slides-economia eteoria economica-ri-1°2011

55
Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected] 1 UniFMU – Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas CURSO: Curso de Graduação em Relações Internacionais 2011 DISCIPLINA: Economia e Teoria Econômica CÓDIGO: 100H CARGA HORÁRIA: 80 horas SÉRIE: 2° semestre 1 - EMENTÁRIO O funcionamento da economia. As formas de analisar a economia. O sistema econômico e os setores básicos da economia: primário, secundário e terciário. O processo de produção. Os fluxos reais e os fluxos monetários. O mercado e suas variáveis: oferta,demanda e equilíbrio. O setor público e suas estrutura. A macroeconomia e as principais idéias de Keynes e Kalecki. Objetivos e instrumentos da política macroeconômica. Política monetário, fiscal, cambial e de rendas. O sistema financeiro, sua estrutura e funcionamento. As contas nacionais: o produto e a renda. Setor externo e balanço de pagamentos. O processo inflacionário brasileiro. Os planos de estabilização. Os problemas econômicos do desenvolvimento. 2 - OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS A disciplina Economia e Teoria Econômica tem por objetivo a habilitação do aluno para compreensão dos fundamentos econômicos, mediante a transmissão introdutória de conhecimentos de micro e macroeconomia que o qualifiquem a entender o funcionamento do sistema econômico, bem como capacitá-lo para que possa desenvolver uma percepção crítica da realidade. 3 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I - Conceitos Básicos de Economia - Conceito de economia; - O problema da escassez e os problemas econômicos fundamentais; - Fluxos reais e monetários da economia; - Bens de consumo, bens de capital e bens intermediários. - A micro e a macroeconomia; II- Introdução à Microeconomia - Análise da demanda, da oferta e o equilíbrio do mercado; - Elasticidade da demanda e da oferta; - Estrutura e organização dos mercados: livre concorrência, oligopólios e monopólios; - Teoria da produção e teoria dos custos. - O setor público e suas estrutura. III- Introdução à Macroeconomia - Metas e instrumentos de política macroeconômica; - Principais idéias de Keynes; - O fluxo circular de renda; - O PIB pela ótica do produto, da despesa e da renda; - PIB nominal e PIB real; - Formação do capital: o papel da poupança e do investimento. - Conceito e funções da moeda;

Upload: edmilson-santos

Post on 05-Jul-2015

348 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

1

UniFMU – Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas

CURSO: Curso de Graduação em Relações Internacionais 2011

DISCIPLINA: Economia e Teoria Econômica

CÓDIGO: 100H

CARGA HORÁRIA: 80 horas

SÉRIE: 2° semestre

1 - EMENTÁRIO O funcionamento da economia. As formas de analisar a economia. O sistema econômico e os setores básicos da economia: primário, secundário e terciário. O processo de produção. Os fluxos reais e os fluxos monetários. O mercado e suas variáveis: oferta,demanda e equilíbrio. O setor público e suas estrutura. A macroeconomia e as principais idéias de Keynes e Kalecki. Objetivos e instrumentos da política macroeconômica. Política monetário, fiscal, cambial e de rendas. O sistema financeiro, sua estrutura e funcionamento. As contas nacionais: o produto e a renda. Setor externo e balanço de pagamentos. O processo inflacionário brasileiro. Os planos de estabilização. Os problemas econômicos do desenvolvimento. 2 - OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS A disciplina Economia e Teoria Econômica tem por objetivo a habilitação do aluno para compreensão dos fundamentos econômicos, mediante a transmissão introdutória de conhecimentos de micro e macroeconomia que o qualifiquem a entender o funcionamento do sistema econômico, bem como capacitá-lo para que possa desenvolver uma percepção crítica da realidade. 3 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I - Conceitos Básicos de Economia

- Conceito de economia; - O problema da escassez e os problemas econômicos fundamentais; - Fluxos reais e monetários da economia; - Bens de consumo, bens de capital e bens intermediários. - A micro e a macroeconomia;

II- Introdução à Microeconomia - Análise da demanda, da oferta e o equilíbrio do mercado; - Elasticidade da demanda e da oferta; - Estrutura e organização dos mercados: livre concorrência, oligopólios e

monopólios; - Teoria da produção e teoria dos custos. - O setor público e suas estrutura.

III- Introdução à Macroeconomia - Metas e instrumentos de política macroeconômica; - Principais idéias de Keynes; - O fluxo circular de renda; - O PIB pela ótica do produto, da despesa e da renda; - PIB nominal e PIB real; - Formação do capital: o papel da poupança e do investimento.

- Conceito e funções da moeda;

Page 2: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

2

- Política monetária e banco central; - O sistema financeiro. - Conceito e tipos de inflação; - Conceito e determinação da taxa de câmbio; - A estrutura do balanço de pagamentos; - Superávit/déficit público e política fiscal; - Fontes de crescimento; - Estágios e estratégias de desenvolvimento.

5 - METODOLOGIA DE ENSINO O conteúdo programático será abordado através de aulas expositivas, seminários e debates, com a participação ativa do corpo discente, complementados com exercícios práticos e estudos de casos. Os temas estarão apoiados na bibliografia básica e complementar indicadas, bem como material e artigos publicados em jornais, revistas especializadas, etc. 6 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO O processo de avaliação será realizado através de 1 prova a cada semestre, valendo 7 (sete pontos) e da avaliação continuada, que valerá três pontos. Esta avaliação será realizada mediante exercícios em classe, resumos de artigos econômicos, seminários e trabalho em grupo. 7 - BIBLIOGRAFIA BÁSICA e BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR Bibliografia Básica: 1. MANKIW, N.G. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus, 1998. 2. SOUZA, Nali Jesus de. Curso de Economia. São Paulo: Atlas, 2000. 3. LANZANA, Antônio Evaristo Teixeira. Economia Brasileira. São Paulo: Atlas, 2000. 4. ROSSETTI, José P. Introdução à Economia. São Paulo: Editora Atlas, 20. edição,

2000. 5. PASSOS, Carlos Roberto M. & NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. São Paulo:

Editora Pioneira, 1998. 6. WONNACOTT, Paul & WONNACOTT, Ronald. Economia. São Paulo: Makron Books

Ltda, 1994. 7. CANO, Wilson. Introdução à Economia: Uma Abordagem Crítica. São Paulo:

Editora Unesp, 1998. Bibliografia Complementar 1. COSTA, Fernando N. da. Economia em 10 lições. São Paulo: Makron Books,

2000. 2. EQUIPE DE PROFESSORES DA USP. Manual de Economia. São Paulo: Editora

Saraiva, 1999. 3. TROSTER, Roberto L. & Mochón, Francisco. Introdução à Economia. São Paulo:

Makron Books Ltda, 1999. 4. VASCONCELLOS, M. A.S; GARCIA, M. E. Fundamentos de Economia. São Paulo:

Saraiva, 1999.

Page 3: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

3

CA PÍTU L O 1CA PÍTU L O 1CA PÍTU L O 1CA PÍTU L O 1 IN TR O D U ÇÃ O À E CO N O M IAIN TR O D U ÇÃ O À E CO N O M IAIN TR O D U ÇÃ O À E CO N O M IAIN TR O D U ÇÃ O À E CO N O M IA - ETIMOLOGIA DA PALAVRA ECONOMIA:

Deriva da palavra grega oikosnomos

Óikos = Casa

⇒ Oikosnomos = administração de uma casa Nómos = Norma, Lei ou de um Estado

- CONCEITO DE ECONOMIA:

É a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar os recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas.

- A QUESTÃO DA ESCASSEZ E OS 3 PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS : Necessidades Humanas Ilimitadas x Recursos Produtivos Escassos (terra, trabalho, capital, tecnologia e função empresarial) ↓ Escassez ↓ Escolhas ↓

O Que e Quanto Produzir 3 Problemas Econômicos Fundamentais → Como Produzir

Para Quem Produzir

- SISTEMAS ECONÔMICOS:

Sistema Capitalista ou Economia de Mercado:

- regido pelas forças de mercado (oferta e demanda) - predomínio da livre iniciativa - predomínio da propriedade privada dos fatores de produção

Os 3 problemas econômicos fundamentais (o que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir)

são resolvidos predominantemente pelo mecanismo de mercado, ou seja, pela oferta e demanda. Sistema Socialista ou Economia Centralizada ou Economia Planificada:

- regido pelo Estado através de um órgão central de planejamento - predomínio da propriedade pública dos meios de produção (recursos produtivos)

Page 4: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

4

Os 3 problemas econômicos fundamentais (o que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir) são resolvidos por um órgão central de planejamento, a quem cada elaborar os planos de produção de

todos os setores econômicos - CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO/CPP :

Mostra as combinações máximas entre dois bens que a sociedade está apta a produzir (supondo-se que estão sendo utilizados todos os fatores de produção disponíveis e a melhor tecnologia disponível).

EXEMPLO: Suponha uma economia que só produza máquinas e alimentos. Supondo-se que estão sendo utilizados todos os fatores de produção disponíveis e a melhor tecnologia disponível, as alternativas de produção seriam:

Alternativas de Produção

Máquinas (milhares)

Alimentos (toneladas)

A 25 0 B 20 30,0 C 15 47,5 D 10 60,0 E 0 70,0

CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO

� Qualquer ponto ao longo da curva ABCDE:

Pleno emprego ou Produção potencial (Produção máxima onde todos os fatores de produção disponíveis estão sendo utilizados)

� Ponto Y ou qualquer ponto interno à curva: Desemprego/ Subutilização dos fatores de produção/Capacidade ociosa

(Produção abaixo da capacidade máxima onde os fatores de produção disponíveis estão sendo subutilizados)

� Ponto Z ou qualquer outro ponto acima da curva: Combinação impossível de produção

Produção impossível onde os fatores de produção e/ou tecnologia disponíveis são insuficientes para obter essas quantidades desses bens.

Page 5: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

5

- CUSTO DE OPORTUNIDADE:

As pessoas têm que fazer escolhas, pois existe o problema da escassez (tempo, dinheiro). O Custo de oportunidade é a expressão utilizada para exprimir os custos no que se refere às alternativas sacrificadas. Ou seja, toda vez que fazemos uma escolha, incorremos em um custo de oportunidade. Por exemplo, se você pode ir ao cinema ou assistir ao futebol e optou por ir ao cinema, o custo de oportunidade de ir ao cinema é medido pelo que você deixou de fazer (no caso, assistir ao futebol). No exemplo do país que produz apenas dois bens, o custo de oportunidade é medido a partir do grau de sacrifício de se deixar de produzir parte de um bem X para se produzir mais de outro bem Y.

EXEMPLOS:

• O Custo de Oportunidade de se passar da alternativa B para C é de 5.000 máquinas (para aumentar a produção de alimentos em 17,5 toneladas são sacrificadas -deixadas de produzir- 5.000 máquinas)

• O Custo de Oportunidade de se passar da alternativa C para B é de 17,5 toneladas de alimentos

(para aumentar a produção de máquinas em 5 mil unidades são sacrificadas -deixadas de produzir- 17,5 toneladas de alimentos)

• O Custo de Oportunidade de se passar da alternativa A para E é de 25.000 máquinas (para aumentar a produção de alimentos em 70 toneladas são sacrificadas -deixadas de produzir- 25.000 máquinas)

- DESLOCAMENTOS DA CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO (CPP) Um deslocamento da curva de possibilidades de produção para a direita significa um crescimento econômico, ou seja, o país aumentou a quantidade de bens produzidos. Isso ocorre apenas quando há um aumento na quantidade de recursos produtivos e/ou quando ocorre um progresso tecnológico (gráfico abaixo)

Alternativas (Possibilidades) de Produção

Máquinas (milhares)

Alimentos (toneladas)

A 25 0 B 20 30,0 C 15 47,5 D 10 60,0 E 0 70,0

Page 6: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

6

A curva de possibilidades de produção pode se deslocar também para a esquerda. Isso ocorre apenas quando há uma redução na quantidade de recursos produtivos e/ou quando ocorre um retrocesso tecnológico. Nesse caso, as novas alternativas de produção desse país serão compostas de quantidades menores dos dois bens produzidos.

- BENS DE CAPITAL, BENS DE CONSUMO E BENS INTERMEDIÁRIOS I – BENS FINAIS: São os bens vendidos para consumo ou utilização final. EXEMPLOS: fogão, automóveis, açúcar para consumo das famílias.

� Bens de capital: utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se desgastam totalmente no processo produtivo (máquinas, equipamentos).

EXEMPLOS: fogão utilizado pela padaria , automóvel utilizado pelo taxista.

� Bens de consumo: destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades humanas. EXEMPLOS: fogão utilizado pela família, automóvel utilizado para a família, açúcar para consumo das famílias. Conforme sua durabilidade:

Duráveis (fogão utilizado pela família, automóvel utilizado para lazer) Não-Duráveis (açúcar para consumo das famílias)

II- BENS INTERMEDIÁRIOS: São aqueles que são transformados ou agregados na produção de outros bens, mas que são utilizados totalmente no processo produtivo (matérias-primas).

EXEMPLOS: açúcar utilizado na confeitaria, farinha de trigo utilizado na padaria.

- FATORES OU RECURSOS DE PRODUÇÃO:

FATOR DE PRODUCAO REMUNERAÇÃO DO

FATOR DE PRODUÇÃO

Trabalho Salário

Capital Juro

Terra Aluguel

Tecnologia Royalty

Capacidade Empresarial Lucro

Page 7: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

7

- DIVISAO DA TEORIA ECONÔMICA:

A teoria econômica é dividida em duas partes principais: microeconomia e macroeconomia. MICROECONOMIA Microeconomia deriva da palavra grega mikros, que significa “pequeno”. Analisa o comportamento da economia em detalhes, ou seja, o comportamento dos agentes econômicos individuais (famílias, empresas e governos) e mercados específicos.

EXEMPLOS: “O emprego na indústria de fast food” “Por que os cartões de crédito cobram juros mais altos do que de financiamento da casa própria? “A produção automobilística no Brasil”

MACROECONOMIA: Macroeconomia deriva da palavra grega makros, que significa “grande”. Analisa o comportamento geral da economia, ou seja, se concentra no panorama geral e desconsidera os pequenos detalhes.

EXEMPLOS: “O emprego total na economia” “Por que os juros no país são tão elevados?”

”A produção total do país”

Page 8: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

8

CA PÍTU L O 5CA PÍTU L O 5CA PÍTU L O 5CA PÍTU L O 5 D E M A N D A , O F E R T A E D E M A N D A , O F E R T A E D E M A N D A , O F E R T A E D E M A N D A , O F E R T A E E Q U IL ÍB R IO D E M E R CA D OE Q U IL ÍB R IO D E M E R CA D OE Q U IL ÍB R IO D E M E R CA D OE Q U IL ÍB R IO D E M E R CA D O

PARTE I – DEMANDA DE MERCADO - CONCEITO

A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo.

- VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM A DEMANDA

- Preço do bem; - Preço dos outros bens; - Renda do consumidor; - Gostos e Preferências do consumidor.

Para estudar a influência isolada de cada uma dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris paribus (tudo o mais permanece constante), ou seja, considera-se cada uma dessas variáveis

afetando separadamente as decisões do consumidor.

- LEI GERAL DA DEMANDA Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade demandada e o preço do bem, coeteris

paribus.

↓P → ↑Qd ↑P → ↓Qd - ESCALA DE DEMANDA

Alternativas de preço - (P) em reais Quantidade demandada (Qd) 1,00 3,00 6,00 8,00 10,00

11.000 9.000 6.000 4.000 2.000

- CURVA DE DEMANDA

Eixo vertical: P (preços)

Page 9: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

9

Eixo horizontal Q (quantidades demandadas) - CAUSAS DA INCLINACAO NEGATIVA DA CURVA DE DEMANDA

Conjugação de dois efeitos: efeito substituição e efeito renda

Exemplo: Se o preço da caixa de fósforos aumenta, a queda na quantidade demandada será provocada

por esses dois efeitos somados:

- Efeito substituição: Se o preço da caixa de fósforos subir demasiadamente, os consumidores passarão a demandar isqueiros, reduzindo assim sua demanda por fósforo;

- Efeito renda: Se aumenta o preço do fósforo, tudo o mais constante (renda do

consumidor e preço de outros bens estando constantes), o consumidor perde poder aquisitivo, e a demanda por esse produto diminui, embora seu salário monetário não tenha sofrido nenhuma alteração.

- FUNÇÃO DEMANDA

Qd = f(P)

Qd = quantidade demandada do bem ou serviço, num dado período de tempo. P = preço do bem ou serviço. A quantidade demandada Qd é uma função f do preço P, isto é, depende do preço P. - VARIAÇÕES NA QUANTIDADE DEMANDADA Variações na quantidade demandada de um determinado bem decorrem de variações no preço desse

bem

Representam movimentos ao longo da curva ↓P → ↑Qd ↑P → ↓Qd

Page 10: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

10

- VARIAÇÕES NA DEMANDA Variações na demanda de um determinado bem decorrem de variações em quaisquer uma das variáveis que afetam a demanda desse bem (preço dos outros bens, na renda do consumidor, nos gostos e preferências do consumidor etc), com exceção do preço do próprio bem.

Representam deslocamentos de toda a curva de demanda

Antes do aumento da renda (D0) Após o aumento da renda (D1) Ao preço P0, o consumidor pode comprar Q0. Ao mesmo preço P0, o consumidor pode comprar Q2. Ao preço P1, o consumidor pode comprar Q1. Ao mesmo preço P1, o consumidor pode comprar Q3. - BEM NORMAL, BEM INFERIOR E BEM SACIADO

• Bem Normal

(relação direta entre a demanda de um bem e as variações da renda) Ex: se o consumidor tiver um aumento na sua renda, aumentará o consumo da carne de primeira, coeteris paribus.

• Bem Inferior

(relação inversa entre a demanda de um bem e as variações da renda) Ex: se o consumidor tiver um aumento na sua renda, reduzirá o consumo da carne de segunda, coeteris paribus.

• Bem Saciado

(não há relação entre a demanda de um bem e as variações da renda) Ex: se o consumidor tiver um aumento ou redução na sua renda, manterá inalterado o consumo de arroz, farinha, sal, etc, coeteris paribus.

- BEM SUBSTITUTOS E BENS COMPLEMENTARES

• Bens Substitutos

(relação direta entre o preço de um bem e a demanda de outro) Ex: um aumento no preço da carne deve elevar a demanda de peixe, coeteris paribus.

• Bens Complementares (relação inversa entre o preço de um bem e a demanda de outro) Ex: uma redução no preço dos automóveis deve aumentar a demanda por gasolina, coeteris paribus.

Page 11: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

11

PARTE II – OFERTA DE MERCADO - CONCEITO

A oferta pode ser definida como as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo.

- VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM A OFERTA - Preço do bem; - Preço dos outros bens; - Preço (custo) dos fatores de produção; - Mudanças na tecnologia; - Mudanças climáticas.

Para estudar a influência isolada de cada uma dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris paribus (tudo o mais permanece constante), ou seja, considera-se cada uma dessas variáveis

afetando separadamente as decisões dos produtores.

- LEI GERAL DA OFERTA Há uma relação diretamente proporcional entre a quantidade ofertada e o preço do bem, coeteris

paribus.

↓P → ↓Qo ↑P → ↑Qo

- ESCALA DE OFERTA

Alternativas de preço - (P) em reais Quantidade ofertada (Qo) 1,00 3,00 6,00 8,00 10,00

1.000 3.000 6.000 8.000 10.000

- CURVA DE OFERTA

Eixo vertical: P (preços) Eixo horizontal Q (quantidades ofertadas)

Page 12: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

12

- FUNÇÃO OFERTA

Qo = f(P)

Qd = quantidade ofertada do bem ou serviço, num dado período de tempo. P = preço do bem ou serviço. A quantidade ofertada Qo é uma função f do preço P, isto é, depende do preço P. - VARIAÇÕES NA QUANTIDADE OFERTADA

Variações na quantidade ofertada de um determinado bem decorrem de variações no preço desse bem. Representam movimentos ao longo da curva (gráfico a). ↓P → ↓Qo ↑P → ↑Qo

- VARIAÇÕES NA OFERTA Variações na oferta de um determinado bem decorrem de variações em quaisquer uma das variáveis que afetam a oferta desse bem (preço dos outros bens, preço (custo) dos fatores de produção, mudanças na tecnologia, mudanças climáticas etc), com exceção do preço do próprio bem. Representam deslocamentos de toda a curva de oferta (gráficos b e c).

Page 13: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

13

PARTE III – EQUILÍBRIO DE MERCADO - A LEI DA OFERTA E DA DEMANDA: TENDÊNCIA AO EQUILÍBRIO

Preço ($) Quantidade Situação de mercado Demandada Ofertada 1,00 11.000 1.000 Excesso de demanda (escassez de

oferta) 3,00 9.000 3.000 Excesso de demanda (escassez de

oferta) 6,00 6.000 6.000 Equilíbrio entre oferta e demanda 8,00 4.000 8.000 Excesso de oferta (escassez de

demanda) 10,00 2.000 10.000 Excesso de oferta (escassez de

demanda) Equilíbrio de Mercado (ponto E):

É o ponto de intersecção das curvas de demanda e oferta no qual se encontram o preço e a quantidade de equilíbrio, ou seja, o preço e a quantidade que atendem às aspirações dos

consumidores e produtores simultaneamente.

- EXEMPLO NUMÉRICO: EQUILÍBRIO DE MERCADO Suponha que o mercado de canetas esferográficas apresente as seguintes funções demanda e oferta: Qd = 44 – 8.p (Função demanda) Qo = 14 + 2.p (Função oferta) 0<<<< p ≤≤≤≤ 5 Qd = quantidade demandada; Qo = quantidade ofertada; p = preço

a) Determine matematicamente o preço e a quantidade de equilíbrio. Para calcular a quantidade de equilíbrio(Qe)

substituir p por 3 na função demanda ou oferta Qd = Qo 44 – 8.p = 14 + 2.p -8.p – 2.p = 14 – 44 Qd = 44 – 8.p Qo = 14 + 2.p - 10.p = - 30 Qd = 44 – 8.3 Qo = 14 + 2.3 p = -30/-10 Qd = 44 – 24 Qo = 14 + 6 p = 3 Qd = 20 Qo = 20

Page 14: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

14

No equilíbrio p = 3,00 e Q = 20

b) Determine as escalas de demanda e de oferta de mercado. Preço ($) Quantidade Situação de mercado Demandada Ofertada 1,00 36 16 Excesso de demanda 2,00 28 18 Excesso de demanda 3,00 20 20 Equilíbrio de mercado 4,00 12 22 Excesso de oferta 5,00 4 24 Excesso de oferta

PARTE IV – ELASTICIDADE - CONCEITO:

Mede o grau de reação ou sensibilidade de uma variável quando ocorrem alterações em outra variável, coeteris paribus.

VARIÁVEL A → VARIÁVEL B Preço de um bem → Quantidade demandada do bem Renda dos consumidores → Quantidade demandada do bem Preço do bem y → Quantidade demandada do bem x

Preço de um bem → Quantidade ofertada do bem

- ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA - Epd É o grau de sensibilidade da quantidade demandada de um bem X às variações de seu preço, coeteris paribus.

∆%P → ∆%Qd Se os preços dos bens diminuem em 10% , as quantidades demandadas aumentarão em quanto? Dependendo do bem, as quantidades demandadas podem aumentar numa proporção maior, menor ou igual à variação dos preços. Se os preços dos bens aumentam em 10% , as quantidades demandadas diminuirão em quanto? Dependendo do bem, as quantidades demandadas podem diminuir numa proporção maior, menor ou igual à variação dos preços. - DEMANDA ELÁSTICA, INELÁSTICA E PREÇO-UNITÁRIA

� Demanda Elástica: uma ∆%P provoca uma ∆%Q relativamente maior, coeteris paribus.

A quantidade demandada do bem é muito sensível a variações de seu preço. |Epd| > 1

� Demanda Inelástica: uma ∆%P provoca uma ∆%Q relativamente menor, coeteris paribus.

A quantidade demandada do bem é pouco sensível a variações de seu preço. |Epd| < 1

Page 15: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

15

� Demanda de Elasticidade-preço unitária: uma ∆%P provoca uma ∆%Q da mesma magnitude, porém em sentido inverso, coeteris paribus. |Epd| = 1

Epd = variação percentual na quantidade demandada variação percentual no preço

Ou

* O resultado é sempre negativo, pois Qd e P tem uma relação inversa, mas colocamos em módulo para ficar positivo.

- EXEMPLOS: Qual a elasticidade-preço da demanda dos bens abaixo se o preço aumentar em 10% ?

- Automóvel: ∆%P = 10% → ∆%Qd = - 20% Epd = ∆%Q Epd = -20% Epd = - 2 |Epd| = 2 |Epd| > 1 demanda elástica ∆%P 10%

- Remédios: ∆%P = 10% → ∆%Qd = - 5%

Epd = ∆%Q Epd = -5% Epd = - 0,5 |Epd| = 0,5 |Epd| < 1 demanda inelástica ∆%P 10%

- FATORES QUE INFLUENCIAM A ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA

� Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais substitutos, mais elástica é a demanda do bem

|Epd| pasta de dentes > |Epd| pasta de dentes > |Epd| pasta de dentes de mentol Colgate de mentol

� Essencialidade do bem: quanto mais essencial o bem, menos elástica é a sua demanda.

Exemplo: sal e remédios.

� Importância do bem, quanto a seu gasto, no orçamento do consumidor: quanto maior a participação no orçamento, maior a elasticidade da demanda

Carne: Epd alta Fósforo: Epd baixa

- RELAÇÃO ENTRE RECEITA TOTAL E O GRAU DE ELASTICIDADE Dada uma variação no preço do produto, o que acontecerá com a receita do produtor? Dependerá da reação dos consumidores, isto é, do grau de elasticidade- preço da demanda do bem.

Q1 – Q0 Epd = Q0 P1 – P0

P0

Epd = ∆%Q ∆%P

Page 16: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

16

� Bem de Demanda Elástica: redução P → aumento RT aumento P → redução RT � Bem de Demanda Inelástica: aumento P → aumento RT

redução P → redução RT

� Bem de Elasticidade Preço Unitária: aumento ou redução P → RT não se altera Cálculo da Receita Total (RT):

RT = P x Q

- EXEMPLO: DEMANDA ELÁSTICA Quando o preço de um aparelho de DVD aumenta de R$500,00 para R$600,00 (20%), a quantidade demandada diminui de 200 para 100 (50%).

P0 = 500 P1 = 600 Q0 = 200 Q1 = 100

Epd = ∆%Q Epd = - 50% Epd = - 2,5 ∆%P 20%

|Epd| = 2,5 RT0 = P0 x Q0 = 500 x 200 → RT = R$100.000,00 RT1 = P1 x Q1 = 600 x 100 → RT = R$60.000,00 DVD apresenta uma demanda elástica |Epd| > 1 , ou seja, é um bem cujas quantidades demandadas

são muito sensíveis a variações de preços.Um aumento de 20% nos preços provoca uma redução relativamente maior (de 50%) nas quantidades demandadas. Por isso, a RT diminui.

- EXEMPLO: DEMANDA INELÁSTICA Quando o preço de um remédio aumenta em 20% (de R$100,00 para R$120,00), a quantidade demandada diminui em 5% (de 100 para 95 unidades) P0 = 100 P1 = 120 Q0 = 100 Q1 = 95 . Epd = ∆%Q Epd = - 5% Epd = - 0,25

∆%P 20% |Epd| = 0,25 RT0 = P0 x Q0 = 100x 100 → RT = R$10.000,00 RT1 = P1 x Q1 = 120 x 95 → RT = R$ 11.400,00

O remédio apresenta uma demanda inelástica |Epd| < 1 , ou seja, é um bem cujas quantidades demandadas são pouco sensíveis a variações de preços.Um aumento de 20% nos preços provoca uma redução relativamente menor (de 5%) nas quantidades demandadas. Por isso, a RT aumenta.

Page 17: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

17

- ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA - Er

É o grau de sensibilidade da quantidade demandada de um bem X às variações na renda dos consumidores, coeteris paribus.

R → Qd

Er = variação percentual na quantidade demandada variação percentual na renda do consumidor

Bem Inferior: Er < 0

↑R → ↓Qd ou ↓R → ↑Qd Bem Normal: 0 < Er < 1 ↑R → ↑Qd ou ↓R → ↓Qd Bem Superior ou de Luxo: Er > 1

↑R → ↑Qd ou ↓R → ↓Qd .

- O QUE OCORRERIA COM A QUANTIDADE DEMANDADA SE A RENDA DOS CONSUMIDORES REDUZISSE EM 10%? DEPENDE DO BEM

- CARNE DE SEGUNDA: ∆%R = - 10% → ∆%Qd = 20% Er = ∆%Q Er = 20% Er = - 2 Er < 0 Bem Inferior ∆%R -10% - CELULAR: ∆%R = - 10% → ∆%Qd = -5% Er = ∆%Q Er = - 5% Er = 0,5 0 < Er < 1 Bem normal ∆%R -10%

- CASACO DE PELE: ∆%R = - 10% → ∆%Qd = -20% Er = ∆%Q Er = -20% Er = 2 Er > 1 Bem superior/luxo ∆%R -10%

- ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA - Epo

É a sensibilidade da quantidade ofertada de um bem X às variações de seu preço , coeteris paribus.

P → Qo

Epo = variação percentual da quantidade ofertada variação percentual do preço

* O resultado da elasticidade é sempre positivo, pois a relação entre Q ofertada e preço é

diretamente proporcional.

Page 18: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

18

CA PÍTU L O 6CA PÍTU L O 6CA PÍTU L O 6CA PÍTU L O 6 P R O D U ÇÃ O E CU STO SP R O D U ÇÃ O E CU STO SP R O D U ÇÃ O E CU STO SP R O D U ÇÃ O E CU STO S

PARTE I – TEORIA DA PRODUÇÃO - CONCEITO DE PRODUÇÃO É o processo de transformação dos fatores adquiridos pela empresa em produtos para venda no mercado. Mão-de-obra (N)

Capital físico (K) PROCESSO INSUMOS Terra (T) → DE → PRODUTO

Matérias-primas (Mp) PRODUÇÃO - MÉTODO OU PROCESSO DE PRODUÇÃO É a forma como os fatores de produção são combinados. Intensivo em mão-de-obra

Métodos de Produção ► Intensivo em capital

Intensivo em terra - FUNÇÃO PRODUÇÃO Indica a quantidade máxima que se pode obter de um produto, por unidade de tempo, a partir da utilização de uma determinada quantidade de fatores de produção e mediante a escolha do processo de produção mais adequado.

q = f ( x1, x2, x3, ... , xn)

onde: q = quantidade produzida do bem num determinado período de tempo x1, x2, x3, ... , xn = quantidades utilizadas de cada fator de produção num determinado período de tempo Para efeitos didáticos, a função de produção costuma ser representada resumidamente:

q = f ( N, K )

onde: N = quantidade utilizada de mão-de-obra K = quantidade utilizada de capital - FATORES FIXOS E VARIÁVEIS DE PRODUÇÃO

• Fatores de produção variáveis: são aqueles cujas quantidades variam quando o volume de produção varia. (mão-de-obra e matérias-primas)

• Fatores de produção fixos: são aqueles cujas quantidades não variam quando o produto

varia. (instalações/quantidades variam apenas no longo prazo)

Page 19: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

19

- CURTO E LONGO PRAZO

• Curto Prazo: é o horizonte de tempo em que pelo menos um fator de produção é fixo. • Longo Prazo: é o horizonte de tempo em que todos os fatores de produção são variáveis.

- EXEMPLO DE CURTO E LONGO PRAZO Uma siderúrgica para produzir aço utiliza basicamente três fatores de produção - mão-de-obra (trabalho, fator de produção variável) - minério de ferro (matéria-prima, fator de produção variável) - instalação (siderúrgica, fator de produção fixo) No curto prazo, a siderúrgica só pode aumentar sua produção aumentando a quantidade de mão-de-obra e minério de ferro. No longo prazo, é possível aumentar a produção aumentando a quantidade de todos os fatores de produção, inclusive o tamanho da siderúrgica. Se dezoito meses é o tempo necessário para se aumentar o tamanho da siderúrgica, dezoito meses é o curto prazo e mais que isso, o longo prazo dessa siderúrgica. - ANÁLISE DE CURTO PRAZO

q = f ( N, K )

onde: q = quantidade produzida N = quantidade utilizada de mão-de-obra (fator variável) K = quantidade utilizada de capital (fator fixo) No curto prazo, a quantidade produzida depende somente de uma variação da quantidade utilizada do fator variável, isto é, depende de uma variação da quantidade de mão-de-obra. Portanto, a função produção no curto prazo é:

q = f ( N ) - PRODUTO TOTAL, PRODUTIVIDADE MÉDIA E PRODUTIVIDADE MARGINAL Produto total: PT = q

Produtividade média do trabalho: Pme = q / N = quantidade do produto/nº de trabalhadores Produtividade marginal do trabalho: Pmg = ∆q / ∆N = variação do produtos/acréscimo de 1 unidade de mão-de-obra

Page 20: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

20

Terra (fator fixo) (alqueires) (1)

Mão-de-obra (fator variável) (milhares de trabalhadores) (2)

Produto Total (3) (toneladas)

Produtividade Média da Mão-de-obra (toneladas) (4) = (3) : (2)

Produtividade Marginal da Mão-de-obra (toneladas) (5) = ∆ em (3) ∆ em (2)

10 0 0 - - 10 1 6 6,0 6 10 2 14 7,0 8 10 3 24 8,0 10 10 4 32 8,0 8 10 5 38 7,6 6 10 6 42 7,0 4 10 7 44 6,2 2 10 8 44 5,4 0 10 9 42 4,6 -2

- LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES “Elevando-se a quantidade do fator variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, a produção inicialmente aumentará a taxas crescentes, a seguir, depois de certa quantidade utilizada do fator variável, continuará a crescer, mas a taxas decrescentes (ou seja, com acréscimos cada vez menores); continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção total chegará a um máximo, para depois decrescer“.

Page 21: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

21

- ANÁLISE DE LONGO PRAZO q = f (N,K)

Onde: N= quantidade utilizada de mão-de-obra (fator de produção variável).

K= quantidade utilizada de capital (fator de produção variável). No longo prazo, todos o fatores de produção são variáveis. Portanto, a quantidade produzida depende da variação da quantidade utilizada de todos os fatores produção, isto é, depende de uma variação da quantidade de mão-de-obra e de capital. - RENDIMENTOS DE ESCALA • Rendimentos Crescentes de Escala Exemplo: ↑ 10% no volume de fatores de produção → ↑ 20% no volume produzido • Rendimentos Constantes de Escala Exemplo: ↑ 10% no volume de fatores de produção → ↑ 10% no volume produzido • Rendimentos Decrescentes de Escala Exemplo: ↑ 10% no volume de fatores de produção → ↑ 5% no volume produzido PARTE II - CUSTOS - CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO (CT) Onde: CVT = Custo Variável Total; CFT = Custo Fixo Total

- CUSTOS VARIÁVEIS TOTAIS (CVT) E CUSTOS FIXOS TOTAIS (CFT)

• CUSTOS VARIÁVEIS TOTAIS (CVT): é a parcela dos custos totais que depende da produção e por isso muda com a variação do volume de produção. (folha de pagamentos e gastos com matérias-primas) (Na contabilidade são chamados de custos diretos) • CUSTOS FIXOS TOTAIS (CFT): ): é a parcela dos custos totais que independe da produção e por isso não muda com a variação do volume de produção.

(Aluguel e seguro) (Na contabilidade são chamados de custos indiretos) - CUSTOS DE CURTO PRAZO

• CUSTOS TOTAIS Como no curto prazo existe pelo menos um fator de produção fixo.

CT = CVT + CFT

CT = CVT + CFT

Page 22: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

22

• CUSTO TOTAL MÉDIO (CTMe ou Cme) / Custo unitário • CUSTO VARIÁVEL MÉDIO (CVMe)

• CUSTO FIXO MÉDIO (CFMe)

CFMe = CFT = custo fixo total (em $) q total produzido

• CUSTO MARGINAL (CMg) Produção Total (q) (Q/dia) (1)

Custo Fixo Total (CFT) R$ (2)

Custo Variável Total (CVT) R$ (3)

Custo Total (CT) R$ (4)=(2)+(3)

Custo Fixo Médio (CFMe) R$ (5) = (2):(1)

Custo Variável Médio (CVMe) R$ (6) = (3):(1)

Custo Médio (CMe) R$ (7)=(4):(1)

Custo Marginal (CMg) R$ (8)= ∆ em (4) ∆ em (1)

0 10,00 0 10,00 - - - - 1 10,00 5,00 15,00 10,00 5,00 15,00 5,00 2 10,00 8,00 18,00 5,00 4,00 9,00 3,00 3 10,00 10,00 20,00 3,33 3,33 6,67 2,00 4 10,00 11,00 21,00 2,50 2,75 5,25 1,00 5 10,00 13,00 23,00 2,00 2,60 4,60 2,00 6 10,00 16,00 26,00 1,67 2,67 4,33 3,00 7 10,00 20,00 30,00 1,43 2,86 4,28 4,00 8 10,00 25,00 35,00 1,25 3,13 4,38 5,00 9 10,00 31,00 41,00 1,11 3,44 4,56 6,00 10 10,00 38,00 48,00 1,00 3,80 4,80 7,00 11 10,00 46,00 56,00 0,91 4,18 5,09 8,00

CTMe = Cme = CT = custo total (em $) q total produzido

CVMe = CVT = custo variável total (em $) q total produzido

CMg = ∆CT = variação do custo total (em $) ∆q acréscimo de 1 unidade na produção

Page 23: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

23

- MAXIMIZACAO DOS LUCROS

Teoria Microeconômica Tradicional: O objetivo da empresa é a maximização de lucros

• LUCRO TOTAL (LT): diferença entre as receitas das vendas da empresa (RT) e seus

custos totais de produção (CT). LT = RT – CT

A empresa, desejando maximizar seus lucros, escolherá o nível de produção para o qual a diferença

entre RT e CT seja a maior possível.

• A EMPRESA MAXIMIZARÁ SEU LUCRO QUANDO:

Rmg = Cmg (quando o Cmg é decrescente) ► empresa deve continuar a produzir, pois cada unidade adicional fabricada aumenta ainda seus lucros, já que sua Rmg é maior que o Cmg. RMg > CMg ► empresa deve continuar a produzir, pois cada unidade adicional fabricada aumenta seus lucros, já que sua Rmg é maior que o Cmg. RMg < CMg ► empresa deve reduzir a produção, pois cada unidade adicional que deixa de ser fabricada aumenta seus lucros, já que seu Cmg é maior que a Rmg.

o Receita Marginal (RMg): é o acréscimo da receita total da empresa quando esse vende uma unidade adicional do seu produto.

o Custo Marginal (CMg): é o acréscimo do custo total da produção da empresa quando

esse produz uma unidade adicional do seu produto.

* Supondo uma forma em um mercado de concorrência perfeita. Para um nível de produção igual a 8 unidades, quando RMg = CMg, (quando o Cmg é crescente) tem-se o lucro máximo no valor de R$ 5,00.

RMg = CMg Quando o Cmg é crescente

PRODUÇÃO E VENDAS (POR DIA) (1)

CUSTO TOTAL (CT) R$ (2)

PREÇO UNITÁRIO (P) R$ (3)

RECEITA TOTAL (RT) R$ (4)=(3).(1)

LUCRO TOTAL (LT) R$ (5)=(4)-(2)

CUSTO MARGINAL (CMg) R$ (6) = ∆ (2) ∆(1)

RECEITA MARGINAL (RMg) R$ (7) = ∆ (4) ∆ (1)

0 10,00 5,00 0 -10,00 - - 1 15,00 5,00 5,00 -10,00 5,00 5,00 2 18,00 5,00 10,00 -8,00 3,00 5,00 3 20,00 5,00 15,00 -5,00 2,00 5,00 4 21,00 5,00 20,00 -1,00 1,00 5,00 5 23,00 5,00 25,00 2,00 2,00 5,00 6 26,00 5,00 30,00 4,00 3,00 5,00 7 30,00 5,00 35,00 5,00 4,00 5,00 8 35,00 5,00 40,00 5,00 5,00 5,00 9 41,00 5,00 45,00 4,00 6,00 5,00 10 48,00 5,00 50,00 2,00 7,00 5,00 11 56,00 5,00 55,00 -1,00 8,00 5,00

Page 24: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

24

CA PÍTU L O 7CA PÍTU L O 7CA PÍTU L O 7CA PÍTU L O 7 E STR U TU R A S D E M E R CA D OE STR U TU R A S D E M E R CA D OE STR U TU R A S D E M E R CA D OE STR U TU R A S D E M E R CA D O

- ESTRUTURAS DE MERCADO DE BENS E SERVIÇOS

- Concorrência Perfeita - Monopólio - Concorrência Monopolista - Oligopólio

- AS VÁRIAS ESTRUTURAS DE MERCADO DEPENDEM FUNDAMENTALMENTE DE TRÊS CARACTERÍSTICAS:

1) número de empresas que compõe o mercado; 2) tipo do produto fabricado (produtos homogêneos/idênticos ou diferenciados); 3) se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.

- CONCORRÊNCIA PURA OU PERFEITA

• Número muito grande de empresas; • Produtos homogêneos; • Não existem barreiras à entrada de novas empresas no mercado; • Transparência de mercado; • No longo prazo os lucros extraordinários desaparecem.

Não há um mercado de concorrência perfeita no mundo real, sendo talvez

o mercado de hortifrutigranjeiros o exemplo mais próximo. - MONOPÓLIO

• Uma única empresa domina todo o mercado; • Produto sem substitutos próximos; • Existem barreiras à entrada de novas firmas (proteção de patentes, controle sobre o

fornecimento de matérias-primas básicas, exige elevado nível de capital, existência de monopólio puro ou natural);

• No longo prazo permanecem os lucros extraordinários. - OLIGOPÓLIO

• Pequeno número de empresas que dominam o setor ou

Grande número de empresas mas com poucas dominando o setor • Produto homogêneo ou diferenciado • Existem barreiras à entrada de novas firmas • No longo prazo permanecem os lucros extraordinários.

Formas de atuação das empresas oligopolistas:

� Concorrem entre si, via guerra de preços ou de promoções. � Formam cartéis (conluios, trustes) fixando preços e repartição do mercado

entre empresas. - Todas as empresas têm a mesma participação de mercado ou - Existem “empresas líderes”

- CONCORRÊNCIA MONOPOLISTA (ou Concorrência Imperfeita)

• Grande número de empresas; • Cada empresa fabrica um produto diferenciado, mas com substitutos próximos;

A diferenciação do produto se dá via qualidade, marca, embalagem, atendimento, garantia extra etc. • Cada empresa tem certo poder sobre preços; • Não existem barreiras à entrada de novas firmas; • No longo prazo os lucros extraordinários desaparecem.

Page 25: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

25

A concorrência monopolista é um tipo de mercado mais realista que o de

concorrência perfeita que supõe produtos completamente homogêneos, sem diferenciação. - GRAU DE CONCENTRAÇÃO ECONÔMICA Proporção do valor do faturamento das quatro maiores empresas de cada ramo de atividade sobre o total faturado no ramo respectivo. O Índice varia de 0% a 100%

quanto mais próximo de 100% → mercado tem alto grau de concentração quanto mais próximo de 0% → mercado tem baixo grau de concentração

Grau de Concentração na Indústria e Comércio por Setores – Brasil (1988 – quatro maiores grupos econômicos) INDÚSTRIA Faturamento

total do setor (R$ bilhões)

Faturamento das 4 maiores empresas (R$ bilhões)

Número de grupos considerados

Grau de concentração (%)

Grau de concentração média do setor (%)

Alimentos Açúcar e álcool Moinhos Frigoríficos Conservas

1.511 385 945 121

771 227 501 90

4 4 4 4

51 59 53 74

54

Bebidas e fumo Sucos e concentrados Cerveja Cigarros e fumo

259 282 226

202 243 206

4 2* 3*

78 86 91

85

Eletroeletrônico Eletrodomésticos Eq. p/ construção Condutores elétric. Computadores

1.116 490 310 664

670 353 251 426

4 4 4 2*

60 72 81 64

66

Têxtil Fiação e tecelagem Confecções

1.484 737

297 339

2* 2*

20 46

29

COMÉRCIO Varejo Supermercados

1.867

1.027

4

55

55

Distrib. de gás 239 158 4 66 66 Distrib. de deriv de petróleo

3.908 3.087 4 79 79

* O grupo que segue é inexpressivo - CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico)

• Objetivo: evitar abusos econômicos por parte das empresas. (analisando, por exemplo, fusões de empresas) • Ligado ao Ministério da Justiça.

Page 26: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

26

CA PÍT U L O 8CA PÍT U L O 8CA PÍT U L O 8CA PÍT U L O 8 IN TR O D U ÇÃ O À M A CR O E CO N O M IAIN TR O D U ÇÃ O À M A CR O E CO N O M IAIN TR O D U ÇÃ O À M A CR O E CO N O M IAIN TR O D U ÇÃ O À M A CR O E CO N O M IA POLÍTICA MACROECONÔMICA A política macroeconômica é formada por um conjunto de medidas tomadas pelo governo de um país

com o objetivo de atuar e influir nos rumos da economia no seu conjunto. METAS/OBJETIVOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA

• Alto nível de emprego

• Estabilidade de preços (inflação) • Distribuição socialmente justa da renda (eqüitativa) • Crescimento econômico (diz respeito à elevação da renda ou produto per capita1

do país) (observação: desenvolvimento econômico = melhoria do padrão de vida da população) SITUAÇÃO DO BRASIL

• EMPREGO

TAXA DE DESEMPREGO TOTAL (em %) ANO

PED na Região Metropolitana de SP (SEADE/DIEESE)*

PME (IBGE**)

ABERTO OCULTO TOTAL Trabalho Precário

Desalento

1990 7,4 2,0 0,9 10,3 4,3 1995 9,0 3,3 0,9 13,2 4,5 2000 11,0 4,6 2,0 17,7 7,1 2001 11,3 4,6 1,7 17,6 6,2 2002 12,1 4,9 2,0 19,0 7,1 2003 12,8 5,1 2,1 19,9 12,32 2004 11,6 5,1 1,9 18,7 11,5 2005 10,5 4,8 1,5 16,9 9,8 2006 15,8 10,0 2007 14,8 9,3 2008 13,9 7,8 2009 12,5 8,1

Fonte: SEADE, DIEESE, IBGE. (alguns valores foram arredondados por essas instituições) * PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego); SEADE (Sistema Estadual de Análise de Dados) DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) ** PME (Pesquisa Mensal de Emprego); IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

1A renda ou produto per capita do país é obtido a partir da divisão da produção total do país (PIB) pelo seu número de habitantes. Lembre-se que, apesar da renda ou produto per capita ser um melhor indicador de crescimento econômico, o PIB costuma ser mais utilizado.

2 Até 2002, eram computadas as pessoas que haviam procurado trabalho na semana anterior à entrevista. A partir de 2003, as pessoas que procuraram trabalho nos últimos 30 dias antes da entrevista.

Page 27: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

27

Diferenças básicas de metodologia entre o PED e PME

Local de Pesquisa Quem é Considerado Desempregado? PME

SP, RJ, Recife, Salvador, BH, Porto Alegre

Desemprego Aberto: quem procurou emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa e não exerceu nenhum tipo de trabalho-remunerado ou não-nos últimos sete dias.

PED

Região Metropolitana de SP (atualmente também nas Regiões Metropolitanas de Porto Alegre, Recife, Salvador e BH)

Desemprego Aberto + Desemprego Oculto pelo Trabalho Precário: pessoas que realizaram algum tipo de atividade nos 30 dias anteriores à pesquisa e buscaram emprego nos últimos 12 meses. + Desemprego Oculto pelo Desalento: quem não trabalhou nem procurou trabalho nos últimos 30 dias, mas tentou nos últimos 12 meses.

• ESTABILIDADE DE PREÇOS

INFLAÇÃO (IPCA/IBGE)3 ANO INFLAÇÃO

em % (no ano) ANO INFLAÇÃO

em % (no ano) 1990 2.863,90 2000 6,22 1991 429,76 2001 7,49 1992 980,80 2002 10,2 1993 1.936,32 2003 10,3 1994 2.111,61 2004 6,13 1995 65,96 2005 5,69 1996 15,52 2006 3,14 1997 5,99 2007 4,46 1998 3,78 2008 5,90 1999 4,85 2009 4,31

Fonte: IBGE.

• DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

o PARTICIPAÇÃO DOS 10% MAIS POBRES E DOS 10% MAIS RICOS NO TOTAL DA RENDA NACIONAL NO BRASIL (em %) - 2003

10% MAIS POBRES

10% MAIS RICOS

0,7 46,9 Fonte: Banco Mundial.

o ÍNDICE DE GINI

A distribuição de renda de um país pode ser avaliada a partir de um índice denominado Índice de Gini O Índice de Gini varia de 0 a 1:

- quanto mais próximo de 1: pior a distribuição de renda 1 significaria que apenas um indivíduo teria toda a renda de uma sociedade.

- quanto mais próximo de 0: melhor a distribuição de renda Zero significaria que todos os indivíduos teriam a mesma renda.

3 O IPCA é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo medido pelo IBGE. Esse é o índice oficial de inflação utilizado pelo governo brasileiro.

Page 28: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

28

RANKING –ÍNDICE DE GINI - 2004

POSIÇÃO PAÍS ÍNDICE DE GINI 1º Namíbia 0,71 2º Haiti 0,68 3º Botswana 0,63 4º Lesoto 0,61 5º Rep. Centro-Africana 0,58 6º África do Sul 0,58 7º Bolívia 0,58 8º Guatemala 0,58 9º Zimbábue 0,57 10º BRASIL 0,56

Fonte: Banco Mundial. - Serra Leoa que já liderou esse ranking não foi incluído no relatório do BIRD.

- Nos casos de países com mesmo Índice de Gini, foi seguida a ordem alfabética.

* Segundo o Índice de Gini, o país saiu do 2º lugar (1989) para o 10º (2004)

EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE GINI - BRASIL ANO GOVERNO ÍNDICE DE GINI 1981 Regime Militar 0,574 1985 0,589 1986 Sarney 0,578 1989 0,625 PIOR

MARCA 1990 Collor 0,604 1992 0,573 1995 FHC 0,591 1998 0,591 2002 0,580 2004 Lula 0,564

Fonte: Banco Mundial. LINHA DE POBREZA

Fonte: Banco Mundial.

PAÍS ANO % DA POPULAÇÃO ABAIXO DA LINHA DE POBREZA DE US$ 1,00 POR DIA, POR PESSOA

% DA POPULAÇÃO ABAIXO DA LINHA DE POBREZA DE US$ 2,00 POR DIA, POR PESSOA

Índia 1992 52,5 (496 milhões) 88,8 (839 milhões) Indonésia 1995 11,8 (25 milhões) 58,7 (116 milhões) Brasil 1995 23,6 (38 milhões) 43,5 (70 milhões) México 1992 14,9 (14 milhões) 40,0 (37 milhões) Chile 1992 15,0 (2 milhões) 38,5 (5 milhões) Ruanda 1985 45,7 (3 milhões) 88,7 (6 milhões)

Page 29: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

29

o MAPA DA RIQUEZA E POBREZA NA CAPITAL DE SP

• CRESCIMENTO ECONÔMICO- (em % do PIB real) ANO

TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL

2000 4,3 2001 1,3 2002 2,7 2003 1,1 2004 5,7 2005 2,9 2006 3,7 2007 5,4 2008 5,1 2009 -0,2

Fonte: OCDE, FMI. INTER-RELAÇÕES E CONFLITOS ENTRE AS METAS

• Elevado nível de emprego X

Estabilidade de preços

Page 30: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

30

• Distribuição socialmente justa da renda

X Crescimento econômico

INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA

• Política Fiscal Instrumentos que o governo dispõe para a arrecadação de tributos (política tributária) e o controle de

suas despesas (política de gastos). • Política Monetária Atuação do governo (Banco Central) sobre a quantidade de moeda em circulação. • Políticas Cambial e Comercial Atuação do governo sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia.

- Política Cambial: Atuação do governo sobre a taxa de câmbio.

- Política Comercial: Instrumentos governamentais de incentivos às exportações e/ou estímulo e desestímulo às importações

• Política de Rendas Intervenção direta do governo na formação de renda (salários e aluguéis), através do controle e

congelamentos de preços.

Page 31: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

31

CA PÍTU L O 9CA PÍTU L O 9CA PÍTU L O 9CA PÍTU L O 9 CO N TA B IL ICO N TA B IL ICO N TA B IL ICO N TA B IL ID A D E SO CIA LD A D E SO CIA LD A D E SO CIA LD A D E SO CIA L CONTABILIDADE SOCIAL É o registro contábil da atividade produtiva de um país ao longo de um determinado período de tempo. IDENTIDADE BÁSICA DAS CONTAS NACIONAIS

PN=DN=RN

Ótica da Produção → PN (Produto Nacional) Ótica da Despesa → DN (Despesa Nacional) Ótica da Renda → RN (Renda Nacional) PRODUTO NACIONAL (PN)4 O Produto Nacional é o valor de todos os bens e serviços finais, medidos a preços de mercado, produzidos em dado período de tempo PN = ∑ pi .qi p = preço unitário dos bens e serviços finais; q = quantidades produzidas dos bens e serviços Exemplo:

Bens e Serviços Preço (p) Quantidade (q) Preço x Quantidade Sacas de café 200,00 15 3.000,00 Fogões 400,00 20 8.000,00 Bilhetes de metrô 2,10 50 105,00 Consultas médicas 100,00 5 500,00 Produto Nacional ( ∑ ) R$ 11.605,00 DESPESA NACIONAL (DN) A Despesa Nacional é o gasto dos agentes econômicos com o produto nacional no período.

Famílias (consumo) Produto Nacional Empresas (investimentos) Governo (gastos públicos)

Setor Externo (exportações e importações)5

DN = C + I + G + (X - M)

C= consumo das famílias; I= investimento das empresas; G= gastos do governo; X= exportações; M= importações; (X-M)= despesas líquidas do setor externo.

4 Veremos adiante que é o que denominamos de PIB. 5 Exportação é quando o país vende mercadorias para outros países. Importação é quando o país compra mercadorias de outros países.

PN = ∑ pi .qi = psacas de café .qsacas + pfogões .qfogões+ ... + pbilhetes de metrô .qbilhetes + pconsultas médicas .q consultas

Page 32: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

32

RENDA NACIONAL (RN) A Renda Nacional é a soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção no período.

Trabalhadores (salários) Renda Nacional Detentores do capital monetário (juros) Proprietários das instalações (aluguéis)

Empresários (lucros)

RN = w + j + a + l

w= salários; j= juros; a= aluguéis; l= lucros. EXEMPLO DE UMA ECONOMIA DE DOIS SETORES: FAMÍLIAS E EMPRESAS Empresa A (Produção de trigo em $) Despesas 1 Receitas Salários 80 Juro 30 Aluguéis 20 Lucros 10

Vendas de trigo para a empresa B 140

Total 140 Total 140 Empresa B (Produção de farinha de trigo em $) Despesas 2 Receitas Compra de trigo da empresa A 140 Salários 50 Juro 10 Aluguéis 15 Lucros 30 105

Vendas de farinha de trigo para a empresa C 245

Total 245 Total 245 Empresa C (Produção de pães em $) Despesas 3 Receitas Compra de farinha de Trigo da empresa B 245 Salários 60 Juro 20 Aluguéis 30 Lucros 35 145

Vendas de pães para os consumidores finais 390

Total 390 Total 390 PN = DN = RN = 390 VALOR ADICIONADO É o valor que se adiciona ao produto em cada estágio de produção.

Valor Adicionado = Faturamento - Custos dos bens intermediários

Page 33: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

33

EXEMPLO DE VALOR ADICIONADO

Estágio de Produção Vendas no Período Custo dos Bens Intermediários

Valor Adicionado

Produção de Trigo 140 0 140 Produção de Farinha 245 140 105 Produção de Pão 390 245 145 Total 390

Esses R$ 390,00, que é o valor do bem final (pão), é o que o IBGE conta para o cálculo do PIB. POUPANÇA AGREGADA (S) - É a parcela da Renda Nacional (RN) que não é consumida (C) no período:

S = RN - C

INVESTIMENTO AGREGADO (I) É o gasto em bens que representam um aumento na capacidade produtiva da economia (bens de capital) É o gasto em bens para uso futuro (estoques) I = Ibk + ∆E Ibk = investimentos em bens de capital (máquinas, equipamentos e imóveis) ∆E = variação de estoques (produtos acabados e intermediários) * O investimento agregado é o investimento no sentido econômico. Esse conceito é diferente do investimento financeiro/pessoal que não representa aumento da capacidade de produção. PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) E PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) Produto Interno Bruto (PIB): é a renda gerada pela produção de bens e serviços finais dentro dos limites territoriais do país. Produto Nacional Bruto (PNB): é a renda que pertence efetivamente aos nacionais. Exemplo: A Nintendo é uma empresa japonesa. Se ela instalar uma fábrica na China, o valor de toda a produção dessa fábrica, será contabilizada no PIB da China, pois foi produzida dentro dos limites territoriais chineses. No entanto, a parcela dos lucros obtida na China pela Nintendo será contabilizada no PNB japonês, pois essa renda pertence efetivamente ao Japão. PIB Nominal e PIB Real

PIB nominal: é o PIB medido a preços correntes, do próprio ano

(sem descontar a inflação no período) PIB 2000 = ∑ p2000 .q2000 PIB 2001 = ∑ p2001 .q2001

PIB real: é o PIB medido a preços constantes de um dado ano qualquer, chamado ano-

base. Os preços ficam fixados nesse ano, como se a inflação a partir de então fosse zero. Dessa maneira, podemos medir o crescimento real, da produção física (quantidade produzida),

livre do efeito da inflação.

Page 34: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

34

PIB 2000 = ∑ p2000 .q2000 (ano 2000 é o ano-base no exemplo) PIB 2001 = ∑ p2000 .q2001 Exemplo: Suponha um pequeno país que produza apenas bananas. Nesse caso, para calcularmos o PIB desse país, basta multiplicar o preço de cada dúzia da banana pela quantidade produzida, respectivamente, em cada ano.

ANO Preço (p) Quantidade (q) em dúzias

PIB = Preço x Quantidade

2000 2,00 200 400,00 2001 4,00 200 800,00

O valor do PIB em 2001 é maior que em 2000. Podemos afirmar realmente que o país cresceu, ou seja, aumentou sua produção de bananas de um ano para outro? Não, porque a tabela acima mostra o PIB nominal, no qual não é descontada a inflação. Analisando a tabela, verificamos que o país não cresceu nada, pois, apesar do valor do PIB ter aumentado, isso ocorreu em função da inflação (preço da banana ter dobrado de R$ 2,00 para R$ 4,00) já que a quantidade produzida se manteve em 200 dúzias. Assim, se calcularmos o PIB real, descontando a inflação, veremos que o PIB não se alterou. CÁLCULO DO PIB REAL Para transformar o PIB nominal em real é necessário deflacioná-lo, ou seja, extrair o crescimento da inflação no período. Para isso, utilizamos um índice geral de preços que represente esse crescimento da inflação. Podemos fazer isso também com salários, faturamentos das empresas entre outros.

PIB real = PIB nominal x 100 Índice geral de preços

Exemplo: Ano PIB Nominal

em bilhões de R$ Índice de Preços PIB Real

(ano-base 2000) em bilhões de R$

2000 800 100 800 2001 880 110 800

PIB real 2001 = PIB nominal 2001 x 100

Índice geral de preços 2001

PIB real 2001 = 880 x 100 110

PIB real 2001 = 800 bilhões Apesar do PIB nominal ter aumentando entre os dois anos, quando calculamos o PIB real (livrando-o

do efeito da inflação), verificamos que o crescimento real (quantidade produzida) foi zero.

Page 35: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

35

EXEMPLO: SALÁRIO REAL E NOMINAL

Meses (1) Salário Nominal (R$)

(2) Índice de Preços

(3) Salário Real (R$)

Janeiro 2005 500 100 500,0 Janeiro 2006 508 102 498,0

Enquanto o salário nominal mostra a quantidade de dinheiro recebida, o salário real mede o poder aquisitivo, ou seja, a quantidade de bens e serviços que se pode adquirir.

Salário real 2006 = Salário nominal 2006 x 100

Índice geral de preços 2006

Salário real 2006 = 508 x 100 102

Salário real 2006 = 498,00

No exemplo acima, a quantidade de dinheiro recebida aumentou em 1,6% passando de R$ 500,00 para R$ 508,00 (salário nominal). No entanto a taxa de inflação no período foi de 2% (índice de preços passou de 100 para 102). Portanto, o salário real passou de R$ 500,00 para R$ 498,00, o que significa que, apesar de estar recebendo maior quantidade de dinheiro, houve uma redução do poder de compra do salário.

Salários- Presidentes dos EUA (fonte: Mankiw, 2002, p. 252)

� Salário (nominal) do presidente norte-americano em 1931 = US$ 75 mil � Salário (nominal) do presidente norte-americano em 1995 = US$ 200 mil

� Se descontarmos a inflação no período, os US$ 75 mil são equivalentes a US$

819.079,00 (em dólares de 1995) RANKING – PIB real - EM 2008 Posição País PIB real em trilhões

US$

1º EUA 13,843

2º China 6,991

3º Japão 4,289

4º Índia 2,988

5º Alemanha 2,809

6º Reino Unido 2,137

7º Rússia 2,087

8º França 2,046

9º BRASIL 1,835

10º Itália 1,786

MUNDIAL 64,903

UNIÃO EUROPÉIA 14,712 Fonte: Folha de São Paulo.

Page 36: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

36

RANKING – PIB per capita real – em 2008

PIB per capita = PIB total/nº de habitantes

Posição País PIB real per capita em mil US$

1º Cátar 80,870

2º Luxemburgo 80,457

3º Malta 53,359

4º Noruega 53,037

5º Brunei 51,005

6º Singapura 49,714

7º Chipre 46,856

8º EUA 45,845

9º Irlanda 43,144

10º Suiça 41,128

23º Alemanha 34,181

24º Japão 33,077

78º BRASIL 9,695

99º China 5,292

Fonte: Folha de São Paulo.

Page 37: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

37

MAIORES BILHETERIAS DE TODOS OS TEMPOS NOS EUA Título Ano de Lançamento Bilheteria (em milhões de

US$ de 1999)

1. ...E o vento levou 1939 859

2.Guerra nas estrelas 1977 629

3.A noviça rebelde 1965 568

4.Titanic 1997 601

5.ET 1982 552

6.Os dez mandamentos 1956 570

7.Tubarão 1975 557

8. Doutor Jivago 1965 540

9.Mowgli, o menino lobo 1967 483

10.Branca de Neve 1937 474

Fonte: Mankiw, 2002, p. 124. PIB COMO MEDIDA DE BEM ESTAR O PIB não leva em consideração:

- A economia informal - Os custos sociais do crescimento econômico (poluição, congestionamentos, degradação do meio ambiente)

- As diferenças na distribuição de renda

Page 38: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

38

CA PÍTU L O 13CA PÍTU L O 13CA PÍTU L O 13CA PÍTU L O 13 IN F L A ÇÃ OIN F L A ÇÃ OIN F L A ÇÃ OIN F L A ÇÃ O

CONCEITO DE INFLAÇÃO É o aumento persistente e generalizado no nível geral de preços. Deflação é o processo inverso, ou seja, é a redução persistente e generalizada no nível geral de preços. INFLAÇÃO (exemplo para fins didáticos)

EXEMPLOS Itens Variação

de preços no período (de 30 dias)

Participação no orçamento das famílias com renda mensal de 1 a 3 salários mínimos

Participação no orçamento das famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos

Alimentação 40% 34% 15% Habitação 30% 32% 15% Transporte 50% 16% 8% Despesas Pessoais

-40% 7% 12%

Vestuário -30% 3% 10% Saúde 25% 5% 20% Educação 20% 3% 20% Média Ponderada (variação de preços multiplicada pela participação no orçamento de cada item)

0,4x0,34+0,3x0,32+0,5x0,16 –0,4x0,07 -0,3x0,03+0,25x0,05 +0,2x0,03 = 0,136++0,096+0,08-0,028- 0,009+0,0125+0,006= 0,2935

0,4x0,15+0,3x0,15+0,5x0,08 –0,4x0,12-0,3x0,10+0,25x0,20 +0,2x0,20 = 0,06+0,045+0,04-0,048-0,03+0,05+0,04= 0,1570

29,35% 15,70%

DISTORÇÕES PROVOCADAS POR ALTAS TAXAS DE INFLAÇÃO • Efeito sobre a distribuição de renda: com inflação, os assalariados ficam com seus orçamentos

reduzidos. Dentro dessa categoria, os que mais sofrem são aquelas famílias com baixo nível de renda que não têm como se defender da inflação. Na verdade, são elas, principalmente, que pagam o chamado imposto inflacionário.

• Efeito sobre as exportações: a inflação encarece o produto nacional, reduzindo as exportações.

Exemplo: Taxa

de Câmbio

Preço do bem em reais Preço do bem em dólares

US$ 1,00 = R$ 3,00 R$ 300 mil US$ 100 mil US$ 1,00 = R$ 3,00 R$ 360 mil US$ 120 mil • formação de expectativas: o setor empresarial é bastante sensível à influência da inflação no que

diz respeito às expectativas sobre o futuro, dada a instabilidade e a imprevisibilidade de seus lucros. O empresário permanecerá em compasso de espera, dificilmente tomará iniciativas para aumentar os investimentos. Ou seja:

Inflação → incerteza → redução dos investimentos → redução do crescimento econômico

Page 39: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

39

PRINCIPAIS ÍNDICES DE PREÇOS NO BRASIL ÍNDICE/ENTIDADE PERÍODO DE

COLETA DE PREÇOS

LOCAL DE PESQUISA

ORÇAMENTO FAMILIAR EM SALÁRIOS MÍNIMOS (s.m.)

UTILIZAÇÃO

IPCA/IBGE Mês Completo 11 Regiões 1 a 40 s.m. Genérico INPC/IBGE Mês Completo 11 Regiões 1 a 8 s.m. Genérico IGP/FGV Mês Completo RJ/SP e 10 Regiões 1 a 33 s.m.(inclui

preços por atacado e construção civil)

Contratos

IGP-M/FGV* Dias 21 a 20 RJ/SP e 10 Regiões 1 a 33 s.m.(inclui preços por atacado e construção civil)

Contratos

IGP-10/FGV Dias 11 a 10 RJ/SP e 10 Regiões 1 a 33 s.m.(inclui preços por atacado e construção civil)

Tendência do IGP

IPC/FIPE** Mês Completo Município de SP 1 a 20 s.m. Impostos Estaduais e Municipais (SP)

ICV/DIEESE*** Mês Completo Região Metropolitana de SP

1 a 30 s.m. Referência para Acordos Salariais

ÍNDICES: IPCA: Índice de Preços ao Consumidor Amplo INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor IGP: Índice Geral de Preços IGP-M: Índice Geral de Preços de Mercado IPC:Índice de Preços ao Consumidor ICV:Índice de Custo de Vida

INSTITUIÇÕES: IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística FGV: Fundação Getúlio Vargas FIPE: Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas DIEESE: Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

NOTAS: * Divulga prévias de 10 em 10 dias ** Divulga taxas quadrissemanais *** Pesquisa também para famílias com renda de 1 a 3 s.m. e de 1 a 5 s.m.

TIPOS DE INFLAÇÃO • Inflação de Demanda: refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produção

disponível de bens e serviços. A probabilidade de ocorrer inflação de demanda aumenta quando a economia está produzindo próximo do pleno emprego de recursos. Ou seja: Pouca demanda → Pouca produção (capacidade ociosa de 10%) Aumento da demanda → Aumento da produção (capacidade ociosa de5 %) Aumento de demanda → Aumento da produção (capacidade ociosa de 2%) Aumento de demanda → Pleno emprego (capacidade ociosa = 0%) Aumento de demanda → Inflação A inflação de demanda está geralmente associada ao desequilíbrio das contas públicas, exemplo: déficit fiscal (G > T ) → emissões → aumento de demanda → inflação

G= gastos do governo; T= arrecadação de tributos

Para combater um processo de inflação de demanda, a política econômica deve basear-se em instrumentos que provoquem uma redução da demanda agregada.

Page 40: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

40

• Inflação de custos

A inflação de custos pode ser associada a uma inflação tipicamente de oferta. O nível de demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores de produção aumentam.

As causas mais comuns dos aumentos dos custos de produção são:

a) aumentos salariais (superiores aos aumentos de produtividade); b) aumento do custo de matérias-primas (também chamado de “choque de oferta”, exemplo:

crises do petróleo, quebra de safra agrícola); c) presença de oligopólios e monopólios.

METAS DE INFLAÇÃO Desde 1999, o Banco Central trabalha com uma meta de inflação (IPCA) a ser alcançada no ano, com uma margem de tolerância de 2% acima ou abaixo do centro da meta. Nesse caso, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, a cada 45 dias, se reúne e, de acordo com os níveis de inflação, altera ou não a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) buscando atingir a meta. .

Page 41: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

41

CA PÍT U L O 11CA PÍT U L O 11CA PÍT U L O 11CA PÍT U L O 11 D E T E R M IN A ÇÃ O D A R E N D A E D O PR O D U TOD E T E R M IN A ÇÃ O D A R E N D A E D O PR O D U TOD E T E R M IN A ÇÃ O D A R E N D A E D O PR O D U TOD E T E R M IN A ÇÃ O D A R E N D A E D O PR O D U TO N A CIO N A L : O L A D O M O N E T Á R ION A CIO N A L : O L A D O M O N E T Á R ION A CIO N A L : O L A D O M O N E T Á R ION A CIO N A L : O L A D O M O N E T Á R IO CONCEITO DE MOEDA

Moeda é um instrumento ou objeto que é aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas.

A moeda tem “curso forçado” (sua aceitação é garantida por lei)

EVOLUÇÃO DA MOEDA • Era da troca de mercadoria (escambo) • Era da moeda mercadoria • Era da moeda metálica • Era da moeda papel • Era do papel-moeda conversível em ouro (padrão-ouro) • Era da moeda fiduciária (fidúcia = confiança) FUNÇÕES DA MOEDA • Meio ou instrumento de troca • Denominador comum monetário (unidade de medida) • Reserva de valor CONCEITO DE OFERTA DE MOEDA A oferta de moeda é sinônimo de meios de pagamento, que é o total de moeda à disposição do setor

privado não-bancário, de liquidez6 imediata.

M = PP + DV M = meios de pagamento7 PP = moeda em poder do público DV = depósitos à vista (dinheiro em conta corrente) 6 Liquidez é a capacidade que um ativo tem de ser prontamente disponível e aceito para as mais diversas transações. 7 Além desses meios de pagamentos (também chamados de M1), temos as quase-moedas (ativos de alta liquidez – embora não tão imediata – e que rendem juros, como os títulos públicos, as cadernetas de poupança etc).

Page 42: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

42

OFERTA DE MOEDA A moeda pode ser ofertada pelas autoridades monetárias (Banco Central) e pelos bancos comerciais (têm correntistas).. OFERTA DE MOEDA PELOS BANCOS COMERCIAIS Os bancos comerciais podem aumentar a oferta monetária através da multiplicação dos depósitos à vista. EXEMPLO DE MULTIPLICADOR MONETÁRIO8 •Suponhamos que: a) a emissão primária de moeda pelo Banco Central seja de $ 100.000, sendo essa quantia entregue ao público; b) as pessoas depositarão todo o dinheiro nos bancos comerciais (por simplificação, estamos supondo que não há moeda em poder do público); c) os bancos precisam manter em reservas, 40% dos depósitos; d) os bancos irão reter apenas o necessário para cobrir as reservas e emprestarão os recursos remanescentes.

Banco

Depósitos à vista Reserva dos bancos comerciais

(40% dos depósitos à vista) Empréstimos

A 100.000 40.000 60.000 B 60.000 24.000 36.000 C 36.000 14.400 21.600 D 21.000 8.640 12.960 E 12.960 5.184 7.776

Demais bancos 19.440 7.776 11.664 Total 250.000 100.000 150.000

oferta inicial (moeda manual)

$ 100.000

oferta total (depósitos à vista)

$ 250.000

De um total inicial de $ 100.000,00, os bancos multiplicaram a quantidade de moeda em 2,5 vezes OFERTA DE MOEDA PELO BANCO CENTRAL

O Banco Central oferta moeda através dos instrumentos de política monetária (emissões, depósitos compulsórios, open market, redesconto, determinação da taxa básica de juros - taxa Selic – e

regulamentação da moeda e do crédito)

8 Esse multiplicador monetário não leva em consideração o efeito da retenção da moeda em poder do público. Quanto mais o público (pessoas físicas e empresas não-financeiras) retém moeda, menos deposita nos bancos, menor a multiplicação monetária. Nesse sentido, o que se utiliza é o multiplicador da base monetária, que é a soma da moeda em poder do público e das reservas bancárias (compulsórias, técnicas e voluntárias) – excluindo apenas a moeda que permaneceu no Bacen.

Page 43: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

43

POLÍTICA MONETÁRIA Decisões de governo que referem ao controle da quantidade de dinheiro em circulação. A política monetária pode ser restritiva ou expansiva.

- política monetária restritiva: conjunto de medidas que tende a reduzir o crescimento da quantidade de dinheiro e a encarecer os empréstimos.

É utilizada com o objetivo de controlar a inflação.

- política monetária expansiva: conjunto de medidas que tende a acelerar o crescimento da quantidade de dinheiro e a baratear os empréstimos.

É utilizada com o objetivo de aumentar a produção e o emprego. INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA

• Emissões (criação de dinheiro); • Reservas compulsórias9 (percentual sobre os depósitos à vista e a prazo que os bancos

comerciais são obrigados a depositar no Bacen); • Open market (compra e venda de títulos10 públicos) • Redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais); • Determinação da taxa básica de juros (taxa Selic11). • Regulamentação da moeda e do crédito

FUNÇÕES DO BANCO CENTRAL • Banco emissor; • Banco dos bancos; • Controle e regulamentação da oferta de moeda; • Controle dos capitais estrangeiros e das operações com moeda estrangeira; • Fiscalização das instituições financeiras. O PAPEL DA TAXA DE JUROS

o PARA AS EMPRESAS: Afeta as decisões quanto à compra de máquinas, equipamentos, aumentos ou diminuições de estoques, de matérias-primas ou de bens finais e de montantes de capital de giro.

São afetados não só pelos níveis atuais de juros, quanto pelas expectativas dos níveis futuros de taxas de juros. Se, por exemplo, as expectativas quanto à trajetória da taxa de juros for pessimista:

• Deverão manter níveis baixos de estoques e mesmo de capital de giro, uma vez que o custo de manutenção desses ativos poderá ser extremamente oneroso no futuro.

• Inviabilizará muitos projetos de investimentos em bens de capitais e os empresários optarão por aplicar seus recursos no mercado financeiro.

o PARA OS CONSUMIDORES:

Afeta as decisões de compra dos consumidores. Se, por exemplo, as taxas de juros aumentam:

• Inibe o consumo, particularmente de bens de consumo duráveis, pois aumentam os custos do financiamento e estimulam a preferência por aplicações financeiras em detrimento do consumo, com o objetivo de obter receitas financeiras.

o PARA OS MERCADOS FINANCEIROS INTERNACIONAIS:

Se, por exemplo, tudo o mais constante, a taxa de juros no Brasil se tornar relativamente mais elevada do que a taxa praticada nos EUA, haverá maior demanda por crédito externo comparativamente à situação anterior.

9 Além dessas reservas compulsórias, os bancos mantém as reservas técnicas e as reservas voluntárias. 10 Título é um certificado de endividamento que especifica as obrigações do tomador do empréstimo para com o detentor do título (tem uma data de vencimento e a taxa de juros a ser paga). 11 SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia).

Page 44: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

44

TAXA SELIC

Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) foi criado, em 1979, pelo Banco Central e pela Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) com o objetivo de tornar mais transparente e segura a negociação de títulos públicos. O Selic é um sistema eletrônico que permite a atualização diária das posições das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas bancárias. Hoje, Selic identifica também a taxa de juros que reflete a média de remuneração dos títulos federais negociados com os bancos.

Juro básico A Selic é considerada a taxa básica porque é usada em operações entre bancos e, por isso, tem influencia sobre os juros de toda a economia. No dia 4 de março de 1999, o Banco Central extinguiu o sistema de bandas de juros, criado em 1996. O governo passou a usar apenas uma taxa para sinalizar os juros de toda a economia. Criou então a chamada taxa referencial Selic. A Selic é uma espécie de teto para os juros pagos pelos bancos nos depósitos a prazo. A partir dela, os bancos também definem quanto cobram em empréstimos a empresas e pessoas físicas. A meta da taxa Selic é definida em reuniões, a cada 45 dias, do Copom (Comitê de Política Monetária), um colegiado formado por diretores do BC (com direito a voto), assessores e chefes de departamento da instituição. Na década de 70, a custódia dos títulos públicos no Brasil ainda era feita por processo manual, o que incluía desde o arquivamento por instituição até a movimentação física nos cofres dos bancos, com grande risco de fraude e de extravio dos papéis. Com o Selic, títulos e cheques foram substituídos por simples registros eletrônicos, gerando ganhos em eficiência e agilidade, já que as operações são fechadas no mesmo dia em que se realizam. Além disso, o sistema passou a garantir que, em caso de inadimplência de qualquer das partes, a operação não se concretiza. Hoje, esse sistema movimenta diariamente mais de R$ 100 bilhões.

• Viés de baixa – Bacen pode reduzir a taxa Selic antes mesmo de ocorrer a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária)

• Viés de alta – Bacen pode aumentar a taxa Selic antes mesmo de ocorrer a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária)

• Sem Viés – Bacen não alterará a taxa Selic antes da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária)

Page 45: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

45

- COMO UMA QUEDA NA TAXA DE JUROS (SELIC) PODE AFET AR O DIA-A-DIA ( o contrário vale para um aumento na taxa)

CORTE NA SELIC Quando vê que as condições macroeconômicas – principalmente de controle da inflação – são favoráveis a isso, o Copom determina corte na taxa de juros.

OTIMISMO Na maioria das vezes, essa atitude leva otimismo a vários setores econômicos que se sentem estimulados a investir.

JUROS MENORES Como a taxa Selic baliza as operações bancárias, um corte nela tende a reduzir as taxas que os bancos e financeiras cobram para emprestar dinheiro. CREDIÁRIO ACESSÍVEL O crediário fica mais acessível, estimulando o consumo. Assim, o consumidor pode parcelar compras maiores pagando menos por isso.

MAIS VENDAS O aumento do consumo via crediário melhora a situação das indústrias e das lojas, que vendem mais. MAIS INVESTIMENTO Ao vender mais, as indústrias precisam investir. E ainda o investimento sai mais barato com os juros mais baixos. MENOS EMPREGO Melhora nas vendas pode levar as indústrias e as lojas a contratar novos funcionários para atender a demanda crescente. MAIS CONSUMO Em havendo novas contratações, o consumo em geral tende a aumentar, pois pessoas que antes estavam desempregadas voltam a gastar, melhorando ainda mais as vendas.

Page 46: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

46

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Conjunto de intermediários financeiros (instituições financeiras) que são responsáveis por transferir recursos de

poupadores (agentes superavitários) para tomadores de empréstimos (agentes deficitários). Subsistema Normativo:

- Conselho Monetário Nacional (CMN) - É formado pelo Presidente da República, Ministros e presidentes de estatais - Formula a política monetária e cambial

- Banco Central (Bacen) - Executa a política monetária e cambial - Fiscaliza as instituições financeiras

- Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - Fiscaliza o mercado de capitais

• Subsistema Operativo (principais intermediários financeiros)

- Bancos Comerciais: concentra-se em operações de curto e médio prazo (empréstimos para capital de giro e desconto de duplicata) e recebem depósitos à vista.

- Bancos de Investimentos: concentra-se em operações de médio e longo prazo. Faz também o lançamento de ações12 no mercado (underwriting)

- Sociedades Corretoras: operam com exclusividade na bolsa de valores - Bolsa de Valores: local onde são negociadas as ações - Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras): financiam a

aquisição de bens duráveis - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): tem por finalidade

prover a economia com recursos de longo prazo. Crise bancária: como os bancos são ilíquidos por natureza, ocorrerá problema se os agentes econômicos resolverem sacar suas reservas ao mesmo tempo. Quebrando uma instituição, o problema pode tornar-se sistêmico (efeito dominó).

12 Ação é um documento que indica ser seu possuidor o proprietário de certa fração de determinada empresa.

Page 47: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

47

CA PÍTU L O 12CA PÍTU L O 12CA PÍTU L O 12CA PÍTU L O 12 SE TO R E X TE R N OSE TO R E X TE R N OSE TO R E X TE R N OSE TO R E X TE R N O CONCEITO DE TAXA DE CÂMBIO

- relação de troca entre duas moedas

- preço da moeda estrangeira em termos da moeda nacional

- medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países (divisas) EXEMPLO: COTAÇÕES DAS TAXAS DE CÂMBIO - ( 11/08/2006 ) - (Dólar norte-americanos/USD) – (Real- Brasil/R$) US$ 1,00 = R$ 2,1670 - (Iene-Japão/JPY) - (Real-Brasil/R$) JPY 1,00 = R$ 0,018575 - (Euro-Com. Européia/EUR) - (Real-Brasil/R$) EUR 1,00 = R$ 2,7560 MERCADO CAMBIAL - Oferta de Divisas (exemplo, os ofertantes de dólares no Brasil): exportações; entrada de investimentos estrangeiros; turistas estrangeiros que visitam o país; empresas que tomam empréstimos no exterior; envio de recursos obtidos no exterior para familiares no país (transferências unilaterais) - Demanda de Divisas (exemplo, os demandantes de dólares no Brasil): importações; saída de investimentos estrangeiros; turistas em visitas ao exterior; empresas estrangeiras instaladas no país que remetem os lucros para a matriz; pagamento de dívidas das empresas no exterior. REGIMES CAMBIAIS - Taxas Fixas de Câmbio: determinada institucionalmente pelas autoridades monetárias - Taxas Flexíveis ou Flutuantes de Câmbio: determinada através do mercado (demanda e oferta de divisas) (flutuação suja “dirty floating”= taxa de câmbio é determinada pelo mercado, mas

com eventuais intervenções do Governo)

Page 48: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

48

EXEMPLOS: TAXAS FIXAS DE CÂMBIO (Bacen fixa: US$ 1,00 = R$ 3,00) • Situação 1 Demanda de dólares > Oferta de dólares Escassez de dólares (Bacen entra vendendo dólares até US$ 1,00 = R$ 3,00) • Situação 2 Oferta de dólares > Demanda de dólares Excesso de dólares (Bacen entra comprando dólares até US$ 1,00 = R$ 3,00) EXEMPLOS: TAXAS FLEXÍVEIS OU FLUTUANTES DE CÂMBIO • Situação 1: US$ 1,00 = R$ 3,00 (cotação do dia anterior) Demanda de dólares > Oferta de dólares Escassez de dólares US$ 1,00 > R$ 3,00 (cotação no fim do dia) • Situação 2: US$ 1,00 = R$ 3,00 (cotação do dia anterior) Oferta de dólares > Demanda de dólares Excesso de dólares US$ 1,00 < R$ 3,00 (cotação no fim do dia) VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CÂMBIO FIXO E FLUTUANTE Câmbio Fixo Câmbio Flutuante

Características - Bacen fixa a taxa de câmbio. - Bacen é obrigado a manter reservas cambiais.

- O mercado (demanda e oferta de divisas) determina a taxa de câmbio. - Bacen não é obrigado a manter reservas cambiais.

Vantagens - Maior controle da inflação (custo das importações estáveis)

- Política monetária mais independente do câmbio. - Reservas cambiais mais protegidas de ataques especulativos.

Desvantagens - Reservas cambiais vulneráveis a ataques especulativos. - A política monetária (taxa de juros) fica dependente do volume de reservas cambiais.

- A taxa de câmbio fica muito dependente da volatilidade do mercado financeiro nacional e internacional. - Maior dificuldade de controle das pressões inflacionárias, devido às desvalorizações cambiais.

VALORIZAÇÃO CAMBIAL (ou queda na taxa de câmbio) Ex: US$ 1,00 = R$ 4,00 Þ US$ 1,00 = R$ 3,00

- a moeda nacional passa a valer mais em relação à moeda estrangeira.

- são necessários menos reais por moeda estrangeira

Page 49: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

49

- UMA VALORIZAÇÃO CAMBIAL ESTIMULA AS IMPORTAÇÕES

Taxa de câmbio Preço de um carro importado em dólares (US$)

Preço do mesmo carro em reais (R$)

US$ 1,00 = R$ 4,00 10.000,00 40.000,00 US$ 1,00 = R$ 3,00 10.000,00 30.000,00

- UMA VALORIZAÇÃO CAMBIAL DESESTIMULA AS EXPORTAÇÕES

Taxa de câmbio Produção em toneladas Receita em dólares (US$)

Receita em reais (R$)

US$ 1,00 = R$ 4,00 100 5.000,00 20.000,00 US$ 1,00 = R$ 3,00 100 5.000,00 15.000,00

DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL (ou aumento na taxa de câmbio) Ex: US$ 1,00 = R$ 3,00 Þ US$ 1,00 = R$ 4,00 - a moeda nacional passa a valer menos em relação à moeda estrangeira - são necessários mais reais por moeda estrangeira - AO CONTRÁRIO DE UMA VALORIZAÇÃO, UMA DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL ESTIMULA AS EXPORTAÇÕES E DESESTÍMULA AS IMPORTAÇÕES. -ÍNDICE BIG MAC EXEMPLO:

� Preço do Big Mac nos EUA = US$ 2,43 � Preço do Big Mac no BRA = R$ 2,95

Portanto, no Brasil: US$ 2,43 = R$ 2,95 Assim US$ 1,00 = R$ 1,21 (o quanto o dólar deveria valer no Brasil) Mas, na época, a taxa de câmbio vigente no Brasil era de US$ 1,00 = R$ 1,73

Poder de compra do real diminui em relação ao dólar, segundo índice "Big Mac" VINICIUS ALBUQUERQUE da Folha Online

(16/07/09)

O real se manteve mais forte em relação ao dólar em 2009, mas perdeu terreno na comparação com o ano passado --ao menos quando o objeto a ser adquirido é o sanduíche Big Mac, segundo o "Índice Big Mac", criado pela revista britânica "The Economist". Por aqui, o sanduíche custa US$ 4,02 (R$ 8,03), contra US$ 3,57 nos Estados Unidos.

O índice, criado em 1986 pela então editora da revista Pam Woodall, é baseado na teoria da Paridade do Poder de Compra (PPP, na sigla em inglês), que compara preços de produtos semelhantes nos diferentes países considerando uma mesma moeda. Assim, economistas da revista convertem para dólares os preços do sanduíche coletados em diferentes regiões. Então, calculam a relação entre o preço do Big Mac nos EUA e o seu valor em dólares em cada nação --o percentual resultante dá uma medida da relação entre as duas moedas.

Page 50: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

50

A paridade do Big Mac é a taxa de câmbio que faria os hambúrgueres custarem o mesmo nos EUA e em todos os países. Para que o preço do Big Mac fosse equivalente em termos de paridade de poder de compra, a moeda americana teria que estar avaliada em R$ 2,25; no ano passado, esse valor era de R$ 2,10. Em julho do ano passado, o real apresentava, pelo índice Big Mac, uma sobrevalorização de 33% em relação ao dólar. Neste ano, a sobrevalorização diminuiu, para 13%.

Em julho do ano passado, o preço do sanduíche (em dólares) no Brasil era de US$ 4,73 --ou R$ 7,50, considerado o câmbio de então. A cotação do dólar utilizada pela revista na elaboração do índice há um ano era de R$ 1,58, enquanto no índice divulgado hoje, o câmbio considerado é de R$ 2.

Assim, o índice mostra que o sanduíche continua mais caro no Brasil que nos EUA, mas a diferença é menos expressiva que há um ano. Ou seja: se um americano chegasse hoje a uma loja da rede no Brasil, pedisse um sanduíche e pagasse com o equivalente em reais ao valor do produto em seu país (R$ 7,14), teria de desembolsar mais R$ 0,89 para pagar a refeição.

No ano passado, no entanto, se o americano chegasse a uma loja do McDonald's no Brasil com R$ 5,64 (o equivalente a US$ 3,57 considerada a taxa de câmbio de então), teria de desembolsar mais R$ 1,86 para pagar o sanduíche.

BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP) Balanço de Pagamentos (BP): é o é o registro contábil de todas as transações econômicas realizadas entre os residentes do país com os residentes dos demais países, ou seja, entre um país e o resto do mundo em determinado período de tempo. Transações Correntes (TC): são aquelas que produzem fluxos de bens reais, ou seja, movimentação de bens de serviços. São subdivididas em Balança Comercial, Balanço de Serviços, Balanço de Rendas e Transferências Unilaterais.

TC = BC + BS +BR +TU BC = Balança Comercial:* registra o saldo das exportações e importações de mercadorias BS = Balanço de Serviços: registra o saldo do valor dos serviços prestados e recebidos pelos residentes de um país (transportes, viagens internacionais, serviços de seguros, serviços financeiros, serviços de computação, royalties e licenças, serviços governamentais etc.). BR = Balanço de Rendas: registra o saldo do valor das rendas recebidas e pagas pelos residentes de um país (salários, rendas de investimentos – juros, lucros e dividendos etc.). TU = Transferências Unilaterais: registram o saldo de todas as transações que não envolvem obrigações em contrapartida. São contabilizadas nesse grupo os donativos internacionais, transferências de imigrantes a seus familiares etc * BALANÇA COMERCIAL (BC) A Balança Comercial registra o saldo das exportações e importações de mercadorias. Importação: refere-se ao valor total de mercadorias que um país compra do resto do mundo. Exportação: refere-se ao valor total de mercadorias que um país vende ao resto do mundo.

- Um país apresenta superávit da balança comercial quando o valor das exportações são maiores do que as importações.

Page 51: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

51

Exemplo: Em janeiro de 2000, um determinado país exportou US$ 200 milhões e importou US$180 milhões. Nesse caso, apresentou um superávit da balança comercial de US$ 20 milhões.

- Um país apresenta déficit da balança comercial quando o valor das importações são maiores do que as exportações.

Exemplo: Em fevereiro de 2000, um determinado país importou US$ 200 milhões e exportou US$190 milhões. Nesse caso, apresentou um déficit da balança comercial de US$ 10 milhões. Movimentos de Capitais (MK): correspondem ao saldo de entradas e saídas voluntárias de moeda, créditos e títulos representativos de investimentos. Subdividem-se em Conta Capital e Financeira (CK), Erros e Omissões (EO) e Variação das Reservas (VR). MK = CK+ EO + VR Saldo do Balanço de Pagamentos (BP) = TC + CK+ EO

Estrutura do Balanço de Pagamentos (RESUMIDA) BALANÇA COMERCIAL (BC) Exportações Importações BALANÇO DE SERVIÇOS (BS) Viagens internacionais Transportes Seguros BALANÇO DE RENDAS (BR) Salários Rendas de investimentos (lucros, dividendos e juros) TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS (TU) SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTE (TC = BC +BS + BR + TU) CONTA CAPITAL E FINANCEIRA (CK = CC + CF) CONTA CAPITAL (CC) CONTA FINANCEIRA (CF) Investimento direto Empréstimos Financiamentos Capitais de curto prazo ERROS E OMISSÕES (EO) SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP = TC + CK + EO) VARIAÇÃO DE RESERVAS ( - BP) Ouro monetário Direitos Especiais de Saque (DES) Posições das Reservas no FMI BP > 0 superávit : as reservas aumentam BP < 0 déficit: as reservas diminuem ou o país faz um empréstimo de regularização junto ao FMI. Se isso não for possível, as obrigações vencidas são contabilizadas como atrasados.

Page 52: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

52

ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS NO BRASIL (EXEMPLO em US$ milhões) BALANÇA COMERCIAL (BC) – Superávit da BC = 20 Exportações + 100 Importações - 80 BALANÇO DE SERVIÇOS (BS) – Superávit do BS = 1 Viagens internacionais + 8 – 10 = - 2 Transportes + 4 – 2 = 2 Seguros 2 – 1 = 1 BALANÇO DE RENDAS (BR) – Déficit do BR = - 8 Salários + 6 – 4 = 2 Rendas de investimentos (lucros, dividendos e juros) = 14 – 24 = - 10 TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS (TU) = 2 – 1 = 1 SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTE (TC = BC +BS + BR + TU) 20 +1-8+1 = 14 Superávit em TC CONTA CAPITAL E FINANCEIRA (CK = CC + CF) Superávit da CK = 10 CONTA CAPITAL (CC) 2 – 1 = 1 CONTA FINANCEIRA (CF) – Saldo = 9 Investimento direto 4 – 1 = 3 Empréstimos 2 – 1 = 1 Financiamentos 3 – 2 = 1 Capitais de curto prazo 6 – 2 = 4 ERROS E OMISSÕES (EO) 0 SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP = TC + CK + EO) 14+ 10 + 0 = 24 Superávit do BP VARIAÇÃO DE RESERVAS ( - BP) Ouro monetário Direitos Especiais de Saque (DES) Posições das Reservas no FMI Um superávit do BP de US$ 24 milhões significa que entraram mais divisas do que saíram e suas reservas aumentaram nesse valor.

AJUSTES NO BALANÇO DE PAGAMENTOS No curto prazo, os déficits podem ser financiados pelas reservas internacionais ou empréstimos. No longo prazo, é necessário promover um ajuste recorrendo a uma das seguintes medidas: • Restrição às importações (tarifárias ou quantitativas) • Subsídios às exportações • Controle da saída de capitais • Aumento da taxa interna de juros (reduz o consumo e atrai capitais de curto prazo) • Redução do nível de atividade econômica (aumento de impostos e redução dos gastos

governamentais) • Desvalorização da taxa de câmbio

Page 53: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

53

CA PÍTU L O 14CA PÍTU L O 14CA PÍTU L O 14CA PÍTU L O 14 SE TO R PÚ B L ICOSE TO R PÚ B L ICOSE TO R PÚ B L ICOSE TO R PÚ B L ICO 13131313 O CRESCIMENTO DA PARTICIPACAO DO SETOR PÚBLICO NA ATIVIDADE ECONÔMICA Ao final do século XIX, verificou-se um intenso processo de formação de grandes monopólios, que passaram a limitar a oferta e aumentar preços. Assim, já no início do século XX passou-se a regular cada vez mais a atividade econômica, colocando em dúvida o papel da “mão invisível” de Adam Smith. Em 1929, ocorre a quebra da bolsa de valores de Nova York, com a posterior Grande Depressão dos anos 30, que reforçam ainda mais a necessidade de intervenção do Estado na economia. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS

• Imposto Direto Incide sobre a renda ou a riqueza. ou

• Imposto Indireto

Incide sobre o valor da mercadoria ou serviço.

• Impostos Regressivos Os segmentos sociais de menor poder aquisitivo pagam proporcionalmente mais. Exemplo: Indivíduos Renda Impostos pagos Impostos/Renda João 1.000,00 100,00 10% Pedro 3.000,00 150,00 5%

• Impostos Proporcionais ou Neutros Todos os segmentos sociais pagam na mesma proporção. (relação entre carga tributária e renda permanece constante) Exemplo: Indivíduos Renda Impostos pagos Impostos/Renda João 1.000,00 100,00 10% Pedro 3.000,00 300,00 10%

• Impostos Progressivos Os segmentos sociais de maior poder aquisitivo pagam proporcionalmente mais. Exemplo: Indivíduos Renda Impostos pagos Impostos/Renda João 1.000,00 100,00 10% Pedro 3.000,00 600,00 20%

13 O conteúdo do capítulo 15 já foi anteriormente desenvolvido (juntamente com outros capítulos).

Page 54: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

54

CARGA TRIBUTÁRIA

• Carga Tributária refere-se ao total de arrecadação do governo (impostos diretos e indiretos).

Países Carga Tributária (1999 - % do PIB) Brasil 31,0 Suécia 50,3 Estados Unidos 29,7 França 45,3 Japão 21,0 Alemanha 44,2 Argentina 14,4 Chile 20,0 México 18,3 Fonte: Conjuntura Econômica - EVOLUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL - % (Receita tributária/PIB) 1947 1995 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Carga tributária

14,00 28,47 32,48 33,84 35,86 36,00 36,00 38,00 34,23 34,46 35,8 33,8

Fonte: Conjuntura Econômiica.

• Em 2004, a carga tributária foi de R$ 648 bilhões • Carga Tributária (valores arrecadados pelo governo)

A cada dia do ano = R$ 1,776 bilhões A cada hora = R$ 74 milhões A cada minuto = R$ 1,23 milhões A cada segundo = R$ 20,5 mil

- PERCENTUAL DE IMPOSTOS NO BRASIL SOBRE O PREÇO FINAL (em %)-2005 Bens e Serviços Percentual de impostos Bens e Serviços Percentual de impostos Gasolina 53 Automóveis 44 Conta de Luz 46 Aparelhos de celular 41 Água mineral 45 Fruta 23 Fonte: Exame.

POLÍTICA FISCAL EXPANSIVA E RECESSIVA • Política fiscal: decisões de governo que se referem aos seus gastos e receitas.

- Política fiscal expansiva: ↓Impostos → ↑consumo

⇒ Produção e emprego↑

↑Gasto Público → ↑ Demanda agregada - Política fiscal recessiva

↑Impostos → ↓consumo ⇒ Produção e

emprego↓ ↓Gasto Público → ↓Demanda agregada

Page 55: Slides-Economia eTeoria Economica-RI-1°2011

Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected]

55

DÉFICIT/SUPERÁVIT PÚBLICO

Orçamento do = Receitas - Gastos Setor Público Públicas Públicos

Receitas > Gastos ⇒ Superávit Público Gastos > Receitas ⇒ Déficit Público Receitas = Gastos ⇒ Equilíbrio das Contas Públicas G= gastos do governo (excluindo-se os gastos com pagamento dos juros da dívida) T = arrecadação de tributos • Déficit Primário: G > T • Superávit Primário: T > G • Déficit Operacional: G + juros > T • Déficit Nominal: G + juros + correção monetária > T FORMAS DE FINANCIAMENTO • emissão de moeda (gera inflação) • venda de títulos da dívida pública (aumenta a divida pública) A SITUAÇÃO DO BRASIL (junho/2006) O governo economizou R$ 10,444 bilhões (resultado primário) Mas gastou R$ 17,435 bilhões (juros nominais) E que gerou um rombo nas contas R$ 6,991 bilhões (resultado nominal)

A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF)

• Importante instrumento de política fiscal implementado a partir de 1998.

• Objetivo: proporcionar o equilíbrio orçamentário do setor público.

• Estabelece: - Limite para as despesas com funcionalismo público (50% para a União e 60% para Estados e Municípios);

- Proibição de socorros financeiros entre União, Estados e Municípios; - Limite de despesas feitas pelos administradores financeiros em final de mandato;

- Limites de endividamento para União, Estados e Municípios, por meio do Senado.

• As administrações que não cumprirem a lei perdem o direito de repasse voluntário de verba da

União e os responsáveis podem sofrer sanções por crime de responsabilidade fiscal.