que chegou a alcançar 163 km² de extensão, foi localizada por funcionários da Petrobras no dia 8 de no-vembro e anunciada à agência nacional do Petróleo, Gás na-tural e Biocombustíveis (anP), pela operadora do campo, no dia 9. uma semana após o aci-dente, nem a Chevron nem a anP, que é a responsável pelas supervisões necessárias para a exploração, sabiam sobre a quantidade de óleo vazada, ou o quanto ainda estava vazando.

De acordo com um relatório da Marinha, de 8 de novembro até 9 de dezembro, vazaram cerca de 2.900 barris de petróleo, o equivalente de 327 mil a 432 mil litros.

Por parte da Chevron houve imprecisão no cumprimento das etapas de exploração, falta de tecnologia para monitoramento e ausência de transparência nas

informações. a empresa não dispunha, por exemplo, de uma embarca-ção do tipo roV Support Vessel, que opera o re-

motely operated Vehicle (roV), robô que permite a observação remota do fundo do mar, e iden-tificaria com precisão as coorde-nadas do vazamento. a tecno-

FissuraCerca de

300 metrosde largura

1.20

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etro

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Perfuração

130 metros

Petróleo

por Karolyna Gomes

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P

TN Petróleo 81 51

logia foi cedida pela Petrobras. irregularmente, as imagens que mostravam o vazamento foram editadas. a decisão foi tomada, de acordo com o presidente da Chevron Brasil, George Buck, para facilitar o envio de informa-ções à agência.

Por parte dos órgãos regula-dores houve falta de fiscaliza-ção e organização para evitar o acidente, ou mesmo para agir de forma eficaz em uma situa-ção emergencial. a anP nunca vistoriou este poço. e no mo-mento em que precisou chegar até a plataforma de exploração SeDCo 706, a Coordenadoria de Segurança operacional da agência não tinha transporte para ir até o local. Foi o heli-cóptero da Chevron que levou o grupo. De acordo com informa-ções apuradas, é normal que as empresas façam o transporte dos funcionários da anP e do ibama, que não possuem infraestrutura para chegar até as plataformas.

Depois de muitas suposições sobre as causas do acidente, a mais plausível é a que aponta a ausência de uma das sapatas de cimento – o que evitaria que o petróleo sob pressão do reserva-tório atingido pela broca pene-trasse nas camadas superiores da rocha e subisse para o oceano. o estudo de impacto ambiental (eia), apresentado pela Chevron à anP, previa duas sapatas. a primeira foi construída a cerca de 1.800 m de profundidade (567 m abaixo do solo marinho). a segunda, deveria estar situada a algumas centenas de metros abaixo para sustentar a coluna de tubos de 9 5/8 polegadas e vedar o espaço entre estes tubos e a perfuração de 12 1/4 polega-das. Mas não foi construída.

a Delegacia de Meio am-biente e Patrimônio Histórico

da Polícia Federal investiga se a empresa estaria tentando chegar até o pré-sal. De acordo com o ex-presidente da associação Bra-sileira dos Geólogos de Petróleo, nilo azambuja, isto não seria irregular. Como a Chevron tem concessão para exploração da área, ela poderia perfurar quan-tos metros quisesse. Contudo, o plano de perfuração deveria ter sido apresentado à anP com 20 dias de antecedência, informan-do os detalhes de profundidade.

Puniçõeso ibama multou a Chevron

em r$ 50 milhões por dano am-biental grave, com base na Lei do Óleo. além desta punição, o órgão avalia a eventual aplicação de mais duas multas: uma no va-lor de r$ 10 milhões – referente ao suposto descumprimento do licenciamento; e outra no valor de r$ 50 milhões – pela poluição ambiental.

a anP anunciou mais duas multas no valor de r$ 50 milhões cada. uma, por falha na presta-ção de informações, e outra, pela falta de equipamento essencial para a implementação do Plano de emergência individual (Pei) – entre eles uma máquina que deveria ser usada na contenção, mas estava nos estados unidos e chegou apenas no dia 22 de novembro à Bacia de Campos.

no dia 23 de novembro, a anP suspendeu as atividades de perfuração da Chevron no Frade até que sejam identificadas as causas e os responsáveis pelo vazamento, e restabelecidas as condições de segurança no local.

no dia 3 de dezembro, o instituto estadual do ambiente (inea) exigiu que a companhia financiasse uma auditoria am-biental em todas as suas instala-ções no rio de Janeiro. também

HISTÓRICOArrematado na Rodada Zero dos lei-lões da ANP, que teve os vencedores anunciados em junho de 1999, Frade ficou com os consórcios liderados por Chevron, Devon, EnCana e Shell. Atualmente, a composição acionária é dividida por Chevron, que possui 51,7%; Petrobras, com 30% e Frade Japão Petróleo com 18,3%.

Frade é o oitavo maior produtor do país individualmente. Com os tra-balhos iniciados em junho de 2009, o campo produziu 74,768 mil barris de óleo e 899,35 mil metros cúbicos de gás em setembro de 2011.

PROJETO FRADE12 poços produtores horizontais7 poços injetores de águaLocalização: Bacia de Campos, 370 km a nordeste do Rio de Janeiro Profundidade: 1.128 m LDAParceiros: Chevron (51,74%), Petro-bras (30%) e Frade Japão Petróleo Limitada (FJPL), com 18,26%.Reservas recuperáveis: 200 milhões a 300 milhões de barris de petróleoProdução diária: 70 mil bpd FPSO FRADEConstrução: SBM para arrendamento à ChevronConvertido de um VLCC (Very Large Crude Carrier)Comprimento: 337 mBoca: 54,5 mCalado: 28 mLíquidos (BLPD) - 150.000Óleo (BOPD) - 100.000Gás (MMSCFD) - 36Elevação com gás (MMSCFD) - 87Água produzida (BWPD) - 130.000Injeção de água (BWPD) - 150.000Gravidade API - 19-22

52 TN Petróleo 81

determinou que a companhia assegure aos órgãos públicos de fiscalização recursos e instru-mentos de monitoramento de suas atividades de extração de petróleo na Bacia de Campos, ao longo de dois anos.

De acordo com o secretário estadual do ambiente, Carlos Minc, a Chevron será obriga-da a apresentar relatório de auditoria ambiental referente ao Pei de cada uma das suas unidades, em terra ou no mar. o custo aproximado da audito-ria é de r$ 5 milhões.

Bacia de Campos

As atividades de exploração e produ-ção de petróleo e gás natural em águas brasileiras são acompanhadas pela ANP, Marinha do Brasil e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Natu-rais Renováveis (Ibama), de acordo com suas competências legais.

ANP - responsável pela aprovação e a supervisão das atividades de pesqui-sa, perfuração, produção, tratamento, armazenamento e movimentação de óleo e gás, além do processamento dos hidrocarbonetos produzidos.

Marinha do Brasil - responsável pela aprovação e supervisão das embarca-

ções – navios de apoio e plataformas, tanto de perfuração como de produção. Dispõe de sistema de monitoramen-to do tráfego marítimo, que permite a visualização, em tempo real, de todas as plataformas e embarcações que atuam no setor de óleo e gás.

Ibama - responsável pelo licen-ciamento ambiental das atividades, o que inclui a definição dos requisitos para a concessão das licenças. Entre esses requisitos destaca-se o Plano de Emergência Individual, que deve ser apresentado por cada conces-sionário. São também atribuições do órgão o controle ambiental e a fiscalização das plataformas e suas unidades de apoio.

Competências

Segundo o relatório da Marinha, de 8 de novembro até 9 de dezembro, vazaram cerca de 2.900 barris de petróleo, o equivalente de 327 mil a 432 mil litros. A mancha de óleo chegou a alcançar 163 km² de extensão.

frade

www.tnpetroleo.com.brNa ponta dos seus dedos

INFORMAçãO DE QUALIDADE.A tecnologia da informação se aperfeiçoa em ritmo ace-

lerado. Não basta ser rápido na transmissão dos fatos; é

preciso ser eficaz, saber onde prospectar a informação e

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TN Petróleo 81 53

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54 TN Petróleo 81

A quarta edição da Niterói Naval Offshore (NNO) superou todas as

expectativas de seus organizadores ao receber 16.500 visitantes,

que percorreram os 7.200 m2 do espaço, conferindo as palestras e

visitando os estandes das 118 empresas expositoras. A Rodada de

Negócios gerou R$ 100 milhões.

por Karolyna Gomes, Maria Fernanda Romero e Rodrigo Miguez

eventos

Otimismona indústria naval brasileira

TN Petróleo 81 55

Até a última edição, em 2009, o evento era conhecido como niterói Fenashore, mas com a nova organização, do

instituto de tecnologia aplicada a energia e Sustentabilidade So-cioambiental (itaesa), em parceria com a Prefeitura de niterói, o en-contro passou a se chamar niterói naval offshore.

Sob o novo nome, teve resul-tados positivos de público e ex-positores, além de uma rodada de negócios de r$ 100 milhões, que reflete as perspectivas promissoras para a indústria naval brasileira. “Ficamos muito satisfeitos com os objetivos atingidos e acreditamos

que no próximo evento, em 2012, ampliaremos os resultados”, afir-mou Pedro Tha-deu Silva, presi-dente do itaesa.

este ano, o encontro teve um networking em-presarial com a participação de 34 empresas, promovido no último dia do evento. “estes empresários iniciaram um processo de desen-volvimento comercial entre si, que poderá ser desenvolvido no decorrer dos próximos meses com excelentes resultados de negócios”, afirmou Carlos Gaspar, diretor do itaesa.

a sustentabilidade socioam-biental também teve destaque no

evento. no estande do itaesa, en-tidades não governamentais com iniciativas na área apresentaram seus trabalhos em palestras e mi-nicursos, pelos quais passaram 2.300 visitantes.

o secretário municipal de Ci-ência e tecnologia e presidente do comitê organizador da feira, José raymundo Martins romêo, come-morou o bom retorno e comentou o fato de o evento ser anual a par-tir deste ano. na ocasião, Martins romêo indicou o crescimento do potencial da cidade de niterói no que se refere ao setor como sede de eventos de grande porte como a nno, e comentou também a recente inauguração do Parque tecnológico da Vida.

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56 TN Petróleo 81

Lançado pelo instituto Vital Brazil, Pesagro-rio, universida-de Federal Fluminense (uFF) e Secretaria de Ciência e tecnologia de niterói, no dia 19 de outubro, o objetivo do Parque tecnológico é dar melhores oportunidades a empresas recém-criadas, que pas-saram por período de incubação nestas instituições.

Segundo romêo, o Parque tecno-lógico da Vida sediará empresas de base tecnológica e suas atividades de pesquisa, produção e central de utilidades voltadas para questões básicas relacionadas à vida: meio ambiente, água, terra, alimento e energia renovável, entre outras ati-vidades. “o público-alvo se cons-tituirá de laboratórios de pesquisa; incubadoras e empresas incubadas; micro, pequenas e médias empresas de base tecnológica; profissionais e técnicos pesquisadores”, esclareceu, informando ainda que o parque tem como objetivos gerar produtos e ser-viços inovadores em sua área de atu-ação e promover o desenvolvimento econômico e social do estado.

Sobre a indústria naval brasi-leira, o secretário apontou que os navios brasileiros são construídos 60% no país e os outros 40% são importados do exterior. Para ele, isto tem que mudar, pois temos que desenvolver essa fatia ao máximo aqui no Brasil. “isto é um desafio

para as universidades, instituições de pesquisa, mas ainda mais para a indústria de navipeças e petroquí-mica, que tem papel essencial para atender essas demandas”, afirmou.

Falta de mão de obra e mais inovação no setor

na cerimônia de abertura da nno, o desafio da formação de profissionais e a necessidade de inovação do setor foram os princi-pais tópicos levantados pelos parti-cipantes da mesa, que contou com a presença das principais autorida-des do município e representantes da indústria naval do país.

em sua apresentação, Martins romêo, ressaltou que a nno iria mobilizar, além do mercado naval, o segmento de inovação tecnoló-gica que iria atender as demandas do setor. “queremos estabelecer pontes com a sociedade, estreitar laços entre todas as áreas pertinen-tes, pois será interessante para as escolas técnicas e universidades iniciarem elos de ligação com os expositores”, disse.

Para o presidente da itaesa, o evento é uma resposta às opor-tunidades que surgiram com as contínuas demandas de explo-ração de petróleo, com destaque para o pré-sal.

ainda na cerimônia de aber-tura, o reitor da universidade Fe-

deral Fluminense (uFF), Roberto Salles, destacou a importância das universidades no desenvolvimen-

to do país, prin-cipalmente na área de ciên-cia e tecnologia. e Sérgio Macha-do, presidente da transpetro, indi-cou que a maior

dificuldade hoje do mercado ain-da é a formação de profissionais. entretanto, de acordo com ele, o Brasil tem demanda para garantir a produção da área naval por muitos anos mais. “Devemos investir na formação e no treinamento de pes-soal, assim como na qualificação de profissionais para cargos de alto nível.” o executivo disse ainda que niterói tem de se destacar não só pelos estaleiros mas também pela sua cadeia produtiva e a indústria de navipeças.

na ocasião, o presidente do Sinaval (Sindicato nacional da indústria de Construção e repa-

ração naval e offshore), Ario-valdo Rocha , afirmou que hoje a indústria naval de niterói gera perto de 20 mil empregos diretos

e que este número deve aumentar até o final deste ano.

Já o secretário estadual de Desenvolvimento regional, Fe-lipe Peixoto, informou que es-

tão sendo feitos estudos para o projeto de dra-gagem do en-torno da i lha da Conceição, atualmente de-ficitário, pois

restringe o acesso e a circulação das embarcações aos estaleiros em niterói.

eventos

TN Petróleo 81 57

Cobertura Niterói Naval Offshore - NNO 2011

A brindo as palestras, o secretário de Ciên-cia e

tecnologia de niterói e moderador da mesa, José Raymundo Martins Ro-mêo, definiu a questão sobre formação como “uma grande cruzada nacional”. também parti-ciparam da mesa, Joacir Pedro, pre-sidente do Fórum dos trabalhado-res da Construção naval e offshore; Guilber Dummans, consultor do Prominp; e Mi-guel Luiz Ferreira, da uFF.

Joacir esclareceu como uma política governamental de apoio é essencial para o cresci-mento do setor e exemplificou com o projeto que possibilitou o início do Programa de Mo-dernização da Frota (Promef), da Petrobras, em parceria com os trabalhadores. Fez um breve panorama da história do seg-mento naval e offshore e aler-tou quanto à necessidade de se investir no conteúdo local. “um país com quase 8.000 km de extensão não pode ficar sem frota própria. Para cada empre-

go direto, temos três ou quatro indiretos gerados. É essencial pensar nisso”, disse.

Guilber Dummas apresen-tou o Programa de Mobiliza-ção da indús-tria nacional de Petróleo e Gás natural (Prominp) para o for-talecimento da indústria nacional. ao explicar o fun-cionamento do programa, o representante da Petrobras falou sobre o objetivo de tra-çar uma análise entre oferta e demanda para atender o mercado. Dummas afirmou que o Prominp está em seu quinto ciclo e irá formar cerca de 30 mil profissionais. e esclareceu que o programa

não dá garantias de emprego para os alunos. “essa gestão está dentro da empresa, não temos como fazer com que essas pessoas sejam contra-tadas. o programa prepara muito bem esses profissionais com os cursos específicos de petróleo e gás, elaborados junto com academia e indús-tria. Mas as empresas não compartilham informações de rH, cada uma tem seu método de seleção”, afirmou. “nós também qualificamos pessoas sem experiência, e muitas empresas cobram experiência profissional. isso também aumenta a dificulda-de de inserção”, concluiu.

Segundo dados do Pro-minp, os profissionais de nível superior têm maior absorção do mercado, com 80% de mão de

Esse foi o foco das discussões do segundo dia de conferência da NNO, que destacou o desafio de formar jovens para a crescente demanda do setor naval.

Formação profissional

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58 TN Petróleo 81

obra empregada. esses núme-ros diminuem quando o nível de escolaridade cai, sendo 68% de absorção no mercado para

nível básico.o professor

da escola de engenharia da uFF, Miguel Luiz Ferrei-ra, discutiu a participação da

universidade nesse desafio. ele diz que a parceria da uFF com o Prominp é um exemplo dos avanços do país nesse senti-do. os projetos de formação profissional passam por diver-

sos segmentos e englobam, inclusive, um projeto social da universi-dade para a capacitação.

o segundo painel teve a participação do vice-presidente do Sindica-to nacional das empresas de navega-ção Marítima (Syndarma), Roberto Galli, do gerente executivo de trans-

porte Marítimo da transpetro, Eduardo Cunha Bastos, e do almirante da Marinha Marco antônio Guimarães Falcão.

De acordo com Bastos, serão necessários cerca de mil novos oficiais, além de manter atuali-zadas as atuais tripulações, ga-rantindo que 450 gerentes de bordo sejam qualificados, por conta da chegada de embarca-ções mais modernas. “a Mari-nha do Brasil quase triplicou o esforço de formação e conta com o apoio da academia Ma-rítima da transpetro. Mas esse é um problema bom”, assegu-rou ele. “a Marinha Mercante

AS IMENSAS oportunidades para a in-dústria e para a contratação de novos profissionais para o mercado de pe-tróleo, gás e indústria naval e offshore também foi um tema ressaltado nos debates da NNO. A necessidade de um planejamento logístico eficiente para diminuir a complexidade das opera-ções e a importância da qualificação profissional e do conteúdo local para garantir o desenvolvimento do país foram os destaques dos painéis do terceiro dia do encontro.

O gerente executivo da Transpetro, Paulo Penchiná, explicou que diante das descobertas do pré-sal, a empresa tem que rever todo o modal logístico para suprir a pro-dução de petró-leo e gás a uma distância tão grande da costa e esse é o principal desafio da companhia.

Penchiná destacou que tem sido muito repensada a logística de transporte de cargas e pessoal para as plataformas no pré-sal com segu-rança. Em sua opinião, não existe um modelo em prateleira, é um trabalho pioneiro que resultará em novas tec-nologias e a Transpetro pensou num

terminal oceânico, a Unidade Offsho-re de Transferência e Exportação (Uote), a cerca de 100 km da costa, no meio do caminho, para fazer o abastecimento de navios no mar. “A unidade será instalada na Bacia de Campos, a 80 km da costa e funcio-nará como um terminal oceânico. Boa parte do óleo produzido nesta área vai para exportação e, com a Uote, parte do óleo não precisará passar por terra quando transportado; a ou-tra virá para nossas refinarias, como a do Comperj”, explicou.

A unidade terá a função de receber óleo através do FSO, que poderá arma-zená-lo temporariamente ou transferi-lo para outra embarcação atracada às mo-noboias. O transbordo também poderá ser feito através das monoboias.

O gerente da Transpetro comen-tou ainda sobre a utilização de hubs para a logística do pré-sal, tanto para o diesel usado nas plataformas, quanto para fluidos e, até mesmo, para passageiros. Sobre este último, tratado como novidade pelo exe-cutivo, ele disse: “Isso foi pensado para que nós pudéssemos levar as pessoas para esse ponto com em-barcação de porte grande ou médio e distribuí-las para as plataformas por helicóptero.”

Penchiná finalizou calculando que o número de barcos de apoio subirá de 287 para 560, em 2020. “Temos que estar estruturados, não só nos

estaleiros de construção naval como nos de repa-ro”, afirmou.

Edgar Strauss Junior, diretor comercial da Brasil Supply, também participou

do painel e confirmou que os desafios logísticos no apoio offshore são enor-mes, mas precisam ser vencidos. “A logística do pré-sal é um desafio, mas também uma grande oportunidade para todos nós do setor”, garantiu.

O executivo forneceu um históri-co da empresa e destacou o plano de negócios da companhia que deter-minou como foco em suas atividades para os próximos anos a navegação, os serviços ambientais e a logística de transporte offshore. Ele indicou que a Brasil Supply vai ampliar sua sede em Vitória (ES) e que está investindo em novas unidades. “Serão construídas unidades de fluidos em Angra dos Reis, que iniciará em janeiro de 2012, e na Baía de Guanabara (RJ), além de Santos (SP) e Aracaju (SE), para acompanhar o ritmo da produção de petróleo”, afirmou.

Desafio logístico do pré-sal

eventos

TN Petróleo 81 59

atravessa um momento mágico, com os novos estaleiros e as frotas aumentadas. o desa-fio da transpetro será daqui a pouco operar cerca de cem petroleiros.”

Para o vice-presidente do Syndarma, hoje faltam profis-sionais no setor, mas o tra-balho não para. “Metade dos custos de um navio é com tri-pulação, para que as ativida-des não sofram interrupções. Por isso é um pouco dramática a expressão ‘apagão de mão de obra’. não deixamos de operar por ter poucas pessoas. elas ganham o reforço também de trabalhadores estrangei-ros. Mas precisamos de mais gente... até para equilibrar os nossos custos”, explicou. “Hoje, a idade média de um oficial é 56 anos, precisamos da população mais jovem. o segredo é investir no entusias-mo da juventude, que viverá num Brasil mais rico que o das outras gerações.”

Maioria na plateia do teatro Popular, onde ocorreram as conferências da nno, os jovens cada vez mais procuravam a Marinha Mer-cante como op-ção profissio-nal. no debate, o almirante Marco Anto-nio Falcão, do Centro de ins-trução almirante Graça aranha, disse que, no último concurso, dez mil se inscreveram para disputar cerca de 300 vagas, nas escolas da Marinha no rio (Ciaga) e em Belém (Ciaba). “a procura é grande, como nos cursos mais disputados nas uni-versidades. Desse contingente, 30% é de meninas matricula-das”, afirmou.

A defesa da indústria brasileira e do conteúdo nacional foi o ponto cen-tral do painel ‘Oportunidades do pós e do pré-sal’. O di-retor de petróleo, gás, bioenergia e petroquímica da Associação Bra-sileira da Indús-tria de Máquinas (Abimaq), Alberto Machado, ressal-tou a importância do fortalecimento dos fornecedores locais. “A desnacio-nalização do setor preocupa. Não terá conteúdo local sem indústria local com condições para competir. É pre-ciso planejar o futuro, para garantir geração de empregos”, completou.

Já o executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Constru-ção e Reparação Naval (Sinaval), e vice-presidente da Associação Brasileira das Em-presas do Setor Naval e Offshore (Abenav), Alberto Padilla, informou que a missão do mercado é acompanhar o horizonte novo do pré--sal, garantindo a competitividade da indústria. “Temos 26 estaleiros fortes em operação e 12 em implantação, capazes de processar 570 mil tonela-das de aço por ano. E a demanda será de um milhão; temos de duplicar a capacidade”, comentou Padilha.

O diretor regional RJ/ES da Asso-ciação Brasileira da Indústria Elétrica Eletrônica (Abinee), Paulo Galvão, moderador dos painéis, defendeu a criação de um órgão específico para a defesa do conteúdo local: “A concor-rência é forte, global e desigual. É preciso adequar as diretrizes internas à crise mundial, garantir nossos ga-nhos”, finalizou.

Tecnologia e inovação – Os avanços tecnológicos na área submarina e no setor de construção de estaleiros

foram os destaques das conferências do último dia do evento. O professor Theodoro Netto, do Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS) da Co-ppe/UFRJ, falou sobre as tecnologias que estão sendo desenvolvidas para superar os desafios do setor. Criado em 1989 para atender as demandas por tecnologias em águas profundas, o LTS trabalha em torno de tecno-logias submarinas, engenharia de poço, engenharia naval e offshore e integridade de dutos.

Segundo Netto, o transporte de óleo e gás em águas ultraprofun-das é um dos principais desafios da Petrobras. Por isso, o laboratório está trabalhando em tecnologias para du-tos submarinos, realizando diversos testes para avaliar a integridade dos dutos. Dentre os produtos desenvol-vidos está um sistema de monitora-mento da pressão do mar para evitar a produção de gases próximo aos dutos. Ademais, também está em fase de estudos válvulas para controle de poço acionada de forma remota.

Já o representante da FMC Technologies falou sobre o Centro Tecnológico de Pesquisa e Desenvol-vimento (P&D) que está em constru-ção no Parque Tecnológico da UFRJ e que terá foco em produção e proces-samento submarino. “O Brasil já é e será – ainda mais no futuro – líder no segmento de tecnologias offshore, e a FMC quer participar desse ambien-te”, afirmou Shivi Awasthi, diretor da empresa no Brasil.

Antonio Muller, do Centro de Excelência em EPC, lembrou que é necessário perseguir sempre a “modularização” dos processos de construção, no fornecimento de serviços de engenharia e suprimentos. “Precisamos identificar as barreiras que prejudicam os projetos de engenharia, do modelo de contrato à falta de conteúdo local”, afirmou.

Conteúdo nacional

Cobertura Niterói Naval Offshore - NNO 2011

60 TN Petróleo 81

eventos

Fornecedores em açãoGHENOVA ENGENHARIA – a es-panhola Ghenova, empresa de projetos de engenharia naval/offshore, aeronáutica, industrial, civil e energia vai abrir, em 2012, seu segundo escritório no Bra-sil – ele ficará em recife (Per-nambuco). o empreendimento irá atender a demanda da com-panhia frente ao recente acordo firmado com o estaleiro Promar, filial da internacional StX para o desenvolvimento da engenharia de detalhamento e apoio a com-pras de oito navios gaseiros para transpetro.

o acordo, de quase r$ 16 mi-lhões, foi assinado no final de setembro deste ano e contempla o projeto de dois navios de 4.000 m³, quatro de 7.000 m³ e dois de 12.000 m³. “inicialmente ire-

mos trabalhar e m c o n j u n t o com o Promar no próprio es-critório deles, e no próximo ano já estare-mos no nosso”,

afirmou durante o evento Rui Miguel Vieira, diretor gestor da Ghenova Brasil.

Segundo o executivo, na área de energia a empresa ainda não possui negócios no Brasil, mas está atenta às opor-tunidades do país sobretudo no que se refere à energia eólica e solar. “estamos aguardando uma posição mais firme do go-

verno brasileiro no que se refe-re ao projeto em energia solar para a partir daí investirmos nesta área”, disse.

TRIUNFO LOGÍSTICA – Desde 2009 no mercado de óleo e gás, a triunfo Logística, especializa-da em movimentação de cargas e soluções de engenharia apli-cadas à logística, está atenta ao crescimento das demandas do setor e pretende expandir seus

negócios. “a nossa ex-

pertise é forne-cer facilidades aos clientes, e isso inclui toda infra-estrutura n e c e s s á r i a ,

como área, pessoal treinado e qualificado, equipamento, aces-so ao Porto do rio de Janeiro e

além de todas as licenças am-bientais e portuárias necessá-rias para a execução dos servi-ços.”, comenta Adriana Santos, gerente de negócios da triunfo Logística.

a triunfo possui um ter-minal portuário alfandegado, localizado no Porto do rio de Janeiro, que recebe cargas de importação e exportação. “nos-so foco principal é realizar ser-viços no setor de siderurgia, ao longo do tempo a empresa se es-pecializou no embarque de ferro gusa, posteriomente adquiriu quatro barcaças dando origem a empresa de navegação, n&n navegação e Logística, comenta adriana Santos contando um pouco sobre a história da triun-fo Logística.

a entrada da companhia ao segmento de óleo e gás, no

TN Petróleo 81 61

Cobertura Niterói Naval Offshore - NNO 2011

setor offshore se deu em 2009 quando a triunfo recebeu a FPSo Capixaba que veio de Singapura e ficou 40 dias no terminal da empresa para fa-zer reparo. “o trabalho foi um sucesso e a partir dele vimos que estávamos aptos a entrar nesse mercado de óleo e gás”, lembra a executiva.

em 2010 a empresa fechou seu primeiro contrato com a Pe-trobras para serviços de base de apoio à suas embarcações de supply fornecendo assim suas facilidades a estatal. Segundo adriana Santos, diante disso a empresa teve que contratar mais funcionários, teve que se adequar muito na área de qSMS (Gestão em qualidade, Segurança, Meio ambiente e Saúde do trabalho) e ainda au-mentou sua estrutura física só para atendê-la.

no início deste ano, a triun-fo conquistou outra concorrência da Petrobras como operadora portuária para atendê-la em cais público. Complementando a atividade de fornecimento de facilidade para reparo de plata-formas, a plataforma P-10, uma das cinco plataformas de per-furação da Petrobras, está no terminal da triunfo.

“Continuamos recebendo carga de importação e exporta-ção, mas vemos petróleo e gás como um mercado em expansão e queremos, cada vez mais, fazer parte dele. estes contratos com a Petrobras consolidaram nossa entrada neste setor nos qualifi-cando para atendermos todos os operadores”, finaliza.

SCEPP – Criada em 2003, a SCe-PP, empresa de engenharia elétri-ca especializada no setor de ge-ração de energia, oferece para o mercado de óleo e gás um sistema

A RODADA DE NEGÓCIOS, organizada pelo Sistema Firjan, em parceria com o Convênio Sebrae-Petrobras, aconte-ceu durante os dois primeiros dias do evento e teve 520 reuniões que geraram cerca de R$ 100 milhões em negócios.

O encontro contou com a partici-pação de 126 empresas fornecedoras do setor naval e offshore, além das 14 empresas-âncora: Cameron, Estaleiro Cassinú, Estaleiro Mauá, Keppel Fels, Nitshore, OSX, Rolls-Royce, Shell, Es-taleiro STX, Technip, Transpetro, Wells-tream, Bram Offshore, Sermetal.

Participando pela primeira vez da Rodada, Nitshore, STX e OSX atraíram muitos fornecedores e se destacaram durante as negociações. Outro fator de sucesso foi o volume de empresas participantes, pois superou as expec-tativas dos organizadores.

De acordo com Alexandre dos Reis, diretor de Relações com o Mercado da

Firjan, a possibili-dade de conhecer novos fornecedo-res, principalmen-te locais, agradou em muito as gran-des empresas. “O nosso objet ivo com essa rodada

era aproximar os pequenos dos grandes e fomentar a realização de negócios, o que foi um sucesso”, afirmou. Para ele, os bons resultados da Rodada de Negócios confirmaram o momento de fomento que a indústria naval e offsho-re está vivendo no país. “A Rodada su-perou nossas expectativas”, completou.

Segundo o secretário municipal de Ciência e Tecnologia e presidente do comitê organizador da feira, José Raymundo Martins Romêo, a última rodada do evento gerou R$ 90 milhões em negócios.

Rodada de Negócios gera R$ 100 milhões

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eventos

inovador integrado dedicado ao controle de geração de energia, desenvolvido no Brasil.

“a companhia busca atender o nicho de reparo, pois com o de-senvolvimento do setor o número de plataformas não está sendo suficiente e as empresas estão tendo que utilizar além das novas plataformas, plataformas e embar-

cações antigas, mas para esta-rem aptas elas prec isam ser modernizadas e nós propomos todo um traba-lho de moderni-

zação desses sistemas”, explica Marcelo Balbino, engenheiro eletricista da SCePP.

a empresa busca o desenvol-vimento de projetos elétricos e prestação de serviços especiali-zados para geração de energia e, além do setor de óleo e gás, também atende as hidrelétricas e usinas de açúcar e etanol. nestes setores em particular, a SCePP desenvolve soluções de controle em ambientes em que a energia elétrica produzida é totalmente renovável.

“temos todo o knowhow de en-genharia elétrica, desde a geração

até a distribuição de energia, e con-seguimos fazer isso rápido porque não terceirizamos o serviço. quando estamos em São Paulo fazendo o projeto e a montagem, nossa equipe do rio de Janeiro já está fazendo a desmontagem do estaleiro, que tem toda a estrutura para receber a plataforma”, conta Balbino.

o executivo destacou ainda que este ano a SCePP está apre-sentando ao setor soluções de en-genharia integrada para controle de geradores e turbinas instalados em unidades onshore e offshore, como o sistema integrado Sof-tLooP. “totalmente produzido no país, o sistema é de altíssima confiabilidade. a solução integra os reguladores de velocidade e tensão das unidades geradores em um único hardware, permitin-do diversas vantagens como, por exemplo: simplificação do sistema, redução de interfaces, menor nú-mero de componentes e de tama-nho físico do equipamento, além de reduzir custos de engenharia e de equipamento”, conclui.

De acordo com o engenheiro, por enquanto a SCePP mantém somente a fábrica em osasco (SP), mas se a demanda for alta, existe a possibilidade de instalar uma fábrica no rio de Janeiro, e

seria em São Gonçalo, local es-tratégico para a companhia.

ABSI – Há 40 anos no mercado de metrologia, a brasileira aBSi, possui diversos clientes de vários setores, mas atualmente a empre-sa aposta no crescimento da área naval, com planejamento de am-pliação da empresa em 2012 para o litoral fluminense para aten-

der a Bacia de Campos, esta-belecendo filial no município de Macaé. “nossa expectativa é fixar a marca, criar parcerias

e agregar solução à prestação de serviço onshore e offshore”, afirma Juliana Rocha, do depar-tamento de marketing e vendas da aBSi.

na nno, a empresa divulgou parte de sua extensa linha de ins-trumentos que fabrica e calibra, como manômetros diferenciais, transmissores, pressostatos, vál-vulas de segurança, bombas e bancadas de calibração de pres-são, temperatura e elétrica.

a aBSi trouxe para a feira a linha de instrumentos à prova de explosão – para atuação em áreas

UMA COMITIVA FORMADA por cerca de 15 franceses do setor pesqueiro da região da Bretanha, entre empre-sários e representantes governamen-tais, visitou o segundo dia da NNO. Eles vieram ao Rio para conhecer projetos e iniciativas da área da pesca, entre eles o entreposto, no Barreto, a Escola de Pesca, em São Gonçalo, e o cultivo de bijupirá na Ilha Grande, em Angra dos Reis.

Para Marc Gillaux, diretor geral da Bretagne International, asso-ciação de empresas francesas que trabalham em conjunto no interesse

de negócios internacionais, o prin-cipal objetivo da vinda da comitiva ao evento foi fazer relações entre o estado do Rio de Janeiro e a Breta-nha, a primeira região marítima da França. “O Brasil precisa de barcos, plataformas, de equipamentos para construção e manutenção. Estes precisam ser fabricados aqui, mas na França temos o conhecimento de engenharia e construção que pode interessar às empresas do estado do Rio de Janeiro e do Brasil”, comenta Gillaux, lembrando que já existem diversas empresas francesas no

Brasil que estão em parceria com empresas brasileiras.

Na comitiva francesa presente à visita estavam, entre outros, o conselheiro de relações interna-cionais do governo da Bretanha, Alain Yvergniaux, o presidente do entreposto da cidade de Lorient, Maurice Benoish e o diretor do Polo Marítimo da Bretanha, Stéphane Alain Riou, além de representantes de empresa como a construtora de barcos, Sibiril Tec-nologias, Marinelec Tecnologias, CDK Technologias, etc.

Comitiva de empresários franceses visitam a feira

TN Petróleo 81 63

restritas – e instrumentos inteligen-tes – que permitem customização para atender às necessidades de cada cliente e melhorias em seus processos. “além da Metrologia, a aBSi oferece inspeção e ensaios de equipamentos, que permite ade-quar vasos de pressão conforme a nr13 para maior segurança em operação”, comenta Juliana.

na opinião da executiva, o evento permitiu contato com os vários tipos de fornecedores da área naval, possibilitando novas parcerias e divulgação da impor-tância da metrologia e inspeção de equipamentos às empresas atuantes neste mercado. “atual-mente, estamos envolvidos com a fabricação de bancadas de cali-bração customizadas para calibra-ção de instrumentos de pressão, temperatura e elétrica e expansão da linha de instrumentos à prova de explosão”, informa.

INFLAGASES – a empresa, fun-dada em 2000, fornece vários tipos de equipamentos na área de salvatagem, atuando princi-palmente no mercado de balsas autoinfláveis, que variam de mar-ca e tamanho de acordo com a necessidade do cliente. também oferece serviços de inspeção, ma-nutenção e locação das balsas. Durante a nno foi apresentado um modelo de balsa autoinflável. De acordo com o gerente sênior

da companhia, Royal Alexan-dre Saluti, “o evento foi muito bem implantado e organizado. Fizemos ótimos contatos e visi-tamos novos clientes”. atualmen-te a inflagases está expandindo os

serviços até Vitória, onde recen-temente foi montada uma nova estação de balsas. “o crescimen-to do mercado naval no espírito Santo foi o fator principal para esta decisão. estamos também nos planejando para uma atuação mais expressiva em Macaé-rJ no próximo ano, para nos solidificar na região rJ-eS”, concluiu.

Cobertura Niterói Naval Offshore - NNO 2011

A PREFEITURA DE São Gonçalo, pela pri-meira vez presente a uma feira do merca-do offshore, apresentou durante o evento o novo polo industrial que está surgindo na região. O Complexo Industrial de São Gonçalo (Ciesg), localizado na região de Guaxindiba, concentra as grandes empresas que estão chegando ao município atraídas pela possibilidade de negócios no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em construção na cidade vizinha de Itaboraí.

Empresas como Logshore, Aliança Offshore, Brasco, Votorantin e Schulz estão entre as que já integram o Ciesg, que gera cerca de 1.200 empregos dire-tos e deve chegar, em 2015, a quatro mil postos de trabalho.

De acordo com Alessandro Leite, sub-secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de São Gonçalo, a localização privilegiada do em-preendimento, a apenas 11 km do Comperj e

no caminho do futuro píer de São Gonçalo, fazem do Ciesg uma nova oportunidade de crescimento econômico para o município.

O píer será construído pela Petrobras para servir de logística para o deslocamento dos equipamentos de grande porte até o Comperj. Alessandro Leite informou que os trabalhos de dragagem do local vão começar no início do ano que vem. Do píer, os equipa-mentos seguirão por uma estrada exclusiva até o complexo petroquímico.

EM PARALELO a Feira Niterói Naval Offshore, foi realizado no dia 9 de novembro, o Business Meeting promovido pela MBS Produções. O encontro aproximou empresários, profissionais e fornecedores do setor naval e offshore.

Segundo a responsável pelo evento, Milena Barcelos, o Business Meeting tem como objetivo reunir empresas do setor de petróleo e gás e será realizado em todas as edições da Feira Niterói Naval Offshore.

A primeira edição do evento teve apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Co-piadora Futuro, Nicomex, Cais de Icaraí/Perine, CCR Ponte, Wellstream, Mistral Editora, Assim Saúde, TN Petróleo, Four Corretora e patrocínio das empresas Schulz Tubos e Conexões, Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval (Sinaval), Associação Brasileira das Empresas do Setor Naval e Offshore (Abenav), Duarte de Almei-da, Chamon Transportes Marítimos, INPH e G-Comex Logística.

Encontro reúne cadeia naval

Novo polo industrial de São Gonçalo

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Na maré do pré-sal, a cadeia produtiva de petróleo e gás lança

suas atenções para o potencial de exploração e produção

em terra firme, foco dos debates da terceira edição da Brazil

Onshore. O evento, realizado no Rio Grande do Norte, retomou o

debate sobre os desafios e as novas tecnologias para produção

em campos terrestres, que estavam um pouco esquecidas por

conta das grandes descobertas em águas profundas.

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por Karolyna Gomes, Maria Fernanda Romero e Rodrigo Miguez

eventos

PETRÓLEO À VISTA!por Maria Fernanda Romero, enviada especial

TERRA:

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“a ProDução Do PaíS não é só o pré-sal”, enfatiza Bruno Moczydlo-wer, coordenador do comitê técnico da Brazil onshore 2011, realizada entre os dias 28 e 30 de novembro, em natal (rn). organizado pelo instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (iBP) e pela So-ciety of Petroleum engineers (SPe), o evento reuniu os principais repre-sentantes do se-tor de óleo e gás voltados para a exploração e pro-dução em terra.

na área de exposições de 650 m2 da feira, estiveram 51 empresas, como Baker Hughes, Halliburton, Petrobras, Schlumberger, oGX, Fron-tier, Cameron e Wheatherford. as empresas compartilham o espaço

com fornecedores de equipamentos e empresas locais – de Mossoró/rn, da Bahia e de outros estados. nos es-tandes de demonstração de produtos, credenciais técnicas e habilidades tecnológicas.

na conferência, realizada simul-taneamente ao evento, debates e pa-lestras sobre viabilidade econômica de campos marginais, licenciamento ambiental de poços terrestres e te-mas técnicos, como automação da produção (smartfields), produção de óleo pesado em terra, tecnologias acessíveis para campos terrestres marginais, e reservatórios não con-vencionais.

“o evento foi uma grande opor-tunidade para levantar a discussão de como será o cenário das ativi-dades terrestres (onshore) no país e investimentos futuros. Diversas companhias estão investindo em

seu portfólio exploratório terrestre e as primeiras descobertas já estão surgindo”, destacou Jacques Salies, presidente da Seção Brasil da SPe. ele lembrou que, por ter custos mais baixos e menores complicações logís-ticas, “os campos em terra funcionam como um grande laboratório para tecnologias que serão posteriormente utilizadas em ambiente offshore”.

Atividade consolidadano Brasil, há 76 empresas tra-

balhando na exploração e produ-ção de petróleo em terra, sendo 40 brasileiras e 36 estrangeiras, a maior parte delas pequenas e apenas com operação onshore. De acordo com o relatório mensal da agência nacional de Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (anP), em outubro, das 299 con-cessões, operadas por 26 empre-

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eventos

sas distintas, 74 são marítimas e 225 são terrestres.

embora o maior campo produtor de petróleo, roncador, seja marítimo, é onshore o maior produtor de gás natural: rio urucu, na Bacia do Solimões. os três campos terrestres com maior produção de petróleo e gás natural, em barris de óleo equivalente, em outubro, foram rio urucu, Leste do urucu e Carmópolis (Bahia), respectivamente.

os dois campos da Bacia de Soli-mões, que ocupam os dois primeiros lu-gares no ranking de maiores produtores de gás natural, também figuram entre os 20 maiores produtores em barris de óleo equivalente. e oito poços desses dois campos terrestres figuram na rela-

ção dos 30 com maior produção de gás natural. Dos 8.966 poços produtores em outubro, 1.132 poços estão no Canto do amaro, na Bacia Potiguar.

Capital onshoreo evento, que se realiza a

cada dois anos, contou este ano com o apoio local do Centro de estratégias em recursos naturais e energia (Cerne), que contribuiu para que o estado potiguar vol-tasse a sediar o evento. a última edição havia sido realizada em Salvador (Ba).

“o Brasil comemorará, em breve, 70 anos de atividade petrolífera. Pelo menos a metade desta história tem a participação efetiva e bem-sucedida do rio Grande do norte, sendo que dos 3.551 poços norte rio-granden-ses, 3.440 são terrestres. É justo e

louvável que te-nhamos trazido para cá o maior evento brasileiro deste segmento que ainda tem muito o que mos-trar e produzir para o Brasil”, a-

firma Jean-Paul Prates, diretor-geral do Cerne e correspondente local do iBP para os estados do rio Grande do norte, Ceará e Paraíba.

no discurso de abertura, o secre-tário executivo do iBP, Alvaro Teixei-

ra, também desta-cou a importância da realização da Brazil onshore no rio Grande do norte: “natal, por sua posição estra-tégica e pela in-fraestrutura ade-

quada, continuará a ser o centro de inteligência dessas atividades. além disso, é a capital do estado que os-tenta a posição de maior produtor de petróleo em campos terrestres.”

Produção estratégicana opinião do coordenador do co-

mitê técnico da Brazil onshore 2011, a descoberta do pré-sal tirou o foco da produção em campos terrestres no Brasil. Segundo Moczydlower, é necessário mais investimentos na produção em terra, principalmente em estados como o rio Grande do norte, onde estão mais de um terço dos poços produtores do país.

“Sem investimento, a produção dos poços cai entre 10% a 15% por ano. a produção em terra que vai gerar receita para se investir no pré--sal. trata-se de pensar no futuro, mas preservar o presente. o pré-sal vai virar realidade, mas a realidade presente são os campos terrestres e os campos no mar. São eles que vão gerar receita para investir em várias áreas, incluindo o pré-sal”, afirma.

Moczydlower diz que a produ-ção em terra é muito importante para a Petrobras, mas é ainda mais para as micro e pequenas produto-ras de petróleo e prestadoras de ser-viço que não dispõem de recursos suficientes para investir em alto--mar. De acordo com ele, perfurar um poço em alto-mar pode custar entre dez e cem vezes mais que perfurar um em terra.

“o maior desafio ainda é a aqui-sição de novas tecnologias a custos mais competitivos. Como os volumes produzidos pelos campos terrestres são menores que os produzidos no mar, o lucro das empresas é menor.

DURANTE A ABERTURA da Brazil Onshore 2011, Cristovam Penteado, gerente executivo de E&P Norte e Nordeste da Petrobras, informou que a estatal lançou recentemente uma concorrência para afretamento de 28 sondas de produção terrestre. Segun-do ele, a concorrência deve substituir cerca de 30% da frota de equipamentos afretados da estatal, atualmente em 86 unidades. A licitação terá índice de conteúdo nacional de 75%.

“Existem muitos equipamentos que precisam ser fabricados no Brasil. A Petrobras quer alcançar o máximo de conteúdo nas nossas licitações”, disse Penteado, informando que antes de lançar a licitação, a companhia conversou com as

empresas fornece-doras e está traba-lhando para incen-tivar a construção de novas fábricas no Brasil.

“A ideia é que as empresas inicial-mente se capacitem

para a fabricação de sondas de produção para depois passarem a produzir son-das de perfuração, equipamentos con-siderados mais complexos”, ressaltou. A Petrobras está preparando também uma licitação para renovar sua frota de sondas terrestres para perfuração, mas a concor-rência ainda não tem uma data definida para ir ao mercado.

Petrobras contrata 28 sondas

BRASIL ONSHORE EM NúMEROSVisitantes: 600

Sessões técnicas: 26

Painéis: 2

Congressistas: 400

Expositores: 50

TN Petróleo 81 67

Cobertura Brasil Onshore 2011

o preço dos equipamentos usados neste setor sobe quando o preço do barril de petróleo sobe. Mas quan-do o preço do barril cai, o preço dos equipamentos e materiais não cai. É uma luta manter os custos num patamar que viabilize nossos inves-timentos”, indica.

Vocação onshoreDe acordo com dados divulga-

dos pela Petrobras, a produção de petróleo em terra no rio Grande do norte subiu de 52.643 barris dia para 53.913 barris, em outubro de 2011. atualmente, o estado ocupa o pri-meiro lugar na produção de petróleo em terra, com a extração de 61 mil barris diários.

Segundo Luiz Carneiro, geren-te de engenharia de Produção da unidade de operação rio Grande do norte/Ceará, a Petrobras tem investido entre r$ 1,6 a r$ 1,8 bilhão por ano no rio Grande do norte (projetos em mar e em terra). o executivo indica ainda que só a injeção de vapor no Campo de es-treito já representa um incremento de cinco mil barris diários, o que leva a estatal a crer que com a con-clusão das demais fases do projeto haverá um incremento ainda maior da produção.

e o gerente geral de exploração e Produção da Petrobras no rio Grande do norte e Ceará, Joelson Falcão Mendes, garantiu que os investi-

mentos na produção e exploração de petróleo no rio Grande do nor-te não diminuirão com a execução do pré-sal, devendo se manter os investimentos na ordem de r$ 1 bi-lhão, iniciativa fundamental para a recuperação da produção terrestre no estado.

“o nível de investimento conti-nuará significativo no rio Grande do norte porque o pré-sal terá in-vestimentos adicionais, não havendo nenhum risco de qualquer prejuízo nem para as áreas terrestres nem para as áreas do mar”, disse Joelson. Segundo ele, a implantação de novas tecnologias tem sido fundamental para a revitalização e desenvolvi-mento dos campos maduros.

O IBP E A UNIVERSIDADE Federal da Bahia (Ufba) lançaram no primeiro dia da Brazil Onshore 2011 o livro Manual do operador de produção de petróleo e gás. A publicação é tradução da edição em inglês, da Comissão de Poços Marginais de Óleo e Gás de Oklahoma, adaptado à realidade dos campos marginais do Brasil.

Segundo o professor da Ufba, Donei-van Ferreira, a ideia do livro surgiu quando o Instituto de Geociências da universidade iniciou um trabalho no segmento onshore, quando foi criado um Grupo de Pesqui-sa Aplicada Multidisciplinar no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com especialistas do segmento, estudantes, pesquisadores, pro-fessores e uma forte interação com o setor (cadeia produtiva, órgãos reguladores, ICTs, órgãos de fomento à pesquisa, etc.).

“A estratégia foi identificar os gargalos e trabalhar para solucioná-los ou reduzi-los, segundo a seguinte lógica: pesquisa aplica-da, solução, direcionamento para o merca-do (Inovação) e criação de novos negócios (empreendedorismo e incubação)”, contou.

Para Nicolás Honorato, da RedePetro/Bahia, que também colaborou no livro, há alguns gargalos técnicos e regulatórios quanto aos campos marginais no Brasil, mas o grande desafio enfrentado pelos campos onshore no país é vencer as re-ticências políticas que impedem a nor-malização das atividades de exploração e produção desenvolvidas por empresas independentes brasileiras.

Doneivan conta que apesar da criação de vários cursos de capacitação técnica, formação e especialização, havia uma de-manda por material didático; e durante uma visita aos Estados Unidos, a universidade estabeleceu boa relação com a Comissão de Poços Marginais de Óleo e Gás de Oklahoma e resolveu publicar o livro. O Projeto Campo--Escola (Ufba/ANP) financiou a tradução, e o IBP a publicação e distribuição.

“Apesar de abrangente, o livro é bastante detalhado: são 848 páginas. O trabalho foi longo e difícil, pois não envolvia apenas a tradução. Estivemos debruçados neste projeto por longos dias para trazer o material para o contexto brasileiro (regulação, cenário mercado-lógico, especificidades da lei trabalhista, etc.). Fizemos várias revisões, mas pre-cisaremos do retorno dos leitores quanto a deslizes que acabaram passando des-percebidos. Já estamos programando uma segunda edição revisada.

O professor concluiu que no Brasil ainda há muito espaço para publicações técnicas (em português) em numerosas áreas ligadas à atividade petroleira e que se tiverem apoio, com certeza continuarão por este caminho. “O manual tem o objetivo de suprir uma demanda de material didático para os mui-tos cursos que estão sendo estabelecidos no país. Temos programas direcionados à capacitação técnica, mas não tínhamos um livro como esse. O manual trata em detalhe todas as atividades envolvidas no processo de produção, desde a extração até a comer-cialização do óleo especificado (incluindo segurança operacional, meio ambiente, manutenção, registro, etc.)”, complementa.

Segundo ele, o objetivo do manual nos EUA é capacitar o pequeno operador e, no Brasil, pode-se utilizá-lo nas escolas téc-nicas, universidades e nas empresas.

IBP e UFBA lançam livro na feira

James Revard, diretor executivo da Oklahoma Marginal Well Commission, e o professor da UFBA, Doneivan Ferreira.

68 TN Petróleo 81

Brasil e Canadá: parceria estratégica

eM ParCeria CoM o governo de alberta, a principal província produtora de petróleo do Cana-dá, e com a agência de crédito à exportação export Develop-ment Canada (eDC), o encon-tro intitulado ‘Brasil-Canadá: oportunidades no setor onsho-re’ foi realizado no Hotel Serhs natal e contou com a presença de empresas canadenses, como arktos, Brimnes energy, Pason Sistemas de Perfuração, Hyduke energy Services, Katch Kan, Kudu industries, entre outras, e representantes brasileiros, como Petrobras, agência nacional de Petróleo, Gás natural e Bio-combustíveis (anP), associação Brasileira dos Produtores in-dependentes de Petróleo e Gás natural (abpip), rede Petro-rn e Sebrae-rn.

atrás somente da arábia Saudita e da Venezuela, o Ca-nadá é a terceira potência mun-dial em reservas comprovadas de petróleo. o país está entre os maiores produtores de óleo e gás do mundo, tendo ficado em sexto lugar no ano de 2010 – segundo o relatório anual da petrolífera britânica BP (British Petroleum). a maior parte da produção canadense é de poços terrestres, sendo cerca de 70% deles na província de alberta. Para o Canadá, o Brasil é um

parceiro estratégico, e manter um intercâmbio entre as empre-sas dos dois países, principal-mente no que se refere ao setor de petróleo e gás, é um de seus principais interesses.

De acordo com o cônsul geral do Canadá, Sanjeev Cho-wdhury, o consulado tem ajuda-do às companhias canadenses a estabelecer contatos com a indústria brasileira, programan-do missões no país e organizan-do eventos como o workshop realizado em natal. “o consu-lado canadense também esteve

presente na Brazil onshore com uma delegação de sete empresas em seu estande. além disso, foi realizado um encontro de negócios, organizado pelo Sebrae-rn (Serviço de apoio às Micro e Pequenas empresas, seção rio Grande do norte), entre empresas canadenses e brasileiras na ocasião”, indicou.

o cônsul afirmou que o Canadá tem uma tradição

muito forte em onshore tendo cerca de 80 mil poços em terra, sobretudo na província de alberta.

Sanjeev en-fatizou ainda a realização do Global Petroleum Show (GPS), maior feira de petróleo voltada

eventos

Por mais um ano o Consulado Geral do Canadá promoveu, paralelamente à Brazil Onshore, um workshop para debater o setor de óleo e gás onshore, com representantes brasileiros e canadenses. O objetivo do evento foi estreitar as relações entre os países e apresentar oportunidades de negócios neste setor. A parceria entre Brasil e Canadá é antiga e a expectativa canadense é continuar expandindo essa relação.

TN Petróleo 81 69

Cobertura Brasil Onshore 2011

para atividades terrestres do mundo realizada em Calgary e que em 2012 será realizada nos dias 12 a 14 de junho; e a international Pipeline Con-ference (iPC) que também é promovida a cada dois anos, e é um dos mais importantes eventos mundiais do setor dutoviário, que mais recebe brasileiros no país, em torno de cem por edição. a edição de 2012 será realizada nos dias 24 a 28 de setembro.

Mais especificamente sobre a região petrolífera do Cana-dá, a TN Petróleo conversou com o diretor de comércio e investimento do Ministério das relações internacionais de alberta, Fabrício Lima. De acordo com Lima, a província de alberta tem 170 bilhões de barris comprovados de reserva não convencional e 1,4 bilhão de convencionais. Sua produ-

ção gira em torno de 2 milhões, sendo que 1,5 bilhão de óleo

não conven-cional e 500 milhões con-vencionais.

“nossa indústria local é constituída por pequenas

e médias empresas provedoras de produtos e serviços para o setor e somente em 2011 o nú-mero de poços perfurados em alberta passou de 10 mil e a previsão é de superarmos isso em 2012”, afirmou. o executi-vo indicou ainda que na área de downstream, alberta possui uma rede dutoviária “alberta hub” de 412,555 km distribuin-do óleo e gás para mercados no Canadá e estados unidos.

as empresas canadenses que fazem esse intercâmbio e vieram se apresentar ao Brasil,

em natal, atuam em ativi-dades como o transporte de sondas, cuidados necessários para evitar vazamentos de pe-tróleo e gás, fabricação, reparo e distribuição de equipamen-tos para campos petrolíferos e suprimentos, fornecimento de compressores de campos petrolíferos, etc. a província canadense é referência no de-senvolvimento de tecnologias capazes de aumentar o fator de recuperação de campos ma-duros em terra.

na noite do segundo dia da Brazil onshore, o Consulado Geral do Canadá no rio de Ja-neiro promoveu uma recepção de negócios no Solar Bela Vista (Sesi), um edifício construído para ser um palacete resi-dencial, com uma arquitetura no estilo neoclássico. a noite encerrou com show da banda Meirinhos do Forró.

70 TN Petróleo 81

Com uma trajetória que vai do setor de infraestrutura até a indústria de óleo e gás, o engenheiro paulista José Eduardo Frascá Poyares Jardim leva uma vida agitada por conta da diversidade das atividades de que participa. Apaixonado pela engenharia civil, ele fala dessa profissão que o levou a incrementar grandes obras e empreendimentos emblemáticos no país. por Maria Fernanda Romero

perfil profissional

ForMaDo eM engenharia civil, pela escola Politécnica da univer-sidade de São Paulo (Poli-uSP), José eduardo Jardim, 74 anos, possui especializações em estradas de rodagem, terraplenagem, pavimen-tação, obras de arte em concreto armado. na indústria de petróleo, se especializou em exploração e produção, perfuração, montagem de dutos e perfuração direcional.

“escolhi engenharia civil, pois ela está no meu Dna”, enfati-zou. apaixonado desde jovem, sempre admirou a oportunidade que a engenharia tem de concretizar o ato de planejar e o de materiali-zar um projeto.

Jardim considera que iniciou sua carreira ainda como estudante, pois entrou na construção civil antes de se formar. Como sempre foi empreendedor, exerceu várias atividades, inclusive como corretor de imóveis. entretanto, começou como diretor acionista na Companhia Potiguar de Perfurações, onde foi diretor até a aquisição da empresa pela azevedo & travassos Petróleo.

Sua experiência na Companhia Potiguar de Perfurações o le-vou a participar de várias obras na área de infraestrutura, inclu-sive a oportunidade de atuar junto à Petrobras na construção de dutos de transporte de óleo e gás. o executivo lembra que como a empresa não tinha experiência nessa área, tiveram que fazer uma joint-venture com uma empresa americana, e assim se credenciar para realizar a obra.

movido a óleo e gásUM ENGENHEIRO

TN Petróleo 81 71

Mais tarde, já devidamente credenciados pela Petrobras, realizaram o trabalho de execu-ção de um trecho do nordestão, duto que liga os estados do rio Grande do norte a Pernambuco.

Daí em diante, o processo evo-luiu e apareceram várias oportu-nidades de a empresa participar de editais públicos, tendo como ápice a participação em contratos de risco para exploração de pe-tróleo, realizados pela Petrobras. nesse momento, foi decidida a criação da azevedo&travassos Petróleo, da qual Jardim foi um dos idealizadores, atuou por 38 anos e chegou ao cargo de diretor superintendente. ele ressalta que a companhia foi a primeira empresa brasileira a participar de um contrato de risco desse tipo com a Petrobras.

Carreira no óleo e gás – em 1998, o engenheiro fundou a in-tech engenharia, onde assumiu o cargo de diretor superinten-dente. ele foi ainda um dos cinco responsáveis pela fundação da Starfish oil & Gas, constituída em 1999 por ex-executivos da Petrobras. Como acionista e dirigente, ocupou cargos de di-retoria e depois foi presidente do conselho de administração, par-ticipando deste último até que a empresa fosse vendida para a Sonagol, em março de 2010.

Para Jardim, sua principal conquista foi ingressar na área de exploração e produção de óleo e gás no Brasil, o que proporcio-nou diversos desdobramentos profissionais em sua carreira, como oportunidades para a prestação de serviços de perfu-ração de poços de petróleo para exploração e produção.

o executivo relembrou com orgulho sua passagem pela Starfish que, segundo ele, tem

particularidades interessantes, pois foi a primeira genuinamente brasileira de exploração de pe-tróleo: “ela foi criada e começou como parceira da Petrobras na exploração de petróleo offsho-re no litoral de Santa Catarina, depois passou para exploração onshore, por meio de leilões da agência nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (anP), até tornar-se operadora. era esse status que ela detinha – operadora de blocos terrestres – antes de ser vendida”, conta.

outra passagem marcante em sua trajetória profissional se deu foi quando foi coordenador da Comissão de exploração e produção de Petróleo do instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Bio-combustíveis (iBP), e analisou e

acompanhou o projeto da nova Lei do Petróleo. na ocasião pôde vivenciar um momento impor-tante porque a experiência de quebra do monopólio de explora-ção de petróleo foi um marco.

Sobre seu trabalho atual, o en-genheiro diz que a intech enge-nharia ocupa nichos que envol-vem tecnologias, o que os motivou a buscar know-how estrangeiro em várias áreas. Começaram esse esforço com a perfuração hori-zontal direcional e nesse trabalho foram um dos pioneiros, trazendo para o Brasil a tecnologia da em-presa francesa HDi.

ele informa que não só importam o know-how, mas o nacionalizam e o desenvolvem para condições locais. Jardim diz que seu principal objetivo como diretor superintendente da em-presa é buscar e ocupar nichos em áreas em que as tecnologias ainda não estejam sendo desen-volvidas no Brasil. Dessa forma, a perfuração direcional, que co-meçou na área de óleo e gás, já migrou para outros setores, como mineração, saneamento, teleco-municações e energia elétrica, além da prospecção de petróleo em reservatórios rasos.

um dos projetos da empresa é manter-se na busca de novos desafios na área de perfura-ção direcional em áreas ainda não desenvolvidas no Brasil. uma delas é o aproveitamento de energia geotérmica. Frente a isso, Jardim comenta que a intech está participando de um cluster de bioenergia, um grupo de empresas focadas no desen-volvimento do mercado de etanol e da cogeração de energia. eles apostam nesta área motivados pela tendência de crescimento e de ocupação de uma participa-ção de destaque na matriz ener-gética brasileira, o que confirma

Idade: 74

Principais cargos: diretor, vice-presidente e presidente

Hobby: caminhar e praticar esportes (leves), reunir a família nos finais de semana na praia ou no campo, ou mesmo jantar em uma pizzaria

Bom lugar para descansar: uma fazenda no Centro-Oeste do Brasil

Livro: biografias

Música preferida: brasileira dos anos 60

Um filme: clássicos do cinema europeu

72 TN Petróleo 81

a vocação da empresa com a questão da inovação.

outra área que o executi-vo listou foram as tecnologias de shore approach na área de perfuração direcional, na qual há poucas empresas realmente habilitadas a atuar. Segundo ele, há uma oportunidade grande de atuação, sobretudo por se exigir uma expertise de seguir à risca os requisitos de meio ambiente e realizar operações que respeitem as noções de sustentabilidade.

Sobre o atual mercado brasileiro, o diretor da intech afirma que o Brasil vive um momento excepcional com a descoberta de jazidas de óleo e gás no chamado pré-sal e que é um desafio grande não apenas no que se refere à tecnologia, mas também pela abertura que ela possibilita de desenvolvi-mento da indústria nacional de petróleo e gás. “nossa expec-tativa é que se possa aproveitar essa oportunidade de riqueza no offshore brasileiro para transformá-la em riqueza para o povo brasileiro”, pontua.

Dinamismo é seu segundo nome – e a história profissional de José eduardo Jardim não para aí. além de hoje ser diretor superin-tendente da intech, extremamen-te dinâmico, ele ainda é diretor presidente da abrapet (associa-ção Brasileira dos Perfuradores

de Petróleo), vice-presidente da abdib (associação Brasileira de Desenvolvimento das indústrias de Base) e engenheiro associado da SPe (Society of Petroleum en-gineers) e do instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustí-veis (iBP). Para Jardim, participar de associações é ter a disposição para se doar um pouco para uma classe e para seu país.

Há vários anos na presidên-cia da abrapet, associação que reúne as empresas brasileiras de perfuração de petróleo offshore e onshore, trabalha para consolidar esse mercado por meio da cons-trução e operação de plataformas no mesmo nível de excelência em que atuam. “o que podemos dizer é que os associados têm tido um desempenho igual ou até melhor do que grande parte das empresas estrangeiras da mesma área”, complementa.

na abdib, atua no desenvol-vimento da infraestrutura e par-ticipa como vice-presidente na

área de petróleo e gás, que tem por objetivo identificar os temas prioritários, propor sugestões para um bom desenvolvimen-to do setor, na atratividade de novos investidores, e na busca de condições isonômicas de compe-tição para a indústria nacional do setor.

ademais, é um associado da SPe desde 1986, entidade na qual recebeu prêmios em função do tempo de sócio efetivo. Foi presidente por duas ocasiões da seção brasileira da associação que reúne engenheiros especia-lizados na indústria de petróleo em nível mundial e, em função dessa qualificação, possibilita o acesso ao conhecimento do que há de melhor nessa área, além do reconhecimento que a SPe desfruta no mundo todo.

reconhecendo sua vida atri-bulada e agitada pela diversida-de das atividades de que parti-cipa, Jardim, casado há 48 anos, diz que mesmo assim consegue conciliar os negócios com sua vida pessoal. o engenheiro acre-dita que teve muita sorte e boas oportunidades de viver momen-tos importantes do país e que sua carreira sempre foi uma busca por aprendizado. apesar disso, acredita que tem muito a apren-der e continua interessado em buscar coisas novas para trazer para nosso país, nacionalizando e melhorando tecnologias.

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Honeywell Green Jet Fuel

Ano 3 • nº 19 • janeiro de 2012 • www.tnsustentavel.com.br

Nesse último Caderno de 2011 e já primeiro de 2012, trazemos alguns destaques com sabor de ba-lanço e esperança. Pensar no que foi sonho e virou conquista, ou mesmo no que não se concretizou, nos ajuda a analisar os fatos, perceber os erros e planejar o futuro.

Em entrevista exclusiva à TN Petróleo, Eduardo Santiago, gerente de relações internacionais da As-sociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), fala sobre a estrutura da norma ISO 26000, sua aplicação e seus impactos na economia brasileira após um ano de publicação e destaca também que a escolha do Brasil para compartilhar com a Suécia a presidência do comitê mundial para a construção da norma, que ocorreu por sermos o país que tem as melhores condições para li-derar questões no âmbito de responsabilidade social. “O exercício da liderança ajuda a difundirmos a questão de responsabilidade social em nosso país”, acrescenta ele.

No âmbito empresarial, em destaque, a certeza de que o investimento em inovação para aprimorar as tecnologias que visem a sustentabilidade ambiental em produtos e serviços é aposta certa para o futuro dos negócios. O presidente da Shell no Brasil, André Araújo lembrou que com o crescimento da população mun-dial nos próximos 40 anos, que chegará a nove bilhões

de habitantes, a demanda por energia exigirá grandes investimentos por parte das companhias, e isso inclui investir em inovação. Pedro Luiz Fernandes, presidente regional da Novozymes para a América Latina, que está inaugurando um novo centro em P&D no Brasil, decla-ra que as novas instalações e a maior capacidade de realizar pesquisas devem promover o crescimento de biocombustíveis avançados no Brasil. “Esse é um setor que cria empregos, fomenta o desenvolvimento de novas tecnologias, abre novas oportunidades de exportação para o Brasil e a América Latina e estabelece soluções sustentáveis essenciais para o mundo”

E por fim, no artigo “Coleta e rerrefino: práticas sustentáveis”, nos mostra como as práticas de coleta e rerrefino de óleo lubrificante usado ou contaminado são percebidas hoje como um processo sustentável e cada vez mais importante no cenário mundial, por ser uma forma de preservar os recursos não renováveis como o petróleo e, devolver a utilidade ao produto, tornando-o nobre novamente.

Portanto, prezados leitores, 2011 nos soa, como o ano da conscientização e estamos torcendo para que 2012 seja o das concretizações inovadoras.

Lia MedeirosDiretora do Núcleo de Sustentabilidade da TN Petróleo

Sumário

72 74 76Seminário Nacional de Energia Solar Novozymes

O futuro da energia solar no Brasil

Pesquisa no Brasil

Voo sustentável

Concretizações inovadoras em 2012Editorial

Eficiência Energética • Comercialização de Energia • Legislação Ambiental • Reciclagem

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TN Petróleo – A ISO 26000 é a primeira norma internacional de Responsabilidade Social. Quando e como começou a ser desenvolvida?

Eduardo São Thiago – Ela começou a ser discutida em 2005 e foi elaborada por representantes de diversas stakeholders, de quase cem países desenvolvidos e em desenvolvimento. A ISO (Organi-zação Internacional de Normaliza-ção) formou um grupo de trabalho de Responsabilidade Social para elaborar a nova norma, a qual foi publicada no início de novembro de 2010. O grupo teve a liderança do SIS (Instituto Sueco de Norma-lização) e da ABNT. Note-se que foi retirado o termo “corporativo” do título da norma, para não dar a conotação errada de que é somente relacionada às empresas, uma vez que a intenção é que seja aplicável por organizações de qualquer tipo ou tamanho.

Qual o objetivo da ISO 26000? Quais são suas principais dire-trizes?

O objetivo é estabelecer um entendimento comum entre as práticas de responsabilidade social, para orientar as organiza-ções no rumo de um desenvolvi-mento sustentável. São sete as suas principais diretrizes, que chamamos de ‘temas centrais’: governança organizacional, di-reitos humanos, práticas traba-lhistas, meio ambiente, práticas operacionais justas, questões relativas ao consumidor, e en-volvimento e desenvolvimento da comunidade. Ressalto que eles devem ser implementados de forma holística e integrada.

Qual sua importância? O que irá mudar com a norma?

A norma é importante porque tende a mexer com as práticas das organizações, orientando-as a aplicar práticas socialmente res-ponsáveis e que contribuam para o desenvolvimento sustentável. É difícil estimar seu efetivo impac-to, mas seguramente fará grande diferença na governança organi-zacional. Recentemente, tivemos uma reunião internacional aqui no Brasil e recebemos representantes de diversos países. Percebemos que há um esforço mundial de adoção da ISO 26000. Para dar um exemplo, só no Brasil, com o apoio da Petrobras, fizemos em 2011 inúmeros eventos no país todo para divulgar a norma.

A presidência do comitê mundial de construção da ISO 26000 foi compartilhada entre um país em desenvolvimento, o Brasil (co-ordenada pela ABNT), e um país desenvolvido, a Suécia (SIS, Insti-tuto Sueco de Normalização), fato

Entrevista especial: Eduardo São Thiago, gerente de Relações Internacionais da ABNT

Publicada no final de 2010, a norma foi um marco histórico, não apenas pelo inovador processo de sua elaboração, como pelo seu conteúdo. Eduardo São Thiago, gerente de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), fala sobre a estrutura da norma, sua aplicação e seus impactos na economia brasileira após um ano de publicação.

ISO 26000:DIRETRIzES SOBRE RESPONSABILIDADE SOCIAL

por Maria Fernanda Romero

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que foi novidade no que se refere à liderança de um grupo de trabalho para a elaboração de uma norma internacional no âmbito da ISO. Por que o Brasil foi escolhido?

Fomos indicados em primeiro lugar como o país que tem as me-lhores condições para liderar ques-tões no âmbito de responsabilidade social. Isso foi importante porque é o reflexo do trabalho que desen-volvemos durante anos. O exercício da liderança ajuda a difundirmos a questão de responsabilidade social em nosso país.

Qual a diferença da norma ISO 26000 em relação às outras, como as das séries 9000 (gestão da qualidade em negócios) e 14000 (meio ambiente)?

Consideramos a ISO 26000 a terceira geração de normas ISO. A ISO 9000 trazia uma visão mais econômica e significava que uma empresa possuía um sistema gerencial voltado para a qualida-de; a ISO 14000 trazia uma visão econômico-ambiental e definia parâmetros e diretrizes para a gestão ambiental das empresas. Já a ISO 26000 apresenta diretri-zes de responsabilidade social e traz uma visão integrada, englo-bando as questões econômica, ambiental e social.

Como foi a participação dos diver-sos stakeholders?

O grupo de trabalho que elabo-rou a ISO 26000 teve a participa-ção equilibrada de seis grupos de stakeholders: indústria, trabalhado-res, consumidores, organizações não governamentais, governo, e outros. Desta forma, cada grupo pôde oferecer sua contribuição para que a norma pudesse de fato contemplar os pontos de vista de to-das as partes interessadas e assim alcançar seu objetivo de tornar--se ferramenta que pudesse ser utilizada por organizações de todos os tipos e tamanhos, localizada em qualquer parte do mundo.

Qual a importância da adoção dessa ISO pelas empresas e outras organizações?

A responsabilidade social das organizações é muito importante. Vivemos em um mundo em que a sustentabilidade é fator impres-cindível e a responsabilidade social é a nossa resposta a este cenário, é ter uma relação ética com os diferentes públicos, com respeito aos direitos humanos; é garantir a diversidade, seguran-ça, saúde e confiança nas rela-ções de trabalho, etc. Acredito que a ISO 26000 é uma semente

que vai dar bons frutos, ela vai ajudar as pessoas e organiza-ções a aderirem aos aspectos de sustentabilidade.

Quais os principais desafios em relação à gestão e o conceito de Responsabilidade Social Empresa-rial (RSE)?

A maior dificuldade é a menta-lidade vigente, ainda muito relacio-nada ao aspecto econômico... Essa mudança leva tempo, só vai aconte-cer aos poucos. Outra dificuldade é a disparidade de realidades econô-micas dos próprios países e tam-bém dentro deles. Por exemplo, no Brasil, temos realidades diferentes no Rio de Janeiro em comparação com o Nordeste e outras regiões. O desafio é assegurar a relevância da ISO 26000 para encarar estas questões e também, por exemplo, para pequenas, médias e grandes empresas.

Como você definiria “uma gestão socialmente responsável”?

É uma gestão que se preocupa em desenvolver os sete temas cen-trais da ISO 26000. Uma empresa consciente disso e que consiga tra-duzir estes temas em seus negócios pode considerar que sua gestão é socialmente responsável.

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Os principais especialistas do setor de energia se reuniram no Rio de Janeiro, no Seminário Nacional de Energia Solar para debater as novas tecnologias e o futuro do mercado da energia solar no país.

Ainda com pouca expressão na matriz energética brasileira, mas com grande potencial,

o setor de energia solar foi palco de discussões com a participação de di-versos agentes do setor energético brasileiro, que se uniram para propor ideias para o crescimento desse mer-cado no Brasil.

Um dos destaques do evento foi a Carta do Sol, documento que tem o intuito de fomentar a indústria da energia solar, através de incentivos fiscais e financiamento para empre-sas fornecedoras de equipamentos

solares. O docu-mento teve como inspiração a Car-ta dos Ventos da energia eólica, que ajudou a le-var o setor a ter preços tão compe-

titivos quanto a energia hidrelétrica. O secretário Júlio Bueno, um dos

idealizadores da carta, lembrou que o estado do Rio já saiu na frente na questão fiscal, desonerando equi-pamentos de energia solar e eólica do pagamento de ICMS. “Já há di-

versas empresas interessadas em investir e se ins-talar no Rio de Janeiro”, afirmou Julio Bueno.

Outra iniciativa lembrada na aber-

tura do evento pelo secretário de Am-biente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, foi o investimento do governo estadual na implantação de “escolas verdes”, com telhado solar. Inaugurado este ano, o Colégio Estadual Erich Walter conta com painéis solares, área para reciclagem

O futuro da energia solar no Brasil

por Rodrigo MiguezFo

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e reaproveitamento de água da chuva. Segundo Minc, a ideia é que o projeto vá para mais 14 escolas.

Segundo Tito Angelo Lobão, es-pecialista em Regulamentação da entidade, que palestrou no evento, a energia solar, tida como cara, tem alguns projetos de outorga em análise pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Temos seis soli-citações para termossolares e 29 para fotovoltaicas. O interesse vem aumentando”, disse.

De acordo com Tito, a geração termossolar necessita de uma re-gulamentação para que sejam feitos leilões, o que fará com que o preço da energia baixe com o tempo. Hoje, o megawatt hora para uma usina fo-tovoltaica está em torno de R$ 500.

Uma das ideias citadas durante o Seminário de Energia Solar foi a criação de um sistema de compensa-ção de energia no qual o consumidor

que gera energia solar e coloca na rede recebe, na conta, como bene-fício, créditos em KWh. A ação de eficiência energética teria validade de 12 meses.

Desenvolvimento tecnológicoNa segunda parte do seminário,

o desenvolvimento tecnológico da cadeia de energia solar foi alvo de grandes debates. Leônidas Andrade, diretor de Sistemas Fotovoltaicos, da Associação Brasileira de Eletroeletrô-nica (Abinee) afirmou que atualmen-te, junto à associação, existem 110 empresas no país ligadas de alguma forma ao setor solar. Para ele, é pre-ciso que o Brasil tenha uma demanda robusta para que as empresas tenham segurança para investir no mercado.

“Queremos que se crie uma ca-deia produtiva no setor fotovoltaico no país, afirmou Leônidas, que disse haver um projeto piloto no Rio Grande

do Sul para a fabricação de placas fotovoltaicas com tecnologia nacional.

O Ministério de Ciência e Tecnolo-gia está construindo, em Pernambu-co, a fase 1 do Centro Experimental de Tecnologias em Energia Solar, com investimentos de R$ 23 milhões. Feito em parceria entre a Chesf, a Cepel e a Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe), o centro vai servir como local de testes de geração heliotérmica, através de cilindros parabólicos.

Para Eduardo Soriano, coorde-nador de tecnologia e inovação no Ministério de Ciência e Tecnologia, a energia solar é prioritária para o país e vai ganhar cada vez mais espaço nos próximos anos. A área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Ministério está elabo-rando o Plano de Ciência, Tecno-logia e Inovação (Pacti) que tem a energia solar como destaque e será implantado até 2015.

Shell: inovação para óleo e gásNO FIM DO MêS de novembro, a Shell promoveu um encontro para apresentar as novidades desenvolvidas pela empresa para o setor de petróleo, gás e biocombus-tíveis. Além dos representantes da Shell, membros da Coppe/UFRJ também mos-traram seus estudos com as inovações para o setor.

O presidente da Shell no Brasil, An-dré Araújo, lembrou que com o cresci-mento da população mundial nos próxi-mos 40 anos, que chegará a nove bilhões de habitantes, a demanda por energia exigirá grandes investimentos por parte das companhias, e isso inclui investir em inovação. O executivo ressaltou que investir em fontes renováveis de energia é primordial para a garantia de energia para as gerações futuras. “Precisamos de energia, e uma energia cada vez mais limpa. Por isso, investimos fortemente em inovação tecnológica”, afirmou.

Tida como a menina dos olhos da companhia petrolífera no Brasil, o Parque das Conchas é um exemplo do uso da inovação pela empresa. Com três campos, nove poços de produção e um poço injetor de gás, o bloco BC-10 foi o primeiro pro-jeto com todos os campos de produção com separação de óleo e gás.

Fora do Brasil, a Shell também está investindo em novas tecnologias, como na conversão do gás em produtos lí-quidos, usados em combustíveis para aquecimento, transportes e lubrifican-tes. No Qatar, a empresa construiu a maior planta do mundo de conversão de gás para líquidos, chamada Pearl GTL. Outra solução que está sendo cons-truída na Austrália pela companhia é a Prelude FLNG, a primeira e maior unidade flutuante do mundo para con-versão de gás para líquido.

O GTL (gas to liquid) é visto por muitos especialistas como uma das novas opções de combustível para o futuro, pois é uma solução tecnológica para as restrições de queima de gás. No mundo, além da planta

da Shell no Qatar, existem projetos de GTL na África do Sul e na Malásia.

Para o Roberto Schaeffer, profes-sor do Programa de Planejamento Ener-gético da Coppe/UFRJ, as perspec-tivas para o futuro do setor de energia no Brasil são muito

positivas e com foco nos combustíveis renováveis. Segundo ele, o gás natural e as fontes alternativas serão os setores que mais serão demandados até 2050, e para isso será essencial o investi-mento em inovação. “A inovação terá papel fundamental no futuro da matriz energética brasileira”, afirmou.

De acordo com o especialista, a era dos combustíveis fósseis está longe de acabar, mas, desses combustíveis, o que irá se destacar é o gás natural, pois, se-gundo ele, terá papel importante na des-carbonização dos países campeões de liberação de CO2 na atmosfera.

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Honeywell Green Jet Fuel abastece rota comercial regular da Aeroméxico

A uoP LLC, empresa da Ho-neywell, anunciou em no-vembro que o Honeywell

Green Jet Fuel™, produzido com a tecnologia de processos da uoP, está abastecendo a rota da aeroméxico entre a Cidade do México e San José, na Costa rica, marcando um dos primeiros usos de combustível renovável no serviço diário de voos para passageiros.

a aeroméxico começou a utilizar o Green Jet Fuel produzido pela uoP da Honeywell em sua rota regular que liga a Cidade do México à Costa rica, como parte de seu projeto Gre-en Flights, desenvolvido para reduzir a emissão de gases que geram efeito estufa. o Boeing 737-700 operado pela companhia, que transporta até 124 passageiros, usará uma mistura de 15% de Green Jet Fuel feito do vegetal não comestível camelina e combustível à base de petróleo.

a agência Mexicana de aero-portos e Serviços auxiliares (aSa) faz a mistura de Green Jet Fuel com o combustível à base de petróleo. a agência também desenvolveu o Plano de Voo na Direção dos Biocom-bustíveis para a aviação Sustentá-vel no México, que se concentra em identificar e analisar os elementos da cadeia de produção de biocom-bustíveis para a aviação no México.

“essa rota comercial regular abastecida pelo Honeywell Green Jet Fuel é um enor-me passo para o estabelecimento do mercado de biocombustíveis para aviação e o uso generalizado desses combustí-veis”, disse Jim Rekoske, vice-presidente e gerente geral da área de energia renovável e produtos químicos da Honeywell uoP. “Com a adição dessa rota, a

aeroméxico e a aSa estão ajudando a tornar realidade as viagens aéreas ecologicamente mais limpas a partir de fontes de energia não fósseis.”

De acordo com a aSa, a aviação mexicana espera que os biocombustíveis representem 1% do combustível usado no México até 2015 e 15% até 2020.

a rota de biocombustíveis da ae-roméxico vem na esteira de vários voos comerciais em todo o mundo. a companhia realizou o primeiro voo comercial transatlântico da Cida-de do México até Madri em agosto passado, usando o Green Jet Fuel produzido pelo processo Honeywell uoP. além disso, a iberia airlines, em parceria com a companhia pe-trolífera espanhola repsol, usou o Green Jet Fuel feito de camelina para um voo entre Madri e Barcelona no início de outubro. Para os dois voos, a aSa produziu a mistura do bio-combustível com combustíveis à base de petróleo para fornecer o produto utilizado para abastecer os aviões.

a tecnologia de processos uoP da Honeywell produz o Green Jet Fuel a partir de óleos naturais e resí-duos. o combustível cumpre todas as especificações para voos e, quando usado em uma mistura de 50-50 com combustível derivado do petróleo para aviação, é um substituto que

não requer nenhuma alteração na aeronave nem no motor.

até agora, o Honeywell Green Jet Fuel foi utilizado em mais de 20 voos – incluindo testes e reais – em plataformas comerciais e militares. em cada voo, o biocombustível se saiu tão bem quanto os combustíveis tradicionais à base de petróleo, se não melhor. o combustível recebeu aprovação da aStM para voos co-merciais em julho de 2011.

a uoP, da Honeywell, é re-conhecida por ser líder global em tecnologia de processos que converte matérias-primas de pe-tróleo em combustíveis e produtos químicos. a companhia está de-senvolvendo e licenciando uma variedade de processos para pro-duzir combustíveis verdes a partir de matérias-primas naturais.

em 2007, a uoP comercializou o processo uoP/eni ecofining™ para produzir o combustível Honeywell Green Diesel™ a partir de óleos na-turais e resíduos. em 2008, a uoP formou a joint venture envergent technologies LLC com a ensyn Corp. para oferecer tecnologias que con-vertem biomassa de resíduos sólidos, como resíduos florestais e agrícolas, em energia térmica renovável e com-bustíveis para transporte.

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Novo sistema de abastecimento para

estação brasileira está em fase de testes

A Glow Soluções técnicas indústria e Consultoria, empresa genuinamente

brasileira, é a responsável por fabricar e montar o novo siste-ma de abastecimento de diesel da estação antártica Coman-dante Ferraz.

o sistema, que levará 450 toneladas de óleo diesel direta-mente de um navio não ancorado para os tanques em terra, per-mitirá que o abastecimento seja feito em um ou dois dias e de forma segura, tanto para o meio ambiente quanto para o pes-soal envolvido. este projeto foi viabilizado graças a um acordo de cooperação entre a Comissão interministerial para recursos do Mar (Cirm) e a Petrobras, com os fundos sendo gerenciados pela Fundação de apoio à universi-dade do rio Grande (Faurg).

De acordo com Ricardo Hen-rique Castrioto F. Mello, diretor presidente da companhia, o procedimento acontecerá da seguinte forma: “a embarcação estará a uma média de 400 m do litoral. um mangote é lançado ao mar dividido em oito tramos de 120 m, formando uma extensão de 960 m de mangote linear, ten-

do como objetivo ligar os tanques existentes atualmente na estação ao navio. Por essa conexão pas-sará o óleo que abastecerá a base por pelo menos oito meses.”

esse sistema de mangote foi concebido trabalhando a ‘meia água’, sendo sustentado por boias e liberando a passagem de blocos de gelo. além disso, o sistema conta com um cabo ligado às conexões dos tramos que servem como guia principal para todo o mangote, livrando-o de qualquer efetiva carga de tra-ção, mantendo-o livre de tensões significativas.

a duração deste abastecimen-to está prevista para cerca de dez horas, tendo uma vazão de 46 m³/h, reduzindo dessa forma a quase zero a possibilidade de impactos ambientais. Hoje, esta operação é feita por balsa e pode durar até 15 dias, a depender das condições climáticas.

“este sistema é pioneiro no mundo e abre perspectivas de melhora na logística para todas as bases situadas em ambos os polos. o projeto foi supervisiona-do por especialistas multidisci-plinares, e todo o abastecimento será escoltado por uma equipe pronta para qualquer imprevis-to”, afirma Castrioto.

“Foi um grande desafio, em função de sua característica multidisciplinar, que por sua vez se encaixou perfeitamente na filosofia das soluções dadas pela empresa no dia a dia. a grande-za pode ser norteada a partir dos segmentos envolvidos, entre eles conhecimento de navegação, operação de navios, operação portuária, movimentação e logís-tica de cargas, calderaria, mecâ-nica, hidráulica de alta e baixa pressão, segurança do trabalho e segurança ambiental”, concluiu o executivo.

Glow Solutions entrega solução para base na Antártica

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Empresa de bioinovação inaugura laboratórios de P&D no Brasil

no FinaL De noVeMBro, a novozymes, líder mundial em bioinovação, inaugurou seus novos laboratórios de Pesquisa & Desenvolvimento e as novas instalações de Soluções para Clientes, em araucária, no Para-ná, a fim de expandir sua atuação no Brasil. o novo centro deve consolidar pesquisas em vários setores, com aplicações em áreas como panificação, agricultura e limpeza doméstica. o foco inicial será em bioenergia.

“as novas instalações e a maior capacidade de realizar pesquisas devem promover o crescimento de biocombustíveis avançados no Brasil, um setor que cria empregos, fomenta o desen-volvimento de novas tecnolo-gias, abre novas oportunidades de exportação para o Brasil e a américa Latina e estabelece soluções sustentáveis essenciais para o mundo”, disse Pedro Luiz Fernandes, presiden-te regional da novozymes para a américa Latina.

Brasil: líder global em inovação de biocombustíveis – o Brasil f igura en t re os p r inc ipa i s produtores mundiais de cana-de-açúcar, b iocombust íveis e ve í cu los b i co mbus t í ve i s (flex), áreas com perspectivas de c resc imento g loba l nos próximos anos. Cerca de 90% dos veículos fabricados no Brasil são equipados com motores b i c o m b u s t í v e i s a l t a m e n t e eficientes, que operam com gasolina e etanol combustível.

o país espera dobrar a produ-ção de etanol até 2020 para atender à crescente demanda doméstica e aos mercados internacionais. estudos da novozymes indicam que o uso do bagaço e da palha da cana-de-açúcar pode duplicar o volume de etanol produzido dentro da mesma área plantada.

e já está colaborando com al-gumas das principais empresas da área na américa Latina, como Dedini, Cetrel, CtC (Centro de tecnologia Canavieira) e Petro-bras, a fim de realizar pesquisas e comercializar biocombustíveis avançados no Brasil.

Forte compromisso com a rede global de P&D da Novozymes – o novo centro de pesquisa representa uma grande expansão da novozymes no Brasil, aumentando

seu quadro de funcionários em cerca de 10% e agregando novas competências à equipe atual, que atua nos departamentos de produção, administração, vendas, atendimento ao cliente e sustentabilidade.

a novozymes conta com oito centros de P&D localizados globalmente (dois nos estados unidos e outros na inglaterra, Dinamarca, índia, China, Japão e Brasil). Cada um desses centros representa um conjunto específico de habilidades e competências, interligados por sistemas globais de gestão do conhecimento e de projetos. anualmente, a novozy-mes realiza investimentos signifi-cativos em P&D – em média, 14% das receitas globais de vendas. assim, o novo centro de pesqui-sa brasileiro integrará uma rede corporativa global e sólida.

Novozymes investe em pesquisa no Brasil

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o BanCo Do BraSiL, em parceria com a Secretaria especial de Desen-volvimento econômico Solidário da Cidade do rio de Janeiro (Sedes) e o Serviço de Brasileiro de apoio às Mi-cro e Pequenas empresas (Sebrae), inauguraram no dia 19 de novembro, a Loja da rede de economia Popular Solidária (rio ecoSol), que funcio-nará no quiosque do banco, na Praia de Copacabana.

a Loja rio ecoSol abrigará a ex-posição e venda de produtos produzi-dos por mais de cem empreendimen-tos populares do rio de Janeiro. os produtos são em sua maioria artigos de decoração, acessórios e utilitá-rios criados por artesãos oriundos de diversas comunidades, como: Cidade de Deus, Cantagalo, Pavão/Pavãozinho, Morro Dona Marta e dos Complexos do alemão e da Maré.

o quiosque do Banco do Brasil conta também, todos os sábados e domingos, com shows e oficinas mu-sicais abertas ao público. o espaço também oferece, gratuitamente, aos

donos de quiosques da orla carioca uma série de cursos de capacitação, tais como reciclagem de resíduos, gestão de fluxo de caixa e estoques, associativismo e cooperativismo.

a DeManDa MunDiaL por moto-res com baixa emissão de Co2 tem crescido, sobretudo na américa do norte e europa. alinhada a esta de-manda comercial, a allison trans-mission, líder na produção de trans-missões automáticas para veículos e de sistemas híbridos de propulsão para ônibus urbanos, comemora sua unidade de número 5.000 do H 40/50 eP, sistema híbrido destinado para ônibus e veículos comerciais – tanto para o trânsito urbano quanto para os que fazem interligação entre cidades.

entre os diferenciais do siste-ma estão a redução do consumo de combustível, o baixo nível de emis-sões de gases, economia no sistema de freios de serviço, e o silêncio da propulsão pela energia das baterias quando ela se une à potência gera-da pelo motor durante o trajeto. “a empresa vem equipando veículos híbridos desde 2001, acumulando cerca de 630 milhões de quilômetros rodados. isso comprova a confiabi-

lidade, durabilidade e desempenho do nosso sistema H40/50 eP”, diz Lawrence e. Dewey, Ceo da allison transmission. “a produção da nossa transmissão híbrida de número 5.000 é um marco para a indústria como um todo”, complementa.

a companhia estima que, até outubro de 2011, todos os veículos equipados com seu sistema híbrido de propulsão tenham economizado em torno de 77 milhões de litros de diesel, evitando a emissão de quase

204,9 milhões de toneladas métricas de Co2 na atmosfera.

a empresa, que trabalha suas pesquisas nas tecnologias híbridas em série ou paralelo, tem exper-tise reconhecida pelo presidente norte-americano Barak obama, que visitou a planta de indianópo-lis juntamente com o secretário dos transportes ray LaHood.

o sucesso obtido levou a empresa a desenvolver uma nova família de produtos, entre eles o H 3000. esta tecnologia é voltada para os cami-nhões e para aplicações em modelos comerciais médios. a allison foi dis-tinguida em 2009 com o american recovery and reinvestiment act (arra), do Departamento de enegia, recebendo o financiamento de par-te dos custos desse novo programa. o início da produção do sistema H 3000 está previsto para 2013. outro membro da nova família de produtos híbridos é o H 4000, que deverá en-trar em produção em 2014.

Banco do Brasil inaugura loja de produtos sustentáveis em Copacabana

Cinco mil sistemas híbridos para veículos

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reFerênCia em biocombustíveis e exemplo de país com matriz ener-gética equilibrada, o Brasil está em sexto lugar no ranking dos maiores emissores de gases de efeito estufa mundial. Cinco países são respon-sáveis por mais da metade de todas as emissões de carbono liberadas na atmosfera. São eles: China, estados unidos, índia, rússia e Japão. Logo em seguida estão Brasil, alemanha, Canadá, México e irã.

a lista foi divulgada durante a Conferência Climática da onu, CoP 17, em Durban, na África do Sul, no dia 1º de dezembro. res-ponsável pelas análises, a empresa britânica Maplecroft aponta que a grande quantidade de países emer-gentes nas primeiras colocações deve-se, também, à velocidade com que estas nações têm se desenvol-

vido e como isso tem multiplicado os níveis de poluição.

as medições foram feitas em megatoneladas de Co2-e, que con-siste na junção do gás carbônico com outros gases que armazenam

calor, como o metano, emitido prin-cipalmente por causa do lixo, e o óxido nitroso. a China foi respon-sável por 9.441 megatoneladas de Co2-e, enquanto o Brasil emitiu 1.441 megatoneladas.

o uso de combustíveis fósseis ainda é a principal causa das emis-sões de gases de efeito estufa. Mes-mo que as energias renováveis ve-nham ganhando espaço, o petróleo e o carvão ainda são as principais fontes em muitos países.

apesar de haver negociações e acordos pela redução das emissões, esse objetivo não deve ser alcançado rapidamente, avalia o analista Chris Laws, da Maplecroft. “É imprová-vel que a tendência de aumento das emissões de gases de efeito estufa seja mitigada em médio e longo pra-zos”, declarou.

o GoVerno Vai ampliar a inte-gração das políticas ambientais e de desenvolvimento do país. a de-cisão foi anunciada pela ministra do Meio ambiente, Izabella Teixeira, que lançou o Plano de ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS). a ideia, segundo ela, é es-timular a participação dos cidadãos

em todas as ações que visam ao de-senvolvimento sustentável e à defesa do meio ambiente.

a m i n i s t r a acrescentou que o plano vai con-

tar com a participação de vários setores do governo, empresários, organizações não governamentais (onGs) e cidadãos. o objetivo é in-centivar a produção mais eficiente e o consumo responsável.

“um dos objetivos do plano é o uso de bens e serviços que atendam às necessidades básicas, proporcio-nando melhor qualidade de vida, enquanto minimizam os danos ao

meio ambiente”, disse a ministra, informando que o plano reúne vários programas já em andamento.

educação para o consumo sus-tentável, construções sustentáveis, agenda ambiental na administração pública, varejo e consumo sustentá-veis, compras públicas sustentáveis e aumento da reciclagem de resíduos sólidos são as prioridades inicialmen-te apontadas na versão preliminar do plano, colocada em consulta pública em setembro de 2010.

a execução do programa inclui a assinatura de pactos setoriais com empresas e entidades de classe, além de campanhas educativas para mobilizar os consumidores. as prio-ridades são o consumo sustentável no setor varejista e o fortalecimento do sistema de compras públicas sus-tentáveis, para estimular o mercado a produzir bens e serviços com base em critérios ambientais.

o plano estabelece metas quan-titativas e qualitativas, de acordo com o definido por todos os par-ceiros, além de diversas ações de governo que foram incorporadas

às metas para o período de 2012 a 2015. a proposta servirá de base para as ações do governo, do se-tor produtivo e da sociedade que direcionam o Brasil para padrões mais sustentáveis de produção de consumo, segundo a ministra.

“É cada vez mais urgente a cons-ciência e a colaboração de todos para o combate ao aquecimento global”, diz Ana Maria Wilheim, diretora executiva do instituto aka-

tu, que integra o Comitê Gestor do Plano. “o plano não es t r u tura a p e n a s a ç õ e s governamentais, por isso, buscou contemplar as contribuições de

todos os setores da sociedade brasi-leira. ao executar as ações propos-tas, o Brasil estará contribuindo para tirar o planeta do cheque especial em que vivemos, já que, hoje, consu-mimos 50% a mais do que o planeta é capaz de repor e absorver”, alerta ana Maria.

Brasil é o sexto país que mais polui

Plano para estimular produção e consumo sustentáveis

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A cidade de Campos de Júlio, na microrregião do Parecis, no oeste do Mato Grosso, vai abrigar a primeira Planta Flex do Brasil: a Usimat Flex, usina que, além de manter a atual produção de etanol de cana-de-açúcar, passará a produzir etanol de milho a partir de fevereiro do ano que vem.

o LançaMento da pedra fundamental da nova usina foi realizado no final de novembro. o projeto, que envolveu entida-des de toda a cadeia produtiva do milho na região, conta com a assessoria técnica da novozymes Latin america, líder mundial na produção de enzimas.

Com a tecnologia das plantas do tipo Flex desenvolvida e apli-cada pela novozymes, o Brasil passará a integrar o grupo dos países que produzem etanol de cereais. nos estados unidos, que exporta etanol para o Brasil, o milho já é utilizado para produzir cereais há mais de uma década, enquanto na itália e na China as matérias-primas são, respec-tivamente, o capim elefante e o arroz. a usimat foi uma das empresas que participou em se-tembro passado de um seminário promovido pela novozymes, na argentina, para incentivar os produtores da américa Latina a investirem em plantas flex.

“o projeto das plantas flex tem por objetivo oferecer uma opção rentável e eficiente para que os produtores possam apro-veitar o excedente do milho para produzir etanol nos períodos de entressafra da cana-de-açúcar. o interessante do milho é que você pode armazená-lo por até um ano”, explica Mário Cacho, gerente de vendas para a in-dústria da novozymes. Cacho é

quem assessora o projeto da usi-mat Flex. o atendimento pré e pós-venda de enzimas, usadas na produção de etanol de primeira e segunda geração, faz parte da filosofia da empresa nas soluções que oferece aos clientes.

nova alternativa – o prefei-to de Campos de Júlio, Dirceu Martins Comiran, avalia que “a produção de etanol de milho vai ajudar a melhorar os preços do produto e ainda gerar uma ra-ção animal de alto valor proteico para o gado de confinamento”. Segundo o diretor da usimat

Flex, Sérgio Barbieri, em feve-reiro e março do ano que vem a planta vai processar as primeiras toneladas de milho. entre mar-ço e dezembro de 2012, a usina voltará a produzir apenas eta-nol de cana-de-açúcar e, a par-tir de 2013, passará a processar simultaneamente milho e cana. Barbieri espera recuperar o que investiu na usina em cinco anos com a venda do etanol de milho como combustível automotivo.

a produção de etanol de mi-lho dará uma nova alternativa de mercado aos produtores de milho

Planta Flex vai produzir etanol de milho no Mato Grosso

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do Mato Grosso, que hoje sofrem as consequências do alto custo de escoamento do produto devido à distância dos portos. Das oito mi-lhões de toneladas de milho que o Mato Grosso produz por ano, cerca de 50% torna-se excedente de produção. Distante cerca de mil quilômetros de Porto Velho e a mais de 2,5 mil km dos portos de Santos e Paranaguá, o milho da região de Campos de Júlio tem alto custo de transporte.

“Hoje, de cada duas safras de milho transportadas, uma vai para pagar o transporte”, ressalta o presidente da associação Bra-

sileira dos Produtores de Soja (aprosoja), Glauber Silveira da Silva, que também representa os produtores de milho. ele estima que cerca de cinco mil produtores serão beneficiados no Mato Gros-so quando usinas como a usimat Flex entrarem em operação. “É uma iniciativa pioneira que cer-tamente será copiada”, prevê.

“o etanol de milho será um regulador de mercado, ajudará a manter o equilíbrio de preços”, destaca o presidente do Sindicato rural de Campos de Júlio, ade-mir rostirolla. ele conta que tan-to o sindicato quanto a aprosoja

participaram de uma pesquisa para a implantação de uma usina de álcool de milho com o apoio da Cooperativa agroindustrial do Parecis (Coapar). “o nosso pro-jeto mostrou-se inviável”, conta. Mais tarde, com a orientação da Sipal indústria e Comércio (em-presa de logística de cereais que atua no Mato Grosso, Mato Gros-so do Sul e Paraná), a usimat procurou a assessoria técnica da novozymes Latin america para a implantação da planta flex. “a usimat Flex é a concretização de um anseio de toda a nossa comu-nidade”, conclui rostirolla.

CoMuniDaDeS tradicionais da reserva extrativista do rio Cajari (resex), no amapá, participam do Projeto Carbono Cajari, iniciativa que envolve 1.380 pessoas, em 13 comunidades e 300 castanhais. Pa-trocinado pelo Programa Petrobras ambiental, o projeto receberá r$ 3,7 milhões para combater o aque-cimento global e a emissão de gases poluentes através de compensação ambiental por meio de empresas de médio e grande porte.

“Hoje já somos capazes de captu-rar carbono e transformá-lo em bene-fício para o mundo todo. isso é uma valorização do ativo florestal”, expli-ca a diretora do instituto estadual de Florestas do amapá (ieF), ana euler. o ieF é um órgão vinculado ao governo do estado e será responsável pelo mapeamento dos castanhais nas 13 comunidades, que se encontram nos municípios de Laranjal do Jari, Vitória do Jari e Mazagão. o traba-lho de campo começa em dezembro, com a participação de 20 alunos de escolas e universidades do estado.

os recursos da Petrobras também serão utilizados para a compra de maquinário e equipamentos, con-serto de máquinas e na construção

de fábricas de beneficiamento da castanha. o extrativista Joaquim Belo, coordenador do projeto, afirma que isso ampliará a infraestrutura de quem trabalha na região. “Vai aumentar a produção e melhorar o armazenamento. além disso, vamos manter a floresta no lugar e evitar que ela se transforme em uma roça, contribuindo para a qualidade de vida no planeta”, destaca Belo.

o Projeto Carbono Cajari foi divi-dido em cinco núcleos Comunitários de referência (nCr), que incluem o mapeamento dos castanhais para quantificação da produção e do po-tencial de emissões evitadas; fixação de carbono através da expansão da população de castanheiras nas áreas de roçado; melhoria da infraestrutura e processo de coleta, armazenamen-to, beneficiamento e transporte da produção; capacitação ambiental, produtiva e gerencial e capacitação e treinamento gerencial administra-tivo-financeiro.

a expectativa é de que o projeto se consolide entre as comunidades e tenha impactos positivos ao longo dos anos para os castanhais, que são hoje a principal fonte de geração de renda para toda a região. Segundo

o pesquisador da embrapa amapá, Marcelino Guedes, as informações geradas por pesquisas inseridas na realidade local, que são realizadas na região desde 2005, foram muito importantes para a elaboração e a aprovação do projeto.

a consciência da necessidade de ações para diminuir os gases do efei-to estufa foi estabelecida em 1997 en-tre os países que firmaram um acordo assinado no Japão, conhecido como Protocolo de Kyoto. a partir dele foi proposta a possibilidade de compen-sar financeiramente iniciativas que contribuíssem para a diminuição da poluição do ar.

Comunidades extrativistas do Amapá são apoiadas pela Petrobras

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Com foco na expansão e de olho nas oportunidades, a V&S Ambiental, empresa baiana de engenharia ambiental investe em filial no Rio de Janeiro. Dando mais um importante passo no seu plano estratégico de ampliação de mercado e fortalecimento de marca, a empresa inaugura em setembro de 2012 a sua filial na capital fluminense.

“HÁ MaiS De uM ano estamos trabalhando com foco na expan-são. Saltamos da Bahia direto para angola, onde já estamos bem posi-

cionados, e agora, em paralelo a essa conquista interna-cional, queremos também consoli-dar a nossa marca em nível nacio-nal”, conta Maria

Bernadete Vieira, diretora técnica e sócia da empresa.

ela explica que, embora já te-nha uma atuação nacional, com clientes espalhados em todos os estados, a V&S sempre teve uma expressão maior em nível regional. Mas isso vem mudando, na medida em que foram atendendo a clientes de grande expressão, como a ode-brecht, Foz do Brasil, neoenergia, rio tinto Minerals, dentre outros.

em 2012 a companhia completa 20 anos de atuação.

SustentabilidadeSegundo a executiva, a con-

solidação da V&S na região Sul e Sudeste, através da sua nova filial no rio de Janeiro, visa não só os grandes eventos como a Copa do Mundo e as olimpíadas, mas ou-tros projetos importantes, como o pré-sal. “as negociações de obras para os eventos esportivos estão em andamento. estamos articu-lando junto com nossos parceiros a implementação de uma nova forma de gestão ambiental nestes empreendimentos, com forte viés para a sustentabilidade”, revela Bernadete.

ela enfatiza que sustentabi-lidade e responsabilidade so-cioambiental são conceitos que estão pesando bastante nas to-

madas de decisões estratégicas das grandes empresas, como a V&S ambiental. “a aplicação dos conceitos de sustentabilidade, através de novas pesquisas e in-vestimentos, vem se dando de formas cada vez mais criativas e também mais acessíveis, signifi-cando muitas vezes em redução de custos. então pergunto: Por que não ser sustentável?”, ques-tiona a técnica.

assim, diante de um mercado tão promissor, a V&S vem inves-tindo alto em pesquisas e treina-mento, para desta forma, aliar a experiência de quase 20 anos em gestão ambiental às novas práticas sustentáveis. “as expectativas são as melhores e nós não estamos medin-do esforços naquilo que acreditamos vir a representar a consolidação nacional definitiva da empresa”, finaliza Bernadete.

V&S Ambiental investe em filial no Rio de Janeiro

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a CaiXa eConôMiCa Federal assinou em dezembro os primeiros contratos de comercialização de redução Certificada de emissões (rCe), resultando na ne-gociação de 3 milhões de toneladas em crédito de carbono. um dos contratos, assinado com a empresa de Saneamento e energia renovável do Brasil (Serb), beneficiará o projeto do maior aterro sanitário da américa do Sul: a Central de tratamento de resíduos Santa rosa, no município de Seropédica (rJ), que deverá receber os resíduos do rio de Janeiro, após o encerramento do aterro controlado no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (rJ).

na ocasião, também foram as-sinados contratos com as empresas ecopesa ambiental, para o projeto da Central de tratamento de resíduos Candeias, no município de Jaboatão dos Guararapes (Pe), e com a empresa Ctr alcântara, para o aterro itaoca e a Central de tratamento de resíduos São Gonçalo, ambos no município de mesmo nome, no rio.

a negociação de contratos de rCe é fruto do acordo de compra e venda de emissões reduzidas, firmado entre a Caixa, o fundo Carbon Partnership Facility (CPF) e o Banco Mundial, no dia 5 de dezembro. a partir deste

acordo, a Caixa se tornou a única instituição no Brasil autorizada pelo Banco Mundial para intermediar re-cursos do CPF.

Pela parceria, além de disponibili-zar recursos para redução dos princi-pais impactos sociais e ambientais, a Caixa passa também a fomentar ope-rações de financiamento, por meio das receitas de crédito de carbono, e estimular o segmento de resíduos Sólidos urbanos, já que, para se obter a garantia do crédito, será necessária a preparação e entrega de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).

Caixa assina os primeiros contratos de crédito de carbono

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práticas sustentáveisColeta e rerrefino:

As práticas de coleta e rerrefino de óleo lubrificante usado ou contaminado são percebidas hoje como um processo sustentável e cada vez mais importante no cenário mundial, por ser uma forma de preservar os recursos não renováveis como o petróleo e, devolver a utilidade ao produto, tornando-o nobre novamente.

Alguns fatores têm contribuído para tornar o rerrefino mais conhecido e para conscientizar o mercado de que o óleo mineral básico, resul-tante deste processo, é um produto de alta qualidade e com todas as

características necessárias para a formulação do óleo lubrificante acabado. A consciência ambiental entre os brasileiros nos últimos anos e a

aplicação da lei do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Resolução Nº362/Conama), que determina que o rerrefino é a única destinação correta para o óleo lubrificante usado, vem aumentando a cada dia.

O processo de rerrefino promove o desenvolvimento do mercado de lu-brificantes e da produção industrial do país. Atualmente, apenas uma parte dos óleos lubrificantes usados ou contaminados é destinada ao rerrefino. Conforme determinação da lei, aumentar a quantidade destinada é uma ta-refa que passa pela conscientização da população, tanto dos consumidores de óleo lubrificante acabado como das fontes geradoras de óleo lubrificante usado (postos de gasolina, oficinas, concessionárias, indústrias etc.). Esta consciência gera uma mudança de comportamento do consumidor e do mercado; afinal, hoje, não se fabrica um produto sem considerar seu des-carte e as possíveis formas de reaproveitá-lo.

Cada vez mais, observamos que atitudes ecologicamente corretas e produtos que, de alguma forma tenham este apelo, ganham a confiança dos consumidores e mudam a maneira das empresas fazerem negócios para garantir uma cadeia produtiva sustentável. O retorno dos bens de pós-venda e pós-consumo ao ciclo produtivo agrega valor à marca e o grande desafio atual para as empresas é desenvolver processos e produtos baseados na gestão sustentável. O empresário moderno deve conduzir os negócios de forma a não impactar o meio ambiente, equilibrando este aspecto com a viabilidade econômica e social.

As máquinas, equipamentos e motores em geral dependem do óleo lubrificante para perfeito desempenho. Este óleo, depois de usado, torna-se um resíduo perigoso para o meio ambiente, pois pode contaminar solo, água e ar se descartado de forma inadequada.

O serviço de coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado nos vários pontos de armazenamento do país garante que a lei seja cumprida e o meio ambiente preservado.

Thiago Luiz Trecenti é diretor-geral da Lwart Lubrificantes, enge-nheiro mecânico pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), com pós--graduação em Finanças e Controladoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ). Assumiu o cargo na Lwart Lubrificantes em 2009, depois de ter atuado como gerente geral em 2008, coordenador de novos projetos em 2007 e engenheiro pleno da fábrica em 2004.

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O rerrefino é um processo industrial que extrai a parte degradada do óleo lubrificante usado ou contami-nado. Desta forma, resgata a base mineral original do produto e o deixa pronto para ser formulado e voltar ao mercado como produto acabado.

Outra reflexão sobre o benefício do reaprovei-tamento do óleo lubrificante usado ou contaminado no Brasil é que o rerrefino representa uma exce-lente alternativa ao fato do país não ser autos-suficiente na produção de óleo básico a partir de petróleo. Atualmente, o país importa boa parte do volume necessário para complementar a demanda total. Desta maneira, este processo permite a redu-

ção de custos em razão da diminuição do volume a ser importado.

Portanto, sustentabilidade é a base do rerrefino. Agora, estamos investindo em novas tecnologias que impulsionarão ainda mais este mercado com produtos que atendam às necessidades de motores e máquinas de última geração, como o óleo básico do grupo II, até então exclusivamente importado pelo país.

É certo que existe espaço para a evolução do setor, porém o maior desafio é a conscientização das fontes geradoras sobre o correto destino do óleo lubrificante usado ou contaminado. Este é o papel de todos nós, bra-sileiros: trabalhar hoje, construindo o futuro!

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Haroldo Lima é homenageado pelos trabalhos realizados na ANP

A CERTIFICADORA DNV nomeou no final de novembro de 2011 seu novo diretor de operações para a América do Sul. “Minha principal tarefa é continuar a construir a marca DNV no Brasil e desenvolver maior participação de mercado em nossos seg-mentos, que são Óleo&Gás, Marítima e Energias Renováveis, através dos serviços de Classificação, Verificação e Consulto-ria”, diz Tommy Bjørnsen, novo diretor de operações responsável pela gestão dos negócios da DNV na América do Sul.

No Brasil há dois meses, Tommy acre-dita que desenvolver competências locais é uma das prioridades para o crescimento da empresa na América do Sul. “Estamos trazendo mais serviços para fornecer lo-calmente. Então, treinar e desenvolver os

nossos profissionais são fatores chave para o nosso desen-volvimento”, acres-centa o Tommy.A capacidade e a adap-tabilidade dos pro-fissionais brasileiros são reconhecidas e pretendemos continuar exportando pessoal competente a fim de trocar experiências nos escritórios internacionais da DNV, bem como proporcionar novas oportunidades aos nossos funcionários.

Foco em P&D – Cerca de 6% da receita total da DNV são investidos em Pesquisa & Desenvolvimento globalmente. No Bra-sil, a DNV pretende continuar a parceria

com universidades e centros de pesquisa e assim participar dos grandes investi-mentos para as indústrias de Óleo&gás e marítima no país.

Tommy Bjørnsen já esteve em diver-sas posições gerenciais em diferentes localidades. Antes de vir para o Brasil, foi Head do Departamento Technology and Services em Oslo. Com 28 anos de experi-ência no mercado Marítimo e de óleo e gás, 22 dos quais na DNV, ele substitui José Paulo Pontes e Eduardo Mezzalira, que assumiram respectivamente as funções de diretor de Desenvolvimento de Negó-cios para a Divisão Américas e gerente de Desenvolvimento de Negócios para a América do Sul, todos três no escritório do Rio de Janeiro.

APÓS OITO ANOS e dois mandatos, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, entregou o posto no dia 11 de novembro. Antes, no dia 1º do mesmo mês, autoridades estaduais e federais, parlamentares, representantes do setor de petróleo, gás e biocombus-tíveis e servidores da Agência estive-ram presentes em uma solenidade que homenageou o executivo, no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro.

Durante o evento foram ressaltadas as principais conquistas da Agência nos últimos anos. Lima falou sobre a evo-lução da Agência desde 2003 – quan-do assumiu uma das diretorias – até 2011, quando conclui seu mandato como diretor-geral. Também destacou o for-talecimento da ANP neste período, com as atribuições novas recebidas com a publicação do marco regulatório es-pecífico para o pré-sal, a Lei do Gás, e no mercado de biocombustíveis, com a introdução do biodiesel e a regulação de toda a cadeia do etanol.

“Em 2003, a ANP tinha 743 fun-cionários, hoje, depois de dois con-

cursos públicos, são cerca de 1.200, sendo 542 concursados e 52% pós--graduados. A Agência expandiu sua presença no território brasileiro com escritórios regionais no Amazonas, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Nestes oito anos, a qualidade do combustível melhorou consideravelmente, a partir de uma fiscalização inteligente. Os índices de combustível com problemas de qualidade que estavam em torno de 10% em 2003, hoje estão entre os mais baixos em nível internacional”, assegurou o executivo.

Lima citou o sucesso na fiscalização da exploração e produção de petróleo e gás natural. “Estamos atentos à questão da segurança operacional das atividades marítimas desde 2001, a partir dos inci-dentes com as plataformas P-36 e P34. Nossas normas de segurança, publica-das em 2007, estão entre as melhores do mundo e foram citadas como exemplo de sucesso nos Estados Unidos na época do acidente no Golfo do México, no ano passado”, observou.

Ele defendeu a retomada das ro-dadas de licitações “o mais rápido

possível” como forma de estimular a exploração em áreas fora do pré-sal e falou do esforço empreendido pela ANP para o aumento do conhecimento do potencial petrolífero brasileiro com o Plano Anual de Estudos Geológicos e Geofísicos, que envolve investimentos de mais de R$ 1,8 bilhão para o período 2007/2014.

Haroldo Lima está na ANP des-de 2003, depois da aprovação pelo Senado Federal. Em janeiro de 2005 assumiu interinamente a direção-geral, tendo sido efetivado no cargo em ou-tubro de 2005. Foi reconduzido em dezembro de 2007.

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Tommy Bjørnsen é o novo diretor de operações para DNV América do Sul

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Grupo Combustol & Metalpó contrata novo executivo

Brix anuncia novo gerente financeiro

Geólogo brasileiro é eleito presidente do WPC

O Grupo Combustol & Metalpó, um dos principais conglomerados indus-triais do país nos segmentos de for-nos industriais, refratários, tratamento térmico e metalurgia do pó, acaba de reestruturar a divisão de negócios da Combustol Equipamentos, com objeti-vo de a mpliar e reforçar a atuação da empresa. O departamento tem ampla atuação em três vertentes do mercado, siderurgia, metalurgia e petroquímica.

Para ficar à frente da divisão, a empresa acaba de contratar Henrique Prado Alvarez. Com larga experiência em empresas nacionais e multinacio-nais, o executivo já atuou em grandes corporações como Siemens (Brasil e Alemanha); Voith Brasil; Alusa Enge-nharia e Grupo Schahin.

Formado em engenharia elétrica pela Escola Politécnica da Universi-dade de São Paulo (Poli/USP) e admi-nistração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o diretor é mestre em engenharia elétrica e doutor em engenharia mecânica pela Poli/USP. Além disso, possui títulos de MBA em finanças, pela Faculdade de Econo-mia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e pela Duke University, EUA. En-tre as metas da nova diretoria, ganha destaque a reestruturação da área a fim de ampliar os negócios. “O nosso maior objetivo é tornar a divisão mais competitiva em suas três vertentes e, consequentemente, reforçar a partici-pação da empresa no mercado”, afirma Henrique Prado Alvarez.

O ABS GROUP, fornecedora global e inde-pendente de serviços de gerenciamento de riscos e certificações do setor de óleo e gás, anuncia a chegada de dois gerentes para atuar nas áreas de conteúdo local e desenvolvimento de negócios: There-za Moreira e Alcides de Oliveira Costa. Com essas contratações estratégicas, a empresa dá suporte ao crescimento de novos negócios e à demanda maior da atual carteira de clientes.

O novo cargo de gerente de con-teúdo local passa a ser ocupado por Thereza Moreira, profissional com 16 anos de atuação e vasta experiência no setor, sendo responsável pelo ge-renciamento, supervisão e execução de processos para certificação de conteúdo local. No ABS Group, a especialista terá o desafio de ampliar negócios e projetos relativos ao conteúdo nacional, setor do qual a empresa detém grande parte do market share do serviço no Brasil, além de expandir o conhecimento sobre o tema com fornecedores de bens e

serviços que atu-am na indústria de petróleo e gás.

A l c i d e s d e Ol ive ira Costa , profissional com destacada atuação no desenvolvimen-to de produtos e gerenciamento de certificações de in-tegridade de ativos, garantia e controle de qualidade em projetos de diversos setores – offshore, naval, óleo e gás, mineração, side-rúrgico e metalúr-

gico – assume o cargo de gerente de Desenvolvimento de Negócios. No novo cargo, o executivo será responsável por sustentar o crescimento da empresa, aprimorar a estratégia da empresa no mercado de petróleo e gás.

A BRIX, PLATAFORMA eletrônica de ne-gociação de energia elétrica, anunciou em dezembro a chegada de Eduardo Ajudarte como gerente financeiro e administrativo. Com experiência em Tesouraria, Gestão de Risco e Planeja-mento Financeiro, seu desafio é geren-ciar estrategicamente o departamento administrativo-financeiro da empresa que vem em forte crescimento desde que foi lançada em julho desse ano.

Antes da Brix, Eduardo atuou em empresas como Novelis do Brasil, Elektro Eletricida-de e Puma Sports. Ele é graduado em Engenharia Civil pela Escola de En-

genharia Mauá, pós-graduado e MBA em Finanças pelo Ibmec (SP).

O BRASILEIRO Renato Bertani, diretor execu-tivo da Barra Energia Petróleo e Gás, foi eleito presidente do World Petroleum Council – WPC (Conselho Mundial de Petróleo) para o triênio 2011-2014, em dezembro do ano passado durante o 20ª edição do WPC realizado em Doha, no Qatar.

É a primeira vez que um represen-tante do hemisfério Sul é eleito para essa importante posição no Conselho. O WPC, fundado em 1933, é a maior entidade mun-dial do setor de petróleo e responsável pelo principal congresso da indústria, o World Petroleum Congress, que acontece de forma itinerante a cada três anos.

O Brasil tem uma trajetória de suces-so e crescimento junto à entidade desde 2002, quando sediou no Rio, a 17ª edição do

Congresso Mundial de Petróleo, organizada pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).

Bertani era vice--presidente do WPC desde 2005 e foi responsáve l pe la coordenação da pro-gramação técnica dos congressos realizados em Madri (2008) e agora, no Qatar. Ele será o presidente da

entidade até a próxima edição do Congresso, que acontecerá na Rússia em 2014. PhD em Geologia, Bertani trabalhou na Petrobras durante 32 anos.

ABS Group: dois novos gerentes

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Novo presidente da Codesa

CEO da HRT recebe título de Cidadão Amazonense

Novo executivo para ampliar atuação internacional

O ENGENHEIRO Clovis Lascosque é o novo presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). Ele substitui o

diretor Hugo José Amboss Merçon de Lima, que ocu-pou interinamente a cadeira por sete meses. Indicado pela Secretaria de Portos (SEP), Lascosque, que é

funcionário de carreira da Companhia, tomou posse no dia 29 de novembro.

“É uma honra ser empossado presi-dente da Codesa, por toda a trajetória que construí nesta empresa. Não me faltará em-penho para dar andamento aos projetos de que a companhia tanto necessita. É o que o Governo espera de nós. Vamos enfrentar as dificuldades com trabalho, determinação e honestidade, e com a colaboração de todos os funcionários”, pontuou o novo presidente em seu rápido discurso.

Capixaba de Vila Velha, Lascosque é formado em Tecnologia Mecânica pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O diretor-presidente da HRT Parti-cipações em Petróleo, Márcio Rocha Mello, recebeu o título de Cidadão do Amazonas no dia 29 de novem-bro. A comenda é uma indicação do deputado Sinésio Campos (PT), que levou em conta os relevantes serviços prestados pela sua empresa em prol do Amazonas e de sua população, através da exploração das potencia-lidades energéticas em petróleo e gás.

Graduado em geologia pela Uni-versidade de Brasília em 1976 e Doutor em Geoquímica Molecular aplicada a Exploração de Petróleo pela Universidade de Bristol, Ingla-terra em 1989, o executivo dedicou 24 anos de sua experiência profissional à Petrobras, onde foi responsável pela elaboração de estudos de sistemas petrolíferos altamente especializados para a maioria das bacias sedimenta-res do Brasil, África e América Latina.

Ainda em 2004, ele criou a HRT Petroleum, empresa que se tornou líder em serviços de consultoria e laboratório G&G no hemisfério Sul.

Atualmente, Márcio Rocha Mello é presidente da Associação Brasileira de Geólogos de Petróleo (ABGP), da qual foi fundador, e na HRT Participações em Petróleo S.A. exerce as funções de diretor--presidente, além de membro do Conselho de Administração.

PARA ACOMPANHAR o constante cres-cimento do setor automotivo no país, a Metalpó também contratou em dezembro de 2011 outro executivo, o Luis Gonzalo Guardia Souto.

Formado em Engenharia pela Universidade Paulista (Unip) e pós--graduado em Administração de Em-presas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Gonzalo assume a diretoria da Metalpó com o objetivo principal de expandir a atuação da empresa no mercado internacional. Com experi-ência de mais de 25 anos no setor automotivo, o executivo carrega uma grande bagagem profissional, tendo atuado em diversos segmentos como

industrial, logística, comercial e de Engenharia de Desenvolvimento. Ao longo de sua trajetória ganham des-taque a atuação à frente da Sabó na

América do Sul e a participação como conselheiro do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).

Além de ampliar o número de ex-portações, o executivo pretende re-estruturar a organização, visando o crescimento e a competitividade, acom-panhando a tecnologia e valorizando a sustentabilidade. “O objetivo é fazer com que a Metalpó seja reconhecida como player mundial, atendendo às ne-cessidades do mercado com a mesma competitividade em qualquer lugar do mundo”, comenta Gonzalo, que aposta no crescimento de produtos sinteriza-dos nos próximos anos.

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Márcio e sua esposa Lesley Rocha Mello

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Marcelo Taulois é o novo diretor da Promon

O ENGENHEIRO Marcelo Taulois foi nomeado ao cargo de diretor da Pro-mon, no escritório do Rio de Janeiro. O executivo será responsável pela ini-ciativa lançada pelo Grupo Promon, cujo objetivo é diversificar a participação no setor de Óleo & Gás, em áreas ainda não exploradas pela empresa.

Formado em engenharia elétrica, com especialização em gestão na Hen-ley Management College, na Inglaterra e no IMD, na Suíça, Marcelo possui 25 anos de experiência no mercado de óleo e gás, dos quais 13 dedicados ao trabalho fora do Brasil.

Nos últimos 22 anos, atuou em di-versas funções no grupo Aker, onde, durante dez anos, foi presidente da divisão Subsea no Brasil, acumulan-do a função de Country Manager para o país. No cargo, foi o patrocinador de vários “start ups” de empresas do grupo no Brasil, nas áreas de processo, perfuração, serviços marítimos entre outras, além de ter sido o responsável pelo crescimento da divisão Subsea neste mercado.

“A Promon é uma empresa brasileira reconhecida por sua atuação em proje-tos de engenharia no Brasil e no mundo. Esta característica, aliada a parcerias tecnológicas e financeiras, criam um ambiente ideal para ampliarmos sua atuação no expressivo mercado de óleo e gás”, afirma Taulois.

HÁ aPenaS DoiS anoS na em-presa, Adriana Machado assume o cargo de presidente, com o desafio de manter o crescimento da com-

panhia no país, mesmo diante de um possível contágio da crise internacional.

Formada em Ciência Política pela universida-de de Brasília,

com passagem pela Câmara ameri-cana de Comércio (amcham) e pela intel, adriana, que tem 43 anos, entrou na Ge para atuar como dire-tora de relações Governamentais, área nova na subsidiária. “acho que a função me deu uma visão geral das áreas de negócios da empresa”, afirmou a executiva.

uma das ações mais importantes da nova presidente foi a aproxima-ção da subsidiária com o governo, processo decisivo para a constru-ção do centro de pesquisas no rio de Janeiro. “Foi uma parceria que posicionou o país dentro da Ge”, explicou ela. o centro de pesquisas global recebe uS$ 120 milhões e é o quinto no mundo – os outros quatro estão localizados na China, índia, alemanha e estados unidos. os desembolsos no Centro são parte de um pacote de investimentos da multinacional no Brasil, o qual soma uS$ 570 milhões a serem investidos entre 2011 e 2013.

a executiva substitui João Geraldo Ferreira, que assume a presidência da Ge oil&Gas para a américa Latina. ele deverá reforçar a presença da empresa no mercado e contribuir para o desenvolvimen-to do negócio de petróleo e gás da

companhia em todo o continente latino-americano.

“Hoje, somos líder mundial no mercado de petróleo e gás. e um dos principais desafios será aumentar nossa presença na região, que tem grande potencial. temos realizado importantes investimentos em nossas unidades, além de recentes aquisi-ções, com o objetivo de ampliar nosso portfólio e atender o mercado com soluções mais completas”, afirma Ferreira. a empresa fornece solu-ções que vão desde a perfuração nos campos até a produção e geração de energia, transporte, armazenamento, refino e sistemas de processamento e inspeção de dutos.

Geraldo Ferreira ingressou na Ge em junho de 2007 como Chief Marketing officer para américa Latina e possui mais de 24 anos de experiência em negócios e vendas no Brasil e na região. ao longo de sua carreira trabalhou nos eua, Venezuela e Brasil. ele nasceu no rio de Janeiro, onde se graduou em administração de empresas e cur-sou pós-graduação em Marketing, na Pontifícia universidade Católica do rio de Janeiro (PuC-rio).

a Ge oil&Gas é líder mundial em equipamentos e serviços de tecnolo-gia avançada para todos os segmentos

da indústria de petróleo e gás. na américa Latina, os pedidos fechados da divisão de energia da Ge somam uS$ 5 bilhões, sendo que 40% são de

demandas brasileiras para projetos eólicos, de óleo e gás e geração e distribuição de energia.

GE muda o comando executivo para o Brasil e América LatinaCom projeção de crescimento de mais de 30% da receita neste ano, em comparação aos US$ 2,6 bilhões obtidos pela companhia em 2010, a General Electric (GE) do Brasil muda seu comando e coloca a primeira mulher no mais alto posto da subsidiária.

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A operação foi criada em 2007 com o objetivo de produzir Plets, estru-turas para Árvore de natal Molhada (anM), sistemas de controle, Manifolds, tanques de armazenamento, bases de testes, entre outros

componentes de sistemas submarinos. a unidade de negócios começou com 40 colaboradores e apenas um cliente na carteira, a FMC. atualmen-te, ela conta com mais de 160 pessoas em seu quadro de funcionários com clientes como Cameron, FMC, aker Solutions, Drill quip, Subsea 7, Ge oil and Gas, Halliburton, Camfilfarr, oDS Brasil, entre outros. “a unidade de equipamentos foi criada há cinco anos em função da crescente demanda do mercado”, explica Flávio Suplicy, Ceo da Maxen. “nosso foco está no atendimento das necessidades de fabricação de equipamentos das empresas que integram a cadeia de fornecimento offshore. Fornecemos estruturas e soluções para sistemas submarinos e topside”, completa Carlos tavares, vice-presidente das unidades de negócios de Serviços e equipamentos.

“a unidade começou de forma consistente ampliando gradativamente o grau de dificuldade da construção dos equipamentos, o que nos possi-bilitou uma excelente base e estrutura de produção. temos hoje uma área de produção de 8.000 m2, com áreas de corte, conformação, montagem e soldagem, usinagem, cabine de jateamento e pintura”, completa tavares. “essa evolução foi possível porque a Maxen investiu na contratação de mão de obra especializada e na capacitação de colaboradores que já faziam parte de nosso time”, analisa Fábio Morato, gerente da unidade de equipamentos. uma evolução em que os números falam por si.

em cinco anos, a divisão aumentou sua produção anual de 85 toneladas para mais de 780 toneladas e seu faturamento passou de r$ 1,9 milhão para r$ 22 milhões em 2010. De lá para cá, a Maxen ampliou o seu escopo de fornecimento, atendendo as demandas de seus clientes. além disso, a empresa aliou a pré-fabricação de tubulação de sua unidade de negócios de Serviços, aos equipamentos produzidos pela área de equipamentos, criando soluções integradas de fornecimento como estruturas de sistemas submarinos com linhas de fluxo, estruturas downstream e soluções modulares (Skids). o resultado destes esforços e qualificação permitiu significativa diversificação da carteira de clientes que aos poucos foi comunicada ao mercado. “Podemos dizer que tínhamos um diamante que ainda não tinha sido apresentado ao mercado em sua plenitude”, relembra tavares.

na visão dos executivos da empresa ligados diretamente à operação, atualmente a unidade de equipamentos se transformou em uma alavan-ca de tecnologia e conhecimento da Maxen, que hoje atende o mercado de óleo e gás. “Já iniciamos a fabricação de toda a estrutura para a sexta anM do pré-sal para a Cameron, um de nossos mais importantes clientes”, contabiliza Carlos tavares. “inclusive recebemos um prêmio neste ano da Cameron no quesito qualidade do Produto”, diz.

unidade de equipamentosMaxen amplia

Crescimento, demanda e qualidade. Essas são as três principais palavras que compõe a cartilha dos

executivos da unidade de equipamentos da Maxen, empresa brasileira que atua há dez anos no mercado

de produtos e serviços integrados para o setor de óleo e gás.

perfil empresa – maxen

Rodovia Dom Pedro I, Km 73CEP 12954-260 Atibaia - SP+55 (11) 4418-9000www.maxen.com.br

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tavares faz referência ao reconhecimento que a Ma-xen recebeu em outubro de 2011 da Cameron que hoje é contratada pela Petrobras, em negociação direta, para fabricar as anMs que serão utilizadas nos testes de longa duração dos campos já descobertos do pré-sal. “trata-se de um cliente que está fornecendo esse produto de forma precursora para os primeiros campos do pré--sal. Como a Maxen é parceira nesse processo, fazemos parte dessa história. Sem dúvida receber esse prêmio foi um importante selo de qualidade e um ótimo sinal de que nossos cliente estão satisfeitos”, enfatiza Jayme Marques, Coo da Maxen. Para chegar neste patamar de excelência, a Maxen passou por um processo de profissionalização significativo.

Primeiro, em 2010, o controle da empresa foi adqui-rido pelo grupo de private equity Green Capital com implicações de melhoria de governança empresarial. “o

mercado está reagindo muito bem a toda esta transfor-mação da Maxen”, afirma Marques. o segundo passo que marcou a história da empresa aconteceu em abril deste ano, quando a marca Mercotubos saiu de campo para dar lugar ao nome Maxen. “a mudança de marca ajudou a comunicar ao mercado o novo escopo de so-luções e serviços que a empresa possui alavancando nossas unidades de negócios”, conta Flávio Suplicy. Graças a esse novo posicionamento, a empresa hoje oferece soluções integradas entre as suas três unidades: serviços (engenharia e fabricação de sistemas tubulares e módulos), equipamentos (fabricação de estruturas para sistema submarinos) e distribuição (suprimentos de tubos e conexões).

outra estratégia que vem sendo trabalhada para melho-rar ainda mais os processos de gestão e reforçar a bandeira de qualidade da Maxen no mercado é a busca por certifi-cações. recentemente, a empresa conquistou as certifica-ções iSo 14001, com foco em Meio ambiente, e oHSaS 18001, que trabalha a segurança e saúde do trabalho. e estes não são os primeiros reconhecimentos recebidos pela empresa. Desde 2009, a Maxen possui a certificação iSo 9001, referente aos sistemas de gestão de qualidade. “além de reduzir custos operacionais e contribuir para diminuir o impacto no meio ambiente, essas certificações diferenciam a Maxen em relação à concorrência. nossos clientes sentem mais confiança em nosso trabalho, pois não precisam se preocupar com riscos já assegurados nas certificações”, explica Susana Santana, coordenadora da área de sistema de gestão da qualidade.

De olho no futuro, as metas da empresa são ambi-ciosas. em relação à sua unidade de equipamentos, a companhia projeta para 2012 um crescimento em sua produção na ordem de 100%, em comparação com 2011, levando-se em conta a carteira atual, as possibilidades de negócios em andamento, e a capacidade de produção existente. Com faturamento total na ordem de r$ 200 milhões em 2010, a Maxen possui fábricas em atibaia (SP) e escada (Pe), e escritórios comerciais em São Paulo, Belo Horizonte e rio de Janeiro. atualmente, a empresa estuda ampliar sua área de produção para o rio de Janeiro.

Da esquerda para a direita: Jayme Marques, Fábio Morato e Carlos Tavares

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No alto, equipamentos; no meio, estrutura módulo de bombeio e acima, PLET.

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produtos e serviços

Bentley

Tecnologia para a indústriade óleo e gásAs obras de infraestrutura do setor de óleo e gás estão por todo o país, e o uso da tecnologia tem sido primordial para a garantia de projetos cada vez mais bem estruturados e completos.

na oPinião de Greg Bentley, Ceo e fundador da Bentley Projectwis, o

a t u a l m o m e n t o vivido pela eco-nomia brasileira é fundamental para os investimentos em infraestrutura, que se encaixam nos negócios da empresa. Para ele, o país ainda tem

muito a oferecer e a empresa está oti-mista com os próximos anos.

a Bentley, que tem mais de 25 anos no mercado de tecnologia para infraes-truturas, vem investindo, desde 1999, mais de uS$ 1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento de soluções para a indústria do petróleo e também de ge-ração de energia. um dos resultados são os softwares de mapeamento de localidades para perfuração, que es-tão cada vez mais sofisticados, dando uma informação mais precisa para as empresas de petróleo.

no Brasil, a empresa participou de projetos como o Complexo Petroquímico do rio de Janeiro (Comperj) e também no gerenciamento de frotas da Petrobras, e na Bacia de Campos(imagem principal). no Comperj, a tecnologia utilizada foi o Bentley Projectwise, que mostra todo o projeto, facilitando a troca de arquivos entre os membros da equipe, que ficam o tempo todo conectados. Com a im-plantação desta solução, o tempo total no projeto foi reduzido em 15%.

Já na Bacia de Campos, o traba-lho da Bentley envolve a tecnologia de mapeamento e gerenciamento, que ajuda não só no desenvolvimento dos projetos de exploração de óleo e gás, como contribui também com a segu-rança e a eficiência das equipes e das plataformas.

o Sistema de Gerenciamento de Frotas, através dos programas Micros-tation e MDL, que a empresa forneceu para a Petrobras, ajudou a otimizar a rota dos navios, a aumentar a conscien-tização ambiental e a reduzir custos de

operação, que chegou a uma economia de uS$ 160 milhões por ano. Com um GPS a bordo de cada navio em operação, a Petrobras os monitora em tempo real; o aparelho transmite as coordenadas para um computador, que as retransmite para a plataforma e de lá são reenviadas para a empresa, em terra, por meio de cabos de fibra ótica.

o Microstation também foi usado pela estatal para reduzir riscos de aci-dentes e vazamentos de petróleo. Foi criado um mapa em 3D representando a bacia, malhas de dutos rígidos e fle-xíveis, plataformas e poços de petróleo da região.

o Sistema de Gerenciamento de obstáculos (SGo) mapeia obstáculos na superfície e no fundo do mar. Com esse mapeamento, as empresas que atuam na Bacia de Campos ao instalarem, des-locarem ou removerem dutos e outros obstáculos, usam o SGo para enviar um relatório de suas atividades para o sistema. o SGo reduziu bastante o risco

de acidentes na região.

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HÁ 25 ANOS, a GMi, empresa que desen-volve sistemas inteligentes para as maiores empresas petrolíferas, importadoras, expor-tadoras e despachantes aduaneiros do país, tem no seu portfólio produtos de controle de equipamentos e acompanhamento do trabalho desenvolvido em empresas como Maersk e Saipem.

Um de seus principais produtos é o Sistema Gestor de Importação, ferramenta de acompanhamento, controle e auditoria, que tem como objetivo agilizar o traba-lho de todos os responsáveis e usuários pela importação e logística da empresa. Outra importante função do software é a localização dos materiais e a elaboração de relatórios de acompanhamento da loca-lização desses materiais.

“Nossos pro-dutos são total-mente adaptáveis às necessidades dos clientes. Por isso estamos em constante evolução e adaptando nossos sistemas às rotinas

das empresas”, disse Orlando Gomes Monteiro, fundador da empresa.

O software é aberto para integração com outros sistemas de gerenciamento já existentes. Além disso, o produ-to possui banco de dados único com acesso via internet em que todos os usuários alimentam ou consultam de qualquer lugar.

ANP

GMi

ANP inaugura escritório em Porto Alegrea aGênCia naCionaL do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (anP) inaugu-rou em novembro, em Porto alegre (rS) seu escritório regional Sul. a unidade funcio-nará em instalações cedidas pelo Banco do Brasil, como resultado de parceria firmada entre o banco, a agência e o Governo do estado do rio Grande do Sul.

o escritório fica na avenida dos es-tados, 1.545, térreo, São João, e será estratégico para o planejamento das ações da anP na região, que tem papel rele-vante no setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis do Brasil. a cerimônia de inauguração teve a participação do diretor-geral da anP, Haroldo Lima, e de Mauro Knijnik, secretário do Desen-volvimento e Promoção do investimento, representando o governador do rio Gran-de do Sul, tarso Genro.

a região Sul é um importante merca-do consumidor de combustíveis e conta com três refinarias, a alberto Pasqua-lini (revap) e a riograndense, no rio Grande do Sul, e a Presidente Getúlio Vargas (repar), no Paraná. no mercado de biocombustíveis, o rio Grande do Sul é, desde o ano passado, o maior produtor de biodiesel do país e o Paraná, o segundo maior produtor de cana-de-açúcar e de etanol do Centro-Sul.

a região também se destaca no seg-mento de exploração e produção de pe-tróleo e gás natural. em outubro do ano

passado, foi inaugurado, na cidade de rio Grande, o Polo naval, onde serão construídos cascos de plataformas para exploração do pré-sal.

em seu pronunciamento, Haroldo Lima, diretor-geral da anP, enfatizou o momento especial vivido pela indústria do petróleo e gás no Brasil, principalmente de-pois das novas descobertas no pré-sal, que colocarão as reservas brasileiras entre as maiores do mundo. Haroldo Lima também ressaltou o sucesso da inserção do biodiesel na matriz energética do país e as conquistas no setor de combustíveis em geral.

“Há poucos anos, o Brasil não produ-zia biodiesel, e hoje já temos 68 plantas produtoras espalhadas pelo território nacional. e uma das grandes vitórias da anP nos últimos anos foi a melhora da qualidade do combustível vendido no país. os percentuais levantados pela anP com seu Programa de Monitoramento da

qualidade indicam que, em média, os índices de produtos com problemas de qualidade estão abaixo dos 3%”, afirmou Haroldo Lima.

edson Menezes Silva destacou o trabalho conjunto que será desenvol-vido pela anP e os estados atendidos pela nova unidade, para o fomento à indústria do petróleo e gás natural. “Precisamos trabalhar para atrair in-vestimentos para o Sul, onde há muito espaço para o crescimento do setor, principalmente no segmento de bens e serviços”, afirmou edson.

economista graduado pela univer-sidade Federal da Bahia (ufba), edson tem pós-graduação em Petróleo e Gás pelo Coppe/uFrJ e está na anP desde 2005, empresa na qual já exerceu os cargos de chefe de gabinete, superin-tendente de abastecimento e assessor da direção-geral.

Sistema Gestor de Importação da GMiFo

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Accenture

Solução completa de gestão de dados para a SaipemA Accenture, empresa global de consultoria, tecnologia e outsourcing, fechou um contrato com a Saipem, uma das maiores empresas mundiais de projetos de engenharia para o setor de óleo e gás. O acordo prevê a oferta de uma solução completa de gerenciamento de dados para os projetos onshore da companhia, em 35 países nos quais mantém operações.a aCCenture desenvolverá um sistema customizado de gestão de dados para auxiliar a Saipem a planejar, monitorar e gerenciar todo o ciclo de vida de projetos de construção existentes da empresa. a solução eDPM (engineering, Project & Data Management) integrará os dados de engenharia e geren-ciamento de projetos, como quantidades do volume e requisitos de trabalho da cons-trução, além do planejamento remoto das atividades de campo e acompanhamento do progresso físico das iniciativas.

“a s o l u ç ã o ePDM fará a automa-ção dos processos da base de dados, além de oferecer suporte à integração de infor-mações para o uso de diversas áreas da com-panhia”, afirma Julio Albernaz, executivo sênior para a área de energia da accenture.

a Saipem utiliza a solução oracle Primavera P6 ePPM (enterprise Project Portfolio Management), com banco de dados oracle. a fase de operações com o protótipo acaba de começar e, após concluída, o sistema será colocado à dispo-sição dos cerca de cinco mil funcionários da empresa. o novo contrato expande o relacionamento da accenture com a em-presa, iniciado em 1997.

“os projetos de óleo e gás estão se tornando cada vez mais complexos e, em muitos casos, estão localizados em geo-grafias remotas. o gerenciamento dessas localidades é um dos problemas, conside-rando a quantidade de informações, sua evolução e o ciclo de vida de um projeto desse porte”, disse Marco Montesano, che-fe de Sistemas de Gestão da informação para engenharia da Saipem. a solução customizada da accenture nos ajudará a integrar essas informações, permitindo a redução de custos, riscos e o tempo as-

sociados à construção desses projetos”, finalizou.

“nossa experiência no setor de ener-gia tem mostrado que a integração e o gerenciamento de informações são pri-mordiais nos projetos de engenharia bem sucedidos. a gestão de dados não apenas melhora o desempenho e desenvolvimento da construção, mas ajuda a otimizar os ativos novos e existentes em seu ciclo de

vida”, afirma Marco Ribas, líder da área do accenture Plan and automation So-lutions (apas).

a accenture ofe-rece uma gama de soluções para a auto-mação da indústria de

óleo e gás, como soluções para integração de dados, gerenciamento e otimização de produção, assim como para capacitação de equipes, segurança e meio ambiente.

produtos e serviços

a uoP LLC, empresa da Honeywell, anun-ciou, no final de novembro, negócio com a Modec. o contrato prevê o uso do sistema de membranas uoP SeparextM para o processamento de gás natural em um novo navio de produção flutuante, armazena-mento e transferência FPSo (Floating Production, Storage e offloading).

o navio FPSo está equipado com o siste-ma de membranas Honeywell uoP Separex e adsorventes para remover o dióxido de carbono e a água de 5 milhões de m3 de gás natural que são extraídos por dia do campo petrolífero Lula, localizado na costa brasilei-ra. Conforme a Modec, um segundo navio FPSo, atualmente em construção, também será equipado com a tecnologia uoP Sepa-rex, a partir de setembro de 2012.

“a tecnologia Separex é a solução ideal para aplicações FPSo e outras instala-ções offshore”, afirma Pete Piotrowski, vice-presidente e gerente geral de tec-nologia de processos e equipamentos da

Honeywell uoP. “esses sistemas fornecem os recursos de remoção de contaminan-tes em espaço compacto, com o máximo de confiabilidade e poucos requisitos de manutenção”, explica o executivo. isso porque a tecnologia exclusiva uoP Sepa-rex da Honeywell melhora o fluxo de gás

natural por meio da remoção do dióxido de carbono e do va-por de água. esses contaminantes pre-cisam ser removidos para atender aos pa-drões de qualidade especificados por empresas de trans-

missão e distribuição de dutos, bem como para o usuário final do gás natural.

a tecnologia trabalha com fatores de produção muito altos, com fluxos de gás difíceis de tratar em locais remotos. o di-ferencial da tecnologia é que os sistemas

podem ser usados em terra (onshore) ou no mar (offshore), na cabeça dos poços ou ainda em instalações mistas. até o momento, 130 unidades de membrana uoP foram instaladas em todo o mundo.

Localizado na Bacia de Santos, o cam-po petrolífero Lula contém a maior desco-berta de petróleo no hemisfério ocidental dos últimos 30 anos. a previsão é de conter 8,3 bilhões de barris de petróleo e de gás natural. atualmente, as operações do cam-po são responsabilidade da Petrobras em parceria com a BG (inglaterra) e a Galp (Portugal).

Honeywell

Tecnologia da Honeywell UOP é usada em navios FPSO

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Empresa muda-se para região de Viracopos e anuncia novas contratações

Chapman Freeborn

Chapman Freeborn se expande no Brasil

a eSPeCiaLiSta eM serviços de frete aéreo Chapman Freeborn, com planos de expansão para a aviação comercial e executiva, aumentou seu quadro de exe-cutivos e está hoje localizada na cidade de Campinas (SP).

a ideia de terem seu escritório pró-ximo a Viracopos se concretizou na mes-ma semana em que dados dos estudos econômico-financeiros foram apresenta-dos pelo governo ao tribunal de Contas da união (tCu), passo necessário antes da publicação dos editais definitivos de concessão dos aeroportos de Viracopos, de Guarulhos e de Brasília.

Com a previsão de três novas pistas e um novo terminal de passageiros, o aeroporto de Viracopos se tornará o maior do país em 2023, exigindo da empresa as-sumir sua concessão investimentos de até r$ 11,4 bilhões nos 30 anos de vigência do contrato. no fim do período, passarão por Viracopos cer-ca de 90 milhões de passageiros todos os anos, 16 vezes mais que o fluxo observa-do em 2010.

Paralelamente à mudança de espa-ço físico, dois novos executivos de vendas se uniram à empresa: João Carlos Nandes, com expertise no mer-

cado cargueiro, será encarregado de reali-zar visitas comerciais, prospecção e desen-volvimento de negó-cios; e Marcel Cahen, com perfil sólido e focado nos mercados HnWi e luxo.

os planos da empresa para os próxi-mos anos são de fixar a marca Chapman Freeborn, para a américa do Sul, no po-tencial mercado executivo e comercial, além de promover seus feitos na parte de importação e exportação de cargas. De acordo com André Rodrigues, coun-

try manager da Chapman Freeborn e responsável pela região da américa do Sul: “É necessário um trabalho intenso no que diz respeito a informar todas as possibilidades que o nosso cliente tem ao estar conosco. introduzir o diferencial que temos como brokers, e não simples-

mente atendê-los do ponto X ao y, é o que nos move, o que nos norteia, e o que vamos certa-mente continuar a apresentar com ex-celência nos próxi-mos anos.”

a KSB, LíDer no fornecimento de bombas hidráulicas, foi con-templada com uma ordem para a entrega de duas bombas de alimentação do reator à unidade de Hidrocraqueamento u.2400, do Complexo Petroquímico do rio de Janeiro (Comperj).

De acordo com edison Bor-ges, gerente setorial de Vendas da Divisão de Óleo e Gás da KSB, os produtos, ainda em fase de produção, serão fabricados na KSB Brasil. “São bombas de alta

pressão que necessitam de uma unidade de lubrificação forçada acoplada à bomba para a lubrifi-cação perfeita dos mancais, o que garante o bom funcionamento e

longa vida útil dos equipamentos”, explica Borges.

as bombas KSB modelo CHtr 5/10, tipo BB5 (aPi 610) com motor elétrico de 3.456 kW para alimen-tação de reator serão entregues no início de 2012.

“a produção das bombas KSB para a Comperj demonstra o kno-whow da empresa e elevada ca-pacidade técnica em desenvolver produtos altamente confiáveis que seguem os padrões de qualidade da KSB”, assegura Borges.

KSB fornecerá bombas centrífugas para o ComperjKSB

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a neCeSSiDaDe De manter o parque de refino sempre atualizado e de realizar a manutenção contínua de todas as unidades de cada refinaria em operação no Brasil têm sido um desafio não somente para a Petrobras, mas também para a cadeia de fornecedores de bens e serviços que atuam nas paradas programadas.

Sempre em busca de soluções inovadoras, que tornem esse processo mais ágil e eficiente e mantendo os mais altos padrões de seguran-ça, algumas empresas tendem a estabelecer paradigmas interessantes no dowstream.

Foi o caso da Combustol, empresa líder no mercado brasileiro de fornos industriais, que idealizou e realizou, em parceria com a Petrobras, um trabalho pioneiro na movi-mentação para troca da antiga convecção do forno aquecedor de carga para torre de destilação a vácuo (L-2701) da refinaria Presidente Bernardes (rPBC), em Cubatão (SP), de onde são extraídos gasolina, que-rosene e óleo diesel.

a ideia da nova metodologia foi dada pelo Cenpes (Centro de Pesquisa da Petro-bras), com base em um artigo publicado na revista Hydrocarbon Processing (dezembro de 2007). no entanto, o conceito foi ampla-mente incrementado até chegar aos requintes utilizados na operação final.

o escopo do trabalho, realizado com sucesso no ano passado, se tranformou em uma referência no setor, por prever realizar a substituição da convecção sem a neces-sidade de desmontagem das estruturas existentes do forno, tais como: estrutura de suportação, teto da radiação, dutos de interligação e chaminé.

a substituição, que ocorreu durante a parada programada da refinaria, previa a cons-trução de estruturas auxiliares de suportação, as quais foram interligadas à já existente. “as carcaças da antiga convecção receberam re-forços de vigamento, com o objetivo de se obter melhor desempenho no processo de movimentação das mesmas”, detalha artur Grinkraut, gerente de projetos da Combustol e um dos responsáveis pela montagem do plano de substituição da convecção.

Segundo ele, a ideia inicial estipulava desmonte e remoção dos equipamentos pelo

método tradicional: retirada da chaminé e dos dutos com a utilização de guindastes de alta capacidade; reforço da estrutura do forno para deslocamento das vigas su-periores dos pórticos, permitindo, assim, sacar a convecção pela parte superior, sem o colapso do forno.

“analisamos a proposta e vimos que a montagem da convecção nova poderia ser feita exatamente ao inverso. o que ocorreu em um projeto canadense (modelo) é a substituição da caixa da convecção, sem a inserção dos tubos da serpentina. no plano da Combus-tol, a convecção nova foi colocada em dois módulos de 150 toneladas cada, porém com suas respectivas serpentinas já previamente inseridas. uma vez instalada a convecção, a conexão entre as partes já estava pronta para a operação”, detalha Grinkraut.

Para o gerente da Combustol, o design traçado pela companhia trouxe diversos be-nefícios para eficácia da parada programada pela refinaria, com uma redução de tempo considerável. “Basicamente, todo o trabalho foi feito durante a pré-parada. Vale salientar que a convecção existente foi desmontada e retirada em 48 horas e a convecção nova foi inserida também em 48 horas”, ressalta.

as perspectivas, ainda de acordo com o responsável da Combustol, é que este tipo de operação abra novas oportunidades, podendo ser levado para atender outras demandas do segmento refino petroquímico. “esta tecnologia deverá ser amplamente

utilizada em outras refinarias, uma vez que várias delas já estão necessitando de serviços similares a este”, diz artur Grinkraut.

a Combustol, empresa pertencente ao Grupo Combustol & Metalpó, um dos princi-pais grupos industriais do país no segmento de fornos industriais, refratários, tratamento térmico e metalurgia do pó, foi também res-ponsável pela produção da nova convecção do forno L-2701. entregue em setembro de 2010, a convecção foi dividida em quatro módulos, com o objetivo de facilitar a logística para entrega e a montagem do equipamento em campo, antevendo a programação para manutenção da planta da rPBC.

De acordo com Paulo adolfo Dietziker, gerente técnico Comercial da área Petro-química da Combustol, a empresa ainda não foi consultada para obras simelhantes. “trata-se de aplicação muito específica com baixa ocorrência, porém há possibilidades”, adianta. no entanto, a expertise consolidada pela Combustol e os bons resultados em diversos projetos, asseguraram a ela uma boa carteira de projetos. entre os quais a montagem de forno reformador de hidrogê-nio para a Carteira de Gasolina da refinaria Landulpho alves (rLaM), em Mataripe (Ba), preparação para start-up de dois fornos aquecedores para a refinaria Henrique Lage (revap), em São José dos Campos (SP) e o projeto de forno reformador de hidrogênio da refinaria Gabriel Passos (regap), em Betim (MG).

Inovação em montagem da convecção de fornoEscopo do trabalho no forno da Refinaria Presidente Bernardes-Cubatão (RPBC), da Petrobras, durante a última parada programada, consagra-se como um marco para esse tipo de operação.

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a tenariS ConFaB inaugurou, em novembro, a unidade nacional da tenaris university, em Pindamonhan-gaba (SP), que recebeu investimentos de uS$ 7 milhões, e vai ser o principal centro de treinamento dos funcionários da empresa. Com uma área de 1.900 m², a universidade corporativa, que terá auditório, salas de aula, salas de informática, cantina, além de outras dependências, é a quarta da empresa tenaris, que tem unidades similares na itália, México e argentina.

na tenaris university, os alunos terão aulas de inglês e espanhol e de especialização em diversas áreas de atuação dentro da empresa, além de se aprimorarem profissionalmente. Grande parte dos professores será de profissionais mais experientes que irão ensinar os conteúdos aos funcionários. a universidade corporativa também estará aberta a profissionais de outras empresas, como a Petrobras.

Segundo Paolo Rocca, Ceo da tenaris, a proposta é fazer a tenaris Confab se diferenciar com relação às outras companhias pela capacitação, inovação e desenvolvimento de produ-tos e processos. Para ele, o novo centro visa aperfeiçoar conhecimento dentro da empresa.

“um sistema industrial e de gestão únicos nos permite oferecer amplo desenvolvimento a nossos funcionários, além de produtos com mais tecnologia”, afirmou Paolo rocca. “a formação pro-fissional é uma oportunidade importan-te para o progresso”, completou.

a expectativa da empresa é de que a cada ano passem pelos cursos da tena-ris university aproximadamente três mil pessoas, sendo que 80% funcionários da tenaris e o restante vindo de fora, como cliente e fornecedores da companhia. um dos focos da empresa é a formação de seus novos profissionais que agora, com a nova unidade, terão melhores condições de treinamento e estarão mais capacitados para suas funções e aptos a lidar com novas tecnologias im-plantadas nos produtos desenvolvidos para o pré-sal.

a sede da tenarisuniversity no Brasil irá oferecer a mesma estrutura de qualidade e tecnologia das outras três

universidades corporativas da empresa. outra iniciativa da companhia é o apoio ao desenvolvimento da região de Pinda-monhangaba, em parceria com o Servi-ço nacional e aprendizagem industrial (Senai), que também irá participar das atividades na universidade.

Sobre os planos para os próximos anos, o Ceo da tenaris informou que serão investidos uS$ 200 milhões até 2013 no centro industrial de Pin-damonhangaba, principalmente no desenvolvimento de novos tubos e roscas, para satisfazer às exigências do mercado e de clientes importantes, como Petrobras e Shell.

Já o Centro de Pesquisa da tenaris que está sendo construído no Parque

tecnológico da universidade Federal do rio de Janeiro (uFrJ) deverá ser inau-gurado no primeiro semestre de 2013, e será interligado com os outros centros de pesquisa da empresa no mundo.

Tenaris Confab

Tenaris inaugura universidade corporativa no Brasil

O presidente da Rockwell Auto-mation para a América Latina, Robert Becker, anunciou, em Chigaco (EUA), que a empresa já está construindo nova fábrica no Brasil, em Jundiaí (SP), com inauguração prevista para o final do primeiro semestre de 2012.

O executivo informou que a princípio serão gerados cem novos postos de trabalho diretos, e esse número deve duplicar em dois anos. Entre os itens a serem manufatura-dos na nova fábrica estão inversores

de média e baixa tensão, elemen-tos-chave para a indústrias de base, tais como petróleo e gás e mineração.

A empresa já possui uma

planta fabril na capital paulista, desde 1983, de controles industriais, centros de controle de motores e painéis de controle.

Nova fábrica no BrasilRockwell Automation

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a WeG tintaS, maior fabricante de tin-tas em pó do país, vernizes eletroisolantes e uma das grandes referências em tintas anticorrosivas e marítimas, recebeu a certificação iMo PSPC (Performance Standard for Protective Coatings for Dedi-cated Seawater Ballast tanks of all types of Ships and Double-Side Skin Spaces of Bulk Carriers) para os seus sistemas de pintura. adotado pela international Maritime organization (iMo) em 2006, as normas aplicam-se obrigatoriamente a todos os navios com mais de 500 tone-ladas brutas.

a entrada em vigor da PSPC estabe-lece padrões de projeto, operação, ma-nutenção e construção de embarcações. Dentro destes, incluem-se as normas e produtos aprovados para pintura.

apesar de a empresa possuir a cer-tificação do epóxi dupla função Wet Surface 88 Ht, a nova certificação do primer epóxi dupla função Lackpoxi 76 Wet Surface n2680 comprova o desem-penho do produto, que já foi aplicado em mais de 2 milhões de m2 de obras marítimas, com destaque para os na-vios (Petrobras e Marinha), rebocadores, embarcações de apoio, plataformas de petróleo (P-52, P-54, P-59, P-60) e gás natural (Mexilhão).

Segundo o dire-tor superintendente da empresa, Reinal-do Richter: “Com a certificação da linha, o mercado brasilei-ro e mundial recebe um produto singular para pintura de todo

o navio e principalmente os tanques de lastros, casaria, costado, convés, inclu-sive com certificação para tanques de água potável. a facilidade de aplicação de um único produto que atende a todas as necessidades facilita muito a logística de atendimento técnico e comercial.” outro diferencial é a isenção de solventes voláteis, que possibilita a aplicação sobre superfícies úmidas e com altos índices de umidade no ar.

PRINCIPAIS PRoDuToS – o Wegzinc 401, shop primer à base de etil silicato de zinco, além das excelentes propriedades anticorrosivas, tem como grande diferen-cial sua resistência a soldabilidade. Sua formulação não interfere no processo de soldagem, tornando desnecessária sua remoção antes da solda. isso confere mais agilidade ao processo de construção.

o Wegpoxi Wet Surface 88 Ht: pri-mer, e acabamento epóxi de altos sólidos e baixos teores de compostos orgânicos voláteis, esse produto foi desenvolvido para conferir proteção anticorrosiva em aplicações em superfícies úmidas, hi-

drojateadas ou em condições climáticas adversas, como chuva ou alta umidade do ar.

o Lackpoxi 76 Wet Surface n2680 é um produto livre de solventes, foi de-senvolvido para conferir proteção anti-corrosiva sobre o aço carbono e pode ser aplicado como primer, intermediário ou acabamento em superfícies preparadas por jateamento abrasivo ou hidrojateamento. também aceita aplicação em condições desfavoráveis como alta umidade relativa do ar. Conta com certificações para contato com alimentos (água potável, alcoólicos, alimentos gordurosos, grãos, etc.).

WEG Tintas recebe certificação IMO PSPCPlanos de pintura atendem aos exigentes padrões internacionais para pintura de embarcações.

WEG Tintas

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A ROLLS-ROYCE, empresa global de sistemas de energia, recebeu um pedido da PaxOcean, companhia de offshore baseada em Cinga-pura, para projetar e equipar dois navios de abastecimento para plataformas de óleo e gás. As embarcações serão construídas no estaleiro da PaxOcean Engenharia, localizado em Zhuhai, na China.

O contrato de £10 milhões inclui o design dos navios, um sistema de propulsão elétrica

de diesel Rolls-Royce completamente inte-grado e um maquinário de convés.

Ronny Pål Kvalsvik, gerente de Vendas da Rolls-Royce na área de Tecnologia de Navios Offshore, afirma que: “Estamos satisfeitos em dar continuidade a nossa forte relação com a PaxOcean Engenharia e em somar à frota deles navios projetados pela Rolls-Royce. Estas em-barcações combinam um design Rolls-Royce, comprovado com uma série de tecnologias de

bordo para missões críticas, garantindo operações seguras e eficientes nos ambientes desafiadores de áreas offshore de petróleo e gás.”

YK Tang, diretor de Marketing da PaxO-cean Engenharia, acrescentou: “Estamos muito satisfeitos em anunciar o fornecimento destas embarcações UT 755CD como parte do esforço contínuo de oferecer aos nossos clientes o que há de mais moderno em tec-nologia de navios de abastecimento offshore para o exigente mercado de óleo e gás em áreas profundas.”

a roLLS-royCe fornecerá 32 turboge-radores com turbinas a gás rB211, in-cluindo unidades de recuperação de calor, para atender aos requisitos de geração de energia de oito embarcações FPSo (Floa-ting Production, Storage and offloading) distintas, utilizadas no processamento de hidrocarbonetos e no armazenamento de petróleo. também serão fornecidos serviços de manutenção, suporte técnico e treinamento na próxima década.

esses equipamentos operarão nos campos petrolíferos de Lula e Guará, localizados na área do pré-sal da Bacia de Santos. os 32 novos turbogeradores com turbinas a gás serão entregues em grupos de quatro, sendo que as primeiras unidades estão previstas para o primeiro semestre de 2013. Cada uma das oito pla-taformas flutuantes (FPSo) será equipada com quatro turbogeradores.

“estamos felizes que a Petrobras tenha novamente selecionado a tecno-logia rolls-royce de geração de energia para atender seus agressivos objetivos de produção offshore de petróleo e gás. a rolls-royce tem um forte histórico de fornecimento de equipamento e serviços ao setor de energia do Brasil, e estamos comprometidos a dar suporte a todos os nossos clientes no país com soluções confiáveis de tecnologia e com uma forte presença local”, afirmou andrew Heath, presidente do setor de energia da rolls-royce

Francisco Itzaina, presidente da rolls-royce para a américa do Sul, dis-se: “a rolls-royce está comprome-tida a continuar expandindo sua presença de tec-nologia, bem como a c a p a c i t a ç ã o de sua produção no Brasil. Vamos também estimular a economia local através da geração de novos empregos, treinamento e de-senvolvimento. Para atender a esses contratos, vamos engajar uma cadeia local de fornecedores no Brasil para fornecer componentes críticos para nossos equipamentos de geração de energia com turbinas a gás.”.

em fevereiro, a rolls-royce anun-ciou planos para a construção de uma

instalação para montagem e testes de turbinas a gás em Santa Cruz (rJ), no estado do rio de Janeiro, em uma área de 103.000 m2, que receberá um inves-timento de mais de uS$ 100 milhões. a previsão é de que essa unidade esteja operando no primeiro semestre de 2013. equipamentos referentes a esses con-tratos e previstos para instalação nos campos petrolíferos de Lula e Guará estarão entre as primeiras unidades a serem montadas e testadas na nova instalação da rolls-royce.

esses recentes contratos elevarão para 62 o total de unidades com turbi-nas industriais a gás rB211 instalado no Brasil ao longo dos últimos dez anos. a energia total combinada gerada por essas unidades é equivalente a 1,8 gi-gawatt de energia elétrica, que seria suficiente para atender a uma cidade com sete milhões de pessoas.

Contratos de US$ 650 milhões para equipar plataformas da Petrobras

UTs para a PaxOcean Engenharia

Companhia global de sistemas de energia, a Rolls-Royce assinou novos contratos com a Petrobras no valor potencial de US$ 650 milhões para apoiar as atividades de produção offshore da petroleira no Brasil.

Rolls Royce

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a CoMPanHia De GÁS do esta-do do rio Grande do Sul (Sulgás), responsável pela comercialização e distribuição de gás natural canaliza-do no estado, conta com uma rede de distribuição que abrange 542,3 km, atendendo cerca de cinco mil clientes industriais, comerciais e residenciais.

Pelo fato de possuir linhas de dis-tribuição subterrâneas, espalhadas por áreas urbanas e rurais de difícil acesso, a concessionária necessitava adotar um sistema que fosse capaz de monitorar as variáveis de campo remotamente e em tempo real, além de um software SCaDa que pudesse ser controlado de um único centro de operações, dispensando a necessi-dade de qualquer deslocamento até os locais a serem supervisionados.

a Sulgás acabou contratando o consórcio altus e Syspro quali-ty para a execução do projeto, que utilizou o elipse e3, desenvolvido pela elipse Software, para o sistema de supervisão e controle. ao todo, foram adquiridas cinco licenças do e3, sendo uma de Server ilimitado, uma de Server ilimitado Hot-Stand--By, uma de Viewer Control, duas de oPC Server e um driver elipse SuperDriver, a mais nova tecnologia da empresa, capaz de permitir a uti-lização de mais de um protocolo em um mesmo canal de comunicação. além dele, a elipse desenvolveu o chamado instromet 999, driver criado para esta aplicação específica.

a altus foi responsável por toda a customização do software de acor-do com as necessidades do projeto. além disso, forneceu, junto a Syspro quality, a tecnologia para a trans-missão dos dados das linhas de dis-tribuição da Sulgás ao sistema de supervisão e controle.

Solução sob medida - os operadores da Sulgás podem supervisionar todas as variáveis que integram o processo de distribuição do gás natural, graças às telas do elipse e3 e toda a tecno-

logia de transmissão de dados via GPrS. Pressão, temperatura e vazão do gás são algumas das variáveis que podem ser acompanhadas pelas telas do supervisório.

o volume consumido pelos clien-tes, assim como o status do sistema anticorrosivo dos dutos por onde o gás é distribuído também são envia-dos para o e3. além disso, o sistema fornece dados sobre o faturamento para o urP (unidade de referência de Preços) da empresa.

o sistema de alarmes foi confi-gurado no elipse e3, e este alerta os operadores caso seja verificado qualquer problema no gasoduto. Suponha que a pressão do gasodu-to esteja fora dos padrões normais. uma vez constatado o problema, o software exibe uma mensagem nas telas, informando a hora, data e de-talhes da ocorrência.

Por fim, foi utilizada a ferramenta do e3 para emissão dos históricos e gráficos, todos customizados con-forme as necessidades do cliente e que podem ser exportados para PDF e impressos. Cerca de r$ 7 milhões foram investidos pela Sulgás para de-senvolver todo o projeto e arquitetura do sistema – projeto esse que abran-geu desde a compra do supervisório da elipse, remotas de telemetria por GPrS, instalação de equipamentos nos usuários, montagem da sala de operações, gastos com computadores e a mão de obra.

“os recursos do software per-mitiram a implementação de uma arquitetura robusta e confiável, via-bilizando, assim, a integração com os sistemas internos da Sulgás. Durante o projeto, foram realizados estudos, buscando utilizar recursos de usabili-dade o que resultou em interfaces de

Software Elipse E3 é usado na automação na Sulgás É da Altus a solução adotada para monitorar as diferentes variáveis de campo envolvidas no processo de distribuição de gás natural no sistema de supervisão e controle da Sulgás.

Altus

produtos e serviços

Figura 1 – Tela de configuração do sistema.

Figura 4 – Exemplo de tela de uma estação de distribuição da Sulgás.

Figura 2 – Tela de controle da vazão junto às redes de distribuição instaladas na rede metro-politana.

Figura 3 – Tela de controle da pressão assinala-da junto às redes de distribuição instaladas nas cidades de Caxias do Sul, Canoas, Igrejinha e Ca-choeirinha. Em vermelho, na margem inferior, os alarmes verificados pelo supervisório.

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KPMG lança guia sobre o setor de petróleo e gás no Brasil A KPMG no Brasil está lançando o estudo A Guide to Brazilian Oil & Gas Taxation (Guia sobre a tributação em petróleo e gás). O material é destinado a investidores estrangeiros interessados em conhecer melhor este mercado e as especificidades tributárias do país relacionadas ao setor.

KPMG

maior funcionalidade”, disse Samuel H. rosa, analista da Sulgás respon-sável pela condução do projeto.

Elipse superdriver – em busca de aprimorar a comunicação entre os diferentes equipamentos que inte-gram o sistema responsável pela automação das variáveis de cam-po e equipamentos envolvidos no processo de distribuição de gás, a Sulgás decidiu adotar a mais nova tecnologia desenvolvida pela elipse para atender este propósito, o elipse SuperDriver, que permite a utiliza-ção de mais de um protocolo em um mesmo canal de comunicação.

essa solução conta com uma es-trutura capaz de se associar a múlti-plos drivers, gerando itens chamados escravos, que terão definições de configurações isoladas por perfis.

assim, os tags de comunicação exis-tentes na aplicação, referenciados a estes escravos por algum campo de configuração, terão seus parâmetros repassados à respectiva instância de driver apontado.

importante salientar que os drivers elipse que podem ser subordinados ao SuperDriver devem ser aqueles de-senvolvidos para o ioKit e a topologia deve proporcionar obrigatoriamente, como camada de comunicação ime-diata à aplicação, a interface ethernet.

Benefícios • Monitoramento remoto e em tempo real da pressão, temperatura e vazão do gás distribuído pela Sulgás;• Supervisão do volume de gás que é consumido pelos clientes e do siste-ma anticorrosivo dos dutos por onde é distribuído o gás;

• Sistema de alarme que alerta os operadores sobre qualquer proble-ma que venha a afetar o processo, exibindo a data, hora e detalhes da ocorrência nas telas;• Fornecimento dos dados refe-rentes ao faturamento para o urP da Sulgás;• Emissão de gráficos e histó-ricos customizados, que podem ser exportados para PDF e im-pressos, contendo todas as in-formações sobre qualquer uma das variáveis do processo;• Melhor comunicação entre os diferentes equipamentos que integram o sistema responsável pela automação das variáveis de campo e equipamentos envolvi-dos no processo de distribuição de gás via utilização do elipse SuperDriver.

O MATERIAL TRAçA um panorama da indústria de petróleo e gás, com foco no sistema tributário nacional. Destinada aos investidores estrangeiros, a publi-cação tem o objetivo de servir como guia para esclarecer as características do sistema tributário brasileiro, regi-mes especiais e incentivos fiscais, lei trabalhista, tributação dos residentes no Brasil, características do comércio internacional envolvendo o mercado brasileiro e questões relacionadas a negócios em fusões e aquisições, entre outros pontos.

“As oportunidades de negócios abertas a partir das descobertas na região do pré-sal vão exigir investimen-tos vultosos, além de demandar novas tecnologias, conhecimento e expertise. O mundo todo está atento a isto, e cer-tamente as empresas internacionais terão muito a contribuir na exploração dessa nova riqueza. Este guia é uma

pequena contribuição para que os in-vestidores estrangeiros conheçam um pouco melhor as características vitais para o sucesso de empreendimentos no país, em especial naquilo que se refere ao nosso sistema tributário”, explica

Manuel Fernandes, sócio da KPMG no Brasil na área de Audit e líder para o segmento de petróleo e gás.

“Com esta publicação, os investi-dores poderão conhecer algumas su-

tilezas do sistema tributário brasileiro, ainda mais aquelas relacionadas aos regimes especiais de tributação e aos incentivos fiscais”, acrescenta Rober-to Haddad, sócio da

área de tributação internacional e de fusões e aquisições da companhia.

O guia impresso, com 40 páginas, será distribuído em escritórios da KPMG em vários pontos do mundo e entregue a inves-tidores estrangeiros atendidos pelo Global Business Group da empresa no Brasil. Ele também está disponível online, no site da empresa: www.kpmg.com.

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reSPonSÁVeL PeLa manutenção de unidades offshore na Bacia de Campos, atendendo as demandas da indústria de óleo e gás de Vitó-ria (eS) até itajaí (SC), a ibrav quer consolidar sua posição como líder no mercado brasileiro de recuperação de válvulas. Daí o investimento de cerca de r$ 2,5 milhões em nova unidade fabril na Bahia, com 36.000 m2 de área, prevista para entrar em operação em 2012.

Com expertise em recuperação de válvulas, inclusive as soldadas na linha, além de engaxetamento, reengaxatamento, teste online de válvulas de segurança, usinagem de campo, a empresa, que é distribuido-ra exclusiva dos produtos Chersteton para o mercado brasileiro, atende clientes como Petrobras, Brasken, Vale Fertilizantes, General Motors e BSC Papel e Celulose.

“Com essa nova fábrica, podere-mos atender toda a região norte e o

nordeste do Brasil, agregando ao nos-so portfólio local serviços ainda não executados, como a recuperação de vál-vulas de grande di-âmetro, a chamada usinagem pesada,

além dos serviços de campo”, afirma Edmilson Barboza, sócio fundador e diretor de operações da ibrav. “no-vas oportunidades de trabalho serão abertas, uma vez que vamos dobrar nosso efetivo”, acrescenta.

nas regiões norte e nordeste, a empresa quer reforçar a presença em setores como oil & gas, químico e pe-troquímico, além de outros mercados onde atua, como as indústrias sucro-alcooleira e de papel e celulose. além

disso, pensando em todo o território nacional, a empresa está buscando novas tecnologias para atender, in-clusive, as empresas estrangeiras que estão se instalando no Brasil.

“nascemos em 2001, quando o mercado ainda era embrionário. trabalhamos pesado para mostrar às empresas a importância de fa-zer a manutenção dessas peças com qualidade e, claro, da preocupação pela segurança”, diz o executivo da empresa, que é reconhecida no mer-cado pela confiabilidade e segurança de seus serviços.

ele observa que, ao longo dos anos, a empresa foi desenvolvendo novos modelos de recuperação de válvula e, hoje, após uma década, é amplamente reconhecida pelas maio-res companhias de distintos setores pela qualidade de seus produtos e serviços. “nossas unidades e equipes de profissionais estão capacitados para ir além da recuperação, trans-formando sucata em peças novas e duráveis”, agrega o executivo.

a ibrav conta hoje com três unidades, uma em Minas Gerais, outra na Bahia e a sede, em São Paulo. ao todo, são 170 colaborado-res, sendo que 10% desde efetivo é formado somente por profissionais focados na manutenção da quali-dade, desde o início da operação, envolvendo a retirada das peças, até a entrega ao cliente.

“nos últimos quatro anos, atuamos em 28 paradas, de diversas empresas, com mais de mil traba-lhadores envolvidos no dia a dia da recuperação”, revela Barboza. “além do sucesso dos serviços pres-tados, comemoramos o fato de que nenhum acidente foi relatado. esse resultado é fruto de investimento contínuo no treinamento dos nossos colaboradores”, comenta o executivo que acumula mais de 25 anos de experiência no setor.

a ibrav, que tem o modelo de ges-tão familiar, nunca recebeu aporte externo para crescer. em 2011, os sócios investiram r$ 300 mil para a abertura da empresa e, já no mesmo ano, o faturamento superou a casa de r$ 1 milhão. “nestes dez anos, já investimos algo em torno de uS$ 7 milhões. nosso faturamento mostra que as escolhas estão sendo acer-tadas”, diz Barboza. a companhia, que faturou r$ 15 milhões em 2009, prevê chegar a 2012 com uma receita de r$ 20 milhões.

Segundo a abimaq (associa-ção Brasileira da indústria de Máquina e equipamentos), o fa-turamento bruto real do setor de bens de capital mecânico alcançou, entre janeiro e agosto deste ano, o montante de r$ 52,8 bilhões, o que representa um crescimento de 9,7% quando comparado ao mesmo período de 2010.

Expansão com foco no Norte e NordesteLíder em recuperação de válvulas industriais e detentora da maior fatia do mercado, Ibrav completa dez anos com nova unidade fabril, para atender ao mercado nordestino.

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Inovação e expansão movida a óleo e gásCom planos de ampliar sua base e incrementar seus negócios no Brasil, a SolidWorks anuncia a versão 2012 de seu software CAD 3D, que ganhou mais de 200 novidades, entre as quais funcionalidades específicas para atender demandas da cadeia produtiva de óleo e gás.

SolidWorks

uMa DaS MaiS utilizadas ferramen-tas tecnológicas de desenvolvimento de projetos – desde peças e partes de equipamentos a plantas industriais –, com cerca de 1,6 milhão de usuá-rios, o SolidWorks 2012, apresenta-do recentemente ao mercado global (incluindo Brasil), traz mais de 200 melhorias, 90% delas desenvolvidas a partir de indicações de usuários.

“Parte dessas novidades visa atender a indústria de óleo e gás, assim como o setor naval”, ressalta oscar Siqueira, country manager da SolidWorks Brasil, empresa do grupo francês Dassault Systè-mes. “nossa pre-missa é evolução, não revolução. Procuramos definir as prioridades para que não haja nenhuma inter-rupção no projeto, ou seja, não há necessidade de transição para ade-quação a cada nova versão. É uma inovação amigável.”

Siqueira considera a nova versão do software um espaço aberto para a aplicação dessa ferramenta, inclusive no desenvolvimento de equipamentos e sistemas utilizados pela indústria offshore. “Como o processo de de-senvolvimento de produtos do setor de óleo&gás e subsea são, em geral, complexos e muito grandes, inúmeras funcionalidades foram adicionadas à versão 2012 do SolidWorks para auxiliar nessas verticais”, observa o executivo. Com isso, a empresa quer ampliar seu portfólio de clientes, no qual já estão presentes Petrobras, FMC, Halliburton, eisa, Subsea7, entre outras.

ele dá alguns exemplos de apli-cações de suas soluções no setor.

“Com o SolidWorks Simulation e o recurso de simulação 2D, por exem-plo, é possível analisar virtualmente dutos submarinos, a fim de garantir seu funcionamento, ou aplicar simu-lações de escoamento em bombas no intuito de medir a perda de carga dentro do processo”, diz Siqueira, e acrescenta que ele também pode ser utilizado na implantação de malha dutoviária, principalmente dos no-vos dutos marítimos, que estão sendo feitos com materiais compostos. tais materiais aferem resistência estrutural à pressão dos mesmos, para instalação em cenários mais complexos como o do pré-sal (alta pressão, temperatura muito altas e baixas e até, indireta-mente, na questão da corrosão).

Detalhes essenciais – Timoteo Mül-ler, gerente técnico da DS SolidWorks Brasil, destaca alguns aplicativos que dão maior agilidade ao desenvolvi-mento de proje-tos em setores em que o fator tempo é crucial, como a indústria de óleo e gás. “a ferramenta revisão de Gran-de Projeto permite às equipes de pro-jeto realizarem revisões dentro do CaD SolidWorks, de forma instantâ-nea, em reuniões com fornecedores e clientes”, detalha.

“e a ferramenta Congelar recur-sos permite aos usuários reduzir dras-ticamente o tempo de reconstrução de seus projetos, a fim de minimizar o tempo total de projeto e criação de de-senhos 2D prontos para fabricação”, diz o gerente técnico, lembrando que a ferramenta SolidWorks Simulation também foi aprimorada, de modo a conferir maior capacidade de acesso

a recursos avançados totalmente in-tegrados ao SolidWorks.

Expansão estratégica – respaldado nessas novidades e no crescimento das vendas de outros softwares (não CaD), a empresa, que tem mais de 144 mil clientes, está presente em 180 países e tem suas soluções aplicadas em todos os segmentos da indústria, planeja se expandir no Brasil, onde tem registra-do um crescimento recorde.

“Devemos chegar a 30% no Bra-sil”, prevê oscar Siqueira, salientando que nos últimos cinco trimestres o crescimento nas vendas de licenças tem sido superior a 23% em todos os mercados. “a SolidWorks hoje é uma empresa multiproduto”, frisa o exe-cutivo, prevendo que o faturamento desse ano passe de uS$ 500 milhões (bem acima dos uS$ 417,8 milhões obtidos em 2010).

Com 3.950 clientes, oito mil usuá-rios de ferramenta CaD, 13 revendas e 28 escritórios no Brasil, a empresa foca também na indústria naval. tanto que pretende abrir um novo escritório no nordeste. Mais precisamente, em Pernambuco. “É uma região em que podemos ter maior crescimento em função dos setores de o&G e naval.”

atenta aos gargalos na área de mão de obra especializada, a empre-sa também continua investindo na formação de profissionais. “o Bra-sil tem muito projetista, mas poucos engenheiros”, observa o country manager da SolidWorks Brasil, que hoje tem mais de 30 mil licenças em universidades brasileiras parceiras. Sem falar no Senai, que forma 300 mil profissionais na área de mecânica utilizando a ferramenta SolidWorks. “eles estão, portanto, qualificados para utilizar nossas soluções no mer-cado de trabalho.”

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a PuBLiCação traZ recomendações e sugestões úteis sobre como mitigar as falhas mais comuns que prejudi-cam a produtividade nos canteiros de obras. Serve também como uma lista para verificação de diretrizes das boas práticas na montagem de tubulações.

estatísticas mostram que as empre-sas do setor de engenharia industrial, mesmo as razoavelmente bem geridas, desperdiçam recursos significativos nos processos de construção e montagem. os desperdícios advêm principalmente de retrabalho, tempo de espera por erros no sequenciamento de tarefas, ou falta de documentos, materiais, ferra-mentas e mesmo equipamentos neces-sários para o desempenho de tarefas.

a importância das tubulações, es-pecialmente nos segmentos de óleo e gás, químico e petroquímico, levou a abemi a reunir um Grupo de traba-lho representativo, com profissionais de suas associadas para investigar os fatores que influenciam a produtivi-dade nos canteiros de obras e buscar soluções para minimizá-los.

Para a composição do estudo, o Grupo de trabalho realizou visitas técnicas a canteiros e entrevistou gerentes de obras e suas equipes de engenheiros, técnicos, encarregados e mão de obra direta especializada. Paralelamente, promoveu 48 reuniões para estruturar e hierarquizar por prio-ridade de impacto os problemas, suas respectivas causas e sugestões de como mitigá-los. e para complementação, consolidação e validação do resultado, a abemi realizou um workshop com profissionais vindos de vários canteiros de obra.

“não se trata de um trabalho de medição das improdutividades. opta-

mos por uma abordagem conceitual de identificação dos gargalos mais signifi-cativos e causas que impedem um fluxo contínuo e produtivo das atividades. al-gumas recomendações podem parecer óbvias e realmente o são para aqueles com muita experiência no setor. Mas o fato de estarem listadas, significa que infelizmente nem sempre estão sen-do aplicadas no cotidiano das obras”, argumenta Francisco Rocha, diretor da abemi que liderou os trabalhos ao lado de seu colega de diretoria, oscar Simonsen, e do coordenador do Gt tubulação industrial, Eduardo Sérgio Antunes, consultor da empresa. an-

tunes espera que a publicação seja utilizada como um manual pelos líde-res em canteiros de obras, de forma a melhorar a produ-tividade das equi-pes, evitar erros comuns e melho-rar a qualidade das instalações.

Salto de competi-tividade – a publi-cação de Melhoria de produtividade em tubulação: pro-blemas, causas e

soluções é parte das ações da abemi visando à competitividade da enge-nharia industrial brasileira. o tema passou a item prioritário na agenda de atuação da associação, a partir da constatação de que os custos de engenharia, construção e montagem industrial no Brasil ainda se mostram pouco competitivos quando compa-

rados aos das atividades praticadas no exterior.

Parte do problema está diretamente relacionado ao chamado ‘Custo Brasil’, porém há fatores que afetam negati-vamente a produtividade do segmen-to, cujo tratamento depende de ações internas das empresas. os esforços da abemi têm se concentrado nesse segundo grupo.

além do Grupo de trabalho de tu-bulação industrial, destacam-se como ações atuais da entidade no sentido de melhorar a competitividade do setor de projetos, construção e montagem industrial: estruturação de programa de qualificação de profissionais do setor, desenvolvimento de padrões de engenharia de projeto, construção e montagem; elaboração de métricas padrão de produtividade para que de forma estruturada se possa captar em um banco de dados centralizado, com segurança assegurada sobre a confi-dencialidade dos dados fornecidos pe-los participantes, índices comparativos de desempenho de construção e mon-tagem, envolvendo empreendimentos no Brasil e no exterior.

Livro sobre produtividade na pré-fabricação e montagem de tubulações industriais

Lançado em 1º de dezembro de 2011, o livro Melhoria de produtividade em tubulação: problemas, causas e soluções analisa em detalhe os problemas que reduzem a produtividade na pré-fabricação e montagem de tubulações nas obras brasileiras. O livro é resultado de um estudo iniciado em 2009 pela Abemi (Associação Brasileira de Engenharia Industrial) e marca o trabalho da atual diretoria, que elegeu o tema da competitividade como sua bandeira principal.

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A norte-americana Baker Hughes, fornecedora de equipamentos, serviços e softwares para a indústria de petróleo e gás, inaugurou, no início de outubro do ano passado, no Parque Tecnológico do Rio, seu primeiro centro de pesquisa no país com o objetivo de desenvolver tecnologias adequadas aos desafios relacionados ao pré-sal e dar suporte à tecnologia avançada para E&P offshore no Brasil.

Baker Hughes inaugura centro de pesquisa no RioBaker Hughes

“AS DEMANDAS tecnológicas do pré--sal foram o grande motivo da insta-lação deste centro no país, mas ele se destinará aos nossos negócios na América Latina. Obviamente, ele será nosso foco inicial; 70% a 80% das nos-sas atividades aqui na região serão voltadas para as demandas do pré-sal”, disse César Muniz, diretor do centro de pesquisa e tecnologia da empresa na América Latina.

A parceria entre a Baker e a Pe-trobras foi firmada no dia 1º de julho de 2009, e se deu através da assi-natura de um acordo de cooperação voltado para pesquisa e desenvolvi-mento de tecnologias para as áreas de poço, reservatórios e elevação e escoamento de petróleo, com foco nos projetos do pré-sal brasileiro. A implantação do centro de pesqui-sa no Parque Tecnológico faz parte dessa carteira de projetos.

O centro de pesquisas da multi-nacional oferecerá aos clientes so-luções para todo o ciclo de vida do poço, promovendo eficiências opera-cionais e a redução de custos para a construção de poços, produtividade do reservatório e otimização do fator de recuperação. A Baker Hughes investiu cerca de US$ 50 milhões na constru-ção de seus laboratórios, que devem empregar entre cem e 110 pessoas, a maioria dos pesquisadores com alto grau de especialização.

“Vamos poder capacitar e desen-volver tecnologia para perfuração, completação, avaliação de formações, construção de poços, caracterização de reservatórios, etc. O centro conta com uma oficina cujo objetivo é basi-camente manipular protótipos de fer-

ramentas pilotos de forma a prepará--las para realizar testes em campos e temos quatro laboratórios analíticos que manipulam produtos químicos para fabricar outros utilizáveis na constru-ção, produção e completação de poços; e laboratórios mais especializados para manipular e realizar, dentre ou-tros, testes em fluidos químicos como, por exemplo, análise de termodinâmica dos fluidos produzidos nos campos de petróleo, detecção de viscosidade, laboratório de cimentação e de física de rochas, além de escritórios e salas de reunião”, informou o diretor.

Segundo Muniz, o empreendimento contará com equipamentos de alta pre-visão, mas eles ainda não chegaram no país, pois tiveram que ser importados do exterior. Mas isso deve acontecer a partir de janeiro de 2012, quando começará a operação. “Não existe fa-bricante desses equipamentos, então tivemos de importar da Alemanha, Estados Unidos e Suíça”, disse.

As obras do centro foram iniciadas em novembro do ano passado, mas, de acordo com ele, demoraram um pouco para iniciar devido à burocra-cia local. “Atrasamos o início da obra para novembro, mas felizmente con-seguimos superar este atraso inicial e mantivemos a data de inauguração como previsto”, apontou.

O diretor da Baker informou que a empresa está em processo de contrata-ção de mão de obra, buscando profissio-nais especializados locais, especialmen-te mestres, doutores e jovens graduados. “Queremos nos integrar à academia lo-cal, inclusive já temos parcerias com as principais universidades e institutos de pesquisa do país”, ressaltou.

O executivo comentou ainda que a Baker atualmente está construindo um centro de pesquisa e tecnologia seme-lhante a este do Brasil no Oriente Médio, para atender as demandas offshore da região. Ele estará em pleno funciona-mento também no início de 2012.

Da esquerda para a direita, Florival Carvalho, diretor da ANP, Carlos Tadeu da Costa Fraga, gerente exe-cutivo do Cenpes; José Miranda Formigli Filho, gerente executivo do pré-sal; Andy O’Donnel, presidente da Western Hemisphere Baker Hughes; Maurício Figueiredo, vice presidente da Baker Hughes do Brasil; Maurício Guedes, diretor do Parque Tecnológico do Rio e da Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ; Leduvy Gouvea, diretor geral da Queiroz Galvão Óleo e Gas; e César Muniz, diretor do Centro de Pesquisa e Tecnologia da Baker Hughes na América Latina.

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A nova fase de Manguinhos Após passar por altos e baixos, a Refinaria de Manguinhos, a única unidade nacional que não faz parte do complexo de refinarias da Petrobras, se apresenta com uma nova estrutura e segue tocando um de seus projetos prioritários – o terminal marítimo, que interliga a refinaria à Baía de Guanabara e é considerado uma alternativa importante para a cadeia de produção e distribuição de derivados de petróleo.

Refinaria de Manguinhos

produtos e serviços

a noVa aPoSta da refinaria de Manguinhos é a instalação de uma unidade de destilação a vácuo, que possibilitará processar petróleos mais pesados com mais flexibilidade ope-racional para processar cargas dife-renciadas.

a refinaria está também instalan-do uma nova caldeira à vapor, em substituição às antigas, tudo isto faz parte do processo de modernização dos equipamentos, gerando melhor rendimento produtivo, com menores consumos e emissões de poluentes, sem, no entanto, alterar o volume pro-duzido. “Vamos continuar com a mo-dernização do sistema de automação industrial das unidades, reduzindo os riscos de acidentes com ganhos

operacionais, de segurança e am-biental. e continu-amos investindo continuamente em segurança, redu-zindo as chances de acidente e me-lhorando o controle

operacional”, explica o presidente da refinaria, Paulo Henrique Menezes.

De acordo com ele, a moderniza-ção engloba os processos industriais, redução de emissões, segurança e a gestão mais focada em resultados. Segundo Menezes, algumas destas iniciativas já estão em prática, como as mudanças na gestão da empresa e os procedimentos que aumentam a segurança dos colaboradores e redu-zem as emissões. “as modernizações industriais previstas estarão ativas

ainda no primeiro semestre de 2012”, complementa.

Depois de liderar o ranking das ações mais valorizadas em 2010 – ordinárias (on), alta de 502% no ano e Preferenciais (Pn) com mais 445% – de acordo com a Melhores e Maiores da Exame, a refinaria de Manguinhos volta para a lista das ações com grande desempenho no acumulado de 2011 e registra valori-zação superior a 50% nas on, contra o ibovespa de 16,09% negativos, de janeiro até semana passada e CDi de 5,39% no mesmo período.

“Desde que o Grupo andrade Ma-gro adquiriu o controle da empresa, traçamos um plano estratégico que vem sendo cumprido à risca. e os resultados estão aparecendo. além da parte in-dustrial propriamente, nossos números também demonstram uma evolução que agrada aos acionistas, que apos-

tam cada vez mais em nosso sucesso”, indica o presidente da refinaria.

a refinaria de Manguinhos produz, comercializa e distribui os principais derivados do petróleo, atuando no mer-cado por meio de suas subsidiárias Man-guinhos Distribuidora e Manguinhos química. a planta tem uma capacidade de processamento de 15 mil barris de petróleo por dia para a produção de gasolina comum, gás liquefeito de pe-tróleo (GLP), diesel, óleo combustível e solventes especiais.

em 2008, quando foi adquirida pelo Grupo andrade Magro, a refina-ria, através da empresa Grandiflorum Participações, reiniciou seus projetos, proporcionando crescimento e novos investimentos para o país.

Para garantir que os maus tem-pos são coisa do passado e o bom desempenho se repita nos próximos anos, Menezes contou que a refi-

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Lançada pedra fundamental Estaleiro Jurong Aracruz

naria se estruturou ao implantar uma boa gestão, voltada para a ad-ministração eficaz de custos, para atuar com agilidade a fim de se in-serir no novo desenho do mercado internacional. Foram contratados profissionais voltados para resul-tado e Manguinhos se dedicou a uma política eficaz de gestão com foco na meritocracia.

Segundo o presidente de Man-guinhos, em razão das atuais carac-terísticas do mercado, o projeto de biodiesel, antes prioritário da refina-ria, deixou seu posto para o projeto do terminal marítimo que interliga a refinaria à Baía de Guanabara. “este é um dos grandes ativos da companhia e será em muito otimizado para aten-der as demandas do pré-sal”, afirma, salientando que a refinaria retornará ao projeto de biodiesel tão logo o ce-nário se mostre interessante.

Menezes disse ainda que com a utilização desse terminal marítimo podem surgir oportunidades para o

pré-sal no que se refere às atividades de farm-oil (ou fazenda de óleo), ou seja, grandes parques de tancagem,

capazes de armazenar imensas quan-tidades de óleo para depois enviá--lo para grandes navios. quanto ao protocolo de intenções que Mangui-nhos havia assinado com a Petrobras em 2010 para estudos conjuntos de oportunidades de negócios, Menezes informou que eles optaram por não seguir com a parceria.

em outubro de 2011, Manguinhos fechou um acordo com o Macquarie Bank para analisar a viabilidade de investimento e/ou financiamento para a exploração e produção do campo petrolífero riacho Velho, em upa-nema (rn). a aquisição desta área irá permitir o ingresso da empresa no upstream e acesso à sua própria matéria-prima.

De acordo com Menezes, o poço, a princípio, tem volume es-timado de 5 milhões de barris de petróleo e 39,7 milhões de m³ de gás. “este seria o modesto começo de nossa entrada no mercado ups-tream”, conclui.

PRODUTOS:Gasolina comum; diesel; die-

sel comum; óleo combustível

B1; biodiesel; Gás Liquefeito

de Petróleo (GLP)

SERVIÇOS:

Carregamento e armaze-

namento (capacidade de

armazenamento da refinaria:

1,5 milhão de barris, volume

quase equivalente ao consu-

mo diário do Brasil)

No fim do mês de dezembro foi lançada a pedra fundamental do estaleiro Jurong Aracruz, que ficará localizado em Barra do Sahy, no município de Aracruz, no Espírito Santo.

O EMPREENDIMENTO pertence à Ju-rong Shipyard, subsidiária da SembCorp Marine (SCM) de Cingapura, e chega ao estado para atender a demanda da indústria do petróleo na exploração dos campos do pré-sal. O estaleiro será res-ponsável pela construção, conversão e reparos de navios sonda, navios pla-taforma e plataformas de perfuração.

A empresa ocupará uma área de 825 mil m2 e vai criar 2,5 mil vagas de trabalho no período de obras de insta-lação, que deve durar aproximadamente dois anos. Quando estiver operando, o estaleiro vai gerar seis mil empregos entre diretos e indiretos. A obra está orçada em R$ 500 milhões.

“A expectativa é de que em 2014 as obras do estaleiro estejam totalmente concluídas, mas em 2013 já estaremos com condições de operar”, afirmou Lu-

ciana Sandre, diretora Institucional do Estaleiro Jurong Aracruz.

Visando minimizar os impactos, principalmente na área social, o es-taleiro está dando prioridade aos pro-fissionais da região no preenchimento das vagas de trabalho.

Já está confirmado o convênio com o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), para a realização de intercâmbio profissional e cultural em Cingapura, que vai contemplar 15 estudantes e cinco

professores por ano. Os alunos e profes-sores terão acesso a capacitação técnica e transferência de tecnologia, que será aplicada na construção de embarcações e plataformas no estaleiro.

Os fornecedores locais também terão prioridade na contratação de bens e servi-ços. O estaleiro já cadastrou as empresas da região e realizará a capacitação para posteriormente selecionar os fornecedo-res que atenderem às exigências técnicas do Estaleiro.

A empresa pode já no seu primeiro ano de existência receber um impor-tante trabalho. O estaleiro fez proposta à Sete Brasil, que disputa a licitação para o afretamento de 21 sondas de perfuração da Petrobras. O estaleiro teria capacidade para entregar até nove unidades dentro do tempo exi-gido pela Sete Brasil.

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Petróleo e gás no Brasil:antes mal acompanhado do que só Explorando os benefícios das parcerias numa

das indústrias que mais cresce no Brasil.

Nos últimos quatro anos o mundo mudou muito. assistimos a uma das maiores crises financeiras globais da história moderna. Desmistificamos a teoria das soberanias inquebráveis, ao mesmo tempo que assumi-

mos que algumas entidades são “grandes demais para quebrar” (do inglês too big to fail). Migramos de uma teoria fundamentalista de livre mercado – na qual o mercado tem sempre razão, e tende naturalmente ao equilíbrio –, para uma teoria intervencionista, na qual os estados criam pacotes de nacionalização de ativos privados e soberanias se unem para salvar outras soberanias. estes são tempos de provação... e já diz a velha expressão que “o que não mata, engorda”.

assim foi com o Brasil. neste período conturbado, o país deixou, pouco a pouco, de ser um ator

coadjuvante para passar a ser, junto com a China, um dos países impulsiona-dores da economia mundial, desempenhando papel fundamental nas políticas de resgate da economia de países outrora poderosos do Velho Continente.

o jogo virou!esta virada começou, talvez de forma mais mediática, com o anúncio da

descoberta de tupi – lá em 2007. Seguiu-se a crise financeira de 2008 que afetou as bolsas de todo o mundo e fez o dólar norte-americano e o euro subirem, e o real despencar... a economia brasileira reagiu de forma heroica, e em poucos meses superou o patamar pré-crise; o real reassumiu o seu valor. ante as adversidades a economia brasileira, conseguiu fechar 2009 com um crescimento de quase 3% e o país foi considerado investment grade pela agência Standard & Poor’s. Para fechar o ano em alta, The Economist, a maior e mais importante revista econômica do mundo, publicou uma capa em que o Cristo redentor decola como um foguete, sob o título “Brazil takes off”. 2010 prometia. e o Brasil cumpriu! o PiB brasileiro fecha o ano com um crescimento de 7,5%, o maior desde 1986. Poucas economias no mundo têm um desempenho igual à brasileira neste período.

em quatro anos, enquanto ao norte do Caribe se assiste à crise do sub-prime, ao sul, em terras de Vera Cruz, assiste-se a um aumento no preço dos imóveis equivalente a 400%.

recentemente, a Petrobras anunciou o seu plano de negócios para o período 2011-2015, que prevê um investimento total de uS$ 224,7 bilhões – 57% desse valor serão aplicados na área de e&P.

não há o que dizer. o mundo todo quer investir no Brasil. Principalmente o mundo do Petróleo e Gás.

no entanto, se o desempenho econômico do país apela fortemente para a vontade do investidor estrangeiro, fatores como a burocracia, a corrupção e os impostos colocam o Brasil na 73ª posição do ranking da Forbes, que dispõe sobre os melhores países para se fazer negócios no mundo.

o setor do Petróleo e Gás não é diferente... é pior!

Bashir Karim Vakil é sócio do escritório Ka-rim Vakil & Cruz Vizaco Advogados, e especialis-ta em Petróleo e Gás e Indústria Offshore.

Ana Luiza Cruz Vizaco é sócia do escritório Karim Vakil & Cruz Vizaco Advogados, e especialis-ta em Petróleo e Gás e Indústria Offshore.

análise

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Vamos tomar como exemplo uma empresa estrangeira que possui embarcações de apoio marítimo a plataformas de petróleo e que, como qualquer empresa estrangeira, quer trabalhar para a Petrobras: 1. Como se sabe, a contratação na Petrobras ocorre por licitação. ora, uma empresa só poderá ser convidada a participar numa licitação da Petrobras se for cadastrada no CrCC (Certificado de registro no Cadastro Corpo-rativo). o processo é burocrático, e como burocrático que é, é moroso.2. além disso, deve a empresa estar regularmente cons-tituída como entidade brasileira e possuir capital próprio a assegurar as atividades que prestará à concessionária. assim, da constituição de uma sociedade brasileira, sua inscrição nos órgãos públicos para obtenção do devido licenciamento, abertura de conta bancária ao registro no Banco Central de investimento externo para integralização de capital, bem como injeção de capital de giro inicial, todos os passos devem ser estritamente respeitados para que a empresa não sofra com qualquer desqualificação durante o processo licitatório. 3. não obstante, como regra geral, deve a empresa estar autorizada pela agência nacional de transportes aquaviários (a antaq) para ser uma empresa Brasileira de navegação (ou eBn). Para tanto, deve ela possuir capital social mínimo de r$ 2.500.000,00 e uma das seguintes opções: ou (i) ser proprietária de pelo menos uma embarcação com bandeira brasileira que não esteja fretada a casco nu a terceiros, ou (ii) afretar embarcação de bandeira brasileira, a casco nu, por prazo superior a um ano, ou (iii) estar a construir pelo menos uma embarcação em estaleiro brasileiro, desde que pelo menos 10% do peso leve da embarcação ou o somatório dos pesos leves das embarcações sejam construídos em estaleiro brasileiro, ou (iv) desejar obter financiamento com recursos do Fundo de Marinha Mercante para a construção de embarcação em estaleiro brasileiro e para o pré-registro de embarcação em construção em estaleiro brasileiro, no registro especial Brasileiro (o reB). 4. ressaltamos também que toda a atividade que se envol-va com petróleo, gás natural e seus derivados estará sob as rédeas da agência nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (anP) e, por isso, deverá também a empresa obter autorização da referida agência. 5. todavia, torna-se válido expor que para transformar uma embarcação estrangeira numa embarcação brasilei-ra, o interessado deve cumprir com inúmeros requisitos referentes ao registro da bandeira. ademais, importar embarcações de apoio marítimo é praticamente inviável nos dias atuais, já que a indústria nacional protecionista atua de forma contundente contra qualquer tentativa. 6. Por outro lado, apesar da indústria nacional estar se esforçando para competir com estaleiros estrangeiros (o Banco nacional do Desenvolvimento aprovou recente-mente o financiamento de uS$ 226 milhões ao estaleiro StX oSV niterói S/a para a construção de três navios de

apoio a plataformas de petróleo), construir navios aqui pode ser mais custoso e os riscos de não cumprimento contratual por parte de alguns estaleiros ainda persiste.

Como se vê, as dificuldades são muitas e amiúde sufi-cientes para desestimular até o investidor mais agressivo.

Contornando obstáculosÉ importante reconhecer, então, que existem alter-

nativas válidas para empresas estrangeiras iniciarem as suas atividades no Brasil, sem que sejam obrigadas a despender recursos e tempo em excesso. Falamos de parcerias com empresas locais, experientes em mercado brasileiro e em risco Brasil.

Parcerias para participação conjunta em licitações podem ser viabilizadas simplesmente mediante a as-sinatura de Mous (memorandus de entendimento) ou Lois (cartas ou protocolos de intenções) e a negociação cuidadosa de termos e condições que regulem as várias fases da participação num projeto.

em caso de sucesso numa licitação, as participan-tes solenizam a sua parceria mediante a formação de consórcios ou joint ventures contratuais – qualquer das duas, com custos, prazos e burocracias infinitamente inferiores aos obtidos mediante uma participação solitária do ente estrangeiro.

num tal regime, ambas as empresas se beneficiam com o intercâmbio profissional e tecnológico operado. a indústria nacional evolui com a experiência estran-geira. e a empresa estrangeira, por sua vez, beneficia--se de uma entrada mais suave no mercado brasileiro, tendo ainda a oportunidade de aprender os localismos com quem melhor os conhece – a empresa brasileira.

a história recente do petróleo e gás brasileiro mos-tra-nos vários casos de sucesso que começaram desta forma. o mercado local está aquecido. e cumpre-nos, para o bem geral, auxiliar as empresas estrangeiras a contornar os obstáculos que colocam o Brasil (apenas!) na 73ª posição do ranking da Forbes.

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Os mancais autolubrificantes, livres de manutenção, são considerados padrão em equipamentos offshore há mais de cinco décadas. apli-cações específicas como os sistemas de plataforma autoelevável, de turret, de Mooring e de Jack-up, bem como em equipamentos

de lançamento e manuseio de tubos, perfuração, guindastes e equipamentos subaquáticos, representam um amplo espectro para o uso destes materiais.

a versatilidade no uso destes mancais em equipamentos offshore se justifica basicamente pelo enorme nível de exigência por segurança e confiabilidade deste setor.

Materiais autolubrificantes são usados sempre que as soluções convencio-nais tais como bronze com graxa não são práticas, não podem ser realizadas por motivos técnicos ou ambientais ou seu funcionamento efetivo não pode ser garantido. o foco será principalmente em aplicações com altas cargas e com baixas velocidades de deslizamento.

o processo tribológico dentro dos materiais de deslizamento autolubrifi-cantes, metálicos ou não metálicos é basicamente o mesmo: micromovimentos geram microdesgastes na superfície de deslizamento e o lubrificante sólido existente na estrutura do material é liberado.

este lubrificante sólido (que pode ser grafite, PtFe ou certos sulfetos) é transferido para o contramaterial (eixos com movimentos de rotação e oscilatórios ou placas com movimentos de translação) onde se forma uma película de lubrificante sólida e estável entre os materiais (bucha/eixo, pla-ca/contraplaca) em função do movimento relativo, mesmo sob altas cargas, garantindo-se a lubrificação permanente.

Solução tradicionalnos últimos anos, os usuários foram confiando quase que exclusiva-

mente em bronzes-alumínio de alta resistência mecânica e à corrosão nos quais se obtêm propriedades autolubrificantes com a inserção de plugues de lubrificantes sólido (normalmente grafite compactado)

estes matérias, como, por exemplo, o deva.glide®, consistem em ligas de bronze fundido de alta resistência ao desgaste com a inserção de plugues de lubrificante sólido uniformemente distribuído na superfície de deslizamento de acordo com o princípio chamado “macrodistribuição”. o arranjo destes plugues depende também da direção do movimento.

a adequação geral de tais soluções foi recentemente reconfirmada em um artigo da edison s.p.a, itália, o qual foi publicado por ocasião da oMC (offshore Mediterranean Conference) em 2010 em alexandria (egito). neste artigo, angelo Zanetti, gerente responsável pelo projeto, descreve minuciosamente esta solução aplicada em projeto no campo petrolífero Veja, no Canal da Sicília (itália).

Soluções-padrão em materiais metálicos são complementadas com materiais compostos de alta tecnologia em equipamentos offshore.

Mancais de deslizamento autolubrificantes

Hubert Hilp é gerente de Aplicação Offshore & Marine da Federal Mogul DEVA GmbH.

Colaboração de João Amaral, engenheiro de Equipamentos da Petrobras (UN-Rio), e de Wanderley Egídio, gerente de área América do Sul da Federal Mogul DEVA GmbH.

mancais

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até meados de 2008, edison s.p.a., operou sua embar-cação FSo-Veja, a qual estava ancorada continuamente por 23 anos através de um sistema de atracação de ponto simples (projetado por SBM Mônaco). Durante os anos 2008/2009, o navio projetado com ‘casco simples’ teve que ser substituído pelo FSo Leonis de ‘casco duplo’ de acordo com o ‘regulamento Marpol’.

Durante o trabalho do ajuste necessário no sistema de amarração existente, uma enorme rótula radial (em deva.glide® com diâmetro interno de 1.200 mm) fornecida pela Federal Mogul Deva foi revisada e colocada de volta para o uso com o FSo Leonis por mais 15 anos, o que corresponde a uma vida operacional total de 38 anos!

Como este conceito está consolidado, ainda será intensivamente usado com foco principal em grandes buchas e rótulas com diâmetros internos de 500 mm a 3.500 mm.

Do ponto de vista técnico, no entanto, é de crucial importância estar certo que haverá movimento suficiente neste tipo de sistema de mancais durante toda a vida útil para se garantir que se terá uma “sobreposição” entre os depósitos de lubrificante. Somente desta forma uma película uniforme de lubrificante pode ser continuamente construída sobre o contramaterial (eixo).

Portanto, esta solução autolubrificante deixa de ser apropriada para aplicações com pequenos movimentos angulares ou micromovimentos como em fairleads e fairlead-chainstopper.

Soluções contemporâneasexistem melhores alternativas que o “bronze com

plugues” dentro da família dos materiais metálicos como, por exemplo, o deva.metal® e o deva.bm®. ambos pro-

duzidos por uma tecnologia específica de sinterização que difere essencialmente do “bronze com plugues” pelo fato de o lubrificante sólido estar uniformemente distribuído na matriz metálica e de permitir que o tipo e quantidade de lubrificantes sejam personalizados para aplicações específicas.

os mais importantes critérios para a seleção do ma-terial são tipicamente a carga específica, a velocidade de deslizamento, a amplitude e quantidade de movimentos e, obviamente, para offshore, a resistência à corrosão devido às condições ambientais.

a imagem 3 refere-se a uma família de materiais des-lizantes autolubrificados contendo lubrificantes sólidos uniformemente distribuídos na estrutura do material. De acordo com as condições de operação específicas podem-se adaptar as ligas para atendê-las.

Imagem 1 (deva.glide® + micrografia = 2 itens)

Imagem 3 (deva.metal® + micrografia)

FSO leonis ancorado no system SPM = 4 itens

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a imagem 4 refere-se a um material ‘parede-fina” bimetálico constituído de um suporte de aço (resistente à água do mar) com uma camada de deslizamento em deva.metal®. o lubrificante sólido presente na estrutura do material pode ser grafite ou PtFe.

a principal vantagem destes dois modernos sistemas sobre a tradicional solução “com plugues” é que, mesmo durante micromovimentos, sempre será fornecido uma quantidade suficiente de lubrificante e a função autolu-brificante será garantida, uma vez que os lubrificantes sólidos estão homogeneamente incorporados na camada de deslizamento.

além disso, o deva.bm®, como um projeto “parede--fina” oferece vantagens a seu usuário quando o espaço para instalação é limitado ou o desgaste máximo ≤ 1,5 mm não pode ser excedido exemplos de aplicação são em juntas universais, em guindastes, em sistemas de ancoragem, em sistemas de descarga e em pequenas rótulas (≤ 300 mm) dentre outros.

Opções avançadas com materiais compósitos de alta tecnologia

atualmente, não só os mancais de materiais metálicos são usados no setor offshore. Sistemas com materiais compósitos de polímeros, resistentes e duráveis, de alta tecnologia, desempenham um papel importante no pro-cesso decisivo para obter o material mais apropriado para mancais (buchas, rótulas, placas de deslizamento, etc.).

Sua adequação também para aplicações envolven-do altas cargas e baixas velocidades de deslizamento em comparação com soluções em materiais metálicos são complementares, quando outras propriedades são necessárias.

aumentou de modo significativo a demanda por ta-xas de desgaste muito baixas, por uma alta resistência à corrosão (em especial à água do mar), por um baixo peso e, acima de tudo, por um coeficiente de atrito mais consistente em níveis baixos, o que tem causado uma mudança de mentalidade em aplicações offshore. a palavra-chave aqui é subaquático.

Portanto, soluções alternativas baseadas em “políme-ros de alta tecnologia” estão ganhando importância cada vez maior e se aproximando de áreas quando os materiais metálicos foram usados com sucesso por décadas. Deva.tex® é um exemplo deste tipo de material (compósito de alta tecnologia) desenvolvido especificamente para aplicações em água.

a imagem 5 corresponde ao Deva.tex®, um material autolubrificante, sendo as buchas/rótulas constituídas por compósitos de fibra de vidro reforçada, o qual é pro-duzido usando uma tecnologia especial de enrolamento dos filamentos. o material base (suporte) garante alta resistência mecânica, enquanto a camada de deslizamen-to especial contém fibras não abrasivas e lubrificantes sólidos garantindo excelentes propriedades tribológicas mesmo em ambiente úmido ou submetido à carga de borda. os lubrificantes sólidos foram desenvolvidos para

Imagem 4 (deva.bml® + micrografia)

Imagem 5 (deva.tex® + micrografia)

Imagem 6 (Tabela): Comparativo dos materiais

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aplicação subaquática para garantir coeficiente de atrito e taxas de desgaste extremamente baixas.

exemplos atuais para este tipo de abordagem no Mer-cado offshore/subsea são diversas aplicações em risers como sistemas de tensionamento, hang-offs, conectores ou placas de deslizamento para Turret systems, stab con-nectors para veículos submarinos operados remotamente (roV) só para mencionar alguns.

Hoje, as mudanças mais críticas podem ser encontra-das em fairleads e fairlead-chainstoppe. Válida durante décadas, soluções com bronze e plugues estão cada vez mais sendo substituídos por compósitos de alta tecno-logia. esses tipos de aplicações devem ser projetados para expectativas de 20-25 anos de vida útil, portanto, exigindo valores de atrito e de taxas de desgaste essen-cialmente baixos.

no entanto, as demandas por segurança e confiabilidade também são válidas para materiais de fibra, então a estabilidade de forma e dimensional, a não delaminação e o não inchaço são propriedades obrigatórias para estes materiais.

a tabela no alto da página anterior, simplificada, mostra as principais propriedades técnicas das quatro alternativas, suas vantagens e desvantagens como uma primeira orientação.

Muitas das propriedades dos materiais acima mencionados dependem das condições de ope-

rações específicas. os coeficientes de atrito, por exemplo, podem variar muito, dependendo da carga, em alguns casos.

além disso, ao projetar soluções de “buchas de des-lizamento a seco”, critérios como a dissipação do calor gerado pelo atrito, corrosão, abrasividade, choque me-cânico e carga de borda desempenham um importante papel na determinação do material mais adequado para a bucha. É por isso que somente as informações gerais podem ser dadas neste relatório.

assim sendo, a disponibilidade de soluções compro-vadas de materiais para buchas, seja no conceito metá-lico ou nos novos e modernos sistemas com compósitos de plástico, permitem ao engenheiro desenvolver uma solução técnica mais personalizada para atender às demandas de sua aplicação.

torna-se cada vez mais importante atender aos re-quisitos ambientais e econômicos estabelecidos e cabe aos usuários e/ou clientes reverem suas abordagens tradicionais e se familiarizarem com os prós e os contras de ambos os grupos de materiais.

Para tanto, é sempre recomendável entrar em con-tato com os fornecedores, durante o desenvolvimento do projeto, para pedir-lhes o devido suporte técnico na análise e definição do material mais apropriado para cada aplicação específica.

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gera aumento de produção de gásControle microbiano

Programas aprimorados de controle microbiano reduzem os efeitos prejudiciais nos equipamentos de produção, oleodutos e até mesmo no reservatório.

O controle microbiano na indústria de gás e petróleo é realizado principalmente para evitar os efeitos prejudiciais do cresci-mento microbiano no equipamento de produção, no oleoduto e no reservatório. esses efeitos são bastante conhecidos na in-

dústria e incluem o seguinte: incrustação biológica (Videla et al., 1995), corrosão influenciada microbiologicamente (Pope, 1991; Videla, 1991), fermentação microbiana (Mcinerney & Sublette, 1997; Mcinerney et al., 1993), tal como produção biogênica H2S e redução da permeabilidade do reservatório (Khazipov et al., 1993).

o impacto dos efeitos prejudiciais do mau controle microbiano resulta em perdas no tempo de produção, má qualidade de petróleo cru e gás e, ocasionalmente, falhas sérias no encanamento. no caso dos encanamentos, o tratamento do controle microbiano é em geral resultado de falhas anterio-res e/ou tentativas de mitigar futuras falhas, em vez de ser um tratamento proativo ou preventivo. os efeitos positivos do controle microbiano proativo na indústria do petróleo e gás em geral não são considerados.

o modelo de microescala com fluxo de duas fases em meio poroso, combinado com os modelos modernos de crescimento de biofilme e atrito, pode ser usado para demonstrar e caracterizar o impacto do mau controle microbiano na produção de gás em reservatórios não convencionais de gás de xisto (Bottero et al., 2010). este tipo de modelo pode ser usado para ajudar a criar limites no domínio tanto do tempo como do espaço para pro-gramas aprimorados de controle microbiano, isto é, durante o tempo em que programa de controle microbiano deveria funcionar e quando ele é mais importante para a produção de hidrocarboneto.

apesar de sabermos que bactérias termofílicas existem e prevalecem em condições de reservatório (Leu et al.,1998; Mueller & nielsen, 1996; nilsen et al., 1996; Pedersen, 2000; Sanchez et al., 1993), a maioria dos testes de triagem microbiana continua sendo realizada em bactérias que crescem sob temperaturas bastante abaixo daquelas existentes no reservatório (Johnson et al., 2008; Pope et al., 1990; ruseska et al., 1982).

além disso, os testes de triagem raramente usam tempos de contato superiores a 24 horas e, quando são usados tempos de contato mais longos, o teste de reexposição não é incorporado. É importante realizar um teste de reexposição microbiana durante os testes de triagem para o controle microbiano, conduzidos durante períodos prolongados de tem-po, já que as condições normais no reservatório contêm microrganismos endêmicos que persistem durante toda a formação, não apenas na região da perfuração do poço.

Se o teste de reexposição não for utilizado, os tempos de contato pro-longado representam somente a eliminação inicial, o que favorecerá os produtos de rápida ação, que de fato não proporcionam nenhum atributo de

Debora Takahashi é es-pecialista em Aplicação da Biocidas de Proces-sos de Dow Microbial Control na América Latina. É responsável pelo suporte técnico à indústria de petróleo, tratamento de água, mineração e saúde animal. É bióloga pelo Instituto de Biologia da Universidade de São Paulo, mestre em Biotecnologia e doutora em Microbiologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.

controle microbiano

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desempenho prolongado. testes desse tipo quase sempre são mais semelhantes a uma análise de “desinfecção”, o que não é prático para operações de petróleo e gás.

os perfis de degradação térmica dos biocidas são bastante conhecidos e muitos biocidas usados na in-dústria de petróleo e gás se degradam com muita rapidez sob temperaturas extremas em reservatórios profundos. Muitos biocidas que têm perfis de degra-dação térmica rápida são os mesmos biocidas com o modo de ação mais rápido.

Dessa forma, aqueles com perfis de degradação térmica lenta ou estáveis diante do calor possuem uma ação relativamente lenta. assim sendo, foi desenvolvi-da uma combinação de produtos a fim de alcançar os índices de desempenho tanto para a eliminação rápida como para a conservação em longo prazo para cargas microbianas prolongadas.

Modelagem de biofilme em meios porososDois passos principais podem ser distinguidos na

abordagem de modelagem adotada durante o estudo dos efeitos do biofilme em meios porosos. Primeiro, as bactérias são ligadas aos grãos, permitindo que cresçam somente na água fornecida com os nutrientes. o domínio como um todo é saturado em água e o bio-filme cresce nos poros, não nos grãos. esse processo pode levar dias ou até semanas.

no segundo passo, o gás começa a fluir no domínio do modelo, deslocando a água (“fase de desidratação”). esse é um processo muito mais rápido do que o cresci-mento do biofilme, ocorrendo em questão de segundos no pequeno domínio considerado no cálculo (1 cm de altura por 5 cm de comprimento).

Consequentemente, calculamos em separado o de-senvolvimento do biofilme nos grãos (1 mm a 2 mm de diâmetro) e aplicamos as estruturas obtidas (geo-metria do grão/biofilme) como entrada para o modelo de desidratação. Detalhes sobre as equações modelo e os parâmetros de entrada podem ser encontrados em Bottero et al. (2010).

a presença de colônias de bactéria pode afetar o fluxo de gás de pelo menos duas maneiras: 1) modificando a molhabilidade dos grãos ou 2) alterando a geometria do meio poroso (tanto a proporção da porosidade como o tamanho da abertura dos poros).

Duas colônias microbianas podem crescer em grãos adjacentes e fundir-se, obstruindo o espaço ou a abertura dos poros. a diminuição da abertura dos poros repre-senta um aumento na queda de pressão e na passagem do fluxo no meio poroso. Como resultado, o gás poderá fluir pelo espaço dos poros apenas quando a pressão do gás ultrapassar a pressão capilar. Se a pressão capilar for superior à pressão da entrada do gás, então o gás não poderá fluir para dentro dos poros e a água ficará presa.

Várias simulações foram feitas para estudar os efeitos dos biofilmes no fluxo de gás. a Figura 1 representa o flu-

xo de gás (em vermelho) em meio poroso em três etapas diferentes t1=0,03 s, t2=0,07 s, t3=0,108 s. Primeiro, o espaço dos poros foi saturado completamente com água (em azul), então a fase gasosa fluiu a partir do lado es-querdo, deslocando a água. a Figura 1 compara o fluxo do gás na ausência dos biofilmes (painéis à esquerda) com o fluxo na presença dos biofilmes (painéis à direita: colônias de biofilme ligadas aos grãos são representadas pelas áreas cinzas).

as taxas do fluxo de água e gás calculadas na ausên-cia dos biofilmes foram comparadas aos valores obtidos com as simulações feitas com o crescimento do biofilme nos grãos dos agentes de escoramento. a fim de evitar efeitos de limites, as taxas de fluxo instantâneo são

Figura 1 – Deslocamento simulado da fase de água (em azul) pela fase gasosa (em vermelho) em três intervalos diferentes em meio poroso: (à esquerda) sem biofilmes e (à direita) com biofilmes (mostrado nas áreas cinzas).

Figura 2 – Painel à esquerda: taxa de fluxo de água e gás em contraste com a passagem de tempo na linha x = 0,03, em um domínio com (linhas pontilha-das) e sem (linhas sólidas) biofilmes. Painel à direita; saturação de água em contraste com o tempo na simulação com ou sem biofilme desenvolvida nos agentes de escoramento.

120 TN Petróleo 81

calculadas próximas do centro do domínio simulado a x = 0,03 m. a porcentagem da biomassa no domínio era de 10% e a porosidade total diminuiu de 65% para 55% quando os biofilmes foram incluídos.

Percebe-se primeiramente que, com os biofilmes, a frente de gás passa pelo limite de x = 0,03 m mais tarde do que na ausência dos biofilmes (Figura 2). isso ocorre por causa da redução na força de impulso para o fluxo de gás, isto é, há maior queda de pressão quando os biofilmes crescem no meio. em segundo lugar, após 0,1 s a taxa do fluxo de gás na presença de biofilmes é somente metade daquela calculada no meio poroso não bloqueado (comparado na Figura 2, à esquerda, a redução no fluxo de gás vai de 6x10-3 a 3x10-3 m3/s). Consequentemente, uma mudança em 10% na porosidade total causada pelo crescimento do biofilme pode causar uma queda em dobro nas taxas de produção de gás.

esses resultados podem ajudar a determinar como, quando e onde os tratamentos de controle microbiano poderiam ser mais bem aplicados para minimizar a in-filtração do reservatório e maximizar a produção. apesar de a escala de domínio desses micromodelos ser muito menor do que o comprimento real da fratura, ela pro-porciona boa aproximação da quantidade de água que poderia permanecer atrás da fratura e como os biofilmes podem ajudar a estabilizar essa água.

assim sendo, é muito importante considerar durante quanto tempo a água “presa” permanecerá na micro-porosidade da fratura, com que rapidez essa água se equilibrará com a formação de temperaturas e salini-dades e o que poderia acontecer se o seu programa de controle microbiano não funcionar sob tais condições. o modelo sugere que em um período muito curto de tempo e com uma pequena quantidade de biomassa, as taxas de produção poderiam ser bastante afetadas.

os biofilmes também podem continuar crescendo mesmo depois da fase inicial de desidratação, o que

parece acontecer relativamente rápido, porque os mi-croorganismos podem crescer em hidrocarbonetos leves (C1-C8) encontrados comumente nos reservatórios não convencionais de gás. em reservatórios de óleo, existe uma fonte ainda maior de hidrocarbonetos disponíveis para sustentar o crescimento microbiano. Considerando esses parâmetros, faz sentido investigar as estratégias de controle microbiano que durem mais de um dia e possam continuar oferecendo proteção sob as altas temperaturas e salinidades encontradas comumente nos reservatórios.

Triagem microbiana de alto rendimentoum método para tratamentos de rápida triagem mi-

crobiana sob condições anaeróbicas, cuja patente está pendente (yin, 2009), foi usado para identificar trata-mentos promissores para o controle microbiano sob altas temperaturas e salinidades. esse método permite a rápida triagem com um número maior de tratamentos e combinações e um nível mais alto de precisão (yin et al., 2007).

as soluções e combinações para o tratamento biocida (Tabela 1) foram preparadas em uma solução definida de sal (3,1 g de naCl, 1,3 mg de naHCo3, 47,7 mg de KCl, 72 mg de CaCl2, 54,5 mg de MgSo4, 172,3 mg de na2So4, 43,9 mg de na2Co3 em 1 L de água deionizada), sendo tratada com calor a 60° ou 80°C durante sete dias com exposições diárias de inóculos de SrB (aprox. 105 CFu/mL). alguns estudos adicionaram na2S (10 ppm como H2S) à matriz para proporcionar uma exposição adicional. a concentração de naCl foi ajustada para alcançar sali-nidades diversas, de 0,3% a 15% como naCl nas matrizes de teste. a eficácia dessas combinações foi avaliada em intervalos de tempo diferentes e, com um mínimo de bio-cida testado, determinou-se a dosagem necessária para alcançar o controle bacteriano tanto para em curto prazo (duas horas) como em longo prazo (sete dias).

as enumerações foram realizadas usando um método de diluição triplicada em série, com o meio Starkey mo-dificado (3,5 g de lactato de sódio, 1,0 g de nH4Cl, 0,5 g de K2HPo4, 2 g de MgSo4.7H2o, 0,5 g de na2So4, 0,1 g de CaCl2.2H2o, 0,5 g de extrato de levedura, 0,1 g de tioglicolato de sódio, 0,1g de (nH4) 2So4.FeSo4.6H2o em 1 L de água deionizada) para bactéria redutora de sulfato (SrB) e meio modificado de vermelho fenol dex-trose (BD, caldo vermelho fenol dextrose com 15% naCl) para bactéria halofílica produtora de ácido (aPB). todos os testes foram conduzidos sob condições anaeróbicas.

Eficácia Diversos estudos foram conduzidos para iden-

tificar as combinações biocidas que proporciona-riam tanto uma eliminação rápida como um controle microbiano mais longo e persistente sob as altas temperaturas em reservatório.

Sob alta temperatura – os dados são apresenta-dos conforme o custo para tratar certo ponto do de-

Nomes químicos Abreviação

Glutaraldeído Glut

Sulfato Tetrakis Hi-droximetil Fosfônico

THPS

Tris (hidroximetil) ni-trometano (Tris Nitro)

TN

cloreto de cis-1-(3--cloroalil)-3,5,7-tria-zo-1-azoniadamantano

CTAC

oxazolina dimetil DMO

cloreto de alquil di-metil benzil amônio

ADBAC

cloreto de dodecil dimetil amônio

DDAC

controle microbiano

TN Petróleo 81 121

sempenho e normalizados de acordo com a química do tratamento de biocida que serve de comparação. essa abordagem é usada porque vários produtos bio-cidas possuem custos diferentes e percentagens ati-vas associadas às suas fórmulas. Geralmente é difícil compreender o custo/benefício dos tratamentos com várias combinações biocidas quando os dados são apresentados como total de ativos. Portanto, o formato do custo por tratamento será usado para apresentar claramente os possíveis benefícios.

a Figura 3 apresenta o custo/benefício do tratamento usando diferentes ativos combinados a tHPS em con-traste com o tratamento somente com tHPS.

nesses testes, a matriz era semelhante à composição da água do mar, enquanto as soluções foram aquecidas a 80°C por sete dias.

o custo do tratamento foi determinado pela iden-tificação da concentração mais baixa de biocida(s) ne-cessária para eliminar de todo os inóculos bacterianos tanto duas horas depois do contato como sete dias mais tarde, seguindo-se reexposições repetidas com inóculos microbianos. esse indicador testa então não só a elimi-nação rápida de bactérias, mas também a persistência do controle microbiano sob altas temperaturas durante um período de até sete dias.

Conforme mostrado na Figura 3, enquanto tHPS é considerado um dos biocidas de melhor desempenho no controle microbiano em aplicações de petróleo e gás, um benefício de até 35% na redução de custos pode ser alcançado usando uma combinação de biocidas.

na Figura 4, um efeito semelhante é apresentado para a combinação de tHPS e CtaC, com um custo/benefício ainda maior segundo o desempenho.

Novas combinações de THPS: 4% de sal a 80°C por duas horas e sete dias, eliminação de SRB

as condições de teste mostradas na Figura 4 tinham a demanda adicional de na2S (10 ppm como S2-) in-cluída na matriz de teste por dia. o sal de sulfeto foi usado para simular o H2S natural ou biogênico que pode estar na formação do reservatório e contribuir com a demanda biocida. a Figura 5 mostra mais uma condição de teste na qual a temperatura era de apenas 60°C, em vez de 80°C. neste teste, a melhoria no custo sinergístico das combinações de tHPS mais tn é ainda maior do que as mostradas na Figura 3. uma explicação é que o cobiocida, que é o tn neste exemplo, foi muito menos degradado termicamente a temperaturas mais baixas e, consequentemente, pode proporcionar um efeito mais sinergístico.

o glutaraldeído é outro biocida comumente usado na indústria de petróleo e gás para realizar o controle mi-crobiano. Sete combinações de glut com outros biocidas foram mostradas para melhorar o custo em até 80% em relação ao produto comparativo de Glut/aDBaC (Figura 6). a melhor combinação foi glut mais tn. Semelhante

aos experimentos com combinações de tHPS, esses testes foram conduzidos com uma matriz de água do mar aquecida a 80°C por sete dias. as combinações de glutaraldeído parecem mostrar melhorias no custo do tratamento em comparação às combinações de tHPS (Figura 3). o glutaraldeído não é tão estável diante do calor em comparação ao tHPS, então é necessária uma concentração maior de glutaraldeído para proporcionar uma eliminação completa durante os sete dias. quando o glutaraldeído é combinado a um biocida mais estável diante do calor, tal como o tn, alcança-se um tratamento com melhoria sinergística. também é interessante ob-servar nesses experimentos a melhoria do glut/DDaC em relação ao produto comparativo glut/aDBaC (Figura 6). É difícil determinar a partir desses dados se esse efeito é resultado dos diferentes compostos de amônia quaternária (quats) usados na formulação ou das pro-porções de glut:quats. Sabemos que os quats possuem uma estabilidade muito boa diante do calor, então uma formulação com mais quats certamente também seria mais estável diante do calor.

Figura 3 – Valores do custo do tratamento para novas combinações de THPS. Os valores são expressos em % do custo do tratamento comparativo para THSP. As condições do tratamento incluem uma matriz de 4% de NaCl, tem-peratura de exposição de 80°C e tempo de contato de até sete dias. Os pontos de extremidade para um controle eficaz incluem a eliminação completa da cultura SRB inoculada tanto em duas horas como em sete dias.

Figura 4 – Valores do custo do tratamento para novas combinações de THPS. Os valores são expressos em % do custo do tratamento comparativo para THSP. As condições do tratamento incluem uma matriz de 4% NaCl, tempera-turas de exposição de 80°C e tempos de contato de até sete dias. Os pontos de extremidade para um controle eficaz incluem a eliminação completa da cultura SRB inoculada tanto em duas horas como em sete dias.

122 TN Petróleo 81

altas salinidades – apesar de a química de injeção inicial da água para a recuperação de petróleo e gás poder consistir de salinidades abaixo do nível da água

do mar, a água se torna extremamente salina ao entrar em contato com os minerais das rochas do reservatório e a água de formação. as salinidades da água de injeção podem alcançar facilmente níveis tão altos quanto 15% a 25%. Poucos estudos sobre a eficácia de biocidas são realizados sob salinidades muito altas, pois geralmente é difícil isolar e criar bactéria sob tais condições. a Fi-gura 7 apresenta os resultados dos estudos de eficácia microbiana sob alta salinidade, usando tHPS e combi-nações com tn.

uma mistura de bactéria halofílica produtora de ácido foi usada nesses estudos. na verdade, os mi-croorganismos dessa cultura exigem uma salinidade superior a 10% para poder crescer. os estudos fo-ram conduzidos sob 15% de salinidade, a 35°C e em condição anaeróbica. os resultados mostram que as combinações de tHPS mais tn também apresentam uma melhoria no custo do tratamento em comparação ao desempenho do tHPS usado sozinho sob alta sa-linidade (Figura 7).

esses resultados possuem ramificações importantes no tratamento de reservatórios com altas salinidades.

Eficácia comprovadao modelo de microescala para um fluxo de várias

fases, combinado a modelos modernos de crescimento de biofilme, foi usado para quantificar o impacto da formação de biofilme microbiano em meio poroso.

Foram modeladas fraturas hidráulicas de gás de xisto especificamente não convencionais. o crescimento de biofilme nas fraturas hidráulicas diminuiu a porosidade em 10%, resultando em uma redução nas taxas de fluxo gasoso em 50%.

esse tipo de modelagem nos ajuda a compre-ender os mecanismos de como os biofilmes podem diminuir a permeabilidade dos hidrocarbonetos de gás ou petróleo.

isso ajuda a justificar o controle microbiano de longo prazo em reservatórios, em vez de concentrar-se nos tratamentos próximos da perfuração do poço.

usando métodos de triagem mais rigorosos, que in-cluem tanto a exposição das soluções de matriz de teste a altas temperaturas (80°C) como um tempo de contato prolongado a até sete dias, várias combinações exclusi-vas de biocidas, cujas patentes estão pendentes, foram identificadas para alcançar tais indicadores de controle microbiano mais rigorosos. essas combinações incluem diversos biocidas usados comumente na indústria de petróleo e gás, tais como sulfato tetrakis hidroximetil fosfônico (tHPS) e glutaraldeído em combinações com ativos complementares. além de proporcionarem uma eficácia em longo prazo, essas combinações também satisfizeram o padrão dos indicadores de contato de duas horas e 24 horas, sendo que seu custo de tratamento foi equivalente ou inferior a dos tratamentos padrões que usam somente biocidas.

Figura 5 – Valores do custo do tratamento para novas combinações de THPS. Os valores são expressos em % do custo do tratamento comparativo para THSP. As condições do tratamento incluem uma matriz de 4% de NaCl, tem-peratura de exposição de 60°C e tempo de contato de até sete dias. Os pontos de extremidade para um controle eficaz incluem a eliminação completa da cultura SRB inoculada tanto em duas horas como em sete dias.

Figura 6 – Valores do custo do tratamento para novas combinações de glut. Os valores são expressos em % do custo do tratamento comparativo para Glut:ADBAC. As condições de tratamento incluem uma matriz de 4% de NaCl, temperaturas de exposição de 80°C e tempos de contato de até sete dias. Os pontos de extremidade para um controle eficaz incluem a eliminação comple-ta da cultura SRB inoculada tanto em duas horas como em sete dias.

Figura 7 – Valores do custo do tratamento para novas combinações de THPS. Os valores são expressados em % do custo do tratamento comparativo para THSP. As condições do tratamento incluem uma matriz de 15% de NaCl, tem-peratura de exposição de 35°C e tempo de contato de até sete dias. Os pontos de extremidade para um controle eficaz incluem a eliminação completa da cultura APB inoculada tanto em duas horas como em sete dias.

controle microbiano

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Dois outros indicadores de desempenho “prolonga-do” também passaram pela triagem: 1) presença de 10 ppm de sulfeto na matriz de teste e 2) matrizes de alta salinidade (15% naCl). o desenvolvimento de tratamen-tos combinados, com capacidade de satisfazer todos os indicadores de “estresse” com custo de tratamento 20% a 50% inferior ao uso somente de produtos biocidas, foi

alcançado por meio de métodos de triagem de direito exclusivo e alta produtividade.

esses resultados mostram que os indicadores aprimorados de desempenho do controle microbiano, necessários para aumentar a produção de petróleo e gás dos reservatórios profundos de reexposição, podem ser obtidos com maior eficácia quando os tratamentos são combinados.

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124 TN Petróleo 81

garante tranquilidade à obra

Seguro contraRISCOS DE ENGENHARIA

Com a proximidade de eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, as contratações nas áreas de petróleo e gás vão aumentar.

De acordo com estimativa do Programa de Mobilização da indús-tria nacional de Petróleo e Gás natural (Prominp), a indústria desse setor deve contratar 212 mil trabalhadores até 2014. Com

isso, há uma real necessidade de as empresas contratarem os seguros contra riscos de engenharia.

essa medida é adotada quando se contrata uma empresa para execu-ção de um projeto ou no caso de você ter uma companhia encarregada de obras de engenharia. esse tipo de prevenção é importante para as-segurar os funcionários em caso de acidentes (acontecimentos súbitos e imprevistos), que proporcionam atrasos no cronograma das obras e danos diretos e indiretos ao negócio das empresas envolvidas. ou seja, o seguro oferece garantias para o cumprimento do que foi firmado para esses eventos de grande porte.

os acidentes podem ocorrer, por exemplo, durante a execução de obras civis, na instalação e montagem de máquinas e equipamentos, e ainda durante a quebra repentina de equipamentos de produção. o seguro contra riscos de engenharia serve como elemento de apoio econômico e proporciona segurança financeira ao investimento.

no caso das obras civis em construção, o seguro ampara o construtor contra a destruição das obras de engenharia civil, dos equipamentos e das máquinas utilizadas. Durante a instalação e a montagem de equi-pamentos, esse seguro é uma ferramenta fundamental para auxiliar as empresas que trabalham com esses tipos de serviços, além de prevenir a destruição de estruturas de aço de qualquer natureza.

É importante ressaltar o seguro para proteger as empresas em casos de quebras de máquinas e de equipamentos eletrônicos. o empresário deve ficar atento para proteger o empreendimento além das perdas materiais: coberturas de responsabilidade civil devem ser incluídas. isso significa que as pessoas envolvidas nas obras estarão asseguradas caso ocorram acidentes.

no momento em que ocorre um acidente, muitos não sabem como proceder. a dica é acionar o plano de contingência, tomar todas as me-didas ao seu alcance para reduzir as perdas, documentar os estragos com fotografias e avisar imediatamente a seguradora.

após este procedimento, o proprietário da obra deverá enviar à se-guradora o aviso de sinistro formal com as informações de local, data

Luciana Santana é di-retora da Life Insurance (empresa de consul-toria e assessoria em seguros) há 14 anos. É formada em adminis-tração pela Estácio de Sá e realizou cursos de especialização na área de seguros como: Atuário, Habilitação Plena de Corretor de Seguros e de especialização em constru-ção civil e seguros ligados à vida.

seguros

TN Petróleo 81 125

garante tranquilidade à obra

e hora do acidente. além disso, o documento deverá conter uma breve descrição do ocorrido, explicando as circunstâncias do evento, danos e feridos, bem como a estimativa preliminar dos custos, os nomes das testemunhas e as medidas preliminares adotadas.

Vale ressaltar que o corretor de seguros deverá orientar e acompanhar o segurado nesse processo, além de informar os meios que a seguradora possui para receber o aviso e os documentos do sinistro. Para não perder o direito à indenização é primordial o proprietário da obra ler a cláusula de sinistros. Lá,

estão descritas todas as ações que o segurado deve tomar em cada evento.

em relação às con-tratações do seguro contra riscos de enge-nharia, o Brasil ainda tem muito campo para ser explorado. Para se ter uma ideia, no caso da minha empresa de consultoria e assessoria em seguros, a Life insu-rance, os mais vendidos em 2010 foram os de saúde (50%) e odonto-lógico (30%). o de vida foi responsável por 10% e os outros 10% repre-

sentaram os ramos elementares, como seguro contra acidentes pessoais, residencial, empresarial, de carro e contra riscos de engenharia.

esses números mostram que a cultura da contra-tação desse tipo de serviço ainda não está totalmente difundida no país. Mas, com as taxas otimistas de crescimento das obras de infraestrutura, além dos eventos esportivos, de programas do governo como o de aceleração do Crescimento (PaC) e do aumento do mercado de construção civil, esses números tendem a crescer nos próximos anos.

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A tecnologia da informação se aperfeiçoa em ritmo acelerado. Não basta ser rápido na trans-missão dos fatos; é preciso ser eficaz, saber onde prospectar a informação e ser ágil ao transfor-má-la em notícia.

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fino gosto

Nno pacato bairro carioca de Santa teresa há uma pequena casa coberta de azulejos azuis e brancos que abriga uma deliciosa relíquia: o Museu do Doce. ele faz parte da já famosa casa de doces de alda Maria, qui-tuteira consagrada: à direita de quem entra no Museu do Doce, uma enorme placa prateada, pregada na parede indica que ela foi eleita, em 2011, a melhor ‘fazedora’ de doces portugueses, em votação realizada por uma revista de grande circulação nacional.

a consagração, que desbancou endereços famosos como a Confei-taria Colombo, Casa Cavé, Manon, e outras não tão seculares, parece não impressionar muito a doceira, que mantém a rotina, junto com três profissionais e a filha Simone, de manter viva a tradição de uma das mais antigas criações da culinária portuguesa.

o gosto da proprietária por delícias à base de muito ovo e açúcar vem de berço. Foi a avó, nascida na terrinha, quem lhe ensinou a manusear os tachos, quando ela era ainda uma menina e gostava de brincar na cozinha.

alda Maria não nasceu em Portugal, mas em Pelotas, no rio Grande do Sul, e nunca pisou em solo lusitano. Sua avó, portuguesa, criou a prole à base de doces de ovos e amêndoas e ensinou a todos os segre-

por Orlando Santos

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O melhor doce português,

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COCCINELLE BISTRô Travessa do Comércio, 11 – Centro Telefone: (21) 2224-8602

dos de suas receitas. e a neta as repete e produz os bem-casados, fatias de Braga, Don rodrigo, pastel de Belém, toucinho do céu, ovos moles, ambrosia...

as receitas herdadas e fabricadas pela famí-lia desde 1912, adoçam há 17 anos o paladar de cariocas e turistas que circulam pelo bairro. no ano de 2002, alda Maria e sua equipe puderam sentir o sabor do sucesso de suas criações, que já atravessaram o atlântico: uma encomenda de 500 doces para um casamento em Portugal... todos se deliciaram com os bem-casados importados de sua cozinha! e, no Brasil, numerosas festas e casamen-tos têm a marca de suas iguarias. as encomendas não param de chegar.

a tradição desses doces portugueses, passados de geração a geração, consagram a doceira de Santa teresa como uma grande, e agora celebrada, refe-

rência na culinária lusitana. e para quem ainda não se debruçou so-bre esse passado, não custa informar que os doces origi-nários da ilha dos açores foram tra-zidos para o Brasil (incluindo a avó de alda) pelos primei-

ros imigrantes portugueses que se instalaram no rio Grande do Sul, na cidade de Pelotas, que passou a ser conhecidas como a ‘capital do doce’.

além dos tradicionais doces portugueses, no es-paço de alda Maria há o referido Museu do Doce, com exposição permanente de livros e instrumentos utilizados na preparação das delícias. alguns objetos do acervo fizeram parte da exposição rio de Janeiro capital de Portugal, em comemoração aos 200 anos da vinda da Família real para o Brasil.

Como os doces fazem parte de uma tradição fa-miliar há oito gerações na família de alda Maria, ao longo desses anos foram muitos os objetos e utensílios utilizados no preparo dos doces. Daí a importância de conservar viva toda essa tradição, que mesmo com o passar dos anos se mantém praticamente a mesma, assim como suas receitas.

o Museu do Doce, da casa alda Maria Doces Por-tugueses, pretende valorizar e manter viva a história desses doces, a sua tradição e suas técnicas.

Forminhas usadas por D. João VIalém dos livros de receitas de suas precursoras,

todos envelhecidos pelo tempo, mas guardados com muito carinho, alda exibe orgulhosa, em sua casa/museu de Santa teresa, as forminhas de flandres em moldes de golfinho, usadas por Dom João Vi. os golfinhos foram o primeiro símbolo do rio de Janeiro. também são mostrados aos visitantes moedores de amêndoas, funis de fios de ovos, batedores de claras, todos originais do século XiX.

tudo isso para ajudar a contar história de uma das mais conhecidas e apreciadas tradições lusitanas. e agora, muitos anos depois, esta história é enriquecida pela consagração de uma mulher brasileira que, saben-do preservar e cultuar as referências de suas origens, tornou-se, ela própria, símbolo desse prazeroso ato de fazer um doce com muito amor.

Alda Maria e sua filha Simone

Detalhe do Museu do Doce, com exposição permanentede livros e instrumentos utilizados na preparação das receitas.

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Nnão é a primeira vez que o itaú Cultural generosamente exibe para os cariocas seu patrimônio da arte brasileira, resultado de paciente organização e seleção do banqueiro olavo Setúbal (1923/2008), e adquirido ao longo de seis décadas. no ano passado, parte desse acervo, com peças do século XiX, pôde ser vista no Museu nacional de Belas artes, no Centro do rio. agora, um novo lote desse expressivo patrimônio é mostrado, até fevereiro, no Paço imperial, na exposição intitulada 1911-2011 Arte Brasileira e Depois na Coleção Itaú.

a mostra marca a reabertura do Paço imperial após seis meses de reforma e exibe pinturas, esculturas e instalações. tem curadoria de teixeira Coelho, di-retor do Museu de arte de São Paulo (Masp). Daniela thomas e Felipe tassara assinam a cenografia.

Do quadro A pequena aldeã, óleo sobre cartão de autoria de Lasar Segall, do início do século XiX, à instalação imersiva e interativa [Op Era] Haptic In-terface, realizada por rejane Cantoni e Daniela Kutschat, do começo do século XXi, a exposição 1911-2011 Arte Brasileira e Depois na Coleção Itaú apresenta 186 obras de 137 artistas e fornece um panorama da produção artística no país no recorte de um século.

a organização e realização são do núcleo artes Visuais e acervo do itaú Cultural. atualmente, a Coleção itaú contém em seu acervo cerca de 3.600 pe-ças representativas de todos os movimentos da história da arte nacional. isto so-mado às mais de 6.800 peças da Coleção numismática (moedas, condecorações em medalhas), e aos mais de dois mil itens da Coleção Brasiliana, totalizando mais de 12 mil peças.

Da marca humana a outras mídias – Diante da tamanha diversidade contida no acervo da Coleção itaú, teixeira Coelho optou por criar uma série de seis módulos que funcionam como fio condutor para o visitante. eles tanto podem ser compreendidos isoladamente, como, se seguidos de ponta a ponta, traçar com definição o caminho percorrido pela arte brasileira desde as primeiras décadas do século passado até hoje.

a trajetória começa com o módulo a Marca Humana, que, como curador observa, traz a primeira modernidade brasileira ainda amplamente represen-

por Orlando Santos

coffee break

UM SéCULO DE

NO PAÇO IMPERIALarte brasileira

PAçO IMPERIAL Praça XV de Novembro, 48 Centro - Tel.: 2215 2622De terça a domingo, das 12h às 18hAté 12 de fevereiro de 2012 (entrada franca)www.pacoimperial.com.br

Um século de arte brasileira no Paço Imperial

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arte brasileira tacional. nela, a figura humana ainda é central, como nas obras Autorretrato, de José Pancetti, Seringueiros, de Cândido Portinari, a já citada A pequena aldeã, de Segall, ou o óleo sobre madeira de Vicente rego Monteiro, entre as obras que compõem essa seção.

Vale destacar a série de maquetes para a pintura mural Ciclo econômico, também de Portinari, que não entrou na mostra exibida em Belo Horizonte. trata-se de estudos feitos para este mural instalado no Salão de audiências do Palácio Capanema, no rio de Janeiro.

na sequência, há o módulo irrealismo. embora a figura humana e a paisagem ainda apareçam nessa etapa da produção brasileira, o registro é de composi-ções que remetem a si mesmas entre o sonho incon-trolado e o imaginário construído. “o tom vai do poé-tico mais lírico, como em Cícero Dias e Sandra Cinto, ao surrealismo incisivo de uma verdadeira ‘peça de museu’ como O impossível, de Maria Martins, e à ordem diversamente metafísica de João Câmara e Leonilson”, observa o curador.

Modos de abstração, o próximo módulo, também apre-senta esculturas. De alfredo Volpi a abraham Palatnik, passando por Sergio Fingermann, Hélio oiticica, Lygia Pape, amílcar de Castro, entre outros, mergulha-se nos anos 1950, quando, em decorrência da i Bienal de São Paulo (1951), a arte brasileira passou a se concentrar em temas interiores, livres de uma referência imediata ao mundo exterior, transitando pouco a pouco do figurati-vismo para a abstração. os conceitos dominaram a cena, seguidos dos neoconcretos, abstracionistas informais ou expressionistas, e iniciou-se um diálogo em pé de igualda-de com a arte internacional.

o mergulho seguinte é em a Contestação Pop, cujas obras se inspiram na releitura de imagens de outros meios, como os quadrinhos, a fotografia de jornal, as embalagens dos produtos comerciais e objetos da cultura de massa. É o que se vê, de modo claro, em obras como Passeata de protesto, técnica mista sobre papel, de anto-nio Dias; Che Guevara, acrílica sobre papel, de rubens Gerchman, ou Protetor para identidade, serigrafia e cola-gens de Paulo Brusky.

na Linha da ideia, outro módulo, são apresentados em seis subgrupos: arte e antiarte, o Juízo Jocoso, Palavra imagem, a arte como arte, Pintura Pós Pintura, não obje-tos e antiforma. Segundo teixeira Coelho, eles correspon-dem a um vasto e aberto período da arte identificado como ‘pós-moderno’, iniciado na década de 1960 – e no Brasil na década seguinte, apesar dos traços precursores de oiticica ou Lygia Clark.

É um período, de acordo com o curador, em que toda funcionalidade e finalidade da arte são ignoradas. “o experimental parece ser a regra e não a exceção e mesmo quando uma proposta se assemelha exteriormente a algo do passado, o gesto do artista que comanda a ação é outro.”e acrescenta teixeira: “a arte tornou-se aquilo que Da Vinci queria que fosse: uma coisa mental, que ocorre mais na cabeça de quem a faz e vê do que no suporte físi-co exterior de que se serve.” entre os artistas que assinam as 56 obras desse conjunto, estão de Julio Plaza a tunga e iole de Freitas, passando por Mario ishikawa, evandro Carlos Jardim, amélia toledo, regina Silveira, Leda Ca-tunda e nelson Leirner.

Por fim, o grupo outros Modos, outras Mídias reúne obras em diversos suportes e com propostas distintas, desde a ação sobre o corpo à interação com a obra, permitidas pelas experimentações digitais. esse núcleo mostra os audiovisuais Marca Registrada e Coletas, respectivamente de Letícia Parente e Brígida Baltar; a holografia O arco--íris no ar curvo, de Julio Plaza e Moysés Baumstein; ‘Memória’cristaleira, videoinstalação de eder Santos; Reflexão # 3, software customizado, com trilha e teclado in-terativos, de raquel Kogan, e a citada instalação [Op _Era] Haptic Interface, de rejane Cantoni e Daniela Kutschat.

não deixa de ser curioso registrar que esta nova mostra do itaú Cultural coincide com informações vin-das do exterior dando conta de que nos recentes leilões realizados na casa mais famosa de arte, a Christie’s, os lances envolvendo artistas brasileiros superaram todas as expectativas. isto comprova a valorização de nossos artistas no mercado mundial de arte.

e é mais um bom motivo para se dar uma chegada até o Paço imperial.

Da esquerda para a direita: Antonio Dias, Campo de energia; Maria Martins, o impossível; Letícia Parente, Marca registrada; Rodolpho Parigi, Magenta Grace Jones; Wesley Duke Lee, retrato de Sergio e leila.

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opinião

A falta de uma clara posição do Poder executivo sobre o tema, associada ao fato de que os estados produtores não possuem quorum suficiente para fazer valer seus interesses na discus-

são de tal redistribuição da riqueza nacional no âmbito do Poder Legislativo, leva à impressão de que a discussão pode, no fim, acabar no âmbito no Poder Judiciário.

no âmbito do Judiciário, a discussão decerto ganhará um contorno mais afeto à técnica jurídi-ca e, nesse cenário, um ponto merece destaque: a questão do equilíbrio das receitas públicas e a violência ao pacto federativo.

as receitas públicas podem ser divididas entre tributárias e não tributárias; independentemente da natureza em si, tais receitas fazem parte de um todo e possuem como escopo único o fornecimento de recursos para o custeio da máquina estatal.

Hoje, na regulação do sistema tributário nacio-nal, temos um mecanismo de repartição da receita oriunda do imposto sobre a Circulação de Mer-cadorias e Serviços (iCMS): quando temos uma operação envolvendo dois estados – operações in-terestaduais – e dois contribuintes do imposto (co-merciantes ou fabricante e varejistas, por exemplo) parte do iCMS fica com o estado de origem e parte com o estado de destino da mercadoria. então, se é vendido um bem qualquer do estado do Paraná para outro contribuinte no estado do rio de Janei-ro, parte do iCMS fica com o Paraná e parte com o rio de Janeiro – se um fabricante de computadores localizado no Paraná vende para um varejista no rio de Janeiro, o iCMS é repartido.

entretanto, durante a Constituinte de 1987-1988, houve uma ampla discussão para decidir se tal regra deveria ser adotada para todos os casos ou se comportaria alguma exceção. a conclusão foi que, no caso de petróleo, a regra não deveria ser aplicada. quando se trata dessa mercadoria não há a tributação na fase da operação interestadual, ficando o estado de destino com o iCMS da comer-cialização subsequente à operação interestadual, sem nenhum crédito para diminuí-lo.

Como o iCMS é apurado segundo o princípio da não cumulatividade – quando é aplicado um regime que permite que seja usado um crédito equivalente ao iCMS da etapa anterior para abater o iCMS devido na operação atual – na prática, vez que não há incidência de iCMS na operação inte-restadual, o iCMS fica concentrado no estado de destino do petróleo e seus subprodutos.

a argumentação que sustenta tal exceção é de que, ao que parece, foi hoje esquecida pelo nosso Poder Legislativo. Basicamente, entendeu-se na-quela Constituinte que como os estados de origem do petróleo – fundamentalmente os produtores – já possuíam significativa receita pública oriunda de tal produção econômica, os royalties, não deveriam acumular, também, uma receita oriunda do iCMS.

assim, para que não houvesse desequilíbrio na situação federativa, pareceu razoável que estados produtores, titulares de tais royalties, não tivessem nenhuma receita oriunda do iCMS da produção de petróleo, ficando assim equilibrada a situação entre os estados e a federação.

Hoje, com a rediscussão dos royalties sem que se rediscuta a questão do iCMS incidente nas

de Rodrigo Jacobina, sócio do Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados.

receitas de royalties e do ICMSA proteção da federação:

A discussão que se arrasta sobre a partilha dos royalties do petróleo toma, a cada dia, contornos mais severos e profundos. Seja nas ruas das cidades de estados produtores – como a recente manifestação ocorrida no Rio de Janeiro – seja nas propagandas partidárias no rádio e na televisão.

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opinião

operações interestaduais com petróleo, corre-se o risco de se promover um desequilíbrio, exatamente na contramão do que decidiu a assembleia Consti-tuinte que desenvolveu o atual regime entre 1987 e 1988. esse desequilíbrio redunda numa séria ameaça à federação, ao pacto federativo.

Caso os estados produtores venham a se sen-tir prejudicados com o atual modelo – como vem se colocando – é possível o ajuizamento de ação Direta de inconstitucionalidade que, dentre outros tantos argumentos, certamente trará a questão da violação do pacto federativo pelo desequilíbrio de receitas públicas, circunstância que coloca em xeque um dos pilares fundamentais do regime constitucional inaugurado em 1988.

o nosso regime de federação está baseado na divisão de poder e obrigações públicas entre união, estados e Municípios. Para que cada ente da fe-deração possa cumprir seu papel público, é neces-sária a atribuição de receitas que possibilitem a estruturação de serviços e estruturas públicas. ora, parece razoável entender que se o regime de repar-

tição das receitas foi desenhado em 1987-1988 com vistas ao equilíbrio e proteção do pacto federativo e, com esses focos, os estados produtores, por terem a receita de royalties não deveriam ter a receita do iCMS. retirar receita de royalties sem discutir este imposto importa em colocar em risco o equilíbrio e, portanto, o pacto federativo.

não é impossível redividir a riqueza dos royal-ties. Sim, é certo afirmar que a riqueza que se encontra offshore deve atingir a todos os estados do Brasil. Mas o debate tem de ser ampliado de tal for-ma a incluir a rediscussão dos modelos de redistri-buição de receitas públicas (tributárias e royalties) e, também, de uma eventual redivisão das receitas da união oriundas dos royalties.

É absolutamente imprescindível que o Poder executivo entre, de uma vez por todas, na discus-são, procurando manter o equilíbrio da federação e apresentando uma proposta de equalização que inclua, também, as receitas da união. Parece-nos a única forma de proteger a unidade da federação como um todo.

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