teoria do conhecimento

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  • 1. 1

2. Funo do objeto Todo conhecimento provm de uma relao entresujeito e objeto. Portanto: depende da subjetividade eda objetividade numa dialtica No se pode pensar em problema e soluo sem algoconcreto A coisa o objeto de estudo, situado no tempo eespao= o objeto o tema 2 3. Natureza do objeto Pode ser uma coisa material Pode ser uma idia Uma experiencia Ou uma relao entre idias e coisas sensveis oumateriais ou experincias relacionais 3 4. A construo do objeto Para o pesquisador, o objeto construdo atravs dedefinies, proposies, referncias e citaes deautores Entretanto, a reunio dessas idias depende dasensibilidade e da intuio do pesquisador ele quem vai juntar e separar as idias que formam oobjeto Ele usa conceitos relacionais: causalidade,interdependencia, analogia, comunidade, unidade,relao, fronteira, etc 4 5. Cada pesquisador faz uma imagem ou desenho doobjeto de estudo Alguns consideram que a subjetividade causa Outros consideram o objeto como coisa exterior De qualquer modo, o pesquisador quem traa odesenho do seu objeto 5 6. Estruturao do objeto Depois de conhecer as proposies e formar o desenho, Ganha estrutura racional ou lgica o objeto atravs dasequencia Ontologia Metodologia Axiologia Teoria Praxis Contexto espao-temporal 6 7. Ontologia As proposies iniciais apresentam ou devemapresentar uma norma fundamental, umaessencialidade, que faz o sistema ter coerncia comoum todo A ontologia o ser, essencial Existem proposies que so ou devem ser ontolgicasvoltadas para uma proposta futura de investigaoemprica Pode ter uma definio ou vrias interligadas 7 8. Metodologia O desenho do objeto tem ou deve ter proposiesmetodologicas Caminhos, tcnicas e mtodos, procedimentos Metodologia faz a ponte entre a idia geral (ontologia,crena geral, filosofia da cincia a ser praticada atravsdo programa de pesquisa) e os fatos, a experiencia Proposies metodolgicas apresentam linguagemprocedimental e tcnica ou esquemas de trabalho 8 9. Axiologia Toda metodologia no neutra tem valores polticos,religiosos, economicos, jurdicos, etc. Estabelece o que tem valor ou no para ser pesquisado Existem tambm os contravalores ou desvalores Sua linguagem atravs da crena, expectativa, utopia Pode existir uma ou vrias proposies de juizos ticosou morais9 10. Teoria Todo objeto tem ou deve ter um conjunto deenunciados ou proposies tericas, ou seja, um tipode discurso que coloca o fenomeno ou objeto numnivel alto de abstrao, indicando suas verdades,poderes e saberes para alm do aqui-agora, doimediata Teoria tem explicaes ou interpretaes sobre ofenomeno ou objeto numa linguagem transcendental,alm-do-alm 10 11. Exemplo poltico Uma teoria universal e gradativa das instituies humanasdeve admitir O Caos Anarquia hobessiana Anarquia lockiana Ordem politicrtica Ordem autocrtica Despotismo benevolente ou ditadura do bem Despotismo malevolente ou ditadura do mal Tirania do bem ou Tirania do mal11 12. Praxis Todo objeto tem problemas e solues virtuais A prxis indica a dimenso do aqui-agora do objeto,seu cotidiano, sua experiencia prtica, concretude Sua linguagem utilitarista, pratica, operacional,aplicada12 13. Construindo problemas Chama-se de problematizao Tcnica 1= aristotlica dos extremos Tcnica 2=kantiana da gradao Tecnica 3= bobbiana das lacunas Tcnica 4=bobbiana das antinomias Tcnica 5=buchaniana do hibridismo 13 14. Solues correspondentes Soluo 1= meio-termo Soluo 2= mais ou menos Soluo 3=preenchimento atravs da analogia einterpretao sistemica Soluo 4=neutralizao e regras de compatibilizao Soluo 5-sincretismo ou hibridismo ou misto- mix 14 15. Contexto Todo objeto existe no tempo e espao Suas proposies tm ou devem ter elementosligados com a histria e o espao social O tempo antes, agora e depois Espao o lugar onde existe algo O contexto instvel, existem fatores positivos enegativos contra a existencia do objeto oufenmeno ou representao das coisas 15 16. Aplicao Todo objeto ganha uma representao lgica,programa de pesquisa, voltado para a investigao ouaplicao Nesta fase = a experincia acontece atravs de duastecnologias 1-trabalho de campo 2-releitura crtica da produo intelectual selecionada16 17. Trabalho de campo Pode ser observao participante ou distncia Implica contato fsico e alguma experiencia dopesquisador usando a estrutura programticaanteriormente iluminada No trabalho de campo existem pessoas por isso apesquisa vai envolver encontro de culturas,subjetividades, etc, exigindo um cuidado tico nacoleta e manipulaes dos dados empricos (daexperiencia)17 18. Releitura Muito usada, serve para afirmar criticamente apresena do nosso objeto de estudo Ou ento serve para refutar ou negar as idias oufenmenos adversrios, contrrios ao nosso objeto deestudo Usamos a anlise do discurso e anlise da estrutura decomunicao social enter emissor e receptor. 18 19. Representao emprica O conhecimento emprico apresenta variaes As variantes que representam a experiencia so Fato Norma Valor Indivduos Histria Discursos instituies 19 20. Variante varia qualitativamente Indivduos podem ser homens, mulheres,crianas, jovens, racionais ou espiritualiastas,engajados ou pouco ou nada engajados, etc 20 21. Histria Pode ser macro, micro, longo e medio e curto prazo, local, nacional, global, social, politica, natural, etc 21 22. Fato Tem a ver com a realidade cotidiana, osacontecimentos humanos e sociais, podem serordinrios e extraordinrios22 23. Norma So limites ou unidades que oferecem diretrizes So formadas por regras, princpios e critrios Regras so estruturas determinantes... Princpios so estruturas pensantes... Critrios so estruturas praticantes...23 24. Valor Representam significados, desejos, neecssidades Pode ser tico, economico, esttico, jurdico, cientfico,religioso, Varia de pessoa para pessoa De autor para autor Valor da cidadania, justia, pessoa humana,acessibilidade, direitos humanos, etc 24 25. Instituies Desempenham o papel da ordem, guardam valores,executam interesses. Instituies existem como estruturas sociais Podem ser macro (governo) e micro-instituies (dia adia, contrato) Variam por causa dos interesses, preferencias econvices dos agentes Podem ser pblicas privadas ou semipublicas25 26. Discurso Tem a ver com a fala a comunicao a verdade, o podere o saber que todos dominam a seu modo Variam no dia a dia Variam em cada programa de pesquisa sempre uma representao da realidade Mas uma prtica social (professor e advogadosganham salrio com o discurso)26 27. Discusso Todo conhecimento cientfico discutido Mas preciso ter dados materiais que podem serqualitativos e quantitativos (tabelas) A discusso programtica, ou seja, desenvolve aestrutura programtica do objeto desenhado eracionalizado pelo pesquisador27 28. Discusso Toda discusso uma dinmica das idias Confronta o ideal do objeto de estudo (na forma ideal da estrutura racional e lgica anteriormente definida para pesquisa) com a forma real (concreta) da aplicao e experincia no estudo de caso experiencia pode ser fsica ou terica dentro de um livro, por exemplo28 29. Discusso Toda discusso acontece usando 5 critrios ouparametros reflexivos Idealidade Realidade Necessidade Possibilidade alternatividade29 30. Idealidade Indica o ideal mximo, a utopia, a idia perfeita doprograma de pesquisa, o absoluto imaginado pelopesquisador 30 31. Realidade Indica os dados concretos, com barreiras,limitaes, fragmentaes, relatividade daocorrncia das idias que representam nossoobjeto A realidade o que as tecnologias da experienciasnos revelaram 31 32. Necessidade A confrontao do ideal com o real gera uma necessidade para o pesquisador, alguma coisa que deveria estar presente, que agora est faltando, ou que nunca faltasse no futuro, visando o bem e o progresso da ciencia e do conhecimento 32 33. Alternatividade Ao mesmo tempo, surge uma alternativa proposta peloautor e ela existe no meio de outras apenas uma alternativa e no a nica soluoimaginada33 34. Possibilidade Toda alternativa ou opo indicada como soluo doproblema tem de ser possivel, exequivel, cabvel,admissvel, plausvel A identifficao dos meios, da viabilidade, da infra-estrutura aqui tem destaque Todos os critrios esto interligados!!!!!!!!34 35. Consideraes finais Todo conhecimento produzido pelo pesquisador avaliado por ele ou pelos crticos O que se focaliza a contribuio para o progresso dosaber em geral ou especificamente O conhecimento pode ser progressivo, degenerativo eestagnante35 36. Progressivo Se traz novas idias, novas teorias, aumenta contedoe alarga as fronteiras de determinada linhaprogramtica de estudo Se comparado com autores outros traz melhorcontedo, mais atualizado, mais crtico etc36 37. Degenerativo Se provoca atraso no conhecimento de determinadoobjeto Comete erros, usa mal as ferramentas de anlise No consegue ser atual, perdeu flego em relao aosopositores ou concorrentes 37 38. Apenas traz retrica, nada de novo para o avano doconhecimento Reescreve apenas o que todo mundo j sabe sobre oassunto do objeto Na verdade, a meta da ciencia aumentar cada vez mais o domnio ou controle sobre a complexidade dos fenmenos ou objetos de estudo38 39. Concluso Toda concluso da pesquisa resgata quatro princpiosfundamentais 1-unidade 2-logicidade 3-aplicabilidade 4-criticidade 39 40. Unidade O autor ou pesquisador chama a ateno para a unidade doconhecimento, atravs da linguagem que se inspira emdeterminados modelos, ressaltando conceitos, palavras,expresses tcnicas, etc, que se juntam ou se separam naformao da identidade do objeto de estudo e na pesquisaque foi feita sobre ele. Existe um sistema de idias ou proposies, teses,definies, que se juntam usando uma linguagemeconmica, fsica, poltica, jurdica, do direito penal,administrativo, etc A unidade implica a visualizao da complexidade e dainstabilidade interna do objeto 40 41. Logicidade voltada para aplicao Toda pesquisa a ser realizada tem comandos,diretrizes que so visualizados melhor dentro deuma estrutura lgica das idias representativas(mesmo que o objeto na prtica no tenha lgica) Possui proposies ontolgicas, metodolgicas,axiolgicas, tericas, pragmticas, contextuais ousociolgicas 41 42. Aplicabilidade Toda pesquisa tem uma aplicao e revela o mundocomo ele (entenda, como a estrutura programticaou lgica considera que ) Pode ser atravs de trabalho de campo ou releitura A aplicabilidade revela que o objeto instvel atravsdas variantes A aplicabilidade apresenta contedo aplicado aoconhecimento do mundo l fora, ou das idias l fora42 43. Criticidade Toda pesquisa sobre o objeto tem crtica Apresenta uma idealidade, realidade, necessidade,possibilidade e alternatividade Alm disso, avalia se traz progresso ou no, ou seja,como contribui para a Cincia em geral A criticidade permite ao pesquisador afirmar a soluodo problema de forma criteriosa e bem fundamentada Ao mesmo tempo, podemos ver se este conhecimentotraz ou no progresso para o conhecimento do objetoselecionado 43 44. Na concluso, o pesquisador apresenta algumacerteza (ou inclusive que sabe muito pouco aindasobre a complexidade do objeto)A concluso no resumo, pois apresenta um pontode vista que sintetiza todas as idias trabalhadas,colocando outra idia nova no final do trabalho44