tcc parte ii finalizado

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1. Introduo

Nos ltimos 50 anos o Brasil passou por uma srie de mudanas sociais, econmicas e polticas tanto pela influncia da globalizao como pelo desenvolvimento autnomo de circunstncias e processos histricos. Algumas das condies que retratam a mudana do estilo de vida do brasileiro foram: a transio do eixo rural para o urbano, a reduo da mortalidade infantil e diminuio da taxa de fecundidade. Este novo quadro populacional contribui substancialmente para o aumento da expectativa de vida, juntamente com esta transio ocorreram outras mudanas como nas ocupaes e empregos, trazendo o perfil econmico do setor primrio para o secundrio e tercirio, fatores cruciais para a gerao de renda, estilo de vida e especialmente demandas nutricionais. (PRATA, 1992; BARRETO & CARMO, 1995; MINAYO, 1995; MONTEIRO, 1995) Decorrente de todos esses fatores dentre outros houve uma mudana abrupta do perfil nutricional de crianas e adultos. Ao mesmo tempo em que se declina a ocorrncia da desnutrio aumenta a prevalncia de sobrepeso e obesidade da populao brasileira, isto uma indicativa de um comportamento claramente epidmico, onde se estabelece de forma antagnica entre desnutrio e obesidade. Definindo, portanto, a caracterstica marcante do processo de transio nutricional no pas.( FILHO, 2003) Em 2003 a proposta encontrada como interveno do governo federal foi a implantao do Fome Zero . Este programa busca uma poltica emergencial de combate a fome e da construo de uma poltica social integrada de segurana alimentar.( SENNA, 2007,ESTRELLA, RIBEIRO,2008) O PBF surgiu da unificao de quatro programas: Bolsa-escola, Bolsa-alimentao, Cartas-alimentao e Auxlio-gs. Por meio do PBF o governo repassa uma ajuda monetria por ms a famlias carentes. Importante para a incluso de vulnerabilidade socioeconmica e a programao do acesso aos direitos sociais bsicos de sade e educao. (OSVALDO, 2005) .

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Segundo a pesquisa do PNDS 2006 (Pesquisa Nacional de Demografia e Sade) o baixo peso ainda atinge cerca de 1,7% da populao infantil sendo que o maior percentual foi encontrado na regio norte que de 3,4%, a prevalncia de desnutrio entre crianas menores de 5 anos no Brasil foi reduzida em cerca de 50% nas ultimas 4 dcadas, passando 13,5% a para 6,8% no perodo avaliado. Diversos fatores tm contribudo para tal situao: aumento da escolaridade materna, aumento do poder aquisitivo das famlias a expanso da assistncia sade e as melhorias nas condies de saneamento da populao. (MONTEIRO et al., 2009) De acordo com a Organizao Mundial da Sade (OMS) a prevalncia de obesidade infantil tem aumentado em torno de 10% a 40% nos ltimos 10 anos. Segundo dados do PNDS 2006 cerca de 7% da criana menores de 5 anos apresentavam excesso de peso, ndice que permaneceu estvel para essa faixa etria na ultima dcada, embora aparentemente estvel a prevalncia de sobrepeso em crianas tende a aumentar nos prximos anos se o fenmeno observado entre adolescentes e adultos mantiver a atual tendncia de aumento ( BRASIL,2008). Diante dessa situao h uma necessidade de um acompanhamento nutricional, especialmente na infncia. Nesta pesquisa a coleta e anlise dos dados poder descrever o estado nutricional das crianas menores de 5 anos beneficiadas pelo Programa Bolsa Famlia (PBF) atendidas nas Unidades de Sade da Famlia (USFs) Comunidade Crist e Me Rainha da cidade de Vicncia, pois atravs dessa anlise possibilitar a minimizao da prevalncia tanto do dficit nutricional quanto do sobrepeso e obesidade. Obtendo este perfil facilitar a interveno do surgimento de possveis comorbidades associadas aos problemas de sade pblica. Para modificar a transio nutricional so indispensveis mais que mecanismos de auxlio monetrio s famlias beneficiadas. necessrio ainda mais o monitoramento, a orientao e assistncia para efetivar o resultado e eficcia do Programa Bolsa Famlia (PBF).

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2. JustificativaA anlise do perfil nutricional a coleta e amostragem dos dados obtidos com a pesquisa so importantes para evidenciar a eficcia do Programa Bolsa Famlia na regio do municpio de Vicncia, pois a amostra analisada pode refletir como est o estado nutricional em crianas naquela regio, enfatizando que as famlias que recebem o auxilio do PBF so pobres ou extremamente pobres, mais um motivo ento para a monitorizao e orientaes constantes desse grupo de pessoas. A presente pesquisa estuda a populao de crianas menores que cinco anos cadastras no PBF cobertas pelo PSF Comunidade Crist do municpio de Vicncia. Com os dados coletados pode-se identificar o perfil do estado nutricional destas crianas, podendo ser desnutridas, eutrficas, com sobrepeso ou obesas. Atravs do perfil nutricional possvel ter uma direo sobre o estado de sade do individuo e na infncia isso de extrema importncia porque a fase qualquer dficit ou excesso ir ter consequncias que se no corrigidas a tempo ir refletir na adolescncia e na vida adulta. Alm disso, nesse perodo que a criana desenvolve hbitos alimentares que se no houver uma interveno eficaz ir provavelmente acompanh-la durante toda vida. Por ser um perodo particularmente vulnervel, os primeiros anos de vida so decisivos para o crescimento das crianas (SILVA et al.,2000). A pesquisa tambm poder contribuir para que os profissionais de sade daquela regio possam intervir precocemente e de maneira mais eficiente, orientando as famlias, acompanhando-as e consequentemente minimizando e/ou controlando os efeitos dos extremos nutricionais e suas doenas associadas. Tambm importante salientar que a pesquisa e seus resultados podem contribuir na reduo do nmero de crianas que so vitimas da nutrio inadequada, prevenindo assim as conseqncias de uma dieta carencial como o dficit na estatura. Portanto, uma orientao nutricional adequada poder influenciar de modo significante a vida das famlias contribuindo para que as crianas tenham um

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crescimento saudvel e evitar que elas desenvolvam Doenas Crnicas no transmissveis (DCNT) como diabetes tipo II, hipertenso, hipercolesterolemia, doenas cardacas, patologias que antes atingia pessoas de faixa etria mais avanada e hoje atinge uma populao cada vez mais jovem. E de extremamente importncia esses dados para se analisar o perfil da populao do municpio e avaliao dos dados coletados obtendo um acompanhamento do estado nutricional das famlias.

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3. Objetivos

3.1.

OBJETIVO GERAL

Identificar o perfil nutricional das crianas menores de cinco anos atendidas nos ESFs Comunidade Crist e Me Rainha que so beneficiadas pelo Programa Bolsa Famlia da cidade de Vicncia Pernambuco. 3.2. OBJETIVOS ESPECFICOS

Caracterizar as crianas segundo as variveis demogrficas Conhecer o estado nutricional das crianas menores de cinco anos da comunidade.

Comparar o estado nutricional na admisso do programa com a ltima vigncia das crianas como 12 meses de acompanhamento ou mais no PBF;

Descrever o perfil da situao vacinal das crianas.

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4. Fundamentao Terica

No Brasil o estado nutricional de crianas menores de 5 anos segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Sade mostrou que para uma amostra de 4.367 o dficit de altura para idade foi de 7% e o dficit de peso para altura foi de 2%. (PNDS, 2006) A evoluo da desnutrio infantil no Brasil nas ultimas dcadas em menores de 5 anos mostrou que, segundo a Pesquisa de Oramentos Familiares (POF) de 2002 a 2003 e a pesquisa Nacional de Demografia e Sade (PNDS) de 2006, a desnutrio caiu de 4,6% para 1,7%. (POF, 2002-2003; PNDS, 2006). O problema da desnutrio, dficit de altura est concentrado na Regio Norte (8,5%) e Nordeste (5,9%) e em famlias com os menores rendimentos. Entre os grupos com renda igual ou inferior a um quarto de salrio mnimo de 8,2%, segundo dados do IBGE, na pesquisa d Oramentos Familiares 2008-2009. (IBGE, 2008-2009) A desnutrio protico-energtica (PEM) refere-se a uma variedade de sndromes clnicas caracterizadas por consumo diettico de protenas e de calorias inadequadas para satisfazer as necessidades dirias do corpo. De um ponto de vista funcional consideram-se dois compartimentos de protenas: protenas somticas, representado pelos msculos esquelticos; e o visceral representado pelas reservas de protenas nos rgos viscerais, principalmente no fgado. Estes dois compartimentos so regulados de modo diferentes. O departamento somtico fica afetado, mais gravemente no marasmo (deficincias de calorias) enquanto o visceral deprimido mais severamente no kwasshiorkor (deficincia de protenas). (EUGNIA, 2009) Crianas cometidas pela desnutrio podem ter prejuzos irrecuperveis no crescimento e desenvolvimento. A desnutrio estabelecida por meio de critrios em graus distintos. Aquelas leves ou moderadas podem ser tratadas em domiclio, e os casos graves necessitam de hospitalizao, em decorrncia dos problemas de

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sade associados, tais como infeces, dermatoses, parasitoses, entre outros. (EUGNIA, 2009) Com acompanhamento adequado dessas crianas pode haver tanto a interveno do problema como tambm at impedir que novos casos apaream trazendo prejuzo sade das crianas. Da mesma forma acontece com o sobrepeso e obesidade em crianas menores de cinco anos, os extremos da faixa indicativa do estado nutricional nunca trs repercusses agradveis. Eles sim so grandes problemas de sade publica e dependendo do caso pode sinalizar que a populao est em risco. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDRIATRIA,1996) As mudanas no perfil epidemiolgico, com o aumento da prevalncia de doenas crnicas e degenerativas, impuseram uma reorientao analtica no campo da sade, ressurgindo as correlaes causais entre condies de trabalho, condies de moradia, alimentao, atividade fsica e outros aspectos ligados vida urbana/rural e o perfil de sade e doena de grupos populacionais (MENDONA, 2005; CHOR, 1999; GARCIA, 1997; MONDINI; MONTEIRO, 2000). Estudos tm apontado a existncia de uma rede de fatores que expressam as mltiplas interaes entre a sade, o mercado global de alimentos, a mdia, as polticas agrcolas estatais, os processos de urbanizao, o perfil de educao, o acesso aos transportes e ao lazer. (MENDONA; ANJOS, 2004) A alimentao saudvel desde o incio da vida fetal e ao longo da primeira infncia, contemplando a alimentao da gestante, da nutriz, o aleitamento materno e a introduo oportuna da alimentao complementar, tem impactos positivos, afetando no somente o crescimento e desenvolvimento da criana, mas tambm as demais fases do curso da vida. O inverso tambm ocorre, a alimentao inadequada pode levar ao risco nutricional, como a desnutrio ou excesso de peso, gerando um aumento da suscetibilidade para doenas crnicas no transmissveis na vida adulta, como diabetes, obesidade, doenas do corao e hipertenso. (MINISTRIO DA SADE, 2006)

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Considera-se obesa uma criana cujo peso exceda 20 a 30 por cento do considerado normal para a idade e estatura. Os principais fatores identificados so: Peso ao nascer; Obesidade dos pais; Dormir pouco menos de 10,5 horas por noite aos trs anos; Tamanho no incio da vida medido entre oito e 18 meses; Ganho rpido de peso no primeiro ano de vida; Crescimento rpido at os dois anos de vida. (GERLACH et al., 2009) Segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS), a obesidade uma doena em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afetar a sade. Este excesso de gordura resulta de sucessivos balanos energticos positivos, isto , em que a quantidade de energia ingerida superior quantidade de energia gasta. A obesidade uma doena crnica, a doena nutricional mais prevalente a nvel mundial e a epidemia do sculo. (SANCHO,2006) A alimentao pode ser fonte de muitas descobertas para a criana e ser uma forma de demonstrar carinho e cuidado, mas pode tambm servir para chantagens. O hbito de oferecer s crianas doces ou outras guloseimas, como forma de recompensa, estimula a ingesto de alimentos alm das necessidades nutricionais. O prmio por ingerir alimentos nutritivos valoriza mais a recompensa do que o prprio alimento. Frases como "coma toda a refeio para ganhar a sobremesa", "coma as verduras e legumes e voc poder sair para brincar" so exemplos disso. Faz parte da cultura esse tipo de troca, o qual pode colaborar para o desenvolvimento da obesidade, uma vez que as crianas vo associando alimentos s sensaes que eles proporcionam. Essas associaes podem se perpetuar at a vida adulta, sendo comum o uso da alimentao como forma de compensar sentimentos negativos, facilitando o aumento de peso. (RIO DE JANEIRO,2005) A idade em que a criana se tornou obesa. O excesso de peso em crianas com menos de trs anos pode no predispor necessariamente obesidade na idade adulta, a menos que um dos pais seja obeso. Depois dos trs anos, a predisposio obesidade vai aumentando gradualmente. Assim, aps os seis anos de idade, a probabilidade da criana obesa se tornar um adulto obeso de 50 por cento.

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Adolescentes obesos tm uma probabilidade de 70 a 80 por cento de virem a ser adultos obesos. (MATTOS et al., 2003) Diversos estudos j evidenciaram que, em crianas de at trs anos, a obesidade atual no um fator de risco para a obesidade futura. Nesse grupo etrio, o principal fator de risco para obesidade na idade adulta a presena de obesidade nos pais. J no grupo dos trs aos nove anos, a obesidade atual o principal determinante de obesidade futura, independentemente da obesidade familiar. Considerando-se todo o grupo de crianas co menos de 10 anos, a obesidade paterna aparece com um fator de risco independente capaz de aumentar em mais que o dobro o risco de obesidade na fase adulta. (FERREIRA, 2005) Neste contexto, a avaliao do estado nutricional uma etapa fundamental no atendimento da criana e seu principal objetivo verificar se o crescimento est se afastando do padro esperado devido a alguma doena e/ou condies sociais desfavorveis. O perodo entre o desmame e os cinco anos de idade nutricionalmente, a fase mais vulnervel do ciclo da vida. (MONTE, 2000) Considerando a importncia do tema, diante da modificao crescente do perfil nutricional das populaes, com tendncia ao aumento do sobrepeso e da obesidade, evidente a importncia da realizao de estudos atravs do mapeamento dessas famlias cadastradas no Bolsa famlia. Visto que o fator socioeconmico contribui e muito para crianas com sobrepeso ou obesidade. O incentivo de estudos que comparem as prevalncias de sobrepeso e obesidade na populao de condies socioeconmicas distintas muito importante, a fim de delinear, de maneira preliminar, a situao da comunidade. (DAMIANI & PORTA,2005) O Fome Zero um programa criado para combater a fome e suas causas estruturais, que geram a excluso social, ou seja, para garantir a segurana alimentar de todos os brasileiros.O programa tem trs frentes: a) um conjunto de polticas pblicas; b) a construo participativa de uma poltica nacional de segurana alimentar e nutricional; c) um grande mutiro contra a fome. O programa envolve as trs esferas de governo federal, estadual e municipal. (SANTOS, 2004)

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O Programa Bolsa Famlia situa-se no contexto do Programa Fome Zero. Este foi uma iniciativa do Instituto Cidadania, em meados do ano 2000, o qual reuniu especialistas em polticas sociais que propuseram um projeto cujo foco era a segurana alimentar, entendida como a garantia a todos os brasileiros de acesso a uma alimentao adequada sobrevivncia e sade em termos de quantidade, qualidade e regularidade. (HEIN, 2005) Conforme a analise feita em Bolsa Famlia e a Tripla Perspectiva sobre Justia Social como redistribuio (2007), pelo vis do programa Bolsa Famlia, o governo brasileiro fez uma escolha de soluo corretiva, atravs de uma redistribuio material pela transferncia direta de renda s famlias identificadas como as mais vulnerveis. O programa h por finalidade o alvio imediato das situaes de pobreza e pobreza extrema, visando em especial a segurana alimentar de famlias que tm crianas e adolescentes. Ao mesmo tempo que exige como contrapartida que as famlias beneficirias sejam acompanhadas pelos servios pblicos de sade e que as crianas e adolescentes estejam na escola. A inteno desta contrapartida de reforar o acesso aos servios pblicos que so direitos dos cidados. Esta distoro de direitos em deveres serve um melhor controle social, um estmulo escolarizao e preveno de doenas e de subnutrio. O governo reuniu num cadastro nico quatro programas: Bolsa-Escola, BolsaAlimentao, Carto Alimentao e Vale-Gs. Aumentou o valor dos benefcios e ampliou o alcance para 11,1 milhes de famlias, o triplo do que havia em 2003. Os recursos reservados para as transferncias passaram de R$ 3,4 bilhes, em 2003, para R$ 8,3 bilhes no ano de 2008. (MENDONA, 2006) Por meio do Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, do Ministrio do Desenvolvimento Agrrio, do Ministrio da Sade, do Ministrio da Educao, do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, do Ministrio do Trabalho e Emprego, do Ministrio da Cincia e Tecnologia, do Ministrio da Integrao Nacional, do Ministrio do Meio Ambiente, do Ministrio da Justia e da Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial, alm do Ministrio da Fazenda, o governo federal articula polticas sociais com estados e municpios e, com a participao da sociedade, implementa programas e aes que buscam superar a pobreza e, conseqentemente, as desigualdades de acesso aos alimentos

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em quantidade e qualidade suficientes, de forma digna, regular e sustentvel. (BRASIL, 2011) O programa Bolsa Famlia fornece informaes importantes para o

acompanhamento das condicionalidades do programa e informaes nutricionais das famlias cadastradas, como: o numero do NIS; nome; idade; data de nascimento; peso; estatura; para as crianas vacinao e aleitamento materno; para a gestante, pr-natal, DUM (data da ltima menstruao), peso e altura conforme seu estado nutricional. (MS/SE/DATASUS, 2011) De forma Geral a anlise populacional configura um perfil de consideraes importantes para manuteno de programas de beneficiamento como tambm para medidas de preveno e interveno de agravos a sade publica local. O PBF est bem focalizado, pois 80% da renda do Bolsa-Famlia vo para famlias abaixo da linha de pobreza (de metade de um salrio mnimo per capita), e foi responsvel por 21% da reduo do coeficiente de Gini no perodo 1995 a 2004. Os autores avaliaram que esta contribuio muito grande se se levar em conta que o Programa representa menos de 1% da renda total das famlias, de acordo com os dados da PNAD. Para eles, a erradicao da pobreza e a reduo substancial dos nveis de desigualdade no Brasil so metas dificilmente alcanveis dentro de um prazo razovel sem que se recorra a mecanismos diretos de redistribuio. Os programas de transferncia de renda de natureza no-contributiva so exemplos claros da adoo desse tipo de mecanismo estando, portanto, adequados ao contexto do Brasil, de combate emergencial da pobreza. (SOARES, 2006)

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5. Metodologia

TIPO DE ESTUDO Foi realizado um estudo transversal, descritivo nos meses de junho a agosto de 2011, com crianas menores de 5 anos de idade beneficiadas pelo PBF, cadastradas nas Unidades Bsicas de Sade/ ESFs Comunidade Crist e Me Rainha da Cidade de vicncia-PE. LOCAL DO ESTUDO A presente pesquisa aconteceu na cidade de Vicncia que est situada no vale do Siriji, aos ps da Cordilheira dos Mascarenhas, formada pelas serras de Jundi, Tipi e Neves. Localizada na microrregio da zona da mata de Pernambuco, possui 255 Km2 e dista 87 quilmetros do Recife, o municpio foi supresso por lei estadual, permanecendo assim por mais de 33 anos como distrito de Nazar da Mata, at que em 11 de setembro de 1928, Vicncia tornou-se um municpio autnomo. (PROMATA, 2003) Administrativamente, o municpio formado pelos distritos sede e Murup e pelos povoados de Trigueiros, Anglica, Borracha, Agrovila Murup a Usina Barra (desativada) e a Usina Laranjeiras. A agroindstria tem destaque para a Usina Laranjeiras. De acordo com o ltimo censo do IBGE (antes de 2009) a cidade possui cerca de 27.077 habitantes e sua economia gira em torno da cana-de-acar e do cultivo da banana. (PROMATA, 2003) O municpio atualmente tem uma cobertura de 1526 famlias com crianas de 0 a 7 anos pelo Programa Bolsa Famlia. Nos ESFs do presente estudo, Comunidade Crist encontra-se o atendimento de 492 famlias cadastradas no PBF e Me Rainha com 432. (PROMATA, 2003)

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Os ESFs Comunidade Crist e Me Rainha localizam-se no centro do municpio, tipo de atendimento ambulatorial, atividade de ateno bsica com convnio com o SUS e gesto municipal, o fluxo de Clientela de demanda espontnea e referenciada. (PROMATA, 2003) POPULAO DO ESTUDO Participaram do estudo 296 crianas com faixa etria de 0 60 meses sendo as mesmas atendidas nos ESFs Comunidade Crist e Me Rainha que esto cadastradas no Programa Bolsa Famlia, sendo destas apenas 211 atenderam aos seguintes critrios de incluso as demais que correspondem a 161 crianas do ESF Comunidade Crist e135 do ESF Me Rainha no atenderam aos critrio para participarem do estudo por terem os dados incompletos, terem mudado de residncia ou estarem fora a rea de cobertura do ESFs j mencionados. CRITRIOS DE INCLUSO Crianas menores de 5 anos cadastradas no programa bolsa famlia e atendidas nos ESFs Comunidade Crist e Me Rainha. CRITRIO DE EXCLUSO Crianas que estejam com os dados cadastrais incompletos no mapa de acompanhamento das famlias. COLETA DE DADOS Para a coleta dos dados foram utilizados os registros do mapa de acompanhamento do PBF encontrados na secretaria de sade do municpio, onde obtivermos os dados demogrficos (sexo e idade) e antropomtricos (peso e altura), coletados pelos Agentes de Sade da comunidade (ANEXOS 1 e 2). Tambm foi realizada a anlise dos relatrios que mostram o acompanhamento das Famlias cadastradas no Programa Bolsa Famlia e a situao de vacinao das crianas. DADOS ANTROPOMTRICOS

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Para avaliao do estado nutricional, foram utilizados os critrios de classificao da Organizao Mundial da Sade (OMS) de 2006, as recomendaes lanadas em 2006 so as novas Curvas para avaliao do crescimento de crianas de zero a 5 anos de idade (Anexo 3). Para avaliao do dficit Linear utilizamos o ndice altura para idade (A/I) e como diagnostico nutricional: muito baixa estatura para idade; baixa estatura para idade, estatura adequada para idade. (OMS, 2006) (A/I) VALORES CRTICOS < Escore-z -3 Escore-z -3 e < Escore-z -2 Escore-z -2 Fonte: Sisvan Normas tcnicas - OMS 2006 DIAGNSTICO NUTRICIONAL Muito baixa estatura para idade Baixa estatura para idade Adequada estatura para idade

Para avaliao do dficit e excesso de peso foi utilizado o ndice peso segundo altura (P/A) classificando o diagnostico em: magreza acentuada; magreza, eutrofia; risco de sobrepeso; sobrepeso e obesidade. (OMS, 2006) (P/A) VALORES CRTICOS < Escore-z -3 Escore-z -3 e < Escore-z -2 Escore-z -2 e Escore-z +1 Escore-z +1 e Escore-z +2 Escore-z +2 e Escore-z +3 > Escore-z +3 Fonte: Sisvan Normas tcnicas - OMS 2006 Alm destes, foi utilizado o ndice de peso segundo a idade (P/I), sendo o diagnstico: muito baixo peso para a idade; baixo peso para idade; peso adequado para a idade; peso elevado para idade. Este ndice no ser utilizado para refletir o DIAGNSTICO NUTRICIONAL Magreza acentuada Magreza Eutrofia Risco de sobrepeso Sobrepeso Obesidade

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excesso de peso em crianas, j que o mais indicado so (IMC/I) e (P/A). (OMS, 2006)

(P/I) VALORES CRTICOS < Escore-z -3 Escore-z -3 e < Escore-z -2 Escore-z -2 e Escore-z +2 > Escore-z +2 Fonte: Sisvan Normas tcnicas - OMS 2006 ANLISES ESTATSTICAS A construo do banco de dados e a anlise estatstica foram realizadas atravs do programa EPI-INFO verso 6.4 (WHO/CDC, Atlanta, GE). As variveis foram testadas quanto a normalidade, atravs do teste Kolmogorov-Smirnov. Na descrio das propores, a distribuio binomial foi aproximada distribuio normal pelo intervalo de confiana. As propores foram comparadas utilizando-se o teste do qui-quadrado de Pearson, com a devida correo de Yates, quando aplicvel. As variveis independentes foram categorizadas em trs ou mais atributos, utilizado o qui-quadrado de tendncia linear. CONSIDERAES TICAS O estudo foi submetido aprovao do Comit de tica em Pesquisa do Centro Integrado de Sade Amaury de Medeiros (CISAM), com o numero do protocolo de aprovao 0036.0.250.000-11. A pesquisa realizou-se sob autorizao do Secretrio de Sade do Municpio de Vicncia. Sendo garantidos sigilo e privacidade em relao aos dados coletados, obedecendo dessa maneira s normas estabelecidas pela Resoluo n196/96, do Conselho Nacional de Sade, que trata sobre a conduo das pesquisas envolvendo seres humanos (BRASIL, Conselho Nacional de Sade, 1996). DIAGNSTICO NUTRICIONAL Muito baixo peso para idade Baixo peso para idade Peso adequado para idade Peso elevado para idade

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6. Resultados

Os resultados referentes as caractersticas scio-demogrficas das 211 crianas cadastradas no Programa Bolsa famlia e acompanhadas pelos ESFs Comunidade Crist e Me Rainha esto expressos na Tabela 1. importante realar a ligao estreita entre a situao scio-demogrfica e o estado nutricional da populao. Tabela 1 Caractersticas scio-demogrficas das crianas de 0 a 60 meses, cadastradas em dois ESFs, 1 Vigncia de 2011, do municpio de Vicncia PE. Caractersticas scion % IC* demogrficas Sexo Masculino Feminino Faixa etria (meses) < 24 24- 60 N de pessoas no domiclio 2 3 4-6 Situao vacinal Sim Sem informao ESF 1 2 Total 110 101 39 172 52,1 47,9 18,5 81,5 45,2-59,0 41,0-54,8 13,6-24,5 46,1-59,9

97 77 37 50 161 110 101 211

46 36,5 17,5 23,7 76,3 52,1 47,9 100

39,1-52,9 30,1-43,4 12,8-23,5 18,2-30,1 69,9-81,7 45,2-59,0 41,0-54,8

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*IC Intervalo de confiana de 95%.

Da pesquisa realizada nos dois ESFs de maior abrangncia da cidade de Vicncia, Comunidade Crist (1) correspondeu a 52,1% (n=110), valor relativamente prximo ao de Me Rainha (2). A maior parte das crianas so do sexo masculino 52,1% (n=110) e possuem de 24 a 60 meses, o correspondente a 81,5% do total. Das crianas apenas 17,5% (n=37) possuem de quatro a seis pessoas no lar, observando a maior prevalncia de 46% (n=97) para duas ou menos pessoas por moradia Quanto a varivel situao vacinal, 23,7% (n=50) encontram-se com as vacinas atualizadas e 76,3% (n=161) no possuem informao sobre a situao vacinal. A Tabela 2 apresenta as caractersticas demogrficas das famlias cobertas por esses mesmos ESFs, as que esto cadastradas no Programa Bolsa Famlia, bem como as que no esto cadastradas, podendo implicar o perfil econmico da famlia, outro fator determinante as condies de nutrio do individuo.

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Tabela 2 Condies de moradia das famlias cadastradas em ESFs do municpio de Vicncia PE, 2011. Condies Comunidade Crist Me Rainha n % n % Tipo de Casa Tijolo Tratamento de gua Clorao Filtrao Abastecimento de gua Rede publica Destino do lixo Coletado Destino de fezes/urina Sistema de esgoto Fossas Total de MoradiasFonte: SIABMUN, 2011

1017 794 198 1016 838 41 750 1112

91,96 71,40 17,81 91,37 75,36 3,69 67,45 100

1281 608 624 1172 1241 484 556 1286

99,61 47,28 48,52 91,14 96,50 37,64 43,23 100

A casa do tipo tijolo predominante nas duas comunidades, sendo 91% (n=1017) Comunidade Crist e 99,61% (n=1281) Me Rainha. Em relao ao tratamento de gua, 71,40% (n=794) das moradias da Comunidade Crist so por clorao enquanto que 48,52% (n=624) de Me Rainha realizado por filtrao. Para a maioria o abastecimento de gua feito pela rede publica 91,37% (n=1016) Comunidade Crista e 91,14% (n=1172) Me Rainha. Da mesma forma o destino do lixo, onde se utiliza da coleta para 75,36% (n=838) e 96,50% (n=1241) das moradias das comunidades respectivamente. Outra condio analisada foi o destino das fezes e urina. E, no entanto apenas 3,69% (n=41) na Comunidade Crist utilizam o sistema de esgoto, j Me Rainha possui 37,64% (n=484). Embora a maioria nas duas comunidades utilize as fossas como destino. A classificao do estado nutricional das 211 crianas avaliadas na 1 vigncia de 2011 est demonstrada no grfico 1.

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Grfico 1 Distribuio das crianas de acordo com a classificao do estado nutricional atual, segundo os ndices A/I, P/I e P/A, Vicncia PE, 2011.

Considerando a classificao do ndice A/I apenas 7,1% (n=15) possuem dficit linear, o mesmo que comprimento inadequado para idade. De acordo com o ndice P/I 16,59% (n=35) possuem sobrepeso. Sabe-se que este ndice reflete o peso segundo a idade cronolgica da criana e, alm disso, no identifica o compartimento corporal mais ou menos comprometido com o agravo, isso por no ter relao com a altura. Por estes motivos ele no ser utilizado para refletir o excesso de peso em crianas, por no ser o mais indicado. Quanto ao ndice P/A, 16% (n=34) se encontram com sobrepeso, 12% (n=25) esto com dficit ponderal, ou seja, abaixo do peso adequado para idade, e 9% (n=18) so obesas. A tabela 3 permite visualizar a comparao do estado nutricional, das crianas que possuem mais de 6 meses de acompanhamento, no momento de admisso ao programa com seu estado nutricional atual. Tabela 3 - Comparao do estado nutricional na Admisso x Atual das crianas cadastradas nos ESFs, do municpio de Vicncia PE, 2011. AEN Admisso AEN Atual n % n % *p

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Altura/idade Dficit Eutrofia Peso/idade Dficit Eutrofia Excesso de peso Peso/altura Dficit Eutrofia Excesso de peso Obesidade *Qui-quadrado

19 93 1 93 18 13 70 18 11

17,0 83,0 0,9 83,0 16,1 11,6 62,5 16,1 9,8

6 106 6 91 15 11 78 17 6

5,4 94,6 5,4 81,3 13,4 9,8 69,6 15,2 5,4

4,912(b)

4,876(a)

13,799(a)

O estado nutricional atual, em relao ao ndice A/I, houve uma diminuio no numero de crianas com dficit linear de 11,6%. O numero passou de 17% (n=19) para 5,4% (n=6). Segundo o ndice P/I, apesar do dficit aumentar 5,1%, o excesso de peso de 16,1% (n=18) caiu para 13,4% (n=15), representando uma reduo de 2,7%. Por fim, o ndice P/A mostra que o dficit ponderal caiu de 11,6% (n=13) para 9,8% (n=11), o que significa uma queda de 1,8%. Reduo tambm no numero de obesos de 4,4%, passando de 9,8% para 5,4%.

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Discusso

O presente estudo sobre perfil nutricional das crianas beneficiadas pelo Programa Bolsa Famlia tem como grupo de estudo crianas com faixa etria de 0 a 60 meses em duas unidades bsicas de sade/ESFs, Comunidade crist e Me rainha, ambos da cidade de Vicncia localizada no estado de Pernambuco. Um dos objetivos a serem avaliados so as caractersticas demogrficas dessas crianas sendo observado o tipo de casa, tratamento de gua, destino do lixo, abastecimento de gua que feito pela rede pblica com cerca de 91,37% e 91,14% nas comunidades que so cobertas pelos ESFs Comunidade Crist e Me Rainha. Os percentuais encontrados se assemelham aos valores disponibilizados na III Pesquisa Estadual de Sade e Nutrio 2006 que mostra que h ainda um dficit na rede de abastecimento de gua da ordem de 20%. Essa condio retrata sobretudo a situao da zona rural, uma vez que nas reas urbanas a

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cobertura dos domiclios pelos servios pblicos de distribuio deste insumo de 97%. Na mesma pesquisa citada acima foram encontrados em relao aos esgotos sanitrios, apesar dos avanos observados em relao ao ano de 1997, quando a cobertura era de 30%, o dficit ainda considervel: apenas metade das famlias dispe de esgotos conectados rede geral (50%), sendo essa ocorrncia de 73% no interior urbano, 56% na RMR e 3% na zona rural. Concordando assim com o dado encontrado que a maior do destino de fezes e urina feito por fossas 67,45% nas casas das famlias assistidas pelo ESF Comunidade Crist e 43,23% no Me Rainha. Em abril de 2006, foram lanadas pela OMS as novas curvas de zero a cinco anos. As novas curvas baseiam-se do conhecimento atual sobre nutrio infantil para definir p que seria um crescimento ideal para crianas pequenas, tanto em termos da ausncia de restries econmicas ou ambientais ao potencial gentico de crescimento. Portanto, as curvas representam padres normativos de crescimento, e no apenas referncias. (ONIS et al., 2007) O estado nutricional das crianas menores de cinco anos melhorou

substancialmente em relao ltima pesquisa estadual (1997), desde que a desnutrio cumulativa, expressa pelo retardo estatural, baixou de 16% para 8% em todo o Estado, com reduo equivalente de aproximadamente 50% para as trs reas geogrficas. Essa reduo foi semelhante encontrada para o Brasil (50%) e inferior a observada para a Regio Nordeste (67%) na Pesquisa Nacional de Demografia e Sade (PNDS-2006). Neste estudo, as crianas foram analisadas atravs do ndice de A/I no qual 5,4% apresentaram um dficit de estatura para a idade cronolgica, para os valores encontrados de P/I o que se destaca o excesso de peso (13,4%), o que preocupante, pois o excesso de peso pode levar a srios problemas de sade pblica. A avaliao do estado nutricional de fundamental importncia para investigar se uma criana est crescendo dentro dos padres recomendados ou est se afastando dos mesmos, devido doena ou s condies desfavorveis de sobrevida. (ROCHA, 2006)

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A identificao do estado nutricional das crianas, relacionada s diferenas nas condies socioeconmicas e condies de vida das famlias, informao fundamental para o desenvolvimento e avaliao de polticas pblicas voltadas eqidade em sade. (Wang Y et al., 2002) Segundo o ndice P/A, no presente estudo est havendo reduo no dficit e na obesidade, uma reduo de 1,8% e 5,4% respectivamente, porm deve haver ateno a essas crianas, pois 15,2 % apresentam sobrepeso e 9,8 apresentam peso insuficiente para a estatura, esses extremos podem levar a resultados no desejados durante a vida adulta, pois essa fase de extrema importncia para o crescimento e desenvolvimento das crianas.

7. Consideraes Finais

De acordo com os resultados encontrados as crianas de 0 - 60meses assistidas por dois ESFs da cidade de Vicncia-PE apresentam alguns dados que servem de alerta para os profissionais de sade da regio, destacando-se a prevalncia de 16% das crianas esto com sobrepeso tanto no ndice P/I e P/A, sendo encontrado neste ultimo ndice 9% de obesos. de extrema importncia o acompanhamento do crescimento de menores de 60 meses, pois nessa fase da vida que se constroem os hbitos alimentares que provavelmente sero levados a fase adulta, alm de que a qualidade da alimentao, bons hbitos alimentares e manuteno de peso e estatura adequados ajudaro na qualidade e sade dos indivduos em questo.

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Para se ter acesso ao benefcio do Programa Bolsa Famlia faz-se necessrio que a famlia beneficiada cumpra com algumas condicionalidades dentre elas o acompanhamento na rea da sade, neste estudo foram observados que alguns no esto com os dados atualizados e supe-se que haja uma falha quer seja por parte dos agentes de sade ou pelos prprios beneficiados. Portanto os dados obtidos apontam que as crianas do estudo necessitam que sejam feitas algumas alteraes nas aes preventivas como maior vigilncia do estado nutricional, aes educativas alm da assistncia sade feita periodicamente. Alm de maior eficcia do Programa Bolsa Famlia que deve disponibilizar meios como materiais de qualidade e quantidade suficientes a serem utilizados para o acompanhamento nutricional bem como a capacitao dos profissionais que esto em contato direto com a populao por profissionais devidamente habilitados para tal funo, e juntamente com o comprometimento das famlias em seguir as orientaes fornecidas. Sem dvida medidas como esta ir minimizar consideravelmente o nmero de crianas em risco nutricional, quer seja por dficit ou por excesso de peso.

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MOURA,

Alessandra

Ballinha.

Avaliao

da

Eficcia

do

Programa

de

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9. Anexos

Anexo 1. Mapa de acompanhamento das Famlias cadastradas no PBF

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Anexo 2.

TERMO DE CONFIDENCIALIDADE

Projeto: PERFIL NUTRICIONAL DE CRIANAS BENEFICIADAS PELO PROGRAMA BOLSA FAMLIA DE UMA UNIDADE BSICA DE SADE DA CIDADE DE VICNCIA-PE.

Estabelecemos o compromisso com a confidencialidade dos dados colhidos dos registros das famlias cadastradas no Programa Bolsa Famlia, poupando a amostra e a instituio de qualquer exposio. O acesso a

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esses dados ou em outra base de dados ser utilizado somente para o projeto ao qual est vinculado.

Recife ____/____/20__

_______________________________________ Orientador (a)

________________________________________ Pesquisador (a)

________________________________________ Pesquisador (a)

Anexo 3.

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Anexo 4. Curvas de Crescimento OMS 2006

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