termodinamica

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Prof. Ricardo Alencar TERMODINÂMICA Perdas de calor Quando uma energia se transforma em outra, sempre há perda de calor

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Apostila de Termodinamica.

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  • Prof. Ricardo Alencar

    TERMODINMICA

    Perdas de calor

    Quando uma energia se transforma em outra, sempre h perda de calor

  • Termodinmica a cincia que trata

    do calor e do trabalho das caractersticas dos sistemas e das propriedades dos fluidos termodinmicos

  • Equivalente Caloria-Trabalho

    A descida do bloco faz girar a roldana com palhetas que transmitem energia trmica (cintica das molculas) para a gua.

    Fig. 5.7

  • Sadi Carnot1796 - 1832

    James Joule1818 - 1889

    Rudolf Clausius1822 - 1888

    Wiliam Thomsonou Lord Kelvin

    1824 - 1907

    Emile Claupeyron1799 - 1864

    Alguns ilustres pesquisadores que construiram a termodinmica

  • Para entender melhor a

    1a Lei de Termodinmica

    preciso compreender as caractersticas dos sistemas termodinmicos e os caminhos

    percorridos pelo calor...

  • Certa massa delimitada por uma fronteira.

    Vizinhana do sistema.

    O que fica fora da fronteira

    Sistema isolado

    Sistema que no troca energia nem massa com a sua vizinhana.

    Sistema fechado

    Sistema que no troca massa com a vizinhana, mas permite passagem de calor e trabalho por sua fronteira.

    Sistema Termodinmico

  • Transformao

    P1V1T1U1

    P2V2T2U2

    Estado 1 Estado 2Transformao

    Variveis de estado

    Variveis de estado

  • Caminho descrito pelo sistema na transformao .

    Processos

    P1V1T1U1

    P2V2T2U2

    Durante a transformaoProcessos

    nula a troca de calor Q com a vizinhana.AdiabticoVolume V constanteIsovolumtrico

    Presso P invarivelIsobricotemperatura T invarivelIsotrmico

  • Transformaes1a Lei da Termodinmica

    U = U2 U1Variao Energia Interna

    W > 0 energia que sai do sistema

    W < 0 energia que entra no sistema

    Q > 0 calor que entra no sistema

    Q < 0 calor que sai do sistema

    1a Lei

    Q = W + U

    Sistema Fechado

  • PRIMEIRO PRINCPIO DA TERMODINMICA

  • Exemplo (PUCRS) Durante a expanso de um gs, este

    realiza um trabalho de 200 J, mediante o recebimento de uma quantidade de calor equivalente a 900 J. Nessa expanso a variao da energia interna do gs

    (A) 900 J. (B) 700 J. (C) 500 J. (D) 300 J. (E) 200 J.

  • U = Q - WGs

    Expanso nulaW = 0

    U = Q = (mc)gs T

    Como (mc)gs = ctcU depende apenas

    de T.

    T = 0 U = 0T > 0 U > 0T < 0 U < 0

    Como U uma varivel de

    estado, U no depende do processo.

    Variao da Energia Interna

    A energia interna de um gs funo apenas da temperatura absoluta T.

  • O calor Q que passa pelas fronteiras do sistema depende do processo.

  • V = V2 -V1

    U = Q - W

    Wdepende de

    como a presso e volume mudam

    no processo.

    W = F.d

    F = Pr.S

    W = Pr.S.d

    W = Pr.V

    .

    O trabalho que atravessa a fronteira

    depende do processo?

  • Grfico Trabalho x Volume

    W > 0 se sentido HORRIO

    W < 0 se sentido ANTI-HORRIO

  • Exemplo(PUCRS) O grfico p x v representa as transformaes experimentadas por um gs ideal. O trabalho mecnico realizado pelo gs durante a expanso de A at C, em Joules:(A) 10 (B) 20 (C) 30 (D) 50 (E) 80

  • P1V1 = nRT1

    Estado 1

    no de moles

    Constante dos gases

    R = 8,31 J/mol.K = 2 cal/mol.K

    Diagramas P x VGases ideais

    1P1

    V1T1Como as variveis

    de estado se relacionam?

    Equao de estado

  • 1 Lei da Termodinmica

    W = 0

    Q = n CV (T2-T1)

    Calor especfico molar a volume constante

    U = Q = n CV (T2-T1)

    V = 0

    Transformao de 1 2

    Volume invarivelIsovolumtrica

    Processo isovolumtrico - Transformao a volume constante

    U = Q - W

  • Exemplo(UFRGS) Um gs aquecido dentro de um recipiente de volume constante. Nessas condies (A) aumenta a energia cintica mdia de translao das molculas do gs. (B) realizado um trabalho pelo gs. (C) a presso do gs diminui. (D) a presso do gs permanece constante (E) ocorre uma transformao adiabtica.

  • Q = + n CP (TB - TA)

    calor especfico molar a presso constante

    W = Po [VB-VA]

    1 Lei da Termodinmica U = Q - W

    U = n Cv (TB-TA)

    Calor especfico a volume constante

    Transformao a presso constante

    Processo isobrico

  • mbolo movimentado lentamente

    U = 0 T=0

    Transformao temperatura constante

    Q = W = n R T [ln(V2/V1)]

    0 = Q W

    Q = W

    Processo Isotrmico

  • Movimento rpido do mbolo.

    Q = 0

    W = - U = - nCvT

    Primeira Lei da TermodinmicaU = Q - W

    Q = 0 U= - W

    Compresso adiabtica

    Trabalho transforma-se em calor

    Q = 0

    O processo ocorre to rapidamente que o

    sistema no troca calor com o exterior.

    Wrea sob o grafico

    Processo adiabticoTransformao sem troca de calor

  • Exemplo (UFRGS) Qual a variao de energia

    interna de um gs ideal sobre o qual realizado um trabalho de 80J, durante uma compresso adiabtica? (A) 80J (B) 40J (C) zero (D) -40J (E) -80J

  • Exemplo(UFRGS) O desenho mostra um cilindro de metal dotado de um mbolo mvel em cujo interior encontra um gs ideal em equilbrio termodinmico Em dado instante uma fora de mdulo F age sobre o mbolo que comprime o gs rapidamente. Durante a compresso I. ocorre um aumento de energia interna do gs. II. o trabalho realizado pela fora de mdulo F produz uma elevao da temperatura do gs . III. o trabalho realizado pela fora de mdulo F igual a quantidade de calor que se transmite para o meio externo. Quais esto corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

  • 3.- Wciclo = W = rea 12341

    Wciclo > 0 Qciclo > 0

    O sentido do ciclo no diagrama PV : horrio. O sistema recebe Q e entrega W

    1a Lei da TermodinmicaUciclo = Qciclo - Wciclo

    Qciclo = Wciclo

    1.- Uciclo = U = 0 pois Tfinal = Tinicial

    2.- Qciclo = Q

    Processos cclicos

  • Exemplo (UFRGS) O grfico da presso p em funo do volume

    V de um gs mostra duas transformaes termodinmicas, I e II, a partir do estado inicial i. Os estados finais das duas transformaes apresentam o mesmo volume (Vf), mas presses diferentes.

    A partir do grfico, possvel afirmar que:

    (A) o trabalho realizado pelo gs na transformao I maior do que o realizado na transformao II. (B) na transformao II no h trabalho realizado. (C) na transformao I no h variao de energia interna do gs. (D) a transformao II isobrica. (E) a transformao I adiabtica.

  • Exemplo (UFRGS) Assinale a alternativa que preenche corretamente as

    lacunas no texto abaixo. A f uno do compressor de uma geladeira a de aumentar a presso

    sobre o gs freon contido na tubulao. Devido rapidez com que ocorre a compresso, esta pode ser considerada uma transformao __________. A temperatura e a presso do gs se elevam. Como no h trocas de calor, o trabalho realizado pelo compressor igual a variao da energia __________ do gs. (A) adiabtica - interna (B) isotrmica - cintica (C) isotrmica - interna (D) adiabtica - potencial (E) isobrica interna

  • Trabalham em ciclos.

    Mquinas Trmicas

    Mquinas trmicas so dispositivos que convertem calor em trabalho e vice-versa: mquinas a vapor, motores a exploso, refrigerados, etc.

  • Fonte quenteFonte fria

    Trabalho

    Ciclo

    De onde a mquina retira

    calor QHot.

    Para onde a mquina rejeita

    calor QCold

    A mquina de Denis Papin1647 - 1712

  • Em cada ciclo

    W = Q1-Q2

    Eficincia = W/Q1= (Q1-Q2)/Q1

    = [1 Q2/Q1]

    U = 0

    Eficincia trmica: 1Lei

  • RefrigeradorBomba de calor

    1-2: compresso adiabtica em um compressor 2-3: processo de rejeio de calor a presso constante 3-4: estrangulamento em uma vlvula de expanso (com a respectiva queda de presso) 4-1: absoro de calor a presso constante, no evaporador

    Ciclo Refrigerador

  • 1a Lei da Termodinmica

    A energia total do Universo, com ou sem transformaes,

    permanece constante.

    2a Lei da Termodinmica

    A disponibilidade de energia para realizao de trabalho diminui

    aps cada transformao

    2a Lei da Termodinmica

    EntropiaEnunciado de Clausius "O calor s pode passar, espontaneamente, de um corpo de maior para outro de menor temperatura."

    Enunciado de Kelvin " impossvel construir uma mquina trmica que, operando em ciclo, extraia calor de uma fonte e o transforme integralmente em trabalho."

  • Refrigerador ou Bomba de Calor

    Segunda Lei Formulao de Clausius

    impossvel existir transferncia espontnea de calor de uma fonte fria

    para outra quente. impossvel construir um dispositivo que,

    operando em ciclo termodinmico, no produza outros efeitos alm da passagem de calor de um

    corpo frio para outro quente.

    COPRefrigerador = Q2/W

    COP Bomba Calor = Q1/W

  • Mquinas Trmicas

    W = W2 W1

    2a LeiTermodinmica Formulao de Kelvin-Planck

    impossvel construir uma mquina trmica com

    eficincia 100%.

    = W/Q1 = [1 - T2/T1] < 1

    Ou seja uma mquina que retira uma quantidade de calor Q de uma fonte quente e a transforme totalmente em

    trabalho.

  • Formulao de Clausius

    impossvel existir transferncia espontnea de calor de uma fonte fria para outra quente.

    Formulao Kelvin-Planck

    impossvel construir uma mquina trmica com eficincia 100%.

    Segunda Lei Termodinmica

    Ambas so afirmaes negativas. No podem ser demonstradas.

    Baseiam-se em evidncias experimentais.

    A 2a Lei enuncia a impossibilidade de construo de moto perptuo de 2a espcie.

    Moto Perptuo1a Espcie: criaria trabalho do nada. Viola a 1a Lei.2a Espcie: viola a 2a Lei3a Espcie: inexistencia de atrito produziria movimento eterno sem realizao de trabalho

  • Qual o limite da eficincia de uma mquina trmica ?

    = [1 Q2/Q1]

    Q1 0

    1

    possvel construir esta mquina?

    100%

  • Mquinas Trmicas

    100% de rendimento ?

    Impossvel!

    Qual o mximo rendimento de uma Mquina Trmica?

  • A construo de uma mquina ideal

    Definio de um processo ideal.

    Processo reversvel.

    Aquele que tendo ocorrido, pode ser invertido de sentido e retornar ao estado original, sem deixar vestgios no sistema e no

    meio circundante.

    Processo reversvel: desvio do equilbrio infinitesimal e ocorre numa

    velocidade infinitesimal.

  • Causas que tornam um processo irreversvel.

    Atrito

    Expanso no resistida.

    Troca de calor com diferena finita de temperatura.

    Mistura de 2 substncias diferentes.

    Outros fatores: Efeito Joule, Combusto, Histerese, etc.

    O processo de troca de calor pode ser reversvel se for feita mediante diferena infinitesimal de temperatura,

    mas que exige tempo infinito ou rea infinita.

    Concluso: todos os processos reais de troca de calor so irreversveis.

  • A eficincia da Mquina de Carnot

    No ciclo:

    U=0 W = Q1 - Q2

    = W/Q1 = [Q1-Q2]/Q1 = 1 - Q2/Q1

    Q2/Q1 = T2/T1

    = (1 - Q2/Q1) = (1 - T2/T1)

    = 1 - T2/T1Princpio de Carnot

    "Nenhuma mquina trmica real, operando entre 2 reservatrios trmicos T1 e T2 , pode ser mais eficiente que a "mquina de Carnot" operando entre os mesmos reservatrios"

    BC e DA = adiabticas

    Ciclo reversvelA mquina ideal de Carnot

    Ciclo terico que permite o maior rendimento entre as mquinas trmicas. Onde Q1 a quantidade de calor extrada da fonte quente e Q2 a quantidade de calor perdido para o meio , o rendimento de um ciclo dado por: = (1 - Q2/Q1) ou = 1 - T2/T1

  • Exemplo (UFRGS) Durante um ciclo termodinmico, uma

    mquina trmica realiza um trabalho W, que igual a Q1 - Q2 , onde Q1 o calor extrado de uma fonte quente, e Q2 o calor descarregado no ambiente. O rendimento dessa mquina trmica dado por (A) (Q1 - Q2) / Q1 (B) (Q1 - Q2) / Q2 (C) Q1 / (Q1 - Q2) (D) Q2 / (Q1 - Q2) (E) (Q1 + Q2) / Q2

  • Rudolf Clausius

    Nasceu em Koslin (Polnia) e morreu em Bonn (Alemanha)

    Fsico Terico - Termodinmica

    1.- A energia do Universo constante.

    2.- A entropia do Universo tende a uma valor mximo.

    Entropia

    A quantificao da 2a Lei

    Apresentou em 1865 a sua verso para as 1a e 2a Leis da Termodinmica.

  • Quando um corpo recebe calor a sua entropia aumenta.

    S = QT > 0

    Aumenta a EC e/ou a agitao molecular

    Aumenta a desordem

    A entropia a medida da desordem

    Entropia e a desordem

    S = Q/T < 0 a desordem diminui.

  • Ordem e Energia - Sistemas Biolgicos

    Entropia2a Lei

    Evoluo natural Ordem Desordem

    Como os sistemas biolgicos se desenvolvem e mantm alto grau de ordem? uma violao da 2a Lei?

    Ordem pode ser obtida as custas de energia

    A fotosntese converte energia solar em energia potencial nas molculas de glucose

    com de alta ordem de organizao.

    Nos animaisCelulas Mitocondria

    armazenam molculas de aucar para formar molculas altamente ordenadas e

    estruturadass.