sepse neonatal carla toni marcelino da silva karina soares ferreira dos santos renata kobayasi

19
Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Upload: heloisa-arruda-de-barros

Post on 07-Apr-2016

217 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Sepse neonatal

Carla Toni Marcelino da SilvaKarina Soares Ferreira dos Santos

Renata Kobayasi

Page 2: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Introdução

Incidência 1 a 8 casos/ 1000 nascidos vivos

Letalidade: 10 a 50%

Page 3: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Septicemia: presença infecção com isolamento do microrganismo na hemocultura

Sepse: resposta sistêmica à infecção, caracterizada pela evidência clínica de processo infeccioso e presença dos seguintes achados: hipertermia ou hipotermia, taquicardia, taquipnéia e anormalidades na contagem de leucócitos

Choque séptico: sepse + hipotensão ou diminuição na perfusão periférica

Page 4: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Feto pode ser colonizado por microorganismos por meio da contaminação:

intra- amniótica ou trajeto do canal de parto, com a flora do genital materno ( Lactobacillus sp., Corrynebacterium sp., Staphylococcus sp., estreptococo A, B e D, Neisseria gonorrheae, Chlamydia trachomatis, bacilos entéricos gram negativos, anaeróbios, vírus e fungos)

via transplacentária ( Listeria monocytogenes, Haemophilus influenzae tipo B, Haemophilus parainfluenzae e Streptococcus pneumoniae)

Page 5: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Fatores de risco para infecção Rotura prolongada de membranas

Corioamnionite materna (febre, hipotonia uterina, fisiometria, taquicardia fetal)

Infecção urinária materna

Colonização materna por estreptococo do grupo B

Prematuridade

Asfixia perinatal, sexo masculino, anomalias congênitas

Page 6: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Sepse precoce é até 72 horas de vida, após esse período é tardia ou nosocomial

Principais fatores relacionados à infecção tardia são: ventilação mecânica, uso de cateter central, nutrição paraenteral, jejum prolengado, uso de ATB de largo espectro, além de qualquer procedimento invasivo (punção periférica, sonda gástrica)

Precoce x Tardia

Page 7: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Quadro clínico- Avaliação da história perinatal: infecções maternas como ITU, manipulação excessiva do RN

- Sinais e sintomas são INESPECÍFICOS e muitas vezes, escassos (especialmente em RNPT)

Recusa alimentar

Letargia “não está indo bem”

Atividade diminuída

Page 8: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Importantes sinais clínicos Instabilidade térmica (hiper/hipotermia): Taxilar > 37,8C RNPT: mais comum hipotermia Desconforto respiratório: taquipnéia, gemência, batimento de asa de

nariz, apnéia e cianose Disfunção cardiovascular: taquicardia, arritmia, alteração da perfusão

periférica e choque Trato gastointestinal: icterícia, vômitos, distensão abdominal, resíduos

gástricos à alimentação, diarréia Pele: pústulas cutâneas, celulites e abscessos, petéquias ou sufusões

hemorrágicas em RN com CIVD Alterações neurológicas: letargia ou irritabilidade, convulsões e

nistagmo (podem indicar disseminação da infecção para SNC)

Page 9: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Diagnóstico Laboratorial1. Hemograma: Leucopenia < 5000 leuco/mm3 ou leucocitose > 20000 leuco/mm3

Número total de neutrófilos < 1500/mm3 ou índice neutrofílico >0,2 Plaquetopenia <100000/mm3

2. PCR: Normal 1º DV < 10mg/dL e 2º DV < 5mg/dL PCR negativo = valor preditivo positivo 100% PCR positivo = pode ter outras causas (asfixia perinatal,

hiperbilirrubinemia, hemorrgia intracraniana, desconforto respiratório, trauma de parto, IOT, mecôneo, ruptura de membranas)

Usado no acompanhamento da evolução da infecção

Page 10: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Diagnóstico Laboratorial3. VHS > 15mm na 1ª hora de vida (correlacionado)

4. Raio-X de tórax: análise do parênquima pulmonar e área cardíaca (deve ser solicitado em todo RN com desconforto respiratório)

5. Exame do LCR: quimiocitológico, bacterioscópico e culturas.

6. Culturas: hemocultura, urocultura, abscessos e LCR

7. Exame histopatológico (placenta) e de gram

8. Testes de detecção de antígenos: não dispensam culturas- Contraimunoeletroforese- Prova de aglutinação do látex

Page 11: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Medidas Gerais

Tratamento

Controle da temperatura Controle das perdas renais e extra-renais (diarréia,

vômitos, secreções) Controle da ingestão proteico calórica adequada Controle dos parametros como FC e FR Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos Correção dos distúrbios ácido base e da glicemia Oxigenação adequada

Page 12: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Tratamento do choque séptico1. Expansão da volemia Solução cristalóide (soro fisiológico): 20ml/kg em 30 a 60 min

Solução colóide (plasma fresco/albumina) Albumina 5% dose de 1g/kg

Corrigir os sinais hemodinâmicos de choque e elevar a PVC até 5 a 8 mmHg

Page 13: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Tratamento do choque séptico2. Correção da acidose Se pH≤7,1 e/ou HCO-3 ≤ 10mEq/l : administrar bicarbonato de sódio de acordo com a fórmula

mEq HCO-3 = (HCO-3 desejado - HCO-3 do paciente)x0,3peso(kg)

Efeitos colaterais: Grandes volumes podem provocar hipernatremia e hemorragia

intracraniana, especialmente em pré-termo. Alcalose metabólica e consequente diminuição da liberação de

O2 aos tecidos. Em crianças com acidose respiratória pode elevar ainda mais a

PCO2

Page 14: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

3. Drogas inotrópicas (incrementar DC e melhoras perfusão tecidual)

Sempre após correção da volemia Preferência para cateter venoso central Infusão contínua e controlada

Tratamento do choque séptico

Page 15: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Tratamento do choque séptico 3. Drogas inotrópicas (incrementar DC e melhoras perfusão

tecidual)

Aminas simpatomiméticas Dopamina (1-3mcg/kg/min) vasodilatação esplâncnica e renal, com ação

diurética e protetora da função renal (4-5mcg/kg/min) ação inotrópica positiva moderada e efeito

vasculatura periférica (>15mcg/kg/min) vasoconstrição importante

Dobutamina 5-20mcg/kg/min inotropismo positivo, pouca ação na vasculatura

Page 16: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Antibioticoterapia Sepse precoce: Penicilina Cristalina ou Ampicilina + Amicacina

Sepse tardia: Oxacilina + Amicacina

Meningite Ampicilina ou Penicilina + Cefalosporina de 3a. Geração (ceftriaxone)

Page 17: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Antibioticoterapia Anaeróbios Cefoxitina ou Metronidazol

Estafilococo intra-hospitalar Vancomicina

Duração do tratamento é de 10 a 14 dias ou 21 dias nas infecções estafilocócicas e na meningite

Page 18: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Imunoterapia1. Transfusão de Gamaglobulina Classe IgG e não-específica RN com peso menor que 1500g + quadro infeccioso Dose 500mg/kg em 6 horas até atingir 700mg/dl de nível sérico de IgG Uma vez por semana por 4 semanas (dosagem prévia)

2. Transfusão de Plasma Fresco Fornecer fatores humorais Dose: 15ml/kg

3. Fatores de Crescimento Hematopoiéticos G-CSF (estimulador de granulócitos neutrófilos) GM-CSF (estimulados de granulócitos neutrófilos, eosinófilos e macrófagos)

4. Exsanguineotransfusão (em desuso)

Page 19: Sepse neonatal Carla Toni Marcelino da Silva Karina Soares Ferreira dos Santos Renata Kobayasi

Obrigada!