1º seminário - codificação turbo - primeira parte da apresentação

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Instituto Nacional de Telecomunicações Códigos Turbo Seminário 1 Introdução aos códigos Turbo e Codificação Turbo Guilherme V. Barbosa 2012

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Page 1: 1º seminário - Codificação Turbo - Primeira parte da apresentação

Instituto Nacional de Telecomunicações

Códigos Turbo

Seminário 1

Introdução aos códigos Turbo e Codificação Turbo

Guilherme V. Barbosa

2012

Page 2: 1º seminário - Codificação Turbo - Primeira parte da apresentação

Instituto Nacional de Telecomunicações

Introdução

Tópicos:

1 Codificação de Canal.

2 Histórico.

3 Surgimento dos Códigos Turbo.

4 A estrutura da Codificação Turbo.

5 Aplicação dos códigos Turbo.

6 Avanço.

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Introdução

1. Codificação de Canal:

• O objetivo consiste em transmitir uma mensagem qualquer por umcanal ruidoso de maneira que o receptor possa decodificar essamensagem corretamente.

• Para viabilizar esse processo, um código C com taxa Rc deve serdimensionado corretamente.

Transmissor(codificador)

Receptor(Descodificador)

Canal( ruído)

Figura IIII: Representação em blocos de um sistema de transmissão.

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Introdução

1. Codificação de Canal:

• Parâmetros de referência:

• Tamanho do código – n;

• Taxa de codificação Rc; (Rc = k/n)

• Probabilidade de erro de bit – Pe;

• Complexidade na codificação e decodificação.

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Introdução

1. Codificação de Canal:

• Principal referência:

• Claude Shannon estabeleceu os limites teóricos (Limite de Shannon

1948) para uma comunicação confiável através de um canal

ruidoso.

• Ele dizia que: adicionando redundância controlada à informação,poder-se-ia reduzir a quantidade de erros na recepção a umpatamar tão pequeno quanto se desejasse, desde que a taxa de

transmissão R fosse inferior a capacidade do canal C e (n ∞).

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Introdução

1. Codificação de Canal:

• Principal referência:

• Em um canal AWGN (Aditive White Gaussian Noise):

- C é a capacidade do canal em (bps);- P é a potência em Watts do sinal enviado;- N é a potência em Watts do ruído;- B é a largura de faixa disponível em Hertz.

R≤

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Introdução

2. Histórico:

• Hamming, com um estudo paralelo, usou (FEC)

Correção de erro antecipada e também disseque redundâncias poderiam ser adicionadas à

informação, surgindo assim um dos primeiros sistemas práticos de

código de bloco, conhecido como código de Hamming;

• Por várias décadas pesquisadores tentaram uma aproximação ao limite

de Shannon usando novos códigos e técnicas.

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Introdução

2. Histórico:

• Uma Importante descoberta foi a concatenação

de códigos (Forney 1966):

- Consiste na combinação de dois ou mais códigos;(não sistemáticos nem recursivos)

- Códigos esses, com a capacidade de correção de erro maior que deum extenso código isolado;

- Permitindo uma nova alternativa para se atingir altos ganhos de

codificação, além de conservar o processo de decodificação em umnível de complexidade moderadamente contornável (“melhor”).

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Introdução

2. Histórico:

• O mais difundido esquema de concatenação de códigos utilizava:

- Um código Reed-Solomon “código externo”;

- Um código convolucional “código interno”.

• Tal configuração permitiu, por muitos anos, desempenhos distantes 4 dB do

limite teórico em aplicações reais (sistemas utilizados por sondas espaciais) [6].

• Embora a combinação utilizada resulte em uma palavra código com grande

distância mínima, o que garante elevado ganho assintótico, o processo dedecodificação interna é isolada e não é explorada a redundância do código

externo. Como consequência, a convergência fica distante do limite teórico [3].

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Introdução aos códigos Turbo

3. Surgimento dos Códigos Turbo:

• Inventores: (Apresentados em 1993)

• Até que surgiram os códigos Turbo, no início da década de 90 na França,apresentados na IEEE (International Conference on Communications),que deixaram valores de Eb/N0 muito próximos desse limite.

Claude Berrou(1951 - *)

Alain Glavieux(1949 - 2004 )

Punya Thitimajshima(1955 - 2006 )

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Introdução aos códigos Turbo

3. Surgimento dos Códigos Turbo:

• Os códigos turbo podem ser vistos como um aprimoramento da técnica

de concatenação;

• Utilizando codificadores Convolucionais Recursivos e Sistemáticos

(RSC); (comprimento de restrição curto parece códigos de bloco comum comprimento de bloco de grandes dimensões);

• E emprega iterativamente resultados parciais e complementares dosestágios de decodificação SISO no refinamento da confiabilidade dadecisão das etapas seguintes. (diferente da forma de decodificaçãototalmente isolada dos códigos componentes).

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Introdução aos códigos Turbo

3. Surgimento dos Códigos Turbo:

Figura IIIIIIII: Adaptado de Berrou [Ber03]. Três possíveis comportamentos para um esquema FEC em um canal AWGN commodulação BPSK ou QPSK, taxa de código 1/2 e blocos de 188 bytes. (1) Limite teórico. (2) Código turbo. (3) Concatenaçãoclássica entre um código Reed-Solomon e um código convolucional. FONTE: GASPAR I. S. [9]

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Codificação Turbo

4. Estrutura da codificação Turbo:

a) Possui concatenação paralela ou serial de dois ou mais

codificadores componentes, que podem ou não serem iguais;

b) Um entrelaçador de K bits de comprimento;

c) Um sistema de puncionamento (opcional);

d) Alimentações com arranjos diferentemente entrelaçados damesma sequência de informação;

e) E um processo iterativo de decodificação baseada em um algoritmo

de entrada e saída suaves SISO (Soft-Input Soft-Output).

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Codificação Turbo

4. A estrutura da codificação Turbo:

a1) Concatenação Serial:

Taxa = k/p Taxa = p/n Rc = k/n

Algébrico (RS)ou

Convolucional

Algébrico (RS)ou

ConvolucionalConvolucionalConvolucionalinterleaverinterleaver

Encoder 2 (outer)

Encoder 1 (inner)π

Dados (k bits)Dados + paridades 1 e 2

(n bits)

p bitsk bits p-k

p bits n bits

p bits n-pk

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4. A estrutura da codificação Turbo:

a2) Concatenação Paralela:

• Para a codificação Turbo Sistemática em paralelo são usados dois

codificadores separados (normalmente idênticos).

• É usado um entrelaçador para assegurar códigos diferentes entre as saídas dos codificadores.

• Os bits de paridade são puncionados para aumentar a taxa do código (não é necessário).

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Codificação Turbo

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Codificação Turbo

a2) Concatenação Paralela:

Figura IVIVIVIV: Representação de um sistema de concatenação paralela. FONTE: MOHAMMAD, S. A. [10]

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Figura VVVV: Esquema de Código turbo Convolucional Sistemático e Recursivo (RSC). FONTE: GLAVIEUX, A. [4]

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Codificação Turbo

4. A estrutura da codificação Turbo:

a2) Exemplo de Código turbo Convolucional Sistemático

e Recursivo (RSC):

• Polinómios geradores 15

(para a recursividade);• E 13 (para a construção da

redundância).

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Codificação Turbo

4. A estrutura da codificação Turbo:

b) Entrelaçamento (interleaving π):

• Exemplos de Interleaver:

• Entrelaçador de Bloco;

• Entrelaçador convolucional;

• Entrelaçador Pseudoaleatório...

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Codificação Turbo

b) Entrelaçamento (interleaving π):

Sequência Permutada (y)Sequência Permutada (y)

Sequência original (x)Sequência original (x)

Padrão de permutaçãoP = [ 2 0 4 1 3 ]

Padrão de permutaçãoP = [ 2 0 4 1 3 ]

m0 m1 m2 m3 m4min:min:

m1 m3 m0 m4 m2mout:mout:

P0P0 P1P1 P2P2 P3P3 P4P4

• O principal objetivo doentrelaçador π é aumentar adistância mínima do códigoturbo, eliminando ascorrelaçõesentre oscodificadores.

(x) (y)π

min:min: mout:mout:

Interleaver

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Codificação Turbo

b) Entrelaçamento (interleaving π):

• Exemplo numérico e computacional (Mathcad)

“ “

• Outro objetivo do entrelaçador π éespalhar erros em rajada emdiferentes palavras códigospermitindo assim acorreção damaioria deles.

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Figura VVVV: Ilustração da estratégia de codificação turbo com puncionamento.

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4. A estrutura da codificação Turbo:

c) Puncionamento:

• O puncionamento é usado para obteruma maior taxa de codificação.

• Ele é aplicado às saídas de paridade,das quais, alternadamente, bits são

transmitidos (t = par e t = ímpar).A taxa de 1/3 vai para 1/2.

Taxa = k/n

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Códigos Turbo

5. Aplicação dos códigos Turbo:• Telemóveis 3G• UMTS, WCDMA (3GPP/evolução de GSM)• CDMA2000 (3GPP2/evolução de IS-95)• Televisão digital• Norma DVB-RCS (“Return Channel via Satellite”)• Redes locais e metropolitanas sem fios• Norma IEEE 802.16a (“Fixed Broadband Wireless Access Systems”)• Comunicações espaciais• NASA: Messenger (‘04), Mars Reconnaissance Orbiter & Rover (’05),

STEREO (’05), Pluto (’06), Kepler (’07), etc.• ESA: SMART-1 (‘03), Rosetta• Sistemas militares• Gravação magnética

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Códigos Turbo

6. Avanço:

• A invenção dos códigos turbo levou ao ressurgimento

de um outro código que também se aproxima da

capacidade dos códigos turbos:

LDPC(Low-Density Parity-Check Code)

Gallager

IEEE- LDPC 1962-63

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Códigos Turbo

7. Referências bibliográficas:

[1] BERROU, C., GLAVIEUX, A., THITIMAJSHIMA, P.; “Near Shannon Limit

Error-Correcting Coding and Decoding : Turbo Codes”, IEEE, 1993.

[2] FORNEY, G. D., Jr., Concatenated codes, MIT Press, 1966.

[3] BERROU C., Codes and turbo codes, pp. 213 a 266, 2010.

[4] GLAVIEUX A., Channel Coding in Communication Networks, From

Theory to Turbocodes, 2007.

[5] ANDERSEN J. D.; A Turbo Tutorial, Department of TelecommunicationTechnical University of Denmark, http:\\www.tele.dtu.dk\~jda\

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[6] SKLAR B.,” Fundamentals of Turbo Codes”,

[7] SKLAR B., Digital Communications, Fundamentals and Applications,

Second Edition (Prentice-Hall, 2001, ISBN 0-13-084788-7).

[8] HANZO, L., LIEW, T. H., YEAP, B. L.;“Turbo Coding, Turbo Equalisation and

Space-Time Coding, for Transmission over Fading Channels”, 2003.

[9] GASPAR, I. S.; Implementação de uma Classe de Códigos Produto com

Decodificação Turbo em FPGA,2006.

[10] MOHAMMAD, S. A.; Turbo Codes.

[11] DAYAN A. Guimarães, GERALDO G. R. G., BARTOLOMEU F. U.; A Coded

Cooperation Scheme With Single Parity-Check Turbo-Product Codes.

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Códigos Turbo

FIM