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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Campus Barbacena RENATA ALVES DOS SANTOS JOSÉ RICARDO LOIOLA DE OLIVEIRA MINICURSO SOBRE TINGIMENTO DE FIBRAS DE POLIAMIDA E POLIÉSTER: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO TÉCNICO EM QUÍMICA BARBACENAMG 2014

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Page 1: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de

Minas Gerais - Campus Barbacena

RENATA ALVES DOS SANTOS

JOSÉ RICARDO LOIOLA DE OLIVEIRA

MINICURSO SOBRE TINGIMENTO DE FIBRAS DE POLIAMIDA E POLIÉSTER:

UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO TÉCNICO EM QUÍMICA

BARBACENA– MG

2014

Page 2: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

RENATA ALVES DOS SANTOS

JOSÉ RICARDO LOIOLA DE OLIVEIRA

MINICURSO SOBRE TINGIMENTO DE FIBRAS DE POLIAMIDA E POLIÉSTER: UMA

CONTRIBUIÇÃO PARA FORMAÇÃO DO TÉCNICO EM QUÍMICA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de

Licenciatura em Química do Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas

Gerais – Campus Barbacena, como requisito parcial para

obtenção do título de Licenciado em Química.

Orientadora: Profa. Dra. Leandra de Oliveira Cruz da

Silva

Coorientadora: Profa. MSc. Lilian Guiduci de Melo

BARBACENA– MG

2014

Page 3: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

Renata Alves dos Santos

José Ricardo Loiola de Oliveira

MINICURSO SOBRE TINGIMENTO DE FIBRAS DE POLIAMIDA E POLIÉSTER: UMA

CONTRIBUIÇÃO PARA FORMAÇÃO DO TÉCNICO EM QUÍMICA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

Curso de Licenciatura em Química do Instituto

Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do

Sudeste de Minas Gerais – Campus Barbacena,

como requisito parcial para obtenção do título de

Licenciado em Química.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________

Profa. Dra. Leandra de Oliveira Cruz da Silva

Orientadora

IFSEMG – CAMPUS BARBACENA

___________________________________________________________________

Profa. MSc. Lilian Guiduci de Melo

IFSEMG – CAMPUS BARBACENA

___________________________________________________________________

Profa. Dra. Elisabeth do Carmo Mendes Casagrande

IFSEMG – CAMPUS BARBACENA

Barbacena, 24 de julho de 2014.

Page 4: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

“A todos aqueles que de alguma forma estiveram е estão próximos de

nós, principalmente às nossas famílias, fazendo esta vida valer cada

vez mais a pena ser vivida e louvada a Deus.”

Page 5: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

AGRADECIMENTOS

Agradecemos às nossas professoras orientadora e coorientadora, que tiveram paciência е que

nos ajudaram bastante a concluir este trabalho. Agradecemos também aos nossos professores

que durante muito tempo nos ensinaram е que nos mostraram о quanto é bom estudar e

ensinar.

Page 6: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos

alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso

aprendemos sempre.”

(Paulo Freire)

Page 7: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

RESUMO

O ensino médio com a atividade do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico

e Emprego (PRONATEC) é um grande incremento na vida do estudante, pois o mesmo tem

oportunidade de estar se especializando como técnico precocemente. Algumas instituições de

ensino oferecem o curso integrado ao ensino médio e outras oferecem o curso do PRONATEC

concomitante ao ensino médio regular, buscando proporcionar conhecimento para introdução

na vida profissional. Dentre vários ramos que a química abrange, escolheu-se como tema

central a introdução aos alunos do curso Técnico em Química na modalidade PRONATEC,

aos processos de tingimentos de artigos têxteis em fibras de poliamida e poliéster. Um

diferencial de conteúdo, que contribui para a formação e amplia oportunidades de

conhecimento técnico. O trabalho constituiu na aplicação de aulas expositivas, questionários

avaliativos, práticas de laboratório, estudo de caso, exibição de vídeos sobre o assunto e

discussões gerais. Ao final pode-se avaliar o rendimento do aprendizado dos alunos e

constatar a eficiência da aplicação do projeto como instrumento auxiliador na formação

técnica.

Palavras-chave: Minicurso. Tingimento. Ensino de Química.

Page 8: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

ABSTRACT

High school integrated with the “Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e

Emprego” (PRONATEC) (National Access Program to Technical Education and

Employment) is a large increase in students’ life because they have the same opportunity to be

specializing early as a technician . Some educational institutions offer the in-progress and

other high schools offer the course PRONATEC concomitant to the regular high school,

seeking to provide knowledge for entry into professional life. Among various branches that

chemistry covers, it was chosen as the central theme to introduce students to Technical

Chemistry course in the PRONATEC modality, in polyamide and polyester fibers. A

differential content, which contributes to training opportunities and expands technical

knowledge. The work consisted of the application of lectures, assessment questionnaires,

laboratory practice, case study, show videos about the topic and general discussions. At the

end one can evaluate the performance of student learning and ascertain the effectiveness of

the implementation of the project as a supportive tool in technical training.

Keywords: Workshop. Dyeing. Chemistry Teaching.

Page 9: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

LISTA DE APÊNDICE

Apêndice A - Planejamento de ensino: Tingimento das fibras de poliamida e

poliéster....................................................................................................

38

Apêndice B - Questionário Avaliativo........................................................................... 41

Apêndice C - Exercícios de Aprendizagem................................................................... 43

Apêndice D - Estudo de caso – A borra e o pó acinzentado – e agora, o que vamos

fazer?.......................................................................................................

45

Apêndice E - Aula Prática – Tingimento da fibra de poliamida na presença da fibra

de poliéster...............................................................................................

47

Page 10: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mecanismo de tingimento de poliamida com corantes ácidos................. 18

Figura 2 - Exemplos de estruturas de corantes ácidos.............................................. 19

Figura 3 - Representações das ancoragens do corante ácido com a fibra de

poliamida..................................................................................................

19

Figura 4 - Gráfico do processo do tingimento da fibra de poliamida com corante

ácido.........................................................................................................

20

Figura 5 - Representação da reação de polimerização da fibra de poliéster............. 21

Figura 6 - Exemplos de estruturas de corantes dispersos......................................... 21

Figura 7 - Estruturas de corantes dispersos em relação à energia de montagem...... 23

Figura 8 - Mecanismo do tingimento do corante disperso na fibra de poliéster....... 23

Figura 9 - Gráfico do processo de tingimento da fibra de poliéster com corante

disperso.....................................................................................................

24

Figura 10 - Gráfico do percentual de acertos obtidos através do questionário:

inicial e final.............................................................................................

30

Page 11: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

SUMÁRIO

1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 12

1.1 O ACESSO A CURSOS PROFISSIONALIZANTES .................................................. 12

1.2 PROCESSOS DE TINGIMENTOS............................................................................. 15

1.2.1. Tingimento de fibra de poliamida com corante ácido .................................... 17

1.2.2 Tingimento de fibra de poliéster com corante disperso .................................. 21

1.3 MÉTODO DO ESTUDO DE CASO NO ENSINO DE QUÍMICA ............................... 24

2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 27

2.1 OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................ 27

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................... ....................................................27

3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 28

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................... 30

5 CONCLUSÃO. ................................................................................................................ 35

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 36

APÊNDICE A – PLANEJAMENTO DE ENSINO: TINGIMENTO DAS FIBRAS

DE POLIAMIDA E POLIÉSTER ............................................................................ 38

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO AVALIATIVO ................................................. 41

APÊNDICE C - EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM ........................................... 43

APÊNDICE D – ESTUDO DE CASO – A BORRA E O PÓ ACINZENTADO - E

AGORA, O QUE VAMOS FAZER? ....................................................................... 45

APÊNDICE E – AULA PRÁTICA - TINGIMENTO DA FIBRA DE POLIAMIDA

NA PRESENÇA DA FIBRA DE POLIÉSTER ........................................................ 47

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12

1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Atualmente, no Brasil, algumas instituições de ensino ofertam cursos do Programa

Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), criado em 2011, pelo

Governo Federal e que visa aumentar a oferta de cursos profissionalizantes e ampliar as

oportunidades de ensino e trabalho aos cidadãos através dos cursos disponibilizados por esse

programa1.

Dentre vários cursos ofertados pelo PRONATEC, o Técnico em Química é

disponibilizado por algumas instituições de ensino, como o Instituto Federal de Educação

Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Campus Barbacena (IFSudesteMG),

visando preparar profissionais com conhecimento na área e que possam ser introduzidos na

vida profissional.

Com relação os ramos que a química abrange, escolheu-se como tema central desse

trabalho de conclusão de curso, a introdução aos alunos do 4º período do curso Técnico em

Química do programa PRONATEC, aulas teóricas e experimentais sobre os processos de

tingimentos de artigos têxteis em fibras de poliamida e poliéster. O trabalho foi desenvolvido

na forma de minicurso com duração de 12 horas, e o tema escolhido devido à existência de

empresas do setor na região do Campus Barbacena e também pela experiência profissional na

indústria têxtil de um membro da equipe executora deste trabalho.

Ao longo dos anos, educadores em química verificam que o aprendizado por meio de

observações, experimentos, estudos de casos e modelos visuais contribui para boa formação

do aluno e ajudam a entender que a Química não deve ser vista como uma disciplina difícil e

meramente teórica, mas totalmente relacionada com a prática e presente em suas vidas

(BRAGA, 2010). Buscou-se trabalhar o desenvolvimento de estratégias modernas e simples,

como laboratórios, sistemas multimídia e outros recursos didáticos no minicurso visando

dinamizar o processo de ensino e aprendizagem.

1.1. O ACESSO A CURSOS PROFISSIONALIZANTES

O Ensino Médio no Brasil, no decorrer de sua história se constituiu como um espaço

indefinido, em busca do desenvolvimento de sua identidade, tendo um papel de destaque nas

1 Informação retirada da página do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

(PRONATEC). Disponível em: < http://pronatec.mec.gov.br>. Acesso em: 20 mai. 2014.

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discussões sobre a educação do Brasil. Contudo, nos últimos anos tem-se associado a ele um

caráter nitidamente propedêutico. Nesse âmbito algumas mudanças desse papel surgiram na

década de 1930 com a implantação do ensino técnico destinados aos grupos sociais menos

favorecidos. Deste modo, a partir de 1931 o antigo Ensino Secundário, começou a ser

organizado com base nos cursos profissionalizantes que buscava preparar mão de obra, devido

ao início da industrialização no país (MOEHLECKE, 2012).

Conforme, ainda, citado por Moehlecke (2012), esse nível de ensino foi consolidado

em 1942, com a Lei Orgânica do Ensino Secundário (decreto–lei n. 4.244/42), que foi

fragmentada em dois níveis de etapa: no primeiro o ginásio de quatro anos e o colegial com

três anos, permanecendo os exames de admissão na aprovação seletiva. Com a expansão do

ensino secundário, modelo destinado “às massas”, nesse primeiro momento foi o

profissionalizante, que objetivava obter mão-de-obra para as indústrias, e paralelamente com

o ensino propedêutico, destinado ao preparo do estudante para o ensino superior. Dessa forma

a igualdade entre esses dois modelos, permite ao ingresso ao ensino superior e também a

realização de um curso profissionalizante, sendo construída (Leis n. 1.076/50 e n. 1.821/53),

mas só foi estabelecida na primeira LDB, em 1961 (lei n. 4.024/61).

Mas em 1971, ocorreu outra mudança no segundo ciclo do ensino secundário,

denominado 2º grau, com a profissionalização obrigatória, estabelecida através da Lei n.

5.692/71, que também uniu o primeiro ciclo do ensino secundário, o antigo ginásio, com o

primário, criando o 1º grau, termos que foram abolidos em 1982. Porém foi em 1988, com a

aprovação da Constituição Federal, que houve alterações importantes no caráter do Ensino

Médio, propiciando o desenvolvimento do cidadão, além do preparo e qualificação para o

trabalho. Assegurou-se ainda como dever do Estado a obrigatoriedade e gratuidade desse

ensino, com enfoque de sua ampliação e oferta para a população (MOEHLECKE, 2012).

Contribuindo ainda mais para essas mudanças, com o propósito de dar uma maior

ênfase na formação básica, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996

(Lei 9394/06), e em vigor até hoje, consagra o Ensino Médio como etapa final da Educação

Básica, com duração de três anos, preparando o estudante para o exercício da cidadania e para

o aprendizado contínuo, tanto para dar seguimento aos estudos ou para o próprio mercado de

trabalho, tendo como finalidades segundo o artigo 35:

I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no

ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

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II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para

continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a

novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico;

IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina (BRASIL, 1996, p.15).

Assim, nesse momento o Ensino Médio passou a ser aceito como uma identidade

própria associada à formação básica que garante a população uma formação geral e até

mesmo, uma integração com um curso profissional, preparando para profissões técnicas

(BRASIL, 2011a).

Mas, em direção contrária no ano seguinte, em 1997, com a aprovação do decreto

n.2208/97, o governo brasileiro gerou uma desconstrução do ensino técnico de nível médio

criado no país, promovendo uma estrutura curricular própria mantendo a separação entre a

formação geral e profissionalizante permitindo a preparação para o ingresso ao ensino

superior e a formação técnica voltada ao mercado de trabalho. No entanto, esse decreto foi

revogado em 2004, sendo substituído pelo decreto n. 5.154 e depois pela Lei n. 11.741/08,

que buscou uma maior integração entre ambos (COELHO, 2012)

É importante mencionar também que, no dia 26 de outubro de 2011, a presidenta

Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.513/2011, que estabeleceu o Programa Nacional de

Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), considerado pelo Governo Federal uma

iniciativa proporcionada à educação profissional e tecnológica. O PRONATEC, desenvolvido

pelo Ministério da Educação (MEC), oferecido por várias instituições federais no Brasil, tem

como principal objetivo ampliar o acesso à educação profissional por meio da oferta de bolsas

de estudo à população, beneficiando cerca de oito milhões de brasileiros até 2014 (CORRÊA,

2012). Além disso, de acordo com a Lei n. 12.513/2011, em seu artigo 1º (BRASIL, 2011b) o

curso também visa:

I - Expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação

profissional técnica de nível médio e de cursos de formação inicial

continuada ou qualificação profissional presencial e a distância; II - Construir, reformar e ampliar as escolas que ofertam educação

profissional e tecnológica nas redes estaduais;

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III - Aumentar as oportunidades educacionais aos trabalhadores por meio de

cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional;

IV - Aumentar a quantidade de recursos pedagógicos para apoiar a oferta de

educação profissional e tecnológica;

V - Melhorar a qualidade do ensino médio.

Assim, o Ensino Médio vinculado à educação profissional considera a realidade

brasileira e a necessidade de milhões de jovens brasileiros em se profissionalizarem durante a

sua vida escolar. Para esses jovens a formação mais completa implica em uma formação

geral, mediante a compreensão de conhecimentos científicos, tecnológicos e socioculturais

para a realização de uma leitura crítica do mundo, integrada a uma formação profissional que

lhes permita garantir sua sobrevivência (SALDANHA, 2012). Dessa forma, o curso

possibilita reunir os conhecimentos básicos necessários às competências da educação

profissional, dando oportunidade do estudante estar se especializando como técnico

precocemente.

O IFSudesteMG, dentre os vários cursos que o PRONATEC oferece, disponibiliza

vagas para o curso Técnico em Química, onde procura ampliar a oferta de cursos de educação

profissional e estabelecer um conhecimento vasto às bases tecnológicas2. Assim, pretende-se

que o profissional formado na instituição construa um conhecimento científico, ético, crítico e

empreendedor, a fim de contribuir para o desenvolvimento sustentável em uma sociedade

mais justa e solidária.

Portanto, o profissional formado deve estar preparado para atuar em empresas,

indústrias ou organizações que exerçam qualquer atividade própria da área de formação. Um

tema útil à formação profissional do técnico em química está relacionado ao setor das

indústrias têxteis. Sendo esse um setor que possui empresas na região do Campo das

Vertentes em Minas Gerais, onde está inserido o referido campus.

1.2. PROCESSOS DE TINGIMENTOS

O tingimento é usado desde os primórdios e em várias formas de decoração, como

exemplo, temos as pinturas coloridas nas paredes de cavernas na França, datada de 30.000

anos atrás (LANGE, 2004).

2 Informação retirada da página do IF Sudeste de MG – Campus Barbacena. Disponível

em:<http://www.barbacena.ifsudestemg.edu.br/tecquimica_integrado>. Acesso em: 20 mai. 2014.

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Conforme Lange (2004 apud WELHAM, 2003), por vários anos depois, os corantes

e pigmentos naturais ainda foram usados para tingir materiais de barro e materiais têxteis.

Entre os mais conhecidos corantes vegetais encontrava-se o anil, o açafrão, o garança e o

índigo; e de origem animal os cochinilhas ou Púrpura Tyrian.

Mas foi no século XVIII na França que as portas para o desenvolvimento da teoria do

tingimento se fortaleceu. Charles François du Fay de Cisternay foi o precursor a considerar o

tingimento como um fenômeno químico e não somente físico. Entre outros, William Henry

Perkin, por acaso, descobriu o primeiro corante sintético (violeta-claro) e sua descoberta

alterou a história, e nas décadas seguintes, vários outros corantes foram sintetizados (LANGE,

2004).

As principais classes de corantes usadas nas indústrias para conferir cor aos

substratos têxteis são os: reativos, diretos, sulfurosos, à tina, básico (ou catiônico), dispersos e

ácidos. Cada uma dessas classes é usada especificamente para cada tipo de material têxtil

(SALEM, 1998b).

No presente trabalho abordaram-se de forma geral os corantes e suas respectivas

fibras e mais detalhadamente o tingimento de fibras sintéticas com os corantes ácidos e

dispersos.

Os corantes classificados como direto, também conhecidos como substantivos, são

denominados assim, devido sua grande substantividade com as fibras celulósicas, tingindo-as

diretamente, o que não ocorria antes de 1884, quando as fibras celulósicas eram tingidas

somente com corantes básicos pré-mordentados ou com índigo vegetal. São usados

principalmente para o tingimento de fibras celulósicas, como por exemplo, o algodão, o rayon

viscose, a juta, entre outras. Sua solidez à luz pode variar de boa à ruim, mas não atribui uma

solidez a úmido perfeita ao material, seu tingimento é bem simples e sua montagem depende

dos seguintes fatores: efeito dos eletrólitos (cloreto de sódio ou sulfato de sódio); pH;

temperatura e relação do banho (quantidade de banho em relação à quantidade de material a

ser tinto) (SALEM, 1998b).

A maioria dos corantes diretos é constituída de compostos azóicos sulfonados, muito

semelhantes aos ácidos, porém, em cadeias mais longas. Devido a essa característica, alguns

diretos também tingem a lã, seda e poliamida (SALEM, 1998b).

Outra classe ideal para o tingimento das fibras celulósicas (algodão, rayon viscose,

juta e outras), é o reativo. Esse grupo é caracterizado pela parte reativa em sua fórmula

(GUARATINI, ZANONI, 2000).

Conforme Salem (1998b), outra classe com possibilidade de tingir as fibras

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celulósicas são os sulfurosos, sendo que os primeiros foram produzidos por fusão de resíduos

sólidos orgânicos, tais como serragem, casca de trigo ou farelo com sulfeto ou polisulfetos de

sódio. Em 1893, foi produzido o primeiro Preto ao Enxofre por aquecimento do p-aminofenol

com enxofre. Atualmente, esse é fabricado por aquecimento do 2,4-dinitrofenol com enxofre e

sulfetos alcalinos. Entre 1897 a 1902 foram examinados muitos intermediários, a partir dos

quais foi desenvolvido um considerável número de espécies ao enxofre.

Os sulfurosos são insolúveis em água, mediante a redutores como sulfeto de sódio e

atualmente, com redutores ecológicos a base de dextrose, são solubilizados, e esta fase é

denominada ¨leuco¨ ou ¨leuco derivado¨ (SALEM, 1998b).

Outro tipo capaz de tingir as fibras celulósicas são os corantes à tina, que são

insolúveis em água, porém, pela redução alcalina, convertem-se nos chamados leuco-

derivados, que são hidrossolúveis e tem substantividade às fibras celulósicas (SALEM,

1998b).

As fibras sintéticas são fabricadas a partir de matérias primas da indústria

petroquímica (ALCANTARA; DALTIN, 1995). Para o tingimento dessas fibras, em especial

as poliamídicas e poliésteres, pode-se destacar os corantes ácidos e os dispersos,

respectivamente.

A expressão corante ácido corresponde ao grupo aniônico portadores de um a três

grupos sulfônicos, e estes grupos substituintes ionizáveis tornam-no solúvel em água, no

processo de tingimento, esse previamente neutralizado se liga à fibra através de uma troca

iônica envolvendo o par de elétrons livres dos grupos amínicos e carboxilatos das fibras, na

forma não-protonada (GUARATINI, ZANONI, 2000).

O corante responsável pelo tingimento das fibras de poliésteres, conforme Guaratini

e Zanoni (2000), é o disperso, que constitui uma classe insolúvel em água, e durante o

processo de tingimento, sofre hidrólise e sua forma original insolúvel é lentamente precipitada

na forma dispersa e é difundido pela fibra devido ao efeito da temperatura.

1.2.1 Tingimento de fibra de poliamida com corante ácido

A primeira fibra de poliamida foi criada na década de 30, com o nome de Nylon pela

Du Pont, e era do tipo poliamida 6.6. Adquiriu maior importância durante a 2ª guerra mundial

quando foi usada na fabricação de paraquedas (SALEM, 1998b).

Há alguns tipos de poliamida, como por exemplo: poliamida 6.6 (produto da reação

de condensação do ácido adípico com o hexametilenodiamino), poliamida 6 (produto da

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18

reação de polimerização do ε caprolactama), poliamida 11 (derivada da reação de

condensação do ácido amino undecanóico). Porém as mais usadas no ramo têxtil são a

poliamida 6 e a 6.6 (SALEM, 1998b).

O mecanismo da reação das fibras de poliamida com o corante ácido está relacionado

com dois fatores fundamentais: conteúdo dos grupos amínicos terminais da fibra e ao

conteúdo de grupos sulfônicos do corante. Em condições de concentração normais, a reação

ocorre em meio ácido orgânico (4 ≥ pH ≤ 6,5), conforme a reação observada na figura 1:

Conforme Salem (1998a), o tingimento da poliamida possui três variáveis

importantíssimas: pH, temperatura e índice de saturação da fibra (grupos terminais amínicos).

Para obter um equilíbrio entre as propriedades dos corantes e as da fibra, para

resultados ótimos de igualização, deve-se conhecer muito bem os corantes que compõem a

formulação e utilizar técnicas adequadas de faixas de pH e temperatura. Uma fórmula para

bons resultados é aumentar a temperatura gradativamente e empregar produtos químicos

doadores de próton.

Com relação à estrutura dos corantes ácidos (Figura 2) têm-se as seguintes

características:

Figura 1: Mecanismo de tingimento de poliamida com corantes ácidos

Page 19: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

19

São estruturas cromogênicas que possuem grupos sulfônicos salificados e que na

maioria dos casos são aplicados em banhos ácidos por acidez orgânica ou mineral.

São essencialmente de natureza azóica e antraquinônica, pois são derivados da

sulfonação de trifenilmetano de azida e de xanteno. São geralmente solúveis em água

quente, essencialmente são grupos sulfônicos ligados a moléculas dos corantes,

assim representados.

Pela representação apresenta na Figura 3, conclui-se que uma molécula do corante

liga-se a uma molécula de poliamida, através do grupo terminal amínico e assim

sequentemente (SALEM, 1998b).

SO3

SO3

H3N

H3N

HN

HN

COOH

COOHcorante

monosulfonado

+-

+-

SO3

SO3

H3N

H3N

HN

HN

COOH

COOH

corante

bisulfonado +-

+-

SO3

SO3

H3N

H3N

HN

HN

COOH

COOHcorante

trisulfonado

+-

+-

(cromóforo)

(cromóforo)

(cromóforo)

O processo de tingimento da fibra de poliamida com o corante ácido se dá através de

uma curva de montagem envolvendo tempo e temperatura, juntamente com os produtos

Acid red 1 Acid red 26

Figura 2: Exemplos de estruturas de corantes ácidos.

Figura 3: Representações das ancoragens do corante ácido com a fibra de poliamida.

Page 20: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

20

auxiliares. Após o tingimento das cores escuras realiza-se um processo de fixação do corante,

conforme o gráfico apresentado na figura 4:

Alguns produtos auxiliares usados no processo de tingimento da poliamida (SALEM,

1998a) consistem em:

Igualizante A – é um produto aniônico com afinidade à fibra de poliamida,

agindo como um corante sem cor, sendo indicado como agente anti

barramento químico. Empregado no mesmo banho ou em tratamento prévio.

Inicialmente bloqueia os grupos amínicos terminais (AEG) e em seguida é

deslocado pelo corante durante o processo, conforme a subida da temperatura,

sem ação permanente de bloqueio, é usado na faixa de pH 4 – 5.

Retardante e igualizante B – Produto ligeiramente catiônico, com afinidade aos

corantes e não precipita na presença desses ou de produtos.

Ácidos – Produto usado para melhorar a afinidade do corante com fibra.

Sequestrante – Produto usado para retirar o cálcio e magnésio da água usada

para o tingimento.

Fixadores aniônicos – Produto usado no tratamento posterior, em banho ácido,

para melhorar a solidez úmida dos tingimentos.

Figura 4: Gráfico do processo do tingimento da fibra de poliamida com corante ácido.

T(oC)

t (min.)

Page 21: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

21

1.2.2 Tingimento de fibra de poliéster com corante disperso

Outra fibra sintética que tem grande valor de mercado é o poliéster, cujo processo de

tingimento é realizado com o corante disperso. Ela consiste de uma macromolécula

caracterizada por inúmeras funções multiéster, onde se baseia a sua produção em reação de

condensação de um ácido dicarboxílico com um glicol. Usa-se normalmente o ácido

tereftálico com o etileno glicol (Figura 5) (SALEM, 1998a):

Diferentemente de outras fibras, o poliéster não tem grupos polares e por esse motivo

não pode ser tinto por mecanismo iônico, sendo somente possível tingir com corantes

dispersos, não iônicos e praticamente insolúveis em água fria (SALEM, 1998a).

Assim esse tingimento ocorre por difusão dos corantes, com o aumento da

temperatura e uso de produtos específicos denominados carriers, que fazem com que a

velocidade de difusão aumente e faça a fibra temporariamente dilatar os espaços

intermoleculares, respectivamente (SALEM, 1998a).

De acordo com Salem (1998a), os corantes dispersos devido à sua pobre natureza

iônica, sofrem pouca influência por eletrólitos, de modo que o esgotamento não depende da

adição de sais ou ácidos, mas unicamente da temperatura. Os corantes dispersos são

empregados nos setores que não requerem uma elevada solidez ao tratamento a úmido. Eles

possuem as seguintes configurações químicas (Figura 6) (SALEM, 1998a):

Figura 5: Representação da reação de polimerização da fibra de poliéster.

Figura 6: Exemplos de estruturas de corantes dispersos.

Page 22: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

22

Os corantes dispersos possuem estruturas que podem ser classificados conforme a

sua energia – baixa, média e alta energia (SALEM, 1998a), e também podem ser classificados

de acordo com sua massa molecular, a qual favorece o uso de alguns em processos de

esgotamento, outros em processos contínuos e outros para estamparia, conforme a quadro 1

(UTZIG, 2012).

Corantes-Grupo:

PROPRIEDADESB C D

Energia baixa média alta

Molécula pequena média grande

Solidez sublimação baixa/média média/boa muito boa

Migração boa moderada baixa

Difusão na fibra rápida média lenta

Sensibilidade a variação

de afinidade da fibrabaixa média média/alta

APLICAÇÃO

Esgotamento fervura c/ carrier/HT fervura c/ carrier/HT HT

Intensidade clara/média média/escura escura

Fixação após tingimento nãodepende da tonalidade e

exigênciassim

Processo termosol menos indicado indicado indicado

Fonte: SALEM, 1998b

O grau de solubilidade do corante não deve ser grande, mas definido e influencia

diretamente a qualidade do tingimento, que usualmente ocorrem em presença de dispersantes

com longas cadeias, com a função de estabilizar a suspensão do corante, facilitando o contato

deste com a fibra. Esses também são os únicos que possuem a propriedade de sublimação

(UTZIG, 2012).

Na figura 7 são apresentadas as estruturas dos corantes dispersos em função da sua

energia (SALEM, 1998a):

Quadro 1: Classificação em energia dos corantes dispersos

Page 23: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

23

C

CH

CH

CH

CH

CH

N N CH

C

CH

CH

C

CH N N

C

CH

CH

CH

CH

C

OH

baixa energia

C

CH

C

C

C

CCHC

CHC

CHCH

CHCH

C

C

CNH

CH

CH2

CHCH2

O

O NH2

O

média energia

C

CH

C

CH

C

CCHC

CC

CHCH

CHCH

CCH

CH2 C

CH

CHCH2

CH

C

CH

O

O

alta energia

Pode-se notar na figura 8, o mecanismo de tingimento referente ao tingimento do

corante disperso na fibra de poliéster:

Corante disperso

corante dispersado

Adsorção

Difusão para o interior da fibra

fibra tingida

Difusão para a superfície da fibra

Deadsorção

Na figura 9, observa-se o processo de tingimento da fibra de poliéster com os

corantes dispersos e após o mesmo, em cores escuras realiza-se uma lavagem redutiva.

Figura 7: Estruturas de corantes dispersos em relação à energia de montagem.

Figura 8: Mecanismo do tingimento do corante disperso na fibra de poliéster.

Page 24: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

24

Abaixo segue a descrição dos produtos auxiliares usados no processo de tingimento

do poliéster (SALEM, 1998a):

Dispersante – produto auxiliar responsável por manter a dispersão do corante,

garantindo a distribuição uniforme no banho.

Igualizante – produto auxiliar responsável por promover a adsorção uniforme do corante

pela fibra e aumento da afinidade corante/banho.

Ácido – evitar a redução ou hidrólise do corante.

Carrier – produto auxiliar responsável por aumentar a difusão do corante em

tingimentos com temperaturas menores que 130oC.

1.3. MÉTODO DO ESTUDO DE CASO NO ENSINO DE QUÍMICA

O Ensino de Química nas escolas de Ensino Fundamental e Médio está ligado a

diversas dificuldades, principalmente aceitação dessa disciplina por parte dos estudantes. Os

alunos acreditam que são forçados a estudar a matéria com intuito apenas de concluir o

Ensino Médio ou até mesmo para conseguir fazer um curso superior. Por isso, o professor da

área deve qualificar-se para possibilitar uma aprendizagem diferenciada da tradicional, onde

o professor expõe o conteúdo e o aluno atua apenas como receptor de informações, sem

participar ativamente do processo, buscando que a construção de conhecimento aconteça de

Figura 9: Gráfico do processo de tingimento da fibra de poliéster com corante

disperso.

T(oC)

t (min.)

Page 25: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

25

maneira significativa (NASCIMENTO et al., 2010).

Nesse sentido, para que o Ensino de Química nas escolas seja desenvolvido com o

propósito de promoverem a aprendizagem, compreensão e interesse dos alunos pelo

conhecimento químico, é preciso pensar na formação do professor. A matriz curricular dos

cursos de licenciatura está sofrendo mudanças desde 2002, como a inserção de 400 horas

destinadas às práticas de ensino, a fim de proporcionar experiências de aplicação de

conhecimentos ou de desenvolvimento de procedimentos próprios ao exercício da docência.

Por meio dessas atividades, são colocadas em uso, no âmbito do ensino, os conhecimentos, as

competências e as habilidades adquiridas nas diversas atividades formativas que compõem o

currículo do curso (BRASIL, 2002). E essas mudanças têm como objetivo uma melhor

formação do futuro professor.

Uma proposta que vem sendo aplicada no desenvolvimento do processo de ensino-

aprendizagem é a utilização do método de Estudo de Caso que permite ao professor realizar

uma abordagem diferenciada da tradicional. A proposta é um aprimoramento do método de

Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) iniciado há cerca de trinta anos na Escola de

Medicina da Universidade de Mc Master em Ontário com a finalidade de possibilitar aos

graduandos, o acesso a problemas reais e por muito tempo ficou restrito à formação de

profissionais da área da medicina (SÁ et al., 2007).

Esse estudo inicia-se a partir de uma situação ou problema trazendo para o indivíduo

um maior interesse e curiosidade dos assuntos abordados em sala de aula com os relacionados

com seu cotidiano, possibilitando dessa forma o desenvolvimento do pensamento crítico com

o tema tratado em sala de aula (NASCIMENTO et al., 2010). O mesmo tem se revelado

eficaz ao conferir autonomia aos estudantes e a oportunidade de direcionar a própria

aprendizagem enquanto exploram a ciência envolvida em situações relativamente complexas

(SILVA; SILVA, 2011).

Portanto, essa metodologia é caracterizada por histórias, onde as pessoas se

encontram com dilemas reais e precisam tomar decisões para solucionar o problema. É

contextualizado com o meio em que os alunos estão imersos e baseia-se em um ensino

participativo com um maior envolvimento dos mesmos. O processo de aprendizagem ocorre

quando os estudantes começam a criar hipóteses, conseguindo interagir com os personagens

dando um bom êxito na solução dos problemas (SÁ et al., 2007).

No contexto do Ensino de Química, o método de Estudo de Caso é recomendado no

sentido de permitir a formação do cidadão e sua importância não é apenas motivar o aluno ou

para aplicar somente o conhecimento químico, mas desenvolver atitudes e valores que

Page 26: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

26

propiciem a discussão das questões ambientais, econômicas, éticas e sociais (SOUSA et al.,

2012).

Dessa forma, Sá et al. (2007), em sua pesquisa, traz um esquema de estratégias que

podem ser adotados pelos professores, com base no trabalho de Herreid, publicado em 1998,

mostrando que elas podem ser diversificadas:

De Tarefa individual: o caso tem o caráter de uma tarefa que o aluno deve

solucionar, que implica na elaboração posterior de uma explicação histórica

dos eventos que conduziram à sua resolução; De Aula expositiva: o caso tem a característica de uma história (caso)

contada pelo professor aos seus alunos, de maneira muito elaborada e com

objetivos específicos. [...]; De Discussão: o caso é apresentado pelo professor como um dilema. Os

alunos são questionados a respeito das suas perspectivas e sugestões com

relação à resolução do mesmo; De Atividades em pequenos grupos: os casos são histórias que devem ser

solucionadas e dizem respeito ao contexto social e/ou profissional em que os

alunos estão imersos. Uma característica essencial é que os casos são

analisados por grupos pequenos de estudantes, que trabalham em colaboração (SÁ et al., 2007, p.732).

Assim, a exposição desses aspectos auxilia o professor na elaboração de um bom

caso ajudando-o a explorar de forma extensa vários conhecimentos, por isso é importante

assegurar-se na literatura recomendada para que se consiga alcançar os objetivos desejados

(ALBA, 2010). Complementando, as autoras Sá e Queiroz (2010), afirmam que para a

aplicação de tal proposta no desenvolvimento educacional são necessários: introduzir

conteúdos específicos; estimular a capacidade de tomada de decisão; demonstrar a aplicação

de conceitos químicos na prática; desenvolver a habilidade em resolver problemas;

desenvolver a habilidade de comunicação oral e escrita; desenvolver a habilidade de trabalho

em grupo; e desenvolver o pensamento crítico.

De tal modo, os conteúdos de Química podem tornar-se mais interessante e

prazeroso, trazendo resultados almejados na aprendizagem do conhecimento químico, no qual

os alunos se depararão com respostas que despertarão curiosidade de seu mundo (ALBA,

2010). Com isso conclui-se, conforme afirma Nascimento et al. (2010), que a utilização de

casos no Ensino de Química possibilita uma maior aproximação do estudante ao assunto

abordado, pois o mesmo passa a enxergar a utilidade no que estuda e se interessar pelo

aprendizado. Assim, o que para muitos era tido como um assunto banal passa a ser visto de

forma interessante e extremamente importante.

Page 27: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

27

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVOS GERAIS

Elaborar e ofertar um curso de curta duração aos alunos do PRONATEC, modalidade

Técnico em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de

Minas – Campus Barbacena, sobre o tema “Tingimento de fibras de poliamida e poliéster”.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Contribuir para a formação técnica dos alunos.

Fornecer informações sobre um tema útil à atuação profissional em setores da indústria

têxtil.

Usar de estratégias de ensino que auxiliem no processo de ensino e aprendizagem, como

por exemplo, a aplicação de um estudo de caso sobre o tema, prática de laboratório e

exibição de vídeo.

Page 28: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

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3. METODOLOGIA

Para execução deste trabalho ministraram-se aulas expositivas e práticas com carga

horária total de 12 horas (Apêndice A), para a turma do 4º período do curso Técnico em

Química, do programa PRONATEC, do IFSudesteMG - Campus Barbacena, com 17 alunos.

Durante as aulas foram abordados de modo geral, os processos de beneficiamento de

algumas fibras, com mais ênfase nas de poliamida e poliéster, demonstração de amostras

físicas das fibras e corantes, e promovidas discussões sobre o trabalho profissional da área

têxtil.

Inicialmente, aplicou-se um questionário avaliativo (Apêndice B), que teve como

objetivo verificar o conhecimento prévio dos alunos sobre o tema a ser trabalhado. No mesmo

encontravam-se perguntas de conhecimentos gerais relacionadas ao assunto.

Após iniciou-se a apresentação dos tópicos relacionados ao assunto, introduzindo-se

os processos relacionados à fibra celulósica, em especial o algodão, e ministrou-se mais

especificamente os processos de tingimento das fibras de poliamida e de poliéster. Foram

apresentados os processos de fabricação das fibras, os corantes usados, o mecanismos de

montagens no tingimento, funções dos produtos químicos auxiliares, os gráficos dos

processos e cálculos da receita.

Em seguida, foram realizados exercícios de aprendizagem (Apêndice C), com

questões mais específicas sobre o conteúdo do minicurso, a fim de proporcionar aos discentes

mais uma oportunidade de explorar o assunto abordado.

Além disso, de forma a favorecer o processo de ensino e aprendizado, despertar o

interesse e curiosidade nos discentes, e mostrar uma situação de problema real em uma

tinturaria, aplicou-se um estudo de caso (Apêndice D) abordando o problema “A borra e o pó

acinzentado - e agora, o que vamos fazer?”. Solicitou-se uma forma de solucionar o problema,

acreditando que o aluno poderia alcançar maior conhecimento com a pesquisa e familiarizá-lo

com o método. Os alunos tiveram sete dias para realizar a pesquisa, e realizou-se um debate

com a solução do caso.

Posteriormente, realizou-se uma prática em laboratório (Apêndice E), que consistiu

em um tingimento simultâneo de uma amostra de fibra de poliamida e de poliéster, com

corante ácido. O objetivo foi promover um contato físico e despertar a atenção dos alunos

para o processo de tingimento, além de compreender, em linguagem técnica os motivos que

levaram ao tingimento completo da fibra de poliamida e ao não tingimento da de poliéster nas

mesmas condições experimentais.

Page 29: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

29

Para finalizar as atividades e com o intuito de mostrar a realidade de um ambiente da

área têxtil, exibiu-se o vídeo do Programa “Têxtil: Linha de Produção”, que relatava as etapas

de fabricação do acabamento do tecido de algodão, desde a fiação ao beneficiamento.

Ao término do minicurso, repetiu-se o mesmo questionário avaliativo, a fim de

avaliar o aprendizado do conteúdo.

Page 30: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

30

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através da análise realizada com as respostas iniciais e finais dos alunos ao

questionário avaliativo (Apêndice B), construiu-se o gráfico apresentado na figura 10:

Com finalidade de ilustrar os resultados obtidos, foram selecionadas respostas de

alunos aos questionários inicial e final.

Ao analisar a questão um, onde se questionava o que eles entendiam por tingimento,

ocorreu uma melhoria nas respostas em cerca de 42%. Como exemplo selecionaram-se as

respostas:

Exemplo de resposta inicial: “É a coloração de um objeto por aplicação de tinta”.

Exemplo de resposta final: “Tingimento é um processo onde se usa corantes para

tingir um tipo de tecido, para que este adquire a cor desejada”.

Na resposta inicial destacada usaram-se os termos objeto e tinta, inadequados para

conceituar o significado do tingimento e na resposta final, o conceito foi mais bem elaborado,

utilizando corretamente o termo tecido, para definir o substrato a ser tinto e o corante como a

substância responsável por dar cor a este substrato, demonstrando o aproveitamento na

aprendizagem.

Para a questão dois, onde indagou-se o conceito de indústria têxtil, alcançou-se 59%

de avanço na elaboração deste conceito, e para ilustrar destacam-se as respostas:

Figura 10 – Percentual de acertos obtidos através do questionário avaliativo: inicial e final.

Page 31: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

31

- Exemplo de resposta inicial: “Indústria de roupas”.

- Exemplo de resposta final: “É uma indústria de fabricação de fibras, fios e tecidos,

e que também tingem esses tecidos formados”.

Pode-se observar o enriquecimento da resposta, demonstrando que o grau de

entendimento sobre as atribuições da indústria têxtil não se define apenas na confecção de

roupas, mas também desde a fabricação das fibras, fios e tecidos.

Na avaliação da questão três, que perguntava sobre os tipos de fibras conhecidas

pelos alunos, obteve-se um grau de melhoria de aproximadamente 47%, aperfeiçoando o

conhecimento prévio sobre o assunto. Através das respostas destacadas, pode-se demonstrar a

melhoria na correção deste conceito:

- Exemplo de resposta inicial: “Poliéster, nylon, algodão, poliamida, lã, jeans e

couro”.

- Exemplo de resposta final: “Poliamida, poliéster, algodão e fibras celulósicas”.

O aluno, ao responder: jeans e couro, como sendo um tipo de fibra, confundiu-se

com o conhecimento popular. E ao final do minicurso, foram obtidas respostas mais

consistentes com o conhecimento técnico, exemplificando alguns tipos de fibras têxteis.

Na questão quatro, abordavam-se as classes de corantes usadas no tingimento.

Obteve-se aproximadamente 83% de melhoria no conhecimento adquirido. Pode-se

exemplificar a resposta inicial descrito por um aluno, sendo que todos os outros discentes

deixaram em branco antes da exposição da aula teórica:

Exemplo de resposta inicial: “Acrílico”.

Exemplo de resposta final: “Corantes ácidos, reativos, diretos e dispersos”.

Constatou-se, nessa pergunta, que inicialmente, em sua maioria, os alunos não

possuíam conhecimento do assunto e deixaram a resposta em branco. A resposta “acrílico”

não foi coerente, pois trata-se de uma fibra e não uma classe de corante, ao final percebe-se o

aproveitamento no aprendizado, com respostas corretas ao questionamento.

Na questão cinco, indagou-se qual produto químico utilizado no processo de

tingimento. Observou-se aumento no aprendizado de cerca de 59%. Para exemplificar foram

selecionadas respostas de dois alunos, respectivamente:

Page 32: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

32

- Exemplos de respostas iniciais:

- “HCl”

- “Tintas, tonalizantes”

- Exemplos de respostas finais:

- “Ácido cítrico”.

- “Anilina e ácido cítrico”.

Constatou-se que a princípio os alunos não tinham conhecimento específico.

Sugeriram alguns produtos erroneamente, pois o ácido clorídrico por ser um ácido forte e

solubilizante da fibra de poliamida, não poderia ser utilizado, e os termos “tintas,

tonalizantes”, são inadequados no meio têxtil, sendo as respostas corrigidas ao final do

minicurso.

Com a questão seis, verificou-se o conhecimento sobre quais matérias primas eram

fabricadas as fibras sintéticas de poliamida e poliéster. Notou-se que somente 29% dos alunos

souberam citar algumas. Mesmo sendo uma questão que exigiria mais tempo para fixação no

aprendizado, por envolver nomenclatura diferente da ensinada com mais ênfase no ensino

médio, obteve-se ao final melhora, em torno de 30%. Como exemplo, relatam-se as respostas:

Exemplos de respostas iniciais:

- “Náilon”.

- “Ésteres orgânicos, amida”.

Exemplos de respostas finais:

- “Poliamida, hexametileno, ácido adípico”.

- “Ácido adípico”

Nas respostas iniciais pode-se observar novamente a falta de conhecimento técnico,

pois ao responderem “náilon”, não associaram a palavra com a própria fibra de poliamida,

como é conhecida comercialmente, e ao responderem “ésteres orgânicos, amida”, foram

induzidos pelas palavras das fibras que descreveram as suas funções. Nas respostas finais

pode-se verificar a citação de substâncias adequadas.

Com relação às questões cinco e seis, um melhor índice de acerto poderia ter sido

alcançado com um tempo maior de estudo por parte dos discentes, pois tratavam de

nomenclaturas não convencionais das disciplinas curriculares, ocorrendo mais dificuldades na

fixação dos termos.

A última questão buscava verificar se os alunos tinham noção de qual seria a

temperatura ideal para tingir as fibras de poliamida e poliéster. Constatou-se inicialmente

desconhecimento deste parâmetro e ao final, todos conseguiram atingir o objetivo desejado,

Page 33: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

33

respondendo corretamente a questão, gerando um índice de 100% de aproveitamento. Todos

responderam ao final:

Exemplo de resposta final: “Corantes ácidos = 98oC e corantes dispersos = 135oC”.

Através das respostas dos alunos, observou-se que ao longo das atividades realizadas

os mesmos adquiram gradativamente o conhecimento sobre processos industriais, com

oportunidade de conhecer melhor sobre as etapas de tingimento.

Os exercícios de aprendizagem (Apêndice C) foram corrigidos em sala de aula e

esclarecidas as dúvidas de questões como a natureza das ligações entre a fibra de poliamida e

do corante ácido, e difusão do corante disperso na fibra de poliéster.

No estudo de caso (Apêndice D), cujo o tema “A borra e o pó acinzentado - e agora,

o que vamos fazer?”, verificou-se que os discentes tiveram dificuldades em usar as

ferramentas de busca para a solução do problema apresentado. Apenas dois grupos

conseguiram alcançar completamente o objetivo da atividade proposta. Neste sentido,

realizou-se um debate mais detalhado e explicação sobre o assunto abordado. Esclareceu-se

que a borra e o pó acinzentado deviam-se ao surgimento de oligômeros, que são produtos

secundários indesejáveis da reação de polimerização na fabricação da fibra do poliéster. A

solução estaria na utilização de um auxiliar conhecido como anti-oligômero (composto de

quaternário de amônio e aditivos especiais) e um álcali forte (NaOH ou KOH) em um banho à

fervura. Isso resolveria a situação das incrustações no maquinário. Além disso,

preventivamente, poderiam ser usados esses mesmos produtos juntamente com um redutor

(dióxido de tiouréia) à 80°C, após os tingimentos de cores intensas.

Ao realizar a prática de laboratório, conforme o roteiro do apêndice E, todos os

alunos tiveram a oportunidade de visualizar o processo de tingimento da fibra de poliamida e

concomitante observação que não ocorrera o processo, nas mesmas condições, para a fibra de

poliéster, sendo esse fato debatido em sala de aula. Foram apresentados três justificativas para

o fenômeno.

O primeiro seria o sistema de montagem das fibras, pois para a fibra de poliamida

com corante ácido, o tingimento ocorre através de interações iônicas, onde o grupamento

sulfônico do corante é atraído eletrostaticamente para o grupamento amínico da fibra de

poliamida, numa reação de salinificação. Já para fibra de poliéster deve ser tingida com

corantes dispersos, o que, ocorre por um processo físico de dispersão e a adsorção do corante

na superfície da fibra, sendo necessário aumento do calor no banho do tingimento, para

provocar a dilatação dos espaços intermoleculares, e consequentemente promover a difusão

Page 34: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

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do corante para o interior da fibra. Ao final do processo com o resfriamento do banho, os

espaços intermoleculares se fecham, provocando a fixação do corante dentro da fibra.

A segunda justificativa consiste no controle da temperatura dos processos de

tingimento (figuras 4 e 9). A fibra de poliamida tinge à 98°C e a fibra de poliéster à 135°C, e

como a prática ocorreu à fervura, inviabilizaria a montagem do corante no poliéster.

A última justificativa seria a diferença nas próprias moléculas dos corantes, visto que

o corante ácido apresenta grupamentos sulfônicos solubilizantes e a molécula do corante

disperso não as têm, condicionando-o a dispersão e adsorção na superfície da fibra, e como se

usou o corante ácido inviabilizou seu mecanismo de montagem.

Com a exibição do vídeo “Têxtil – Linha de Produção” proporcionou aos alunos uma

visão geral do ambiente de uma indústria têxtil e as etapas de fabricação de seus produtos

finais.

De modo geral, percebeu-se uma boa evolução na compreensão do conteúdo para os

processos de tingimentos das fibras de poliamida e poliéster. Notou-se também grande

interesse nos discentes sobre os assuntos tratados, buscando o melhor aproveitamento nas

atividades propostas.

Page 35: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

35

5. CONCLUSÃO

Concluiu-se que a aplicação do minicurso gerou resultados satisfatórios, alcançando

os objetivos do trabalho, ou seja, contribuir para a formação técnica dos alunos, fornecendo

informações sobre um tema útil à atuação profissional em setores da indústria têxtil. A

colaboração total dos alunos quanto à aceitabilidade, atenção e participação, favoreceu o bom

índice de aprendizagem alcançado. Além disso, a atividade realizada foi uma experiência

nova, diferenciada e que contribuiu significativamente não somente para a formação dos

alunos, mas também para a formação dos graduandos envolvidos na execução do projeto,

futuros professores de Química.

Page 36: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

36

REFERÊNCIAS

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Page 38: Modelo novo tcc finalizado   minicurso tingimento- com sumário automático nov2014

38

APÊNDICE A – PLANEJAMENTO DE ENSINO: TINGIMENTO DAS FIBRAS DE

POLIAMIDA E POLIÉSTER

DATAS:

12 e 19 de maio 2014

DURAÇÃO:

12 horas

DISCIPLINA/ÁREA:

Processos Químicos Industriais

1. Assunto: Processos de Tingimentos das fibras poliamida e poliéster.

2. Objetivos Gerais: Conhecer o ramo de atuação profissional nas indústrias têxteis com

seus conceitos e aplicações práticas embasado no conhecimento químico prévio.

2.1 Objetivos Específicos:

Entender a história da indústria têxtil química com suas descobertas e conceitos

básicos;

Compreender os fenômenos ocorridos nas transformações químicas efetuadas nos

substratos têxteis.

Conhecer as principais técnicas de tingimento das fibras de poliamida, poliéster e

suas aplicações.

3. Conteúdo Programático:

1º conjunto de aulas (4 horas/aula)

Introdução sobre principais fibras e corantes usados na indústria têxtil;

Abordagem técnica sobre detalhes do tingimento das fibras de poliamida e de

poliéster com corantes ácidos e dispersos, respectivamente;

Demonstração de alguns substratos têxteis e corantes usados nos tingimentos;

Cálculos de receitas de tingimentos.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO SUDESTE DE MINAS GERAIS – CAMPUS BARBACENA

PLANEJAMENTO DE ENSINO

PROFESSORES RENATA ALVES E JOSÉ RICARDO LOIOLA DE OLIVEIRA

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2º conjunto de aulas (4 horas/aula)

Aplicação de Estudo de Caso – A borra e o pó acinzentado - e agora, o que vamos

fazer?;

Prática experimental – Tingimento de poliamida com corante ácido em presença do

poliéster;

Exercícios de aprendizagem;

3º conjunto de aulas (4 horas/aula)

Exibição do vídeo “Têxtil – Linha de produção”.

Apresentação da solução do Estudo de Caso;

Correção dos exercícios de aprendizagem;

Aplicação do questionário avaliativo.

4. Métodos e Técnicas de Ensino:

Aula expositiva estimulando o aluno a refletir sobre a relevância do tema abordado;

Relacionar o tema da aula aos assuntos já ensinados anteriormente;

Buscar uma correlação entre o tema e o cotidiano dos alunos;

Utilizar de artifícios experimentais para estimular a construção dos conceitos pelos

próprios alunos.

5. Recursos Didáticos:

Apostila;

Equipamentos de multimídia;

Vídeo;

Quadro e pincel.

6. Avaliação:

Questionário avaliativo inicial e final;

Participação nas atividades do minicurso.

Referências Bibliográficas:

GUARANTINI, C. C. I., ZANONI, M. V. B. Corantes Têxteis. Revista Química

Nova, v. 23, n. 1, p. 71–78, 2000.

LANGE C. R. Estudo das condições operacionais do processo de tingimento de

fibras mista acrílico/algodão em bobina cruzada. 2004. 135 p. Trabalho de

dissertação de mestrado em engenharia química – Centro Tecnológico da

Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.

SALEM, V. Curso de Tingimento Têxtil, In:_______ Apostila do curso Golden

Química do Brasil Ltda., 144 p, 1998a.

_______. Curso de Tingimento Têxtil, In:_______ Apostila do curso Golden

Química do Brasil Ltda., 101 p, 1998b.

UTZIG G. Avaliação das propriedades físico-mecânicas de tecidos planos

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compostos com duas fibras têxteis distintas e tingidas com corantes em

processos diferenciados. 2012. 69 p. Trabalho de conclusão de curso do grau de

bacharel em engenharia industrial – Universidade Feevale, Novo Hamburgo, 2012.

Barbacena, 12 de maio de 2014.

______________________________________

Renata Alves dos Santos

______________________________________

José Ricardo Loiola de Oliveira

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APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO AVALIATIVO

Licenciandos: José Ricardo e Renata Alves

Questionário avaliativo aplicado em: _____/_______/________.

1. O que você entende por tingimento?

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___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

2. O que é indústria têxtil?

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___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

3. Quais tipos de fibras têxteis você conhece?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

4. Cite algumas classes de corantes usados nas indústrias para conferir cor aos substratos

têxteis.

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___________________________________________________________________________

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5. Você conhece algum produto químico que é utilizado no processo de tingimento? Cite.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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6. Você sabe de quais matérias primas são fabricadas as fibras sintéticas de poliamida e

poliéster? Cite.

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___________________________________________________________________________

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7. Qual é a melhor temperatura para tingir as fibras de poliamida e de poliéster?

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APÊNDICE C - EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM –

MINICURSO TINGIMENTO DE FIBRAS POLIAMIDA E POLIÉSTER.

TURMA: 4º PERÍODO PRONATEC – TÉCNICO EM QUÍMICA

1) Quais são os tipos de poliamida mais usados na indústria têxtil?

2) Quais são as temperaturas de patamar ideais para o tingimento das fibras de

poliamida e poliéster?

3) Quais são as classes dos corantes mais usados na indústria têxtil para o tingimento

das fibras de poliamida e poliéster?

4) Quais são os três fatores importantíssimos para o tingimento da poliamida?

5) Qual é a natureza da ligação entre a poliamida e corante ácido?

6) Como ocorre o tingimento da fibra de poliéster com os corantes dispersos?

7) Como são classificados os corantes dispersos quanto à energia de migração para a

fibra de poliéster?

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8) O que é fenômeno de sublimação e qual corante contem essa propriedade?

9) Qual é a função do carrier no tingimento do poliéster com o corante disperso?

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APÊNDICE D – ESTUDO DE CASO – A BORRA E O PÓ ACINZENTADO -

E AGORA, O QUE VAMOS FAZER?

Uma pequena indústria do ramo de tinturaria “ALQUIMIA LDTA” localizada no

município de Divinópolis-MG, fabrica tecidos de poliéster em várias padronagens e está

acostumado a adquirir o fio em vários títulos de uma empresa nacional, porém com os

constantes aumentos, os diretores resolveram importar um contêiner da China, nos títulos

usados.

Na tecelagem os fios não trouxeram qualquer problema na fabricação dos tecidos,

porém, após algumas semanas de tingimento dos tecidos, os colaboradores e responsáveis

(não técnicos) começaram a perceber que no interior das autoclaves de tingimentos estava

ocorrendo um acúmulo de um pó ou pasta acinzentada que só saia se esse interior fosse

raspado, processo que era inviável, visto que nas bombas de circulação, pressão e pequenas

tubulações estavam completamente impregnadas.

Apesar de avaliarem todas as possíveis causas, não conseguiram chegar a nenhuma

conclusão do ocorrido, com isso o gerente resolveu ligar para o dono da fábrica que está

viajando para comunicá-lo do ocorrido.

-Oi Sr. Arnaldo, como vai?

-Vou bem Ricardo e você? Como andam as coisas por aí?

-Então Sr. Arnaldo, estou te ligando para informar que aqui na fábrica está havendo

um problema nas autoclaves após o tingimento e com isso tivemos que parar a produção para

resolver e achei melhor te ligar para que possa nos ajudar a encontrar uma solução.

-Nossa, Ricardo, me explica melhor o que está acontecendo.

Assim o gerente Ricardo detalhou para o Sr. Arnaldo o que realmente estava

acontecendo nas autoclaves, até que de repente o Sr. Arnaldo teve uma ideia e disse:

-Já sei Ricardo, vou pedir ajuda a minha sobrinha Sophia que está estudando para

técnico têxtil no Rio de Janeiro, no CETIQT, tenho certeza que ela poderá nos ajudar.

-Boa ideia Sr Arnaldo, aguardamos sua resposta e abraços.

-Até breve Ricardo, agora vou entrar em contato com minha sobrinha.

O Sr. Arnaldo passa um e-mail para sua sobrinha:

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Vocês serão a sobrinha do tio Arnaldo, e terão que ajudá-lo a descobrir o que está

acontecendo nas autoclaves e propor soluções para o problema.

[email protected]

Olá Sophia,

Como vai?

Estou precisando da sua ajuda em um problema que está acontecendo aqui na fábrica.

É o seguinte: Após o processo de tingimento dos nossos tecidos de poliéster, com um fio que importei recentemente,

estamos percebendo que começou a acumular um pó e uma pasta acinzentada no interior das máquinas e que não

estamos conseguindo eliminá-los, pois a bomba de circulação, pressão e pequenas tubulações estão totalmente

impregnadas e com isso tivemos que parar a produção para averiguação.

Sendo assim, peço se você poderia conversar com os seus professores sobre o assunto, para identificar o possível

material depositado no interior das autoclaves, e quais poderiam ser as ações para solucionar o problema, pois se o

problema for realmente do fio novo, não tenho como devolvê-lo e preciso solucionar o problema o mais rápido

possível.

Obrigado,. Seu tio.

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APÊNDICE E – AULA PRÁTICA

TINGIMENTO DA FIBRA DE POLIAMIDA NA PRESENÇA DA FIBRA DE

POLIÉSTER

CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA - PRONATEC – 4º PERÍODO

DISCIPLINA: PROCESSOS INDUSTRIAIS

PROFESSORES: JOSÉ RICARDO/RENATA

AULA EXPERIMENTAL: TINGIMENTO DA FIBRA DE POLIAMIDA NA

PRESENÇA DA FIBRA DE POLIÉSTER

1 – Objetivos:

Conhecer o processo de tingimento com a observação na montagem do corante e

entender o mecanismo e fatores que ocorrem no tingimento da fibra de poliamida e o não

tingimento da fibra de poliéster nas condições experimentais propostas.

2 – Introdução Teórica

O tingimento é usado desde os primórdios e em várias formas de decoração, como

exemplo, temos as pinturas coloridas nas paredes de cavernas na França, datada de 30.000

anos atrás.

As fibras sintéticas são fabricadas a partir de matérias primas da indústria

petroquímica, onde o tingimento dessas fibras sintéticas, em especial as fibras poliamídicas e

poliésteres, podemos destacar os corantes ácidos e os dispersos respectivamente.

A expressão corante ácido corresponde ao grupo de corante aniônico portadores de

um a três grupos sulfônicos, e estes grupos substituintes ionizáveis tornam o corante solúvel

em água, no processo de tingimento, o corante previamente neutralizado se liga à fibra através

de uma troca iônica envolvendo o par de elétrons livres dos grupos amínicos e carboxilatos

das fibras, na forma não-protonada.

O corante responsável pelo tingimento das fibras de poliésteres é o corante disperso,

que constitui uma classe de corante insolúvel em água, e durante o processo de tingimento, o

corante sofre hidrólise e sua forma original insolúvel é lentamente precipitada na forma

dispersa e é difundido pela fibra devido ao efeito da temperatura.

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3 – Material:

Solução 0,5% corante ácido vermelho;

Compound auxiliares (mistura de igualizante, umectante e sequestrante em

proporções adequadas);

Ácido;

Amostra de fibra de poliamida;

Amostra de fibra de poliéster;

Aquecedor;

Bequer de vidro de 250 mL;

Bastão de vidro;

Pipeta graduada de 1 mL;

Conta-gota.

4 – Procedimento experimental:

1 – Selecionar uma amostra pequena de artigo de poliamida e poliéster.

2 – Preparar a solução do corante vermelho ácido: Pesar 0,5 g do corante, dissolver o pó do

corante com uma pequena quantidade de água fervente em um béquer de 100 mL, transferir

para um balão volumétrico de 100 mL, esperar esfriar e completar o volume.

3 – Em um béquer de 250 mL, adicionar 150 mL de água, 0,5 mL do compound e 10 gotas do

ácido.

4 – Adicionar 1 mL da solução do corante 0,5%, e adicionar as amostras de poliamida e de

poliéster e misturar.

5 – Levar o banho do tingimento à fervura, mexendo o material por 10 minutos.

6 – Retirar as amostras do banho, lavar e observar o que ocorreu.

7 – Relatar em um texto o resultado final do processo de tingimento.

Referências:

GUARANTINI, C. C. I., ZANONI, M. V. B. Corantes Têxteis. Revista Química Nova, v.

23, n. 1, p. 71–78, 2000.

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LANGE C. R. Estudo das condições operacionais do processo de tingimento de fibras

mista acrílico/algodão em bobina cruzada. 2004. 135 p. Trabalho de dissertação de

mestrado em engenharia química – Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa

Catarina, Florianópolis, 2004.

SALEM, V. Curso de Tingimento Têxtil, In:_______ Apostila do curso Golden Química

do Brasil Ltda., 144 p, 1998a.

_______.Curso de Tingimento Têxtil, In:_______ Apostila do curso Golden Química do

Brasil Ltda., 101 p, 1998b.

UTZIG G. Avaliação das propriedades físico-mecânicas de tecidos planos compostos

com duas fibras têxteis distintas e tingidas com corantes em processos diferenciados.

2012. 69 p. Trabalho de conclusão de curso do grau de bacharel em engenharia industrial –