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    UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSEESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

    DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM MDICO- CIRURGICA

    ENFERMAGEM EM DOENAS INFECCIOSAS EPARSITRIAS

    SEMINRIO DE DIPACADEMICAS: ANA LUIZA AZEVEDO C. DA SILVA

    BARBARA DINIZ C. C. DA SILVAELIANE DA SILVA PEREIRA

    GISELLE VIANA MIRALHESNTHALIA HENRIQUE MARTINS

    NITERI

    2011

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    CRIPTOCOCOSE

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    INTRODUO

    Este fungo possui tropismo pelo sistemanervoso central, manifestando-se,normalmente, como meningite criptococcica,porm, outros tecidos podem ser afetados,

    sendo que a resposta tecidual varia muito.Nos indivduos que se encontramimunossuprimidos, geralmente h ocrescimento de massas de consistncia

    gelatinosa nos tecidos. Quando h uma graveimunossupresso, a infeco se espalha para apele, rgos parenquimatosos e ossos. J nosindivduos imunocompetentes ou com doena

    crnica, acontece uma reao granulomatosa.

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    REVISO DE LITERATURACaractersticas Clnicas e Epidemiolgicas:

    Micose profunda sistmica, que se apresenta,freqentemente, como uma meningite subaguda ou crnica.Pode haver comprometimento ocular, pulmonar, sseo e, asvezes, da prstata.

    Agente etiolgico:Cryptococcus neoformans.

    Modo de transmisso:

    No h transmisso homem a homem, nem de animais aohomem. A infeco por este agente se d, geralmente, pela viaaergena, atravs da inalao de esporos desse fungo.

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    Vetores:

    Reservatrio Fungo saprfita que vive no solo, em frutas secas e

    cereais e nas rvores; e isolado nos excrementos de aves,principalmente pombos.

    Perodo de incubao:

    Desconhecido. O comprometimento pulmonar pode anteceder,

    em anos, ao acometimento cerebral.Aspectos Epidemiolgicos:

    Doena cosmopolita, de ocorrncia espordica. Acometeadulto e duas vezes mais freqente no gnero masculino. A

    infeco pode ocorrer em animais (gatos, cavalos, vacas). Asuscetibilidade geral, mas parece que a raa humana tem umanotvel resistncia. A suscetibilidade aumenta com o usoprolongado de corticosteride, na vigncia de aids, Hodgkin e

    Sarcoidose.

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    Manifestao Clnicas:

    A criptococose a infeco que se manifesta com

    quadros clnicos dos mais variados. Em geral, o fungoatinge o organismo humano atravs do tratorespiratrio por inalao de partculas fngicas,podendo causar o aparecimento de massas tumoraisde aspecto mucide, ou leses sem aumento devolume, mas de consistncia de gelia. Essas lesestm sido vistas nas narinas, seios paranasais,pulmes, subcutis, encfalo e meninges, porm htambm casos de generalizao com leses em

    linfonodos, fgado e outros rgos.(PEREIRA; 2006)

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    Os seguintes sintomas podem ser encontrados: cefalia fortssima (continua ou intermitente),

    diplopia (viso dupla), diminuio da viso chegando at mesmo cegueira,

    nistagmo (movimentos oculares oscilatrios, rtmicos e repetitivos dosolhos, feitos involuntariamente),

    estrabismo,

    paralisias de nervos cranianos,

    hiporreflexia (diminuio da intensidade de um reflexo diante de umestmulo),

    sonolncia,

    vmitos, desorientao,

    afasia (distrbio de linguagem),

    e etc. (Giordano et al; 1939)

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    Diagnstico

    Diagnstico Laboratorial:

    O diagnstico clnico e a confirmao se

    faz com a evidenciao do criptococo atravsdo uso de tinta da China (nankin), que tornavisveis formas encapsuladas e em gemulao.

    Diagnstico Diferencial:Toxoplasmose, tuberculose,meningoencefalites, sfilis, sarcoidose,

    histoplasmose e linfomas.

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    Tratamento:A escolha da droga vai depender da forma clnica.

    Na Criptococose disseminada, o esquema teraputico deprimeira escolha e Anfotericina B, na dose de 1 mg/kg/dose,IV, no ultrapassar 50 mg/dia, durante 6 semanas, com todosos cuidados que envolvem o seu uso. Em caso de toxicidade a

    Anfotericina B, Desoxicolato, est indicado o uso daformulao lipdica, na dose de 3 a 5 mg/kg/dia. O Fluconazol tambm recomendado, na fase de consolidao, na dose de200 a 400 mg/dia, VO ou EV, por aproximadamente 6semanas, ou associado a Anfotericina B, at a negativao dasculturas.

    Nas formas exclusivamente pulmonares ou com sintomasleves, esta indicado o uso do Fluconazol, na dose de 200mg/dia, por 6 meses a 12 meses, ou Itraconazol, 200 mg/dia,

    durante 6 a 12 meses.

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    VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA

    Objetivos - Diagnosticar e tratar adequadamente todos os casos,devendo-se estar atento para o fato de que a criptococose,geralmente, no se manifesta em indivduo imunocompetente.

    Definio do Caso:

    De maneira geral, a incidncia geogrfica da criptococose noBrasil acompanha a distribuio dos casos de Aids. Assim, nasregies Sul e Sudeste est concentrado o maior nmero de casosdessa micose. C.neoformans a espcie predominante nessasregies, enquanto o Cryptococcus gattii est mais localizado noNordeste.

    Notificao:No doena de notificao compulsria. A investigao pode

    ser feita no sentido de se buscar sua associao imunodeficincia epara implantar as medidas de controle disponveis.

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    ASSISTNCIA DE

    ENFERMAGEM Dados a serem coletados no Histrico:Como esta o estado de imunidade do paciente, se possui alguma doena com

    AIDS ou fez transplante recentemente, se freqentou lugares com fezes deaves recentemente ou com condies precrias de higiene.

    Aspectos que devam ser atentados durante o ExameFsico:

    Deve-se atentar para: cefalia fortssima (continua ouintermitente), diplopia (viso dupla), diminuio da visochegando at mesmo cegueira, nistagmo (movimentosoculares oscilatrios, rtmicos e repetitivos dos olhos, feitosinvoluntariamente), estrabismo, paralisias de nervos

    cranianos, hiporreflexia (diminuio da intensidade de umreflexo diante de um estmulo), sonolncia, vmitos,desorientao, afasia (distrbio de linguagem), aparecimentode massas tumorais de aspecto mucide, ou leses semaumento de volume, mas de consistncia de gelia e etc.

    Comprometimento do SNC, principalmente nos casos dehipertenso intracraniana.

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    MEDIDAS DE CONTROLE, PREVENOE AES DE EDUCAO EM SADE

    A medida prevenvel conhecida umidificar os locais onde h enorme acmulode fezes de pombos, para evitar que o fungo se

    disperse por aerosol. No h necessidade denotificao e de isolamento dos doentes. Asmedidas de desinfeco de secreo e fmites

    devem ser as de uso hospitalar rotineiro.

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    Histoplasmose

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    INTRODUO

    A patologia a qual descreveremos a histoplasmose, foidescrita pela primeira vez no Panam, por Samuel Darling, quenecropsiou trs casos disseminados da doena entre os anos de1905 e 1906. No entanto, como produzia leses semelhantes s

    causadas pela leishmaniose visceral, foi classificadaerroneamente. Apenas no ano de 1934, este microrganismo foiidentificado corretamente.

    Hoje so reconhecidas duas variedades de Histoplasmacapsulatum: a variedade capsulatum e a variedade duboisii.

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    REVISO DE LITERATURAAgente etiolgico:

    Histoplasma capsulatum: a variedade capsulatum e avariedade duboisii. Estas duas possuem forma micelianaidnticas, no entanto, possuem forma leveduriforme distintas.

    O indivduo adquire esta infeco atravs da inalao doscondios que esto presentes no meio ambiente. Estasalcanam os alvolos pulmonares, levando a uma estimulaode resposta inflamatria por parte do hospedeiro, formada pormacrfagos e clulas mononucleares, que por sua vez, nopossuem capacidade de destruir o invasor.

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    Dentro do complexo macrofgico-linfide, ofungo ir multiplicar-se, alcanando

    linfonodos e, em seguida, a circulaosistmica, instalando-se em rgos e causandofocos inflamatrios.

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    Vetores:

    Histoplasma capsulatum cresce bem nos solos ricosem substncias orgnicas, com Ph cido e,

    especialmente, onde h dejees de aves de criao,morcegos ou pssaros agregados. O H. capsulatumcausa infeces naturais em vrias espcies animais,sendo mais freqente nos ces e morcegos. Esses

    ltimos podem ter leses intestinais, excretandofungos nas fezes e, por terem hbito de agregao,transmitem a.infeco colnia.

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    Perodo de incubao:

    varivel, mas geralmente de 1 a 3semanas

    Aspectos Clnicos e Laboratoriais:

    Manifestao Clnicas:

    A maioria das pessoas no tem efeitos aparentes da

    doena. A doena respiratria aguda caracterizada por sintomasrespiratrios, sensao geral de estado de doena, febre, dor nopeito e tosse seca.A doena crnica nos pulmes parece com tuberculose e podepiorar no curso de meses ou anos.

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    Histoplasmose Pulmonar Aguda

    Aproximadamente 90% dos pacientesso assintomticos. Os sintomas, quandopresentes, aparecem 3-14 dias aps aexposio e incluem febre, cefalia,adinamia, mialgia, dores abdominais ecalafrios.

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    Histoplasmose Pulmonar Crnica

    Esta forma mais comum empacientes com pneumOpatiassubjacentes, manifestando-se com

    tosse, perda ponderal, febre eadinamia. Tosse produtiva, hemoptisee dispnia severa podem estarpresentes nos pacientes comcavitaes. Ao exame fsico, podemser observados estertores crepitantesinespecficos e sibilos expiratrios.

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    Histoplasmose Disseminada

    Progressiva

    Ocorre principalmente em

    pacientes imunocomprometidos. Ossintomas variam de acordo com adurao da doena.

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    Diagnstico Laboratorial:

    clnico-epidemiolgico e laboratorial. Acultura o mtodo definitivo do diagnstico. Ofungo cresce em meio micolgico padro,geralmente requerendo de 2 a 6 semanas.Aspirado de medula ssea, sangue, escarro ematerial de leses podem ser cultivados.

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    A anlise histopatolgica detecta oH.capsulatum, principalmente nas coloraescom PAS e Grocott. As reaes sorolgicasempregadas para a determinao de anticorpos

    especficos so a imunodifuso em gel, a contra-imuno-eletroforese e a fixao de complemento.

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    A deteco do antgeno polissacardeo doH. capsulatum na urina ou soro porradioimunoensaio um mtodo rpido e

    sensvel para o diagnstico da histoplasmosedisseminada, em pacientesimunocomprometimentos, incluindo os

    pacientes com HIV.

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    Diagnstico Diferencial:

    As primo-infeces sintomticas devem serdiferenciadas de outras pneumopatias agudas;as formas pulmonares crnicas, da tuberculose

    e da aspergilose. As formas disseminadasagudas, da tuberculose miliar, leucoses elinfomas; as manifestaes cutneo-mucosas

    das formas disseminadas crnicas simulam osepiteliomas, a leishmaniose tegumentar, asfilis terciria, as leucoplasias e o lquen

    plano.

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    Tratamento:As primo-infeces sintomticas s se tratam

    com medidas de suporte ventilatrio nos casosmais graves, j que involuem espontaneamente.

    O tratamento especfico s indicado empacientes imunocomprometidos para se evitar aprogresso da doena. Nesses casos, aplica-seuma srie curta de anfotericina B, at completardose total de 500mg, ou cetoconazol, em dose de400mg/dia, por 6 meses, ou itraconazol100mg/dia, por igual perodo.

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    Nas formas pulmonares crnicas oudisseminadas crnicas, pode-se indicarderivados imidazlicos, com dose diria em

    prazo iguais aos citados anteriormente.Mediante falha teraputica com essesderivados, ou em casos associados

    tuberculose ativa, usa-se a anfotericina B, nadose de 0,7 a 0,8mg/kg, chegando dose total/dia de 35mg/kg.

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    Nas formas disseminadas agudas, estindicado o itraconazol, na dose de 200 a400mg/dia, por 12 meses, ou anfotencina B,

    com dose total de 40mg/kg. Nos casosasociados SIDA, aconselhvel profilaxiasecundria com 100mg/dia de itraconazol,

    durante um ano.

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    Vigilncia Epidemiolgica:

    Definio do Caso:

    A histoplasmose amplamentedistribuda no continente americano.

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    Notificao:

    No doena de notificao compulsrianacional.

    ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM

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    ASSISTNCIA DE ENFERMAGEMDados importantes de serem coletados no Histrico:

    Deve se buscar ocorrncia descrita de: febre, cefalia, adinamia,

    mialgia, dores abdominais, calafrios e rudos adventcios como sibilosestertores e crepitaes.

    Aspectos que devam ser atentados durante o ExameFsico:

    Ao exame fsico, as alteraes costumam ser mnimas.Cerca de 5-6% dos pacientes desenvolvem eritemamultiforme, artrite e eritema nodoso. A ausculta pulmonarpode revelar estertores ou sibilos (aproximadamente 10%

    dos pacientes apresentam derrame pleural). Manifestaesde pericardite podem ser observadas em at 5% dospacientes, tosse produtiva, perda de peso, febre baixa ehemoptise. Em alguns casos, detecta-sehepatoesplenomegalia. (isso pode entrar na parte dasalteraes encontradas ao exame fsico).

    P i

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    Prognostico

    Mais de 90% dos casos em pacientesimunocompetentes possuem prognsticofavorvel e metade das cavitaes pulmonares

    desaparece espontaneamente. Contudo,pacientes imunossuprimidos possuem um altondice de recorrncia e devem ser

    monitorizados periodicamente. Se no tratada,a histoplasmose disseminada progressiva poderesultar em morte em 2-24 meses.

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    MEDIDAS DE CONTROLE, PREVENO

    E AES DE EDUCAO EM SADE

    No h, at o momento, uma vacina para

    uso humano. Deve-se evitar exposiodesnecessria a fontes de infeco, no entanto,quando isto no for possvel, indicado o uso

    de mscaras protetoras e soluo de formol a3%, por ocasio de atividades de arar a terra.Impedir a exposio de indivduosimunocomprometidos.

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    Diagnstico e Intervenes

    Nutrio desequilibrada: Menos do que as necessidadescorporais caracterizados por falta de interesse na comidarelacionado a fatores biolgicos tendo como interveno aconfirmao das preferncias alimentares do paciente,encorajar a ingesto calrica adequada ao tipo de corpo e

    ao estilo de vida do paciente, pesar o paciente emintervalos adequados.

    Desobstruo ineficaz das vias areas caracterizado pordispneia, rudos adventcios respiratrios relacionado a

    infeco tendo como interveno a limpeza das secreesorais, nasais e traqueais, quando adequado, manterdesobstrudas as vias areas.

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    Diagnsticos e Intervenes

    Risco de infeco relacionado por imunossupresso tendo comointerveno o encorajamento da respirao e a tosse profundasquando adequado e promover ingesta nutricional adequada.

    Risco de desequilbrio na temperatura corporal relacionado adoena que afeta a regulao da temperatura tendo comointerveno a monitorizao da temperatura pelo menos a cada 2horas quando adequado, administrar medicao antipirtica,quando adequado, monitorar a diminuio do nvel deconscincia, administrar medicamentos para tratar a causa da

    febre quando adequado.

    Dor aguda caracterizada por relato verbal de dor relacionado aagentes lesivos (biolgicos), tendo como interveno o controleda dor e administrao de analgsicos conforme prescrio.