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- 1 - SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO TOCANTINS CAMPOS AVANÇADO DE PALMAS INNAÊ CERQUEIRA FERREIRA GONÇALVES NASCIMENTO Uma Análise sobre a Prática Pedagógica da Escola Bíblica Dominical das Igrejas da Associação Batista Metropolitana à luz dos ensinos de Jesus Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao STBT como parte dos requisitos necessários para obtenção do titulo de Bacharel em Educação Cristã com Ênfase em Missões. Orientador: Prfoº Pr. Edilciney Lopes Pereira. . Palmas TO 2010

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Page 1: TCC SALVO

- 1 -

SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO TOCANTINS

CAMPOS AVANÇADO DE PALMAS

INNAÊ CERQUEIRA FERREIRA GONÇALVES NASCIMENTO

Uma Análise sobre a Prática Pedagógica

da Escola Bíblica Dominical das Igrejas da Associação Batista

Metropolitana à luz dos ensinos de Jesus

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao STBT

como parte dos requisitos necessários para obtenção do

titulo de Bacharel em Educação Cristã com Ênfase em

Missões.

Orientador: Prfoº Pr. Edilciney Lopes Pereira.

.

Palmas – TO

2010

Page 2: TCC SALVO

- 2 -

Dados Internacionais de Catalogação na publicação (CIP)

Biblioteca Aronaldo Rodrigues

Nascimento, Innaê Cerqueira Ferreira Gonçalves, 1977.

Uma Análise sobre a Prática Pedagógica da Escola Bíblica Dominical das Igrejas

da Associação Batista Metropolitana à luz dos ensinos de Jesus / Innaê Cerqueira

Ferreira Gonçalves Nascimento. Palmas 2010.

Orientador: Prof. Pr Edilciney Lopes Pereira. 2010.

Trabalho de conclusão de Curso (Graduação) – Seminário Teológico

Batista do Tocantins. Curso de Educação Cristã com Ênfase em Missões.

CDD ( )

Page 3: TCC SALVO

- 3 -

SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO TOCANTINS

CAMPOS AVANÇADO DE PALMAS

INNAÊ CERQUEIRA FERREIRA GONÇALVES NASCIMENTO

Uma Análise sobre a Prática Pedagógica

da Escola Bíblica Dominical das Igrejas da Associação Batista

Metropolitana à luz dos ensinos de Jesus

Trabalho de conclusão de curso apresentado

como requisito parcial para a obtenção do grau

de Bacharel em Educação Cristã com Ênfase

em Missões.

Banca Examinadora

___________________________________________________

Professor Pastor Edilciney Lopes Pereira

Professor do Seminário Teológico Batista do Tocantins (Orientador)

___________________________________________________

Professor Pastor Josué Moura Santana

Coordenador Geral da Convenção Batista do Tocantins

___________________________________________________

Professor Pastor Profº. Pr. Edvaldo Araujo de Sousa

Professor do Seminário Teológico Batista do Tocantins

Page 4: TCC SALVO

- 4 -

DEDICATORIA

Dedico ao Pastor Francisco Gonçalves Neto

que de forma maravilhosa foi usado por Deus

para meu aperfeiçoamento espiritual, convicção

de chamado e caminhada cristã.

(In memória)

Page 5: TCC SALVO

- 5 -

AGRADECIMENTOS

Ao meu eterno e bom Deus pelo sustento incondicional e amor.

Ao meu amado esposo: Pr. Pedro Wilson Nascimento Silva, pelo empenho e zelo no auxilio

desta tão difícil caminhada acadêmica.

A minha pequena princesa: Ana Maria que pacientemente suportou a ausência da mãe.

Aos meus pais: Domingos Ferreira do Nascimento e Maria da Conceição Cerqueira Ferreira,

que compreenderam a minha ausência.

A minha filha na fé: Dayanne Ferreira Gloria que carinhosamente ocupou o lugar de mãe

enquanto me ausentava de casa em direção ao seminário.

Ao Pastor Fernando Brandão que proporcionou o envio do sustento acadêmico.

Ao Pastor Walter José Pittire que foi usado por Deus no incentivo de encaminhar-me ao

seminário.

À Segunda Igreja Batista do Plano Piloto em Brasília pelo fiel sustento acadêmico.

À Igreja Batista Filadélfia em Palmas que amavelmente me recomendou ao Seminário

Aos professores que muito pacientemente me conduziram a caminhos verdejantes.

Aos colegas de Seminário que me alegraram grandemente nesta tão expressiva caminhada.

Page 6: TCC SALVO

- 6 -

A tarefa do professor é despertar a mente do

aluno, é estimular idéias, através do exemplo, da

simpatia pessoal, e de todos os meios que puder

utilizar para isso, isto é, fornecendo-lhes lições

objetivas para os sentidos e fatos para a

inteligência (...) O maior dos mestres disse: “A

semente é a palavra”. O verdadeiro professor é o

que revolve a terra e planta a semente. ”

( John Milton Gregory)

Page 7: TCC SALVO

- 7 -

RESUMO

Este trabalho de pesquisa bibliográfica e de campo aborda questões relevantes à prática pedagógica

utilizada nas igrejas da Associação Batista Metropolitana desencadeando sérios fatores quanto a

origem, importância, função e necessidades da Escola Bíblica dominical. Analisando todas os dados à

luz dos ensinos de Jesus. Ainda apresenta os principais impedimentos para um crescimento sadio da

EBD, enfocando a inalterabilidade pedagógica, a superficialidade hermenêutica, professores

que não possuem a motivação necessária para a qualificação educacional e falta de vocação

assim como alguns fatores imprescindíveis aos seus professores e também um amplo relato

quanto às praticas utilizadas por Jesus no que tange à sua autoridade, eficácia, habilidade,

métodos e conteúdo empregado em seus ensinos. Este trabalho tem por finalidade absoluta, a

contextualização da Escola Bíblica Dominical nos moldes dos ensinos de Jesus Cristo que tem um

ensino sustentável para quaisquer épocas.

Palavras-chave: Escola Bíblica Dominical; Ensino Bíblico; Jesus.

Page 8: TCC SALVO

- 8 -

ABSTRACT

This work of literature and field addresses issues relevant to teaching practice used in the Churches of

Metropolitan Baptist Association triggering serious factors as the origin, importance, role and needs of

Sunday school. Analyzing all the data in light of the teachings of Jesus. Still presents the main

impediments to a healthy growth of EBD, focusing on teaching their inviolability, superficiality

hermeneutics, teachers who lack the motivation necessary for educational qualifications and lack of

vocation as well as some factors essential to their teachers as well as an extensive report the

practices used by Jesus in regard to its authority, efficiency, skill, content and methods employed in

their teachings. This work aims to complete the background of Sunday school modeled on the

teachings of Jesus Christ who has an education for Sustainable any age.

Keywords: Sunday school, Bible Teaching, Jesus.

Page 9: TCC SALVO

- 9 -

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................14

CAPITULO I

A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: ORIGEM E IMPORTÂNCIA..............................16

1. A Origem da Escola Bíblica Dominical .............................................................................16

2. A Origem da Escola Bíblica Dominical no Brasil .............................................................16

3. A Importância da Escola Bíblica Dominical para as Igrejas Batistas ................................17

CAPITULO II

PRINCIPAIS FUNÇÕES DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL....................................19

1. Incentivar a dependência recíproca ...................................................................................19

2. Instigar o aparecimento de novos líderes............................................................................19

3. Instruir na palavra de Deus.................................................................................................20

4. Evangelizar os Alunos Não–Crentes ..................................................................................20

5. Agregar novos convertidos.................................................................................................21

6. Motivar a ação missionária.................................................................................................21

CAPITULO III

ALGUNS SUBSÍDIOS NECESSARIOS AO BOM DESENVOLVIMENTO

PEDAGÓGICO DA ESCOLA BÍBLICA ............................................................................23

1. Estrutura física...................................................................................................................23

2. Corpo docente dedicado ao ensino com qualidade ...........................................................23

3. Influencia Pastoral .......................................................................................................... 24

4. Alunos compromissados com a palavra.............................................................................25

5. Pais conscientes de suas responsabilidades.......................................................................25

6. Educador cristão...............................................................................................................26

7. Currículo ...........................................................................................................................27

CAPITULO IV

PRINCIPAIS IMPEDIMENTOS PARA UM CRESCIMENTO SADIO DA EBD..........31

1. A Inalterabilidade Pedagógica ...........................................................................................31

2. A Superficialidade Hermenêutica ......................................................................................32

3. Corpo docente sem motivação para a qualificação educacional.........................................33

4. Falta de Vocação ................................................................................................................33

CAPITULO V

ALGUNS FATORES IMPRESCINDÍVEIS AOS PROFESSORES DA EBD................35

1. ESPIRITUAL .....................................................................................................................35

1.1. Experiência de Salvação e Comunhão com Cristo ...........................................................35

Page 10: TCC SALVO

- 10 -

1.2. Uma Vida Dedicada à Oração ...........................................................................................35

1.3. Familiaridade com a Palavra de Deus ...............................................................................36

2. MINISTERIAL ..................................................................................................................36

2.1 – Ter Convicção do Chamado para o Magistério Eclesiástico ..........................................36

2.2 – Ter Humildade para Aprender ........................................................................................37

2.3 – Ter Conduta Cristã Exemplar .........................................................................................37

2.4 – Ter Conhecimento das Características do Grupo ............................................................37

2.5 – Amar os Alunos ..............................................................................................................38

3. PEDAGÓGICO...................................................................................................................38

3.1 – Habilidade para Traçar e Alcançar Objetivos .................................................................39

3.2 – Competência para Orientar ao Aprendizado ...................................................................39

3.3 – Imaginação, Criatividade e Organização ........................................................................40

CAPITULO VI

ESCOLA BIBLICA DOMINICAL Á LUZ DOS ENSINOS DE JESUS...........................42

1. Autoridade.............................................................................................................................42

2. Eficácia..................................................................................................................................43

3. Habilidade ............................................................................................................................44

4. Métodos ................................................................................................................................47

5. Conteúdo ..............................................................................................................................49

CONSIDERAÇÕES .............................................................................................................. 52

BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................66

Page 11: TCC SALVO

- 11 -

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CBB – Convenção Batista Metropolitana

EBD – Escola Bíblica Dominical

DER – Departamento de Educação Religiosa

ER – Educação Religiosa fundamentada

JUERP – Junta de Educação Religiosa e Publicações

Page 12: TCC SALVO

- 12 -

LISTAGEM DE TABELAS

CURRÍCULO DA JUERP UTILIZADOS NA EBD

Tabela 1 - Brincando - Maternal - 0 a 2 anos

Tabela 2 - Crescendo - Jardim de Infância - 3 e 4 anos

Tabela 3 - Caminhando - Pré Escolar - 5 e 6 anos

Tabela 4 - Aprendendo - Escolar 1 - 7 e 8 anos

Tabela 5 - Vivendo - Escolar 2 - 9 a 12 anos

Tabela 6 - Diálogo e Ação - Adolescentes - 13 a 18 anos

Tabela 7 - Atitude, Compromisso e Realização - Jovens e adultos - 19 anos em diante

Page 13: TCC SALVO

- 13 -

LISTAGEM DE GRÁFICOS

Figura 1 – Como os diretores avaliam a prática pedagógica dos professores da EBD

Figura 2 – A EBD segundo o pensamento de seus diretores

Figura 3 – Resultados alcançados por meio da EBD quanto a: Adoração, santificação

e evangelização, segundo os diretores de EBD

Figura 4 – Segundo os diretores a quem se deve atribuir o bom andamento da EBD

Figura 5 – Como os professores da EBD avaliam sua prática pedagógica

Figura 6 – Visão dos professores quanto à função da EBD

Figura 7 – Índice de contribuição da EBD para transformação de vidas

Figura 8 – Conceito atribuído a EBD pelos professores

Figura 9 – Satisfação dos alunos da EBD

Figura 10 – Visão dos alunos quanto a função da EBD

Figura 11 – Resultados alcançados por meio da EBD quanto a: Adoração,

Santificação, Comunhão, segundo os alunos da EBD

Figura 12 – Conceito atribuído à EBD pelos alunos

Figura 13 – Resultados alcançados por meio da EBD quanto a: Evangelização,

Missões e Ação Social, segundo os alunos da EBD

Figura 14 – Comparativo entre professor e aluno quanto a função da EBD

Figura 15 – Comparativo entre diretor e aluno quanto a contribuição da EBD na

Adoração e Santificação

Figura 16 – Comparativo entre professor e aluno quanto ao conceito da EBD

Figura 17 – Comparativo entre diretor e professor quanto a prática pedagógica

utilizada na EBD

Figura 18 – Comparativo entre o estimulo à prática da ação social

Page 14: TCC SALVO

- 14 -

INTRODUÇÃO

A Análise sobre a Prática Pedagógica da Escola Bíblica Dominical das Igrejas da

Associação Batista Metropolitana à luz dos ensinos de Jesus trata-se de uma pesquisa

realizada sob os relatos de especialistas que profissionalmente discutem a sistema educacional

da EBD e a partir dos conceitos dos diretores, professores e alunos da Escola Bíblica da

Associação Batista Metropolitana.

Esta análise fala dos primórdios da Escola Bíblica Dominical, da sua origem no Brasil e

como foco principal, a natureza na EBD na região metropolitana de Palmas, destacando seus

principais objetivos, funções, subsídios necessários ao bom desenvolvimento da Escola

Bíblica Dominical, características e responsabilidades, organização física, corpo docente,

participação ativa do pastor, alunos compromissados com a palavra, pais conscientes de suas

responsabilidades, educador cristão envolvido com o processo de ensino aprendizagem, bem

como o currículo utilizado nas igrejas Batistas elaborado pela JUERP.

A análise oferece uma meditação sobre os principais impedimentos para um

crescimento sadio da EBD e para isso é destacado tais fatores como: A inalterabilidade

pedagógica, a superficialidade hermenêutica, corpo docente sem motivação para a

qualificação educacional e falta de vocação como elementos que prejudicam o crescimento da

EBD.

Esta análise permeia os fatores responsáveis pelas convicções de chamado de gestores e

professores dando subsídios viáveis para analisar suas características espirituais, ministeriais e

pedagógicas.

É apresentado o tema: “Escola Bíblica Dominical à Luz dos Ensinos de Jesus” com o

propósito de sustentar a teoria de que através dos ensinos de Jesus é possível direcionar as

práticas de ensino da Escola Bíblica de forma eficaz e eficiente.

Segundo Tuler (2006, p.5) não há nada mais sublime, honroso e digno que educar e

formar cidadãos do Reino dos Céus. Nesta perspectiva, educar vai além da informação e da

reprodução de conhecimento. Quem exerce apenas tecnicamente a função de ensinar não

tendo consciência de sua missão educativa, formadora de pessoas e de “mundos”, de fato não

ensina, somente informa.

.

Page 15: TCC SALVO

- 15 -

Por fim, esta análise oferece uma estatística final quanto à prática pedagógica na EBD

das Igrejas Batistas Metropolitana com o propósito de sustentar as afirmações nela citadas. O

exame resulta de uma pesquisa de campo realizado entre diretores, professores e alunos numa

Capacitação para Lideres e Educadores da EBD a nível metropolitana na comunidade de

Taquaruçu no dia 01 de Maio de 2010 e também em algumas igrejas pertencentes à

Associação Batista Metropolitana, totalizando um público de 231 integrantes da EBD e 20

igrejas participantes.

Page 16: TCC SALVO

- 16 -

CAPITULO I

A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: ORIGEM E IMPORTÂNCIA

1. ORIGEM DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

A EBD é a escola de ensino bíblico da igreja, que evangeliza enquanto ensina,

conjugando os dois lados da grande comissão de Jesus à igreja. Pregar e ensinar. (Mt 28.20 e

Mc 16.15) ela não é uma parte da igreja; mas é apropria igreja ministrando o ensino bíblico

metódico. A escola bíblica tem como incumbência atingir pessoas levando-as a um contato

pessoal com Cristo; instruindo na palavra de Deus, e transformando vidas através da

evangelização e discipulado.

É seguindo esta linha de pensamento que teve origem a EBD, mediante o desejo de um

servo do Senhor, chamado Robert Raikes de auxiliar na transformação de vidas de crianças

que necessitavam de auxilio social e principalmente espiritual.

A Escola Dominical nasceu na Inglaterra, em 1780. (...). Nessa época a situação

moral e espiritual do país era preocupante. Raikes observou que entre as causas dos

crimes e bebedice desenfreada estava a ignorância. As crianças trabalhavam durante

a semana e, aos domingos, ficavam nas ruas. Para esses meninos, Raikes teve a idéia

de organizar uma escola que funcionaria aos domingos, e não cuidaria apenas da

educação secular, mas daria também a educação religiosa e teria a Bíblia como

livro-texto. <http://www.iprb.org.br/historia/EDB_historia.htm>. Acesso em: 05 de

Julho de 2010.

Diante da citação observamos que a EBD é uma organização que tem resistido a

grandes modificações sociais, dado o tempo de sua criação. Mas mesmo diante a tantas

modificações políticas e sociais, ainda se pode contar com uma organização que fomenta a

manifestação dos dons e talentos daqueles que nela se ingressam, objetivando a busca plena

dos ensinos de Jesus.

2. ORIGEM DA ESCOLA BÍBICA DOMINICAL NO BRASIL

Não menos importante que a origem da EBD no mundo é a origem da EBD no Brasil.

Missionários envolvidos com a obra e capazes de deixar suas nações em função de um povo

totalmente desconhecido são dignos de reconhecimento. Seus trabalhos em função da

evangelização foram muito mais além do que a divulgação do evangelho, mas fundamentaram

sua missão em inculcar o evangelho na vida daquelas crianças que necessitavam de apoio.

Os missionários escoceses Robert (1809/1888) e Sara Kalley (1825/1907) são

considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de

1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a primeira

Escola Dominical em terras brasileiras. Sua audiência não era grande; apenas cinco

crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florecesse e

Page 17: TCC SALVO

- 17 -

alcançasse os lugares mais retirados de nosso país.

<http://www.icrvb.com/conteudo.php?id=88>. Acessado em: 05 de Julho de 2010.

Através deste relato podemos observar o interesse e preocupação dos missionários em

propagar os ensinos de Jesus, sendo a EBD um meio de grande valia para esta tão grandiosa

ação.

3. A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA BIBLICA DOMINICAL PARA AS

IGREJAS BATISTAS

A Escola Bíblica Dominical com seu autovalor, tem tornado-se uma organização,

comumente conhecida e fundamental para as igrejas, em especial para os batistas. Que tem

como principal objetivo: Oferecer aos seus alunos a oportunidade de estudar e discutir a

Bíblia, utilizando seus ensinamentos para exercício da prática cristã. Os batistas entendem que

por meio do estudo da Palavra de Deus através da EBD, seus integrantes encontram subsídios

espirituais e morais que o auxiliaram a viver em um mundo cercado pela falsidade, onde os

valores morais são dilacerados em função de conceitos banias e vulgares.

Num mundo globalizado, televisivo, de relacionamentos virtuais, do auto-

atendimento, dos “fast-foods”, surge a seguinte pergunta: Há espaço para o estudo

da Palavra de Deus?

E é nessa hora que a igreja responde com firmeza e mostra a importância da Escola

Bíblica Dominical, não só no mês de abril, (...), mais sempre. O estudo da Bíblia é

para nós, cristãos, a base para uma vida pautada nos ensinos de Jesus. (MELO,

2010)

Na Escola Bíblica Dominical os membros e congregados das Igrejas Batista têm a

oportunidade de estudar profundamente as Escrituras Sagradas.

Nesta perspectiva de promover um ensino de qualidade aos alunos da EBD, são

utilizados vários métodos e materiais auxiliares, como a revista do aluno, palestras, discussões

em grupo, gincanas, etc.

Ressalta-se ainda que o estudo e a prática da Palavra de Deus nos resguardam do

pecado, em sua varias formas, nos auxilia a tomarmos a decisão certa, conforme a palavra de

Jesus que diz: “Errais, não conhecendo as Escrituras...” (Mt 22.29).

Nas igrejas Batistas a EBD funciona normalmente pela manhã, com o estudo da Bíblia

de forma contínua, num currículo que analisa toda a Palavra de Deus, normalmente, em sete

anos. Isso recorda a Bíblia quando ensina que: “Também Moisés lhes deu ordem, dizendo: Ao

fim de cada sete anos, no tempo determinado do ano da remissão, na festa dos tabernáculos,

quando todo o Israel vier a comparecer perante o Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher,

lereis esta lei diante de todo o Israel, para todos ouvirem” (Dt 31. 10,11).

Page 18: TCC SALVO

- 18 -

Para os batistas o crescimento na vida cristã não é algo automático. É necessário

empenho no estudo da Bíblia. “Portanto, deixemos de lado os ensinos elementares a respeito

de Cristo e avancemos para a maturidade” (Hb 6.1). Por isso, o cristão tem o dever de ler e

estudar a Palavra. Sendo assim, a EBD é uma ferramenta que possibilita ao aluno condições

de se aprimorar e estabelecer padrões de conduta ética à luz dos ensinos de Jesus.

Page 19: TCC SALVO

- 19 -

CAPITULO II

PRINCIPAIS FUNÇÕES DA ESCOLA BÍBLICA

DOMINICAL

1. INCENTIVAR A DEPENDÊNCIA RECÍPROCA

A EBD deverá proporcionar aos seus alunos através do estuda da Bíblia, o

desenvolvimento da habilidade da cooperação. Assim afirma Dornas, “Os alunos da (...) EBD

precisam, a partir do estudo das escrituras, desenvolver um espírito de solidariedade e de

cooperação mútua.” (DORNAS, 2001 p.33). As aulas ministradas na EBD devem provocar

nos alunos a necessidade de se conviver harmoniosamente com as demais pessoas, assim

como possibilitar o auxilio necessário e possível.

Uma classe que se reúne dominicalmente para estudar a Bíblia, deve mobilizar-se para

colocar em prática os ensinos bíblicos sobre misericórdia e ajuda aos necessitados.

É simplesmente impossível estudar a Bíblia sem se tornar uma pessoa sensível às

necessidades dos menos favorecidos.

Como o sal da terra e a luz do mundo, o cristão tem o dever de participar em todo

esforço que tende ao bem comum da sociedade em que vive. (...) como, cristãos

devemos estender a mão de ajuda aos órfãos, às viúvas, aos anciãos, aos enfermos e

a outros necessitados, bem como a todos aqueles que foram vitimas de quaisquer

injustiça e opressões. (FERREIRA, 2002, p.268)

A começar com os próprios alunos da classe e membros da igreja que, atravessando

momentos difíceis na vida, precisam do apoio da igreja; até as pessoas muito carentes que

dependem do auxílio dos misericordiosos para sobreviverem. Muitos são os que podem ser

atendidos pela igreja.

A EBD tem por meta a mobilização dos seus alunos para fins sociais. Uma classe que se

desloca até um local carente para ali prestar algum tipo de ajuda, estará ao mesmo tempo

colocando em prática o que estuda e se unindo cada vez mais para a realização da obra de

Deus.

2. INSTIGAR O APARECIMENTO DE NOVOS LÍDERES

A EBD tem em sua envergadura a possibilidade de despertar nos alunos a sua

capacidade de liderança, seja ela inata ou desenvolvida ao longo do tempo. Dornas (2001, p.

33) alerta que por meio da atuação dos líderes das classes, acontece a formação continua de

liderança.

Page 20: TCC SALVO

- 20 -

Através de aulas ministradas com metas pré-estabelecidas é possível se obter ao longo

do tempo lideres que poderão se destacar na igreja e também em um espaço mais amplo, onde

suas aptidões serão desenvolvidas e aplicadas de forma satisfatória.

Para os Batistas, as escolas cristãs têm a responsabilidade de treinar e inspirar homens e

mulheres para a liderança eficiente, leiga e vocacional, em nossas igrejas e no mundo.

(PACTO E COMUNHÃO, 2004, p.43). Esta concepção de ensino na EBD é realizada

mediante um processo continuo, onde a formação acontece gradativamente valendo-se da

descoberta das aptidões individuais dos alunos, o que possibilita ao professor condições de

aguçar nos alunos o interesse em desenvolver seus dons e talentos.

3. INSTRUIR NA PALAVRA DE DEUS

Observa – se que a metodologia de ensino do Apostolo Paulo não consistia em dar às

pessoas o que elas desejavam, mas sim o que necessitavam. Ele não instou Timóteo a realizar

uma pesquisa a fim de descobrir o que as pessoas queriam; mas ordenou que ele pregasse a

Palavra, com fidelidade, repreensão e paciência. (II Timóteo 4:2)

O ensino na EBD deve ter como objetivo ensinar a Palavra de Deus aos seus alunos,

sempre contextualizando o conteúdo ensinado com a prática do cristão, para Dornas, “o

ensino da Bíblia não é um fim em si mesmo, antes faz uma ponte entre o mundo da Bíblia e o

nosso mundo hoje. A vida de cada aluno é fundamental na construção do aprendizado na

EBD”. (DORNAS, 2001 p. 35). Neste contexto o professor fundamentará suas aulas na

Palavra de Deus e abordara questões relevantes à vida dos alunos.

4. EVANGELIZAR OS ALUNOS NÃO-CRENTES

A EBD através de sua organização curricular estimula a prática da evangelização, os

ensinos bíblicos são claros e objetivos no que se refere às ordenanças de Jesus. Seus

propósitos para a humanidade e conseqüências em segui-lo.

O estudo da Bíblia pode motivar os alunos da EBD que não são crentes a realizar uma

experiência pessoal com Jesus, pois através dos estudos é possível despertá-los para uma

vivencia á luz de seus ensinos.

A EBD também é um canal de evangelização através de seus alunos e professores

podendo testemunhar da vida maravilhosa que tem dito após ter se entregue a Jesus.

É nesta perspectiva que Lécio Dornas aponta quando fala:

Não há quem estude com seriedade a Bíblia e não veja, gerado em seu intimo, um

amor imenso pelas almas perdidas. A Bíblia traz em sua natureza um apelo e uma

Page 21: TCC SALVO

- 21 -

inspiração missionários que são transmitidos ao estudante de forma clara e

incontestável. (DORNAS, 1998 p. 17)

O professor ao mesmo tempo em que ensinará a Bíblia ao não-crente, evangelizando-o,

também se organizará para alcançar pessoas em tantos lugares quantos se abrirem para a

pregação do evangelho. Criando assim uma extensão da EBD, ou seja, os ensinos ministrados

formalmente na Escola Bíblica passam a alcançar novas dimensões.

Uma vez que a EBD tem por finalidade o ensino, logo seus alunos serão dotados de

conhecimento, o que possibilita a disseminação da Palavra de Deus.

5. AGREGAR NOVOS CONVERTIDOS

Segundo Tuler (2006, p. 149) a classe dos novos convertidos é, sem dúvida alguma, a

quem mais necessita do empenho e dedicação do professor.

O professor da classe de novos crentes tem sobre si uma responsabilidade não menor do

que os demais, no entanto, é responsável pela formação de um caráter cristão junto a seus

alunos, ainda em seu inicio. Sendo necessário se munir de estratégias adequadas e de uma

vida regada a muita dependência espiritual, capaz de através de seus ensinos e conduto

incentivar positivamente seus aluno.

Segundo Henry Adams (apud CHAMPLIN, 2002 p. 391) o mestre efetua a eternidade.

Ele nunca pode saber onde sua influência parará. O professor de EBD poderá influenciar seus

alunos de forma profunda. Seus ensinamentos e procedimentos são capazes de fortalecer ou

infelizmente arrasar a vida espiritual de seu aluno.

Para o Pastor Ebenézer, (FEEREIRA, 2002, p. 225) o pastor poderá preparar as lições

[ministradas nesta classe] e de preferência dirigi-la. O que fortalece a teoria de que a classe de

neófitos necessita de um embasamento sólido, sendo o pastor uma das pessoas mais indicadas

para esta função.

Neta visão a EBD possibilita ao novo crente a oportunidade de conhecer e se aprofundar

no conhecimento da Palavra de Deus, fortalecendo sua fé e propondo condições para viver de

forma centrada nos preceitos bíblicos.

6. MOTIVAR A AÇÃO MISSIONÁRIA

Já é relativamente comum a mobilização da estrutura da EBD no levantamento de

ofertas, durante as grandes campanhas missionárias.

Page 22: TCC SALVO

- 22 -

Uma classe de EBD composto por crentes que estudam a palavra de Deus pode se

envolver com oração e sustento da obra missionária. Para Ferreira, “a responsabilidade da

evangelização estende-se até aos confins da terra e por isso as igrejas devem promover a obra

missionária” (FERREIRA, 2002, p. 266). Por intermédio da EBD, missões, passa a ser

assunto corriqueiro, constante e a classe pode se mobilizar para sustentar missionários, apoiar

financeiramente missões, congregações e até igrejas pequenas. Tudo isso sem deixar de

exercer o papel tão bonito que vem exercendo, de encabeçar as campanhas missionárias no

contexto da igreja local.

Como pôde ser visto pelos objetivos apresentados, a Escola Bíblica representa

exatamente a mobilização dos alunos para a prática cristã no quotidiano, sendo um grande

instrumento para alcançar o crescimento da igreja.

Page 23: TCC SALVO

- 23 -

CAPITULO III

ALGUNS SUBSÍDIOS NECESSÁRIOS AO BOM DESENVOLVIMENTO

PEDAGÓGICO DA ESCOLA BÍBLICA

1. ESTRUTURA FÍSICA

Infelizmente ainda é possível se vê a improvisação, com classes de EBD acontecendo,

no pátio da escola, na casa dos irmãos, etc. Essa é uma realidade que com certeza dificulta a

ministração da aula, pois a falta de um lugar adequado inibe a execução de um plano de aula

arrojado, com a utilização de recursos adequados.

Em contra partida já se percebe uma valorização no que se refere às novas construções

dos Templos das igrejas, em seu projeto arquitetônico já são inseridos a construção das salas

de EBD. Essa realidade segundo Tuler (2006, p.23) é decorrente da necessidade da utilização

de recursos para o professor ministrar a lição.

Todavia, se uma igreja não possui um espaço em que possa comportar todas as classes

nos padrões desejáveis, não é motivo para que a EBD deixe de funcionar. Usando a

criatividade, é possível minimizar os problemas enfrentados por igrejas que não tem salas

apropriadas, como: realizando as aulas em horários distintos, a junção de algumas classes

(jovens solteiros e jovens casados), etc. O importante é sempre procurar fazer o melhor e ter

como meta fazer o possível, pois assim, mesmo que a EBD não aconteça nos padrões

desejáveis não se tornara um lugar obsoleto, onde não há esperança nem motivação.

2. CORPO DOCENTE DEDICADO AO ENSINO COM QUALIDADE

O bom professor é aquele que almeja a excelência do ensino e se empenha em alcançá-

la. Dedicação é uma das qualidades que o professor de EBD necessita ter. Quando o professor

não se esforça para fazer o melhor, ele não apenas desrespeita seus alunos como peca contra

Deus.

O material didático em si, contudo, não será suficiente se não houver professores

preparados que saibam utilizá-lo. (...) Muitas Escolas Dominicais fracassam porque

a má qualidade do ensino desmotiva a freqüência assídua do aluno. A ajuda do

Espírito Santo na ministração da Palavra de Deus é indispensável, mas ele ficará

sumamente agradecido se dispuser de instrumentos que manejam bem as Escrituras

e saibam expô-la de forma coerente, cuja metodologia tenha pelo menos início, meio

e fim. (TULER, 2006, p.24)

A afirmativa de Tuler enfatiza a teoria de que o professor da EBD não necessita apenas

de bons matérias didáticos, mas deve ser munido de características capazes de influenciar

seus alunos à prática da vida Cristão à luz dos ensinos de Jesus.

Page 24: TCC SALVO

- 24 -

Vale ressaltar que os professores de crianças carecem, ainda, de maior especialização,

pois lidam com um público que exige que se fale com ele em uma linguagem específica, é

necessário que se aplique corretamente os princípios da didática, da pedagogia e da

psicologia, bem como o uso farto de ilustrações visuais adequadas a cada faixa etária, dando

assim vida a aula.

Além de viver o que ensina, o bom professor conhece seus alunos, até mesmo para uma

transmissão mais natural e eficaz de suas aulas. Segundo os Batistas, “os professores devem

possuir o equilíbrio de um senso profundo de responsabilidade pessoal para com Deus, a

verdade, a denominação, e as pessoas a quem serve”. (PACTO E COMUNHÃO, 2004 p. 43)

É necessário que o professor da escola dominical veja seu trabalho como o ministério

que Deus lhe deu e que, por isso mesmo, precisa ser realizado da melhor maneira possível.

3. INFLUÊNCIA PASTORAL

Como sabemos o púlpito é um lugar de pregação. Mas pelo seu caráter de ensino, possui

elementos fortemente didáticos. O pastor, portanto, ensina muito quando prega. Ele é o

primeiro professor da igreja. Serve de modelo para os demais. E, como sendo natural passa a

ser imitado, sendo visto como o molde a ser seguido.

Ao estar no púlpito o pastor revela seus “sonhos e aspirações”. Em muitas situações seu

entusiasmo se torna contagiante. Através de seu ensino desafia seus liderados e leva-os a

novas determinações.

O pastor sabiamente utiliza o púlpito para promover o trabalho da igreja, motivando as

organizações a realizarem suas funções da melhor maneira possível. E nessa promoção pode

gerar o fortalecimento das atividades da Escola Bíblica Dominical. A palavra do pastor vale

muito e ele pode aproveitar essa hora excelente para encorajar o estudo da Palavra de Deus.

O ensino dá a forma e a característica prioritária do ministério pastoral. O zelo e a

responsabilidade doutrinária do pastor o tornam necessariamente ligado à Escola Bíblica. Para

Tuler (2006, p. 25) o pastor é peça-chave de qualquer empreendimento na igreja.

O pastor deve ser um conselheiro no meio de seus auxiliadores. Diálogo é fundamental.

É imprescindível que o pastor e a liderança da Escola Dominical falem uma só língua e se

ajudem mutuamente, conforme recomenda Paulo em 1 Coríntios 1.10:

“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todas as

mesmas coisas, e que não haja entre vós divisões; antes sejais inteiramente unidos,

na mesma disposição mental e no parecer”.

Page 25: TCC SALVO

- 25 -

A Escola Bíblica Dominical é um instrumento que permite ao pastor conhecer melhor

seus liderados, já que tem a oportunidade de estar mais perto de cada um e também conhecer

seus pensamentos, assim como visualizar o que, e como está sendo ensinadas as lições na

EBD.

O pastor com sua capacidade de influenciar pode conseguir excelentes resultados junto

aos alunos e professores da EBD. O pastor que gosta de estar perto das criancinhas da igreja,

dos adultos, dos jovens, e dos adolescentes em seu crescimento na Escola Bíblica com certeza

terá uma igreja que comunga de seus “sonhos e aspirações”.

O pastor é um líder de líderes. O seu ministério se amplia à medida que ele conhece e

consegue alistar e treinar outras pessoas. E a Escola Bíblica Dominical pode ser a sua melhor

base de operações.

4. ALUNOS COMPROMISSADOS COM A PALAVRA

Para que uma aula seja efetivada como adequada é necessário que o aluno tenha em

mente sua responsabilidade enquanto agente participativo do processo ensino aprendizagem.

O aluno que é dedicado, participativo e se esforça para estudar previamente a lição,

facilita o bom andamento da aula e promove um ambiente agradável, logo que age como

receptor e administrador do conhecimento adquirido.

É lamentável quando o aluno vai à escola dominical sem ter estudado durante a semana;

sem sua Bíblia e/ou sem revista.

Segundo Pereira (2004), 50% ou mais do bom desempenho do professor numa sala de

aula depende de seus alunos.. Desta forma o que poderia ser realizado em parceria com o

aluno, passa a ser em muito casos uma leitura daquilo que já deveria ser conhecido de todos.

É necessário que os alunos da EBD que se enquadram nestes dados tenham plena

consciência de seu papel e reverta qualquer estatística que comprove seu desinteresse pelo

ensino cristão. Não se pode deixar de registrar que o professor tem suas responsabilidades,

mas vale ressaltar que um professor que tem conhecimento de que sua sala de aula é composta

por alunos hábeis e dispostos, não se permitira estar diante deles sem o devido preparo.

5. PAIS CONSCIENTES DE SUAS RESPONSABILIDADES

Uma família que entende que o Salmista tinha razão ao dizer “Alegrei-me quando me

disseram: Vamos à casa do Senhor” (Salmo 122.1), comunica a seu filho que ama a igreja de

Jesus e que o templo é um dos melhores lugares para se estar.

Page 26: TCC SALVO

- 26 -

Os pais precisam demonstrar através da fala e das atitudes que gostam de estar na igreja

e que lá é um lugar de aprendizado e adoração. Freqüentar a EBD não pode ser visto pelos

filhos com uma obrigação sacrifical, mas sim um momento de crescimento e prazer. Os

crentes que só freqüentam os cultos noturnos não enfatizando o estudo sistemático da palavra

como algo importante transmite esta mensagem para seus filhos, ocasionando uma

desmotivação aos mesmos.

Os pais ficam muito contentes com os primeiros passos que o filho toma sozinho.

Alegram-se ao ouvi-lo falar as primeiras palavras. Ficam contentes quando levam o

bebê para o pediatra e são informados que o filho aumentou um quilo em seu peso e

mais dois centímetros em sua estatura. Todos esses índices de crescimento físico,

mental e social. (...) são importantes (...) [mas] prezados pais, preocupem-se da

mesma forma com o desenvolvimento espiritual do seu filho. Que desde muito cedo,

seja perceptível que ele está crescendo espiritualmente, que ele gosta do templo, que

ele está prestando atenção á leitura da Bíblia, que ele faz orações. (KIRK, 2006, P.

31)

Essa colocação sustenta a afirmativa de que os pais crentes também são responsáveis

pelo bom desenvolvimento das atividades na EBD, suas presenças são imprescindíveis, pois,

afinal de contas, os pais são modelos para os filhos.

Geralmente as crianças não apreciam levantar cedo para ir à Escola Dominical. Boa

parte delas já faz isso durante a semana. Porém, os pais devem passar para os filhos

que a escola de domingo também é especial por uma série de razões. – Erra o pai ou

a mãe que acha que não deve levar sua criança à Escola Dominical, apenas porque

ela está cansada por estudar durante a semana, ou porque brincou demais no sábado

ou foi dormir tarde por causa daquela festa na igreja. Esse é um tipo de compaixão

que não procede. É nessa hora que os pais, amigavelmente, devem mostrar aos filhos

que a Escola Dominical é especial para toda a família. (PEREIRA, 2004)

Faz parte da conduta dos pais incentivaram seus filhos na meditação da Palavra de

Deus, orientados quanto a necessidade do estudo na EBD, e de participarem efetivamente das

atividades das organizações da igreja. Para o Dr Rssul Shedd,

(...) filhos abandonados pelos pais, que brincam na rua em vez de freqüentar a escola

não prestarão bons serviços à sociedade. Nem prometem muito aqueles membros de

igreja que regularmente evitam as fontes de instrução: a leitura e o estudo da palavra

de Deus, a Escola bíblica, os cultos onde a instrução bíblica recebe prioridade, e a

leitura de livros de boa qualidade, escritos por homens de Deus desejosos de

comunicar sistematicamente a Palavra. (SHEDD, 2000, p. 16)

6. EDUCADOR CRISTÃO

Nem toda igreja conta com um educador cristão, mas aqueles que têm possuem um

grande instrumento para aperfeiçoamento da EBD. O educador cristão adquire nos seminários

conhecimentos que auxiliam a efetivação de um EBD saudável. E também por meio da CBB

Page 27: TCC SALVO

- 27 -

através do DER elaboram as diretrizes para que a ER - Educação Religiosa ministrada nas

salas da EBD seja fundamentada em princípios que norteiam a vida cristã de seus alunos

como um todo.

Por meio do DER, e em parceria com as convenções estaduais, associações regionais

de educadores e outros organismos afins, também serão promovidos encontros para

capacitação continuada de pessoas envolvidas com a educação nas igrejas locais,

estudos prévios dos trimestres e outros mecanismo, de modo que os educadores

sejam preparados para estudarem seus contextos locais e desenvolverem programas

educacionais orientados para tais realidades. (MARIANNO, 2010 p.5)

O papel do Educar Cristão é de profunda relevância para o desenvolvimento da EBD,

ele fará ponte entre as capacitações promovidas pela CBB e os professores das classes,

promovendo assim uma significante melhoria no desenvolvimento das aulas.

O educador cristão através da sua dinâmica de trabalho proporciona condições aos

professores da Escola Bíblica de melhoram suas práticas pedagógicas, através de formação

continuada na própria igreja e também realizando atividades em conjunto auxiliando os

professores em seus planos de aula e dúvidas.

Cabe também ou educador cristão fortalecer seus vínculos com a liderança da igreja,

sendo um aliando na propagação da visão geral da igreja, tornado o trabalho de educação

religiosa um eixo que perpassa por todas as organizações da igreja. Realizando assim um

trabalho de fortalecimento da igreja em geral.

7. CURRÍCULO

A JUERP vem ao longo de sua criação desenvolvendo um extenso e profundo trabalho

para montagem da estrutura de ensino bíblico para as igrejas batistas. Logicamente a matriz

disponibilizada às igrejas, não se define como padrão absoluto que deve ser seguido

cabalmente. É de responsabilidade de cada igreja adaptar o conteúdo a sua realidade.

A grade curricular para a Escola Bíblica Dominical pretende oferecer às nossas

igrejas um programa integrado de Educação Religiosa que confira a cada faixa

estaria presente em nossas comunidades, o crescimento gradativo e aprofundado do

melhor conhecimento e prática da Palavra de Deus. Ele é todo estruturado por sobre

textos bíblicos, de forma a permitir a todos os seus integrantes o aprendizado da

Bíblia, como a revelação divina proporcionada a cada crente em particular. Para

melhor alcançar seu objetivo, a grande curricular foi dividida em três níveis.

(LIVRO DE OURO, 2007 p. 160 e 161)

Segundo os Batistas, “o programa de educação religiosa nas igrejas é necessário para a

instrução e desenvolvimento de seus membros, afim de crescerem em tudo naquele que é a

cabeça, Cristo”. (PACTO E COMUNHÃO, 2004 p. 25),

Page 28: TCC SALVO

- 28 -

É imprescindível que o currículo aborde as temáticas que fortaleçam os princípios

bíblicos, sendo de responsabilidade dos dirigentes da EBD, fazerem as devidas adequações

para que o ensino se torne significativo e prazeroso aos seus ouvintes. Para tanto a JUERP

disponibiliza a todas as igrejas o currículo de todas as faixas etárias para que possam se

preparar previamente. www.juerp.org.br/index.php?oid=1&cid=17, acessado em 02 de Julho

de 2010.

Brincando - Maternal - 0 a 2 anos Período

(anos) 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre

Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema 2010 NATUREZA - 1 - Deus fez o

mundo

INDIVÍDUO - 2 - Deus me fez

DEUS - 3 - Deus me ama FAMÍLIA-4- Deus me dá uma

família

PRÓXIMO - 5 - Deus me dá amigos

IGREJA - 6 - Eu gosto da

Igreja

BÍBLIA - 7- A Bíblia é um livro especial

JESUS - 8 - Meu amigo Jesus

2011 NATUREZA - 1 - O belo

mundo de Deus

INDIVÍDUO - 2 - Deus me fez

DEUS - 3 - Deus me dá todas

as coisas

FAMÍLIA-4- Eu tenho uma

família

PRÓXIMO - 5 - Eu tenho

amigos

IGREJA - 6 - A Igreja é um

lugar especial

BÍBLIA - 7- A Bíblia é o

melhor livro

JESUS - 8 - Jesus é o melhor

amigo

Crescendo - Jardim de Infância - 3 e 4 anos Período

(anos) 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre

Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema 2010 DEUS - 1 - Deus me ama

FAMÍLIA - 2 - Deus me dá

uma família

PRÓXIMO - 3 - É bom ter

amigos

JESUS - 4 - Jesus é o filho de

Deus

IGREJA - 5- Pessoas que ali

ajudam

NATUREZA - 6- Deus criou

todas as coisas

INDIVÍDUO - 7- Deus me

fez

BÍBLIA - 8 - A Bíblia tem

lindas histórias

2011 DEUS - 1 - Deus dá todas as coisas

FAMÍLIA - 2 - A familia é

importante

PRÓXIMO - 3 - Deus me dá amigos

JESUS - 4 - Meu amigo Jesus

IGREJA - 5- A Igreja é um lugar especial

NATUREZA - 6- O mundo que

Deus criou

INDIVÍDUO - 7- Eu sou especial

BÍBLIA - 8 - A Bíblia é um

livro especial

Caminhando - Pré Escolar - 5 e 6 anos Período

(anos) 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre

Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema 2010 DEUS - 1 - Deus cuida de mim

NATUREZA - 2 - Deus fez

tudo o que existe

INDIVÍDUO - 3 - Preciso

aprender

FAMÍLIA - 4 - Família, bênção

de Deus

IGREJA - 5 - Igreja, família de

Deus

PRÓXIMO - 6 - Deus quer que

ajudemos

BÍBLIA - 7 - Livro de

histórias verdadeiras

JESUS - 8 - Jesus, melhor

presente de Deus 2011 DEUS - 1 - Deus está perto

NATUREZA - 2 - O mundo de

Deus

INDIVÍDUO - 3 - Sou especial

para Deus

FAMÍLIA - 4 - A família é

plano de Deus

IGREJA - 5 - Um lugar

especial

PRÓXIMO - 6 - Deus nos dá

amigos

BÍBLIA - 7 - O livro de Deus

JESUS - 8 - Quero ser como

Jesus

Page 29: TCC SALVO

- 29 -

Aprendendo - Escolar 1 - 7 e 8 anos Período

(anos) 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre

Conceito / Unidade / Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema 2010 INDIVÍDUO - 1 - Sou especial

para Deus

INDIVÍDUO - 2 - Sou especial

para minha família

INDIVÍDUO - 3 - Estou

crescendo

FAMÍLIA - 4 - Família,

presente de Deus

FAMÍLIA - 5 - A família que

agrada a Deus

PRÓXIMO - 6 - A necessidade

de ajudar o próximo ATITUDE CRISTÃS - 7 -

Personagens bíblicos e seus

ensinos

2011 DEUS - 1 - Deus, o poderoso

criador

DEUS - 2 - Deus, o amoroso protetor

DEUS - 3 - Deus, o ajudador

sempre presente

BÍBLIA - 4 - Bíblia, um livro

especial

BÍBLIA - 5 - Um livro para todos

IGREJA - 6 - A igreja me faz

bem

IGREJA - 7 - O que posso fazer na igreja

JESUS - 8 - Adoração ao

Filho de Deus

JESUS - 9 - Os ensinos de Jesus

vivendo - Escolar 2 - 9 a 12 anos Período

(anos) 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre

Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema 2010 EBD- Seguidores de Jesus

DCC- Evangelismo e Missões EBD- Jesus, O Salvador

DCC- Vida Devocional /

Missões

EBD- Cartas que se tornaram

livros

DCC- Evangelismo e Miss

Personalidades / MissõesN>

EBD- Mensageiros especiais

de Deus

DCC- Bíblia

2011 EBD- Regras para um viver feliz

DCC- Ética / Civismo

EBD- Jesus, o Messias de Deus DCC- História da igreja /

Missões

EBD- A vitória da igreja DCC- Teologia sistemática /

Missões

EBD- O valor do que cremos DCC- Governo e organização

da igreja 2012 EBD- Quem é Deus?

DCC- Personalidade / outros EBD- A família é especial

DCC- Vida Devocional /

Doutrina

EBD- Os ensinos de Jesus

DCC- Evangelismo / Missões EBD- Grandes e belas

passagens a Bíblia

DCC- Bíblia 2013 EBD- Jesus o filho de Deus

DCC- Ética /civismo EBD- A Bíblia, A Palavra de

Deus

DCC- História da igreja /

Missões

EBD- A vida cristã

DCC-Teologia sistemática /

Missões

EBD- Deus promete e envia o

Messsias

DCC-Governo e organização

da igreja

Diálogo e Ação - Adolescentes - 13 a 18 anos Período

(anos) 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre

Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema 2010 EBD-Provérbios que ensinam

DCC-Personalidade / outros EBD-A mensagem do

Apocalipse

DCC-Vida Devocional /

Missões

EBD-A relevância do amor na

vida cristã (1,2,3 João)

DCC-Evangelismo e Missões

EBD-Mordomia cristã

(Chamada para uma vida

consagrada)

DCC-Bíblia 2011 EBD-Doutrinas Bíblicas

DCC-Ética/Civismo EBD-Atualidades dos profetas

menores

DCC-História da igreja /

Missões

EBD-A história da salvação

(Mateus a Apocalipse)

DCC-Teologia Sistemática /

Missões

EBD-Fé e comportamento (A

epístola de Tiago)

DCC-Governo e Organização

da Igreja 2012 EBD-Os evangelhos Sinóticos

DCC-Evangelismo e Missões EBD-O êxodo e suas lições

DCC-Vida Devocional / Missões

EBD-Conselhos para o viver

cristão (Epístolas de Paulo) DCC-Personalidade / Missões

EBD-A Igreja do Novo

Testamento (Atos a Apocalipse)

DCC-Bíblia 2013 EBD-A história da salvação

(Gênesis Malaquias)

DCC-Ética/ Civismo

EBD-Parábolas vivas

DCC-Teologia sistemática /

Missões

EBD-A vida em sociedade à

luz da Bíblia

DCC-Teologia Sistemática /

Missões

EBD-Vidas que ensinam

(Personagens bíblicos)

DCC-Governo e Organização

da Igreja 2014 EBD-A mensagem dos profetas

(Prof. Maiores)

DCC-Evangelismo e Missões

EBD-A família no plano de

Deus

DCC-Vida Devocional /

Missões

EBD-A vida e os ensinos de

Jesus (Abord. Cron)

DCC-Personalidade / Missões

EBD-A história do povo de

Deus (Liv. históricos)

DCC-Bíblia

2015 EBD-Jesus e os Dez Mandamentos

DCC-Ética/ Civismo

EBD-Salmos vivos DCC-História da igreja /

Missões

EBD-Gênesis: o livro dos começos

DCC-Teologia Sistemática /

Missões

EBD-O Evangelho de João DCC-Governo e Organização

da Igreja

Page 30: TCC SALVO

- 30 -

Atitude, Compromisso e Realização - Jovens e adultos - 19 anos em diante Período

(anos) 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre

Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema Conceito / Unidade /

Tema 2010 EBD- A restauração (Esdras,

Neemias e Ester)

DCC- Teologia sistemática,

História da igreja, Vida

devocional, Missões e

Evangelismo

EBD- As cartas de Paulo (I)

(Aos Romanos)

DCC- Eclesiologia, Ética e

vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea

EBD- Discipulado Cristão

DCC-Teologia sistemática,

História da igreja, Vida

devocional, Missões e

Evangelismo

EBD- Epístolas gerais (II)

(Tiago, 1 e 2 Pedro, 1,2 e 3

João e Judas)

DCC- Eclesiologia, Ética e

vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea 2011 EDB - Os livros poéticos (I)

(Salmos)

DCC- Teologia sistemática, História da igreja, Vida

devocional, Missões e

Evangelismo

EBD- As cartas de Paulo (II)

(Aos Coríntios)

DCC- Eclesiologia, Ética e vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea

EBD- O ministério cristão

DCC-Teologia sistemática,

História da igreja, Vida devocional, Missões e

Evangelismo

EBD- Os profetas menores

(II) (Mq, Na, So, Ag, Zc e

Ml) DCC- Eclesiologia, Ética e

vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea 2012 EBD- Os profetas menores (II)

(Jó, Provérios, Eclesiastes,

Cântico dos Cânticos)

DCC-Teologia sistemática,

História da igreja, Vida

devocional, Missões e Evangelismo

EBD- As Cartas de Paulo (III)

DCC- Eclesiologia, Ética e

vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea

EBD- A doutrina bíblica da

oração

DCC- Teologia sistemática,

História da igreja, Vida

devocional, Missões e

Evangelismo

EBD- O apocalipse

DCC- Eclesiologia, Ética e

vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea

2013 EBD- Pentateuco (I) Gênesis

DCC- Teologia sistemática,

História da igreja, Vida

devocional, Missões e

Evangelismo

EBD- O evangelho do reino

(Mateus)

DCC- Eclesiologia, Ética e

vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea

EBD- A doutrina de Deus

DCC- Teologia sistemática,

História da igreja, Vida

devocional, Missões e

Evangelismo

EBD- Profetas maiores (I)

(Isaías)

DCC- Eclesiologia, Ética e

vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea 2014 EBD- Pentateuco (II) - Exôdo

DCC- Teologia sistemática,

História da igreja, Vida

devocional, Missões e Evangelismo

EBD- Os ensinos de Jesus

(Marcos)

DCC- Eclesiologia, Ética e

vida cristã, Capacitação, Cultura cristã contemporânea

EBD- A doutrina do Espírito

Santo

DCC- Teologia sistemática,

História da igreja, Vida devocional, Missões e

Evangelismo

EBD- Cartas de Paulo (IV) (1

e 2 Ts, 1 e 2 Tm, Tito e

Filemon)

DCC- Eclesiologia, Ética e vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea 2015 EBD- Pentateuco (III) (Lv, Nm

e Dt)

DCC- Teologia sistemática,

História da igreja, Vida

devocional, Missões e

Evangelismo

EBD- A vida de Jesus (Lucas)

DCC- Eclesiologia, Ética e

vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea

EBD- Doutrinas Bíblicas

DCC- Teologia sistemática,

História da igreja, Vida

devocional, Missões e

Evangelismo

EBD- Profetas maiores (II)

(Jr, Lm, Ez e Dn)

DCC- Eclesiologia, Ética e

vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea

2016 EBD- A conquista (Js, Jz e Rt)

DCC- Teologia sistemática, História da igreja, Vida

devocional, Missões e

Evangelismo

EBD- A teologia de Jesus

(João) DCC- Eclesiologia, Ética e

vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea

EBD- A igreja de Cristo

DCC- Teologia sistemática, História da igreja, Vida

devocional, Missões e

Evangelismo

EBD-Epístolas gerais

(I)(Hebreus) DCC- Eclesiologia, ética e

vida cristã, capacitação,

cultura cristã contemporânea

2017 EBD- A monarquia em Israel

(1 e 2 Sm, 1 e 2 Rs, 1 e 2 Cr)

DCC- Teologia sistemática,

História da igreja, Vida

devocional, Missões e

Evangelismo

EBD- O cristianismo pioneiro

(Atos)

DCC- Eclesiologia, Ética e

vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea

EBD- O Sermão do Monte

DCC- Teologia sistemática,

História da igreja, Vida

devocional, Missões e

Evangelismo

EBD- Profetas menores (II)

(Os, Jl Am, Ob e Jn)

DCC- Eclesiologia, Ética e

vida cristã, Capacitação,

Cultura cristã contemporânea

Page 31: TCC SALVO

- 31 -

CAPÍTULO IV

PRINCIPAIS IMPEDIMENTOS PARA UM CRESCIMENTO

SADIO DA EBD

1. A INALTERABILIDADE PEDAGÓGICA

Para Dornas, “nenhum aluno suporta participar de uma classe de Escola Bíblica onde

impera a mesmice. Ninguém agüenta sucessivas aulas iguaiszinhas, sem variação nem

motivação”. (DORNAS, 1999, p. 29). Está é uma dura realidade que não pode acontecer em

uma sala de EBD, as atividades realizadas precisam atender a um planejamento prévio que

estabeleça uma dinâmica na aula.

A inalterabilidade da prática pedagógica torna a aula maçante e sem atrativo, sempre a

mesma coisa, as mesmas histórias, as mesmas brincadeiras, os mesmos exercícios. Tudo

acontece sempre rotineiramente. Este tipo de aula não desperta no aluno o interesse em

participar.

A mesmice numa classe de Escola Bíblica é um excelente instrumento para atrasar seu

crescimento e fomentar o desinteresse por parte dos que ainda á freqüentam. Caso o professor

de EBD adote esta prática sua classe tendera a minguar, logo que nem os alunos não se

sentiram motivados a participar nem de convidar seus amigos para participar.

No entanto sabe-se, porém, que a responsabilidade foi do professor, em detrimento de

sua infeliz opção pela mesmice.

A inalterabilidade pedagógica também se revela através da insuficiência didática. O

professor que não possui o mínimo de didática possível ao exercício do magistério, torna sua

aula fadigosa. Segundo Aguayo (apud, PILETE, 1993, p. 43) a didática pode ser definida

como: “a técnica de estimular, dirigir e encaminhar, no decurso da aprendizagem, a formação

do homem.” sendo assim, o professor não é um mero reprodutor de informações, mas sim o

mediador entre o conteúdo e a assimilação do saber pelo aluno.

O professor deve estabelecer os princípios as normas e as técnicas de ensino colocando-

os em prática através das atividades de planejamento, orientação e controle do processo de

ensino aprendizagem. Nesta linha de trabalho a aula é ministrada em consonância com as

normas didáticas, que sustentam a teoria expressa por Tuler “ensinar (...), não é somente

transmitir, não é somente transferir conhecimentos de uma cabeça a outra, não é somente

comunicar. Ensinar é fazer pensar, é ajudar o aluno a criar novos hábitos de pensamentos e de

ação.” ( TULLER, 2006, p.163)

Page 32: TCC SALVO

- 32 -

Partindo deste pressuposto o professor de EBD deverá procurar meios para que de fato

seu ensino aconteça, buscando utilizar de metodologias adequadas para que não seja somente

informativo, mas principalmente reflexivo, onde sua fala e prática pedagógica tornem a sala

de aula um ambiente de estimulante e atrativo, onde a construção do saber se vale de métodos

plausíveis

Como já foi esclarecido no capítulo anterior, as igrejas possuem um currículo fornecido

pela JUERP, que possibilita o professor ter um conhecimento amplo do conteúdo que ira

trabalhar durante o ano, possibilitando assim a realização de um planejamento sistemático de

suas aulas.

2. A SUPERFICIALIDADE HERMENÊUTICA

A hermenêutica busca realizar a interpretação do sentido das palavras e de textos

escritos. O professor da Escola Bíblica precisa entender o que o autor do texto bíblico quis

transmitir ao escrevê-lo. Sendo necessário que compreenda de forma geral o contexto em que

foi escrito a mensagem e qual sua principal relevância para a vida dos alunos.

Quando a interpretação da mensagem bíblica feita pelo professor é pobre de

informações, fica notável a perda da mensagem principal do texto. Aquilo que poderia ser

aplicado ao cotidiano da vida do aluno à luz dos ensinos de Jesus, auxiliando-o nas mais

diversas situações, que não é repassado pelo professor pode prejudicar seriamente o sucesso

da aula, e principalmente o desenvolvimento espiritual dos alunos.

Sua tarefa de interpretação das Escrituras deve ser contextualizada e, portanto, relevante

para seu aluno.

Municiando-se de todo instrumento disponibilizado para a tarefa hermenêutica, o

professor da Escola Bíblica deve se lançar ao trabalho com zelo e dedicação. Assim

fazendo, descobrirá verdadeiros tesouros passíveis de preciosas aplicações às vidas

de seus alunos. Tais tesouros só são encontrados à custa de muito e disciplinado

trabalho. Vale a pena, porém, quando se encontra aquilo que Deus vai usar para

abençoar vidas, edificando, curando, doutrinando, restaurando e transformando

pessoas. (TULLER, 1999, p. 31)

O poder de transformação que a Palavra de Deus proporciona na vida das pessoas, não

pode ser negado pelo professor da classe de EBD em função da sua inoperância textual.

O professor que utiliza todos os esforços para se aprimorar no conhecimento da Palavra

pode fazer uma grande diferença na vida de seus alunos, logo que sua dedicação no estudo

será revertida em multiplicação de saberes na aplicação do conteúdo em sala de aula. Isso

torna a aula relevante e atrativa, pois a classe sente a manifestação do poder modificador da

Page 33: TCC SALVO

- 33 -

Palavra de Deus em sua vida, já que tem contato direto com a revelação da Palavra de Deus

através do ensino.

3. CORPO DOCENTE SEM MOTIVAÇÃO PARA A QUALIFICAÇÃO

EDUCACIONAL

Segundo Bueno, (1986, p. 904) a presunção é vaidade, é orgulho. O professor de EBD

que se sentir dono de todo saber, acreditando que não é necessário se qualificar, torna-se

presunçoso. Para Dornas (1998, p.36), (...), é verdade que muitos obreiros da Escola Bíblica

pensam que já sabem tudo, têm experiência suficiente e são irrepreensíveis como tais.

A verdadeira sabedoria consiste em saber que sempre é necessário aprimorar, buscar

novas formas de ensino. Qualificar – se para fazer melhor e conseqüentemente tornar seus

alunos melhores em seus desempenhos pessoais e coletivos.

Porém os professores que não admitem a possibilidade de que precisam revitalizar sua

prática pedagógica, cometem o erro de se acharem donos do saber, perdendo assim a

oportunidade de crescer enquanto pessoa e profissional.

O professor da Escola Bíblica necessita aprimorar sua visão autocrítica, precisa ter visão

de suas limitações e falhas e procurar sempre superá-las através de estudos, leituras, diálogos

e treinamentos formais, se for o caso.

Bem fará o professor se cultivar hábitos como o da informação constante através de

leituras de jornais, revistas e livros, adotando como estilo de vida a abertura para o novo e

para o diferente, pois o que se fecha ao novo se prejudica e leva prejuízo aos que estão à sua

volta.

4. FALTA DE VOCAÇÃO

Para Bueno, (BUENO, 1986, p. 1204) vocação é o ato de chamar. É o pendor, a

disposição e a pendência para alguma coisa. O cristão entende a vocação como um chamado

de Deus que tem como intenção a realização plena da pessoa humana, e o cumprimente de

uma missão especifica, crê que a vocação é uma ação graciosa de Deus em função dos

escolhidos para construção do seu Reino.

Theobaldo (apud ANDRANDE, 2009) afirma que o professor não é somente aquele que

educa por profissão. É aquele que, por vocação, ensina.

A vocação ao ensino da Palavra de Deus, por conseguinte, é algo sagrado. Ensinar é um

dom de Deus, que nem todos possuem. Paulo ensinou aos coríntios que Deus colocou

algumas pessoas na igreja para atuarem como mestres, com o dom do ensino (I Coríntios

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- 34 -

12.28). Aos Efésios, ele ensinou que o objetivo do ministério do mestre é o aperfeiçoamento

dos crentes para que possam realizar bem o serviço do Reino (Efésios 4.11,12). Já aos

Romanos, o apóstolo enfatizou que aquele que tem o dom do ensino deve exercê-lo com

dedicação (Romanos 12.7).

O magistério cristão é uma vocação espiritual. É Deus quem escolhe e habilita com o

seu poder aqueles que ensinam a sua Palavra. Contudo, assim como em qualquer outro

ministério cristão, ensinar é um trabalho onde a cooperação entre Deus e o homem é uma

realidade. (1 Co 3.9a). Nesta cooperação, há investimentos divinos e humanos a serem feitos.

Deus investe com seu poder, sua iluminação, sua revelação, enfim, com as coisas espirituais

que dependem exclusivamente dele. Os outros investimentos precisam ser feitos pelo

professor.

Estas citações confirmam a teoria de que o ensino na igreja deve ser desempenhado por

alguém que tenha recebido de Deus este dom. Quando assim acontece, não há lugar para

mesmice; caso contrário, não haverá o aperfeiçoamento dos santos, estando assim prejudicada

a realização do ministério cristão.

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CAPITULO V

ALGUNS FATORES IMPRESCINDÍVEIS AOS PROFESSORES DA

EBD

1. ESPIRITUAL

1.1 - EXPERIÊNCIA DE SALVAÇÃO E COMUNHÃO COM CRISTO

O professor da classe de EBD é responsável também pela maturidade cristã de seus

alunos, para tanto é precisa demonstrar suas convicções, inclusive de salvação e comunhão. O

professor que não tem uma vida regada por uma intimidade salutar com Deus, não poderá

manifestar em suas aulas a ação do Espírito Santo em sua vida. É preciso que o professor

tenha a experiência de ter Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal, pois, este é o

conhecimento que todo educador cristão deve ter ao exercer o magistério cristão.

Há professores que não têm certeza da própria salvação, como poderão evangelizar

sua classe? Somente o mestre que conhece a Jesus por meio de uma experiência de

conversão pessoal e genuína é que poderá levar seus alunos a aceitar a Cristo como

Salvador. (TULER, 2007 p. 21)

Ao ministrar uma aula o professor transmitira a seus alunos suas crenças, seus valores e

experiências de vida, falar daquilo que não vive é superficial, somente uma experiência

pura de conversão pode tocar a alma de um crente e assim conseguintemente entusiasmar

outros a terem esta mesma experiência.

1.2 – UMA VIDA DEDICADA À ORAÇÃO

A oração é a mola propulsora para qualquer empreendimento na vida do crente, seja ela

no magistério ou em qualquer outra área. Para Frizzell (2005, p.25) o crente deve ver o tempo

diário de oração como um relacionamento com Deus e não como um dever ou disciplina

legalista.

A oração na vida do professor da EBD pode não somente auxiliá-lo a ministrar suas

aulas, mas pode ir muito além, pode realizar grandes transformações na vida de seus alunos,

fazendo com que as principais barreiras que os impedem de participar da EBD ou das

atividades da igreja sejam quebradas. Vale observar também que quando se trato de alunos

não crentes a oração do professor em sua função pode permiti-lo tem um encontro pessoal

com Cristo.

O professor que matem uma vida diária de oração pode realizar ações motivadoras e

inovadores em suas aulas, logo que, é divinamente iluminado para o que faz.

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1.3 – FAMILIARIDADE COM A APALAVRA DE DEUS

A Bíblia é um recurso indispensável para todo crente e principalmente para o professor

da EBD, por meio de seu estudo suas aulas poderão ser infinitamente relevantes para seus

alunos.

(...) a sagrada Escritura é como a “torre de David construída para ser arsenal, na qual

se erguem milhares de escudos, que são a defesa de homens poderosos”. Se nós

quisermos armar temos que vir aqui buscá-las e só aqui. Quer busquemos a espada

de ataque, quer o escudo de defesa, nós os encontraremos somente nas paginas do

Livro inspirado. (SPURGEON, 1987, p. 17)

O professor de EBD que utiliza da afirmativa de Spurgeon e sustenta a declaração de

que necessita ter conhecimento e domínio da palavra a ser ensinada, e que carece de

fundamentos espirituais para fazer valer as afirmativas contrarias às imposições deste século,

se arma dos subsídios adequados à defesa de si e de seus alunos. Para tanto é necessário que

o mesmo a estude com afinco e zelo. Seu conhecimento bíblico fortalecera a aplicação da

lição à vida dos alunos e conseguintemente enriquecera suas aulas.

No preparo da lição para o domingo, o mestre não deve limitar-se à leitura da história

bíblica ou comentário da revista. Será muito proveitoso ler e estudar todo o contexto da

mensagem bíblica. Os fatos bíblicos devem ser contados exatamente como está nas Escrituras,

fazendo aplicação da mensagem central à vida do aluno, o que neste momento requer a

utilização da hermenêutica citada anteriormente e, por isso, o professor precisa conhecer a

Bíblia e estudá-la diária e sistematicamente.

Através da Bíblia, Deus fala ao coração do professor, imprimindo-lhe sua Palavra de

modo tão maravilhoso que poderá ouvir sua voz e compartilhá-la com seus alunos de forma

clara e profunda.

2. MINISTERIAL

2.1 – TER CONVICÇÃO DA CHAMADA PARA O MAGISTÉRIO

ECLESIÁSTICO

“E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como

evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento

dos santos para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef

4.11,12).

O texto acima reforça a teoria de que o professor da EBD precisa ter consciências de

que tem uma missão muito importante a cumprir e deve fazê-lo com muita dedicação, pois foi

contemplado com o dom de ensinar, com um propósito especifico de promover o

aperfeiçoamento dos crentes e a evangelização dos perdidos.

Page 37: TCC SALVO

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Ser vocacionado para o ensino cristão é um privilegio que deve ser utilizado de forma

satisfatória, isso significa que o professor que tem convicção de seu chamado para o

magistério poderá à luz dos ensinos de Jesus realizar um trabalho plausível e eficaz.

2.2 – TER HUMILDADE PARA APRENDER

O bom educador é humilde e está sempre com disposição para aprender. Ele não se

esquece que o homem é um ser educável e nunca se cansa de aprender.

Para Tuller, (2007 p. 27) o educador está certo de que é possível aprender com os

livros, com seus alunos, com as crianças, com os idosos, com os iletrados, enfim, aprende

enquanto ensina.

Para um professor que tem consciência de que pode e necessita aprender sempre,

ministrar aulas é uma fonte riquíssima de aprendizado, ali é possível se deleitar com várias

informações e experiências que podem ser marcantes na vida de um professor.

2.3 – TER CONDUTA CRISTÃ EXEMPLAR

A Palavra de Deus preceitua isso: “Sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na

caridade, no espírito, na fé, na pureza” (1 Tm 4.12). Os professores em geral têm essa grande

responsabilidade. Portanto, é necessário que o professor busque praticar tudo aquilo que

ensina. Seus atos, suas reações, suas palavras devem corresponder aos seus ensinamentos.

Seus hábitos, costumes, sua conduta diária em casa, no trabalho, na vizinhança, precisam ser

irrepreensíveis. O apóstolo Paulo adverte: “Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti

mesmo?” (Rm 2.21).

O mestre precisa ser o exemplo em todas as suas relações com a igreja, pois, tendo

consciência ou não, o educador sempre influencia seus alunos. “Para Braghirolli, na realidade,

muitas das nossas aprendizagens, na vida cotidiana, se fazem por observação direta da

conduta de outras pessoas”. (BRAGHIROLLI, 1990, p. 129). Esta influência, dependendo da

postura espiritual do professor, será positiva ou negativa. Por isto, deve o professor ser correto

em todas as suas atitudes, na igreja e fora dela.

Há um ditado popular que ilustra perfeitamente a necessidade de sermos o exemplo: O

que fazes fala tão alto que não posso ouvir o que ensinas. (autor desconhecido)

2.4 – TER CONHECIMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DO GRUPO

Page 38: TCC SALVO

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A fim de ensinar com mais eficiência, o professor deverá conhecer os alunos com quem

vai trabalhar: seus interesses, suas necessidades físicas, mentais, sociais e espirituais. É

essencial que saiba também como estes estudantes se desenvolvem e aprendem. Como

adquirir tais conhecimentos? Dê três maneiras, pelo menos: lendo, estudando livros de

psicologia e visitando regularmente os lares de seus alunos e fazendo suas próprias

observações em sala de aula.

O professor que conhece o contexto de vida de seus alunos, não correrá o risco de

inferir situações e de utilizar metodologias e aplicações que não vão de encontro às

necessidades de seus alunos.

É trabalho do professor conhecer os alunos de sua classe: sua fraquezas e tentações:

o que os entusiasma; seus interesses; e as condições de seu lar e escola publica.

Colocando este conhecimento prático e a matéria da lição lado a lado, o professor

será capaz de traçar o objetivo da lição para o próximo domingo. (PEARLMAN,

2000, p. 47)

O professor de EBD não pode esquecer que seus alunos não obtêm informações

somente na escola bíblica, fora da igreja ele também vive e aprende muita coisa. Portanto, o

que o professor ensina não é a única influencia que o aluno recebe. Conhecer as

características de uma turma de EBD vai muito mais além do que estar uma (01) hora com os

alunos durante toda a semana é buscar claro que diante das limitações do professor, meios

para conhecê-los melhor, podendo assim auxiliá-los e principalmente entende-los.

2.5 – AMAR OS ALUNOS

O professor da EBD, na prática do ensino, deve dosar dois principais requisitos para

uma boa aprendizagem dos seus alunos: ser competente profissionalmente e ter afeição para

eles. A atividade da docência requer o desenvolvimento do lado sócio-afetivo e do verdadeiro

amor pelos alunos. Jesus ao ensinar tinha como meta principal, primeiramente amar e

conseguinte a esta, cultivar este amor. Segundo Cury (2006, p. 162), Cristo discursava sobre o

amor estonteante, o que ressalta a afirmativa da prática do ensino através do amor.

O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve

os alunos, dar-lhes atenção e cuida para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar

respostas, isso é uma demonstração de amor.

Para realmente amar os alunos é preciso compreendê-los, conhecer seus interesses,

urgências e expectativas.

3. PEDAGÓGICO

Page 39: TCC SALVO

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3.1 – HABILIDADE PARA TRAÇAR E ALCANÇAR OBJETIVOS

No espaço empresarial as cobranças sobre aqueles que executam as ações que

viabilizam os resultados, são constantes, as atividades são realizadas em consonância com as

metas pré-estabelecidas. Isso independe do tamanho da organização. Por esse motivo, é muito

importante que os executivos saibam traçar metas tanto para a sua vida pessoal quanto

profissional.

Na EBD não é diferente os professores de posse do conteúdo programático deverá

estabelecer metas que subsidiem suas ações. Isso favorecerá a realização de uma aula

fundamentada e também estabelecerá vínculos de aprendizagem, já que o planejamento

seguira uma rotina que conduzira os alunos a um ponto estabelecido anteriormente pelo seu

líder. Para Pilette “o professor precisa determinar inicialmente o que o aluno será capaz de

produzir ao final do aprendizado. Se não define os objetivos, não pode avaliar os resultados

alcançados, nem escolher procedimentos adequados”. ( PILETTE, 1993, p.85)

É importante salientar que para traçar metas é necessário que o professor tenha

conhecimento de que toda meta necessita ser avaliada durante seu processo de efetivação,

fazendo assim um “feedback” de todo o processo. Não se pode esperar até o prazo final da

uma meta para verificar se foi cumprida ou não. Sem avaliar os resultados alcançados o

professor não terá fundamentos para realizar um planejamento sistemático.

3.2 – COMPETÊNCIA PARA ORIENTAR AO APRENDIZADO

A tarefa do professor não se resume em simplesmente apresentar os fatos à sua classe,

mas em conduzi-la até o ponto de encontrar as devidas conclusões. Afinal, o que o professor

faz é relevante em virtude do que ele leva seus alunos a fazerem. Para Tuler, “o educador não

deve somente apontar aos alunos o caminho do conhecimento e da aprendizagem, mas antes

conduzi-los diligentemente ao longo desse caminho”. (TULER, 2007, p.30)

O ensino não consiste em que se faça alguma coisa para o aluno, mas sim em que os

alunos sejam orientados enquanto fazem, eles mesmos, alguma coisa.

A relação do professor-aluno não deve ser vertical e autoritária, e passar a ser uma

relação de construção de conhecimento em conjunto. A aula é um ambiente propicio para que

o aluno aprenda novas perspectivas e entenda melhor a realidade que o cerca. E para isso é

necessário o outro, seja professor ou colega de classe.

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A sala de aula (quando possível) deve ser organizada de forma que facilite e incentive a

troca de informações professor-aluno e aluno-aluno. O professor tem a seu dispor inúmeras

técnicas para diversificar a forma de ensinar.

A educação cristã não consiste em colocar algo sobre os alunos, mas sim em contribuir

para que alguma coisa aconteça dentro deles. Aquilo que as crianças, os adolescentes e os

jovens se tornarem, servirá como prova do que de fato representou o ensino.

3.3 - IMAGINAÇÃO, CRIATIVIDADE E ORGANIZAÇÃO

O educador criativo maravilha seus educandos, ensina-os a pensar, procura usar as

vivências, competências e habilidades dos mesmos em suas aulas. Na arte da criatividade o

professora da EBD exercita o ato de perguntar e usa a disposição de ouvir para melhor

conhecer os educandos. Em momento algum pensa que é o dono do saber, mas reconhece que

deve sempre estar em constante aprimoramento. Esse educador tem em mente que a

comunicação, até mesmo dentro da sala de aula é um dos fatos mais difíceis e complexos que

existem nas interações humanas. Identifica que a fala, as expressões corporais, a maneira de

olhar, o calar e o ouvir e mesmo o modo de se vestir também são formas fundamentais de se

comunicar. Entende, antes de qualquer coisa que deve buscar envolver a atenção do

educando, aproveitando todas as formas que a comunicação oferece.

O professor precisa de imaginação forte e viva, a fim de penetrar no mundo de idéias

dos alunos e prender-lhes a atenção. Deve ter, porém, uma imaginação construtiva. Ao contar

as histórias bíblicas, deve fazê-lo de modo tão vivo e atraente que os alunos tenham a

impressão de estar presenciando os fatos narrados. O mestre deve utilizar e dirigir a mente dos

alunos para fins construtivos e úteis.

É um processo psicológico e energético, e como tal, pessoal e interno que impele o

individuo para a ação, determinado a direção do comportamento. O que o professor

pode fazer é incentivar o aluno, isto é, despertar e polarizar sua atenção e seu

interesse, orientando e canalizando as fontes motivacionais. (Haidt, 2006, p. 76

apud, EBD Criativa, 2010)

Deste modo a prática do professor é de incentivar o aluno para que ele se sinta motivado

para agir e conseqüentemente auxiliá-lo na realização de uma aula criativa.

Outra coisa extremamente necessária à pratica docente é a organização. É inadmissível

trabalhar com educação sem estabelecer um plano de ação didática.

Para que o professor exercite esta imaginação e criatividade é imprescindível que se

tenha um plano de ação bem elaborado onde se evite a rotina e a improvisação, e que

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contribua para a realização dos objetivos visados e promova a eficiência do ensino, garantindo

assim maior segurança na direção do da aprendizagem.

Compete ao professor que o elaborou dar-lhe vida e colorido no ato de sua execução,

impregnando-o de sua personalidade dinâmica, sua vibração, entusiasmo e graça divina.

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CAPITULO VI

ESCOLA BIBLICA DOMINICAL Á LUZ DOS ENSINOS DE JESUS

Nos relatos sobre o ministério de Jesus, não é possível demarcar uma separação nítida

entre pregação e ensino, são tão entrelaçados que um não pode ser totalmente separado do

outro.

Nenhum outro aspecto do ministério de Jesus é tão freqüentemente salientado nos

evangelhos como o seu ensino. Para Champlin (2002, p.392) até mesmo questões como a

pregação e os milagres envolviam, necessariamente, o ato de ensinar. Em certo sentido, pode-

se afirmar que tudo quanto Jesus dizia e fazia tinha por finalidade dar-lhe oportunidade de

apresentar o seu ensino, a certa altura foi caracterizado como “... Mestre vindo da parte de

Deus...” (João 3:2).

Ele sempre adaptava suas aulas às situações especificas. Sua metodologia era

determinada pelo modo como trabalhava o conteúdo, as características e

conhecimentos de seus discípulos, e pela sua própria personalidade. Ninguém

ensinou como Jesus. (TULLER, 2006 p. 203)

Para melhor compreensão analisaremos este assunto dividindo-os por tópicos, a saber:

1. AUTORIDADE

Os ouvintes de Jesus ficavam atônitos diante de seu ensino em face do tom de firme

autoridade com que falava (Mateus 7: 28,29). A origem desta autoridade, como é evidente,

provinha da consciência de que ele tinha de ser o perfeito porta-voz de Deus Pai, por ser o

filho encarnado. “Porque a lei foi dada por intermédio de Moises; a graça e a verdade vieram

por meio de Jesus Cristo” (João 1.17). Essa natureza foi sendo gradualmente desvendada,

conforme se vê nos títulos sucessivos que lhe foram sendo aplicados.

1.1 – Rabi – As pessoas dirigiam-se a Jesus com o título usual de respeito, Rabi.

Tanto os discípulos de Jesus (Mt.26.25,49; Mc. 9.5;11.21;Jo. 1.38,49; 4.31; 9.2;

11.8) quanto outras pessoas (Jo. 3.2; 6.25) trataram-no desse modo. Que tanto ele

mesmo quanto os seus discípulos consideravam esse termo uma indicação de

elevada posição pode ser visto no fato de que os discípulos não deveriam chamar-

se mutuamente “...mestres, porque um só é vosso mestre e todos vós sois irmãos”

(Mt. 23.8).

1.2 – Mestre – Nas páginas do Novo Testamento, esse termo indica alguém que

ensina as realidades de Deus e os deveres dos homens. Jesus usava esse vocábulo,

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acima de tudo, para indicar a si mesmo (Mt. 23.8). Nos evangelhos, esse termo é

empregado repetidas vezes em contextos onde se intenciona exprimir uma

extrema deferência (sem importar se sincera ou não) Mt. 12.38.

1.3 – Profeta – Segundo o Dicionário Aurélio, esse termo significa “alguém que

fala por outrem”, nem sempre destacando o elemento preditivo. Moisés havia

predito que um Profeta sem-par apareceria entre o povo (Dt. 19.15). Após a

ascensão de Jesus, Pedro proclamou, no tempo de Jerusalém, que Jesus era esse

profeta (At. 3.22). Estevão repisou o mesmo ponto, quando era julgado (At. 7.37).

Durante o decurso de seu ministério terreno, com freqüência, Jesus foi chamado

de “profeta”. Embora Jesus nunca tivesse considerado essa designação adequada

para descrever a sua missão à terra, ele admitia tal categoria de uma maneira

frouxa, geral, pelo menos (Mc 6.4; Lc. 4.24; Jo. 4.44).

1.4 - Senhor - A autoridade do ensino de Jesus como rabi, mestre e profeta

repousam ainda sobre outra e mais ampla dimensão de seu ser. Ele também é o

Senhor. Em algumas instâncias, nas narrativas dos evangelhos, é impossível

dizermos se esse termo meramente indicava respeito, ou então o reconhecimento

de que Jesus não era apenas um ser humano. Mas há instancias que indicam

claramente uma referência religiosa que aponta para a sua deidade. O vocábulo

“Senhor” designa Jesus em muitas citações do Antigo Testamento, no Novo

Testamento. Se executarmos a questão das citações, Mateus e Marcos narram que

Jesus chamou a si mesmo de “Senhor” Mt. 21.3 e Mc. 11.3. Os quatro evangelhos

registram que Jesus foi freqüentemente tratado como “Senhor”. Lucas alude a

Jesus, por certo número de vezes, como “Senhor”.

1.5 – Filho de Deus - Um quinto título completa a estrutura de autoridade que

subjazia á palavras e atos de Jesus. Jesus sempre se afirmou Filho de Deus, até

mesmo sob juramento (Mt. 26.63e 64), e edificou seu ministério, o seu ensino e a

redenção que viera realizar sob esse fato fundamental.

2. EFICÁCIA

É impossível medirmos a eficácia do ensino de Jesus mediante a utilização de um único

padrão qualquer. Os métodos que ele empregava estavam inseparavelmente traçados com a

sua divina revelação. Tudo quanto Jesus disse ou fez, era parte integrante de sua missão.

Apesar disso, as técnicas por ele usadas, como o Grande Mestre que ele foi, até hoje são o

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mais excelente modelo a ser seguido por aqueles que querem aprender a ensinar. A didática

de Jesus era perfeita.

2.1 - Aclamação – Após a popularidade sem precedentes, obtida por João Batista, a

reputação de Jesus, ainda no começo de seu ministério, é que ele fazia e batizava mais

discípulos do que João (João 4.1). Embora Jesus fosse oficialmente rejeitado pelas

autoridades religiosas de Jerusalém, no começo do seu ministério na Judéia muitos

confiaram nele (Jo 2.23). Sempre havia pessoas que reconheciam o estimado valor de

suas instruções, e se apegavam a ele por esse motivo. (Jo 6.67-69). Até mesmo os

oficiais que tinham vindo com a finalidade precípua de deter Jesus, retornaram de

mãos vazias, com a desculpa de que “jamais alguém falou como esse homem” (Jo

7.46) E os próprios fariseus e os principais sacerdotes testificaram, diante do Sinédrio,

que o poder de seu ensino era inigualável: “Se o deixarmos assim todos creram nele;

depois virão os romanos e tomarão não só o nosso lugar, mais a própria nação” (Jo

11.48). Segue-se, portanto, que Jesus deve ter mostrado admirável eficaz em seu

ensino.

2.2 – Resultados – Dezenas de milhares de pessoas ficaram permanentemente

impressionadas e significativamente transformadas em resultado dos ensinos de Jesus.

Seja como for os resultados daquilo que Jesus ensinou e fez (Atos 1.1-2) e o que teve

prosseguimento através da igreja deixam-nos sumamente admirados. Os seguidores,

em nossos dias, ultrapassam o número dos seguidores de qualquer outro mestre; e as

nações que professam seguir-lhes os ensinos, embora de longe e mui imperfeitamente,

são as nações quem encabeçam as civilizações do mundo. Jesus ensinou aos homens

as mais elevadas verdades espirituais e morais, embora tenham o feito com grande

simplicidade, usando as técnicas pedagógicas certas, de tal maneira que o povo

comum o ouvia com satisfação.

3. HABILIDADE

Em última análise, o poder de Jesus como mestre era muito mais do que mera técnica e

habilidade. O que estava por detrás desse poder era sua deidade e sua missão redentora. Mas,

até mesmo isso tinha de ser apresentado de tal modo que cativasse a atenção dos ouvintes e os

motivasse a uma participação nos benefícios espirituais por ele oferecidos. A habilidade de

Jesus, na comunicação de sua mensagem, só pode ser equiparada à perfeição da graça divina,

que ele oferecia aos homens.

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3.1 - Aptidão – Cinco são as qualificações para quem queira ser um mestre universal. Essas

qualificações são aquelas observadas na vida do Senhor Jesus. São as seguintes.

a) Uma visão global, que envolva toda a humanidade.

b) O conhecimento profundo sobre o coração humano

c) O total domínio da matéria a ser ensinada

d) Aptidão para ensinar

e) Uma vida diária que corresponde fielmente ao ensino.

Conforme Jesus esclareceu a Nicodemos, somente ele podia falar como alguém que

descerá do céu. (João 3:13). Portanto, Jesus tinha perfeita compreensão da disciplina a ser

ensinada, e uma correspondente habilidade para transmitir a mensagem certa.

3.2 – Alvo – O ensino eficaz não acontece por acidente. As palavras e os atos de Jesus

sempre exibiram uma notável estratégia, cujo desígnio era atingir os propósitos pelos

quais ele veio a este mundo. Esse propósito central encontrava expressão em muitos

outros alvos menores, mas, imediatos.

3.3 – Visão - Embora Jesus nunca tivesse viajando para muito longe da Palestina, ele

sempre tinha em mente toda a humanidade. Importava-lhe atrair para si todos os homens

(João 12:32). Ele comissionou seus seguidores para que saíssem pelo mundo inteiro e

pregasse o “evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). A visão de Jesus, que ele

procurou transmitir aos seus discípulos, era intensiva e extensiva. Os aprendizes

deveriam partir da teoria para a prática, não ficando somente naquela: “... ensinando-as

a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mateus 28:20). E as palavra “todas

as coisas”, dentro dessa citação, mostram que coisa alguma, de tudo quanto Jesus

ensinou, deveria ser omitida.

3.4- Atenção – O senhor Jesus conquistava de tal modo a atenção de seus ouvintes que, em

certas ocasiões, chagavam a atropelar- se aos outros a fim se aproximarem dele, para

velo e ouvi-lo (Lucas 12:1). Quase 20 séculos depois, praticamente ninguém conseguiu

ficar neutro diante de suas idéias. Um menor número ainda o ignora. Aquilo que Jesus

é, o que ele disse como o disse, o que Ele fez, tornam-no o centro de todas as atenções.

As pessoas sentem-se naturalmente envolvida por ele. Uma atenção involuntária é

acompanhada por profundas motivações, que matem o interesse e atraem as pessoas a

Ele. Jesus cultivava deliberadamente a arte de chamar e conservar a atenção das

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pessoas, conforme veremos, quando estivermos considerando os métodos por ele

estudados.

3.5 - Motivação – Jesus compreendia perfeitamente bem as profundas motivações do

coração humano. Os apelos de Jesus eram saudáveis e mostravam – se à altura de sua

missão sem-par. Todavia, eram apelos poderosos e compelidores. Jesus apelava aos

homens quanto ao auto-interesse e ao altruísmo, e também a motivos naturais ou

intrínsecos e a motivos extrínsecos, como os motivos dos recebimentos de galardões ou

do recebimento de punição. Ele também advertia contra a tragédia do mal e suas

conseqüências. Estando plenamente consciente de que os motivos obedecem a uma

escola de gradação, a despeito disso ele sempre se mostrou fracamente prático. Dirigia o

seu apelo às necessidades e capacidades de cada um. No entanto, para ele o valor

espiritual e moral definitivo é o amor que devemos devotar a Deus e aos nossos

semelhantes (Marcos 12;30,31).

3.6 - Participação - Jesus sabia perfeitamente bem que mais do que meras preleções se

fazem necessárias, se as pessoas tiverem de ser transformadas para melhor. Os

interesses de cada individuo precisa ser despertado de tal modo que ele chegue ao ponto

de querer participar. É mister que as pessoa, busquem e batam ( Mt 7:7,8) precisam

participar ativamente tomando iniciativa em busca da vontade do Senhor. Esse

princípio subjaz a toda a sua metodologia. Jesus apreciava inicia debates, questões,

projetos, exemplos e tarefas.

3.7 - Quadros Metais - Jesus evitava empregar formas abstratas de expressão, sempre

que isto lhe foi possível. Ele dirigia-se ás mentes e os corações daqueles que viviam

vendo, ouvindo e fazendo as coisas. Ele referiu-se como ilustrações, a traves e ciscos.

Quando se referiu ao espírito de critica acerba ( Mt 7:4,5). A incoerência foi por ele

comparada com o ato de coar um mosquito, para, em seguida escancarar de tal modo a

boca que se pudesse engolir um camelo (MT 23:24). Sal, luz, sementes, arvores, lírios,

cidades, rios, e céus, em seus lábios, resplandeciam de insuspeitos significados para o

tempo e par a eternidade.

3.8 - Senso Artístico - O encontro da metodologia e da incrível habilidade de Jesus,

como professor, dependia do domínio da arte do ensino, em que ele era o mais perfeito

mestre. Os princípios pedagógicos por ele usados não eram truques desconexos, mas

faziam parte do senso artístico de um perfeito artista, que fazia bem todas as coisas (Mr

Page 47: TCC SALVO

- 47 -

7:37). Não havia qualquer esforço menos digno em busca de mero efeito. A beleza de

força de atração de Jesus é que ele falava como ninguém jamais falou (Jo 7:46).

4. MÉTODOS

A pesar de que o ensino de Jesus continha um único conteúdo, não havendo quem lhe

possa igualar como mestre, devido à perfeição da comunicação de suas idéias, o que não pode

ser duplicado, por outro lado há métodos de ensino que pode ser estudados, e aplicados ao

cotidiano dos professores das classes bíblicas.

4.1 - Parábolas - um dos métodos mais notáveis usados por Jesus em seu ensino era o das

parábolas. Uma parábola podia ser uma historia longa ou uma declaração de grande

sabedoria; mas transmite alguma verdade espiritual por meio de alguma comparação

com fatos familiares. Era através de parábola que, por muitas vezes, Jesus obtinha e

conservava atenção dos seus ouvintes. Ele falava ao coração das pessoas, em palavras

que se repetiam com sentidos cada vez mais profundos, quando eles meditavam, sobre a

comparação ou consectário interessante. Dessa forma, era possível dizer coisas nas

entre linhas, sobre a capa de uma figura simbólica. Como não se poderia fazê-lo em um

discurso mais direto (Mt 22:1). Por muitas vezes, em vez de contar alguma historia,

Jesus usava algum milagre por ele realizado, como base de seu ensino. Entre outras

vantagens desses milagres, havia essa vantagem adicional de servir de vivida ilustração

para algum.

4.2 – Provérbios – Epigramas, provérbios, aforismos,máximas e paradoxos comprimem,

da mais breve possível, algum gérmen de verdade que a mente popular compreende

muito bem, capaz de produzir mais tarde o desencadeamento de uma seria de

pensamentos. Felizmente para nos, os ensinamentos de Jesus abundavam de recursos

dessa natureza. Dependentes como eram os primários cristãos da tradição oral, eles

tinham bem pequena dificuldade para preservar e usar essas declarações compactas.

4.3 – Poesia - Alguns ensinos de Jesus revestem-se de alguma qualidade rítmica que se

evidencia ate mesmo nas traduções. (Lc 6:27). À semelhança de outros rabinos de sua

época, é possível que ele tenha exigido que seus discípulos memorizassem o cerne de

sua doutrina, sobre a forma de declarações compactas. Se isso, realmente, sucedeu,

então, visto que é muito mais fácil reter um trecho em verso, e não em prosa, é possível

Page 48: TCC SALVO

- 48 -

que ele tenha feito isso com essa finalidade, e não para obter algum efeito de beleza de

expressão.

4.4 – Indagações - Outro método favorito de Jesus era o das perguntas e respostas. Essa

técnica era um convite à participação direta por parte de sues ouvintes dentro da questão

que estivesse sendo enfocada. Era capaz de despertar a consciência, desfiar um ataque,

despertar as emoções, cativar um interesse e sondar as profundezas de qualquer questão.

Em certar oportunidades, podia até mesmo silenciar àqueles que procuravam pôr um

ponto final a seu ministério. ( Mt 42:26)

4.5 – Discursos - Havia ocasiões, entretanto, que a verdade podia ser comunicada com

maior rapidez e eficácia mediante um discurso bem concatenado, ou sermão. O supremo

exemplo disso é o sermão do monte. ( Mt 5-7). A verdade precisava ser organizada e

preservada em uma forma sistemática, que pudesse ser encaminhada de vez em quando.

Outros exemplos notáveis dessa técnica aparecem no discurso do monte da Oliveira e

do cenáculo.

4.5 - Citações - O uso de citações extraídas do Antigo Testamento tem um lugar central no

ensinamento de Jesus. Ele tinha a mais absoluta confiança nesses documentos (Mt

22.41-45), para explicar a sua própria missão, com base nessas Escrituras (Lc 24.27), e

até mesmo para servirem de trampolim para as suas doutrinas mais avançadas (Mt.

5.22).

4.7 – Projetos – A seqüência formada por impressão-expressão, com freqüência dentro do

contexto de um projeto qualquer, ajudava a conseguir um efeito de modificação

permanente nos ouvintes de Jesus. Jesus não somente informava aos seus discípulos

como ministrar a outras pessoas, e o que haveriam de encontrar; ele também os enviava

ao campo, para obterem experiência direta com o trabalho a ser feito, e então os

convidava para sessões em que prestavam relatório. Os discípulos, portanto, aprendiam

fazendo, instruindo a outros e discutindo sobre os assuntos a serem ensinados (Lc 9.1-

10).

4.8 – Símbolo - Um símbolo concreto torna-se um emblema que tipifica o que é apenas

abstrato. A propriedade e firmeza de um símbolo tende por impedir que aquilo que é

apenas uma idéia abstrata se desvie e desintegre. Jesus enfatizou o batismo e a Ceia do

Senhor como métodos apropriados para ensinar os conceitos fundamentais de seu reino.

Por semelhante modo, ele lavou os pés dos seus discípulos a fim de impressioná-los

acerca da necessidade de serem humildes (Jo. 13.4-7), e recomendou que seus

Page 49: TCC SALVO

- 49 -

discípulos sacudissem a poeira dos pés, a fim de salientarem a indignidade daqueles que

rejeitassem a sua mensagem ou os seus mensageiros (Mc 6.11).

4.9 – A Força do Exemplo – Jesus era o supremo exemplo vivo de seus próprios

ensinamentos. Ele vivia aquilo que ensinava. Conforme ele mesmo disse, ele

santificava-se a fim de que os seus seguidores também fossem santificados (Jo 17.19).

quando estava lavando os pés dos seus discípulos, Jesus esclareceu: “Porque eu vos dei

o exemplo, para que, com eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15). Portanto, Jesus

ensinava por meio de seus atos, tanto, quanto por meio de suas palavras. Sua vida

continua sendo, até hoje, a maior inspiração de santidade para os homens.

5. CONTEÚDO

Os ensinamentos de Jesus teriam sido reduzidos a quase nada, a despeito de toda a sua

habilidade, não fora o conteúdo de seus ensinamentos. Jesus revelava quem era Deus e como

era Deus (Jo 14.8-11), Jesus, conforme ele mesmo esclareceu, é o caminho, a verdade e ávida

(Jo 14.6). Ele veio a este mundo a fim de que os homens tivessem vida, e a tivessem em

abundancia (Jo 10.10).

5.1 - Deus – Em parte alguma Jesus argumentou quanto à existência de Deus como

pacífico, como verdade indiscutível. Na verdade, Jesus revelou a Deus. Jesus pareceu

um tanto ressentido porque estivera em contato com Filipe, por tanto tempo, mas aquele

apóstolo não estava ainda satisfeito com a revelação de Deus nele. Em termos humanos

concretos, Jesus tornou Deus conhecido como o nutridor – o Pai que cuida de toda a

humanidade. Jesus sempre chamou Deus de “Pai” ou de “Deus”, excetuando nas

citações do Antigo Testamento, onde Deus é chamado “Senhor”.

5.2 - Sua Própria Pessoa – Embora Jesus nunca tivesse apresentado uma doutrina

sistemática acerca de sua própria pessoa, sua autoconsciência transparência mediante

declarações formais ou incidentalmente. Entre as mais especificas indicações de sua

divindade, poderíamos pensar nestas três: “...porque eu vim de Deus e aqui estou; pois

não vim de modo próprio, mas ele me enviou (Jo 8.42). “Em verdade, em verdade eu

vos digo: Antes que Abraão existisse, eu sou” (Jo 8.58). “Vim do Pai e entrei no mundo;

todavia, deixo o mundo e vou para o Pai” (Mt 16.28). Mas, paralelamente aos atributos

de deidade e à missão sem-par de que fora revestido, havia o seu contraste senso de que

participava das experiências comuns á humanidade. Para ele, o tempo, o espaço, a

pobreza, a solidão, a fadiga e a tristeza eram tão reais quanto eram as suas qualidades e

Page 50: TCC SALVO

- 50 -

habilidades transcendentais. Todas essas coisas ele não somente sentia, mas também

exprimia diante dos seus seguidores.

5.3 – O Espírito Santo – O ensino de Jesus sobre o Espírito Santo girava em torno da

obra do Espírito em favor dos crentes. Ele enfatizou que o homem entra no reino de

Deus ao nascer por operação do Espírito de Deus.(Jo 3.5); e que o crente encontra seu

cumprimento na vida abundante do crente, (Jo7.38-39). Jesus também atribuía o poder

do seu ministério ao mesmo Espírito Santo (Mt. 12.27-28), o qual, segundo Jesus

também esclareceu, haveria de permanecer para sempre com os crentes, vindo residir

neles (Jo 14.16-17).

5.4 – As Escrituras – Embora Jesus nunca tivesse feito qualquer exposição sistemática

das Escrituras, ele apresentou as mais firmes declarações acerca do caráter fidedigno da

Bíblia. Ao argumentar em defesa de sua vida, Jesus escreveu “...e a escritura não pode

falhar”. E, noutra oportunidade, declarou: “Por que em verdade vos digo: até que o céu

e aterra passe, nenhum i ou til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra (Mt. 5.18).

Jesus anunciava “a palavra” às multidões (Mc 2.1e2). Jesus sempre apelava á palavra de

Deus, convocando as autoridades religiosas do povo judeu para que dessem ouvidos e

voltassem ao que está escrito. Sua queixa acerca da tradição secular dos judeus é que,

via de regras, fazia a palavra de Deus tornar-se sem efeito (Mt 7.13). Em suma, Jesus

ensinava que a Palavra de Deus é a verdade (Jo 17.17).

5.5 – Vida Cristã - Jesus não expunha a vida cristã segundo os termos legalistas. Deveria

haver uma vitalidade espiritual, produzida por meio de novo relacionamento entre o

homem e ele, por meio da fé (Jo5.24). Nenhuma outra verdade merecia tanta atenção e

nem recebeu ênfase maior, dentro do ensinamento de Jesus, do que o fato de que ele era

a própria vida dos homens. Assim, ele se declarou o pão da vida (Jo 6.35), a luz da

vida(8.12), o caminho, a verdade e a vida (14.6), a ressurreição e a vida (11.25). A

conduta cristã é a expressão dessa vida, em consonância com os princípios divinos e

com os preceitos da Palavra de Deus. Isso posto, há dois mandamentos fundamentais

que se reduzem a um só – amor. Amar a Deus com todas as fibras do ser, e amar ao

próximo como nós mesmos, é a vida focalizada em termos éticos (Mc 12.30-31). O

outro lado do amor é a santidade, isto é, a semelhança com Cristo. Foi por esse motivo

que Jesus orou ao Pai: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).

5.6 - O Reino de Deus – Um dos temas mais constantemente repetidos, dentro do

ensino de Jesus, era o reino de Deus, ou reino dos céus. O reino de Deus é o governo de

Page 51: TCC SALVO

- 51 -

Deus, quer simplesmente nos corações dos homens, quer em alguma forma de

estabelecimento neste mundo. Tem começo nas vidas dos crentes (Lc 17.21), mas é

também um fato capaz de ser ampliado e de ter pleno cumprimento, até que Deus venha

a ter de volta a soberania que lhe cabe por direito, sobre todas as suas criaturas, dentro

de um perfeita ordem de coisas (Mt 6. 10). “Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando

nas sinagogas, pregando o evangelho do reino...” (Mt 4.23).

5.7 – A Igreja – O reino de Deus assume forma palpável na Igreja, na presente ordem

mundial. A Igreja é a assembléia daqueles que se submeteram voluntaria e

jubilosamente ao governo de Deus, por meio da redenção que há em Cristo. Jesus tinha

plena consciência do surgimento da coletividade dos crentes, os remidos pelo seu

sangue. Ele chamou essa coletividade de a Igreja, afirmando-se o seu fundador (Mt

16.18).

5.8 - Escatologia – Para Jesus, as questões escatológicas eram uma simples extensão dos

Pprincípios morais e espirituais que ele ensinava, levadas às suas conseqüências lógicas,

sob o governo de Deus. Ficam subentendidos a responsabilidade moral, a vida futura, o

céu, o inferno, o julgamento, as recompensas, os castigos, o triunfo final de Deus e de

seu povo, e a perdição eterna daqueles que se perderem. Aqueles que rejeitaram a Jesus

Cristo e ao Espírito Santo não têm qualquer esperança (Mt 12.30-31). E aqueles a quem

Jesus conferir a vida eterna jamais perecerão (Jo 10.28).

Page 52: TCC SALVO

- 52 -

CONSIDERAÇÕES

Conclusivamente a Igreja é uma agência divina e possui três funções básicas: Adorar,

Evangelizar e Ensinar. Logo o ensino perpassa os demais, já que, evangelização sem ensino é

o mesmo que semear sem regar. E o ato de adorar requer do adorador um conhecimento do

que de fato é prestar adoração e também de quem é adorado, conhecimento este obtido através

do ensino. Em suma, o ensino proporciona à Igreja condições de estabelecer padrões de

crescimento que podem ser alcançados de forma satisfatória.

Considera-se com esta análise que a educação cristã é de suprema relevância para a

formação do caráter cristão e para a afixação da consciência espiritual. A educação cristã

promove o conhecimento de Deus e de seu amor presente em Cristo. Dando condições de

preparo e desenvolvimento a seus membros para desempenharem o seu serviço no Reino.

Portanto, o investimento no setor educacional da igreja é, sobretudo, investimento na

formação do caráter cristão; é o empenho no sentido de formar discípulos conscientes acerca

do seu papel no Reino de Deus, bem como da sua função no meio social. Decididamente,

ministrar a Palavra de Deus é um privilégio para quem coloca a sua vida à disposição do

Senhor.

Os professores de EBD são uma espécie de porta-vozes do conteúdo das lições para os

alunos de sua classe. Cabe a eles fidelidade, honestidade, bom testemunho, que seja uma

pessoa de oração e submissa à vontade de Deus. Paulo, falando aos Romanos, orienta: “se é

ensinar, haja dedicação ao ensino” (Ro 12.7). Assim sendo, através desta pesquisa observa-se

que as Igrejas da Associação Batista Metropolitana que participaram diretamente deste

trabalho são compostas por professores que fazem jus às suas responsabilidades. E também os

dados obtidos através da pesquisa de campo são contundentes com suas referencias e

sustentam a afirmativa de que o ensino na EBD deve ser pautado na prática pedagógica de

Jesus.

Em conformidade com o objetivo geral deste trabalho fica evidente que ainda não foi

alcançado no todo o padrão estabelecido por Jesus para o ensino bíblico, mas no entanto, os

resultados demonstrados através da pesquisa apontam para um crescimento sadio da EBD.

Esta análise ressalta que é possível aos integrantes da Escola Bíblica Dominial

conhecer os resultados alcançados em sua igreja, bem como, fomentar a melhoria do ensino

através da prática pedagógica de Jesus.

Page 53: TCC SALVO

- 53 -

010203040

50

60

70

80

90

65 70

88

65 65 65 70

35

523530

12

35 35 3530

75

48

COMO OS DIRETORES AVALIAM A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES DA EBD

SIM NÃO

FONTE:17 DIRETORES DE ABD DA ASSOCIAÇÃO BATISTA METROPOLITANA

11

35

76

64

89

65

24

36

0 50 100

A ausência do planejamento sistematizado e do acompanhamento pedagógico equipara com os ensinos de Jesus

O sistema pedagógico de sua igreja é satisfatório

Os professores utilizam metodologias que facilItam o aprendizado

A EBD comtribui para o viver pessoal segundo os ensinos de Jesus

A EBD SEGUNDO O PENSAMENTO DE SEUS DIRETORES

AS VEZES

NÃO

SIM

FONTE :17 DIRETORES DE ABD DA ASSOCIAÇÃO BATISTA METROPOLITANA

Figura 1

Page 54: TCC SALVO

- 54 -

Adoração27%

Evangelização34%

Santificação 20%

Adoração e Santificação

12%

Adoração e Evagelização

7%

Adoração/Santificação/Evangelização

0%

RESULTADOS ALCANÇADOS POR MEIO DA EBD QUANTO A:

Adoração, Santificação e Evangelização, SEGUNDO OS DIRETORES DE EBD

FONTE:17 DIRETORES DE ABD DA ASSOCIAÇÃO BATISTA METROPOLITANA

Aluno0%

Professor0%

Pais0%

Pastor0%

Diretor12%

Educador Cristã12%

Todos70%

Alunos/Diretor/Pastor/professor/Educador Cristão

6%

SEGUNDO OS DIRETORES A QUEM SE DEVE ATRIBUIR O BOM ANDAMENTO DA EBD

FONTE:17 DIRETORES DE ABD DA ASSOCIAÇÃO BATISTA METROPOLITANA

Figura 3

Figura 4

Page 55: TCC SALVO

- 55 -

89

5

90

87

93

11

95

10

13

7

0 50 100

Planejadas

Ministradas segundo os ensinos de Jesus

Responsavél pelos resultados positivos e

negativos

Ministradas de forma dinâmica e

participativa

Influenciável para o viver segundo os

ensinos de Jesus

COMO OS PROFESSORES DA EBD AVALIAM SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA

NÃO SIM

FONTE: 102 PROFESSORES DE ABD DA ASSOCIAÇÃO BATISTA METROPOLITANA

Educar11%

Evagelizar22%

Discipular18%

Educar e Evagelizar 5%

Evangelizar e Discipular

7%

Educar e Discipular 1%

Educar/Evangelizar/Disipular

36%

VISÃO DOS PROFESSORES QUANTO A FUNÇÃO DA EBD

FONTE: 102 PROFESSORES DE ABD DA ASSOCIAÇÃO BATISTA METROPOLITANA

Figura 5

Figura 6

Page 56: TCC SALVO

- 56 -

23%

43%

34%

ÍNDICE DE CONTRIBUIÇÃO DA EBD PARA TRANSFORMAÇÃO DE VIDAS

10% a 30% 40% a 60% 70% a 100%

FONTE: 102 PROFESSORES DE ABD DA ASSOCIAÇÃO BATISTA METROPOLITANA

0%

28%

59%

13%

CONCEITO ATRIBUIDO A EBD PELOS PROFESSORES

Ruim Regular Bom Excelente

FONTE: 102 PROFESSORES DE ABD DA ASSOCIAÇÃO BATISTA METROPOLITANA

Figura 7

Figura 8

Page 57: TCC SALVO

- 57 -

Educar24%

Evangelizar21%

Discipular37%

Evangelizar e Discipular

7%

Educar e Evangelizar2%

Educar/Evangelizar/Discipular

7%

Educar e Discipular2%

VISÃO DOS ALUNOS QUANTO A FUNÇÃO DA EBD

FONTE: 112 alunos da EBD das Igrejas da Associação Metropolitana - TO

0

20

40

60

80

100

A EBD tem atendindo a suas

expectativas

A EBD tem sido realizado

segundo os ensinamentos de

Jesus

A EBD tem sido realizado de

forma dinâmica com métodos

inovadores

94 100

71

629

SATISFAÇÃO DOS ALUNOS DA EBD

SIM

NÃO

FONTE: 112 alunos da EBD das Igrejas da Associação Batista Metropolitana - TO

Figura 9

Page 58: TCC SALVO

- 58 -

13%

39%

14%

5%

3%

24%

2%

RESULTADOS ALCANÇADOS POR MEIO DA EBD QUANTO A:

Adoração, Santificação, Comunhão, SEGUNDO OS ALUNOS DA EBD

Adoração

Santificação

Comunhão

santificação e Comunhão

Adoração e Comunhão

Adoração/ Santificação/ Comunhão

Adoração e Santificação

FONTE: 112 alunos da EBD das Igrejas da Associação Batista Metropolitana -TO

Regular6%

Bom46%

Excelente 48%

CONCEITO ATRIBUIDO À EBD PELOS ALUNOS

FONTE: 112 alunos da EBD das Igrejas da Associação Batista Metropolitana - TO

Figura 11

Figura 12

Page 59: TCC SALVO

- 59 -

2421

37

7

2

7

2

11

22

18

75

36

1

0

5

10

15

20

25

30

35

40

COMPARATIVO ENTRE PROFESSOR E ALUNO QUANTO A FUNÇÃO DA EBD

Aluno

Professor

FONTE: 112 ALUNOS E 102 PROFESSORES DE EBD DA ASOCIAÇÃO BATISTA METROPOLITANA

5%

2%

82%

8%

2%

1%

RESULTADOS ALCANÇADOS POR MEIO DA EBD QUANTO A:

Evangelização, Missões e Ação Social, SEGUNDO OS ALUNOS DA EBD

Evangelismo

Missões

Avangelismo/Ação Social/Missões

Evangelismo e Missões

Ação Social e Missões

Nenhum

FONTE: 112 alunos da EBD das Igrejas da Associação Batista Metropolitana - TO

Figura 13

Figura 14

Page 60: TCC SALVO

- 60 -

0

5

10

15

20

25

30

35

40

ADORAÇÃO SANTIFICAÇÃO ADORAÇÃO E SANTIFICAÇÃO

13

39

2

24

18

11

COMPARATIVO ENTRE DIRETOR E ALUNO QUANTO A

CONTRIBUIÇÃO DA EBD NA ADORAÇÃO E SANTIFICAÇÃO

ALUNO

DIRETOR

FONTE: 17 DIRETORES E 112 ALUNOS DE EBD DA ASSOCIAÇÃO BATISTA METROPOLITANA

0

10

20

30

40

50

60

Ruim Regular Bom Excelente

0

28

59

13

0

6

4648

COMPARATIVO ENTRE PROFESSOR E ALUNO QUANTO AO CONCEITO DA EBD

PROFESSOR

ALUNO

FONTE: 102 PROFESSORES E 112 ALUNOS DA ASSOCIAÇÃO BESTISTA METROPOLITANA

Figura 16

Figura 15

Page 61: TCC SALVO

- 61 -

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

AULAS PLANEJADAS APLICAM A LIÇÃO MÉTODOS VARIADOS

65

88

35

8993

87

COMPARATIVO ENTRE DIRETOR E PROFESSOR QUANTO A PRÁTICA

PEDAGÓGICA UTILIZADA NA EBD

DIRETOR

PROFESSOR

FONTE: 17 DIRETORES E 102 PROFESSORES DA ASSOCIAÇÃO BESTISTA METROPOLITANA

0

10

20

30

40

50

60

ALUNO DIRETOR

2

52

COMPARATIVO ENTRE O ESTIMULO À PRÁTICA DA AÇÃO SOCIAL

FONTE: 17 DIRETORES E 122 ALUNOS DE EBD ASSOCIAÇÃO BESTISTA METROPOLITANA

Figura 17

Figura 18

Page 62: TCC SALVO

- 62 -

SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO TOCANTINS

PESQUISA PARA COLETAS DE INFORMAÇÃO

Diretores da EBD – Associação Batista Metropolitana - TO

Esta pesquisa tem como objetivo formalizar aos requisitos necessários para o TCC –

Trabalho de Conclusão de Curso com o tema: “Uma Análise sobre a Prática Pedagógica da

Escola Bíblica Dominical das Igrejas Batistas à luz dos ensinos de Jesus” para obtenção

do titulo de Bacharel em Educação Cristã com Ênfase em Missões.

Aluna: Innaê Cerqueira Ferreira Gonçalves Nascimento

1) Enquanto diretor da EBD você tem observado que os professores:

Planejam suas aulas de forma sistemática ( ) sim ( )não

Vivem em conformidade com o que ensinam ( ) sim ( )não

Fazem aplicação do conteúdo à vida dos alunos ( ) sim ( )não

Buscam planejar suas aulas conforme as necessidades de sua sala ( ) sim ( )não

Buscam participar de capacitações com freqüência ( ) sim ( )não

São acomodados (sempre as mesmas aulas) ( ) sim ( )não

São vocacionados para o ensino cristão (EBD) ( ) sim ( )não

Ensinam através de métodos variados ( ) sim ( )não

Estimulam seus alunos à prática da ação social ( ) sim ( )não

2) “EBD de qualquer jeito” – Sem planejamento sistemático, sem acompanhamento

pedagógico, sem metodologia diversificada. - Seria esta a proposta do ensino de

Jesus?

( ) sim ( )não

3) Enquanto diretor, você se tem por satisfeito com o sistema pedagógico da EBD de sua

igreja?

( ) sim ( )não

4) Quanto aos resultados do ensino da EBD, sua igreja tem alcançado resultados

favoráveis quanto a:

( ) Adoração ( ) Evangelização ( ) Santificação

5) EBD - de quem é responsabilidade?

( ) do aluno ( ) do professor

( ) dos pais ( ) do pastor

( ) do diretor ( ) do educador cristão

6) Você observa que os professores utilizam recursos metodológicos que facilitam o

aprendizado dos alunos?

( ) sim ( )não

7) Em sua opinião a EBD tem proporcionado aos alunos condições de vivenciarem os

ensinos de Jesus? ( ) sim ( )não ( ) as vezes

Page 63: TCC SALVO

- 63 -

SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO TOCANTINS

PESQUISA PARA COLETAS DE INFORMAÇÃO

Professores da EBD – Associação Batista Metropolitana - TO

Esta pesquisa tem como objetivo formalizar aos requisitos necessários para o TCC –

Trabalho de Conclusão de Curso com o tema: “Uma Análise sobre a Prática Pedagógica da

Escola Bíblica Dominical das Igrejas Batistas à luz dos ensinos de Jesus” para obtenção

do titulo de Bacharel em Educação Cristã com Ênfase em Missões.

Aluna: Innaê Cerqueira Ferreira Gonçalves Nascimento

1) Qual a função da Escola Bíblica Dominical?

( ) Educar ( )Evangelizar ( )Discipular

2) Você planeja sua aula?

( ) Sim ( ) Não

3) Em sua opinião, o ensino na EBD de qualquer jeito serve?

( ) Sim ( ) Não

4) A EBD tem sido ministrada segundo os ensinos de Jesus?

( ) Sim ( ) Não

5) O papel do professor na EBD responde pelos resultados positivos ou negativos?

( ) Sim ( ) Não

5) Na sua opinião, a EBD atual vive na plenitude dos ensino bíblicos?

( ) Sim ( ) Não

7) Ao avaliar o sistema pedagógico, da sua igreja, a EBD é responsável pela

transformação de vidas em?

( ) 10% a 30% ( ) 40% a 60% ( ) 70% a 100%

8) Qual seria o conceito que você daria para a EBD da sua igreja?

( ) Rui ( ) Regular ( ) Bom ( ) excelente

9) As suas aulas são ministradas de forma dinâmica e participativa?

( ) Sim ( ) Não

10) Você acredita que tem influenciado seus alunos de forma que saibam vivenciar os

ensinos de Jesus?

( ) Sim ( ) Não

Page 64: TCC SALVO

- 64 -

SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO TOCANTINS

PESQUISA PARA COLETAS DE INFORMAÇÃO

Alunos da EBD – Associação Batista Metropolitana - TO

Esta pesquisa tem como objetivo formalizar aos requisitos necessários para o TCC –

Trabalho de Conclusão de Curso com o tema: “Uma Análise sobre a Prática Pedagógica da

Escola Bíblica Dominical das Igrejas Batistas à luz dos ensinos de Jesus” para obtenção

do titulo de Bacharel em Educação Cristã com Ênfase em Missões.

Aluna: Innaê Cerqueira Ferreira Gonçalves Nascimento

1. Qual a função da (EBD) Escola Bíblica Dominical, de sua igreja?

( ) Educar ( ) Evangelizar ( ) Discipular

2. A EBD, da sua igreja, tem sido desenvolvida de forma que atenda às suas

expectativas?

( ) Sim ( ) Não

3. As aulas na EBD, da sua igreja, têm sido ministradas, segundo os ensinamentos de

Jesus?

( ) Sim ( ) Não

4. Ao longo da sua vida cristã, como classificaria a EBD da sua igreja?

( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Excelente

5. Você considera que a EBD, de sua igreja, seja dinâmica, atrativa, com métodos

inovadores?

( ) Sim ( ) Não

6. Você acredita que a EBD, de sua igreja, tem sido instrumento indispensável ao seu

crescimento na:

( ) Adoração ( ) Santificação ( ) Comunhão

7. A EBD, de sua igreja, tem oferecido lições aplicáveis para a sua vida no que diz

respeito a:

Evangelismo ( ) Sim ( ) Não

Ação social ( ) Sim ( ) Não

Missões ( ) Sim ( ) Não

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