texto 1 alunos suspendem duas ocupações em sc para...
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CONCURSO DA PREFEITURA DE LIVRAMENTO-PB 001/2017 1
LÍNGUA PORTUGUESA
Leia os dois textos abaixo e responda as questões 01,
02 e 03.
TEXTO 1
Alunos suspendem duas ocupações em
SC para realização do Enem IFC de Concórdia foi ocupado nesta segunda e será
liberado para exame.
No IFSC, ocupações continuam e não há previsão de
liberação.
Joana CaldasDo G1 SC
Atividades da ocupação, como oficinas, vão continuar, mas alunos
não vão dormir no campus esta semana (Foto: Ocupa IFC
Camboriú/Divulgação)
Em comum acordo com as instituições, estudantes
que ocupam os campi do Instituto Federal
Catarinense (IFC) em Camboriú, no Litoral Norte, e
Concórdia, no Oeste, informaram que vão
interromper as ocupações para a realização do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) neste sábado (5) e
domingo (6).
Segundo o IFC, em Concórdia, onde a ocupação
começou nesta segunda (31), eles devem voltar a
ocupar o instituto depois da prova. Já em Camboriú
está prevista uma assembleia no fim de semana para
decidir se a ocupação será retomada depois do Enem.
Nessa cidade, eles já não devem dormir na unidade a
partir desta segunda (31).
O movimento Ocupa Escola acontece em todo o país.
Estudantes protestam contra a proposta de emenda
constitucional (PEC) 241, que fixa um limite anual de
despesas aos órgãos públicos, e a medida provisória
746, que estabelece mudanças no ensino médio
De acordo com os estudantes, as atividades
realizadas por eles durante o dia, como palestras e
oficinas, vão continuar. Porém, todas as medidas
serão tomadas para que haja a realização das provas
normalmente.
O IFC também informou que, em Camboriú, algumas
aulas não estão ocorrendo por causa de uma
paralisação dos servidores, não relacionada à
ocupação.
Fonte:
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2016/10/alunos-
suspendem-duas-ocupacoes-em-sc-para-realizacao-do-
enem.html, adaptado
TEXTO 2
Vestibulandos ocupam escola onde fariam o
ENEM para ter tempo de revisar matéria até
dezembro
Com o adiamento do ENEM dos dias 5 e 6 de
novembro para os dias 4 e 5 de dezembro, nas escolas
que são local de prova mas estão ocupadas, um grupo
de vestibulandos decidiu ocupar a escola onde fariam
a prova para ter mais tempo de revisar as matérias
que caem na prova.
“Apanhamos um pouco da polícia para conseguirmos
ocupar, mas deu certo. Pretendemos passar um mês
aqui ocupando e estudando pro ENEM”, disse João
Carlos Silva, vestibulando de Direito.
Questionados se estão preocupados com os métodos
da PM para desfazer as ocupações, como
impedimento da entrada de pessoas e emissão de
ruídos para impedir o sono dos ocupantes, os
estudantes responderam que não se importam pois
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vestibulando não socializa nem dorme em ano de
vestibular.
Fonte:http://www.sensacionalista.com.br/2016/11/04/vestibula
ndos-ocupam-escola-onde-fariam-o-enem-para-ter-tempo-de-
revisar-materia-ate-dezembro/
1. A partir dos suportes de publicações e de suas
características discursivas, pode-se afirmar que:
a) Ambos os textos têm estrutura e conteúdo típicos
de uma notícia, sendo retirados de portais
conhecidos por sua carga de jornalismo verídico.
b) Embora ambos os textos tenham estrutura de
notícia, notadamente apenas o primeiro é uma
notícia verídica, sendo o segundo uma paródia de
notícia– como se comprova por passagens do
texto que não correspondem a linguagem típica
desse gênero.
c) O primeiro texto é mais formal e o segundo mais
informal, mas ambos são notícias, comprovado
tanto pelo conteúdo, quanto pela estrutura deles
d) O texto 1, diferentemente do texto 2, é uma
notícia menos elaborada, pois tem poucas
informações pertinentes.
e) O texto 2, tal qual o texto 1, obedece a uma
estrutura típica de notícia, trazendo informações
notadamente verídicas em sua fonte.
2. Entre o texto 01 e 02 existe uma relação de?
a) Metáfora
b) Ambiguidade
c) Polissemia
d) Interdisciplinaridade
e) Intertextualidade
3. Relacionando a temática do texto 1 à temática do
texto 2, podemos afirmar que:
a) O texto 2 faz uma ironia crítica com o tema real
das ocupações estudantis expostas no texto 1
b) O texto 1 e 2 se valem de escolhas lexicais
diferentes para informar exatamente o mesmo
fato
c) O texto 01 faz uma paródia em relação ao texto 02
d) O texto 02, indiretamente, faz uma apologia aos
fatos descritos no texto 01
e) O texto 01 e 02 trazem exatamente a mesma
temática.
Leia essas duas manchetes, ambas retiradas de
jornais renomados brasileiros:
MST ocupa Incra e Ministério da
Fazenda em Porto Alegre
MST invade fazenda de senadora em
Minas Gerais
4. Sobre os verbos escolhidos para as manchetes, é
corretor afirmar:
I. têm o mesmo sujeito, o MST
II. representam uma mesma ação realizada, mas com
perspectivas ideológicas distintas
III. demonstram posicionamentos políticos idênticos
IV. carregam sentidos históricos e discursivos
diferentes
V. são meras escolhas verbais que indicam a mesma
ação
Podemos afirmar que estão corretas as
proposições:
a) I, II e IV
b) I, III e V
c) II, III e V
d) II, IV, V
e) I, III e IV
Analise e leia a tirinha abaixo
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5. Sobre a interpretação das falas e das feições
desenhadas para o personagem, é possível afirmar
que:
a) São contraditórias, pois ele fica inicialmente
chateado e depois muda de ideia
b) São irônicas, pois no final o pai finge gostar da
atitude da filha
c) São emotivas, pois toda imagem e texto
demonstra o pai orgulhoso da filha
d) Quebram a expectativa do leitor, pois o pai,
inicialmente, pondera as ações da filha e, após
analisar em silêncio, demonstra orgulho do seu
feito.
e) Quebra a expectativa, porque parecia que ele
estava triste e no final ele está feliz.
6. A expressão coloquial utilizada no terceiro
quadrinho, pelo pai, poderia ser substituída sem
alteração de sentido atribuído no contexto por:
a) Quer se intrometer
b) Quer participar ativamente
c) Quer tumultuar
d) Quer receber sua parte
e) Quer criar polêmica
Sobre a estrutura gramatical da frase abaixo,
pode-se afirmar
(___)_está fazendo uma antonímia entre viver e
existir.
(___)_ambos os verbos viver e existir têm a
mesma função sintática e discursiva na oração.
(___)_o verbo viver está utilizado como sujeito da
oração estando o verbo ‘ser’ em concordância
com ele na terceira pessoa do singular.
(___)_a concordância com o termo a maioria das
pessoas está incorreta.
7. A sequência correta é
a) V, F, V, F;
b) V, V, F, F;
c) F, F, V, F;
d) V, F, F, V;
e) F, V, V, F.
Leia a letra da canção abaixo e depois responda ao
que se pede.
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas
pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr.
8. O tom do eu-lírico do texto, comprovado
especialmente pelo tempo verbal escolhido, é de:
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a) esperança
b) nostalgia
c) arrependimento
d) entusiasmo
e) medo
9. O trecho ‘Cada um sabe a alegria e a dor que traz
no coração’ pode ser reescrito – fazendo as
alterações gramaticais necessárias – mas sem
prejuízo de sentido, da seguinte forma:
a) Cada um sabe a alegria e a dor as quais traz no
coração
b) Cada um sabe cujas dor e alegria traz
c) Cada um sabe a quem a alegria e a dor no coração
traz
d) Cada um sabe com as dores e alegrias que traz
e) Cada um sabe de qual alegria e dor costuma trazer
10. O sujeito oculto ou desinencial é aquele que pode
ser inferido pela conjugação verbal e pelos outros
verbos associados a ele. Sabendo disso, pode-se
afirmar que o sujeito oculto mais repetido na
música pode ser representado pelo pronome:
a) Você
b) Nós
c) A gente
d) Ele
e) Eu
Observe os elementos coesivos da frase abaixo
11. Pode-se afirmar que quanto aos elementos
coesivos sequenciais temos, respectivamente:
a) Um aditivo e um condicional
b) Dois condicionais e um opositivo
c) Um condicional e um temporal
d) Um temporal e um explicativo
e) Um condicional e um explicativo
12. De acordo com o pensamento proposto na
imagem acima, é possível afirmar que felicidade
tem a ver com:
a) se sentir só
b) se sentir autossuficiente
c) se sentir empoderado
d) se sentir feliz por nada
e) se sentir em paz
Leia o texto a seguir para responder as questões
13, 14 e 15.
Um Apólogo
Machado de Assis
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de
linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si,
toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa
neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe
digo que está com um ar insuportável? Repito que
sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete,
é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o
meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu.
Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites
de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose?
Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso,
prendo um pedaço ao outro, dou feição aos
babados...
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— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano,
vou adiante, puxando por você, que vem atrás
obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do
imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um
papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o
caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu
é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa
da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em
casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de
si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira,
pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha,
enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e
outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante,
que era a melhor das sedas, entre os dedos da
costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar
a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia
há pouco? Não repara que esta distinta costureira só
se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos
dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto
pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e
ativa, como quem sabe o que faz, e não está para
ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe
dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era
tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais
que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o
sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte.
Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto
acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A
costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha
espetada no corpinho, para dar algum ponto
necessário. E enquanto compunha o vestido da bela
dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava
daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a
linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile,
no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da
elegância? Quem é que vai dançar com ministros e
diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da
costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?
Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um
alfinete, de cabeça grande e não menor experiência,
murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir
caminho para ela e ela é que vai gozar da vida,
enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como
eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me
espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia,
que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita
linha ordinária! Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 -
Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.
13. Quanto às tipologia e temática do texto, pode-se
afirmar ser:
a) Um texto expositivo que fala sobre invejas
b) Um texto narrativo que reflete metaforicamente
sobre a condição humana
c) Um texto poético que comenta sobre as
dificuldades da convivência
d) Um texto argumentativo defendendo a
importância do respeito mútuo
e) Um texto narrativo sobre a importância da
diversidade
14. O que se pode interpretar da fala do ‘professor de
melancolia’ ao final do texto, dado o contexto
analisado antes:
a) que assim como a linha, ele ganharia destaque ao
final do trabalho
b) que assim como a linha e agulha, ele precisava de
ajudantes para trabalhar
c) que assim como a costureira, ele se vale de
habilidades variadas para exercer seu papel
d) que assim como o alfinete, ele não se metia com
outras instâncias.
e) que assim como a agulha, ele havia trabalhado
muito , mas quem obtinha os méritos disso eram
os outros
15. Ao colocar seres inanimados como personagens
principais do texto, atribuindo-lhes características
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discursivas, Machado de Assis se vale da seguinte
figura de linguagem:
a) metáfora
b) catracase
c) eufemismo
d) prosopopeia
e) hipérbato
INFORMÁTICA
16. Analise as seguintes afirmações sobre arquitetura
de computadores:
I. Todo computador possui uma Unidade Central de
Processamento, ou, do inglês, Central Processing
Unit (CPU) e uma Memória Principal.
II. Todos os dados a serem processados pela CPU,
para operações lógicas e aritméticas, precisam
estar na memória.
III. Na memória os dados são armazenados em
divisões chamadas de Barramento de Dados
As afirmações corretas são:
a) I
b) I e II
c) I e III
d) I, II e III
e) II e III
17. Sobre as memórias presentes nos computadores
analise as seguintes afirmações
I. Os dados armazenados nas memórias são
localizados através de endereços.
II. Para melhoria de velocidade, as CPUs podem
possuir uma porção interna de memória muito
rápida, chamada Memória Cache.
III. A memória ROM é uma memória que perde seu
conteúdo quando o computador é desligado
As afirmações corretas são:
a) I
b) I e II
c) I e III
d) I, II e III
e) II e III
18. Assinale a alternativa correta entre as opções
abaixo:
a) Interrupções são recursos implementados em um
software de maneira estática para otimizar sua
execução e ocupação de memória RAM.
b) Os barramentos podem ter sua estrutura
modificada via software de acordo com o tipo de
programa a ser executado
c) O desempenho de um processador depende
unicamente do seu clock, ou seja, da velocidade
em que executa seus ciclos de processamento
d) A Unidade de Controle é a unidade interna à CPU
responsável pelo controle de aceso às memórias.
e) As memórias virtuais são utilizadas para minimizar
os transtornos de programação de uma
quantidade pequena e limitada da memória
principal.
19. A respeito do armazenamento de dados nos
computadores, analise as seguintes afirmações:
I. Como os computadores são binários, ou seja,
utilizam base numérica 2, as quantidades de
armazenamento são medidas em múltiplos de 2.
II. As unidades de armazenamento SSD não possuem
partes móveis e guardam os dados em circuitos
integrados semicondutores.
III. O barramento SATA é uma tecnologia de
transferência de dados de maneira paralela entre
um computador e dispositivos de armazenamento
como unidades de disco rígido e drives ópticos.
As afirmações corretas são:
a) I
b) I e II
c) I e III
d) I, II e III
e) II e III
20. Sobre sistemas operacionais, assinale a alternativa
incorreta:
a) No modelo de processos, todo software
executável no computador é organizado em um
número de processos sequenciais.
b) A rápida alternância entre os programas em
execução por parte de uma única CPU dá origem
ao pseudoparalelismo, em contraste com o
paralelismo real encontrado em sistemas
baseados em multiprocessadores.
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c) Para otimizar o seu funcionamento, alguns
programas utilizam Thread, ou encadeamento de
execução, que é uma forma de um processo dividir
a si mesmo em duas ou mais tarefas que podem
ser executadas de maneira paralela.
d) É função do sistema operacional intermediar a
comunicação entre os diversos dispositivos de
entrada e saída como teclados, mouses,
monitores e impressoras e o restante do sistema.
e) Algumas controladoras suportam o acesso direto
a memória (DMA), este processo é inviabilizado
em sistemas operacionais multitarefa devido a
presença das interrupções de hardware.
RACIOCÍNIO LÓGICO
21. O Serial Number (número serial) é um código que
deve ter caráter inalterado. Em geral, os números
seriais tendem a ter 25 caracteres, que podem ser
de números ou letras. Costumam ser utilizados
para ativar softwares. Habitualmente, associam o
Serial Number ao controle de qualidade do
produto, facilitando a administração e o
desbloqueio de recursos do programa. Um
Programador elaborou uma sequência lógica de
25 caracteres, para ativação de recursos adicionais
de seu programa e a enviou, em um envelope, a
seu cliente. Infortuitamente, os últimos dois
dígitos da sequência foram rasgados na abertura
do envelope. O cliente, conhecendo a assinatura
de seu programador, conseguiu deduzir os
algarismos perdidos da sequência 1.1.1 - 3.1 -
4.1.1.3 - 6.1.2.3.1.4 - 8.1.3.3.2.4.1.6. - ___ . ___ .
A soma dos dois números finais do Serial Number
completo correspondem a:
a) 7
b) 8
c) 9
d) 10
e) 11
22. As mídias sociais são uma realidade no mundo
vigente. É muito comum, redes sociais fazerem
uso de recursos imagéticos para promoverem
adesão à rede, e disseminação de dados ou
informações. No contexto atual, Facebook,
Instagram e outras redes sociais, encontram um
aliado muito forte, representados pelos editores
de imagem, como o Photoshop. Todavia, a
sociedade se divide, sobre a aceitação excessiva
das edições de imagem, que, para alguns críticos,
deturpam a nossa noção de beleza e estética
natural.
Considere verdadeiras as declarações: "Todo
Designer conhece o programa Photoshop" e
“Todo Marqueteiro de mídias sociais acessa o
Facebook”. Assinale a opção que corresponde a
uma argumentação correta da primeira e a uma
equivalência da segunda.
a) Andrew não conhece o programa Photoshop,
portanto não é Designer; Aquele que não acessa o
Facebook não é Marqueteiro de mídias sociais.
b) Bruno conhece o programa Photoshop, portanto
não é Designer; Quem não é Marqueteiro de
mídias sociais não acessa o Facebook.
c) Cláudio conhece o programa Photoshop, portanto
é Designer; Quem não é Marqueteiro de mídias
sociais acessa o Facebook.
d) Diego não é Designer, portanto não conhece o
programa Photoshop. Nenhum Marqueteiro de
mídias sociais acessa o Facebook.
e) Emanoel não é Designer, portanto conhece o
programa Photoshop; Aquele que acessa o
Facebook é Marqueteiro de mídias sociais.
23. A mobilidade representa-se como uma das
grandes inovações históricas da revolução
tecnológica. O mercado de celulares tem grande
impacto nas diversas esferas dos setores
econômicos e sociais. A partir de um equipamento
de mão é possível conectar-se ao mundo digital,
pessoas, clientes, sócios, familiares, entre outros,
e, produzir, consumir e disseminar uma vasta
gama de dados, informações, serviços e recursos.
Sobre os celulares, dois Tecnólogos de Informação
(Augusto e Carlos) debatiam.
Augusto diz: - Todo Tecnólogo da Informação usa
celular.
Carlos diz: - Sua proposição não é verdadeira.
Augusto diz: - Que absurdo! É como dizer que se 1
for par e zero for ímpar, então 1 < 0.
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O que Carlos disse, seguido da conclusão de
Augusto, significa que:
a) Todo Tecnólogo da Informação não usa celular;
verdade.
b) Se alguém não é Tecnólogo da Informação então
não usa celular; falso.
c) Se alguém não usa celular então não é Tecnólogo
da Informação; falso.
d) Algum Tecnólogo da Informação não usa celular;
verdade.
e) Nenhum Tecnólogo da Informação usa celular;
verdade.
24. Entre as várias profissões que operam
computadores e seus recursos, existe o Analista e
o Programador. O Analista tende a elaborar e
levantar dados e informações para
implementação de sistemas. Também pode atuar
na instrução e formação peculiar dos
programadores, mantendo-os atualizados. Já o
Programador costuma participar do
desenvolvimento da programação de algum
software, recurso ou programa. É específico a seu
campo de atuação elaborar, coordenar, orientar
atividades de desenvolvimento e manutenção de
programas, desde a preparação da documentação
até a produção de manuais de operação. Em dado
contexto, sabe-se que:
O Analista trabalha ou estuda; Administra ou não
trabalha; Reúne-se com outros profissionais ou
não estuda. O Programador programa ou trabalha;
lê ou não programa; pesquisa ou não trabalha.
Constatou-se que o Analista não se reuniu com
outros profissionais e que o Programador não
pesquisou. Logo, é correto concluir que:
a) O Analista estudou e trabalhou; O Programador
não leu e trabalhou.
b) O Analista administrou e trabalhou; O
Programador leu e programou.
c) O Analista não administrou e trabalhou; O
Programador não programou e leu.
d) O Analista estudou e não administrou; O
Programador trabalhou e programou.
e) O Analista não se reuniu com outros profissionais;
O Programador não trabalhou.
25. Observe os itens que segue:
I. O analista é Técnico se e somente se o Analista
efetivar manutenção.
II. Todo Analista é Técnico.
III. Nenhum Analista efetiva manutenção.
Equivale a negação das proposições I, II e III,
respectivamente:
a) O Analista não é Técnico se e somente se o
Analista não efetivar manutenção; Nenhum
Analista é Técnico; não há Analista que efetiva
manutenção.
b) O Analista não é Técnico se e somente se o
Analista efetivar manutenção; Nenhum Analista é
Técnico; Todo Analista efetiva manutenção.
c) O Analista é Técnico se e somente se o Analista
não efetivar manutenção; Existe pelo menos um
Analista Técnico; Todo Analista efetiva
manutenção.
d) Se o Analista é Técnico então ele não efetiva a
manutenção; Existe ao menos um Analista que
não seja Técnico; Todo Analista efetiva
manutenção.
e) O Analista é Técnico e não efetiva manutenção ou
o Analista efetiva manutenção e não é Técnico;
Pelo menos um Analista não é Técnico; Algum
Analista efetiva Manutenção.
DIDÁTICA
26. As Tecnologias da Informação e da Comunicação
(TIC) já não são novidades no contexto escolar.
Considerando das alternativas a seguir, que
tratam do trabalho docente com o uso de TIC,
assinale a alternativa CORRETA.
a) (___)_O uso das TIC no espaço escolar é restrito às
instituições que possuem laboratório de
informática.
b) (___)_A inserção de TIC no espaço da sala de aula
deve ser evitada para não dispersar os alunos das
atividades acadêmicas.
c) (___)_As atividades de ensino com o uso de TIC só
devem ser adotadas por um especialista em
educação midiática.
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d) (___)_Os produtos midiáticos associados às TIC
podem contribuir com a melhoria dos processos
de ensino e da aprendizagem.
e) (___)_No contexto atual, todas as atividades de
ensino devem ser realizadas com o uso de TIC.
27. Grande parte das produções na área de educação
no Brasil acerca da interdisciplinaridade tem como
base estudos de autores como Ivani Fazenda e
Nilton Japiassu, entre outros. Assinale a
alternativa INCORRETA, com enfoque nessa
temática.
a) (___)_A interdisciplinaridade proporciona o
trabalho escolar com uma diversidade de recursos
didáticos.
b) (___)_Os produtos midiáticos associados às TIC
podem contribuir com a melhoria dos processos
de ensino e da aprendizagem.
c) (___)_A interdisciplinaridade é um princípio
educativo presente na LDB 9394/96.
d) (___)_A interdisciplinaridade tem, por fim, a
superação da prática de ensino linear e
compartimentado.
e) (___)_A interdisciplinaridade impulsiona o
trabalho com projetos na escola.
28. As afirmativas I, II e III dizem respeito ao
planejamento de ensino. Analise cada uma das
afirmativas e assinale a INCORRETA.
I. Planejar é antecipar resultados baseando-se na
reflexão sistemática com foco nos objetivos.
II. Planejamento é uma atividade burocrática
peculiar ao trabalho docente e cumpre,
exclusivamente, a tarefa de manter os pais
informados sobre o ensino de seus filhos.
III. O planejamento é pautado pelo diagnóstico da
realidade escolar e dos sujeitos envolvidos com a
experiência de ensino e de aprendizagem.
a) (___)_II
b) (___)_I e III
c) (___)_II e III
d) (___)_I e II
e) (___)_III
29. Assinale a alternativa CORRETA.
a) (___)_Avaliar é um processo que deve ser
realizado, exclusivamente, ao final de cada
bimestre para, ao final do ano escolar, promover
o aluno para o ano seguinte.
b) (___)_A avaliação que se faz no primeiro bimestre
do ano letivo se chama avaliação diagnóstica. As
demais, avaliação contínua.
c) (___)_A LDB 9394/96 define que os aspectos
quantitativos devem prevalecer como critérios de
avaliação.
d) (___)_Atribuir notas as alunos para quantificar
suas aprendizagens é algo ultrapassado e não se
apresenta na realidade brasileira.
e) (___)_Avaliar é realizar um juízo de valor sobre um
determinado objeto. No contexto da sala de aula,
o ato de avaliar deve estar associado aos objetivos
didáticos definidos no plano de ensino.
30. Os principais elementos do plano de ensino são:
conteúdos, objetivos, metodologias, recursos
didáticos e avaliação. Assinale a alternativa
CORRETA, após identificar, dentre os elementos
citados, aquele que desencadeia o plano de
ensino, assegurando a coerência interna entre
demais.
a) (___)_Metodologia
b) (___)_Conteúdos
c) (___)_Objetivos
d) (___)_Recursos didáticos
e) (___)_Avaliação
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Texto para questões de 31 a 34
Especialistas defendem que inteligência
emocional deve ser ensinada na escola Cresce lá fora um movimento que defende a ideia de que
é possível ensinar inteligência emocional às crianças -
sobretudo, no ambiente escolar.
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CONCURSO DA PREFEITURA DE LIVRAMENTO-PB 001/2017 10
Sentadas em semicírculo, uma porção de crianças de
5 e 6 anos têm à frente uma experiente professora
que começa a conduzir a tarefa do dia: “Vocês
querem dividir com a turma alguma experiência
desagradável que tenha ocorrido aqui ou em casa?”,
pergunta. Um dos pequenos toma coragem e conta,
meio cabisbaixo, que a mãe costuma gritar bastante
e que, por isso, ele acredita que não é amado. “Como
você se sente? E como reage ao comportamento
dela?”, questiona a educadora. Em seguida, estimula
os outros alunos a apresentar sugestões de como
lidar com aquele conflito. A dinâmica da aula pode até
parecer estranha aqui no Brasil, mas não nos Estados
Unidos, onde cresce um movimento em defesa da
tese de que as competências socioemocionais – ou,
trocando em miúdos, a capacidade de lidar com as
situações e as pessoas – podem e devem ser
ensinadas na escola. Por lá, não param de pipocar
projetos com esse tipo de abordagem. O principal
argumento dos partidários dessa ideia é que não se
pode ignorar a inteligência emocional porque, além
de ser fundamental para o sucesso nos
relacionamentos, ela causa impacto significativo no
desempenho acadêmico.
Um dos maiores entusiastas da nova tese é o cineasta
californiano George Lucas – diretor, produtor e
roteirista de blockbusters como Guerra nas Estrelas e
Indiana Jones. Tão fã que ele criou a fundação
Edutopia, dedicada, entre outras atividades, a apoiar
pesquisas na área e a difundir boas práticas. Com
outras organizações e educadores, Lucas conseguiu
fazer lobby e incluir o tema no currículo de milhares
de escolas americanas. “Há métodos realmente
capazes de aumentar a consciência sobre as próprias
emoções e as dos outros, assim como de ensinar uma
pessoa a gerenciá-las de maneira eficaz”, disse a
CLAUDIA o psicólogo David R. Caruso, pesquisador da
Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e coautor
de Liderança com Inteligência Emocional (M. Books).
“Mas, na escola, essas técnicas precisam estar
integradas às demais atividades dos alunos para dar
o resultado desejado.”
Emoções liberadas
Gerenciar bem as emoções, alertam os especialistas,
não significa represá-las. A criança precisa encontrar
abertura suficiente para sentir medo, angústia, raiva,
tristeza, alegria, euforia. Em vez de dizer “não chore”
ou “controle-se”, os adultos devem acolher os
pequenos, procurar compreender as razões do
comportamento deles e ajudá-los a dar respostas
adequadas às situações. “Pais e professores têm de
ser bons observadores para auxiliar as crianças a
autogerir os sentimentos. Mas vale tomar cuidado
para não interferir demais, tornando-as dependentes
e passivas”, observa Lino de Macedo. Uma das formas
mais eficazes de aprender a lidar com isso nessa fase
da vida é por meio de brincadeiras. “Estimular o lado
lúdico é importantíssimo”, lembra o psiquiatra Diogo
Lara. “Até numa atividade simples, como a
preparação de um brigadeiro, é possível perceber
características como agressividade, introversão e
impulsividade e trabalhar para que as crianças
pensem em diferentes maneiras de resolver
conflitos”, diz ele. Ou seja, elas devem ser
estimuladas ao diálogo e à reflexão
Fonte: https://claudia.abril.com.br/sua-vida/especialistas-
defendem-que-inteligencia-emocional-deve-ser-ensinada-
na-escola/ (adaptado)
31. De acordo com o texto, a competência
socioemocional pode ser entendida como:
a) A capacidade de aprender de diferentes formas
um mesmo conteúdo
b) A interação da família com o ambiente escolar
c) A capacidade de reconhecer e gerenciar
sentimentos
d) Uma forma de estimular a criatividade
e) A habilidade dos professores em lidar com as
crianças
32. Sabe-se que dentro de um mesmo gênero textual
é recorrente o uso de sequências textuais
distintas, embora uma sempre predomine sobre
as demais. No primeiro parágrafo do texto,
podemos perceber diferentes sequências
tipológicas, mas predominantemente:
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a) Um início descritivo seguido de uma continuação
argumentativa
b) O primeiro período argumentativo para então
predominar a narração
c) Uma narração ilustrativa inicialmente que serve
de respaldo para uma continuação expositiva
d) Uma argumentação genérica que converte-se
numa narrativa explicativa
e) Uma descrição narrativa que tem como foco
posterior uma argumentação temática
33. Diante das sequências predominantes do texto,
bem como de sua estrutura e funcionalidade
discursiva, é possível afirmar que trata-se do
seguinte gênero textual:
a) Uma reportagem
b) Um artigo científico
c) Uma resenha crítica
d) Uma crônica argumentativa
e) Uma notícia
34. De acordo com o que é lido no texto, o referente
do termo ‘lá fora’ escrito no subtítulo do texto é
claramente:
a) Nas universidades
b) Em quaisquer outros países
c) No sudeste
d) Nos países desenvolvidos
e) Nos Estados Unidos
Leia a sinopse do filme “Divertida Mente’:
Riley é uma garota
divertida de 11 anos de
idade, que deve enfrentar
mudanças importantes em
sua vida quando seus pais
decidem deixar a sua
cidade natal, no estado de
Minnesota, para viver em
San Francisco. Dentro do
cérebro de Riley, convivem
várias emoções diferentes, como a Alegria, o Medo, a
Raiva, o Nojinho e a Tristeza. A líder deles é Alegria,
que se esforça bastante para fazer com que a vida de
Riley seja sempre feliz. Entretanto, uma confusão na
sala de controle faz com que ela e Tristeza sejam
expelidas para fora do local. Agora, elas precisam
percorrer as várias ilhas existentes nos pensamentos
de Riley para que possam retornar à sala de controle
- e, enquanto isto não acontece, a vida da garota
muda radicalmente.
35. Diante de tal resumo, analise as proposições a
seguir:
I. Pela sinopse do filme, podemos concluir que trata-
se de um típico conto de fadas
II. É uma animação que se utiliza do recurso da
personificação para apresentar sentimentos
III. É um filme que contradiz a noção de falar sobre as
emoções
IV. É um filme que exemplifica a importância das
emoções
V. Por ser uma animação, não deve ser usada como
recurso didático
São verdadeiras as proposições:
a) I, II e III
b) II, III e V
c) Apenas IV
d) II e IV
e) Apenas II
36. O título do filme usa de um recurso linguístico que
pode ser denominado:
a) Metáfora
b) Comparação
c) Zeugma
d) Ironia
e) Trocadilho
37. Sabe-se que a intertextualidade é definida como a
referência de um texto em outro e que para isso
há várias maneiras de promovê-la. No cartaz
abaixo (em relação ao cartaz do filme citado na
questão 5 e 6) temos, então, um típico exemplo
de:
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a) Paráfrase, pois reproduz a ideia do texto original
b) Citação, pois contradiz a ideia do texto original
c) Paráfrase, pois contradiz a ideia do texto original
d) Paródia, pois reproduz a ideia do texto original
e) Paródia, pois contradiz a ideia do texto original
Leia a tirinha
38. No diálogo estabelecido entre a adulta e a criança,
é possível afirmar que:
(___)_Eles têm a mesma concepção semântica da
palavra ‘aparência’
(___)_O elemento coesivo ‘mas’ expressa ideia de
conclusão
(___)_A concepção de beleza para ambos os
personagens é a mesma
(___)_Um está falando de beleza física e o outro
de beleza interior
A sequência correta é descrita na alternativa:
a) F – F – F – V
b) F – V – F – V
c) V – V – F – F
d) V – F – V – F
e) V – F – V – V
Leia a seguir o poema “Receita para lavar palavra
suja’, de Viviane Mosé para responder as questões
39 e 40
RECEITA PRÁ LAVAR PALAVRA SUJA
Viviane Mosé
Mergulhar a palavra suja em água sanitária.
Depois de dois dias de molho, quarar ao sol do meio
dia.
Algumas palavras quando alvejadas ao sol adquirem
consistência de certeza.
Por exemplo, a palavra vida.
Existem outras, e a palavra amor é uma delas, que
são muito encardidas pelo uso, o que recomenda
esfregar e bater insistentemente na pedra, depois
enxaguar em água corrente.
São poucas as que resistem a esses cuidados, mas
existem aquelas.
Dizem que limão e sal tiram sujeira difícil, mas nada.
Toda tentativa de lavar a piedade foi sempre em
vão.
Mas nunca vi palavra tão suja como perda.
Perda e morte na medida em que são alvejadas
soltam um líquido corrosivo, que atende pelo nome
de amargura, que é capaz de esvaziar o vigor da
língua.
O aconselhado nesse caso é mantê-las sempre de
molho em um amaciante de boa qualidade.
Agora, se o que você quer é somente aliviar as
palavras do uso diário, pode usar simplesmente
sabão em pó e máquina de lavar.
O perigo neste caso é misturar palavras que
mancham no contato umas com as outras.
Culpa, por exemplo, a culpa mancha tudo que
encontra e deve ser sempre alvejada sozinha.
Outra mistura pouco aconselhada é amizade e
desejo, já que desejo, sendo uma palavra intensa,
quase agressiva, pode, o que não é inevitável,
esgarçar a força delicada da palavra amizade.
Já a palavra força cai bem em qualquer mistura.
Outro cuidado importante é não lavar demais as
palavras sob o risco de perderem o sentido.
A sujeirinha cotidiana, quando não é excessiva,
produz uma oleosidade que dá vigor aos sons.
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Muito importante na arte de lavar palavras é saber
reconhecer uma palavra limpa.
Conviva com a palavra durante alguns dias.
Deixe que se misture em seus gestos, que passeie
pela expressão dos seus sentidos.
À noite, permita que se deite, não a seu lado, mas
sobre seu corpo.
Enquanto você dorme, a palavra, plantada em sua
carne, prolifera em toda sua possibilidade.
Se puder suportar essa convivência até não mais
perceber a presença dela, então você tem uma
palavra limpa.
Uma palavra limpa é uma palavra possível.
39. Quanto às concepções de linguagem, que
perpassam a percepção do que é leitura e escrita,
podemos afirmar que no poema de Mosé há um
entendimento da linguagem enquanto:
a) Mera codificação
b) Apenas Cognição
c) Fenômeno cognitivo social
d) Interação dialógica construída
e) Definição social imutável
40. A grande metáfora utilizada no poema – lavar
palavras – sugere, ao final uma ideia de:
a) Intimidade com as palavras
b) Sentimentalismo exacerbado com as palavras
c) Medo do que as palavras dizem
d) Cuidado com o uso de palavras erradas
e) Escrever corretamente a grafia das palavras