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O legado da escravidão para o branco é um assunto que o país não quer discutir, pois os brancos saíram da escravidão com uma herança simbólica e concreta extremamente positiva, fruto da apropriação do trabalho de quatro séculos de outro grupo. Há benefícios concretos e simbólicos em se evitar caracterizar o lugar ocupado pelo branco na história do Brasil. Este silêncio e cegueira permitem não prestar contas, não compensar, não indenizar os negros: no final das contas, são interesses econômicos em jogo. (Bento, p. 3; Psicologia social do racismo – estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil / Iray Carone, Maria Aparecida Silva Bento (Organizadoras) Petrópolis, RJ: Vozes, 2002)

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Lei 11.346, de 15 de setembro de 2006

Art. 3o A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidadesessenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmentesustentáveis.

Os terreiros de Candomblé sempre compreenderam e desenvolveram políticas de SAN, como estratégia de preservação de sua própria cultura, muito antes deste conceito ser ampliado e difundido, pois para os terreiros garantir SAN é também manter o círculo hermenêutico da própria essência e existência divinas, representadas no diálogo incessante entre as pessoas, as coisas, os elementos da natureza, os mortos e os que ainda irão nascer.Denize Ribeiro

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Alguns desafios:-Qualidade da alimentação da população brasileira-SAN de povos e comunidades tradicionais-Implantação do SISAN-Produção e consumo de alimentos agroecológicos e orgânicos-Excesso de peso e obesidade

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“Complexidade não é um conceito teórico e sim um fato. Manifesta-se na multiplicidade, no entrelaçamento e na contínua interação da infinidade de sistemas e fenômenos que compõem o mundo natural e as sociedades humanas”.

Humberto Mariotti

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O Brasil parece finalmente estar a passar do período da pós-independência para o período pós-colonial. A entrada neste último período dá-se pela constatação de que o colonialismo, longe de ter terminado com a independência, continuou sob outras formas, mas sempre em coerência com o seu princípio matricial: o racismo como uma forma de hierarquia social não intencional porque assente na desigualdade natural das raças. Esta constatação pública é o primeiro passo para se iniciar a viragem descolonial, mas esta só ocorrerá se o racismo for confrontado por uma vontade política desracializante, firme e sustentável. A construção dessa vontade política é um processo complexo, mas tem a seu favor convenções internacionais e, sobretudo, a força política dos movimentos sociais protagonizados pelas vítimas inconformadas da discriminação racial. Para ser irreversível, a viragem descolonial tem de ocorrer no Estado e na sociedade, no espaço público e no espaço privado, no trabalho e no lazer, na educação e na saúde.

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Racismo Institucionalizado:Racismo Institucionalizado:

É normativo, muitas vezes legalizado, e frequentemente manifesto como desvantagens naturais. É estrutural vem sendo codificado nas normas, costumes, leis, sem a necessidade de perpetuador identificável. Se evidencia na ausência de ação diante das necessidades, e se manifesta tanto nas condições materiais, como no acesso ao poder.

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Mediado através da relações Mediado através da relações interpessoais:interpessoais:

A autora define racismo interpessoal como preconceito e discriminação, onde preconceito significa suposições sobre habilidades, motivos e intenções, de acordo com o pertencimento racial; por discriminação entende-se atos discriminatórios por critério racial. Pode ser intencional ou não, inclui ações e omissões.

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Internalizado:Internalizado:

A incoporação, por parte dos membros dos grupos estigmatizados das mensagens negativas sobre suas habilidades e valores intrínsecos.(Camara Phyllis Jones; Levels of racism: A theoretic framework and a gardener's tale; American Journal of Public Health; Aug 2000; 90, 8; ABI/INFORM Global).

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“(...) é indispensável insistir na necessidade de conhecimento sistemático da realidade, mediante o tratamento analítico desse seu aspecto fundamental que é o território (o território usado, o uso do território). Antes, é essencial rever a realidade de dentro, isto é, interrogar a sua própria constituição neste momento histórico. O discurso e a metáfora, isto é, a literaturização do conhecimento, pode vir depois, devem vir depois.” Milton Santos.

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Guia de Enfrentamento ao Racismo Institucional Realização: Geledés – Instituto da Mulher Negra Coordenação: Geledés – Instituto da Mulher Negra e Cfemea – Centro Feminista de Estudos e Assessoria Grupo de Trabalho: Ana Carolina Querino (OIT), Fernanda Lopes (UNFPA), Guacira Cesar de Oliveira, Nina Madsen (Cfemea), Joana Chagas (ONU Mulheres), Jurema Werneck (consultora), Fernanda Lira Goes, Luana Simões Pinheiro, Natalia de Oliveira Fontoura, Tatiana Dias Silva(IPEA), Felipe Hagen Evangelista da Silva, Mariana Marcondes (SPM), Monica de Oliveira (Seppir), Nilza Iraci (Geledés). Projeto Mais Direitos e Mais Poder para as Mulheres Brasileiras desenvolvido por: Coletivo Leila Diniz, Cfemea – Centro Feminista de Estudos e Assessoria, Cunhã Coletivo Feminista, Geledés – Instituto da Mulher Negra, Instituto Patrícia Galvão – Mídia e Direitos, Redeh – Rede de Desenvolvimento Humano, SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia. Com o apoio do Fundo para a Igualdade de Gênero da ONU Mulheres.Denize Ribeiro: Concepções e Estratégias de Segurança Alimentar e Nutricional entre os Terreiros de Candomblé de Novos Alagados/Bahia; ISC/UFBA, 2013.Documento de Referência; 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, 2015.CAISAN; Balanço das Ações do Plano Nacional,.

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