seminário escola do trabalho pistrak parte 1

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SEMINÁRIO BASEADO NA OBRA DE PISTRAK Elaborado por: Camila Matos Giulian Yakuzare Maykon Lopes Nathalia Aureliano

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Page 1: Seminário escola do trabalho Pistrak Parte 1

SEMINÁRIO BASEADO NA OBRA DE PISTRAK

Elaborado por:Camila MatosGiulian YakuzareMaykon LopesNathalia Aureliano

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FUNDAMENTOS DA ESCOLA DO TRABALHO

PISTRAK

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Pistrak e a Escola do Trabalho

CONTEXTO HISTÓRICO VISÃO DE HOMEM TEORIA E PRÁTICA PAPEL DA EDUCAÇÃO/ RELAÇÃO TRABALHO-

EDUCAÇÃO ASPECTOS DIDÁTICOS

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Contexto Histórico

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Visão de Homem Homem como ser inteiro, ativo, consciente de seu papel dentro de seu

contexto real. Um novo homem intelectual, preocupado com a cultura, a política e com a sociedade de seu tempo.

Homem OMINILATERAL

''A primeira questão que se coloca é que a relação ciência e trabalho pressupõe um processo formativo que compreenda a educação para além da escola, no qual as experiências sociais, políticas, profissionais, enfim, da realidade são integradas ao processo de da educação que toma o trabalho nas relações amplas que o homem estabelece entre si e com a natureza e proporciona o desenvolvimento integral do homem, numa perspectiva omnilateral. O trabalho, como atividade humana concreta e social, intelectual e manual, técnica e científica, não só apreende o espaço social como um todo, mas é apreendido pelo mesmo.Assim, o saber adquirido na escola, o saber adquirido na experiência concreta e o saber das relações sociais e políticas constituem-se como um todo que formam, deformam e transformam o trabalhador.” (PISTRAK)

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Teoria e PráticaPistrak elabora suas teorias com base na sua experiência nas escolas soviéticas no período pós-revolucionário. Uma de suas maiores preocupações girava em torno da necessidade do aprofundamento da teoria e da compreensão e ação na realidade por meio do materialismo histórico-dialético por parte do educador. Em um trecho de seu livro ele afirma:

,

Em reuniões que tive nos últimos anos com muitos companheiros em congressos, conferências, cursos, debates, etc., sempre observei um mesmo fenômeno: o professor primário procura avidamente respostas detalhadas a uma porção de questões práticas, metodológicas, didáticas e outras: “Como agir neste caso?” “Como aplicar esta ou aquela parte do programa?”, “Como organizar na escola esse ou aquele trabalho?”, etc. Estudando centenas de perguntas feitas por escrito aos relatores em diferentes lugares, percebe-se facilmente que a massa dos professores se apaixona principalmente por questões práticas; mas a teoria deixa os professores indiferentes, frios, para não falar de estados de espírito ainda menos receptivos. (PISTRAK)

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Teoria e prática Pistrak objetivava destruir as bases da antiga escola autoritária burguesa, que se

pretendia apolítica e neutra, mas que na verdade estava a serviço da classe dominante. Nesta perspectiva, nenhum problema escolar pode ser tratado descolado das questões políticas gerais.

Para resolver o problema e para que a nova escola soviética obtenha sucesso, o autor afirma que é necessário compreender três pontos:

1. Sem uma teoria revolucionária, não existe prática revolucionária, apenas acrobacias pedagógicas sem finalidade social, buscando apenas resolver problemas pontuais, caso a caso. Alerta que deve ocorrer uma revisão de valores a luz da pedagogia social e que antes de pensar em métodos de ensino de cada disciplina, o educador deve demonstrar porque ela é necessária.

2. Adotar a teoria marxista como uma arma capaz de transformar a escola e desta forma, devemos adotá-la na prática sem alterações. Que o professor munido destes pressupostos seja capaz de criar um bom método pedagógico.

3. Para que a pedagogia social torne-se viva e eficaz é necessário que o professor transforme-se em um militante social ativo. Em sua concepção de escola e educação não poderia haver sucesso da pedagogia

social se o professor estivesse isolado, já que o trabalho educativo deve ser coletivo.

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Papel da educaçãoA educação pistrakiana fundamenta-se numa perspectiva histórica de formação de uma sociedade crítica revolucionária, que compreende o projeto burguês e luta para superar a sociedade de classes, a propriedade privada dos meios de produção,as suas estruturas paradoxais. A educação é entendida por Pistrak como uma poderosa ferramenta capaz de fomentar a construção do socialismo na Rússia, devendo a mesma romper com os preceitos do capitalismo. O que estava em jogo era a formação integral da humanidade, reinventando a cultura e novos princípios formativos do e para o mundo. Os conteúdos do ensino oferecidos às novas gerações teriam o papel de armar a criança para a construção de uma nova ordem, com novos conhecimentos e além dos conteúdos escolares, explorando e problematizando as mediações com a sociedade do presente. Segundo Pistrak, o objetivo do educando é adquirir a ciência, e “os objetivos do ensino e da educação consistem numa transformação dos conhecimentos em concepções ativas”. Articula-se, portanto, ciência, realidade e trabalho para a formação de trabalhadores completos.

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Pistrak concebe a escola do trabalho como um instrumento que capacite o homem a compreender seu papel na luta internacional contra o capitalismo, o espaço ocupado pela classe trabalhadora nessa luta e o papel de cada um, no seu espaço, para travar a luta contra as velhas estruturas. Uma vez que a realidade atual se dá na forma da luta de classes, trata-se de penetrar nessa realidade e viver nela – daí a necessidade da escola educar os jovens conforme a realidade do momento histórico -, compreendendo-a e, por sua vez, a transformando. A educação é também uma forma de ação político-social que não se limita a interpretar o mundo, mas que procura pela prática educativa, desenvolver uma ação transformadora do real. Entender, ter consciência dos processos que se reproduzem através do ensino é na verdade compreender as modificações produzidas por uma sociedade que tem no sistema capitalista a justificativa para toda a estratificação do trabalho e do trabalhador. É compreender que a organização do trabalho na escola prepara os estudantes para o trabalho em sociedade.

“O trabalho na escola, enquanto base da educação, deve estar ligado ao trabalho social, à produção real, a uma atividade concreta socialmente

útil, sem o que perderia seu valor essencial, seu aspecto social, reduzindo-se, de um lado, à aquisição de algumas normas técnicas, e, de outro a procedimentos metodológicos capazes de ilustrar este ou aquele detalhe de um curso sistemático. Assim, o trabalho se tornaria anêmico,

perderia sua base ideológica “(Pistrak).

Relação trabalho - educação

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Citação de Manacorda

O fim é formar uma vida da comunidade em que ciência e trabalho pertençam a todos os indivíduos. Isso significa que a escola não pode deixar de se configurar a não ser como o processo educativo em que coincidem a ciência e o trabalho; uma ciência não meramente especulativa, mas operativa, porque sendo operativa, reflete a essência do homem, sua capacidade de domínio sobre a natureza; um trabalho não destinado a adquirir habilidades parciais do tipo artesanal, porém o mais articulado possível, pelo menos em perspectiva, à tecnologia da fabrica, a mais moderna forma de produção (MANACORDA).

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Aspectos Didáticos

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Princípios da base da escola do trabalho

Relações com a realidade atualAuto-organização dos alunos

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Os trabalhos domésticos“as tarefas domésticas

coletivas”(p.50)

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Os trabalhos sociais que não exigem

conhecimentos especiaisA escola deve ser um centro cultural capaz de participar

da vida social

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As oficinas No início da revolução o

trabalho na escola era desenvolvido através da escultura, desenho, trabalho com papelão e diferentes tipos de modelagem.

Trabalho e aula não possuíam canais de comunicação

Pistrak assume o papel da oficina profissional nas escolas, instituídas em outubro de 1918 por um Regulamento sobre a “Escola Única do Trabalho”, em que o trabalho na oficina escolar liga-se ao estudo dos ofícios artesanais, urbanos ou rurais, enfatizando seu valor específico.

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O trabalho agrícola

No campo, a escola é o centro cultural mais importante, daí sua importância em formar os organizadores do futuro, conquistando o apoio da população, mostrando que a instituição infantil está à altura de suas tarefas sociais.

“divulgar no campo a influência cultural da cidade” (p. 62).

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A fábrica

“Toda a realidade atual desemboca na fábrica” (p. 67).

“o que é importante, do ponto de vista pedagógico, é que as crianças tenham o sentimento de colaborar na

produção; o que também é importante é que tenham a liberdade de estudar a fábrica em todas as suas

partes” (p. 69).

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O trabalho improdutivo

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Objetivo da escola Formar crianças para

serem trabalhadores completos.

Necessidade da escola fornecer uma formação básica técnica e social que possibilite o educando a orientar-se na vida real.

“Temos ainda o hábito de impor aos alunos que chegaram ao fim

de seus estudos escolares a passagem por um purgatório de

provas de todos os tipos e nomes: composições, trabalhos

trimestrais, trabalhos práticos, revisão de conhecimentos, etc.

simples camuflagem dos exames infernais!” (p. 79).

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O complexo[...] o objetivo do esquema do programa oficial é ajudar o

aluno a compreender a realidade atual de um ponto de vista marxista, isto é, estudá-la do ponto de vista dinâmico e não estático. Estudasse a realidade atual pelo conhecimento dos

fenômenos e dos objetos em suas relações recíprocas, estudando-se cada objeto e cada fenômeno de pontos de

vista diferentes. O estudo deve mostrar as relações recíprocas existentes ente os aspectos diferentes das

coisas, esclarecendo-se a transformação de certos fenômenos em outros, ou seja, o estudo da realidade atual

deve utilizar o método dialético. (p. 134),

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Primeira interpretaçãoCada disciplina abordaria o objeto de estudo de acordo com as suas especificidades, sem a preocupação de interligar disciplinas entre si, tampouco as questões de fundo que as perpassam ou transpassam.

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Segunda interpretação

“o desenvolvimento de ideias sugeridas por um

objeto, a concentração de todo programa de ensino

sobre um dado objeto, durante um tempo

determinado”.(p. 133)

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Terceira interpretação

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Assembleia geral das Crianças

O professor é apenas um membro. A auto-organização das crianças é uma escola de

responsabilidades assumidas. A cooperativa escolar.

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Fim!!!