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  LEI Nº 8.213 - DE 24 DE JULHO DE 1991 - Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras  providências.  LEI Nº 8.212 - DE 24 DE JULHO DE 1991 - Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências.  DECRETO Nº 3.048 - DE 06 DE MAIO DE 1999 -  Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dá outras providências.  LEI COMPLEMENTAR Nº 108, DE 29 DE MAIO DE 2001 - Dispõe sobre a relação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas e suas respectivas entidades fechadas de previdência complementar, e dá outras providências.  LEI COMPLEMENTAR Nº 109, DE 29 DE MAIO DE 2001 - Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras providências.  LEI Nº 12.470, DE 31 DE AGOSTO DE 2011 - Altera os arts. 21 e 24 da Lei n o  8.212, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre o Plano de Custeio da Previdência Social, para estabelecer alíquota diferenciada de contribuição para o microempreendedor individual e do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda, e outras alterações; acrescenta o art. 21-A à Lei n o  8.742, de 7 de dezembro de 1993 - Lei Orgânica de Assistência Social, para alterar regras do benefício de prestação continuada da pessoa com deficiência.  Universidade de Brasília Departamento de Serviço Social Disciplina: Seguridade Social I - Previdência Social Profª: Priscilla Maia 2º/2011 Unidade III Compilado Legislações Previdenciárias:

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Slides com compilação de legislações previdênciárias

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LEI Nº 8.213 - DE 24 DE JULHO DE 1991 - Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.  LEI Nº 8.212 - DE 24 DE JULHO DE 1991 - Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências. DECRETO Nº 3.048 - DE 06 DE MAIO DE 1999 -Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dá outras providências. LEI COMPLEMENTAR Nº 108, DE 29 DE MAIO DE 2001 - Dispõe sobre a relação entre a União, os Estados, o DistritoFederal e os Municípios, suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas e suas

respectivas entidades fechadas de previdência complementar, e dá outras providências. LEI COMPLEMENTAR Nº 109, DE 29 DE MAIO DE 2001 - Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dáoutras providências. LEI Nº 12.470, DE 31 DE AGOSTO DE 2011 - Altera os arts. 21 e 24 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991, que dispõesobre o Plano de Custeio da Previdência Social, para estabelecer alíquota diferenciada de contribuição para omicroempreendedor individual e do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalhodoméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda, e outras alterações; acrescenta oart. 21-A à Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993 - Lei Orgânica de Assistência Social, para alterar regras do benefício deprestação continuada da pessoa com deficiência. 

Universidade de Brasília

Departamento de Serviço Social

Disciplina: Seguridade Social I - Previdência Social

Profª: Priscilla Maia

2º/2011

Unidade III

CompiladoLegislações Previdenciárias:

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Princípios Constitucionais da Seguridade Social

Universalidade da cobertura e do atendimento;

Uniformidade e equivalência dos benfícios e serviços às populações urbanas e

rurais;

Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

Irredutibilidade do valor dos benefícios;

Equidade na forma de participação no custeio e diversidade da base de

financiamento;

Caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa;

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Universalidade da cobertura – necessidade de se buscar a cobertura ampla e irrestrita de

todos os riscos sociais previstos minimamente na CF, bem como dos demais que venham a

ser reconhecidos em legislação infraconstitucional.

Universalidade do atendimento - necessidade de que a proteção social seja a mais

extensiva possível, a fim de que atenda a todos os brasileiros e quem mais estiver em

território nacional.

Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais – 

respeita o princípio da igualdade ou da isonomia previstos na CF - nessa interpretação

seria um principio dispensável, todavia houve esse reforço, de modo a não deixar que tal

diferenciação, tão presente no histórico da proteção social brasileira voltasse a ocorrer.

Seletividade na prestação dos benefícios e serviços  – seleção dos riscos sociais a serem

cobertos pelo sistema de seguridade social – que pelo princípio da universalidade – deverá

ser o mais amplo possível.

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Distributividade na prestação dos benefícios e serviços - enumeração daquelas pessoas

que podem ser beneficiadas por determinada proteção social  – afirma-se como item de

 justiça social (saúde para todos, mas aposentadoria só para quem contribuiu...)

Irredutibilidade do valor dos benefícios  – manutenção de valor originário dos benefícios

(em especial das prestações continuadas) de forma a não ter seu poder de compra

reduzido com o passar do tempo – principalmente por causa da inflação.

Equidade na forma de participação no custeio – “contribui com mais, quem mais pode” 

Diversidade da base de financiamento – toda sociedade deve participar do financiamento

da seguridade social (pessoal), com diferentes formas de contribuir (material).

Caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa  – participação ampla dosinteressados no sistema de seguridade social (trabalhadores, empresários e aposentados)

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PREVIDÊNCIA SOCIAL

Definição:Previdência é o segmento da Seguridade Social, composta de um conjunto de

princípios, de regras e de instituições destinado a estabelecer um sistema de proteção

social, mediante contribuição, que tem por objetivo proporcionar meios

indispensáveis de subsistência ao segurado e a sua família, contra contingências deperda ou redução da sua remuneração, de forma temporária ou permanente, de

acordo com a precisão da lei.

A Previdência Social compreende:

O Regime Geral de Previdência Social; e os regimes próprios de previdência social dos

servidores públicos e dos militares. (Art. 6º do Dec. 3.048/99).

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Riscos sociais cobertos pelo sistema previdenciário – CF/88

Doença, Invalidez, morte, idade avançada, proteção à maternidade, especialmente à

gestante, ao desemprego involuntário, família, reclusão e morte.

Classificação:

Fenômenos da natureza – causem riscos fisiológicos

Meio social: salário-família e auxílio-reclusão para dependentes dos segurados de

baixa-renda

Formação de grupos familiares – proteção à maternidade (gestante)

Riscos fisiológicos: doença, invalidez, idade avançada e pensão por morte do segurado;

Vida profissional: proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário

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Os princípios da Previdência Social estão elencados no art. 3º da Lei nº 8.212 e art. 2º da Lei nº 8.213

e são os seguintes:

a. Universalidade de participação nos planos previdenciários, mediante contribuição;b. Valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-contribuição ou de rendimento do

trabalho do segurado, não inferior ao do salário mínimo;

c. Cálculo dos benefícios, considerando-se os salários-de-contribuição, corrigidos monetariamente;

d. Preservação do valor real dos benefícios (§ 4º do art. 201 da CF);

e. Previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional;

f. Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

g. Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios;

h. Irredutibilidade do valor dos benefícios de forma preservar-lhes o poder aquisitivo;

i. Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com

participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos

colegiados;

 j. Solidariedade (ativos contribuem para financiar benefícios dos inativos);

k. Contrapartida (não há benefício sem custeio).

 

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Fontes de Custeio da Previdência Social

Fontes de custeio são os meios econômicos e financeiros obtidos e destinados à concessão e

manutenção das prestações da Previdência Social.

As fontes de custeio provêm da comunidade e destinam-se ao consumo de uma fração dela: os

beneficiários.

As fontes de custeio podem ser diretas ou indiretas.

São fontes diretas as contribuições previstas no sistema, cobradas de trabalhadores e

empregadores; são fontes indiretas os impostos que serão utilizados nas insuficiênciasfinanceiras do sistema, sendo pagos por toda a sociedade.

As regras de custeio da Seguridade Social estão delineadas no art. 195 da Constituição e na Lei

8.212/91, além de outras normas esparsas. 

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São fontes de custeio as seguintes contribuições sociais cuja criação é de competência daUnião:

a) dos empregadores, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,

incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou

creditados a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviços, mesmo sem vínculo

empregatício, o faturamento ou a receita e o lucro.

b) do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição

sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral da Previdência Social;

c) sobre a receita de concursos de prognósticos;

d) do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

 

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São fontes de custeio as seguintes contribuições sociais cuja criação é de competência daUnião:

Poderão ser instituídas outras, além das já citadas, com base na competência residualprevista no § 4º do art. 195, para a manutenção ou expansão do sistema, desde que a novafonte de custeio seja instituída por lei complementar. Outras receitas (art. 27 da Lei nº8.212/91):

 – as multas (moratórias e por descumprimento de obrigações acessórias), a atualizaçãomonetária e os juros moratórios;

 – a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestadospor terceiros (art. 274 do Dec. nº 3.048/99);

 – as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ouarrendamento de bens;

 – as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras;

 – as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;

 – 50% do valor obtido e aplicado na forma do parágrafo único do art. 243 da Constituição

Federal valor economico apreendido em decorrencia do trafico ilicito de entorpecents edrogas afins)

 

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Teorias sobre a natureza jurídica da contribuição à seguridade social

Diversas são as teorias que tentam explicar a natureza jurídica da contribuição para a

seguridade social, isto é, o que representa, para o direito, a contribuição para a seguridade.Vejamos as teorias e as respectivas críticas e, num momento posterior, as posições

predominantes na doutrina e na jurisprudência do STF:

 

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Teoria do Prêmio Seguro

A natureza jurídica da contribuição à seguridade Social se equipara, segundo essa teoria,

ao prêmio pago pelo beneficiário às companhias seguradoras. Poderia ser chamado de

prêmio de seguro de direito público, em face da obrigatoriedade da contribuição que é

efetuada em benefício dos segurados, atendendo ao regime jurídico de custeio do sistema

da Seguridade Social.

CRÍTICA: a ideia de prêmio de Seguro não se assemelha à Seguridade Social, pois esta tem

por objetivo amparar as pessoas que estejam em situação de necessidade. Outrossim, a

Seguridade Social tem por objetivo distribuir renda. Acrescente-se, ainda, que a

contribuição para a Seguridade Social pertence ao direito público, é compulsória eindepende da vontade do particular.

 

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Teoria do Salário Diferido

(deixar para mais adiante, adiado)

Para a Teoria do Salário Diferido, a contribuição para a Seguridade Social seria um salário

diferido, porque o benefício resultante não seria pago imediatamente ao trabalhador. Seria

um salário adquirido no presente a ser utilizado no futuro, uma poupança diferida, uma

forma de pecúlio.

CRÍTICA: a contribuição não tem natureza de salário, pois os benefícios da seguridade são

pagos pelo Estado. O empregado, outrossim, não vai perceber benefícios necessariamente de

igual valor que percebia como salário. A relação de seguridade social é de direito público, de

modo que a contribuição incide, porque está prevista em lei. A contribuição não decorre tão-

somente da existência de um contrato de trabalho, tanto assim que há os segurados

facultativos.

 

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Teoria do Salário Atual 

Consoante esta teoria, a contraprestação pela realização do trabalho se dá mediante

o pagamento de duas quotas: uma entregue diretamente ao operário, como

retribuição pelos serviços prestados, outra destinada aos fins da seguridade social.

Essa quota visa a assegurar uma existência digna para a garantia da satisfação de

necessidades futuras, determinadas pela ocorrência de certos eventos que venham a

prejudicar a renda pessoal.

CRITICA: Há o entendimento de que não há atualidade em tal salário, nem este épago diretamente pelo empregador. Não pode o referido salário ser exigido de

imediato, apenas se atendidas determinadas condições especificadas em lei.

 

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Teoria Fiscal 

A contribuição à seguridade social é uma obrigação tributária, uma prestação

pecuniária compulsória paga ao ente público, com a finalidade de constituir umfundo econômico para o financiamento do serviço público. Portanto, a contribuição

para a Seguridade Social é um tributo.

CRÍTICA: a contribuição não se enquadraria em nenhuma das espécies de tributo

(não é imposto, não é taxa, nem contribuição de melhoria).

 

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Teoria Parafiscal 

Contribuição parafiscal é aquela se destina a sustentar encargos do Estado que não

lhe seriam próprios. A contribuição para a Seguridade Social seria parafiscal, porque

se destinaria a custear uma necessidade social da comunidade, qual seja o futuro

benefício previdenciário.

CRÍTICA: o fato do sujeito ativo não ser a própria entidade estatal, mas outra pessoa

especificada por lei (INSS), que arrecada a contribuição não alteraria sua natureza de

tributo.

 

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Teoria da exação ‘sui generis’ 

A Contribuição à Seguridade Social nada tem a ver com o Direito Tributário, não étributo nem contribuição parafiscal, mas sim uma imposição estatal atípica, uma

determinação legal, cogente, prevista na Constituição e na legislação ordinária. Nãosendo tributo, seria uma exceção sui generis, uma exigência compulsória com previsãolegal.

POSIÇÃO EM NÍVEL JURISPRUDENCIAL - A orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal é no sentido de que a contribuição para a Seguridade Social é modalidade detributo que não se enquadra na espécie de imposto, taxa ou contribuição de melhoria.

POSIÇÃO PREDOMINANTE DA DOUTRINA - As contribuições para a Seguridade Social  possuem natureza jurídica tributária, estando sujeitas a regime constitucional peculiar aos tributos, salvo o princípio da anterioridade clássico, pois essas contribuições se

subordinam ao princípio da anterioridade nonagesimal, previsto no art. 195, § 6º daConstituição Federal.

 

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Segurados e contribuintes do RGPS .

Segurados

O conceito de segurado DEVE compreender:

a) aqueles que exercem atividade remunerada, tanto efetiva, diária (trabalhador

empregado), como ocasional (trabalhador eventual). Para ser segurado, o trabalhador

poderá ou não ter vínculo empregatício;

b) aqueles que já exerceram atividade remunerada (os aposentados) e os que não mais

estão exercendo (desempregados);

c) aqueles que não exercem atividade remunerada, como o estudante e a dona de casa e,

todavia, contribuem para o sistema.

Segurado pode ser definido como sendo a pessoa física que exerce, já exerceu ou não

exerce atividade remunerada, efetiva ou eventual, com ou sem vínculo empregatício,

bem como o que não exerce remunerada, porém contribui para a Previdência Social.

 

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 • O aposentado que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade pelo Regime

Geral da Previdência Social é segurado em relação a essa atividade e deverá realizar ascontribuições previstas na Lei nº 8.212, para custeio da Seguridade.

• Se o segurado exerce mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS,concomitantemente, será obrigatoriamente inscrito em relação a cada uma delas;

Para adquirir a condição de Segurado, a pessoa deve estar filiada ao Regime Geral daPrevidência Social.

FILIAÇÃO é o vínculo que se estabelece entre a previdência social e as pessoas que para elacontribuem, do qual decorrem direitos e obrigações. No caso dos segurados obrigatórios,que estudaremos mais adiante, a   filiação decorre automaticamente do exercício daatividade remunerada abrangida pelo RGPS. A filiação é, portanto, obrigatória,compulsória, independente da vontade do segurado e ocorre automaticamente com o

simples exercício da atividade laboral remunerada. É um ato informal.

• Sobre a questão da idade de filiação, é imperioso ressaltar que o Brasil ratificou aConvenção 138 da OIT, pelo Decreto Legislativo 179, de 14/12/99; e o Decreto nº4.134/02 aprovou o texto, onde consta idade mínima para admissão a emprego otrabalha como sendo 16 anos. A condição de aprendiz, a partir dos 14 anos é admitida

pela CF/88, sendo que o ECA assegura ao aprendiz maior de 14 anos direitostrabalhistas e previdenciários, sendo assim filiado ao RGPS como segurado empregado.

 

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A filiação do Segurado Facultativo decorre da formalização da inscrição por ato volitivo edo pagamento da primeira contribuição. Ou seja, para o facultativo, o vínculo com o RGPSnão é automático, mas surge apenas com o recolhimento da contribuição previdenciária.

Destaque-se que a qualidade de segurado, portanto, é condição necessária, poréminsuficiente, para a obtenção dos benefícios previdenciários. Ele há de estar inscrito,realizando as contribuições mensais e há de cumprir o período de carência estipulado emlei para obter os citados benefícios.

Distinção entre os institutos jurídicos da inscrição e da filiação:

Filiação: resulta a condição de segurado, surgindo o vínculo entre a Previdência e ocidadão.

Inscrição: é ato formal pelo qual o beneficiário é cadastrado no RGPS, mediantecomprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua

caracterização. É a apresentação do segurado perante o segurador, qualificando-se.

Por intermédio da inscrição se individualiza a pessoa que terá direito à proteçãoprevidenciária e a pessoa que é devedora da contribuição previdenciária.

 

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Consoante o art. 18 do Decreto nº 3.048/99, a inscrição do segurado obrigatório se dá daseguinte maneira:

Empregado/

trabalhadoravulso

Pelo preenchimento dos documentos que os habilitem ao exercício da

atividade, formalizado pelo contrato de trabalho, no caso de empregado,e pelo cadastramento e registro no sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, no caso de trabalhador avulso

Empregadodoméstico

Pela apresentação de documento que comprove a existência de contratode trabalho

Contribuinteindividual

Pela apresentação de documento que caracterize a sua condição ou oexercício de atividade profissional, liberal ou não. Ex: inscrição na OAB

Seguradoespecial

Pela apresentação de documento que comprove o exercício de atividaderural

Facultativo Pela apresentação de documento de identidade e declaração expressade que não exerce atividade que o enquadre na categoria de seguradoobrigatório

 

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Lei n. 12.470As donas de casa com renda mensal familiar de até dois salários mínimos (R$ 1.090)e estão inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), do governofederal, passaram a ter direito aos benefícios da Previdência Social, como a

aposentadoria por idade, no valor de um salário mínimo, a partir dos 60 anos.

A Lei n. 12.470 prevê a contribuição mensal de 5% sobre o salário mínimo nacional(R$ 27,25, em valores atuais). Antes da lei, caso quisessem recolher comocontribuintes facultativas, elas pagariam 11%.

A matéria também reduz de 11% para 5% a contribuição dos inscritos no programaMicroempreendedor Individual (EI) e concede os benefícios do INSS para osportadores de deficiência mental.

A legislação prevê que as donas de casa terão que contribuir por, pelo menos, 15

anos para pedir a aposentadoria. Elas terão ainda direito a auxílio-doença e salário-maternidade.

As donas de casa que já trabalharam um dia e deixaram o emprego para cuidar dafamília terão o tempo de contribuição anterior computado. Assim, se a mulher

trabalhou por cinco anos precisará pagar mais dez para receber a aposentadoria. 

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Manutenção e perda da qualidade de Segurado

A participação nos planos previdenciários depende de contribuição, mas, sobdeterminadas circunstâncias, o segurado continua fazendo jus às prestações do RGPS,ainda que não contribua. 

É o denominado “ período de graça”.

O art. 13 do Dec. nº 3.048/99 estipula os seguintes períodos de graça,independentemente de contribuições:

Prazo CircunstânciasSem limite deprazo

Estar no gozo de benefício previdenciário (durante o gozo de benefícioprevidenciário o segurado não contribui, salvo o benefício da licençamaternidade)

Até 12 meses

 

•da cessação de benefício por incapacidade;•

após a cessação das contribuições ( o segurado que deixar de exerceratividade remunerada abrangida pela PS ou estiver suspenso oulicenciado sem remuneração.)

Até 3 meses Licenciamento do segurado incorporado às Forças Armadas para prestarserviço militar.

Até 6 meses Da cessação das contribuições par o segurado facultativo. 

O “ í d d ” d i f ib i ã d S d

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Os “períodos de graça” podem ser maiores conforme a contribuição do Segurado.

Assim:

a) Será de até 24 meses o “período de graça” para o trabalhador que tiver pago mais de 120

contribuições sem interrupção, a contar da cessação de benefício por incapacidade ou após acessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangidapela PS ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração,

b) Será de até 24 meses o “período de graça” para o segurado desempregado, desde quecomprovada essa situação por registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego,

a contar da cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das contribuições, osegurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela PS ou estiver suspensoou licenciado sem remuneração.

c) Será de até 36 meses o “período de graça” para o trabalhador que tiver pago mais de 120contribuições sem interrupção, a contar da cessação de benefício por incapacidade ou após a

cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangidapela PS ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração e estiver desempregado.

Expirados os prazos anteriormente mencionados sem que a pessoa volte a contribuir ocorre aperda da qualidade de segurado. A perda da qualidade de segurado importa em caducidadedos direitos inerentes a essa qualidade, ocorrendo a extinção da relação jurídica com o INSS,

não fazendo mais jus ao benefício. 

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Classificação dos Segurados

Podemos dividir os Segurados em quatro grupos:

Segurados Obrigatórios Comuns empregado, empregado doméstico e o

trabalhador avulso.

Segurados ObrigatóriosIndividuais

autônomos, eventuais e empresários;

Segurados Obrigatórios Especiais produtor rural; e

Segurados Facultativos donas de casa ou estudante.

 

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Dependentes

Pessoa física ligada ao segurado por laços de parentesco ou afinidade que também

fazem jus a determinadas prestações da Previdência.

É o beneficiário indireto.

Há três classes de dependentes:

Classe 1 – Cônjuge, companheira, companheiro e o filho não emancipado menor de 21anos ou inválido.

Classe 2 – Pais.

Classe 3 - Irmão não emancipado, menor de 21 anos ou inválido

 

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Contribuintes

Contribuinte é o sujeito passivo da obrigação tributária, podendo ser pessoa física ou jurídica,

sendo assim considerada a pessoa que, por determinação legal, está sujeita ao pagamento de

tributo.

O sujeito passivo da obrigação principal pode assumir a condição de contribuinte ou

responsável.

Será contribuinte se tiver relação pessoal e direta com a situação que se constitua em fato

gerador. Por exemplo: segurados empregados, empregados domésticos e trabalhadores

avulsos são contribuintes da Seguridade Social.

Será responsável se, não sendo contribuinte, sua obrigação decorra da lei. como já visto.

Todavia, não são responsáveis pela obrigação principal, que é o recolhimento da contribuição

por eles devida. Os responsáveis serão os tomadores dos serviços deles. 

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Contribuições

Contribuições da União

A União não tem, efetivamente, uma contribuição social.

Ela participa do sistema atribuindo dotações do seu orçamento à Seguridade Social, fixados obrigatoriamente na Lei Orçamentária anual, além de ser responsável pelacobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade, em razão do pagamentode benefícios de prestação continuada pela Previdência Social.

Não se pode olvidar de que, após a Emenda Constitucional nº 20/98, é vedada a utilizaçãode recursos provenientes das contribuições sociais do art. 195, I, „a‟ (folha de salários edemais rendimentos do trabalhos pagos ou creditados a qualquer título à pessoa físicaque lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício), e II (do trabalhador e dosdemais segurados da previdência, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e

pensão concedidas pelo regime geral da PS...) para fins outros que não as decorrentes dopagamento de benefícios do Regime Geral da Previdência Social.

 

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Para o salário de contribuições são estipulados limites mínimo e máximo. O menor valor, olimite mínimo do salário-de-contribuição é o salário mínimo. E o maior valor, o limitemáximo, do salário-de-contribuição é R$ 3.416,54, que foi fixado Portaria InterministerialMPS/MF nº 350, de 30 de dezembro de 2009  – o limite máximo sofre reajustes nasocasiões em que são reajustados os valores dos benefícios de prestação continuada da

Previdência Social.

Abaixo, temos a tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado domésticoe trabalhador avulso:

Salário-de-contribuição Alíquota para fins de recolhimento ao INSS

Até R$ 1.024,97 8%

de R$ 1.024,98 até R$ 1.708,27 9%

de R$ 1.708,28 até R$ 3.416,54 11%

Contribuições dos Trabalhadores

Salário-de-contribuição - é o valor que serve de base de incidência das alíquotas dascontribuições previdenciárias. É a base de cálculo da contribuição previdenciária devidapelos trabalhadores.

 

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O fato gerador da obrigação previdenciária alcança dois contribuintes: a empresa e otrabalhador.

Em relação à empresa fala-se em remuneração; em relação ao trabalhador fala-se

em salário de contribuição.

O salário-de-contribuição está sujeito a limites mínimos e máximos. A remuneração,que é base de cálculo da contribuição da empresa não tem limites. Ex: Se umfuncionário recebe R$ 10.000,00, terá descontados apenas R$ 375,82 (pois o limitemáximo do salário de contribuição é de R$ 3.416,54, sobre o qual a alíquota é de

11%). A contribuição da empresa será de R$ 2.000,00, pois sua contribuição é de20% sobre a remuneração.

Integram o salário-de-contribuição: salário maternidade, gratificação natalina,gratificações, férias, adicionais, planos de saúde e seguro de vida, reembolso, diárias.

Por outro lado, NÃO integram o salário de contribuição: benefícios previdenciários,indenizações, ajuda de custo. 

 

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Contribuição do Contribuinte Individual 

O facultativo contribui com a alíquota de 20% sobre o salário de contribuição quedeclarar. O valor não pode ser inferior ao do salário mínimo nem superior ao teto dosalário-de-contribuição (atualmente, R$ 3.416,54). O facultativo é responsável pelopróprio recolhimento, que deve ocorrer até o dia 15 do mês subsequente àquela queeste se refere.

Contribuição conforme o Plano Simplificado de Previdência Social 

O contribuinte individual que trabalha por conta própria (autônomo), sem relação detrabalho com empresa ou equiparada e o segurado facultativo podem optar pelo PlanoSimplificado de Previdência Social – Lei Complementar nº 123/2006.

Plano Simplificado de Previdência é uma forma de inclusão previdenciária compercentual de contribuição reduzido de 20% para 11%. O valor do salário decontribuição é limitado ao salário mínimo não podendo pagar mais que esse valor noPSPS. São benefícios oferecidos para o segurado que contribui com 11% sobre o saláriomínimo: Aposentadoria por idade; auxílio-doença; salário-maternidade; pensão pormorte; auxílio-reclusão e aposentadoria por invalidez. (* PL para 5% ) 

De conformidade com a Lei Complementar 123/06, parágrafo 1º do artigo 18-A, o empresárioindividual com renda bruta até R$ 36.000,00 pode optar pelo Sistema de Recolhimento em ValoresFixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional.

 

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Contribuições da Empresa

Para a Seguridade, empresa é a firma individual ou sociedade que assume o risco deatividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos eentidades da administração pública direta, indireta e fundacional.

Na tabela a seguir, apresentamos a alíquota e a base de cálculo das contribuições daempresa sobre a folha de pagamento:

Alíquota Base de Cálculo

20%Total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título,no decorrer do mês, ao segurado empregado e trabalhador avulso.

20%Total das remunerações ou retribuições pagas ou creditadas no decorrerdo mês ao segurado contribuinte individual.

15%Valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviçosrelativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados porintermédio de cooperativas de trabalho.

 

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Contribuições do Empregador Rural e do Segurado Especial 

A contribuição do produtor rural pessoa física e do segurado especial tem por basede cálculo o total da receita bruta proveniente da comercialização da produção rural,

sobre o qual incide a alíquota de 2%, referente às contribuições a CARGO daempresa sobre folha de pagamento, 0,1% a título de SAT e 0,2% ao SENAR.

Contribuições da Agroindústria

Agroindústria é o produtor rural  – pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a

industrialização de produção própria ou de produção própria e adquirida deterceiros.

Alíquota Base de Cálculo Destinatários

2,5% total da receita bruta proveniente da

comercialização da produção.

INSS

0,1% total da receita bruta proveniente dacomercialização da produção.

SAT

0,25% total da receita bruta proveniente dacomercialização da produção.

SENAR

 

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Contribuição sobre o Faturamento ou Receita

Art 195 CF;LC nºs 7/1970 e 70/1991 – 

Leis nº10.637/2002 e 10.833/2003

PIS/PASEP e COFINS

Faturamento mensal  – total das receitas auferidas pela pessoa jurídica,independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

Faturamento: valor total das vendas dos produtos ou serviços de uma empresa, enquantoa receita abrange todos os valores recebidos, ainda que não decorram da própriaatividade da empresa.

COFINS – seguridade socialPIS/PASEP – seguro desemprego e abono salarial anual

 

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Contribuições Social Sobre Lucro Líquido -CSLL 

É prevista no art. 195, I , c), da Constituição e criado pela Lei nº 7.689/88 e pode ser

assim desdobrada:

Sujeito passivo Pessoas Jurídicas de Direito Privado, ou a elas equiparadas pelaLegislação do Imposto de Renda, observadas as imunidades eisenções

Fato gerador Auferição de lucro

Base de cálculo Lucro (soma das receitas, diminuindo-se as despesas)

Aliquota 15 ou 9%

CSLL –  seguridade social

 

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Contribuições Social Sobre Receita de Concursos de Prognósticos.

São considerados concursos de prognósticos todo e qualquer sorteio de números,loterias, apostas, inclusive a realizada em reuniões hípicas, no âmbito federal,

estadual, distrital e municipal, como loto, mega-sena, loteria federal, time mania etc.

Não estão incluídas as loterias e os concursos realizados por entidades privadas, comobingos e sorteios de 0900 ou 0800.

A Caixa Econômica Federal administra e arrecada a contribuição. Segundo dados da

Caixa, somente em 2008 foram destinados à seguridade R$ 960.771.000,00. Acontribuição sobre concurso de prognósticos é a renda líquida, excetuados os valoresdestinados ao crédito educativo, atual FIES (que fica 35% da renda líquida) e outrasparcelas que foram sendo destinadas a diversos órgãos, fundos entidades por outrasleis, como a de nº 9.615/98. Não fosse essa mitigação, os valores repassados àSeguridade superariam R$ 2.000.000.000,00, em 2008.

 

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Isenções

São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes deassistência social (EBAS) que atendam às exigências estabelecidas em lei (§ 7º doart. 195 da Constituição). Para ser reconhecida como EBAS, a entidade deveatender a todos os que se enquadrem como necessitados, devendo obedecer aoprincípio da universalidade do atendimento, ou seja, é vedado dirigir suasatividades exclusivamente a associados ou a categoria profissional. As EBASpodem atuar, além de na prestação de serviços nas áreas de assistência social,também na área da saúde ou na da educação.

Entidades filantrópicas que não sejam de Assistência Social não tem direito àisenção. O artigo 55 da Lei 8.212 traz os requisitos para concessão da isençãopara fins do § 7º do art. 195 da Constituição. A isenção refere-se somente à

contribuição da empresa, 20%, e da pertinente a acidente de trabalho. Ascontribuições devidas pelo empregado devem ser retidas e recolhidas pelainstituição beneficente. Impende destacar que a isenção concedida não éperene, devendo ser renovada a cada 3 anos.

 

A C tifi ã d E tid d B fi t d A i tê i S i l (CEBAS) á did à j ídi d

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A Certificação de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) será concedida às pessoas jurídicas dedireito privado, sem fins lucrativos, que prestem serviços nas áreas de assistência social, saúde ou educação.

A entidade certificada, e que atenda aos requisitos do art. 29, da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009,faz jus à isenção do pagamento de contribuições para a seguridade social, de que tratam os arts. 22 e 23 daLei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.

Com a publicação da Lei nº 12.101, de 2009, os requerimentos de concessão originária do Certificado ou suarenovação, que antes eram solicitados ao Conselho Nacional de Assistência Social, passaram a serresponsabilidade dos Ministérios da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,conforme a área de atuação da entidade.

A entidade que atue em mais de uma das áreas especificadas deverá requerer a certificação e sua renovaçãono Ministério responsável pela área de atuação preponderante da entidade.

Considera-se área de atuação preponderante aquela definida como atividade econômica principal no CadastroNacional da Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda.

No dia 21 de julho de 2010, foi publicado o Decreto nº 7.237, de 20 de julho de 2010, que regulamentou a Leinº 12.101, de 2009, trazendo as disposições complementares acerca dos procedimentos relacionados àCertificação no âmbito dos Ministérios da Educação, Saúde e Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Os processos não julgados no CNAS até a data da publicação da mencionada Lei também passaram a serresponsabilidade dos Ministérios da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,conforme a área de atuação da entidade. Estes estão sendo remetidos aos Ministérios competentes e julgadosconforme à legislação vigente à época dos requerimentos.

Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome têm ainda aatribuição de supervisionar as entidades beneficentes certificadas e zelar pelo cumprimento das condições queensejaram a certificação, para garantir que a isenção concedida seja revertida em prol da sociedade.

 

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Referências Bibliográficas:

Apostila Campus Virtual Cruzeiro do Sul - Unidade: Previdência. Fontes de custeio.Segurados, contribuinte, contribuições e beneficiários (Responsável pelo Conteúdo: Prof.

Claudio Alves da Silva e Revisão Textual: Prof.ª Drª Patrícia Silvestre Leite Di Iório)

LOPES JUNIOR, Nilson Martins. Direito Previdenciário: custeio e benefícios. 3 ed. São Paulo:Ridel, 2010.

CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João Batista. Manual de Direito

Previdenciário. 11 ed. São Paulo. Conceito Editorial 2009. DIAS, Eduardo Rocha;

MACEDO, José Leandro Monteiro de. Curso de Direito Previdenciário. São Paulo. EditoraMétodo 2009.

IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário. 14 ed. Rio de Janeiro. Impethus,

2009.

JUNIOR, Miguel Horvath. Direito Previdenciário. 7. ed. São Paulo. Quartier Latin. 2008.

MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da Seguridade Social. 27 ed. São Paulo. Atlas, 2009.