sseguranÇa e bem-estar eguranÇa e bem-estar … · i apresentaÇÃo da actividade 5 1...

27
SEGURANÇA E BEM-ESTAR SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS NAS ESCOLAS INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO

Upload: vuongkhanh

Post on 15-Nov-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

SEGURANÇA E BEM-ESTAR SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLASNAS ESCOLAS

RoteiroRoteiro

INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA AFERIÇÃO

Programa AFERIÇÃO SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS

2

Inspecção-Geral da Educação

FICHA TÉCNICA Título Segurança e Bem-Estar nas Escolas — Roteiro Autoria Inspecção-Geral da Educação Edição © Inspecção-Geral da Educação (IGE) Av. 24 de Julho, 136 1350–346 LISBOA Tel.: 213 924 800 / 213 924 801 Fax: 213 924 950 / 213 924 960 e-mail:[email protected] URL: http://www.ige.min-edu.pt Coordenação editorial, design gráfico, revisão tipográfica e divulgação IGE — Gabinete de Planeamento, Documentação e Formação (GPDF) Impressão e acabamento Reprografia da Secretaria-Geral do Ministério da Educação Av. 24 de Julho, 136 — 1.º 1350–346 LISBOA Setembro 2005 Tiragem 300 exemplares

3

ROTEIRO

Inspecção-Geral da Educação

SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

ROTEIRO

I APRESENTAÇÃO DA ACTIVIDADE

5

1 Enquadramento

7

2 Objectivos e finalidades

8

3 Quadro conceptual

8

4 Desenvolvimento da intervenção

11

4.1 Selecção das unidades de gestão 11

4.2 Cronologia-tipo da intervenção por unidade de gestão 11

4.3 Campos de aferição e indicadores de qualidade 12

4.4 Relatório de escola

13

5 Documentos de suporte da actividade

13

II CAMPOS DE AFERIÇÃO E INDICADORES DE QUALIDADE

15

1 Matriz de aferição

17

2 Campos de aferição

19

2.1 Visão e estratégia 19

2.2 Aspectos contextuais 21

2.3 Processos estratégicos 22

2.4 Resultados e efeitos 26

Programa AFERIÇÃO SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS

4

Inspecção-Geral da Educação

5

ROTEIRO

Inspecção-Geral da Educação

Programa AFERIÇÃO SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS

6

Inspecção-Geral da Educação

7

ROTEIRO

Inspecção-Geral da Educação

1. Enquadramento1. Enquadramento As actividades de Aferição, incluídas no programa V do Plano de Actividades da Inspec-ção-Geral da Educação (IGE) para 2004, visam «contribuir para o melhor conhecimento da actividade das organizações educativas, no seu todo ou em programas específicos» (p. 73) […] e «garantir a qualidade do desempenho do Sistema Educativo, acompa-nhando as estratégias que têm vindo a ser conduzidas, no sentido de contribuir para a sua melhoria, tendo em conta o conjunto de parâmetros que o quadro legal prevê, e a experiência recomenda, como referentes na sua monitorização e observação» (p. 8). A actividade Segurança e bem-estar nas escolas integra aquele Programa, enquanto meio de intervenção da Inspecção-Geral da Educação, no respeito pelo quadro do desenvolvimento da autonomia das escolas, assumindo que os respectivos órgãos de gestão e administração são responsáveis, quer pela administração e gestão dos seus recursos humanos e materiais, quer pela auto-avaliação do desempenho institucional. Assim, esta actividade pretende constituir-se como parte integrante de uma cultura de reflexão organizacional sobre o desempenho das instituições escolares na promoção de uma cultura de segurança e bem-estar. A promoção de uma cultura de segurança e bem-estar nas organizações é, por um lado, uma área de criação recente, e por outro, tem-se constituído numa área de grande intervenção normativa, embora de controlo reduzido, notando-se, frequentemente, que não se situa no âmbito das prioridades da acção educativa, o que nos permite afirmar que estamos longe de poder falar da exis-tência de um pensamento estruturado sobre segurança e bem-estar como uma das dimensões ecossistémicas da escola. Esta actividade de Aferição tem, portanto, como propósito suscitar ou consolidar atitu-des críticas e de auto-questionamento relativamente ao trabalho efectuado pelas esco-las em matéria de segurança e bem-estar de pessoas e bens. Alguns acontecimentos, indiciadores de uma segurança relativa e não sistematicamente controlada nos estabelecimentos de educação e ensino, chamam a atenção para situa-ções de risco potencial, que devem ser abordadas numa perspectiva integrada, o que pressupõe o desenvolvimento de uma visão e de uma estratégia neste campo da orga-nização e da vida das escolas. A IGE, com esta área de trabalho, propõe-se dar um con-tributo nesse sentido. Com a actividade Segurança e bem-estar nas escolas procura-se, assim, actuar em dois níveis: examinar a qualidade do desempenho das escolas em matéria de segurança e bem-estar e avaliar o grau de interiorização e de apropriação de uma cultura neste domínio. Estes dois níveis de aferição integram o modelo conceptual construído para o efeito, em que o conceito de aferição é definido como a verificação da conformidade ou do desvio resultante da comparação entre uma situação real observada e uma situação de referência, construída a partir do previsto no normativo, do conhecimento científico, da experiência profissional e das boas práticas. A actividade de Aferição desenvolve-se a partir de uma atitude de questionamento sobre as práticas em uso para a promoção de uma cultura de segurança e bem-estar nas escolas, de modo a receber a demonstração de evidências da correcção de procedi-mentos e de desempenhos.

Programa AFERIÇÃO SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS

8

Inspecção-Geral da Educação

Com esta actividade, integrada no programa Aferição, o qual propõe uma nova aborda-gem para a promoção da qualidade educativa, a IGE pretende contribuir para o desen-volvimento organizacional, considerando que uma organização só se desenvolve se esti-ver aberta a conhecer-se e a gerir o conhecimento que tem de si mesma. 2 Objectivos e finalidades 2 Objectivos e finalidades A actividade Aferição do desenvolvimento de uma cultura de segurança e bem-estar nas escolas, ao realizar-se a partir de uma atitude de interpelação sobre as práticas em uso, leva a que se coloquem, entre outras, as seguintes questões orientadoras: • Que culturas de segurança e bem-estar predominam nas escolas? • Como se reflectem no modo como se organiza e alcança a segurança e bem-estar? Estas questões encerram, em si mesmas, os seguintes objectivos e finalidades: • Apreciar os procedimentos e os mecanismos, existentes nas escolas, para o desen-

volvimento de uma cultura de segurança e bem-estar; • Verificar as condições de segurança e bem-estar nas escolas, relativamente ao cum-

primento dos normativos; • Induzir uma cultura de segurança e bem-estar nas escolas; • Disponibilizar informação conducente à melhoria dos níveis de eficácia e eficiência

das organizações educativas na prossecução de uma política de qualidade. 3 Quadro conceptual3 Quadro conceptual Para esta actividade de Aferição do desenvolvimento de uma cultura de segurança e bem-estar é indispensável apresentar os dois modelos conceptuais que lhe dão corpo e que se sobrepõem: um diz respeito à concepção de aferição da qualidade do desenvolvi-mento organizacional e o outro à concepção de uma cultura de segurança e bem-estar. A aferição da qualidade do desenvolvimento organizacional está conceptualmente estru-turada em quatro campos de aferição: visão e estratégia; factores antecedentes ou aspectos contextuais; processos estratégicos; resultados e efeitos. Sendo o enfoque desta actividade a segurança e o bem-estar, é nesta estrutura que se inscreve o modelo conceptual do desenvolvimento de uma cultura de segurança e bem-estar, visando aferir a qualidade da visão e da estratégia da escola, revelada, quer nos processos, quer nos resultados e efeitos, enquanto parte integrante da qualidade educa-tiva alcançada. Importa, ainda, especificar como se operacionaliza cada campo de aferição: • Os factores antecedentes ou contextuais abrangem dados relevantes do contexto que

podem interferir com as estratégias para a promoção da segurança e bem-estar. São exemplo os níveis de educação e ensino ministrados em cada estabelecimento; a

9

ROTEIRO

Inspecção-Geral da Educação

existência ou não de funcionários e a sua formação e preparação; o tipo de edifício e a sua idade; a localização. Qualquer destas variáveis pode influenciar as acções a desenvolver e fazer com que a mesma iniciativa seja redundante ou indispensável;

• Nos processos estratégicos consideram-se o planeamento ou programação, a execu-

ção das acções planeadas e a regulação interna, ou auto-monitorização instituída; • Nos resultados incluem-se os que se referem a indicadores de eficiência e eficácia,

tangíveis e intangíveis, como o clima e a satisfação da comunidade educativa; • A visão e estratégia refere-se ao modo como se percepcionam as questões da segu-

rança e bem-estar ao nível da intencionalidade com que se delineia um conjunto de intervenções de forma articulada e sistemática, o que pode implicar um planeamento de médio e/ou longo prazo e uma maior ou menor estruturação das acções ou pro-gramas de trabalho.

Em conjunto, estes quatro campos ou categorias de factores contribuem para o desen-volvimento de uma cultura própria de escola, a que muitos autores chamam cultura úni-ca ou singular e a que outros chamam culturas de escola, no plural, dada a pluralidade de campos de intervenção, de prioridades e de percepções que se desenvolvem. Assim, subjacente ao modelo de aferição da qualidade do desenvolvimento organizacio-nal está uma concepção de cultura de segurança e bem-estar. Com o intuito de contribuir para a compreensão da problemática da segurança e bem-estar nas escolas, e, simultaneamente, servir de suporte à fundamentação e observação de questões-chave nesta matéria, desenvolveu-se um modelo conceptual, que seguida-mente se apresenta. Para este modelo, considerou-se importante distinguir as questões da segurança e bem-estar quanto à sua natureza, o que permitiu identificar quatro ordens de questões: • As que se referem aos aspectos de contexto, isto é, ao meio envolvente e ao meio

escolar, ou às existências internas e externas, no que respeita a pessoas e bens; • As que se referem às condições de habitabilidade, em ordem à garantia das condi-

ções de segurança e salubridade dos meios físicos. A garantia destas condições pres-supõe a existência de programas correntes de manutenção e conservação e de pro-gramas específicos de prevenção de situações de risco;

• As que se referem às condições de utilização, para garantia ou salvaguarda da inte-

gridade física dos utilizadores. Esta salvaguarda pressupõe a existência de normas e de regulamentos, nomeadamente, para a utilização de espaços e equipamentos e para a regulação de atitudes e comportamentos face a situações de emergência. Pressupõem ainda a divulgação e a observância daquelas normas e regulamentos;

• As que se referem às condições de apropriação de boas práticas em ordem à promo-

ção do envolvimento pessoal e colectivo, do comportamento e atitudes responsáveis e construtivas ou pró-activas. Para que os membros da comunidade escolar se apro-priem de certas boas práticas pressupõe-se que são desenvolvidos conjuntos de pro-cedimentos, por parte dos responsáveis da escola, no sentido de os mobilizar ou motivar para a relevância destas questões e para a sua condição de co-variáveis do clima e da satisfação com a escola. Indirectamente são ainda factores que podem afectar a predisposição para aprender, dada a sua relação com as dimensões psicoló-

Programa AFERIÇÃO SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS

10

Inspecção-Geral da Educação

gicas e afectivas subjacentes ao processo de aprendizagem e de integração socioes-colar. O nível de mobilização e de motivação é influenciado pelas práticas de distri-buição de responsabilidades, de tarefas por diferentes pessoas da comunidade, pelos diferentes tipos de formação promovidos, pelas parcerias que se estabelecem com a comunidade exterior e pela monitorização das políticas de segurança e bem-estar e da sua gestão. A monitorização envolve a criação de dispositivos de controlo e de recolha de dados, a sua análise, divulgação e discussão, sobretudo com todos os que tiveram responsabilidades na gestão e execução dos diferentes processos.

A conjugação da correcta gestão das condições de habitabilidade, de utilização e de apropriação de boas práticas, numa perspectiva integrada, consciente e sistemática, é condição fundamental para o desenvolvimento de uma cultura de segurança e bem-estar. Este patamar de desenvolvimento não é consentâneo com acções esporádicas e disper-sas. Pressupõe que existem uma visão e uma estratégia para a segurança e bem-estar e que por isso são uma prioridade a par de outras prioridades na organização. Pode-se falar de uma cultura de segurança e bem-estar quando se verifica que, de uma forma consciente e sistemática, esta se integra e articula com outras manifestações da cultura educativa na escola. A sobreposição dos modelos acima descritos pode ser representada do seguinte modo:

Gestão do conhecimento/Aferição

VISÃO E

ESTRATÉGIA

objectivos e valores e

estratégias de melhoria

RESULTADOS E

EFEITOS

avaliação e

efeitos

ASPECTOS CONTEXTUAIS

Identificação — análise — adopção de medidas

Promoção de uma cultura

de segurança

e bem-estar

Cultura de

segurança e

bem-estar

Meio envolvente

Meio escolar

PROCESSOS ESTRATÉGICOS

Programação — execução — regulação interna

Condições de habitabilidade

Condições de utilização

Condições de apropriação

AVALIAÇÃO

MONITORIZAÇÃO

11

ROTEIRO

Inspecção-Geral da Educação

4 Desenvolvimento da intervenção4 Desenvolvimento da intervenção 4.1 Selecção das unidades de gestão O universo das escolas a intervencionar, no âmbito desta actividade, é constituído pelos estabelecimentos de ensino da rede pública, geridos e administrados de acordo com o estabelecido no Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de Maio (RAG), isto é, abrange estabe-lecimentos destinados à educação pré-escolar, ao ensino básico e ao ensino secundário. A selecção das unidades de gestão é realizada pelos Serviços Centrais da IGE, em arti-culação com as suas Delegações Regionais, e respeita os seguintes critérios: • Os recursos disponíveis e a capacidade de realização existente em cada Delegação

Regional; • A proporcionalidade regional; • A representatividade (diferentes tipos de unidades de gestão e diferentes tipologias

de estabelecimentos) face ao universo de estabelecimentos existentes na rede públi-ca.

O número de unidades orgânicas a intervencionar entre 2005 e 2007 será de cerca de 300. Em 2005, prevê-se que seja intervencionado um número mínimo de 50 unidades, tendo em vista consolidar equipas e metodologias. 4.2 Cronologia-tipo da intervenção por unidade de gestão Cada unidade de gestão é, com a antecedência julgada pertinente por cada Delegação Regional, informada por escrito da sua selecção e do calendário previsto para a inter-venção. Em cada agrupamento de escolas é visitado, para além da escola-sede, um máximo de 6 escolas associadas, em número proporcional de jardins-de-infância e de escolas bási-cas do 1.º ciclo. A intervenção em cada unidade de gestão tem a duração máxima de 10 dias de trabalho e é desenvolvida por uma equipa de inspectores, com a seguinte agenda-tipo: • O primeiro dia, designado visita inicial, tem como propósito a apresentação sucinta

da actividade e dos seus materiais de apoio, e a recolha da informação necessária ao planeamento da intervenção. A apresentação da actividade tem como público-alvo os representantes legais dos órgãos de gestão e administração da escola, os responsá-veis pela segurança/instalações e os representantes do pessoal não docente, pais ou encarregados de educação, e alunos;

• Do segundo ao sexto dia, a equipa inspectiva procede à recolha de evidências, sobre

o desempenho da Unidade Orgânica, em ordem à promoção e garantia de condições de segurança e bem-estar, através da realização de entrevistas secundadas pela apresentação por parte da escola de informação demonstrativa, documental ou fac-tual;

Programa AFERIÇÃO SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS

12

Inspecção-Geral da Educação

• Os sétimo, oitavo e nono dias destinam-se à preparação da versão final do relatório e ao encerramento do trabalho na unidade de gestão, mediante a apresentação das conclusões da intervenção a todos os intervenientes;

• O décimo dia destina-se à conclusão do relatório de escola, após o que o mesmo

deverá ser apresentado na Delegação Regional, para validação e lançamento na base de dados nacional.

4.3 Campos de aferição e indicadores de qualidade A metodologia a seguir assenta no quadro conceptual da aferição, cabendo ao inspector observar e questionar sobre as práticas em uso, de modo a receber a respectiva demonstração sob a forma de evidências, nas quais a escola se baseia para apreciar a correcção dos seus procedimentos e do seu desempenho face aos resultados obtidos ou à eficácia do trabalho desenvolvido. A natureza do questionamento, para além de assegurar a recolha de evidências, tem uma intencionalidade formativa e indutora. O propósito da aferição é, também, o de induzir nas escolas processos planeados e estruturados de análise e reflexão sobre o seu desempenho, conducentes à consolidação de uma cultura de segurança e bem-estar. O questionamento e a observação do contexto, bem como a apreciação fundamentada das evidências, têm como suporte 4 campos de aferição, onde se integram os 7 indica-dores de qualidade (IQ) e os respectivos 16 sub-indicadores de qualidade (SIQ) — cons-tituídos pelos aspectos que se consideraram mais relevantes para o desenvolvimento de uma cultura de segurança e bem-estar — que constituem a matriz de aferição que se apresenta na p. 17. Para cada indicador e sub-indicador de qualidade foram formuladas as questões orienta-doras que norteiam as diversas entrevistas e observações. Foram também construídos referentes para cada sub-indicador, que se constituem como situação de referência em relação à qual é comparada a situação real observada. A situação de referência descreve, de acordo com o normativo e o conhecimento exis-tente nesta matéria, o que se pode considerar como um bom desempenho em cada aspecto focado (sub-indicador) e que se espera, em termos ideais, que todas as escolas alcancem ou se sintam obrigadas a alcançar. Procura-se também, deste modo, propor-cionar, a todos os intervenientes no processo, um entendimento comum do que se entende por desenvolvimento de uma cultura de segurança e bem-estar e assegurar que a actividade de aferição seja realizada de forma sustentada. Portanto, a referência construída para cada sub-indicador tem as características de uma apreciação de nível 3 (bom), numa escala de 4 níveis. Intencionalmente, não se toma como nível de referência o nível 4 (muito bom), pelo carácter de imprevisibilidade dos desempenhos de excelência. Os juízos de valor decorrem da verificação da distância a que cada situação real obser-vada se encontra do referente construído e a classificação a atribuir a cada indicador de qualidade será sustentada pela apreciação efectuada aos respectivos sub-indicadores, utilizando para tanto a seguinte escala de classificação:

13

ROTEIRO

Inspecção-Geral da Educação

Nível 4 — Muito bom: o desempenho da escola supera claramente o esperado face quer ao contemplado nos normativos e orientações relativos à segurança de pessoas e bens quer às práticas comuns para o desenvolvimento de uma cul-tura de segurança e bem-estar;

Nível 3 — Bom: o desempenho da escola é marcado por pontos fortes em todos os

aspectos essenciais, existindo alguns menos conseguidos mas que não têm peso determinante no indicador aferido. A escola revela cumprir os normati-vos e as orientações relativos à segurança de pessoas e bens, desenvolvendo boas práticas em ordem à segurança e promovendo uma cultura de seguran-ça e bem-estar;

Nível 2 — Satisfaz: o desempenho da escola é marcado pelo cumprimento dos norma-

tivos e das orientações relativos à segurança de pessoas e bens, coexistindo pontos fortes e pontos fracos, embora estes últimos sejam menos significati-vos;

Nível 1 — Não satisfaz: o desempenho da escola é marcado pelo incumprimento de

vários aspectos contemplados nos normativos e nas orientações relativos à segurança de pessoas e bens, não existindo uma atenção a estas questões que permita falar da apropriação de boas práticas ou de uma cultura de segurança e bem-estar.

4.4 Relatório de escola O relatório, a devolver à unidade de gestão intervencionada, terá uma configuração- tipo, de modo a facilitar a sua utilização posterior, e contempla as seguintes secções: 1 Introdução 2 Caracterização da unidade de gestão e de escolas associadas visitadas 3 Conclusões da aferição 4 Apreciação fundamentada dos indicadores de qualidade 5 Considerações finais 5. Documentos de suporte da actividade5. Documentos de suporte da actividade Os documentos que suportam esta actividade de aferição do desenvolvimento de uma cultura de segurança e bem-estar nas escolas são os seguintes: Roteiro — O roteiro é constituído por diversos pontos relativos à apresentação da acti-vidade e pela matriz de aferição, bem como pelos referentes construídos para cada sub-indicador. Relatório de escola — O relatório de escola é construído de modo a proporcionar uma estrutura e apresentação comuns a todas as intervenções. Bloco de notas — O bloco de notas é constituído por fichas, estruturadas de acordo com a matriz de aferição, que incluem campos destinados à anotação das evidências recolhidas para cada sub-indicador, de acordo com a questão orientadora enunciada.

Programa AFERIÇÃO SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS

14

Inspecção-Geral da Educação

Manual de segurança e bem-estar — O manual, estruturado de acordo com os indi-cadores e sub-indicadores de contexto e processo constantes da matriz de aferição, é constituído por uma especificação de acções indutoras de segurança e bem-estar, assente no quadro normativo que rege a educação e a segurança nas escolas. Apresen-tam-se exemplos dos aspectos específicos a observar relativos ao contexto e aos pro-cessos estratégicos e enunciam-se diversos exemplos de acções em que estes se podem concretizar. Assim, tendo em conta o contexto escolar e os recursos disponíveis em cada unidade de gestão, o questionamento sobre as práticas em uso deve procurar obter respostas para: o que têm feito; como têm feito; quem é que faz e com que fre-quência o faz. O manual inclui, também, um glossário e uma lista de normativos rele-vantes e de alguma documentação de referência. Estes documentos de suporte à actividade de aferição dos níveis de qualidade alcança-dos pela escola, na sua actuação para o desenvolvimento de uma cultura de segurança e bem-estar, pretendem proporcionar um mesmo enquadramento ao questionamento a realizar, bem como à análise das evidências observadas. Foram, por outro lado, cons-truídos com uma intenção formativa e indutora de boas práticas, dado que se pretende que assegurem o desenvolvimento de processos estruturados de análise e reflexão. Espera-se, pois, contribuir para que a promoção de uma cultura de segurança e bem-estar se constitua como uma estratégia prioritária das escolas, não só por obrigação normativa, mas também por se tratar de assegurar, a todos os utentes, um ambiente agradável e seguro, com repercussões na qualidade do sistema educativo e no desen-volvimento de competências para o exercício da cidadania. A segurança e a educação potenciam-se mutuamente e são indispensáveis à vida.

15

ROTEIRO

Inspecção-Geral da Educação

Programa AFERIÇÃO SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS

16

Inspecção-Geral da Educação

17

ROTEIRO

Inspecção-Geral da Educação

CAMPOS DE AFERIÇÃO

INDICADORES DE QUALIDADE SUBINDICADORES DE QUALIDADE

1 VISÃO E

ESTRATÉGIA

IQ1.1 OBJECTIVOS E

VALORES

SIQ1.1.1 Os objectivos e valores são claros, partilhados e divulgados.

SIQ1.1.2 Os objectivos promovem as questões da segu-rança e bem-estar como valores a desenvolver de modo consciente, integrado e sistemático.

IQ1.2 ESTRATÉGIAS DE MELHORIA

SIQ1.2.1 Envolve e mobiliza a comunidade educativa, pais e encarregados de educação e outros parceiros e valoriza iniciativas promotoras da segurança e bem-estar.

SIQ1.2.2 Informa e consciencializa a comunidade educati-va, pais e encarregados de educação sobre a politica da escola para o desenvolvimento de uma cultura de segu-rança e bem-estar.

SIQ1.2.3 Educa e forma a comunidade educativa.

2 ASPECTOS

CONTEXTUAIS

IQ2.1 CONTEXTO

SIQ2.1.1 Conhece os recursos e as características do meio envolvente que pode mobilizar e melhorar, tendo em vista a promoção de uma cultura de segurança e bem-estar.

SIQ2.1.2 Conhece os recursos e as características do seu meio interno que pode mobilizar e melhorar, tendo em vista a promoção de uma cultura de segurança e bem-estar.

3 PROCESSOS

ESTRATÉGICOS

IQ3.1 PLANEAMENTO DOS

PROCESSOS ESTRATÉGICOS E DAS ACÇÕES DE MELHORIA

SIQ3.1.1 Relaciona as acções de segurança e bem-estar com os aspectos contextuais, com os objectivos e valores estabelecidos e com as estratégias delineadas.

SIQ3.1.2 Desenvolve processos de participação na con-cepção do planeamento das acções relativas à segurança e bem-estar.

IQ3.2 GARANTIA DAS CONDIÇÕES DE

HABITABILIDADE, DE UTILIZAÇÃO E DE

APROPRIAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS

SIQ3.2.1 Realiza acções em diferentes áreas que garan-tem as condições de salubridade e segurança dos meios físicos (habitabilidade).

SIQ3.2.2 Estabelece estruturas organizacionais e elabora e divulga regras para garantir a integridade física dos utili-zadores (utilização).

SIQ3.2.3 Promove o envolvimento individual e colectivo de modo a desenvolver comportamentos e atitudes cons-trutivas e responsáveis e a apropriação de boas práticas (apropriação).

IQ3.3 REGULAÇÃO INTERNA

SIQ3.3.1 Implementa dispositivos de controlo e de reco-lha de dados.

4 RESULTADOS E

EFEITOS

IQ4.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

SIQ4.1.1 Utiliza dados para avaliar os seus resultados.

SIQ4.1.2 Utiliza a informação recolhida.

SIQ4.2.3 Envolve a comunidade educativa.

1 MATRIZ DE AFERIÇÃO1 MATRIZ DE AFERIÇÃO1 MATRIZ DE AFERIÇÃO

Programa AFERIÇÃO SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS

18

Inspecção-Geral da Educação

19

ROTEIRO

Inspecção-Geral da Educação

2 CAMPOS DE AFERIÇÃO E INDICADORES DE 2 CAMPOS DE AFERIÇÃO E INDICADORES DE 2 CAMPOS DE AFERIÇÃO E INDICADORES DE QUALIDADEQUALIDADEQUALIDADE

2.1 VISÃO E ESTRATÉGIA

IQ1.1

Objectivos e valores

A escola demonstra ter uma visão clara, integrada e partilhada de promo-ção de uma cultura de segurança e bem-estar?

SIQ1.1.1 Os objectivos e valores são claros, partilhados e divulgados.

SIQ1.1.2 Os objectivos promovem as questões da segurança e bem-estar como valores a desenvolver de modo consciente, integrado e sistemático.

Referência construída — Nível 3

SIQ1.1.1 A escola estabelece objectivos claros e partilhados e tem uma estratégia para a sua divulgação?

A escola demonstra que os objectivos e valores:

• são estabelecidos em processos participados, envolvendo, nomeadamente, os órgãos de gestão da escola, os departamentos e os serviços, e outros elementos da comunidade educativa, pais e encarregados de educação;

• são formulados com clareza e operacionalizados em objectivos estratégicos (médio pra-zo) e operacionais (curto prazo), e estão inscritos nos seus instrumentos de planeamen-to;

• existe uma estratégia de promoção e divulgação dos objectivos e valores inerentes ao desenvolvimento de uma cultura de segurança e bem-estar.

A escola concebe os seus objectivos de forma a promover as questões da segurança e bem-estar como valores a desenvolver de modo consciente, integrado e sistemático?

A escola demonstra que: • concebe os seus objectivos relativos à segurança e bem-estar numa perspectiva trans-

versal e articulada com outros domínios educativos, nomeadamente, a cidadania, o ambiente e a saúde, procurando desenvolver uma cultura específica.

SIQ1.1.2

Programa AFERIÇÃO SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS

20

Inspecção-Geral da Educação

2.1 VISÃO E ESTRATÉGIA

IQ1.2

Estratégias de melhoria

A escola tem uma estratégia para a implementação e a melhoria do desenvolvimento de uma cultura de segurança e bem-estar? SIQ1.2.1 Envolve e mobiliza a comunidade educativa, pais, encarregados de educação e outros parceiros, e valoriza iniciativas promotoras da segurança e do bem-estar.

SIQ1.2.2 Informa e consciencializa a comunidade educativa, pais e encarregados de educa-ção sobre a política da escola para o desenvolvimento de uma cultura de segurança e bem-estar.

SIQ1.2.3 Educa e forma a comunidade educativa.

Referência construída — Nível 3

SIQ1.2.1 A escola envolve e mobiliza a comunidade educativa, pais, encarregados de educação e outros parceiros nas suas acções de melhoria e valoriza iniciativas promotoras da segurança e bem-estar? A escola demonstra que, de modo estratégico:

• envolve e mobiliza a comunidade educativa, pais, encarregados de educação e outros parceiros, na procura de maior impacto para diversas iniciativas, nomeadamente, através do estabelecimento de parcerias, da adesão a programas e projectos lançados por outras entidades, da partilha e delegação de responsabilidades, do desenvolvimento de acções de avaliação dos aspectos de contexto externo e interno, da monitorização dos processos e da avaliação de resultados;

• valoriza e reconhece as iniciativas promotoras da segurança e bem-estar, nomeadamen-te, as que se referem à melhoria da qualidade do ambiente escolar (campanhas de embelezamento da escola; à preservação do património escolar; ao levantamento de diverso tipo de material e equipamento e sua catalogação; etc.), a campanhas de promo-ção da escola.

SIQ1.2.2 A escola informa e consciencializa a comunidade educativa, pais e encar-regados de educação sobre a sua politica de desenvolvimento de uma cul-tura de segurança e bem-estar? A escola demonstra que, estrategicamente:

• mantém a comunidade educativa informada sobre todos os aspectos relativos à seguran-ça e bem-estar, nomeadamente, do ponto de vista dos objectivos, das iniciativas e dos resultados obtidos e da informação relevante para o desempenho de funções e a realiza-ção de tarefas (normativos, modos de fazer bem, etc.);

• divulga conhecimento útil a toda a comunidade educativa, para melhorar o nível de cons-ciência dos direitos e deveres em matéria de segurança e bem-estar, nomeadamente, relativo ao direito de informação sobre os riscos para a saúde e a segurança, sobre medi-das preventivas, primeiros socorros e procedimentos de emergência e sobre formação especializada, bem como, relativo ao dever de cooperar activamente na aplicação das medidas de prevenção, seguindo instruções de acordo com a formação recebida, e de zelar pela sua segurança e saúde e pela dos seus parceiros/colegas.

A escola educa e forma a sua comunidade educativa? A escola demonstra que, estrategicamente:

• promove acções de formação e de sensibilização diferenciadas (cursos, seminários, deba-tes, exposições) para diferentes grupos de destinatários, nomeadamente, sobre:

• Direitos, deveres e responsabilidades; • Violência, agressividade, indisciplina; • Prevenção e segurança; • Educação alimentar; • Educação ambiental.

• promove acções de instrução e treino, de modo a que a comunidade educativa saiba usar a informação prestada e agir face a situações de emergência.

SIQ1.2.3

21

ROTEIRO

Inspecção-Geral da Educação

2.2 ASPECTOS CONTEXTUAIS

IQ2.1

Contexto

A escola conhece as características e os recursos externos e internos que, de forma estratégica, pode mobilizar para a melhoria do desenvolvimento de uma cultura de segurança e bem-estar?

SIQ2.1.1 Conhece os recursos e as características do meio envolvente que pode mobilizar e melhorar, tendo em vista a promoção de uma cultura de segurança e bem-estar.

SIQ2.1.2 Conhece os recursos e as características do seu meio interno que pode mobilizar e melhorar, tendo em vista a promoção de uma cultura de segurança e bem-estar.

Referência construída — Nível 3

SIQ2.1.1 A escola conhece os recursos e as características do meio envolvente que pode mobilizar e melhorar, tendo em vista a promoção de uma cultura de segurança e bem-estar? A escola demonstra que tem dispositivos de recolha de dados e de análise tendentes ao:

• conhecimento de todos aqueles que têm interesse nas actividades da escola, na área da segurança e bem-estar, nomeadamente, outras escolas do agrupamento, outros estabe-lecimentos de ensino, associação de pais, a comunidade educativa, pais e encarregados de educação e outros parceiros;

• conhecimento das características do seu meio envolvente, nomeadamente, dos inciden-tes críticos ocorridos na sua área exterior, das condições de segurança e salubridade do meio físico exterior, dos equipamentos sociais e culturais existentes nas proximidades, das acessibilidades à escola por parte da comunidade educativa (rede de transportes públicos, transportes privados, percursos pedonais, etc.).

SIQ2.1.2 A escola conhece os recursos e as características do seu meio interno que pode mobilizar e melhorar, tendo em vista a promoção de uma cultura de segurança e bem-estar? A escola demonstra que tem dispositivos de recolha de dados e de análise tendentes ao:

• conhecimento das suas necessidades em termos materiais, no âmbito das condições de segurança e bem-estar, tendo em vista, nomeadamente, a melhoria da funcionalidade, do conforto e da aprazibilidade do seu espaço construído, a realização de acções de manutenção e/ou conservação e a elaboração e implementação de planos de segurança;

• conhecimento dos grupos vulneráveis ou de risco e dos potenciais riscos para a saúde, segurança e conforto de pessoas e bens, tendo em vista, nomeadamente, a prevenção e o controlo de situações de insegurança, perigosas e/ou incómodas;

• conhecimento das necessidades dos seus recursos humanos em matéria de segurança e bem-estar, tendo em vista, nomeadamente, a permanência dos alunos na escola, a implementação de acções de sensibilização e de formação, o acolhimento e a integração de novos elementos na escola e a implementação de sistemas de informação, divulgação

Programa AFERIÇÃO SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS

22

Inspecção-Geral da Educação

2.3 PROCESSOS ESTRATÉGICOS

IQ3.1

Planeamento dos processos estratégicos e das acções de melhoria

A escola planeia os processos relativos à segurança e bem-estar de acor-do com as características do contexto e de forma estratégica?

SIQ3.1.1 Relaciona as acções da segurança e bem-estar com os aspectos contextuais, com os objectivos e valores estabelecidos e com as estratégias delineadas.

SIQ3.1.2 Desenvolve processos de participação no planeamento das acções relativas à segurança e bem-estar.

Referência construída — Nível 3

SIQ3.1.1 A escola relaciona os objectivos e valores, as estratégias de melhoria e os aspectos contextuais com as acções e actividades planeadas? A escola demonstra que:

• as acções planeadas assentam em:

• análise das avaliações feitas ao meio envolvente e ao meio escolar; • necessidades e expectativas da comunidade educativa;

• estabelece planos de acção que respondem aos objectivos traçados, identificando e arti-culando áreas de prioridade, públicos-alvo e recursos necessários, define e delega res-ponsabilidades e funções, define e distribui tarefas, e estabelece calendários de execução e estruturas organizacionais adequadas;

• procede à devida articulação da programação contida nos planos relativos às várias áreas de gestão, como, por exemplo, os relativos às acções de formação e sensibilização, às actividades de tempos livres, às actividades extra curriculares, aos projectos e às parce-rias;

• concebe e define indicadores de execução, tendo em vista controlar e avaliar o desenvol-vimento e os efeitos das acções programadas.

SIQ3.1.2 A escola desenvolve processos de participação no planeamento das acções relativas à segurança e bem-estar? A escola demonstra que:

• envolve a comunidade educativa, pais e encarregados de educação no processo de defi-nição dos seus planos de acção;

• cria canais de comunicação, divulgação e informação interna, para incentivar e facilitar a participação dos membros da comunidade educativa.

23

ROTEIRO

Inspecção-Geral da Educação

2.3 PROCESSOS ESTRATÉGICOS

IQ3.2

Garantia das condições de habitabilidade, de utilização e de apro-priação de boas práticas

A escola tem estruturas organizacionais e mecanismos que garantam as condições de habitabilidade e de utilização e que promovam as condições de apropriação de boas práticas? SIQ3.2.1 Realiza acções em diferentes áreas que garantem as condições de salubridade e segurança dos meios físicos (habitabilidade).

SIQ3.2.2 Estabelece estruturas organizacionais e elabora e divulga regras para garantir a integridade física dos utilizadores (utilização).

SIQ3.2.3 Promove o envolvimento individual e colectivo, de modo a desenvolver comporta-mentos e atitudes construtivas e responsáveis, e a apropriação de boas práticas (apropriação).

Referência construída — Nível 3

SIQ3.2.1 A escola garante as condições de habitabilidade? A escola demonstra que realiza acções e actividades incluídas nas seguintes áreas:

• Programas correntes de manutenção e de conservação de instalações, equipamentos, dispositivos e infra-estruturas:

• Verificações e testes; • Vistorias e inspecções;

• Programas específicos de prevenção de situações de risco: • Prevenção contra incêndios e contra sismos; • Prevenção contra riscos inerentes ao uso normal; • Prevenção contra intrusão; • Prevenção contra os aspectos relativos a higiene e saúde.

SIQ3.2.2 A escola tem regras claras de procedimento para protecção física da população escolar face a situações de risco e de emergência? A escola demonstra que:

• dispõe de instrumentos de organização da segurança relativos, nomeadamente, a incên-dio e sismo, riscos diversos (uso normal, intrusão, higiene e saúde), violência e indiscipli-na;

• dispõe de estruturas organizacionais adequadas ao seu contexto em matéria de seguran-ça e bem-estar;

• dispõe de uma estrutura de vigilância contra incêndio, nomeadamente, posto de segu-rança; serviço de segurança contra incêndio (SSI);

• dispõe de informação de segurança afixada, nomeadamente, de instruções para utiliza-ção de material e equipamento específico (nos laboratórios, nas oficinas, nos espaços desportivos), de informação relativa às entidades responsáveis pelos equipamentos des-portivos, ao número nacional de socorro, etc.;

• dispõe de regulamentos e regras de comportamento, nomeadamente, face a situações de sismo e de incêndio;

• procede à instrução e treino da comunidade educativa, realizando, nomeadamente, exer-cícios de evacuação em caso de incêndio e de sismo (com ou sem simulacro) e acções de instrução e treino sobre, por exemplo, primeiros socorros, manuseamento dos meios de primeira intervenção, manuseamento de materiais e substancias laboratoriais e utilização dos sistemas de alarme e alerta existentes.

Programa AFERIÇÃO SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS

24

Inspecção-Geral da Educação

2.3 PROCESSOS ESTRATÉGICOS

SIQ3.2.3 A escola promove a apropriação de boas práticas em ordem ao envolvi-mento individual e colectivo e ao desenvolvimento de comportamentos e atitudes construtivas e responsáveis? A escola demonstra que mobiliza e motiva a comunidade educativa, uma vez que:

• realiza diferentes tipos de acções de formação e de sensibilização;

• partilha e distribui responsabilidades e tarefas;

• realiza acções e actividades de promoção da segurança e bem-estar, de modo a envolver e a motivar a comunidade educativa, os pais e os encarregados de educação;

• realiza acções e actividades no âmbito das parcerias estabelecidas com outras entidades e/ou com a comunidade local e/ou no âmbito da sua adesão a programas ou projectos lançados por outras entidades;

• dispõe de sistemas de informação, divulgação e comunicação abertos, de modo a promo-ver a socialização e a transparência de decisões e acções, divulgando e informando a comunidade educativa, os pais e os encarregados de educação, nomeadamente, sobre:

• Responsabilidades e funções; • Programas, acções e actividades; • Planos de formação e sensibilização; • Direitos e deveres; • Planos de prevenção e de emergência; • Relatórios de avaliação dos exercícios de evacuação.

25

ROTEIRO

Inspecção-Geral da Educação

2.3 PROCESSOS ESTRATÉGICOS

IQ3.3

Regulação interna

A escola tem mecanismos para controlar os seus processos estratégicos? SIQ3.2.1 Implementa dispositivos de controlo e de recolha de dados.

Referência construída — Nível 3

SIQ3.3.1 A escola monitoriza os processos estratégicos de segurança e bem-estar? Existem evidências de que a escola:

• possui dispositivos de controlo da realização das acções e/ou actividades, utilizando, por exemplo, indicadores, grupos de acompanhamento, relatórios de realização de activida-des e de acompanhamento;

• identifica factores críticos e ajusta periodicamente os processos, de acordo com a eficiên-cia e a eficácia avaliadas (por exemplo, o volume das reclamações, os incidentes críticos, os acidentes na escola, etc.);

• realiza reuniões de coordenação e análise do desenvolvimento dos processos estratégicos com os responsáveis pelas acções e actividades.

Programa AFERIÇÃO SEGURANÇA E BEM-ESTAR NAS ESCOLAS

26

Inspecção-Geral da Educação

2.4 RESULTADOS E EFEITOS

IQ4.1

Avaliação de resultados

A escola avalia os seus resultados relativos à gestão da segurança e bem-estar? SIQ4.1.1 Utiliza dados para avaliar os seus resultados.

SIQ4.1.2 Utiliza a informação recolhida.

SIQ4.1.3 Envolve a comunidade educativa.

Referência construída — Nível 3

SIQ4.1.1 Que dados são utilizados para avaliar os resultados? A escola demonstra que:

• utiliza diferentes tipos de dados, nomeadamente indicadores de gestão relativos à execu-ção das acções planeadas e à evolução dos incidentes críticos e perigosos (por exemplo, n.º de acções realizadas, percentagem de membros da comunidade educativa envolvi-dos, n.º de exercícios de evacuação, n.º de acções de treino, n.º de reclamações, n.º de acidentes, n.º de acções de vandalismo, etc.);

• utiliza dados de opinião da comunidade educativa e dos parceiros, nomeadamente, para avaliação dos níveis de satisfação;

• utiliza padrões de qualidade como referência de desempenho.

SIQ4.1.2 Que utilização é feita dos dados e da informação recolhida? A escola demonstra que:

• divulga, de diferentes formas, a informação recolhida e tratada, para conhecimento e debate, envolvendo diferentes destinatários (por exemplo, através de relatórios, de des-dobráveis, de reuniões, etc.);

• promove a análise dos pontos fortes e fracos dos resultados obtidos;

• compara o seu desempenho com padrões de qualidade de segurança e bem-estar e/ou com o desempenho de outras escolas, utilizando-os como referência (benchmarking).

A comunidade educativa é envolvida e participa no processo de avaliação dos resultados? A escola demonstra que os diferentes membros da comunidade educativa foram envolvidos:

• na consulta de opinião sobre as suas realizações no âmbito da segurança e bem-estar;

• na discussão dos resultados e na identificação de pontos fortes e fracos;

• na recolha de sugestões de melhoria.

SIQ4.1.3

O roteiro Segurança e Bem-estar nas Escolas constitui o instrumento técnico de enquadramento e recolha de informação, que serve de suporte à actividade com o mesmo nome, realizada pela IGE no âmbito do Programa Aferição.

Papel reciclado