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Graduando: Diego Belo Rodrigues Orientador: M. Sc. Cláudio Garcia Duran Alvar Métodos de controle da Lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda), Lagarta da espiga (Helicoverpa zea) Lagarta Elasmo (Elasmospalpus lignosellus) e Lagarta rosca (Agrotis ipsilon) na cultura do milho (Zea mays (L)). IAESB – Instituto Avançado de Ensino Superior de Barreiras FASB – Faculdade São Francisco de Barreiras Curso de Agronomia Coordenação de Estágio Curricular

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Page 1: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

 

Graduando: Diego Belo Rodrigues

Orientador: M. Sc. Cláudio Garcia Duran Alvarez

Métodos de controle da Lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda), Lagarta da espiga (Helicoverpa zea) Lagarta Elasmo (Elasmospalpus lignosellus) e Lagarta rosca (Agrotis ipsilon) na

cultura do milho (Zea mays (L)).

IAESB – Instituto Avançado de Ensino Superior de BarreirasFASB – Faculdade São Francisco de Barreiras

Curso de AgronomiaCoordenação de Estágio Curricular

Page 2: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Introdução

O Brasil é o terceiro maior produtor de milho, com 6% da produção mundial(ROTUNDO, 2006).

O milho é o segundo grão mais produzido no país, com cerca de 50.110,5 milhões de toneladas, em 14.136,8 milhões de hectares(CONAB, 2008).

O desenvolvimento de pragas pode tornar-se um fator limitante no potencial de produção da cultura(CRUZ, 1999).

Page 3: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Objetivos

Estudar as características, manejo e o monitoramento de pragas com o uso de métodos de controle.

Page 4: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Histórico da cultura

O milho surgiu há aproximadamente 4500 anos em solo americano, foi levada por Cristóvão Colombo à Europa, que até então desconheciam o grão(VOLPATTO, 2005).

Linneus, em sua classificação de gêneros e espécies, denominou-o de “Zea mays”, do grego “zeia”(grão, cereal), e “mays” em homenagem a um dos principais povos da America, os Maias(VOLPATTO, 2005).

Page 5: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Característica da planta do milho

Monóica.

Sistema radicular de dois tipos: Primários e adventícios.

Caule: Cilíndrico.

Folhas: Lanceoladas.

Semente do tipo Cariópse.

Page 6: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Característica da planta do milho

Precipitação: 400 a 700mm.

Temperatura: 30°C a 33°C

pH 5,8 a 7,0

Page 7: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Fenologia

VegetativoVE, emergênciaV1, 1ª folha desenvolvidaV2, 2ª folha desenvolvidaV3, 3ª folha desenvolvidaV4, 4ª folha desenvolvidaV(n)1, n° folha desenvolvidaVT, pendoamento

ReprodutivoR1,EmbonecamentoR2, Bolha d’águaR3, Grão LeitosoR4, Grão PastosoR5, Formação de denteR6, Maturidade Fisiológica

Page 8: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Importância Econômica

Produção de Milho no Mundo

EUAChina BrasilOutros paises

41 %

19 %6 %

33 %

Page 9: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Importância Econômica

Dentre os grãos produzidos no Brasil, o milho é o segundo mais expressivo, com cerca de 58,586 milhões de toneladas, em uma área de aproximadamente 14,708 milhões de hectáres, atrás apenas da soja(CONAB, 2009).

Do total de grãos produzidos apenas 15% é destinado ao consumo humano, 70 % ao consumo animal e os 15 % restante destinado a outros fins(LARAYER, 2008).

A produção de milho, no Brasil tem-se caracterizado pela divisão da produção em duas épocas de plantio (safra e safrinha)(MATTOSO, 2006).

Page 10: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Importância Econômica

Região Oeste da Bahia

A região que mais cresce economicamente no Nordeste, em função da exploração agropecuária e agroindustrial(SEAGRI, 2009).

Um dos principais fornecedores de milho no nordeste.

Utilizado no manejo das culturas (rotação).

Page 11: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Produtividade no Oeste da Bahia

Page 12: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Importância do controle de pragas

A redução de custo, está diretamente relacionada com o aumento da produtividade. A incidência de pragas pode tornar-se um fator limitante do potencial produtivo da cultura(ROMÃO et al., 2005).

Page 13: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Métodos de Controle de Pragas

Controle Genético

Controle Cultural

Controle Biológico

Controle Químico

Page 14: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Métodos de Controle de Pragas

O Bacillus thuringiensis foi descoberto em 1911 na Alemanha, porém somente em 1938 na França foi utilizada comercialmente como inseticida biológico.

O Bacillus thuringiensis produz proteínas específicas com ação inseticida conforme a ordem dos insetos.

A adoção da tecnologia Bt tem promovido redução de perdas da produtividade da ordem de 20%, pelo melhor controle das lagartas que atacam o milho.

Controle Genético

Page 15: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Métodos de Controle de Pragas

Controle Cultural

Conjunto de técnicas de preparo do solo como, rotação de culturas, aração e gradagem, época de semeadura, manejo de plantas daninhas, uso de cultivares resistentes, destruição de restos culturais, que contribuem de maneira marcante no combate as pragas de diversas culturas.

Essa medida afeta a disponibilidade de alimento do inseto e consequentemente reduz a incidência da praga.

Page 16: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Métodos de Controle de Pragas Controle biológico

Método eficiente e menos prejudicial ao meio ambiente.

O controle biológico pode ser utilizado de dois modos: pela importação de inimigos naturais ou ainda pela manipulação daqueles já existentes no local .

Dentro da filosofia do Manejo Integrado de Praga - MIP não há a intenção de exterminar a praga, mas sim manter sua população em níveis toleráveis (MONTESBRAVO, 2001).

Page 17: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Métodos de Controle de Pragas Controle Químico

O uso de produtos químicos é realizado logo que detectada a ocorrência de pragas.

Para obter sucesso,a aplicação de produtos químicos deve ser realizado no período de oviposição das mariposas.

A má regulagem dos equipamentos, a escolha e dose incorreta de defensivos agrícolas e a falta de monitoramento podem aumentar o número de aplicações de inseticidas

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Inseto de metamorfose completa

Comprimento da Lagarta: cerca de 40 mm.

Coloração: variável entre parda escuro, verde e quase preta

Parte frontal da cabeça apresenta um Y invertido

Hábito alimentar diversificado

Ciclo vital entre 30 e 50 dias

Principais lagartas do Milho

Lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda):

Page 19: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Danos provocados pela Lagarta do cartucho

Raspagem da folha

Instala-se no cartucho, destruindo a planta.

Danos à espiga

Page 20: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Controle da lagarta do cartucho

Controle biológico

Beauveria

Baculovirús

Inimigos naturais

Tesourinha (Dorus luteipes)

Vespinhas ( trichogramma ssp.)

Controle químico Fosforados Clorofosforados Carbamatos Piretróides.

Controle genético

Milho Bt (Bacillus thuringiensis)

Page 21: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Principais lagartas do Milho

Lagarta da Espiga ( Helicoverpa zea):

Comprimento da Lagarta:cerca de 35 mm.

Coloração: variável entre verde claro, creme e quase preta

Ovos são depositados nos estilos-estigmas ("cabelo").

Ciclo vital cerca de 40 - 45 dias

Page 22: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Danos provocados pela Lagarta da espiga:

Recém eclodidas alimentam-se dos estilos-estigmas.

A medida que se desenvolvem, danificam os grãos leitosos.

Orifícios deixados nos grãos leitosos, facilitam a penetração de microorganismos e pragas dos grãos.

Page 23: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Controle da lagarta da espiga

Controle biológico

Beauveria

Baculovirús

Inimigos naturais

Tesourinha (Dorus luteipes)

Vespinhas ( trichogramma ssp.)

Controle químico

Carbaryl

Trichlorfon

Controle Cultural

Escolha de cultivares mais resistentes

Page 24: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Principais lagartas do Milho Lagarta Elasmos

(Elasmopalpus lignosellus):

A lagarta recém eclodida alimenta-se das folhas próximas ou em contato ao solo.

Comprimento da Lagarta: cerca de 16mm.

Coloração: Esverdeada com anéis e listras vermelha escura.

Ciclo Vital: cerca de 30 a 40 dias.

Page 25: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Danos provocados pela Lagarta Elasmos

Orifícios no colmo.

Murchamento e seca das folhas centrais.

Destruição total ou parcial dos tecidos meristemáticos.

Page 26: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Controle da Lagarta Elasmos

Controle quimico

Thiodicarb

Carbofuran

Carbossulfan

Clorpirifós

Controle cultural

Plantio direto

Page 27: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Principais lagartas do Milho Lagarta-Rosca (Agrotis ipsilon)

Comprimento da Lagarta: 40mm

Coloração: variável, cinza escuro com listras laterais e dorsais, possui suturas em formato de V invertido na cabeça.

Ciclo Vital: cerca de 40 a 45 dias.

Hospedeiro de diversas culturas e plantas daninhas.

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Danos provocados pela Lagarta Rosca

Alimenta-se do colmo do milho provocando um corte na planta toda ou parte dela.

Lesão denominada “Coração Morto”.

Perfilhamento

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Controle da Lagarta rosca

Controle químico

Clorpirifós Triclorforn

Controle Cultural Aração Gradagem

Page 30: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Metodologia

Localização:

Fazenda Condomínio Puton

Comunidade de Bela Vista

Luis Eduardo Magalhães

Solo: Latossolo vermelho amarelo, distrófico, textura média

Cultura: Milho (Zea mays)

Cultivares:

30F53, DKB390, DKB390Y (Bt), 30F90, DKB177, 30K73 (Bt), 30F35

Área:1.090 hectares

Page 31: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Metodologia Espaçamento:• 0,45 m• 6 plantas/metro linear• Área dividia em 7 lotes • aproximadamente155 hectares cada

População de plantas:•133.333 plantas/ha

Adubação de plantio•NPK 6-24-12•370 kg/ha

Tratamento de Sementes•Cropstar

Page 32: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Atividades desempenhadas

Acompanhamento do tratamento de sementes

Plantio da cultura

Vistoria, monitoramento e controle das pragas.

Acompanhamento da adubação de cobertura

Metodologia

Page 33: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Metodologia

• Pulverizador autopropelido

Equipamentos utilizados

• Trator com plantadeira

Page 34: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Metodologia

Produto

comercial1

ingrediente ativo

(ia)

Dosage

m L/haAlvo

Classe

Toxicológica2

Lannate METHOMIL 1,0S.

frugiperda I

Nomolt 150 TEFLUBENZURON 0,15S.

frugiperda IV

Certero TRIFLUMUROM 0,08S.

frugiperda IV

1 CS - Concentrado Solúvel; SC - Suspensão Concentrada.2 I - Extremamente Tóxico; II - Altamente Tóxico; III – Medianamente Tóxico; IV – Pouco Tóxico.

Inseticidas

Page 35: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Resultados e Discussão

O manejo adequado de pragas, através da práticas de acompanhamentos diários na lavoura e observação do comportamento de cada lagarta, é a chave para alta produtividade com baixos custos.

Segundo MontesBravo ,(2001) a amostragem deve ser feita na diagonal observando num total de 25 plantas/ ha e mais seis plantas por cada hectare adicional.

Na Fazenda Condomínio Puton, em cada lote eram observados dois pontos, sendo que em cada ponto delimitava-se uma linha de 50 plantas .

Page 36: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Resultados e Discussão

Durante o período de monitoramentos observou-se a presença inicial de percevejo verde (Nezara viridula) e lagarta-do-cartucho (S. frugiperda).

Devido a eficiência do inseticida utilizado no tratamento das sementes as pragas iniciais que atacaram a cultura, não causaram danos significativos à lavoura.

Com o monitoramento diário da lavoura,foi constatado o nível de dano econômico em 20%.Com 30 dias após a emergência(DAE), iniciou-se a primeira aplicação para o controle da lagarta-do-cartucho.

Page 37: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Resultados e Discussão

Após a primeira aplicação do inseticida a cultura voltou a sofrer ataque por população ainda maior da lagarta do cartucho (S. frugiperda).

O aumento populacional da lagarta do cartucho (S. frugiperda), é consequência do atraso da primeira aplicação de inseticidas.

Após 15 dias da primeira, foi feita a segunda aplicação.

Page 38: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Resultados e Discussão

Houve necessidade de uma terceira aplicação para o controle da lagarta do cartucho, que foi realizada cerca de 10 dias após a segunda.

Enquanto nos lotes onde se cultivou o milho convencional recebeu três aplicações de inseticidas, os lotes cultivados com milho transgênico recebeu nenhuma aplicação, portanto, comprovando a resistência do milho BT (transgênico) à lagartas e outras pragas.

Page 39: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

Resultados e Discussão

Comparativo de milho transgênico (Bt) sem ataque (A) e milho convencional atacado por S. frugiperda (B).

A praga de maior incidência na propriedade Condomínio Puton na safra 2008/09, foi a lagarta-do-cartucho (S. frugiperda).

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Conclusão

O tratamento de sementes é o método mais eficaz para o controle das pragas iniciais.

O atraso na aplicação do controle químico acarreta a ineficácia do mesmo, o que explica o aumento populacional da praga.

O plantio da variedade transgênica, consegue aliar baixo custo e preservação ambiental, com a redução no uso de inseticidas.

A praga de maior incidência no condomínio Fazenda Puton, foi a lagarta do cartucho.

Page 41: TCC Diego Belo JB[Salvo Automaticamente

OBRIGADO!!

DIEGO BELO RODRIGUES