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  • 8/2/2019 SSI Aula 2

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    Universidade de BrasliaDepartamento de Servio SocialDisciplina: Seguridade Social I - Previdncia SocialProf: Priscilla Maia

    Slides

    Unidade IA origem e o desenvolvimento da Seguridade Social nospases do capitalismo central, com nfase na trajetria

    histrica da Previdncia Social.

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    EUZBY, Alain. Proteo Social, Pilar da Justia Social. In: SPOSATI, A.(org). Proteo Social de Cidadania: incluso de idosos e pessoas comdeficincia no Brasil. Frana e Portugal. So Paulo: Cortez, 2004.

    Concepo de Proteo Social

    Redistribuio de renda em favor dos doentes, invlidos, de famlias com filhos

    dependentes, dos desempregados e dos pobres

    Fator de Justia Social / fator de paz

    A ideia de justia social foi base das garantias

    sociais alems: sistemas de proteo social

    Bismarckiano e tambm influenciou Beveridgiano.

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    Objetivos do texto:

    1.Verificar em que medida os ensinamentos de certas teorias de

    justia social esclarecer os fundamentos da proteo social;

    2. Ressaltar que mesmo que a globalizao da economiaprovoque uma predominncia das questes econmicas face as

    questes de justia social, ela torna a proteo social mais

    necessria;

    3. Afirmar a partir de dedues, a necessidade de promoverproteo social em escala mundial.

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    Ensinamentos das Teorias da Justia Social

    A expresso justia social bastante invocada, mas permanece como um termovago e sujeito a uma grande diversidade de interpretaes;

    Marco para o desenvolvimento de teorias sobre justia social: Jonh Rawls;

    Tais teorias apresentam grande diversidade, mas todas tem por objetivo determinar

    o conjunto de princpios que regem a definio e a distribuio equitativa dosdireitos e deveres entre membros da sociedade;

    As teorias sobre justia social so bastante numerosas, algumas de anlise

    meramente formais e abstratas com campo de aplicao impreciso

    Diferenas radicais

    Variaes sutis

    Foco do texto: teorias cujo contedo esclarea as relaes entre justia social,

    proteo social e limitao das desigualdades sociais.

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    Libertarianos

    (Hayek e Nozick)

    Sociedade Justa , acima de tudo, uma

    sociedade livre.

    Justia social ameaa a liberdade individual, em

    especial o direito propriedade.

    O Estado deve ser mnimo. A proteo social

    estatal uma forma de escravido.

    Azar das pessoas sem sorte e que sofrem

    desigualdades chocantes. A liberdade cobra esse alto

    preo

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    Libertarianos

    (Hayek e Nozick)

    Hayek a idia de justia social duas vezes perigosa:

    1. Personifica a sociedade: invibiliza as pessoas

    2. Considera a sociedade como uma organizao cujos membros devem cumprir os

    mesmos objetivos

    A justia social ameaa a liberdade

    Estado Mnimo: proteo contra violncia, roubo ou fraude e a garantia do respeito aos

    contratos. Ao combater desigualdade o Estado viola o direito de propriedade

    (redistribuio via imposto) e a liberdade (as pessoas no so consultadas se querem

    redistribuir ou no suas riquezas)

    Filantropia = liberdade

    Proteo Social Estatal = escravido

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    Utilitarismo

    (J. Benham e

    J.S Mill)

    As decises, as polticas e as instituies somente sero socialmente

    justas quando contriburem para a maximizao da utilidade coletiva

    a maior felicidade para o maior nmero de gente

    utilidade

    Mas, a maximizao coletiva depende da maximizao da utilidade

    individual, que pode gerar desigualdades e o sacrifcio do direito de

    algumas pessoas.

    A idia de proteo social, como forma de justia social tem duas

    apreciaes distintas:

    Negativa: menos incentivo ao trabalho, impostos maiores, menos

    crescimento econmico - menos utilidade coletiva: menor bem-estar.

    Positiva: menor desvantagens sociais possibilita uma melhor

    coeso/integrao social os custos da proteo social so justificveis.

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    Utilitarismo

    (J. Benham e J.S Mill)

    ou

    Loja de Bicicletas

    Como definir utilidade?

    1. Defina uma questo.

    2. Enumere as vantagens e desvantagens de cada possibilidade de resposta

    3. Verifique o que mais desejvel que possui mais vantagens (indivduo e coletividade)

    4. Decida pela melhor alternativa

    Doutrina consequencialista: est interessada nas consequncias das aes, polticas e

    instituies

    Preferncias, desejos e prazeres: materiais

    ou morais, mas racionais!

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    Rawls

    Justia Social - diviso equnime dos bens sociais primeiros

    A partir do princpio da imparcialidade da dita posio original vu da

    ignorncia:

    1. Igualdade de liberdade de base;

    2. Justa igualdade de chances (a origem social no deve ser determinante

    de vida)

    3. Princpio da diferena (disposies que protegem e promovem os mais

    desfavorecidos).

    Os princpios 2 e 3 justificam a instituio de aes que atenuam a

    influncia das contingncias sociais e da sorte Proteo Social

    (implcito)

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    Rawls

    Nasce de uma crtica ao utilitarismo: no cr na maximizao da soma das satisfaes

    individuais, sem pensar na maneira redistribu-la e na liberdade.

    Objeto da justia a estrutura de base da sociedade ou, mais exatamente, a forma pelas

    qual as instituies sociais mais importantes repartem os direitos e deveres fundamentais

    e determinam a distribuio das vantagens obtidas atravs da cooperao social.

    O livre funcionamento dos mecanismos de mercado no levam em conta as necessidades

    por isso preciso buscar a justia social

    Todavia, a teoria de Rawls no considerou os bens naturais primeiros, aceitando assim,

    que haja desigualdades.

    Rawls fiel a tradio liberal: considera o princpio da liberdade anterior e superior ao

    princpio da igualdade. Bem como o princpio da igualdade de oportunidades superior ao

    princpio da diferena.

    Ao unir estas duas concepes sob a idia da justia, sua teoria usualmente designada

    como "liberalismo igualitrio", incorporando tanto as contribuies do liberalismo clssico

    quanto dos ideias igualitrios da esquerda.

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    Amartha

    Sen

    No basta distribuir igualmente os bens sociais primeiros. precisocorrigir tambm as desigualdades oriundas dos bens naturais, paraque todos possam dispor das mesmas possibilidades de escolha edas mesmas oportunidades

    Preocupao: abarcar a diversidade e heterogeneidade dos sereshumanos: idade, hereditariedade, sade, aptides fsicas eintelectuais, pois, tais fatores determinam possibilidades muitodiferentes para realizar seus desejos, mesmo que se usufrua dosbens sociais primeiros de modo similar.

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    Dois conceitos:

    Capabilidades: possibilidades e chances que uma pessoa tem de realizar seusobjetivos/liberdade para escolher seu tipo de vida

    Funcionamento: todos os modos de agir dos indivduos (p.21)

    Logo, a relao entre o acesso aos bens sociais primeiros e bem-estar varia conforme

    as pessoasas diferenas de possibilidades que os indivduos possuem determinamsuas possibilidades de converter seus bens sociais em liberdade para buscar seus

    objetivos (capabilidade). Por exemplo: pessoa com deficincia.

    Amartha Sen

    Assim, preciso ento equalizar as capabilidades ir mais longe que equalizar os bens

    sociais. Para tal preciso:

    Liberdade poltica;

    Facilidades econmicas;

    Oportunidades sociais (sade/educao);

    Garantia de transparncia pblica, e

    Rede de proteo social para pessoas vulnerveis.

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    Fleurbaey

    Justia social: garantir realizaes fundamentais.

    1. Recursos externos (rendas riquezas);

    2. Fatores internos que os indivduos no dominam (dons naturais);

    3. Fatores internos que os indivduos dominam (esforos, objetivos,

    etc).

    Justia Social - Proteo Social: ao efetiva nos pontos 1 (reduzir

    desigualdades aos recursos externos) e 3 (fortalecer tais fatores:

    educao, formao, integrao social, etc)

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    Concluindo...

    Os princpios de justia de Rawls, as anlises em termos de compensao de Sen eFleubaey, bem como, em certos casos, as abordagens utilitaristas, so bases de

    sustentao da proteo social como fator tico.

    Proteo Social: conjunto de mecanismos de redistribuio de rendas que tem por

    misso beneficiar os menos protegidos pela eficcia do sistema econmico, ampliar o

    leque de possibilidades oferecidas aos indivduos no curso de sua vida, favorecer a

    igualdade de chances, reduzir ou erradicar as desigualdades ligadas a fatores negativos

    que reduzem as potencialidades (capabilidades) de algumas pessoas, contribuindo para

    o bem-estar individual e coletivo.

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    A injustia num lugar qualquer

    uma ameaa justia em todo o

    lugar.

    Martin Luther King Jr.