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Page 1: Seminário de Formação - Programa Parte I Panorama Brasil: Riquezas x Direitos Sociais Dívida Pública Brasileira Auditoria da Dívida Parte II Crise Financeira
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Seminário de Formação - Programa

Parte I• Panorama Brasil: Riquezas x Direitos Sociais• Dívida Pública Brasileira• Auditoria da Dívida

Parte II• Crise Financeira Internacional• Necessidade de Articulação Social

Maria Lucia Fattorelli

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Seminário de Formação -Programa

Parte I

• Panorama Brasil: Riquezas x Direitos Sociais

• Dívida Pública Brasileira

• Auditoria da Dívida

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O BRASIL É UM PAÍS RICO • 6ª Economia Mundial

• Território, Riqueza florestal, Terras agricultáveis

• Mananciais de água• Jazidas mineirais – Petróleo, ouro, prata,

diamantes e outras pedras preciosas, minério de ferro

• Matrizes energéticas• Parque industrial• RIQUEZA HUMANA

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DESRESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL

Situação inaceitável para a 6a. Maior economia do mundo

Saúde Pública: Filas, Mortes sem atendimento, Insuficiência de leitos e UTI, Falta de médicos e profissionais de saúde, Baixos salários, Condições de trabalho aviltantes, Falta de materialidade

Educação: Ausência de políticas educacionais efetivas; Salários irrisórios para professores, apesar da sobrecarga de trabalho, provocando queda na qualidade do ensino básico; Insuficiência de vagas nas Universidades

Déficit Habitacional de 8 milhões de moradias, além de 11,2 milhões de domicílios inadequados (Fonte: Fundação João Pinheiro, 2007)

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DESRESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL

Pobreza: 40,4 milhões de pobres (2009) – Fonte IETS – Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade - http://www.iets.org.br/article.php3?id_article=915

Fome: 9,6 milhões de famintos (2009) Fonte IETS – Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade - http://www.iets.org.br/article.php3?id_article=915

Analfabetismo: 20,3% da população brasileira com mais de 15 anos são analfabetos funcionais (Fonte: PNAD 2009)

Taxa de Desemprego: 12% nas Regiões Metropolitanas (Fonte: DIEESE, 2010)

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A CONSTITUIÇÃO FEDERAL GARANTE:

“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o

trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a

proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na

forma desta Constituição.”

O MODELO ECONÔMICO EQUIVOCADO E O PRIVILÉGIO DA DÍVIDA IMPEDEM O RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS

NO BRASIL

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PARADOXO BRASIL

• 6ª Economia Mundial

• 3ª Pior distribuição de renda do

mundo

• 84º no ranking de respeito aos

Direitos Humanos - IDH

POR QUÊ?

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DESIGUALDADE SOCIAL E

DESRESPEITO AOS

DIREITOS HUMANOS NO

BRASIL

• Concentração de Renda

• Privatizações

• Política econômica e

modelo tributário que

privilegiam os ricos e

penalizam os mais pobres

• DÍVIDA PÚBLICA

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A estratégia de manutenção do Poder e da

Acumulação Capitalista

Lucros crescentes para setor

financeiro/empresarial

Financiamento de campanhas eleitorais e

corrupção

Extremo poder da mídia ligada ao grande capital

Ilusória distribuição de riqueza

Pequenos ganhos para os pobres: Bolsa Família

Pífios reajustes para trabalhadores

Acesso a produtos baratos: sensação de melhoria de

vida

Acesso a crédito/financiamentos

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QUEM GANHA E QUEM PERDE

Fonte: Banco Central - http://www4.bcb.gov.br/top50/port/top50.asp

Aparente quedaAumento de

Provisões

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Nota: Inclui o “refinanciamento” ou “rolagem”Fonte: SIAFI - Banco de Dados Access p/ download (execução do Orçamento da União) – Disponível em

http://www.camara.gov.br/internet/orcament/bd/exe2010mdb.EXE. Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida

R$ 708 bilhões (17% do PIB)

ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO Executado em 2011 Total: R$ 1,571 trilhão

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Orçamento Geral da União – Gastos Selecionados (R$ milhões)

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional - SIAFI. Inclui a rolagem, ou “refinanciamento” da DívidaFonte: Secretaria do Tesouro Nacional - SIAFI. Inclui a rolagem, ou “refinanciamento” da Dívida

Juros e Amortizações da Dívida

Pessoal e Encargos Sociais

Saúde e Saneamento

Educação e Cultura

Previdência e Assistência Social

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DÍVIDA SOBERANA

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-

20.000,0

40.000,0

60.000,0

80.000,0

100.000,0

120.000,0

140.000,0 19

69

1970

19

71

1972

19

73

1974

19

75

1976

19

77

1978

19

79

1980

19

81

1982

19

83

1984

19

85

1986

19

87

1988

19

89

1990

19

91

1992

19

93

1994

Outros

Agências Governamentais

BID

Banco Mundial

Empréstimos do FMI

Empréstimos em Moeda

Bônus de Dívida Renegociada com bancos

Fonte: Relatórios Anuais do Banco Central disponibilizados à CPI da Dívida. Fonte: Relatórios Anuais do Banco Central disponibilizados à CPI da Dívida.

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Fonte: Banco Central - Nota para a Imprensa - Setor Externo - Quadro 51 e Séries Temporais - BC

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DÍVIDA EXTERNA

1.Empréstimos contraídos por ditaduras

2.Juros flutuantes (desrespeito ao Art. 62 da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados)

3.Estatização de Dívidas privadas

4.Renegociações sem autorização legal

5. Transformação de Dívidas “nulas” em Bônus Brady

6. Emissão acelerada de bônus ‘soberanos’ a partir de 1997

7.Cláusulas de Ação Coletiva

8.Recompras e Pagamentos antecipados com ágio de até 70%

DÍVIDA EXTERNA

1.Empréstimos contraídos por ditaduras

2.Juros flutuantes (desrespeito ao Art. 62 da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados)

3.Estatização de Dívidas privadas

4.Renegociações sem autorização legal

5. Transformação de Dívidas “nulas” em Bônus Brady

6. Emissão acelerada de bônus ‘soberanos’ a partir de 1997

7.Cláusulas de Ação Coletiva

8.Recompras e Pagamentos antecipados com ágio de até 70%

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Fonte: Banco Central - Nota para a Imprensa - Política Fiscal - Quadro 35.

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DÍVIDA INTERNA

1.A Dívida Interna não tem contrapartida real

2.Juros sobre Juros: Ilegalidade, conforme Súmula 121 do STF: “É vedada a capitalização de juros, ainda que expressamente convencionada.”

3.Participação preponderante de rentistas em reuniões promovidas pelo Banco Central para a definição de expectativas de inflação, crescimento e juros, que infuenciam o COPOM na definição das taxas de juros

4.Dívida interna resultante da ausência de controle de capitais e da compra de dólares, pelo Banco Central, mediante a entrega de títulos do Tesouro (com juros mais altos do mundo). Elevado custo das reservas internacionais. Prejuízo brutal do BC. Burla à Lei de Responsabilidade Fiscal, que impediu o BC de emitir títulos.

5.Contabilização de parte dos juros como se fossem amortizações

DÍVIDA INTERNA

1.A Dívida Interna não tem contrapartida real

2.Juros sobre Juros: Ilegalidade, conforme Súmula 121 do STF: “É vedada a capitalização de juros, ainda que expressamente convencionada.”

3.Participação preponderante de rentistas em reuniões promovidas pelo Banco Central para a definição de expectativas de inflação, crescimento e juros, que infuenciam o COPOM na definição das taxas de juros

4.Dívida interna resultante da ausência de controle de capitais e da compra de dólares, pelo Banco Central, mediante a entrega de títulos do Tesouro (com juros mais altos do mundo). Elevado custo das reservas internacionais. Prejuízo brutal do BC. Burla à Lei de Responsabilidade Fiscal, que impediu o BC de emitir títulos.

5.Contabilização de parte dos juros como se fossem amortizações

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DÍVIDA DOS ESTADOS

1.Nos anos 90, a dívida dos estados já explodia devido às altas taxas de juros estabelecidas pela esfera federal.

2.Após a renegociação com a União, em finais dos anos 90, as taxas de juros de 6% a 9% ao ano mais a inflação medida pelo IGP-DI causaram custo excessivo aos estados. O IGP-DI se mostrou um índice volátil.

3.Caso a correção tivesse dado pelo IPCA, tal dívida seria cerca de R$ 100 bilhões menor.

DÍVIDA DOS ESTADOS

1.Nos anos 90, a dívida dos estados já explodia devido às altas taxas de juros estabelecidas pela esfera federal.

2.Após a renegociação com a União, em finais dos anos 90, as taxas de juros de 6% a 9% ao ano mais a inflação medida pelo IGP-DI causaram custo excessivo aos estados. O IGP-DI se mostrou um índice volátil.

3.Caso a correção tivesse dado pelo IPCA, tal dívida seria cerca de R$ 100 bilhões menor.

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DIANTE DISSO:

NECESSIDADE DE

Rever a política monetária e fiscal, o modelo econômico que está propiciando a destinação da maior parte dos recursos públicos para o pagamento de uma dívida cuja contrapartida não representa bens e serviços à Nação, mas uma contínua sangria

Evidenciar que o VERDADEIRO ROMBO DAS CONTAS PÚBLICAS é a Dívida Pública

Juros e Amortizações da Dívida pagos nos últimos 16 anos

FHC em 8 anos = R$ 2,079 TrilhõesLULA em 8 anos = R$ 4,763 Trilhões

AUDITORIA DA DÍVIDA

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DÍVIDA: impede a vida digna e o atendimento aos direitos humanos

Quem se beneficiou?

Qual a responsabilidade dos credores e organismos internacionais nesse processo?

Somente a AUDITORIA responderá essas questões

De onde veio toda essa dívida?

Quanto tomamos emprestado e quanto já pagamos?

O que realmente devemos?

Quem contraiu empréstimos?

Onde foram aplicados os recursos?

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PAPEL DA DÍVIDA PÚBLICA

• Instrumento de financiamento do Estado

• Aportar recursos ao Estado

PAPEL USURPADO

• Instrumento do Poder financeiro que utiliza a dívida

pública como um mecanismo de transferência de

recursos do setor público para o setor financeiro

privado

• Sangria de recursos públicos

“SISTEMA DA DÍVIDA”

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“Sistema da Dívida”

Como opera

•Modelo Econômico

•Sistema Legal

•Sistema Político

•Corrupção

•Grande Mídia

Dominação financeira e graves consequências sociais

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AUDITORIA DA DÍVIDA

Prevista na Constituição Federal de 1988

Plebiscito popular ano 2000 realizado no contexto da Terceira Semana Social: mais de seis milhões de votos

AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDAwww.divida-auditoriacidada.org.br

CPI da Dívida PúblicaPasso importante, mas ainda não significa o cumprimento

da Constituição

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 AUDITORIA DA DÍVIDAInstrumento técnico, mas não somente

contábil Permite explicar os mecanismos que geram o endividamento “público”

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 AUDITORIA DE DÍVIDAInstrumento que evidencia as razões do

crescimento imesurável da dívida

SALVAMENTO BANCÁRIO •Brasil• Anos 80 e 90

• PROER • PROES

•Taxas de Juros mais elevadas do mundo•Retirada do “excesso” de moeda em poder dos bancos mediante entrega de títulos de dívida, embora não exista controle de capitaisEquador: desde anos 80 Países Europeus e Estados Unidos

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 AUDITORIA DA DÍVIDAInstrumento que mostra a usurpação do

“endividamento público” pelo sistema bancário internacional

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 AUDITORIA DA DÍVIDARevela a instrumentação jurídica do estado em

benefício da banca privadaPrivilégios para o pagamento da dívida pública antes de qualquer outro gasto do Estado. Aparato legal implementado em quase todos países endividados.

Exemplos:

•LEI DE “RESPONSABILIDADE” FISCAL

• Privilégios Tributários para a banca privada e para os rentistas que especulam com bônus de dívida soberana

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 AUDITORIA DA DÍVIDA

REVELA A INSTRUMENTAÇÃO POLÍTICA DO ESTADO EM BENEFÍCIO DA BANCA PRIVADA

DITADURAS MILITARES NA AMÉRICA LATINA•Propiciaram o endividamento privado com a banca privada internacional em larga escala e sua posterior transferência ao Estado• Repressão, violência• Desaparecimento de lideranças políticas autênticas• Ausência de transparência das operações financeiras

IMPOSIÇÕES do FMI•Interferência em temas internos do país

EUROPA: TECNOCRACIA NO LUGAR DE DEMOCRACIA

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 AUDITORIA DA DÍVIDA

REVELA A ESPECULAÇÃO que BENEFICIA AOS BANCOS

Especulação no mercado secundário: quanto mais baixo o preço, mais elevado o yield conforme exemplo com bônus de Grécia:

Compensação de perdas contábeis pelos bancos privados e demais instituições financeiras em seus balanços

  Valor Nominal

Precio de Mercado

Tasa de Interés

Interés yield

 

Cálculo

Ejemplo 1 €1.000 60% = €600 7% €70 11.67

%70x100 / 600

= 11.67%

Ejemplo 2 €1.000 €167 6.25% €62.50 37.43%

62.50x100/167= 37.43%

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 AUDITORIA DA DÍVIDA

REVELA A ESPECULAÇÃO que BENEFICIA AOS BANCOS

-Utilização de bônus de dívida em negociações com

desconto:

• compra de companhias estatais

• entrega ao sistema bancário para cumprir encaixes

mínimos que devem ser depositados no Banco Central

• entrega ao sistema bancario para retirar “excesso"

de moeda

• negociações de compra-venda de divisas em mercado

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“Sistema da Dívida”

Sistema que utiliza o instrumento do endividamento público – que deveria aportar recursos – para desviar recursos

públicos.

Para operar, esse sistema conta com arcabouço de privilégios de ordem legal, política, financeira e econômica que visam a garantir prioridade absoluta aos pagamentos financeiros, em detrimento de direitos humanos e sociais de toda a Nação.

Esse “Sistema da Dívida” deve ser desmascarado para que sejam retomados os direitos soberanos, utilizando-se do

antídoto da AUDITORIA DA DÍVIDA PÚBLICA

DEMOCRATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO E MOBILIZAÇÃO

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Seminário de Formação -Programa

Parte II

• Crise Financeira Internacional

• Necessidade de Articulação Social

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CONJUNTURA GLOBAL

Crise

financeira

social

alimentar

ambiental

Crise de Valores

Exacerbado poder do “mercado” e da grande mídia “...incrível massa retórica enganosa e desinformação.”

ESGOTAMENTO DO MODELO DE ACUMULAÇÃO CAPITALISTA

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CONJUNTURA GLOBAL

Crise financeira mundial

Causas: Desregulamentação do mercado financeiroDerivativos sem lastroAtivos “Tóxicos”

Efeitos:Grandes bancos internacionais em risco de quebraBad Banks?EUA e Europa se endividam para salvar setor bancárioExpansão da crise para outros setores

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CONJUNTURA GLOBAL

Crise do Setor Financeiro é transformada em

CRISE DA DÍVIDA

Instrumento de endividamento público utilizado como um sistema de desvio de recursos públicos:

“Sistema da Dívida”

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CONJUNTURA GLOBAL

Diante da CRISE DA DÍVIDA

Medidas de austeridade para destinar recursos ao pagamento da dívida: • Corte de gastos sociais• Congelamento e redução dos salários• Demissões • Reformas da Previdência• Comprometimento dos Fundos de Pensão

EUROPA: REAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA Grandes mobilizações e GREVE GERAL

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Grécia Irlanda França

Portugal Inglaterra Espanha

Conjuntura Atual – EUROPAManifestações contra Troika (FMI, CE, Governos e

Bancos)

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REAÇÕES POPULARES – Auditoria Cidadã na Europa

GRÉCIA: Mobilização social e criação de comissão para auditar a dívida pública

IRLANDA: Criada comissão popular de auditoria da dívida

ISLÂNDIA: Referendo eleitoral decide não pagar dívida feita para salvar bancos

PORTUGAL: Criada comissão: Iniciativa para Auditoria Cidadã à Dívida – IAC

FRANÇA: Diversos núcleos –cerca de 50 - debatendo a criação de comitês locais para iniciar auditoria cidadã

Debates na Bélgica, Itália, Espanha entre outros

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Discurso de Autoridades: “RISCO DE CONTÁGIO” DA CRISE EUROPÉIA ATUAL PARA PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO: “aumento dos canais de contágio”

•Riscos para o Fundo do Pré-sal

•Fundos de Pensão

•Fundo Soberano

Ambiente adverso ao avanço do PL-1992 (PLC-2)

O grave problema das contas do País não é a Previdência:

DÍVIDA BRASILEIRA SUPERA R$3 TRILHÕES OU 78% DO PIB

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EQUADOR – Lição de Soberania

Comissão de Auditoria Oficial criada por Decreto

Em 2009: Proposta Soberana de reconhecimento de no

máximo 30% da dívida externa representada pelos Bônus

2012 e 2030

95 % dos detentores aceitaram a proposta equatoriana, o

que significou anulação de 70% dessa dívida com os bancos

privados internacionais

Economia de US$ 7,7 bilhões nos próximos 20 anos

Aumento gastos sociais, principalmente Saúde e Educação

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CPI DA DÍVIDA – CÂMARA DOS DEPUTADOS

Criada em Dez/2008 e Instalada em Ago/2009, por iniciativa do Dep. Ivan Valente (PSOL/SP)

Concluída em 11 de maio de 2010

Identificação de graves indícios de ilegalidade da dívida pública

Momento atual: investigações do Ministério Público

NECESSIDADE DE PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL PARA EXIGIR A COMPLETA INVESTIGAÇÃO DA

DÍVIDA PÚBLICA E A AUDITORIA PREVISTA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

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CPI da Dívida: Articulação e participação social

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CONCLUSÃO

Instrumento do endividamento público foi usurpado pelo setor financeiro

Nação submissa aos interesses do “Mercado”

Metade dos recursos orçamentários da União transferidos para pagamento da dívida pública

Consequências: Sacrifício Social, Exclusão, Miséria e Violência

Terrorismo: “Não há outro caminho ”

Fazem parecer difícil (massa retórica enganosa e desinformação) para que acreditemos que é

impossível mudar os rumos

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ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

CONHECIMENTO DA REALIDADE

MOBILIZAÇÃO SOCIAL CONSCIENTE

AÇOES CONCRETAS• Auditoria da Dívida Pública para desmascarar o “Sistema da Dívida” e democratizar o conhecimento da realidade financeira: NÚCLEOS

• Investigações pelo Ministério Público

• Rever a política monetária e fiscal para garantir distribuição da renda e justiça social

• Atender Direitos Humanos

• TRANSPARÊNCIA e acesso à VERDADE

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“19 MIL CRIANÇAS MORREM POR DIA NO MUNDO DEVIDO AO CUSTO FINANCEIRO DA DÍVIDA” (UNICEF-

ONU)

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Obrigada

Maria Lucia Fattorelli

www.divida-auditoriacidada.org.br