tecnews - 26/02/14

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26 | 02| 2014 ESCOLA DE CRIANÇAS ESPECIAIS NO DF DIVIDE ESPAÇO COM LIXO, RATOS E BARATAS Fonte: R7 Um colégio para crianças portadoras de necessidades especiais em Taguatinga Norte (DF) precisa dividir, diariamente, espaço com um lixão, ratos, baratas e mal cheiro. Os funcionários da escola denunciam que os carroceiros despejam todo tipo de entulho no local e até agem com violência quando são repreendidos. Diante da situação, funcionários do Centro de Ensino Especial 01, pais, alunos e moradores da QNJ não sabem mais o que fazer para acabar com tanta sujeira. Ao lado da escola é possível encontrar tapete, restos de material de construção, mato queimado, pedaços de eletrodomésti- cos, telhas quebradas, computadores, televisão, um amontoado de papeis e livros e até materiais orgânicos, que causam mal cheiro. Os pais dos alunos e funcionários da escola contam que, além dos carroceiros, os próprios mo- radores jogam o lixo na região. A administração vai ao local uma vez por mês limpar, mas pouco depois já está tudo sujo novamente. O diretor da escola, José Antônio de Araújo, disse que o mal cheiro chega a prejudicar a aprendizagem dos alunos especiais. — Convivemos com a proliferação de ratos e baratas. Não adianta detetizar a escola, porque a sujeira é tanta que volta. A regional vem, retira, e as pessoas repõem todo o lixo. Isso é um ato contínuo que provoca um cheiro desagradável. Tem até animais mortos por aqui. Catadores que trabalham no local muitas vezes ateiam fogo no lixo e a fumaça, tóxica, tem deixa- do muitas crianças doentes. A mãe de um aluno, Jaqueline Almeida, disse que o filho tem asma e chega a ter crises por conta www.grupoastral.com.br .br

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Informativo semanal com notícias sobre o mundo das pragas.

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ESCOLA DE CRIANÇAS ESPECIAIS NO DF DIVIDE ESPAÇO COM LIXO, RATOS E BARATASFonte: R7

Um colégio para crianças portadoras de necessidades especiais em Taguatinga Norte (DF) precisa dividir, diariamente, espaço com um lixão, ratos, baratas e mal cheiro. Os funcionários da escola denunciam que os carroceiros despejam todo tipo de entulho no local e até agem com violência quando são repreendidos.

Diante da situação, funcionários do Centro de Ensino Especial 01, pais, alunos e moradores da QNJ não sabem mais o que fazer para acabar com tanta sujeira. Ao lado da escola é possível encontrar tapete, restos de material de construção, mato queimado, pedaços de eletrodomésti-cos, telhas quebradas, computadores, televisão, um amontoado de papeis e livros e até materiais orgânicos, que causam mal cheiro.

Os pais dos alunos e funcionários da escola contam que, além dos carroceiros, os próprios mo-radores jogam o lixo na região. A administração vai ao local uma vez por mês limpar, mas pouco depois já está tudo sujo novamente. O diretor da escola, José Antônio de Araújo, disse que o mal cheiro chega a prejudicar a aprendizagem dos alunos especiais.

— Convivemos com a proliferação de ratos e baratas. Não adianta detetizar a escola, porque a sujeira é tanta que volta. A regional vem, retira, e as pessoas repõem todo o lixo. Isso é um ato contínuo que provoca um cheiro desagradável. Tem até animais mortos por aqui.

Catadores que trabalham no local muitas vezes ateiam fogo no lixo e a fumaça, tóxica, tem deixa-do muitas crianças doentes.

A mãe de um aluno, Jaqueline Almeida, disse que o filho tem asma e chega a ter crises por conta

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desse problema.

— Ele é asmático e quando começam a fazer queimada aqui ele passa mal. Já foi internado e quase morreu sem ar por conta disso.

Maria Madalena Ferreira trabalha na portaria da escola e disse que tenta amenizar o problema.

— Quando a fumaça está demais, ligo a mangueira e tento apagar.

O zeleado Vanderjur Cardoso disse que é difícil manter o colégio limpo, porque o trabalho realizado na parte de dentro fica comprometido por conta da sujeira externa. O local também é propício para criadouros do mosquito da dengue.

O morador Milton Carvalho disse que o abandono do local também está estimulando outros problemas que colocam em risco a própria segurança da comunidade.

— Diariamente tem usuários de drogas por aqui e fica tudo muito perigoso.

Edson Luiz da Silva disse que já tentou reclamar com os carroceiros, mas foi ameçado.

— Jogaram pedra no meu carro e no carro do vizinho que também reclamou. Eles ameaçam e chegam a dizer que vão dar tiso na gente.

Para o diretor da escola, a melhor solução é construir alguma área que beneficie toda a popula-ção.

— Como não há a possibilidade de conscientização dos carroceiros e comunidade local, acho que a construção de um parque, de uma arborização ou qualquer coisa que pudesse ser conver-tida para a sociedade.

A Administração Regional de Taguatinga não falou em projeto para revitalizar ou mudar algu-ma coisa na área mostrada, disse apenas que vai reforçar o pedido da população junto ao SLU (Serviço de Limpeza Urbana).

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DESCOBERTA PROTEÍNA QUE IMPEDE TRANSMISSÃO DA MALÁRIAFonte: rtp.pt

A investigação revelou que a proteína AP2-G “atua como um interruptor no desenvolvimento do parasita da malária ao ativar a reprodução dos genes precoces dos gametócitos, formas sexuais do parasita, essenciais para a transmissão dos humanos para os mosquitos”.

Segundo as informações divulgadas pelo CRESIB, cen-tro de investigação criado em 2006, o estudo descobriu novas formas de interromper a transmissão da malária, também conhecida como paludismo, mediante a pre-venção da formação e da maturação das etapas sexuais do parasita.

Alfred Cortés, que liderou parte do estudo, explicou que “no sangue, o parasita da malária encontra-se predominantemente na fase assexuada”.

“A diferenciação sexual, que se ativa em alguns dos parasitas, é fundamental para transmitir a doença de um humano para um mosquito e iniciar novas infeções em outros humanos. Não é só necessário e fundamental curar os doentes afetados pela malária, mas também impedir a transmissão”, disse o investigador.

Para a transmissão dos parasitas da malária de humanos para o mosquito é necessário, segundo explicou Cortés, que aconteça uma diferenciação das etapas assexuadas de replicação dos gló-bulos vermelhos para as etapas sexuais (gametócitos masculinos e femininos).

“Descobrimos que a proteína AP2-G tem um papel chave no controlo da diferenciação sexual. Na fase assexuada dos parasitas no sangue, o gene que codifica a proteína AP2-G está ̀ apagado ̀na maioria dos parasitas, mas é propenso à ativação espontânea”, sublinhou ainda Cortés.

O ̀ plasmodium falciparum ̀é um dos quatro parasitas da malária que podem afetar as pessoas e um dos mais perigosos, responsável pela chamada ̀ malária cerebral̀ . A par do ̀ plasmodium falciparum ,̀ as pessoas podem ser infetadas pelo ̀ plasmodium vivax ,̀ pelo ̀ plasmodium ovale` e pelo ̀ plasmodium malariae .̀

Na semana passada, a revista britânica especializado em medicina ̀ The Lancet ̀publicou um relatório que revelou que cerca de 57% da população africana continua a viver em áreas de risco moderado ou elevado de malária.

O relatório, elaborado por investigadores do Instituto de Investigação Médica do Quénia, da Universidade de Oxford e do departamento regional da Organização Mundial de Saúde para a África, reuniu o maior número de sempre de estudos baseados na comunidade, cobrindo um total de 3,5 milhões de pessoas em 44 países africanos onde a malária é endémica desde 1980.

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Apenas um gene mutante é suficien-te para dar ao mosquitos resistência ao DDT e a outros tipos de inseticidas utilizados para combater a malária, revelaram cientistas britânicos na edição desta terça-feira (25) da revis-ta Genome Biology.

“Encontramos uma população de mosquitos totalmente resistente, e não apenas ao DDT, mas também aos pyrethroids”, outra classe de inseticida geralmente utilizada contra a malária.

“Então partimos para elucidar os mecanismos moleculares que permitiam tal resistência”, expli-cou Dr Charles Wondji, da Escola de Medicina Tropical de Liverpool, na Inglaterra.

Os mosquitos anopheles são o vetor da malária, que mata a cada ano centenas de milhares de pessoas, particularmente na África. A principal estratégia de combate à doença é a erradicação do mosquito por meio da pulverização de inseticidas, algo que esbarra na resistência genética do inseto.

Os pesquisadores britânicos começaram por identificar, em uma região do Benin, os anopheles resistentes aos dois tipos de inseticida e compararam seu genoma ao de mosquitos que não desenvolveram resistência.

O procedimento permitiu identificar um gene - batizado de ‘GSTe2’ - particularmente ativo entre os mosquitos do Benin.

Análises posteriores revelaram que apenas uma mutação do GSTe2 (‘L119F’) era suficiente para dar resistência aos mosquitos diante das duas classes de inseticidas.

Os pesquisadores elaboraram então um teste de DNA para evidenciar a presença desta mutação e a aplicaram em diversas populações de mosquitos, em todo o mundo, confirmando que os insetos resistentes ao DDT são portadores da mutação, e os demais, não.

Em seguida, os pesquisadores analisaram a proteína ligada ao GSTe2 - em um exame de cristalo-grafia de raio X - e puderam compreender como ela permite aos mosquitos resistir aos insetici-das decompondo as moléculas de DDT para transformá-las em substâncias inofensivas.

Para confirmar que apenas a presença desta mutação genética é suficiente para proteger os mosquitos contra os inseticidas, os pesquisadores introduziram o GSTe2 mutante em moscas drosófilas, que também desenvolveram resistência.

“Pela primeira vez, identificamos os marcadores moleculares da resistência destes mosquitos e concebemos um teste de DNA. Estas medidas permitirão o desenvolvimento dos programas de controle de mosquitos (...) e evitarão que tais genes (mutantes) sejam transmitidos a outras populações”, resumiu o Dr Wondji.

APENAS UM GENE PERMITE AO MOSQUITO DA MALÁRIA RESISTÊNCIA AOS INSETICIDASFonte: G1