sessÃo especial para discutir o plano municipal de ... · esse plano foi feito a partir do projeto...

Praça Thomé de Souza, s/nº, Centro – Salvador – Bahia

CEP: 40.20-010 / Tel:. 3320-0100 / www.cms.ba.gov.br

1

SESSÃO ESPECIAL PARA DISCUTIR O PLANO

MUNICIPAL DE ESPORTES – SALVADOR, CIDADE DA COPA –

REALIZADA NA CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR NO DIA

26 DE MAIO DE 2014

SR. PRESIDENTE VEREADOR ARNANDO LESSA: -

Declaro aberta a Sessão Especial solicitada e aprovada por este

plenário e pelo vereador Everaldo Augusto para discutir o Plano

Municipal de Esportes.

Convido o vereador Everaldo Augusto para fazer parte

conosco aqui da Mesa. Convido o colega e Coordenador de

Esporte da Prefeitura, Téo Senna, para fazer parte da Mesa

conosco; Sra. Bethânia Biotto, do Instituto Esporte e Educação

Cidades da Copa, para fazer parte da Mesa; Ricardo Freitas,

Esporte Sustentável do Sistema S; Heitor Prates, CREF 13

Bahia/Sergipe; Sr. Eldelbrando, Central Única da Cidadania;

Gian Biglia, Associação das Federações de Esporte Amador do

Estado da Bahia; e Bruno de Barros, Entidade Promotora de

Eventos e Academia de Atividades Físicas da Bahia.

Composta a Mesa declaro aberta a Sessão Especial e

passo a palavra para Sra. Bethânia Biotto para que possa falar

por 10 minutos na tribuna desta Casa.



2

SR. VEREADOR EVERALDO AUGUSTO: - Sr. presidente,

uma questão de ordem técnica: é que a Bethânia irá usar o

serviço do data show. Já está tudo pronto aí?

SRA. BETHÂNIA BIOTTO: - Boa tarde. Cumprimento as

autoridades da Mesa aqui presentes, assim como cada vereador

e vereadora aqui presentes, e a comunidade relacionada ao

esporte de Salvador.

Estou aqui em nome do Instituto Esporte e Educação. É

uma organização social presidida pela ex-atleta de vôlei Ana

Moser e a gente tem caminhado durante o ano de 2013 e 2014

com uma proposta de discussão sobre o legado social da Copa

do Mundo. Para isso, o Instituto Esporte e Educação em

pareceria com a Rede Social pela Mudança da Rede de Esporte,

pela Mudança Social, Unicef e o Atletas pelo Brasil, ele propõe

nas 12 cidades sedes uma discussão sobre o legado social da

Copa. E a gente inicia aqui em Salvador esta discussão e

conclui hoje uma pequena etapa, que é só mais uma etapa que

vem dar um norte daquilo que a sociedade civil e o Poder

Público gostariam de receber como legado social para após a

Copa do Mundo ser realizada aqui na Cidade Sede de Salvador.

Então, foi construído um plano de esportes chamado do

plano de ação construindo o Sistema Municipal de Esportes e

Lazer em Salvador. Esse plano foi feito a partir do Projeto

Cidades da Copa, que faz parte do movimento pelo legado social

dos mega eventos e ele pretende contribuir com os esforços do



3

país, previsto no Plano Plurianual para a construção do legado

social da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

Com essas instituições, o Estudo Esporte e Educação, o

apoio da Remis, do Unicef, do Atletas pelo Brasil, com

patrocínio da BTG Pactual, da Votorantin, da Lei de Incentivo

ao Esporte, a gente leva para cada um dos municípios sedes,

cada uma das cidades sedes esse foco, esse olhar para discutir

o esporte.

Aqui, em Salvador, especificamente diferente de outros

municípios, a gente partiu de um projeto que já estava

inaugurado feito pela Degel, inicialmente, sobre o esporte em

debate, cujo objetivo era trazer para o cerne das principais

discussões em torno da cidade a força transformadora e real, a

importância do esporte para as mudanças que urgem aí serem

realizadas na capital da Bahia. O prefeito, em concordância com

isso, ele já demonstrou diversas iniciativas nesse sentido.

Então, esse, hoje, projeto que vai ser apresentado aqui,

ele parte do documento inicial feito pelo esporte em debate que

serviu e facilitou como base para essa elaboração desse plano

de ação que é construindo o Sistema Municipal de Esportes e

Lazer. E foi construído um Comitê do Legado Social da Copa de

Salvador. Aqui nesta Mesa tem alguns representantes desse

Comitê, que faz parte tanto entidades academias, faz parte

federações e o CREF e outras organizações que estão



4

relacionadas ao esporte, e começa aí uma discussão sobre o

esporte em Salvador e esse legado da Copa.

Então, esses representantes da sociedade civil e Poder

Público se reuniram nos meses de março, abril e maio de 2014

para construir esse plano de ação. Essa equipe estruturada foi

capaz de demonstrar a realidade do atual cenário e viabilizou

um conjunto de ações com a pretensão de, ao final dessa Copa

de futebol, estabelecer uma continuidade, um aprofundamento

no debate. Esse é o nosso principal foco: o debate. Pois, de fato,

o principal legado social do evento neste ano de 2014 é uma

abertura social que envolve não somente o Poder Público, mas

com a mesma importância a iniciativa privada e as federações e

as demais diversas manifestações populares organizadas e com

representatividade aqui, entidades de esportes. E aí, quando

todas essas entidades do setor público privado e social se

integram na direção dessa visão para desenvolver uma cidade

capaz de reter o positivo resultado do investimento no esporte

como uma poderosa tecnologia social transformadora, ela

trabalha, então, em cima de valores positivos e na melhoria

indelével da classificação dos índices de desenvolvimento social,

onde os investimentos e a ampla participação popular são

assegurados.

Hoje, a gente vem até aqui, à Câmara, trazer, pelo Comitê

do Legado Social, esse desejo, que esse Plano de Ação seja

avaliado pelo Executivo e que as ações aqui sugeridas, possam



5

ser realizadas, garantindo cada vez mais o direito dos cidadãos

ao esporte, ao lazer e à qualidade de vida.

E para isso, neste momento, a gente, principalmente não

esgota essa atividade em um único plano. A gente só ressalta

que esse plano é um papel provocador, que os objetivos e as

metas que serão apresentadas aqui neles elencados, todos,

foram fruto de um trabalho em equipe, já anteriormente citado,

como foi feito no começo, em cima do projeto Esporte em

Debate, e continuou nesse mês de março, abril e maio com uma

amplitude das discussões com outras entidades.

E a Copa do Mundo de Futebol nessa conjectura,

portanto, deixará como legado para a gente aqui além de um

amplo envolvimento de diferentes setores, que a gente não está

discutindo neste momento, mas sim uma abertura da discussão

a qual ficou evidente a postura democrática do Município de

Salvador por meio dos seus gestores públicos em colocar nessa

janela de oportunidade que o esporte está passando hoje, para

o foco de todos olharem para o esporte como um mecanismo de

transformação humanitária, a gente discutir que legado social

fica para o esporte.

Então, a gente tem o projeto nas 12 cidades sedes. Tem

dois objetivos grandiosos e audaciosos para poder dar um norte

para cada um dos planos. Esses objetivos são: contribuir para

a ampliação do número de praticantes de exercícios físicos em

Salvador, atividade física e esporte, até 2016, e colaborar para



6

garantir o acesso ao esporte educacional em todas as escolas

públicas e aos adolescentes daqui de Salvador até 2016.

Esse plano inicia com esses dois grandes objetivos e

agora, com cada um dos objetivos específicos discutidos nessas

sessões e encontros que foram feitos desde o Projeto Esporte em

Debate até essa possibilidade aberta com a discussão do Projeto

Cidades da Copa, a gente cria mais 5 objetivos específicos para

o município, para a Cidade do Salvador.

E agora, gostaria de chamar cada um dos representantes

para fazer a leitura daquilo que foi construído coletivamente.

Gostaria de chamar, inicialmente, Bruno, por favor, para iniciar

o primeiro objetivo e meta que foi construído.

SR. BRUNO BARROS: - Boa tarde a todos. Queria

cumprimentar a Mesa em nome do presidente vereador

Arnando Lessa, o diretor de esporte Téo Senna, a todos os

parceiros e colaborados do esporte.

O primeiro objetivo. Implementar o marco regulatório de

incentivo ao esporte e lazer no município, que tem como metas:

meta 1 - criar a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer;

efetivar o Conselho Municipal de Esporte e Lazer; indicar o

percentual mínimo de 1%, garantido por lei, para ser destinado

ao esporte e ao lazer; indicar a criação da Lei Municipal de

Incentivo ao Esporte e Lazer para financiar as ações e projetos

propostos por meio da parceria público-privada.



7

SR. PRESIDENTE VEREADOR ARNANDO LESSA: - O

próximo.

SR. GIAN BIGLIA: - Boa tarde a todos. Meu nome é Gian

Biglia, da Uniesporte, União das Federações Esportivas do

Estado da Bahia. Sr. presidente, Srs. vereadores, Téo e

parceiros da Mesa.

O plano de ação número dois é realizar um diagnóstico do

esporte e lazer no Município de Salvador. E sua principal meta é

a criação de um banco de informações online.

SR. PRESIDENTE VEREADOR ARNANDO LESSA: - O

próximo.

SR. ELDELBRANDO: - Boa tarde a todos,

cumprimentando essa plateia e a Mesa, e em nome do nosso

diretor Téo Senna eu cumprimento a todos.

O objetivo é estimular o acesso à prática esportiva e de

lazer.

As metas: desenvolver ações e projetos de esporte e lazer

em comunidades das 11 regionais. Desenvolver ações e projetos

nas 11 regionais da rede pública de ensino. Garantir aulas de

educação física com professores de educação física, conforme a

Lei 9696/98, que criou o sistema CONFEF/CREFIS, para 100%

das escolas de ensino fundamental e médio. Articular 50% dos

eventos de visibilidade internacional, nacional, educacional,

estadual e municipal potencializando a imagem da cidade como

sede de grandes eventos esportivos. Garantir a visibilidade em



8

100% das ações esportivas e de lazer por meio da articulação do

Poder Público, iniciativa privada e sociedade civil, desde que

seja organizada. Garantir a integração dos diversos setores

público, privado e social nas 11 regionais para facilitar a

realização dos eventos propostos no projeto.

Importante dizer que o grande legado passa, a partir de

agora, a ser nossa atitude em saber cobrar e pressionar os

vereadores, principalmente, para que possam apoiar projetos

esportivos.

SR. PRESIDENTE VEREADOR ARNANDO LESSA: - Antes

de passar a palavra ao próximo orador, gostaria de registrar a

presença nesta sessão dos Srs. vereadores Orlando Palhinha, 2º

secretário desta Casa; Toinho Carolino, Tiago Correia, Kiki

Bispo, Vânia Galvão, Alberto Braga, Hilton Coelho, Odiosvaldo

Vigas, Waldir Pires, Fabíola Mansur, Sílvio Humberto,

presidente da Comissão de Educação desta Casa, a quem

convido para fazer parte da Mesa, Arnando Lessa, aqui presido

e o vereador Everaldo Augusto, autor da presente Resolução.

Portanto, essa é uma sessão muito prestigiada. Este é um fato

digno de registro nesta Casa.

E presente também a vereadora Aladilce Souza.

Com a palavra o Sr. Heitor. Antes, vou passar a

Presidência dos trabalhos àquele que merece presidi-la, porque

foi o autor da Resolução da sessão, o vereador Everaldo



9

Augusto, enquanto o Sílvio Humberto assume a secretaria dos

trabalhos.

Agradeço a todos, muito obrigado.

SR. PRESIDENTE VEREADOR EVERALDO AUGUSTO: -

Nós agradecemos ao vereador Arnando Lessa por ter presidido a

sessão até este momento, o que vai contribuir, e muito, para

que nós alcancemos os objetivos aqui elencados.

Betânia, que aqui representa o Instituto Educação e

Esporte, está comunicando que uma cópia desse material será

distribuída a cada vereador.

Então, os vereadores receberão uma cópia para que

possam, depois, transformar cada cópia dessas em uma

ferramenta de trabalho.

Temos aqui o nosso vereador, Sílvio Humberto, que é

presidente da Comissão de Educação e Esporte e, daqui a

pouco, nós vamos registrar também a presença de várias

federações esportistas, gestores, atletas que estão participando

conosco hoje.

Vamos dar prosseguimento.

Nós vamos conduzir da seguinte forma: o Instituto

Educação e Esporte, através de suas diversas representações

aqui, vai fazer explanação, como já está ocorrendo. Depois o

nosso diretor de Esporte da Prefeitura, Téo Senna, vereador Téo

Senna, que muito honra esta Casa toda vez que aqui

comparece, vai, então, fazer a conclusão da exposição e, logo



10

após, nós abriremos para pessoas do plenário, aos vereadores,

alguns até já solicitaram a palavra.

Então, Heitor, que representa o CREF13, Conselho

Regional de Educação Física.

SR. HEITOR PRATES: – Como já dito, eu sou Heitor

Prates, representante do Conselho Regional de Educação Física

da Bahia e de Sergipe, presidindo, hoje, a Comissão de Ética

Profissional.

Inicialmente, eu saúdo os membros do Legislativo, o

nosso querido Téo Senna que aqui representa o Executivo, e aos

desportistas da Bahia.

Eu gostaria, inicialmente, de enfatizar a importância do

Projeto Esporte em Debate porque, na verdade, foi o pontapé

inicial, foi onde tudo começou, há muitos anos, e eu tive a

honra de participar, em muitos momentos, de tudo isso e, hoje,

mais uma vez, ele volta com uma roupagem um pouco

diferente, mas é o esporte em debate.

Tendo como objetivo criar e requalificar espaços

esportivos e de lazer e metas. Diagnosticar 100% dos espaços

desportivos e de lazer já existentes, construir e requalificar

100% dos espaços desportivos e de lazer conforme o PPA

considerando as especificações técnicas definidas pelo setor de

esporte e de lazer da Cidade do Salvador.



11

SR. PRESIDENTE VEREADOR EVERALDO AUGUSTO: –

Vamos pedir ao Sr. Ricardo Freitas para dar continuidade, por

favor.

SR. RICARDO FREITAS: – Boa tarde a todos. Exmo. Sr.

presidente da Mesa, nosso amigo e diretor, professor Téo Senna,

demais colegas desportistas, a quem cumprimento na pessoa do

professor, Almir Robson Chagas de Menezes, que está aqui

presente, do atletismo. Cumprimentar o esporte da 3ª idade que

também é um público que a gente está buscando trabalhar o

esporte de inclusão, através da Sra. Isaura que é presidente do

Grupo da 3ª Idade, também presente, e demais desportistas.

Bom, a nossa parte ficou da gente comentar sobre a

necessidade, exatamente, de ampliar a rede de discussão em

torno de toda essa tecnologia que foi debatida aqui, até este

momento.

Então, dentro da Diretoria Geral de Esporte e Lazer, na

Secretaria Municipal de Educação, fomentado pelo nosso colega

Téo Senna, as organizações tanto do 3º Setor como entidades

esportivas, como os demais desportistas, representantes até de

Associações Comunitárias representativas, que isso se faça

dentro de um calendário especificado e 100% desse calendário

seja cumprido a partir do momento em que a gente estabelecer

isso e, claro, sempre de comum acordo com todas as entidades

representadas.



12

Além disso, a gente vai buscar fortalecer mais as

parcerias envolvendo as demais entidades para que essas

parcerias aconteçam e o esporte possa chegar, realmente, ao

público beneficiado e promover aquilo que a gente pretende que

é a transformação social.

Pensando nessa forma de comunicar cada vez mais

eficiente, mas, principalmente efetiva, pois muitas vezes a

retórica é forte, mas o resultado deste impacto não é reticente,

então, a gente está buscando estabelecer um canal de

comunicação aberto com a comunidade, utilizando, inclusive,

as tecnologias possíveis.

Hoje, existem mais aparelhos celulares do que pessoas

habitando neste país, então, visando essa tecnologia, que a

gente possa criar canais de comunicação com a comunidade

para que ela possa se posicionar, dar sugestões, dar opinião,

uma espécie de ouvidoria, mas que de fato estas questões sejam

tratadas por um comitê específico e a população sinta o

resultado desses elementos na prática.

E, por fim, mas não menos importante, mas diria, talvez,

o mais importante de todos, é que o esporte esteja 100%

inserido nas escolas.

A gente precisa criar um ambiente esportivo favorável,

isso não é novidade neste país, não é novidade neste Estado,

assim como também não é novidade neste Município,

reconhecer que o esporte é uma das maneiras mais fácil, mais



13

barata e mais segura de promover educação com qualidade,

desenvolvimento sustentável e saúde de verdade.

Por isso que os grandes países começam a trabalhar seus

desportistas desde pequenininhos.

Então, aqui também nós temos essa missão de contribuir

para que 100% da rede municipal de ensino esteja, até 2016,

com a prática esportiva instalada em todas as suas unidades.

Muito obrigado.

SR. VEREADOR EVERALDO AUGUSTO: - Vamos solicitar

agora ao diretor de Esporte do Município de Salvador, vereador

Téo Senna, para fazer o uso da palavra e logo depois abriremos

para o plenário.

SR. TÉO SENNA: - Boa tarde a todos e a todas, eu queria

saudar a Mesa na pessoa do presidente, vereador Everaldo

Augusto, presidente da Comissão de Assuntos da Copa. Saudar

o vereador Sílvio Humberto, presidente da Comissão de

Educação, Esporte e Lazer, a quem eu saúdo também todos os

componentes desta Mesa e que fique bem claro nesta exposição

que Bruno Reis é presidente da Entidade Promotora de Eventos

e Atividades Físicas. Gian Biglia é presidente da Uniesportes,

que é a união das federações. Hidelbrando, que é representante

da Central Única de Cidadania Organização Governamental.

Heitor Prates, Cref- Bahia. Ricardo Freitas, Esporte Sustentável

e Sistema S. Bethânia, Instituto Esporte e Educação, e estas



14

pessoas junto com várias outras ajudaram a construir esse

plano através do projeto Cidade Sustentável.

O plano do Sistema Municipal de Esporte e Lazer.

Queria saudar os vereadores, agradeço a presença na

figura ilustre do nosso eterno senador, Waldir Pires, que eu

tenho a honra e a gratidão por tudo de que Waldir representa

na política nacional e na política soteropolitana. Saudar

principalmente estas mulheres guerreiras aí juntas, Aladilce

Souza, Vânia Galvão, Fabíola Mansur, com quem eu tive a grata

satisfação de participar aqui durante 12 anos de debate,

discussões, mas sempre de uma forma saudável, competente.

Saudar aqui cada segmento esportivo aqui representado,

me permitam não citar nome porque senão eu esqueceria

alguns, as federações, as ligas esportivas, os movimentos de

capoeira, todos que nesse momento fazem parte de um

momento histórico, Sr. presidente, um momento que é o divisor

de águas.

Hoje nós podemos dizer que com a participação e ajuda

do Instituto de Esporte e Educação que lança um projeto

Legado das Copas, que é para deixar um legado social da Copa

do Mundo e que passou pelas 12 cidades sedes e vem à Bahia,

a Salvador, construir esse projeto, e que pela grata surpresa de

Bethânia, que preside neste momento esse Instituto, nós aqui,

em Salvador, com essas entidades, já tínhamos feito, através do

Esporte em Debate, toda uma discussão que se tornou a



15

ferramenta para a construção desse projeto. Nós já tínhamos

feito isso, mas hoje, com a participação aqui na Câmara, que eu

acho fundamental a participação do vereador em todo

momento, que é quem constroi as políticas públicas necessárias

para o cidadão e as pessoas, é um marco, é um divisor de

águas.

Não quero dizer com isso que apenas com a elaboração

desse projeto nós vamos resolver o problema do esporte em

Salvador, estamos muito longe disso, mas hoje criamos

condições de discutir esse esporte e termos ainda ferramentas

de construção de um esporte melhor para todos. Só assim, a

partir deste momento, com a ajuda da Câmara de Vereadores,

com o prefeito ACM Neto, que tem buscado solução para o

esporte, é que juntos, com o governo do Estado, temos

propostas em conjunto, é que poderemos construir, na

eminência dessa Copa do Mundo que chega, vendo a vinda em

2016 dos Jogos Olímpicos, ter uma Salvador forte nessa

disputa do esporte. Não só o esporte de alto nível, mas o esporte

de bairro, os esportes daquelas comunidades carentes, que às

vezes, mesmo sem condições, conseguem, através de uma bola,

através de um apito, implantar um jogo para aquela criança tão

carente, com tanta dificuldade.

Essas, às vezes, precisam mais de apoio do que o de alto

nível, e é preciso mudar a situação da pirâmide. E a construção

desse momento do esporte nas escolas, do esporte de bairro se



16

passa na aplicação de uma política municipal, de um sistema

municipal de esporte e lazer que só pode ser efetivado com a

participação dos vereadores, com a participação de cada um de

vocês que contribuíram para a construção desse documento,

com a participação do Instituto Esporte e Educação, com a

chancela da Unicef, com o apoio da Lei de Incentivo ao Esporte,

vem viajando, é a terceira vez que vem à Cidade do Salvador e

que ajuda a construir esse sistema.

E nós, agora, precisamos colocar em prática, não de um

dia para o outro, não de uma forma que não possa conseguir,

mas de uma forma coerente, com o apoio de todos os segmentos

esportivos que estão aqui, com o apoio dos vereadores, com o

apoio do prefeito, com o apoio do governador nós podemos ter

uma cidade com equipamentos esportivos adequados, com a

política pública de esporte coerente com as necessidades de

nossa cidade, uma cidade turística, uma cidade que o apelo

esportivo é muito grande, mas que é preciso ter uma política

pública direcionada, é preciso trabalhar isso em cada momento

com a participação de vocês.

É por isso que eu fico muito contente com essa

participação maciça aqui não só dos vereadores, mas a

participação que vocês ouviram o nosso chamado, estão aqui

participando com a gente. E cada momento, de forma

democrática, de forma aberta, nós modificamos esse setor para

que possa oferecer a vocês esse plano, junto com o Instituto



17

Esporte e Educação. Nós trazemos para vocês um plano, essa

apresentação que está aqui hoje e que a gente fica muito

contente. Muito contente, que é apenas um começo, um começo

de uma discussão que é muito mais abrangente do que nós

pensamos e que é a solução, talvez, para o esporte em Salvador.

Muito obrigado.


Nós agradecemos as palavras do vereador Téo Senna, hoje,

diretor de Esportes da Prefeitura Municipal de Salvador.

Eu gostaria aqui, ao passar a palavra aos inscritos, vou

dar uma opinião. Solicitaram inscrição vereadores Palhinha,

Aladilce e Vânia.

Eu gostaria de fazer aqui alguns comentários breves

acerca do que nos traz aqui, porque desde quando o diretor Téo

Senna nos procurou para sugerir que a Câmara Municipal de

Salvador fosse espaço para conclusão, na verdade, até a

conclusão de uma etapa de trabalho que esse grupo vem

desenvolvendo já de algum tempo, eu não tive dúvida, e os

líderes dos vinte partidos que têm assento nesta Câmara

também não tiveram dúvida de que esse era o lugar e esta era a

hora de fazer um debate dessa natureza. E, com certeza, eu

acho que esse debate aqui evidencia algo que nos chama a

atenção, de que a Copa do Mundo é sim uma janela de

oportunidades, e esse debate está se impondo na Cidade do

Salvador, esse debate da necessidade de uma política pública



18

de esporte e de um sistema municipal de esporte. Está se

impondo na nossa cidade, porque é uma necessidade da vida da

cidade, mas, com certeza, se não fosse a Copa do Mundo, talvez

não viesse agora, nesse momento.

Então, esse é um legado que, às vezes, não é visível a olho

nu, mas que está presente aqui, no nosso dia a dia. Esse plano

apresentado, basta ver os objetivos, sem tecer maiores

comentários, mas basta ver os objetivos.

Objetivo 1: implementar o marco regulatório do incentivo

ao esporte e lazer no município. Ou seja, é dar ao município a

responsabilidade que ele tem, mas que é negada dia a dia. Não

só agora, como em todo esse momento passado, de que o

município tem sim, uma responsabilidade para com o esporte e

lazer da população. Porque esporte e lazer, como já foi dito aqui,

é qualidade de vida, é promoção da cidadania, é resgate da

nossa identidade.

Então, vamos ver aqui o objetivo número 2, que é realizar

um diagnóstico do esporte e lazer no Município de Salvador.

Está na nossa frente, mas está invisível para o Poder Público. É

necessário um estudo e o Ministério do Esporte pode contribuir

muito com isso e as entidades, as organizações, que mexem

com esporte, já tem tecnologia suficiente para isso, para fazer

um levantamento. Porque o esporte faz parte do nosso dia a dia,

está presente, passa na porta do Poder Público todo dia, mas é

invisível.



19

E é importante ter o diagnóstico para saber onde vai se

planejar a política pública, onde vai abrir as portas de acesso da

população à prática do esporte, onde é que nós vamos abrir as

comportas para o incentivo da cultura esportiva na nossa

cidade.

Assim como o objetivo número 3: estimular o acesso,

aliás, estimular a criação do Sistema Municipal de Esporte. É

necessário que as políticas públicas sejam desenvolvidas e

aplicadas dentro de um planejamento, porque senão fica a

situação que sempre esteve em Salvador, do esporte viver sob

extrema penúria.

Quando tem um gestor de esporte com sensibilidade e

compromisso, como é o caso aqui, do vereador Téo Senna, você

consegue alguma coisa, poucas coisas de acordo ao Orçamento.

Mas um Orçamento de 0,4% para o esporte é brincadeira, dá

entre 4 milhões por ano. Dá para fazer o que, incentivar que

tipo de atividade esportiva?

Então, aí fica o dirigente esportivo, o presidente da liga, o

presidente da federação, o responsável pelo baba ou alguma

coisa dessa natureza tendo que pedir favor a uma coisa que lhe

é de direito.

Eu acho que nós estamos no caminho certo, acho que

essa discussão veio em boa hora, agora, é aquela coisa que o

vereador Téo Senna falou: isso aqui não significa nada e não vai

adiantar nada se não houver o passo seguinte. O passo



20

seguinte quem vai dar somos nós, com a mobilização de todo

esse mundo esportivo. E existe momento melhor do que esse,

da Copa do Mundo, para a gente propor aqui, esse debate?

Gostaria, Téo, antes de passar a palavra aos oradores, de

registrar aqui a presença do presidente da Federação de Boxe

de Salvador, Joilson Santana, que está ali. Ontem, realizou um

vitorioso campeonato baiano de boxe. Está ali, Gilvan também,

do Nordeste de Amaralina, Aline, o pessoal do boxe aqui,

presente.

Foi atleta olímpico Joilson, e cada um que subia no

ringue ele dizia: “Esse aqui foi o campeonato baiano, esse aqui

foi brasileiro, esse aqui...”. Nós temos quatro atletas do boxe já

prontos, baianos, prontos para as Olimpíadas. Estão treinando

em São Paulo, na seleção, com a possibilidade de ir mais dois.

Imagine se déssemos um apoiozinho a esse cara? Iria matar a

pau!

Uma salva de palmas para o boxe.

Departamento de Esporte do Sindicato dos Bancários,

companheiro Marcos e mais alguns funcionários, funcionários

da Diretoria de Esporte também. Gilvan Bispo eu já falei, a

Federação de Atletismo, é outro batalhador; companheiro Oggie.

O atletismo baiano também faz bonito e as corridas de rua já se

tornaram parte do nosso dia a dia. É o ano todo, falta até data

no calendário para ele organizar. O presidente da Confederação



21

Brasileira de Surf, o Adalvo. Cadê o Adalvo? Está aí também,

olha ali. Muito bem, Adalvo, obrigado pela presença.

Estou vendo aqui, também, ciclistas, o Ary Gil, e mais um

grupo de ciclistas ali. O pessoal da capoeira, do atletismo, o

Marcos está ali. Enfim, vou passar a leitura dos demais

componentes presentes aqui, abrilhantando a sessão.

Como eu havia dito, solicitaram para falar o vereador

Palhinha, a vereadora Aladilce, vereadora Vânia. Quero saber se

existe mais alguém querendo fazer uso da palavra, para dividir

melhor o tempo aqui. Mantenham os braços levantados, que o

Tadeu Santana irá anotar os nomes aqui. Enquanto isso, o

tempo regulamentar de cinco minutos, acho que dá para cada

orador expor sua opinião.

Quero chamar aqui, como primeiro orador desta sessão, o

vereador Palhinha, também um batalhador do esporte, convive

com isso todo dia, todo final de semana lá no Subúrbio e em

outros lugares da cidade.

Palhinha, com você a palavra.

SR. VEREADOR ORLANDO PALHINHA: - Boa tarde a todos

e todas, saudar a Mesa na pessoa do nosso colega vereador

Everaldo Augusto, do vereador Silvio Humberto. E saudar a

Mesa na pessoa do nosso sempre vereador Téo Senna e demais

autoridades. Saudar vocês comunidades, saudar vocês

representantes de entidades, e dizer, Téo Senna, da importância

desse debate com relação ao legado que fica da Copa do Mundo.



22

Algumas vezes, eu subi a esta tribuna quando estava para

ser votada a Copa do Mundo na Bahia e me indignei, bati forte

nesta Mesa. A primeira cobrança que fiz foi: qual o legado que

os bairros periféricos de Salvador, qual o legado que o esporte

amador, qual o legado que a Copa traria e deixaria para nós?

Alguns colegas fanáticos por futebol disseram que eu, vereador

Palhinha, que sou desportista, estaria impedindo a Copa do

Mundo de vir para Bahia. Não, senhoras e senhores, não era

isso. O meu comentário não trazia qualquer impossibilidade da

Copa vir ou deixar de vir.

Simplesmente, eu estava cobrando do governo do Estado,

junto com o município, qual era o legado. E posso falar com

conhecimento de causa, pois muitos dos senhores me

conhecem da periferia, da sangria que é enquanto vereador, de

estar batendo na porta do prefeito e do secretário para telar

campo de futebol, para telar uma quadra, para dar apoio à

capoeira, para conseguir um ônibus para o karatê ou o boxe

disputar uma competição por aí afora. Conheço a sangria dos

senhores, porque constantemente sou procurado.

Enquanto vereador que estou aqui a três mandatos, para

honra e glória de Jesus, represento dentro de minha condição

os bairros periféricos, temos aqui relação de vários campos a

serem telados, que estão aqui desde 2008, salvo engano, foi o

último campo que consegui telar nesta cidade com o prefeito

anterior e que, inclusive, teve uma comissão de vereadores



23

querendo me atropelar, que Tilorinho, que está ali conhece, foi o

Campo do Carlitão, que esperou 50 anos para ser telado - a

pessoa morreu e não viu o campo telado. Mas, Glória a Deus,

precisou a periferia eleger um homem da periferia para levar

aquele legado. E aqui eu vejo a proposta do legado da Copa do

Mundo.

Quero dizer a vocês que me ouvem neste momento, que o

legado é importante, mas um legado de planejamento que até

agora Salvador não viu nenhum legado da Copa do Mundo.

A Fonte Nova é uma realidade, o estádio caiu,

parcialmente desabou e o governo do Estado e o governo federal

reconstruiu a Arena Fonte Nova. Eu gostaria também, que este

mesmo empenho para erguer a Fonte Nova, que é devido a nós,

cidadãos da cidade, que fosse erguido também um grande

hospital, porque a Saúde está sangrando em nosso país e a

Copa do Mundo deveria deixar esse legado; seria o maior legado

da Copa do Mundo. Eu estaria aqui hoje subindo e

parabenizando, se tivesse pelo menos a construção de um

grande hospital, como se empenhou os governos para construir,

inclusive, vária arenas em nosso país.

Então, quero parabenizar pelo planejamento, vereadora

Vânia, que está me escutando, que conhece a sangria da Saúde,

a senhora acompanha no dia a dia e sabe que não estou falando

nenhuma inverdade, é o que gente sente no dia a dia, e isso já

vem de governos em governos. Não estou aqui, para culpar A ou



24

B, estou aqui falando enquanto representante do povo, que

estou vendo o povo morrer à míngua na porta dos hospitais. E

eu te pergunto, nós temos aqui capoeira, boxe, jiu-jítsu, todos

minguando por um apoio.

E Téo Senna, volto a enfatizar a necessidade de Salvador,

junto com a vereadora Aladilce Souza, apresentei uma

indicação, esta cidade não pode simplesmente, ficar com um

diretor de esporte, não, nós necessitamos de uma Secretaria de

Esporte, sim. Os Jogos Olímpicos estão vindo aí. Já apresentei

indicação ao prefeito ACM Neto que conhece a causa, Téo Senna

está com um abacaxi na mão com dezenas de campos de

futebol caindo há muitos anos, quadras poliesportivas, o

esporte amador tem que ser valorizado, sim,

Na periferia, onde eu estou há mais de 32 anos, eu vejo

criança nascer e não passar de 12, 14 anos, estão sendo

assassinadas, porque só falta assinar carteira, minha gente,

para atrair os nossos jovens. E o esporte amador, eu entendo

que é inclusão social independente de bandeira partidária, e eu

não falo aqui como vereador do DEM, eu falo aqui como

vereador da Cidade do Salvador que estou.

Eu era um micro empresário na Suburbana, a

comunidade me projetou para ser político, e eu estou aqui há

12 anos fazendo o meu papel enquanto comerciante, também,

meti a mão no bolso para comprar bola, comprar colete, para



25

ajudar o karatê, a capoeira e nada mudou de lá para cá. Vocês

continuam com a cuia na mão.

Por isso, eu encerro as minhas palavras dizendo: Salvador

clama, vereador Téo Senna, por uma Secretaria de Esporte com

orçamento para que seja restabelecida a dignidade de vocês.

Muito obrigado.


Muito obrigado, vereador Palhinha. Vamos solicitar à vereadora

Aladilce de Souza, tempo regulamentar de 5 minutos.

SRA. VEREADORA ALADILCE DE SOUZA: – Quero saudar

esta Mesa na pessoa do vereador Everaldo Augusto, presidente

da Comissão Especial da Copa, saudar ao vereador Sílvio

Humberto, presidente da Comissão de Educação e Cultura

desta Câmara, o vereador Téo Senna, diretor de Esporte, que eu

gostaria que fosse secretário Municipal de Esporte, Téo.

Nós que brigamos tanto para que o prefeito João Henrique não

fechasse a secretaria, infelizmente, não contamos com o voto de

muita gente que hoje defende a Secretaria de Esporte. Muita

gente votou para fechar a secretaria e, hoje, está arrependido,

mas é isso, vamos adiante.

Eu quero saudar, Téo Senna, e saudando Téo Senna saúdo aqui

todos os técnicos que apresentaram esse plano de ação, me

perdoe não citá-los um a um, mas recebam o nosso

reconhecimento do trabalho que vocês vêm fazendo. Quero,

também, saudar, de maneira especial a cada um de vocês aqui



26

presente que acolheram esse chamado, que vieram, hoje, para

participar desse debate, para refletir conjuntamente, refletir,

aqui, na Câmara, que é a Casa do Povo, sobre os legados da

Copa e acho que esse plano de ação indica algumas coisas.

Alguém falou, aqui, que, eu acho que foi Betânia que disse que

o maior legado é a atitude. Realmente, é isso, o maior legado é a

atitude que pode ficar depois desse processo da Copa, aliás, a

atitude já está mudando em relação ao esporte, eu sempre tive

clareza disso.

Desde quando se começou a disputar que a Copa viesse

para o Brasil que nós, aqui, na Casa, vez por outra, temos

discutido. Ai se discute a passarela, a construção do estádio, se

discute, mas para mim sempre foi claro que o maior legado é o

que a gente pode acrescentar, o que a gente pode assimilar de

mudança de comportamento em relação ao esporte.

Então, a primeira coisa que eu queria colocar é que nós

estamos vendo na sociedade, no Brasil inteiro e fora do Brasil

um debate esquisito de dizer que não vai ter Copa, que não

queremos Copa, ou seja, querendo transformar a Copa numa

coisa ruim para o Brasil.

Eu acho que a gente precisa desmistificar isso, vereadora

Vânia. Não é à toa que foram vários países, o Brasil disputou

com Obama para trazer a Copa para cá, disputou com Obama,

o país mais poderoso do mundo. Nós vamos ter os olhos do



27

mundo inteiro voltados para o nosso país, um país que precisa

de um impulso para ir adiante.

Então, a Copa não é uma coisa ruim. A Copa não tem

contradição com saúde e educação. Nós queremos mais saúde,

mais educação e queremos a Copa, sim.

Queremos a Copa para que ela possa resultar em coisas

positivas. Vamos aproveitar a janela de oportunidades, e é uma

janela de oportunidades, os números estão aí mostrando.

Nós tivemos aqui uma sessão, na semana passada, Ney

Campelo e a área de truísmo estiveram aqui mostrando que, só

em termos de reais, a previsão que tem é de mais de 100

bilhões de reais injetados na economia, que nós já temos curso

de qualificação. Então, tem uma série de legados.

Não fosse a Copa, nós não teríamos investimentos de oito

bilhões de reais em mobilidade urbana, vereador Palhinha, e

vamos fazer o metrô chegar até Cajazeiras, vamos qualificar o

transporte do Subúrbio.

Com todos os debates, com todas as divergências, mas a

Copa está significando uma janela de oportunidades concreta e

real.

Trazendo para este nosso debate aqui, hoje, que eu acho

que é o mais importante, que é o fundamental porque trata do

ser humano, da gente incorporar o esporte como política

permanente. Ou seja, depois da Copa o que é que vem? Vêm aí

as Olimpíadas também.



28

Mas tem uma galera jovem que está precisando ser

amparada, que está precisando ser trazida para a política

pública, muitos destes jovens estão na periferia sendo ganhos,

de maneira errada, para o caminho do tráfego, da

criminalidade.

E o esporte tem a capacidade de disputar com este

caminho ruim, de trazer este jovem para cá, de incorporar e dar

um futuro.

O esporte tem a capacidade de ajudar a formar o caráter

do cidadão. A nos formar como ser humano, ensina a ganhar e

a perder. Ensina o sentido de coletividade, de trabalhar em

equipe. Ensina que a gente não pode ser individualista o tempo

todo, que a gente tem que conviver com o outro, saber ganhar,

saber perder. O esporte é fundamental para qualidade de vida e

saúde e nós temos aqui uma perspectiva, inclusive, de

atividades esportivas para a terceira idade.

Então, estas questões estão acima, inclusive, das siglas

partidárias.

E aqui eu quero, eu que já briguei tanto com Téo Senna,

no bom sentido, fomos adversários por muitos anos, mas

sempre neste ponto a gente convergia e continuamos

convergindo para construir uma política, um sistema municipal

de esporte e lazer para que a gente possa contribuir com o

desenvolvimento do nosso povo.



29

O esporte tem esta capacidade, vereador Everaldo, já vou

concluir, o gestor que não abri o olho para isso está perdendo

tempo.

Os países que são mais desenvolvidos valorizaram o

esporte. Nós temos aí os Estados Unidos que ganham

olimpíadas, que ganham competições. Temos Cuba que soube

valorizar o esporte.

Então, eu acho que nós temos exemplos de sobra no

mundo e o Brasil não pode ficar atrás. Um país desse tamanho,

com tanta gente, com o potencial que nós temos, veja que numa

sessão, rapidamente, você consegue mobilizar tanta gente que

vive no dia a dia sustentando e fazendo esportes.

Então, eu quero saudar a todas as federações,

confederações. Dizer que vocês têm aqui, nesta Casa, a bancada

do PCdoB como importantes aliados para gente construir.

Agora, finalizo dizendo que sem dinheiro a gente não vai

conseguir. Everaldo sinalizou ali, nós precisamos ampliar estes

recursos e o que nós vimos, neste ano na aprovação do

orçamento do município foi que nós não conseguimos dotar esta

área de esportes de recursos suficientes para fazer frente às

competições que a gente precisa, ao trabalho de construção de

quadras e de outras coisas, outras atividades que a gente sabe.

É preciso fomentar, dar apoio aos atletas individuais que

continuam ainda com a cuia na mão pedindo, de gabinete em

gabinete, uma passagem, o dinheiro da inscrição.



30

Então, a política de esporte tem que ser valorizada da

mesma forma que a educação e que a saúde, ter o mesmo

status. No dia em que nós conseguirmos isso vamos ter o

esporte realmente incorporado como um grande legado que

merece.

Vereador Everaldo, quero comunicar a este plenário que

dei entrada num projeto de criação do Dia Municipal do

Atletismo, 24 de julho, e eu espero que esta Casa possa votar

para a gente dar esse presente também como legado a essa

área.

Obrigada.

SR. PRESIDENTE VEREADOR EVERALDO AUGUSTO: –A

presença aqui do nosso amigo Francisco Neto que é da

Associação de Árbitros do Estado da Bahia.

Companheiros e companheiras, é o seguinte: nós temos

uma relação de 13 oradores, então, para a gente concluir esta

sessão ainda com o plenário bastante representativo, nós vamos

fazer o seguinte, vamos pedir que as pessoas façam as suas

saudações nos três minutos, se alguém achar que não, que não

tem tempo, alguma coisa assim, pode passar por escrito que o

pessoal aqui do Instituto de Educação e Esporte vai incorporar

as contribuições, vai analisar e, eventualmente, pode

contemplar.

Nós vamos fazer da seguinte forma, depois da vereadora

Vânia nós vamos intercalar pessoas do plenário e os vereadores



31

que solicitaram para termos um critério mais democrático e

para o plenário fazer uso da palavra,

Então, a vereadora Vânia e depois o nosso companheiro

Chico, que é da Prefeitura, Bairro de São Caetano.

Então eu vou, em três minutos, apertar o apitozinho para

as pessoas concluírem.

Vereadora Vânia, é com a senhora.

SRA. VEREADORA VÂNIA GALVÃO: – Boa tarde,

companheiros e companheiras, eu queria saudar a Mesa na

pessoa do presidente desta sessão, vereador Everaldo Augusto.

Saudar o nosso amigo, sempre vereador, atual coordenador que

poderia ser o secretário de esportes do Município de Salvador,

viu Téo Senna? Você sabe o quanto nós lutamos aqui contra a

proposta do prefeito, João Henrique, que transformou a

secretaria de esportes que existia em uma coordenação.

Quanto nós lutamos para que isso não acontecesse, mas,

infelizmente, a maioria esmagadora daqui, desta Casa,

atendendo a orientação da Prefeitura, acabou com a secretaria e

a transformou em uma coordenação.

Mas você, Téo Senna, poderia ser hoje o nosso secretário

de esporte.

De forma, meus amigos e minhas amigas, que concordo

inteiramente com a proposta de criação da secretaria. Da

reativação do Conselho Municipal de Esportes.



32

A gente vê o trabalho que é realizado por diversas

entidades, diversas associações: associação de moradores,

clubes esportivos existentes nos mais diversos bairros da nossa

cidade, grupos e mais grupos esportivos de caratê, que tem aqui

um grupo representado.

Quantos não batem nas nossas portas querendo ajuda

para a realização de um campeonato, para uma viagem, para

participar de um campeonato fora do Estado - até mesmo

dentro do Estado - para ajudar na premiação de diversos

grupos. Quantos e quantos e quantos?

Isso se dá, vereadores, companheiros e companheiras,

pela inexistência de uma política pública para apoiar os

esportes em nossa cidade.

E isso é fato, eu estou colocando aqui algo que é real.

Quando eu vejo aqui a presença de Dal, presidente do Esporte

Clube de Periperi, gente, aquilo ali é de dar dó, de dar pena. Um

espaço daquele, uma área daquela completamente abandonada.

Que a Prefeitura poderia assumir aquele espaço e não deixar

ser vendido, leiloado, comprado por uma grande rede de

supermercado.

Uma área que poderia ser considerada como modelo para

a prática esportiva em uma região tão carente quanto é a região

do Subúrbio.

Então, eu só quero, minha amiga, aqui, parabenizar por

esta proposta que vocês apresentam e tenham a certeza que



33

terão o nosso apoio, podem contar conosco para que esta Casa

aprove e para que o município implemente.

E este é o legado importante da Copa, como bem disse

aqui a vereadora Aladilce, a questão dos hospitais, são

essenciais e necessários, e eu só lamento que o Município de

Salvador seja a única capital deste país que não tem um

hospital municipal, mas o governo do Estado construiu 5

grandes hospitais e aqui, na nossa cidade, o Hospital do

Subúrbio foi o último que ele construiu, e está saindo agora o

hospital Geral 2, mas o Município de Salvador infelizmente não

se preocupou com isso.

Então, essa é uma realidade que nós não podemos

escamotear. Nós temos que reconhecer e batalhar,

independente, como disse o vereador Palhinha, de qualquer

matriz política, ideológica e partidária, nós temos que estar

todos unidos em defesa de uma política pública para o esporte

aqui, na nossa cidade.

A vereadora Aladilce citou aqui uma coisa extremamente

importante, e aí quando vocês falam, vereador Everaldo, quando

falam no Conselho Municipal, eu tive a oportunidade, inclusive,

de participar de algumas discussões, de alguns debates, é

fundamental a existência deste Conselho com a participação de

entidades esportivas que iriam eleger quem deve estar lá

representando, com a participação da iniciativa privada, que



34

tem que fazer a sua parte nesse processo, ajudando,

financiando as diversas ligas esportivas, os diversos grupos.

A iniciativa privada não pode ficar... E aí, a Prefeitura tem

um papel fundamental como mediadora desse processo para

eleger de fato aquelas entidades que fazem esse trabalho, e que

fazem um trabalho sério. Temos que entender a dimensão social

desse trabalho que é desenvolvido principalmente nos bairros

populares desta cidade. Então, a iniciativa privada tem que ser

chamada, e não é ser chamada por Vânia, por um grupo que

tenha ou não mais prestígio junto a uma grande empresa, mas

é a Prefeitura Municipal que tem que mediar esse processo e

colocar a iniciativa privada no jogo. Ela tem que estar presente,

participando, financiando e apoiando as diversas atividades e

ações esportivas aqui do nosso município.

Só para me reportar à Copa, nós temos que, de fato, como

disse, queria fazer minhas aqui as palavras da vereadora

Aladilce. O que está sendo gasto com a Copa do Mundo é uma

parcela mínima dos investimentos do governo, somados os do

governo federal, do governo municipal e do governo estadual

com a educação, em torno de 280 bilhões de reais, é o que se

gasta na educação, envolvendo os três, os governos federal,

estadual e municipal.

O investimento com a Copa, envolvendo tudo isso,

representa apenas 9% do que se investe hoje em educação.

Estou me referindo apenas à educação. Então, nós temos que



35

aproveitar esse grande evento, participar efetivamente da Copa

e ver exatamente esse legado e essa discussão que nós estamos

tendo aqui, e esse projeto, que ele se torne, de fato, realidade. É

o que nós desejamos, Sr. presidente.

Desculpe-me pela ênfase nas minhas colocações e

palavras, mas não poderia deixar de encerrar deixando um

grande abraço para essa figura que vive o esporte, aqui, na

nossa cidade, que se chama Téo Senna, secretário Téo Senna. E

vamos, de imediato, pensar na criação urgente da secretaria de

esporte do nosso município.

Muito obrigada.


Vamos chamar agora o nosso companheiro Chico, que é da

Prefeitura Bairro de São Caetano; e logo depois, a vereadora

Fabíola Mansur.

SR. CHICO: - Boa tarde a todos e todas. Quero

parabenizar todos que estão compondo a Mesa, na pessoa de

Bethânia, que está abrilhantando mais a Mesa.

Quero dizer para vocês que não sou da Prefeitura Bairro,

sou presidente do Conselho da Prefeitura Bairro, não é cargo de

indicação, foi cargo eletivo. Fui votado pelas lideranças da

região, entre a Prefeitura São Caetano e Liberdade , onde nós

conseguimos chegar ao êxito.



36


Desculpa, Chico. Está escrito aqui presidente do Conselho da

Prefeitura Bairro, é isso?

SR. CHICO: - É isso, de São Caetano e Liberdade.

Quero dizer para vocês que não é a criação de uma

secretaria de esporte, é a recriação de uma secretaria, que os

vereadores estão tentando reimplantar a secretaria, onde eles

pediram para fechar.

E dizer, vereadora, que infelizmente temos que bater à

porta de um vereador para pedir um equipamento esportivo,

uma luva, uma calça de capoeira. E isso é um absurdo, uma

falta de respeito, onde estamos na primeira capital do Brasil,

onde a Secretaria de Esporte foi fechada, foram dadas as costas

ao povo para vivermos às migalhas, de estar batendo à porta de

um e outro.

Acho que de imediato, Téo Sena, nós exigimos a recriação

da Secretaria de Esportes e Lazer, até porque a nossa

comunidade, nossa região, nossa cidade não comporta mais

viver às migalhas, é uma falta de respeito.

Quero parabenizar também aqui o companheiro Jailson,

talvez ele não esteja lembrando-se de mim, mas ele vai lembrar-

se de meu irmão, o 47, Antonio Bonfim, hoje está em São Paulo,

no Corinthians, ensinando Boxe, mas que lutou muito pela

Academia Bahia, que infelizmente, hoje, se não me engano, está

fechada e deveria reabrir.



37

Eu também tenho um projeto cultural em Campinas de

Pirajá, o Projeto Cultural Na Fé Chico, onde um vereador desta

Casa, um de seus assessores foi ao projeto e quando viu várias

crianças lá praticando capoeira disse: “Eu não gostei, vou

fechar”. E com cinco dias, a polícia estava lá para fechar meu

espaço. Mas os policias ficaram com tanta pena, mas tanta

pena, que viram tantos livros no chão que mandaram dois

armários para eu colocar os livros em cima para a biblioteca.

Então, gente, eu acho que temos que parar de falar em

legado. O legado que quero ver é chegar à comunidade, Téo

Senna acompanhou, o metrô interditou alguns campos, mas

nós fomos atrás de outras áreas. Téo Senna é um guerreiro que

nos acompanhou e conseguimos a área para implantação de

três campos, Téo. Você precisa voltar lá para ver, os campos já

estão sendo telados para nossa escolinha de futebol não acabar,

onde temos mais de 200 crianças. Nós temos capoeira, dança,

boxe, musculação, enfim, várias atividades onde contemplamos

a nossa comunidade, e sem apoio de ninguém.

Vai para a Secretaria de Estado, não tem verba. Vem para

o município, não tem verba. E para que existe? Para dar

emprego aos amigos? Não tem que dar emprego não, gente, tem

que dar legado ao povo. O povo é que está sofrendo e tem suas

necessidades. Todo mundo aqui pertence a entidades, não

temos que ficar batendo em porta de vereador nenhum não,

rapaz. Tem que ter é a Secretaria de Esportes para encaminhar



38

o ofício e ser aceito, não tem esse negócio de dizer, vou pedir

um ônibus, não. A secretaria tem que ter a verba, tem que ter a

determinação para dar ao nosso povo. Porque não é justo, eu

vou ficar de migalhas? Vereadora me ajude, vereador me ajude.

Tem que ter o que nós pagamos. Porque isso tudo que está

aqui, os vereadores que estão aqui nesta Casa, eu pago a eles,

então, eles são nossos funcionários. E ele quer chegar às

comunidades dizendo que o asfalto é dele. Que cara de pau,

muita cara de pau!

O prefeito está recapeando a cidade, nós estamos

acompanhando. Na região de São Caetano apareceram tantas

faixas de um vereador...


Obrigado, Chico. Tenho uma lista aqui de oradores.

SR. CHICO: - Vou concluir. Apareceu um vereador dizendo

que o asfalto é dele. E não me mostrou a nota fiscal. Tem que

acabar com isso, rapaz.

Estamos vendo a saúde, fizemos uma caminhada ontem

na Boa Vista de São Caetano - vou concluir - em prol da

reconstrução do posto de saúde que está caindo aos pedaços. A

empresa que entrou, disseram que faliu. Pelo amor de Deus!

Acho que o prefeito, que está trabalhando, e muito, nesta

cidade, precisa olhar as empresas que coloca lá. Sabe por que,

gente? É o meu dinheiro que está indo embora mais uma vez, é



39

o dinheiro de vocês, o dinheiro do nosso imposto, porque

pagamos e temos que exigir.

Não tem que vereador chegar lá e colocar faixa não,

vereador não é dono de usina de asfalto. Vereador, gente, é para

legislar, criar leis, e a leis que criaram foi para fechar a

Secretaria de Esporte. Agora, querem criar lei para reabrir a

Secretaria de Esporte. Dá para entender, gente? É o nosso

dinheiro indo pelo ralo, infelizmente.

SR. PRESIDENTE VEREADOR EVERALDO AUGUSTO: - O

cara é presidente mesmo.

Agora, com a palavra a vereadora Fabíola Mansur. E

depois D. Isaura Silva.

SRA. VEREADORA FABÍOLA MANSUR: – Boa tarde a

todos e todas.

Eu queria saudar, inicialmente, o nosso presidente da

sessão, parabenizando pela iniciativa, ele que é presidente da

Comissão Especial da Copa. Queria saudar meu companheiro

do PSB, presidente da Comissão de Educação, Esporte, Cultura

e Lazer; vocês vejam que são quatro assuntos importantíssimos

numa mesma Comissão. Como não deveríamos estar

priorizando o esporte, como está muito bem, aqui sugerido

numa secretaria diferente, a cultura numa Secretaria diferente,

a educação numa secretaria diferente e nesta Casa a Comissão

tem os quatro assuntos.



40

Eu quero engrossar as fileiras saudando Téo Senna, já

eleito nesta sessão, secretário, não de direito, mas de fato,

porque, realmente, merece, porque tem à frente da Diretoria de

Esporte tratado, de forma suprapartidária, todos os vereadores

desta Casa.

Quero concordar com Chico, que me antecedeu, dizendo

que asfalto não tem dono, esporte não tem dono, cultura não

tem dono, mas que vereador é ferramenta de não só legislar,

mas fiscalizar o Executivo e ajudar as associações para

conseguirem aquilo que lhes é de direito.

Assim saúdo a Mesa, os representantes que aqui

apresentaram o legado da Copa, porque eu não vou nem

discutir o que é legado, porque para mim você investir em

esporte é obrigação. Esporte ajuda na formação educacional do

indivíduo, esporte é educação, esporte é saúde; nós temos um

dos maiores índices de obesidade na Cidade do Salvador pela

ausência da prática do esporte, sobretudo pela falta de acesso

ao esporte pelas comunidades de bairros periféricos.

Quero dizer que nós temos escolas municipais sem

quadras, sem esporte, sem espaço. Como é possível? Se nós

temos uma escola pública caindo aos pedaços, sem uma

quadra, qual o incentivo ao esporte? Então, não venham me

dizer que isso é um legado.

Eu acho que o legado vai ser o compromisso, é verdade,

vereadora Aladilce, mas a obrigação é no Orçamento, é no



41

Orçamento que deveriam todos os PPAs, e PPAs para quem não

sabe são Planos Plurianuais e nas Leis Orçamentárias ter, pelo

menos, 1%. Eu acho pouco, presidente Everaldo Augusto, 1%

não é nada, mas se a gente garantir 1%, nós vamos ampliar.

Somos a maior cidade afrodescendente, berço dos grandes

mestres de capoeira, e para se praticar capoeira nem precisa

uma quadra, precisa muito pouco. Estimular os mestres de

capoeira seria dar a eles a oportunidade de se viabilizarem

economicamente, indo treinar nossas crianças, nossos

adolescentes num espaço pequeno, e não conseguimos fazer

isso. Por que não fazermos isso?

Nós temos o surf, que é um esporte para todas as idades -

está ali Adalvo - que é um esporte que poderia ter sido apoiado,

assim como o box, como o karatê, mas a verdade é que não há

orçamento.

Esta Casa, vereador Everaldo Augusto, tem que se

comprometer em exigir, a exemplo do que fizemos quando

votamos o Sistema Municipal de Cultura, que foi conduzido por

vereadores desta Casa sob a presidência, também, do vereador

Sílvio Humberto, juntaram-se todos os vereadores, propusemos

emendas, construímos um Sistema Municipal de Cultura, com

a sua tolerância, e trouxemos e entregamos para a cidade.

Para valorizar esporte nesta cidade é preciso não só criar

a secretaria, é preciso dar orçamento a essa secretaria, porque



42

senão vai ser mais um papel, um orçamento para que pessoas

não tenham que mendigar.

Vereador é ferramenta, vereador ajuda sim, mas vereador

não pode se locupletar dizendo que é dele qualquer coisa que

ele indique. Ele é um servidor público, tem que ajudar o

esporte, tem que ajudar com orçamento e tem, por último, se

nós não fizermos um Conselho Municipal de Esportes, um

Conselho atuante, aliás, nós, vereadores, maioria da oposição

queremos efetivar o Conselho Municipal de Transporte, o

Conselho Municipal de Cidades, o Conselho Municipal de

Educação que não toma posse.

Então, nós temos que eleger um Conselho Municipal de

Esportes, dar posse, exigir no orçamento o quinhão do esporte e

fazer destes vereadores, desta Casa, assumir o compromisso de

ter a bandeira do esporte como bandeira prioritária, porque

priorizar o esporte é priorizar a vida, é priorizar saúde, é

priorizar educação, e sem isso nós vamos ter as mesmas

associações, os nossos heróis que individualmente conseguem

se destacar no cenário nacional, os poucos que conseguem, vão

continuar sendo muito poucos e as nossas crianças que estão

na escola sem acesso ao esporte ficando doentes de obesidade,

brincando nas lanhouses,, porque não há outro lazer e ficando à

míngua, sem nenhuma oportunidade de crescimento

educacional.

Obrigado.



43

SR. VEREADOR EVERALDO AUGUSTO: - Obrigado,

vereadora. Lembrando que a reivindicação de 1% do Orçamento

do município para o esporte no ano passado, renderia o total de

40 milhões, muito diferente só de 4 milhões, e o orçamento está

chegando na Casa para gente discutir de novo. Então, está na

hora da gente fazer umas discussões boas sobre o orçamento

para o esporte.

D. Isaura Silva, que representa o esporte na terceira

idade, depois o vereador Sílvio Humberto. Ainda estão escritos

Eudes Oliveira, Marcos de Jesus, Rogério Silva, José Sanches,

D. Madalena e Eldelbrando.

SRA. ISAURA SILVA: - Esporte é a coisa mais importante

que existe no ser humano. Quer dizer, com esporte para terceira

idade. O esporte na terceira idade representa remédio. A pessoa

na terceira idade quando faz o esporte se sente alegre, se sente

vigorosa e pensa que está viva.

Então, eu acho que os senhores, as senhoras, todos os

representantes, além de fornecer esportes para todas as idades,

olhem o esporte para terceira idade, porque é o melhor remédio

para eles. Eu digo isso, porque sou da terceira idade, faço

esporte e estou aqui bem forte, como os senhores veem. Caso eu

não estivesse fazendo esporte, eu estaria dentro de casa com a

perna com artrite ou em cima de uma cama. Quem me levantou

e quem me fez eu estar aqui foi o esporte na terceira idade.

Muito obrigada.



44

SR. VEREADOR EVERALDO AUGUSTO: - Obrigado a D.

Isaura. Agora, o vereador Sílvio Humberto, depois, Eudes

Oliveira, do Nordeste de Amaralina.

SR. VEREADOR SÍLVIO HUMBERTO: - Boa tarde a todos,

saudar aqui o companheiro Everaldo, por essa brilhante

composição, desta tarde magnífica, em defesa de uma política

pública para o esporte. Eu vou seguir aqui a tradição da Sra.

Isaura e vou ser bastante objetivo, mas eu quero aqui saudar

aqueles e aquelas que de forma altruísta, dada, generosa,

promovem o esporte na Cidade do Salvador. Uma cidade onde

você tem uma vulnerabilidade social grande, sobretudo, da

juventude negra.

Eu fico imaginado a situação que estaria esta juventude

se não fosse vocês, aqueles que trabalham com boxe, com a

capoeira, com o atletismo, simplesmente educando. É simples

sem ser simplório, mas com aquela profundidade, passando o

que aprendeu, e isso não é reconhecido, porque as pessoas

fazem isso de forma generosa e acham que isso é gratuito,

porque isso tem um custo, porque a bola não vem de graça, a

Nike ganha, a Mizuno ganha, a empresa que fabrica,

confecciona a camisa ganha, todos ganham. O que é que se

quer dizer com isso? Que você tem uma rede de produtos e

serviços que ganha e não devolve absolutamente nada para

comunidade, e quando um lado ganha o outro exige esforço com



45

o nome de generosidade. Nós fazemos porque é importante

fazer, mas nem o relógio trabalha de graça.

É preciso aproveitar isso porque esse processo de proteção

de nossas comunidades precisa gerar recursos porque você

pode fazer mais e melhor ao viver disso.

Esse é o esporte, isso gera renda para essas pessoas, e

protege, eu quero reforçar isso aqui a nossa juventude. Eu sei

de quantos a capoeira, através da roda, essa forma generosa de

aprender porque ali você educa, você ensina a disciplina, você

ensina respeito aos mais velhos. Isso fortalece, isso cria laços,

isso cria vínculos. E eu sei que o esporte promove isso.

E, esse esforço que está sendo feito, hoje, aqui é,

justamente, esse resultado.

O que eu ressalto aqui, Bethânia, esse trabalho coletivo, eu

acredito, firmemente, piamente, nessa ideia de construção

coletiva. Essa construção coletiva que fortalece, que torna

inquebrantável e faz com que o Poder Público reconheça essa

ideia da construção coletiva porque isso aí fica para sempre. Eu

acho que será o principal legado deixado por essa Copa. Essa

ideia é que, a partir de agora, mesmo do ponto de vista do

comprometimento e dessa tomada de atitudes - e eu entendo

que atitude é aquela pequena coisa que faz uma grande

diferença, e, está fazendo a diferença - na medida em que, a

partir daqui, você pode pensar num plano com metas, com

cinco objetivos e, acima de tudo, com recursos.



46

Se fosse, se já tivesse a secretaria de esporte hoje, se fosse

destinado 1% do orçamento, hoje, seria, no mínimo, seis

milhões e quatrocentos porque o nosso orçamento é em torno

de 60 bilhões.

Mas o que nós temos que trazer aqui é: não se faz políticas

públicas sem recursos.

E, eu quero me associar aqui a todos aqueles e aquelas, eu

quero saber, vereador Téo Senna, onde é que nós assinamos

para que V. Exa. seja esse secretário de esporte.

Eu gostaria, só para concluir, Sr. presidente, gostaria de

assinar mesmo sendo de outro partido, mas a gente tem que

reconhecer de que lado esses estão porque estamos do lado do

esporte.

E para finalizar, eu não me canso de repetir aqui, já tive a

oportunidade de falar em alguns momentos em defesa do

esporte, trazer o exemplo da Ilha da Jamaica que parece com a

nossa cidade, é a cara de nossa cidade, todos nós gostamos do

reggae e é uma ilha de excelência no atletismo, Usain Bolt está

aí para mostrar.

E, Sr. presidente, Téo Senna, na última quinta-feira eu tive

a oportunidade de, representando esta Casa, receber aqui a

prefeita de Kingston. A prefeita, Ângela, juntamente com a vice-

prefeita de nossa cidade, Célia Sacramento.

E, uma oportunidade importante da gente estabelecer

dentro das discussões é a possibilidade de se fazer intercâmbio.



47

Aqui a porta se abriu e ela se mostrou extremamente aberta, do

ponto de vista de quem quer consolidar essa parceria com a Ilha

da Jamaica, aquela ilha que já produziu grandes ícones, com a

Cidade do Salvador.

Então, eu acho que Kingston e Salvador nós poderemos ter

aí um impulso considerável para a área de atletismo.

E, para finalizar, definitivamente, parabenizar o Esporte

Clube Tejo, que vai fazer, no mês de novembro, 100 anos e nós

vamos fazer aqui, nesta Casa, uma sessão especial que eu

aproveito para convidar a todos, pois esse também é um grande

exemplo de resistência nesta cidade.

Vamos à luta.


Obrigado, vereador.

Aproveitar também para fazer um convite: o Primeiro

Simpósio de Esportes da Península de Itapajipe será dia 30,

próxima sexta-feira, no Centro Comunitário do Bonfim, ali em

frente à igreja do Bonfim, com programação das 8h às 12h. Já

os esportes náuticos e outras modalidades esportivas serão das

14h às 18h.

Presença já confirmada do Ministério do Esporte, Marinha

Brasil, SUDESB, ABEAC, Diretoria do Esporte do Município de

Salvador e a Comissão de Educação e Esporte aqui da Câmara

também.



48

Então é mais para fazer um diagnóstico da situação do

esporte na Península de Itapagipe e retomar essa discussão

sobre o legado, práticas esportivas, cultura esportiva.

Vamos convidar agora, o Sr. Eudes Oliveira para fazer uso

da palavra. Ele é do Nordeste de Amaralina e, depois, o senhor

Marcos de Jesus.

Pedimos somente a atenção para o tempo porque o plenário

já está se esvaziando e Salvador é uma cidade de grande

complicação na mobilidade urbana.

O pessoal está pedindo para ser mais rigoroso, mas vamos

confiar na disciplina de vocês.

SR. EUDES OLIVEIRA: - Boa tarde.

O povo sempre fala menos. Mas é isso.

Primeiro, boa tarde a todos, boa tarde à Mesa, ao vereador

Everaldo Augusto, aos vereadores.

Eu queria dizer o seguinte: Salvador tem esporte, agora,

tem esporte para quem? Porque quando eu chego a Alphaville e

vejo aquelas quadras dos condomínios, de primeira, todas

equipadas, aí eu vejo que a elite desta cidade tem esporte.

Quando você chega ao Pituba Ville, as quadras, tudo de

primeira, tem esporte nessas quadras. A classe elite tem

esporte.

E aí, Chico, vou discordar porque a Prefeitura de Salvador

está trabalhando de verdade, mas para quem está trabalhando?

Será que está trabalhando para a periferia? Está trabalhando



49

para a gente? Está trabalhando no esporte do Nordeste, hein

Gilvan?

Tem outra preocupação que eu fiquei sabendo, inclusive

saiu na relação, vereador, que a Prefeitura quer vender, por

exemplo, a Praça do Clube Português.

Uma praça, Gilvan, que o nosso povo desce para fazer

esporte. O Parque da Cidade, que é um dos ambientes de

esporte do nosso povo, a Prefeitura quer requalificar, mas quer

tirar o nosso povo lá de dentro para colocar a elite. Porque a

elite sempre tem privilégios nesta cidade. Entendeu, vereador

Sílvio Humberto?

Nós, negros, nesta cidade, somos relegados à condição sub-

humana em todos os aspectos.

E aí, vou me associar ao senhor, quando fala que os

guerreiros como Gilvan, como mestre Ninha, mestre Pedra,

mestre Café do Nordeste, essas pessoas que estão todos os dias

na ponta, tirando das drogas, educando, como a tradição

africana ensina, passando de pai para filho a capoeira, é quem

faz esporte, quem produz cultura, é quem produz esporte nesta

cidade sem ganhar, sem nenhum tipo de lucro.

Porque a elite lucra com o esporte. São os filhos da elite

desta cidade que são treinados, são preparados para ganhar

dinheiro com o esporte e nós damos o esporte com

generosidade, de graça.



50

Muito obrigado, nós temos que combater, esta audiência

pública serve, e aí tem que fazer uma reflexão cada um de nós,

porque nós temos que estar aqui, nas discussões, na hora de

disputar o dinheiro porque 0,4% para o esporte é uma

vergonha.

Nós queremos mais para o esporte. Não para o esporte da

elite porque a elite já tem tudo, durante os 500 anos que essa

elite esteve aqui sempre teve tudo, e nós temos que combater.

Sabemos que a Prefeitura tem um representante dessa elite

porque quando o cara trata da Barra, da Pituba e esquece o

Nordeste de Amaralina eu só posso compreender que ele não

está com a gente.

Muito obrigado, boa tarde.


Vereador Téo, depois Marco.

Vá se aproximando, Marco.

SR. VEREADOR TÉO SENNA: - Rapidinho, só para a gente

tirar algumas dúvidas, viu, meu amigo Eudes?

Primeiro, dizer a você, Eudes, que a diretoria de esporte,

que faz parte da Prefeitura Municipal de Salvador, está sempre

aberta, aí embaixo, no Edifício Aliança Comercial, segundo

andar, acho que a maioria aqui já esteve lá, para que a gente

possa discutir o esporte em Salvador.

Não sei qual a situação das quadras de Alphaville e de

Pituba Ville, porque nunca fui lá, não conheço, mas sei de um



51

levantamento, que através do prefeito ACM Neto, estamos

fazendo na cidade. Nós já temos 245 quadras e campos nos

diversos bairros periféricos, inclusive no Arenoso, Areal, Bariri,

em todos os campos em torno do Nordeste de Amaralina, nós

temos ido para fazer levantamento para tentar fazer a reforma.

De duas formas: através de uma licitação feita agora e que está

sendo aprovada para reformar esses campos, e de parceria com

entidades. Por exemplo, a Schincariol, agora, estamos fechando,

eles estão adotando 11 campos em Salvador e reformando esses

campos, da periferia, dos lugares mais pobres, lá em Divaldo

Jaqueira, lá do pessoal de São Marcos, do Areal, do Bariri.

Esses campos que a Prefeitura, através do prefeito ACM Neto,

está tentando resolver.

Então, daqui para o final do ano, eu tenho certeza que 60

campos vão ser reformados e nós, da diretoria, através do

prefeito ACM Neto, estamos incentivando essa prática. Não

estamos trabalhando com elite, porque não é o objetivo da

Prefeitura Municipal de Salvador, e não é isso que nós

queremos. É por isso que aqui é um ponto de partida para que

você, todos os representantes aqui possam ter acesso à diretoria

e trocarmos ideia e fortalecer a política pública, porque nós só

podemos fazer isso com a participação de vocês.


Obrigado, Téo.



52

Com a palavra Marcos de Jesus e depois o Rogério. Estão

faltando só mais dois para concluirmos e irmos para a parte

final. Pedimos aos presentes, vamos aguardar mais uns dez

minutos para concluirmos com chave de ouro esta Sessão

Extraordinária.

Marcos de Jesus com a palavra.

SR. MARCOS DE JESUS: - Boa tarde a todos.

Gostaria de iniciar minha contribuição dizendo que Copa

do Mundo, educação e saúde não há contradição.

Mas existem algumas contradições que aqui devem ser

ditas. Por exemplo: há uma contradição quando se nomeia um

templo do esporte, como a Fonte Nova, com o nome de Itaipava.

Um templo esportivo jamais deveria levar o nome de uma

cervejaria, deveria levar o nome daqueles que constroem o

esporte todos os dias, como Bobô, como Popó, como a Marili,

assim como eu, é maratonista, deveria levar o nome de um

atleta, aquele que constroi e carrega o esporte dessa terra, e não

de uma cervejaria que há uma tremenda contradição em

nomear, seja lá a causa econômica ou o quê.

Existem outras contradições quando a única piscina

olímpica deste Estado foi destruída para construir

estacionamento de carros. Essa é uma contradição. Existe outra

contradição, quando se destruiu o Balbininho para se fazer

estacionamento de carros. Essa é outra contradição. Então, são

contradições como essas que têm que ser ditas.



53

Assim como, aqui está Dal, que pode confirmar o que eu

digo, qual será o legado para bairros como Águas Claras,

Periperi, que é onde eu moro? Lá, nós temos uma das maiores

áreas do Subúrbio Ferroviário de esporte, que é o Clube Periperi

de um lado e o campo de Periperi do outro, e não cai uma única

gota do dinheiro público desta cidade.

Mas a maior, diretor de Esporte e secretário Téo Senna,

não está na Copa, está em 2016, porque como homem do

esporte, o senhor sabe que hoje, assim como o Brasil, Salvador

passa pelo maior momento do esporte mundial, que é o Ciclo

Olímpico. Não existe nada mais importante no mundo esportivo

do que as Olimpíadas. E eu pergunto a vocês qual será a

contribuição que Salvador vai dar ao Brasil nas Olimpíadas em

2016? Eu posso dizer, assim como vocês, hoje, dia 26 de maio,

podemos dizer que em 2016, Salvador não terá 1% de

contribuição nas Olimpíadas, sabe por quê? Porque, Senhor

secretário, aliás, Senhor diretor, acho que é a minha vontade do

senhor ser o secretário, sabe por quê? O prefeito ACM Neto

destinou um milhão de reais, mais ou menos, por ano, à

Diretoria de Esporte na terceira maior cidade do Brasil.

O que você faz com um milhão de reias? Nada. Uma

diretoria que tinha mais ou menos 42 funcionários, ele demitiu

pela metade. Como você pode reduzir um investimento que já

era pequeno, num Ciclo Olímpico? O Ciclo Olímpico representa

o auge, é quando a cidade, o país se preparam para demonstrar



54

a potencialidade máxima do esporte que eles podem oferecer. E

nesse exato momento, ele reduz, ele vai para o retrocesso,

demitindo a diretoria, reduzindo os investimentos. Isso sim é

uma contradição, e não a Copa do Mundo.

Enquanto nós estivermos aqui falando para quatro

paredes, falando de uns para os outros nada irá acontecer,

seremos vistos como pedintes que nós somos. Aqueles atletas,

assim como eu, que fazemos rifa de televisão, de um tênis para

pagar a viagem para poder competir. Aquele que tem que pedir

ou tirar do próprio salário, ou da boca dos nossos filhos para

poder competir e comprar nosso material esportivo.

Nós temos que falar para as ruas, temos que sair dessas

quatro paredes e tomar o palco do povo, que é a rua, porque lá

nossa voz será ouvida e os nossos anseios serão atendidos.

Obrigado.


Rogério Silva e o próximo é José Sandes.

SR. ROGÉRIO SILVA: – Boa tarde a todos da Mesa, na

pessoa do vereador Everaldo Augusto.

Eu gostaria de dizer a vocês que até o ano de 2010, eu

também já fui um atleta, fui praticante do boxe, eu já defendi a

Academia Galícia Boxe e sei da dificuldade que os pugilistas e

aqueles que tiram as pessoas de situação de vulnerabilidade

social têm.



55

No entanto, claro, eu gostaria de estar reforçando aqui

que se criasse sim, uma Secretaria de Esporte. Mas eu gostaria

de deixar bem claro quanto a alguns legados referentes à saúde

e à educação que foram citados por alguns vereadores, que tem

políticos, inclusive, velhos, querendo apresentar novas

propostas de governo. Eu, particularmente, não acredito que

isso seja posto em prática, uma vez que esses políticos tiveram

oportunidade de estar nos representando verdadeiramente

dando incentivo ao esporte, à saúde, à cultura e à educação,

onde esses mesmos políticos velhos que tentam nos ludibriar e

à nossa comunidade dizendo que vão apresentar uma proposta

de governo novo, chegam em períodos como se fosse de Copa do

Mundo, de 4 em 4 anos, para apertar nossas mãos. São os

únicos momentos que nós presenciamos esses políticos em

nossas comunidades. Então, o que é que acontece, vereador?

Nós temos um projeto no Bairro de São Caetano, que é

um convênio com a Petrobrás, que vale salientar que aqui, no

Estado da Bahia, só quatro instituições têm esse convênio, e

nós somos uma dessas instituições que tiramos diversas

pessoas da situação de vulnerabilidade social. E essa mesma

instituição não tem apoio nenhum, nem do Estado nem do

município.

Então, eu gostaria que se criasse sim, a Secretaria de

Esporte, para que desse um apoio moral e logístico àqueles

atletas. Recentemente, nós tivemos alguns dos nossos jovens



56

trazendo troféus para suas casas e realizando sonhos de

criança. Para tanto, nós precisamos, como o companheiro

Marcos disse, ocupar as ruas para que sejam atendidas as

nossas demandas.

Nós não queremos estar só aqui discutindo demandas

onde alguns vereadores se preocupam em estar aqui, na Casa

do povo, que é inadmissível, porque nós temos nesta Casa 43

vereadores e poucos dão, de fato, valor ao esporte como tem que

ser dado.

O esporte tira pessoas do tráfico de drogas, tira da

situação da vulnerabilidade social, mas nós não enxergamos

nenhum incentivo por parte do Executivo em nossa

comunidade.

Eu gostaria de estar reforçando aqui o pedido dos demais

companheiros que passaram antes de mim e reforçando

também o pedido do companheiro Sílvio Humberto, uma vez

que ele faz parte da Comissão de Esporte da Casa que, de fato,

seja criada a Secretaria de Esportes e que tenha o vereador Téo

Senna como secretário, uma vez que esse mesmo Téo Senna

esteve nos campos da Estação Pirajá, do São Caetano, da Boa

Vista, e sabemos que ele tem tão pouco para nos ajudar e

mesmo assim ele nos ajuda, nem que seja com apoio moral,

com aquele apoio de incentivar.

Muito obrigado, vereadores, muito obrigado plateia, por

vocês estarem aqui, nós sabemos qual é a dificuldade que nós



57

encontramos para chegar até aqui, mas isso não nos

impossibilitou de chegar e externar o nosso sentimento.

Boa tarde, fiquem com Deus.


Muito obrigado, Rogério. Agora, o nosso companheiro José

Sanches, depois, D. Madalena.

SR. JOSÉ SANCHES: - Boa tarde a todos. É mais um

registro que eu gostaria de fazer. Eu sou Sanches, eu sou

representante da Uniesportes – União das Federações

Esportivas. Nós, praticamente, trabalhamos com todos os

esportes, é uma luta árdua, uma luta grande, uma luta sem

muito retorno. Então, a gente aproveita um momento especial

como este para fazer algumas colocações e fazer um pedido.

Precisou vir alguém de fora, ou seja, o projeto Cidade da

Copa, trazido e muito bem apresentado por Bethânia, para

poder desenterrar um trabalho que já havia sido feito pela

Diretoria de Esportes há muitos anos, e esse trabalho nunca

teve ascensão. Então, precisou vir a Bethânia, precisou ela fazer

uma colocação que doeu no coração, quando ela colocou que

das 12 sedes da Copa a única que não tinha Secretaria de

Esportes era a Cidade do Salvador, a única cidade sede onde já

tinha um trabalho de planejamento de esportes, a Cidade do

Salvador. Então, os senhores veem que há uma contradição, há

um trabalho muito sério feito pela Diretoria de Esportes, um

trabalho ainda antigo, pela Coordenação de Esportes, por



58

outros que passaram, tentando dar sentido ao esporte,

tentando valorizar o esporte, mas este trabalho precisou vir

alguém de fora com uma proposta para intercalar com o

trabalho daqui e este trabalho ascender.

Eu peço aos Srs. vereadores, em especial, que trabalhem

para que melhore o orçamento do esporte, para que trabalhem

para o esporte, ele que integra, ressocializa, faz com que os

jovens e crianças saiam da marginalidade para ascender.

Através do esporte a gente vai ter evolução. Então, eu espero

que os senhores vereadores se sensibilizem.

Aqui nesta Casa, hoje, eu encontrei amigos do tempo de

pelada, colocou muito bem o vereador Orlando Palhinha, que eu

vejo rodar nos campos da cidade; Téo Senna, em todos os

campos, eu sempre acompanhei a batalha política colocada

aqui há tempos, entre Téo e Aladilce, mas uma batalha salutar,

visando o engrandecimento do esporte.

É o que eu tenho para falar.

SRA. MADALENA: - Já é boa noite, não é gente? Eu quero

saudar a Mesa na pessoa do Sr. presidente Everaldo Augusto, e

um abraço, abraçar o secretário Téo Senna, que eu me lembro

em 2004, nós idealizamos na Primeira Conferência Nacional de

Esportes. Estavam lá: Edson Gordurinha, professor

Edelbrando, Muniz, Antônio Carlos, do Rio Sena, enfim, essas

pessoas, só para lembrar, se eu não falar de alguém, me

desculpe, não é Élcio? Élcio está aí presente. Então, chegou a



59

ser criada esta Secretaria do Esporte e Lazer, e este incansável

guerreiro estava lá com a gente nesta Conferência Nacional de

Esportes, na época era o Sr. Ministro Agnelo Queiroz, e

trouxemos a ideia e foi fundada. De uma hora para outra, no

início do governo do Exmo. Sr. João Henrique foi extinta a

secretaria.

Nós fizemos a nossa parte, lutamos e relutamos para que

isso não viesse acontecer, mas, infelizmente, chegou a

acontecer. E volto a dizer: Cajazeiras quer Téo Senna como

secretário Municipal do Esporte e Lazer. Está lá no livro da

Primeira Conferência Nacional de Esporte e Lazer, que foi

editado em Brasília.

Eu quero falar, também, um pouco do campo de futebol,

que nós tanto defendemos. O campo de várzea, onde as

crianças aprendem a praticar esportes. Nós temos um projeto,

Atleta de Cristo, que nós tiramos as crianças de 6 a 100 anos

de idade naquele projeto, mas o nosso campo é o pior possível,

a limpeza para fazer, a comunidade faz mutirão.

Então, eu quero deixar aqui essa reivindicação, estou

contemplada, quero aqui não só criticar, mas também quero

elogiar a iniciativa do governo do Estado, que está construindo

as encostas na nossa comunidade, tanto em Palestina quanto

em Cajazeiras, e o município está fazendo o recapeamento

asfáltico.



60

Então, Cajazeiras está chegando aos poucochinhos a um

degrau do que ela merece, mas ainda falta muito o que fazer na

área de esporte, precisamos resgatar os campos de futebol de

várzea, de terra, onde a gente aprende, verdadeiramente, a

praticar o futebol e outras modalidades. Não é diferente das

comunidades fora de Cajazeiras.

Então, o meu pedido aqui é este, um plano de ação

construindo o sistema municipal de esporte e lazer. Por favor,

incluam a comunidade. Não somos pessoas carentes não,

somos capazes, mas somos ainda uma parte boa que precisa

alcançar, verdadeiramente, o seu espaço, o esporte é isso aí.

Unir a comunidade junto aos poderes públicos.

Um abraço a todos que estão aqui.

Muito obrigada.


Muito obrigado, Dona Madalena, disciplinada, falou nos três

minutos certinhos, sem precisar de apito. Falou bem.

Sr. Edelbrando é o último inscrito, depois passaremos

para o Téo Senna, diretor Municipal de Esportes da Prefeitura,

para que ele possa, eventualmente, responder aos

questionamentos e fazer a conclusão aqui do nosso debate.

SR. ELDELBRANDO: - Eu já cumprimentei a todos, só

estou faltando dar algumas informações. Dizem que a voz do

povo é a voz de Deus, e eu vou votar em Téo Senna como



61

secretário quando for criada essa secretaria, que ela seja bem-

vinda.

Bom, Bethânia já havia me pedido, Sanches falou, e eu

fiquei aqui anotando. São 12 cidades e a única que não tem

Secretaria de Esportes é a nossa. Todo mundo já falou

politicamente, todo mundo já ferveu aqui, eu quero ser só

técnico e dar informações.

Eu comecei no esporte aqui em Salvador em 73, são 41

anos militando neste meio, e 37 como professor de Educação

Física. Deste período, 20 anos eu tenho me dedicado às

questões de políticas públicas.

Em 99 surgiu aqui em Salvador uma discussão sobre isso

e foi publicado em 2000 um documento que dizia assim, três

itens que chamavam a atenção: um era a criação da Secretaria

de Esportes no âmbito estadual e municipal, considerando a

capital; o outro era a criação de uma política pública, um

documento que foi elaborado e vem sendo amadurecido até

hoje; e o outro era o financiamento, porque não adianta só votar

o orçamento lá e esse orçamento não vir para prática. Então,

segundo Silvio Humberto, aqui nós teríamos uma possibilidade

de 60 milhões em detrimento aos 4 milhões que Téo está se

atando.

Então, a construção de política pública já é uma coisa

antiga, nós só precisamos entender o papel do vereador, o papel

do deputado, o que é que eles fazem legislando e recebendo as



62

informações que a população vai elaborar, para que o prefeito

possa sancionar. Este passo a passo precisa vim do povo.

Um alerta que eu fiz e quando eu falei que a atitude...

O alerta que eu fiz, e quando eu falei que a atitude a

partir de agora é nossa, é que a sociedade civil, que cuida do

esporte, tem que estar organizada e entender o significado do

que é mobilização, manifestação, cobrança, pressão. Como

Marcos falou aqui, saber o momento certo de ir à rua e da gente

cobrar aquilo que é de direito.

Está lá na Constituição: “(...) o esporte é direito (...)”. Se é

direito, é um dever do Estado, mas não nos mobilizamos para

isso. Uma audiência de tal importância que começou cheia,

esvaziou e na próxima ninguém vem.

Não é para a gente ficar só dependendo do Poder Público.

A ideia é que a sociedade civil, que cuida do esporte, se organize

para pleitear. E que possa fazer isto manifestando a sua

insatisfação, como todo mundo falou, mas se manifestando.

Então, deixo aqui uma mensagem, dizendo o seguinte:

tudo isso é importante, tudo isso está no papel há muito tempo.

Nós temos aqui, na Bahia, um dos melhores documentos já

escrito nos últimos 11 anos, mas falta sairmos do papel para a

prática.

Não adianta a gente ficar falando, falando, se a nossa

atitude não for a de mobilizar, manifestar, cobrar e pressionar



63

os vereadores que nós botamos aqui para trabalhar em prol do

povo.

Eu entendo que é assim.


Obrigado, professor Hidelbrando.

Antes de passar para o diretor municipal de esporte, o

vereador Téo Senna, gostaria de registrar aqui a presença do

professor Moacir Aquino, que é vice-presidente da Federação

Baiana de Karate, Freestyle.

Vamos passar para o nosso amigo Téo Senna.

Acho que o nosso objetivo aqui nós cumprimos e

podemos construir uma realidade nova para o esporte aqui, na

nossa cidade.

A presença do diretor de esporte aqui, de toda a sua

equipe e o trabalho apresentado, acho, já é uma sinalização de

que as portas estão se abrindo. Agora, vai abrir na velocidade

que decidirmos. Se ficar todo mundo pelos cantos,

resmungando, se queixando, aí não vai se abrir tão fácil não.

É necessário que a gente, portanto, se organize. Aliás, a

própria proposta já indica nesse sentido: criar um sistema

municipal de esporte que tenha uma secretaria.

O esporte precisa ter um interlocutor na máquina

pública, no aparato municipal.

O esporte precisa ter um espaço na administração

municipal. Um espaço que corresponda à importância que ele



64

tem. A diretoria já é um espaço, e é um espaço importante e não

podemos menosprezar. Mas achamos que ainda é pequeno,

tanto para o esporte quanto pela capacidade das pessoas que

estão lá, ocupando as suas funções. A começar pelo próprio

diretor que já é reconhecidamente, na Bahia, uma pessoa com

competência.

É criar também, além da secretaria, o conselho. Já existe

o conselho. Foi votado, vamos atualizar esse conselho. E vamos

ter também uma lei municipal de esporte, de incentivo ao

esporte.

É impossível que as ajudas que, por ventura, o esporte

tenha do Poder Público fiquem a depender da sensibilidade ou

dos interesses eleitorais e eleitoreiros, e nós sabemos muito

bem que essas coisas existem, de quem está dirigindo a

máquina pública.

É necessário que tenha regras claras do acesso às verbas.

Que tenha regras claras para beneficiar aqueles que têm um

maior potencial naquele momento. Porque senão o cara que tem

o maior potencial nesse momento - e o vereador Sílvio

Humberto falou aqui das crianças, dos jovens desta cidade que,

às vezes, por não terem o incentivo naquele exato momento em

que ele está expressando o seu potencial, daqui a um ano ou

dois já não surtirá o efeito que surtiria se ele tivesse sido

identificado naquele determinado momento.



65

Então, o que é isso? É ter, portanto, normas apropriadas

para julgar.

Acho que estamos cumprindo bem este objetivo aqui da

parte dos vereadores da Câmara Municipal, da sua totalidade,

vamos dizer assim, ninguém se ousa colocar contra.

E nós temos abnegados vereadores, dos mais diversos

partidos, que dedicam uma boa parte do seu mandato, das suas

preocupações, com o esporte na nossa cidade.

Vou passar, então, ao nosso amigo,

Téo Senna, a quem agradeço por ter escolhido a Câmara

de Vereadores para fazer esse debate, porque esse debate

poderia estar acontecendo em outra instância.

Mas, agradecemos aqui em nome da Mesa da Câmara, da

Instituição, ter sido este o local escolhido para ser feito esse

debate, as portas estão abertas para que retomemos essa

discussão no momento que quiserem.

Então, vereador Téo Senna com a palavra.

SR. TÉO SENNA: - Sr. presidente vou falar aqui porque

aprendi, aqui no Parlamento, que temos que falar em pé para

ser visto, alto para ser ouvido e rápido para ser aplaudido.

Só queria confirmar, uma pergunta de meu amigo

Lomanto que quer saber quando começa a recuperação das

praças esportivas e fala da Liga Esportiva, do Vale dos Barris,

um lugar importantíssimo, com um número muito grande de

atividades. Mas colocamos a Praça dos Barris na recuperação,



66

através da Schincariol, mas a notícia do Executivo é que tem

um projeto para ali que não sei ainda qual é. Não sei se é um

ginásio de esporte ou outra coisa que vai ser feito ali, só o

Executivo que pode definir.

Mas, estava encaminhado para fazer, inclusive um sonho

meu, muito grande, que é de fazer o primeiro campo sintético

público de Salvador e que ainda não esmoreci dessa ideia, mas

é um projeto que temos.

Tenho certeza que daqui para o final do ano, vamos

executar a reforma de cerca de 60 quadras e campos; 35 a

licitação já foi aprovada, as empresas já foram, algumas

recorreram, estamos negociando algumas coisas e 11 a

Schincariol, esses são os principais. Mas, hoje, nós temos 240 e

estamos brigando, lutando para que possamos reformar,

inclusive, o Santo Inácio, que está presente, será um dos

beneficiados com isso, como outros lugares.

Mas, acho que é uma referencia fazermos, presidente,

reformarmos 60 campos, praticamente, de uma vez em

Salvador, é uma marca histórica. Como é uma marca histórica

este momento que estamos vivendo aqui.

Acho que nós escolhemos, Bethania, o local certo, como

você pediu.

Esta é a Casa do debate, a Casa da discussão, a Casa de

ressonância da sociedade. É aqui que repercutem todas as

notícias. E isso mostra o espírito democrático que temos



67

quando abrirmos esta discussão, porque é preciso acabar com

essa coisa de criticar, criticar, criticar.

A crítica é importante em determinado momento quando

não há ação. Mas, não acontece isso.

Eu ouvi aqui o nosso amigo, Eudes, falou tanto de elite,

mas não ficou para construir a história em conjunto. E o

momento aqui não é para isso.

Nós queremos construir uma história em conjunto, uma

história com todos nós participando dos debates, das

discussões, do movimento que vamos fazer. Essa é a intenção

da diretoria, hoje, e que nós queremos colocar.

Para você ter ideia, nós conseguimos construir parcerias,

pois temos buscado. Nós fizemos uma parceria com a Federação

Holandesa de Futebol e com a Philips. Trouxemos para Salvador

um curso, que várias pessoas aqui tomaram, um curso de três

dias com um treinador do PSV, da Holanda, que veio aqui dar o

curso. Um curso para o treinador de bairro, para os

professores. E dois campos foram escolhidos para a colocação

de iluminação, LED, o da Baixa do Tubo, que já colocou, e o da

Baixa de São Gonçalo que vai ser colocado.

Então, é um avanço muito grande. Esse é um trabalho

social que a Philips vem fazendo com a Federação Holandesa de

Futebol e que nós colocamos aqui.

Nós fizemos agora uma parceria com a Federação Alemã

de Futebol. A partir do dia 8, e quem quiser pode se inscrever



68

ainda, vamos ter 250 crianças na prática esportiva naquelas

quadras da Boca do Rio. Duzentas e cinquenta crianças, tudo

de graça, tudo sem custo para o município, a não ser para os

nossos professores e nossa organização.

Esse é um avanço muito grande e é o legado que a

Federação Alemã está deixando para Salvador. Inclusive no dia

15 vamos ter o Festival da Bola, com a provável participação da

primeira ministra, Ângela Merkel.

Acho que esse é um evento importantíssimo. Mas,

infelizmente, nós não conseguimos fazer disso notícia na

imprensa. Hoje mesmo, nós comunicamos a todos da imprensa

esportiva para que viesse aqui, mas só se torna notícia quando

na escola falta merenda ou quando tem algum outro problema.

Essas notícias boas nós não conseguimos. É apenas para

reproduzir e aumentar o alcance.

Nós estamos fazendo o intercâmbio com 50 alunos

franceses que estarão aqui, a partir do dia 18, vão ficar três

dias aqui fazendo intercâmbio cultural e esportivo. Passamos o

dia todo com 50 alunos da escola municipal, onde vamos

interagir com capoeira, vamos interagir com futebol, vamos

interagir culturalmente e assistir o jogo da França, também

aqui, e levando os alunos nossos. Eu acho que nada é mais

importante do que o legado de uma Copa do Mundo do que

esse, a criação de um projeto dessa natureza, onde a gente abre

a discussão e a criação de intercâmbio com outros países, onde



69

isso traz para a gente um conhecimento muito grande, muito

vasto. A Federação da Alemanha fez um curso para 50 pessoas

e vários professores puderam atuar e participar.

Eu queria aqui pedir a vocês o agradecimento, hoje foi um

dia meio conturbado, porque a sessão teve que abrir e a

Tribuna Popular gera muita discussão, e aí houve um choque

de horário e algumas pessoas tiveram que ir embora, mas vocês

que ficaram aqui até agora, meu agradecimento de coração por

ter vindo aqui, por ter acompanhado, por ter discutido.

A Diretoria de Esporte está aberta a essa discussão. Nós

estamos lá com proposta, não temos a solução, não vamos

resolver o problema de material de todo mundo, a gente não

tem condições e nem vai conseguir, mas estamos lutando a

cada dia. Fico contente.

E agradecer à vereadora Fabíola, à Sra. Vânia Galvão, à

vereadora Aladilce, que tem buscado, realmente, construir um

discurso da criação de uma secretaria que eu acho

fundamental, mas isso no decorrer do processo uma secretaria

com condições, eu acho que pode acontecer, é um anseio da

população, um anseio de vocês e o projeto mostra nessa

vertente.

Agradecer ao Instituto Esporte e Educação por estar aqui

em Salvador pela terceira vez, se sacrificando, mas vindo para

aqui discutir, e com todos os segmentos aqui de nossa cidade,

todos os segmentos esportivos pegando essas contribuições.



70

Tenho certeza que através dos Atletas pelo Brasil e o Projeto de

Cidades, que é outro projeto, onde a gente faz uma anamnese

dos equipamentos esportivos da prática esportiva, nós vamos

continuar a nos ver e também colocar em prática isso.

E principalmente agradecer à Câmara de Vereadores por

nos permitir estar aqui hoje nessa discussão. E agradecer

também a boa vontade de estar matando a saudade desse

microfone.

Muito obrigado.


É isso aí, vereador Téo. Nós também agradecemos a presença de

toda a equipe liderada por Bethânia. Ela irá falar aqui por 30

segundinhos, também para se despedir.

SRA. BETHÂNIA BIOTTO: – Bom, eu só queria pontuar

uma coisa. Eu faço parte dessa equipe que visita cada uma das

Cidades Sedes, e hoje eu saio satisfeita e com a esperança que

tanto o Executivo quanto o Legislativo vão cumprir cada coisa,

cada palavra que foi dita aqui.

Então, eu saio com essa esperança, que Salvador vai

fazer a diferença nesse projeto, que embora Salvador seja a

única cidade que não tenha secretaria de esportes, que esse

seja então o maior impacto desse Projeto Cidades da Copa, que

foi organizado e mediado como coadjuvante, só porque quem

participou foi quem mora aqui em Salvador, a gente foi, e o

Instituto Esporte e Educação foi o mediador dessa discussão,



71

que é apoiado pela Unicef, pela Remis e pelo Atletas Pela

Cidadania.

A gente acredita que, talvez, aqui em Salvador seja, tenha

o maior impacto de todas as cidades, porque se for construída,

realmente, ou reconstruída a Secretaria Municipal de Esporte e

Lazer, já valeu de tudo a gente ter feito esse projeto.

Obrigada.


Obrigado a você também, Bethânia.

Essas reuniões, os eventos que nós estamos realizando,

através da Comissão Especial de Acompanhamento da Copa,

eles farão parte de um relatório que será apresentado nesta

Casa, e a sociedade também, sobre o trabalho da Comissão

nesse processo de preparação da Copa, mas em especial essa

discussão, pelo conteúdo que ela revelou aqui, pela participação

também do plenário, dos vereadores.

Nós vamos pegar esse resultado do trabalho e vamos

enviar, em nome da Comissão Especial de Acompanhamento da

Copa, também pode ser da Comissão de Cultura e Esporte da

Câmara, as duas Comissões encaminharão ao prefeito para

fortalecer essa necessidade de colocar em prática o que está

sendo levantado aí, que foi objeto aqui de toda nossa discussão.

Então, com isso nós agradecemos a todos, e com certeza

o esporte será vitorioso no final desta nossa batalha.

Muito obrigado a todos.



72

Agradecer aqui aos funcionários da Câmara também, e

dizer que esta Sessão foi televisionada pela TV Câmara.

Muito obrigado.

sessÃo especial para discutir o plano municipal de ... · esse plano foi feito a partir do projeto...

Documents