manual de museografia - o seminário - parte iv - final

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MANUAL DE MUSEOGRAFIA MANUAL DE MUSEOGRAFIA PARTE IV PARTE IV O SEMINÁRIO O SEMINÁRIO conclusão conclusão

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MANUAL DE MANUAL DE MUSEOGRAFIAMUSEOGRAFIA

PARTE IVPARTE IVO SEMINÁRIOO SEMINÁRIO

conclusãoconclusão

utilização de materiais utilização de materiais sustentáveissustentáveis

Há variações de um país a outro, em relação Há variações de um país a outro, em relação a utilização de suportes de madeira, antes a utilização de suportes de madeira, antes um material museográfico por excelência.um material museográfico por excelência.

Mas a museologia já começou a valorizar os Mas a museologia já começou a valorizar os materiais reciclados, as soluções sintéticas materiais reciclados, as soluções sintéticas com o efeito da madeira e assim por diante, com o efeito da madeira e assim por diante, porque de acordo com a tipologia dos porque de acordo com a tipologia dos museus, pode ser necessário que o projeto museus, pode ser necessário que o projeto visual resgate ambientes de época, mais visual resgate ambientes de época, mais comuns no museu biográfico, casa-museu, comuns no museu biográfico, casa-museu, domicílio-museu, museu romântico, museu domicílio-museu, museu romântico, museu de artes decorativas, museu do folclore...de artes decorativas, museu do folclore...

Os suportes de Os suportes de madeiramadeira devem ser devem ser absolutamente lisos, sem nódulos...absolutamente lisos, sem nódulos...

Causando a não interferência entre a Causando a não interferência entre a museografia e os objetos...museografia e os objetos...

Utilizando-se madeira tratada, evitando Utilizando-se madeira tratada, evitando as pragas e infestações...as pragas e infestações...

Lixadas, tratadas e com acabamento Lixadas, tratadas e com acabamento de excelência...de excelência...

Requer constante tratamento Requer constante tratamento preventivopreventivo

O PROJETO VISUALO PROJETO VISUAL

1. provém do projeto museográfico e 1. provém do projeto museográfico e permite a utilização plena do espaço e a permite a utilização plena do espaço e a melhor localização do acervo utilizando melhor localização do acervo utilizando recursos bidimensionais como as plantas recursos bidimensionais como as plantas térreas, “mesaninos”, elevações, rampas térreas, “mesaninos”, elevações, rampas falsas e elementos tridimensionais: falsas e elementos tridimensionais:

maquetes que permitem visualizar e maquetes que permitem visualizar e prever soluções, modificações e prever soluções, modificações e identificação de problemas, por exemplo, identificação de problemas, por exemplo, elementos nas salas que não podem ser elementos nas salas que não podem ser retirados, como esculturas retirados, como esculturas comemorativas, placas históricas, comemorativas, placas históricas, colunas...colunas...

Prof. Luis Repetto Málaga (Perú)*Prof. Luis Repetto Málaga (Perú)*

participação do Brasil no Senado Mexicano*participação do Brasil no Senado Mexicano*

““Arte popular del Peru” – Museo Regional de Arte popular del Peru” – Museo Regional de Guadalajara – Mexico – 1983*Guadalajara – Mexico – 1983*

2. a exposição deve ser montada 2. a exposição deve ser montada de forma que os visitantes de forma que os visitantes percebam a orientação por percebam a orientação por sugestão, através da disposição de sugestão, através da disposição de um conjunto de painéis e muros ou um conjunto de painéis e muros ou elementos de bloqueio visual, elementos de bloqueio visual,

organizando uma circulação organizando uma circulação confortável; muito comum quando confortável; muito comum quando são expostas esculturas e quadros são expostas esculturas e quadros numa mesma sala.numa mesma sala.

Smithsonian National Air and Space Museum in Smithsonian National Air and Space Museum in Washinghton DC – 1974)Washinghton DC – 1974)

(Photo by Eric Long, National Air and Space Museum, (Photo by Eric Long, National Air and Space Museum, Smithsonian Institution)Smithsonian Institution)

Planejamento museo-pedagógicoPlanejamento museo-pedagógico

a orientação extra-muros é a orientação extra-muros é indispensável indispensável

e a informação sobre o museu é e a informação sobre o museu é obrigatória: obrigatória:

material informativo disposto material informativo disposto pela equipe de museopedagogia pela equipe de museopedagogia no “guia” correspondente.no “guia” correspondente.

Beduin Museum open air – Israel -1996Beduin Museum open air – Israel -1996

3. as formas de sinalização são 3. as formas de sinalização são variáveis, considerando-se o sistema de variáveis, considerando-se o sistema de circulação já existente conceitualmente circulação já existente conceitualmente desde o projeto museológico. desde o projeto museológico.

Na verdade, ele é plasmado no guia Na verdade, ele é plasmado no guia museográfico; é logrado com o conjunto museográfico; é logrado com o conjunto de idéias claras num desenho de idéias claras num desenho inteligente. inteligente.

As indicações eventuais nas salas As indicações eventuais nas salas devem ser pontuais e ter uma unidade devem ser pontuais e ter uma unidade gráfica, o que retira o caráter sutil de gráfica, o que retira o caráter sutil de controle do movimento dos visitantes.controle do movimento dos visitantes.

4. os espaços de descanso são fundamentais, 4. os espaços de descanso são fundamentais, devem estar previstos nas exposições de devem estar previstos nas exposições de

qualquer categoria; podem ser descritos como qualquer categoria; podem ser descritos como bancos, cadeiras, sofás, ou elementos bancos, cadeiras, sofás, ou elementos similares, que permitam o descanso do similares, que permitam o descanso do

visitante.visitante.

Museografia sem stress...Museografia sem stress... Do ponto de vista museológico Do ponto de vista museológico

utiliza-se como um hiato entre as utiliza-se como um hiato entre as obras, informação e espaços obras, informação e espaços expositivos expositivos

com ritmos vazios, promovendo com ritmos vazios, promovendo a eliminação do stress “museal”.a eliminação do stress “museal”.

Hakone open air museum – Japão Hakone open air museum – Japão (área das crianças)(área das crianças)

5. As áreas mais amplas, livres ou 5. As áreas mais amplas, livres ou exteriores, jardins e pátios, podem exteriores, jardins e pátios, podem abrigar as atividades paralelas, abrigar as atividades paralelas,

como a apresentação de áudio visuais como a apresentação de áudio visuais ou filmes, obras de teatro ou música, ou filmes, obras de teatro ou música, leitura poética ou palestras, leitura poética ou palestras,

(atividades didáticas previstas na (atividades didáticas previstas na guia museológica-museopedagógica*)guia museológica-museopedagógica*)

(Dolli Museum – Golán - Israel – (Dolli Museum – Golán - Israel – 1996)1996)

As cores e materiais dos tecidos utilizados As cores e materiais dos tecidos utilizados para forrar bases de objetos, fundos e para forrar bases de objetos, fundos e laterais de vitrinas ou bases planas laterais de vitrinas ou bases planas verticais, tetos ou bases fixas, devem ser verticais, tetos ou bases fixas, devem ser neutros e podem variar enquanto aos tons; neutros e podem variar enquanto aos tons;

devem ser puros, não tingidos, com base de devem ser puros, não tingidos, com base de algodão, PH neutro, que permitem a algodão, PH neutro, que permitem a respiração e a solidificação de colas. respiração e a solidificação de colas.

Podem produzir um efeito de contraste Podem produzir um efeito de contraste maior ou menor, sempre adequados ao maior ou menor, sempre adequados ao projeto visual em sintonia com a iluminação. projeto visual em sintonia com a iluminação.

Evitam-se os brilhos, cores estridentes, Evitam-se os brilhos, cores estridentes, listras, estampas ou pouca gramatura, listras, estampas ou pouca gramatura, tendendo à opacidade e “invisibilidade”*tendendo à opacidade e “invisibilidade”*

(exposição de arte indígena brasileira – México – 1983)*(exposição de arte indígena brasileira – México – 1983)*

6. A pintura (“lixamento”, construção dos 6. A pintura (“lixamento”, construção dos suportes massivos, bases de objetos...) do suportes massivos, bases de objetos...) do mobiliário deve ser executada em local mobiliário deve ser executada em local diferente do museu com antecipação diferente do museu com antecipação (conforme o cronograma de trabalho) e de (conforme o cronograma de trabalho) e de acordo com as especificações do guia acordo com as especificações do guia museográfico. museográfico.

Com cores diferentes, separam-se áreas de Com cores diferentes, separam-se áreas de visitação; visitação;

portanto o desenho (e cores) das vitrinas e a portanto o desenho (e cores) das vitrinas e a sinalização adequada, provocam os efeitos sinalização adequada, provocam os efeitos de continuidade ou de ruptura dos espaços; de continuidade ou de ruptura dos espaços;

organiza a circulação dos visitantes e define organiza a circulação dos visitantes e define as questões de segurança.as questões de segurança.

Beit Hatfutsot: The Museum of the Jewish Beit Hatfutsot: The Museum of the Jewish People (Telaviv – 1996)People (Telaviv – 1996)

A adequação de cores de fundos de suportes, A adequação de cores de fundos de suportes, deve atender os critérios de contrastes de luz deve atender os critérios de contrastes de luz e sombra, que podem dar forma e e sombra, que podem dar forma e profundidade aos espaços e aos objetos profundidade aos espaços e aos objetos tridimensionais como as esculturas, ou, podem tridimensionais como as esculturas, ou, podem produzir efeitos indesejáveis, quando não produzir efeitos indesejáveis, quando não previstos no projeto.previstos no projeto.

Uma análise apurada das exposições, explica Uma análise apurada das exposições, explica que sempre que possível, devem ser evitados que sempre que possível, devem ser evitados os sistemas de substituição de obras originais, os sistemas de substituição de obras originais, que em geral são os atrativos essenciais das que em geral são os atrativos essenciais das grandes mostras comerciais. grandes mostras comerciais.

Exceção à regra, quando os objetos Exceção à regra, quando os objetos apresentam instabilidade.apresentam instabilidade.

para completar a narrativa expositiva, para completar a narrativa expositiva, desde o ponto de vista da museologia, desde o ponto de vista da museologia, podem solicitar-se empréstimos de podem solicitar-se empréstimos de objetos de outras coleções objetos de outras coleções

ou elaborar cópias, réplicas, ou elaborar cópias, réplicas, hologramas ou projeções áudio hologramas ou projeções áudio visuais. visuais.

Também complementa esse quesito a Também complementa esse quesito a reprodução fotográfica ou o desenho.reprodução fotográfica ou o desenho.

museus em Kibbutz (Israel)museus em Kibbutz (Israel)

o público é convidado a participar das atividades de apoio, o público é convidado a participar das atividades de apoio, que muitas vezes requerem um sistema de pré-que muitas vezes requerem um sistema de pré-

inscrição: atividades com as escolas com escolas inscrição: atividades com as escolas com escolas devem ser cuidadosamente programadas e confirmadas devem ser cuidadosamente programadas e confirmadas

pelopelo

Departamento de Difusão. (ref.8).Departamento de Difusão. (ref.8).

Destacamos as atividades museopedagógicas Destacamos as atividades museopedagógicas do Museum of Modern Art (MOMA -NY- 1975) do Museum of Modern Art (MOMA -NY- 1975)

entre outros exemplos....entre outros exemplos....

Atelier - Museum of Art and Atelier - Museum of Art and Archaeology Archaeology

University of OxfordUniversity of Oxford

visita guiada ao complexo Yad visita guiada ao complexo Yad Vashem (Israel)Vashem (Israel)

9. Os sistemas de segurança ocupam 9. Os sistemas de segurança ocupam um apartado especial, devendo um apartado especial, devendo

executar-se um projeto de segurança executar-se um projeto de segurança específico, como parte integrante do específico, como parte integrante do

guia museográfico.guia museográfico.

Museo Nacional de las Intervenciones (1982)*

a museografia estuda os recursos de apoio a museografia estuda os recursos de apoio com a sonorização, ambientação de época, com a sonorização, ambientação de época, reconstituição histórica reconstituição histórica

como o museu romântico da Quinta da como o museu romântico da Quinta da Macieirinha – Porto – Portugal, Macieirinha – Porto – Portugal,

e as formas diversas de integrar e as formas diversas de integrar equipamentos videográficos, para equipamentos videográficos, para aprofundar certos pontos da narrativa aprofundar certos pontos da narrativa museológica.museológica.

American Museum of Natural History (NY) American Museum of Natural History (NY) mamíferos da América do Nortemamíferos da América do Norte

““dioramas”dioramas” a montagem de Dioramas tem plena sintonia a montagem de Dioramas tem plena sintonia

com os museus de história natural, na verdade com os museus de história natural, na verdade dessa tipologia se originam,e resultam ser dessa tipologia se originam,e resultam ser altamente ilustrativas na exibição de coleções altamente ilustrativas na exibição de coleções arqueológicas, antropologia, pré-história, arqueológicas, antropologia, pré-história, etnologia, paleontologia...etnologia, paleontologia...

é um recurso que se origina das é um recurso que se origina das representações de usos e costumes culturais e representações de usos e costumes culturais e são mais comuns nas exposições permanentes; são mais comuns nas exposições permanentes;

podemos dizer o mesmo das ambientações dos podemos dizer o mesmo das ambientações dos museus de cera.museus de cera.

Artwork by Chris Butler/Photo Researchers, Artwork by Chris Butler/Photo Researchers, Inc.Inc.

Beith Hathfutsot (diorama)Beith Hathfutsot (diorama)

(Gallery of Birds) (Gallery of Birds) Royal Ontario Museum - CanadáRoyal Ontario Museum - Canadá

Museo de la Guardia Civil Museo de la Guardia Civil Madrid - EspañaMadrid - España

2ª. parte:- 2ª. parte:- CLASSIFICAÇÃO DOS MUSEUSCLASSIFICAÇÃO DOS MUSEUS

orientação para as exposições de orientação para as exposições de Belas ArtesBelas Artes

as grande áreasas grande áreas

MUSEUS: TIPOLOGIAS MUSEUS: TIPOLOGIAS

(CLASSIFICAÇÃO DAS GRANDES ÁREAS)(CLASSIFICAÇÃO DAS GRANDES ÁREAS)

1. História 1. História 2.2. CiênciasCiências3.3. TécnicaTécnica4. Arte4. Arte

CLASSIFICAÇÃO PELA AMPLITUDE CLASSIFICAÇÃO PELA AMPLITUDE CONCEITUAL:CONCEITUAL:

GeraisGerais MistosMistos EspecializadosEspecializados

CLASSIFICAÇÃO POR CLASSIFICAÇÃO POR PROPRIEDADE:PROPRIEDADE:

PúblicosPúblicos PrivadosPrivados Gestão mistaGestão mista

CRITÉRIOS SOCIOCULTURAIS DE CRITÉRIOS SOCIOCULTURAIS DE PÚBLICO:PÚBLICO:

EscolasEscolas AssociaçõesAssociações ClubesClubes GrêmiosGrêmios

Definição de museologia e do Definição de museologia e do processo museológico:processo museológico:

MUSEU = CONTINENTE + MUSEU = CONTINENTE +

CONTEÚDOCONTEÚDO

Danish Jewish Museum - Det Kongelige Danish Jewish Museum - Det Kongelige Bibliotek Galejhuset (Copenhagen, Denmark) Bibliotek Galejhuset (Copenhagen, Denmark)

Daniel LibeskindDaniel Libeskind

Definição de museografia e do Definição de museografia e do processo museográfico. processo museográfico.

Museografia e os acervos de Belas Artes: Museografia e os acervos de Belas Artes: geralmente tratamos de coleções que geralmente tratamos de coleções que conformam os acervos de obras conformam os acervos de obras pictóricas, desenho ou gravuras, que pictóricas, desenho ou gravuras, que apresentam-se emoldurados (salvo apresentam-se emoldurados (salvo exceções). exceções).

As obras com suporte de papel exigem As obras com suporte de papel exigem uma proteção da superfície, podendo uma proteção da superfície, podendo estar protegidas por vidros ou acrílicos estar protegidas por vidros ou acrílicos transparentes e anti-defletores como no transparentes e anti-defletores como no State Hermitage Museum.State Hermitage Museum.

Nicholas “Roerich “Museum (NY)Nicholas “Roerich “Museum (NY)

os quadros não devem ser colocados diretamente nas os quadros não devem ser colocados diretamente nas paredes (salvo em situações permanentes e permitidas. paredes (salvo em situações permanentes e permitidas. Opcional é o sistema de trilhos, que apresenta alguns Opcional é o sistema de trilhos, que apresenta alguns

inconvenientes, de manutenção e de interferência inconvenientes, de manutenção e de interferência visualvisual

MUDAM Luxemburgo (2012)MUDAM Luxemburgo (2012)

Museu de Arte Yad Vashem – World Center for Museu de Arte Yad Vashem – World Center for Holocaust Research, Education, Holocaust Research, Education,

DocumentationDocumentation

1.1. recomenda-se a utilização de recomenda-se a utilização de paredes duplas, sobrepostas; paredes duplas, sobrepostas; forma mais comum que facilita forma mais comum que facilita a montagem de múltiplas a montagem de múltiplas exposições, preservando as exposições, preservando as paredes do edifício.paredes do edifício.

Modern Art Museum Modern Art Museum (Luxemburgo)(Luxemburgo)

1.1. em tal caso, os marcos de extensão em tal caso, os marcos de extensão poupam problemas de conservação das poupam problemas de conservação das salas de exposições temporárias ou salas de exposições temporárias ou permanentes, através do sistema de permanentes, através do sistema de hastes de metal reguláveis (ou acrílicas) hastes de metal reguláveis (ou acrílicas) com enganches nas molduras. com enganches nas molduras.

2.2. comentamos que a exposição permanente comentamos que a exposição permanente do Museu de Arte de São Paulo foi do Museu de Arte de São Paulo foi admirada e elogiada por especialistas admirada e elogiada por especialistas internacionais, como uma forma internacionais, como uma forma “revolucionária” de expor o acervo “revolucionária” de expor o acervo pictórico, entre vidros.pictórico, entre vidros.

exposição itinerante na sede das exposição itinerante na sede das Nações Unidas, NY, 2009 (Yad Nações Unidas, NY, 2009 (Yad

Vashem)Vashem)

4. enquanto à disposição das telas existem 4. enquanto à disposição das telas existem regras tradicionais, prevalecendo sobretudo regras tradicionais, prevalecendo sobretudo o critério da pesquisa, isto é, a cronologia, a o critério da pesquisa, isto é, a cronologia, a escola, o autor e a temática. escola, o autor e a temática.

Quadros alternados com os hiatos vazios são Quadros alternados com os hiatos vazios são ideais, porque aumenta a concentração do ideais, porque aumenta a concentração do visitante, evita espaços de aglomeração e visitante, evita espaços de aglomeração e expande as possibilidades de exploração expande as possibilidades de exploração museográfica através da iluminação; ao museográfica através da iluminação; ao mesmo tempo permite o espaço de repouso mesmo tempo permite o espaço de repouso para estudo das obras. para estudo das obras.

o excesso de obra pictórica nas salas, o excesso de obra pictórica nas salas, diminui a atenção do visitante e geralmente, diminui a atenção do visitante e geralmente, aumenta o trabalho de vigilância.aumenta o trabalho de vigilância.

Evitar colocação de obras ou cédulas Evitar colocação de obras ou cédulas explicativas em esquinas com paredes explicativas em esquinas com paredes justapostas, formando esquina justapostas, formando esquina invertidainvertida

Impossibilita a presença de mais de um Impossibilita a presença de mais de um visitantevisitante

Sempre menos é mais em museografia, Sempre menos é mais em museografia, a ciência da lógica espacial.a ciência da lógica espacial.

1.1. as alturas de fixação são calculadas de acordo as alturas de fixação são calculadas de acordo à média das estaturas, as exposições à média das estaturas, as exposições dedicadas ao público infantil obedecem a dedicadas ao público infantil obedecem a outras medidas. outras medidas.

1.1. Os marcos se nivelam proporcionalmente à Os marcos se nivelam proporcionalmente à altura do pé direito da sala, e suas próprias altura do pé direito da sala, e suas próprias dimensões, salvo casos específicos.dimensões, salvo casos específicos.

2.2. Considera-se a possibilidade da elevação de Considera-se a possibilidade da elevação de pisos ou diminuição de alturas, denominado pisos ou diminuição de alturas, denominado sistema de balanceamento.sistema de balanceamento.

Paul Klee Zentrun, Bern: possui as informações sobre as Paul Klee Zentrun, Bern: possui as informações sobre as obras é acessível por um código de barras inserido no obras é acessível por um código de barras inserido no

catálogo (2008)catálogo (2008)Observe que o visitante pode ler as cédulas, estando em pé, Observe que o visitante pode ler as cédulas, estando em pé,

esquinas livres, descanso, cores neutras, claridade, esquinas livres, descanso, cores neutras, claridade, iluminação adequada...iluminação adequada...

as cédulas de objetos devem estar à direita as cédulas de objetos devem estar à direita dos mesmos, porque assim funciona a visão dos mesmos, porque assim funciona a visão humana e em altura que não obrigue o humana e em altura que não obrigue o visitante curvar-se para ler. (Leon) visitante curvar-se para ler. (Leon)

Aplicam-se princípios museopedagógico de Aplicam-se princípios museopedagógico de legibilidade, incluindo as noções de legibilidade, incluindo as noções de tipografia.tipografia.

As cédulas (ou etiquetas) podem imprimir-As cédulas (ou etiquetas) podem imprimir-se diretamente sobre o acrílico... se diretamente sobre o acrílico...

7. Os dados básicos das cédulas 7. Os dados básicos das cédulas individuais dos objetos são:individuais dos objetos são:

AUTOR DA OBRA TÍTULO

ANO TÉCNICA

DIMENSÕES * (DOADOR)

As exposições necessitam de uma manutenção As exposições necessitam de uma manutenção constante, constante,

o pessoal dos museus devem estar capacitados o pessoal dos museus devem estar capacitados adequadamente: antes da montagem final, os adequadamente: antes da montagem final, os vidros devem ser limpos perfeitamente, no interior vidros devem ser limpos perfeitamente, no interior e exterior, luminárias devem ser verificadas, a e exterior, luminárias devem ser verificadas, a limpeza geral das salas, acessos, eliminação de limpeza geral das salas, acessos, eliminação de digitais...digitais...

janelas e cortinas revisadas, escadas e serviços janelas e cortinas revisadas, escadas e serviços anexos ao público devem ser testados, incluindo anexos ao público devem ser testados, incluindo áreas comuns como os toaletes e outros serviços, áreas comuns como os toaletes e outros serviços, como guarda-volumes.como guarda-volumes.

Montagem massiva e Montagem massiva e instalaçõesinstalações

““A revisão é total; enquanto às salas de A revisão é total; enquanto às salas de exposição, tudo ser limpo e higienizado exposição, tudo ser limpo e higienizado antes da montagem, o último elemento antes da montagem, o último elemento que chega às salas é a coleção que chega às salas é a coleção (CEDILLO)”.(CEDILLO)”.

O controle de acervo é feito pelo O controle de acervo é feito pelo “inventarista” ou documentalista e a “inventarista” ou documentalista e a lista completa de toda a coleção a ser lista completa de toda a coleção a ser exposta, inclui a disposição de todos os exposta, inclui a disposição de todos os objetos em seu respectivo suporte objetos em seu respectivo suporte museográfico.museográfico.

8. O PESSOAL DE SEGURANÇA8. O PESSOAL DE SEGURANÇA: :

É imprescindível a capacitação do É imprescindível a capacitação do pessoal de segurança para o pessoal de segurança para o recinto museológico, uma vez que, recinto museológico, uma vez que, este apresenta características este apresenta características especiais. especiais.

A observação discreta e o cuidado A observação discreta e o cuidado com o patrimônio merecem um com o patrimônio merecem um treinamento dirigido.treinamento dirigido.

9. MONTAGEM, DESMONTAGEM E EMPRÉSTIMOS9. MONTAGEM, DESMONTAGEM E EMPRÉSTIMOS

Trata-se de um momento tanto ou mais importante do Trata-se de um momento tanto ou mais importante do que a montagem, porque implica em proceder com:que a montagem, porque implica em proceder com:

““avaliação retroativa de todo o procedimento executadoavaliação retroativa de todo o procedimento executado logro dos objetivoslogro dos objetivos

anotação de novos resultados para futuras modificaçõesanotação de novos resultados para futuras modificações

procedimentos de limpeza do acervo para armazenagemprocedimentos de limpeza do acervo para armazenagem

verificação dos suportes, limpeza e reparos para sua verificação dos suportes, limpeza e reparos para sua reutilização” (MONSIVAIS)reutilização” (MONSIVAIS)

Quando montamos as exposições no México, utilizamos Quando montamos as exposições no México, utilizamos com alguma freqüência o recurso de empréstimos e com alguma freqüência o recurso de empréstimos e seguros.seguros.

Outro aspecto a ser destacado sobre Outro aspecto a ser destacado sobre a organização de uma exposição: a organização de uma exposição: ocorre que nem sempre as obras de ocorre que nem sempre as obras de interesse constam na lista de interesse constam na lista de acervos das instituições provedoras; acervos das instituições provedoras; há que comunicar-se com outras há que comunicar-se com outras instituições ou colecionadores instituições ou colecionadores particulares e solicitar o particulares e solicitar o empréstimo.empréstimo.

Utilizamos a orientação do Setor de Utilizamos a orientação do Setor de Museografia do Museu Nacional de las Museografia do Museu Nacional de las Culturas (Mexico DF) descrita para esta Culturas (Mexico DF) descrita para esta aula:aula:

““empréstimos por contrato: número total de empréstimos por contrato: número total de obras a serem apresentadas (contexto) e obras a serem apresentadas (contexto) e descrição sumária da obradescrição sumária da obra

análise do estado de conservação e tipo de análise do estado de conservação e tipo de embalagem e forma de transporte, o embalagem e forma de transporte, o período de empréstimoperíodo de empréstimo

as condições e o valor do seguro as as condições e o valor do seguro as pessoas, instituições e empresas pessoas, instituições e empresas diretamente responsáveis”(Ma. ENGRACIA)diretamente responsáveis”(Ma. ENGRACIA)

O seguro previne contra roubos, danos diversos, deterioração; ao O seguro previne contra roubos, danos diversos, deterioração; ao retorno as condições dos objetos são verificadas. A organização e a retorno as condições dos objetos são verificadas. A organização e a

segurança com que se manipula uma coleção emprestada pode ser o segurança com que se manipula uma coleção emprestada pode ser o cartão de visita para novos empréstimos. cartão de visita para novos empréstimos.

O seguro pode ser de transporte, de permanência ou ambos.O seguro pode ser de transporte, de permanência ou ambos.

““As obras são asseguradas com um contrato de apólice que As obras são asseguradas com um contrato de apólice que obedecem as regras internacionais e por isso muitas seguradoras obedecem as regras internacionais e por isso muitas seguradoras não trabalham no setor das obras de arte. não trabalham no setor das obras de arte.

Geralmente é responsável o diretor do museu e um avaliador Geralmente é responsável o diretor do museu e um avaliador profissional ou perito que estabelece os preços ou valores para a profissional ou perito que estabelece os preços ou valores para a companhia de seguros ao que se adjunta:companhia de seguros ao que se adjunta:

fotografias dos objetosfotografias dos objetos reprodução das fichas de registro do museureprodução das fichas de registro do museu

Os padrões estabelecidos para embalagem e transporte devem ser Os padrões estabelecidos para embalagem e transporte devem ser seguidos criteriosamente, porque as seguradoras geralmente não seguidos criteriosamente, porque as seguradoras geralmente não cobrem esses momentos.cobrem esses momentos.

Quando uma exposição é muito prolongada, como no caso das Quando uma exposição é muito prolongada, como no caso das itinerantes, o valor das apólices de seguros deverá ser atualizado itinerantes, o valor das apólices de seguros deverá ser atualizado periodicamente. periodicamente.

O transporte necessita muita atenção, considerando as O transporte necessita muita atenção, considerando as embalagens adequadas, extravios, roubos e danos muitas vezes embalagens adequadas, extravios, roubos e danos muitas vezes irreparáveis”.irreparáveis”.

(CANTU) (CANTU)

O museógrafo está capacitado para O museógrafo está capacitado para essas questões, entre outras a seguir:essas questões, entre outras a seguir:

manipulação, embalagem, tipo de manipulação, embalagem, tipo de transportetransporte

itinerário para transferência dos bensitinerário para transferência dos bens inventário e ficha documental de cada inventário e ficha documental de cada

objetoobjeto medidas, material, peso, estado de medidas, material, peso, estado de

conservaçãoconservação inventário geralinventário geral solicitação de maquinaria especializada solicitação de maquinaria especializada

(guinchos, carrinhos, empilhadeira)(guinchos, carrinhos, empilhadeira)

O transporte dentro do edifício demanda O transporte dentro do edifício demanda proteção especial, geralmente:proteção especial, geralmente:

caixas-espumacaixas-espuma edredon ou similaredredon ou similar MacasMacas

Observamos algumas especificações em Observamos algumas especificações em conservação e museografia:conservação e museografia:

1. as coleções de papel em superfícies duras1. as coleções de papel em superfícies duras2. os quadros carregados pelas molduras2. os quadros carregados pelas molduras3. o uso obrigatório de luvas3. o uso obrigatório de luvas

4. proteção de móveis, pés e junções 4. proteção de móveis, pés e junções embaladasembaladas

5. espelhos e mármores devem ser 5. espelhos e mármores devem ser transportados separadamentetransportados separadamente

6. os acessos devem ser liberados antes de 6. os acessos devem ser liberados antes de iniciar-se o transporteiniciar-se o transporte

7. eliminação de qualquer obstáculo físico nas 7. eliminação de qualquer obstáculo físico nas passagenspassagens

8. o local da exposição limpo e verificadas 8. o local da exposição limpo e verificadas todas as instalações (tomadas, fiação, todas as instalações (tomadas, fiação, vazamentos, fechaduras)vazamentos, fechaduras)

As exposições extra-muros demandam mais atenção As exposições extra-muros demandam mais atenção nos aspectos (INAH-SEP)nos aspectos (INAH-SEP)

de incrementar as medidas de segurança e de incrementar as medidas de segurança e embalagem de acordo aos materiaisembalagem de acordo aos materiais

consideração das distancias e contratação de consideração das distancias e contratação de seguros, empréstimos e transporteseguros, empréstimos e transporte

etiquetação dos volumes, numeração, dados de etiquetação dos volumes, numeração, dados de origem e destino, endereços completos e orientação origem e destino, endereços completos e orientação de manuseiode manuseio

na parede interna da embalagem, um inventário na parede interna da embalagem, um inventário completo do conteúdo das caixas e indicações completo do conteúdo das caixas e indicações traduzidas ao outro idioma, quando procedatraduzidas ao outro idioma, quando proceda

preferência por caixas exteriores de madeira e preferência por caixas exteriores de madeira e contra-choquescontra-choques

pequenas esculturas envolvidas em papel de seda, pequenas esculturas envolvidas em papel de seda, espuma de goma, cobertor e fixadas no suporte espuma de goma, cobertor e fixadas no suporte especial das caixas eliminando os espaços vazios nas especial das caixas eliminando os espaços vazios nas caixas, colocando espuma para os efeitos de qualquer caixas, colocando espuma para os efeitos de qualquer tipo de transporte: aéreo, marítimo e terrestre.tipo de transporte: aéreo, marítimo e terrestre.

““Definido o projeto de uma exposição, deve-se obedecer ao Definido o projeto de uma exposição, deve-se obedecer ao cronograma de trabalho, o que inclui:cronograma de trabalho, o que inclui:

estabelecimento de calendárioestabelecimento de calendário cronograma de montagemcronograma de montagem execução final da montagem com o espaço de dois ou três execução final da montagem com o espaço de dois ou três

dias anterior à abertura.dias anterior à abertura.

obedecer ao cronograma geral das exposições, geralmente obedecer ao cronograma geral das exposições, geralmente qüinqüenal “.qüinqüenal “.

(dados obtidos na visita técnica ao Museu de História Natural (dados obtidos na visita técnica ao Museu de História Natural de São Francisco – 1982 – reorganização museográfica da de São Francisco – 1982 – reorganização museográfica da exposição permanente)exposição permanente)

8.1 A MONTAGEM FINAL: 8.1 A MONTAGEM FINAL: PREVISÃO DE MATERIAIS, CONFORME PREVISÃO DE MATERIAIS, CONFORME

ESTABELECIDO NA GUIA ESTABELECIDO NA GUIA MUSEOGRÁFICA.MUSEOGRÁFICA.

disposição e facilitação dos materiaisdisposição e facilitação dos materiais martelos, pregos, pincéis, tesouras, martelos, pregos, pincéis, tesouras,

colas, grampeadores, alfinetes, colas, grampeadores, alfinetes, alicates, chaves, fita métrica, réguas, alicates, chaves, fita métrica, réguas, lápis e canetas especiais, fita adesiva, lápis e canetas especiais, fita adesiva, escadas, banquetas, lixo, luvas, escadas, banquetas, lixo, luvas, material de pintura, lixas, vernizes, material de pintura, lixas, vernizes, apoiadores, aventais protetores, apoiadores, aventais protetores, proteção de calçados, vassouras, proteção de calçados, vassouras, espanadores, panos de pó, cavaletes...espanadores, panos de pó, cavaletes...

““Confeccionado o mobiliário museográfico massivo, os Confeccionado o mobiliário museográfico massivo, os suportes devem estar dispostos em:suportes devem estar dispostos em:

basesbases plantasplantas mapasmapas IluminaçãoIluminação

A “desembalagem” necessita de uma mesa de apoio e A “desembalagem” necessita de uma mesa de apoio e uma área separada para averiguações e limpeza; quando uma área separada para averiguações e limpeza; quando há muita familiaridade com a coleção, geralmente esses há muita familiaridade com a coleção, geralmente esses procedimentos básicos não são observados. procedimentos básicos não são observados.

Qualquer imperfeição deve ser imediatamente informada Qualquer imperfeição deve ser imediatamente informada à companhia de seguros; a abertura de embalagens deve à companhia de seguros; a abertura de embalagens deve ser lenta, conferindo o inventário, examinando as obras, ser lenta, conferindo o inventário, examinando as obras, limpando e montando de acordo com as guias.” (Repetto) limpando e montando de acordo com as guias.” (Repetto)

exposição no Centro Cultural de Ciudad Cárdenas, Tabasco).exposição no Centro Cultural de Ciudad Cárdenas, Tabasco).

A REVISÃO FINAL:A REVISÃO FINAL:

disposição nos suportesdisposição nos suportes limpeza de vitrinas, janelas, portas, passagenslimpeza de vitrinas, janelas, portas, passagens limpeza das bases de objetoslimpeza das bases de objetos colocação das cédulascolocação das cédulas supressão de elementos como plantas ou cadeiras supressão de elementos como plantas ou cadeiras (fora do planejado)(fora do planejado) sinalização completasinalização completa revisão de banheiros, lixo, cinzeirosrevisão de banheiros, lixo, cinzeiros entradas de ar ou luz não previstasentradas de ar ou luz não previstas segurançasegurança capacitação de guias*capacitação de guias* livro de presença (opcional)livro de presença (opcional) colocação dos objetos (última etapa)colocação dos objetos (última etapa)

A profissão de A profissão de monitormonitor em museus em museus

os guias* ou monitores devem conhecer e pesquisar os guias* ou monitores devem conhecer e pesquisar o acervo. o acervo.

seu trabalho consiste em estimular a informalidade e seu trabalho consiste em estimular a informalidade e a cordialidade entre os visitantes, estudando um a cordialidade entre os visitantes, estudando um pouco o perfil dos grupos; pouco o perfil dos grupos;

manter os tempos curtos de atençãomanter os tempos curtos de atenção divulgar o material de apoiodivulgar o material de apoio orientar o visitante para as atividades paralelasorientar o visitante para as atividades paralelas estar uniformizadoestar uniformizado deter outro idiomadeter outro idioma receber capacitação adequadareceber capacitação adequada procurar pelo reconhecimento da profissãoprocurar pelo reconhecimento da profissão

DIFUSÃODIFUSÃO

OS SERVIÇOS DE DIVULGAÇÃO:OS SERVIÇOS DE DIVULGAÇÃO:

Os museus podem contatar através do Os museus podem contatar através do setor de DIFUSÃO (implica em setor de DIFUSÃO (implica em especialização) os meios de especialização) os meios de comunicação, como:comunicação, como:

1.a imprensa escrita e meios 1.a imprensa escrita e meios televisivos e rádio, assim como a televisivos e rádio, assim como a imprensa regional, nacional e imprensa regional, nacional e internacional.internacional.

SERVIÇO DE DIFUSÃO DO SENADO DA REPÚBLICA SERVIÇO DE DIFUSÃO DO SENADO DA REPÚBLICA MEXICANAMEXICANA

CONVITES E PROGRAMASCONVITES E PROGRAMAS

2. escolas e centros culturais, 2. escolas e centros culturais, prefeituras e clubes, bibliotecas, prefeituras e clubes, bibliotecas, universidades, outros museus, universidades, outros museus, departamentos culturais do departamentos culturais do serviço governamental, galerias serviço governamental, galerias de arte, antiquários, serviços de arte, antiquários, serviços diplomáticos...convites* e diplomáticos...convites* e programas*programas*

programa com as atividades programa com as atividades paralelas à exposição *paralelas à exposição *

elaboração da informação e envio por correspondência elaboração da informação e envio por correspondência comercial (fax) e convites aos meios de comunicação e comercial (fax) e convites aos meios de comunicação e

autoridades ou personalidades mais destacadas*: autoridades ou personalidades mais destacadas*: redes sociais, internet...redes sociais, internet...

boletins, catálogos, boletins, catálogos, guias informativas...guias informativas...

3. organizar a informação das atividades no 3. organizar a informação das atividades no entorno; sinalização externa, posters, painéis, entorno; sinalização externa, posters, painéis, placas de rua, estações de metrô e pontos de placas de rua, estações de metrô e pontos de ônibus, banersônibus, baners

4. incluir as cidades próximas (mapas de 4. incluir as cidades próximas (mapas de orientação, localização, meios de transporte...orientação, localização, meios de transporte...

5. arquivar todo o material utilizado para a 5. arquivar todo o material utilizado para a divulgação juntamente com o projeto da divulgação juntamente com o projeto da exposição, formando um dossiê de execução exposição, formando um dossiê de execução do trabalho, constando a organização de do trabalho, constando a organização de recibos, notas fiscais, contas de banco e recibos, notas fiscais, contas de banco e gastos gerais.gastos gerais.

6. fotografias, artigos na imprensa, vídeos, 6. fotografias, artigos na imprensa, vídeos, gravações, entrevistas, livros de presença, gravações, entrevistas, livros de presença, questionários, cartazes, convites, declarações questionários, cartazes, convites, declarações das autoridades, cartas...das autoridades, cartas...

7. arquivar no dossiê as guias de trabalho, 7. arquivar no dossiê as guias de trabalho, todo o procedimento executado, sendo essa todo o procedimento executado, sendo essa

uma tarefa do museólogo.uma tarefa do museólogo.

O dossiê permite organizar o O dossiê permite organizar o planejamento das exposições: planejamento das exposições:

as retrospectivas e a pesquisa as retrospectivas e a pesquisa transversal dos objetos e coleções, transversal dos objetos e coleções,

permitindo estudos posteriores.permitindo estudos posteriores.

AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÕESAVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÕES

Existem as formas diretas e indiretas Existem as formas diretas e indiretas de avaliação, levando-se em de avaliação, levando-se em consideração o público visitante. consideração o público visitante.

Geralmente sob forma de um Geralmente sob forma de um questionário sumário, não obrigatório questionário sumário, não obrigatório e disposto em lugar estratégico. e disposto em lugar estratégico.

PREVISÃO DE AFLUXO DE PÚBLICOPREVISÃO DE AFLUXO DE PÚBLICO Monitoramento de horários para Monitoramento de horários para

públicos diferentes: agendamento de públicos diferentes: agendamento de público infantil- escolar em horários público infantil- escolar em horários matinais, com dias marcados e matinais, com dias marcados e divulgados na imprensa.divulgados na imprensa.

Sexta Aula : Conclusão do Seminário de Sexta Aula : Conclusão do Seminário de MuseologiaMuseologia

Resumo geral do processo museológico e Resumo geral do processo museológico e conclusões do processo museográfico.conclusões do processo museográfico.

As exposições justificam a existência dos museus, As exposições justificam a existência dos museus, são elas que apresentam os diversos níveis de são elas que apresentam os diversos níveis de leitura do patrimônio cultural, informando e leitura do patrimônio cultural, informando e comunicando, expandindo os horizontes da comunicando, expandindo os horizontes da educação. educação.

As informações dos textos (desde as cédulas As informações dos textos (desde as cédulas aos catálogos) devem ser exatas, coerentes, aos catálogos) devem ser exatas, coerentes, completas e tratadas na medida da leitura completas e tratadas na medida da leitura sem cansaço.sem cansaço.

O material gráfico de apoio promove a divulgação, mas o público também se expressa.

A comunicação museopedagógica estende suas bases no desenho estimulo-resposta, entre o emissor (museu) mensagem e receptor (visitante).

Os elementos dizem respeito à racionalidade, a história e a cultura, papel fundamental do museu na sistematização do conhecimento enquanto educador informal.

Essa forma de intercambio de informação no mundo contemporâneo, aproxima os museus dos meios de comunicação de massa, com códigos diferenciados para o público adulto e infantil.

Os museus incorporam os elementos da cultura, em diferentes Os museus incorporam os elementos da cultura, em diferentes épocas e em sua própria existência, reproduzindo os padrões épocas e em sua própria existência, reproduzindo os padrões culturais, criando estereótipos, rasgos, padrões e complexos.culturais, criando estereótipos, rasgos, padrões e complexos.

O contexto das exposições define a possibilidade de expor O contexto das exposições define a possibilidade de expor descrevendo, comparando, definindo e educando descrevendo, comparando, definindo e educando informalmente.informalmente.

A linguagem museológica se identifica com o paradigma A linguagem museológica se identifica com o paradigma (Cantú)(Cantú)

conceito + definição e signoconceito + definição e signo

No qual a decodificação museológica observa que o objeto é No qual a decodificação museológica observa que o objeto é um meio de aprendizagem por associação. um meio de aprendizagem por associação.

A imaginação é o significado, a materialização o significante. A imaginação é o significado, a materialização o significante.

““A experiência “museal” é acumulativa e indissociável da A experiência “museal” é acumulativa e indissociável da demanda da educação social, contribui para a alfabetização e demanda da educação social, contribui para a alfabetização e a conscientização, através da manutenção da memória a conscientização, através da manutenção da memória histórica, formatando mente e espírito”.(histórica, formatando mente e espírito”.(BOCK)BOCK)

Esquema Yani HerremanEsquema Yani Herreman

2.Conclusões do processo 2.Conclusões do processo museográfico museográfico

““Estabelecemos os temas em Estabelecemos os temas em

Museografia e relacionamos com Museografia e relacionamos com os objetivos, para sintetizar o os objetivos, para sintetizar o âmbito da matéria, através do âmbito da matéria, através do seguinte esquema:seguinte esquema:

TEMA OBJETIVOSTEMA OBJETIVOS

1.1. MUSEOGRAFIA...........avaliação do papel MUSEOGRAFIA...........avaliação do papel da da

museografia nos museus e enumeração museografia nos museus e enumeração de objetivosde objetivos

2. EXPOSIÇÃO: localizar a importância das 2. EXPOSIÇÃO: localizar a importância das exposições na atualidade como meio de exposições na atualidade como meio de comunicaçãocomunicação

3. ANTECEDENTES HISTÓRICOS: análise da 3. ANTECEDENTES HISTÓRICOS: análise da museografia em relação com as coleções e museografia em relação com as coleções e sua evolução desde a antiguidadesua evolução desde a antiguidade

4. CARACTERÍSTICAS: deduzir os elementos constitutivos de uma exposição e analisar os componentes museográficos: espaço, calor, iluminação

5. TIPOLOGIA...estudo da classificação das exposições em base ao critério de tempo, localização, movimento, técnica

. EXPOSIÇÃO PERMANENTE: estabelecer os objetivos destes tipos de:

..EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA: específicos de exposição

...(ou/e EXPOSIÇÃO ITINERANTE)

6.“O MUSEU SOBRE TRILHOS”: discussão sobre a importância deste tipo de exposição

7. “MUSEUS ESCOLARES”: deduzir a 7. “MUSEUS ESCOLARES”: deduzir a importância deste tipo de exposiçãoimportância deste tipo de exposição

8. “A CASA MUSEU”: discussão sobre a 8. “A CASA MUSEU”: discussão sobre a importância deste tipo exposiçãoimportância deste tipo exposição

9. “OS PACOTES EDUCATIVOS”: 9. “OS PACOTES EDUCATIVOS”: explicação e avaliação desse tipo de explicação e avaliação desse tipo de exposiçãoexposição

10. “O PROCESSO MUSEOGRÁFICO”: 10. “O PROCESSO MUSEOGRÁFICO”: análise dos passos que integram o análise dos passos que integram o processo museográfico”. (7)processo museográfico”. (7)

2ª. Parte: debate e esclarecimentos:2ª. Parte: debate e esclarecimentos:

Foram discutidas inúmeras questões, principalmente Foram discutidas inúmeras questões, principalmente solicitada a orientação sobre os centros de estudos no solicitada a orientação sobre os centros de estudos no exterior; explanação sobre a bibliografia distribuída e sobre exterior; explanação sobre a bibliografia distribuída e sobre os autores dos exercícios e a função do manual elaborado os autores dos exercícios e a função do manual elaborado entre diversos profissionais e estudantes dos Mestrados em entre diversos profissionais e estudantes dos Mestrados em Museologia, Restauração Arquitetônica e Restauração de Museologia, Restauração Arquitetônica e Restauração de Bens Móveis de Churubusco.Bens Móveis de Churubusco.

A normalização internacional na área museológica; A normalização internacional na área museológica; divulgação de material informativo e didático; distribuição divulgação de material informativo e didático; distribuição de exemplos de fichas de catalogação; orientação para de exemplos de fichas de catalogação; orientação para desenvolvimento de projetos e novas idéias no setor desenvolvimento de projetos e novas idéias no setor público, criando a infra estrutura museológica e privado, público, criando a infra estrutura museológica e privado, criando empresas de prestação de serviços em Montagem criando empresas de prestação de serviços em Montagem de Exposições, Conservação e Restauração de Acervos de Exposições, Conservação e Restauração de Acervos (documentação, inventário, catalogação)...(documentação, inventário, catalogação)...

Diagnóstico individual dos problemas urgentes dos museus Diagnóstico individual dos problemas urgentes dos museus participantes do Seminário e instruções técnicas para participantes do Seminário e instruções técnicas para solvê-los.solvê-los.

Orientação sobre a legislação internacional e a necessidade da implantação no Orientação sobre a legislação internacional e a necessidade da implantação no Brasil dos cursos de Museologia, Museografia, Conservação e Restauração, Brasil dos cursos de Museologia, Museografia, Conservação e Restauração, Curadoria, Gestão e Administração de Museus, Museopedagogia (8)Curadoria, Gestão e Administração de Museus, Museopedagogia (8)

Programas de capacitação em visitas turísticas guiadas e cursos Programas de capacitação em visitas turísticas guiadas e cursos profissionalizantes para o pessoal de apoio, por exemplo, segurança em profissionalizantes para o pessoal de apoio, por exemplo, segurança em ambiente museológico; recepcionistas, guias especializados, voluntários ambiente museológico; recepcionistas, guias especializados, voluntários treinados....treinados....

Os problemas e as soluções dos “elefantes brancos”. Os problemas e as soluções dos “elefantes brancos”.

Os participantes solicitaram orientação sobre as medidas preventivas para a Os participantes solicitaram orientação sobre as medidas preventivas para a conservação de coleções e solicitaram diversos tipos e níveis de soluções para conservação de coleções e solicitaram diversos tipos e níveis de soluções para as dificuldades eminentes em seus museus.as dificuldades eminentes em seus museus.

O seminário foi concluído com uma aula dedicada às soluções de problemas O seminário foi concluído com uma aula dedicada às soluções de problemas imediatos e urgentes nos museus especialmente relacionados com imediatos e urgentes nos museus especialmente relacionados com acondicionamento e reserva técnica, medidas preventivas, capacitação de acondicionamento e reserva técnica, medidas preventivas, capacitação de pessoal; catalogação e inventário de coleções; organização documental, pessoal; catalogação e inventário de coleções; organização documental, reorganização de exposição básica, recursos humanos e financeiros, além de reorganização de exposição básica, recursos humanos e financeiros, além de orientação sobre a possibilidade de criação empresas prestadoras de serviços orientação sobre a possibilidade de criação empresas prestadoras de serviços para a execução de trabalhos específicos em museus.para a execução de trabalhos específicos em museus.

Orientação para a informatização de dados e formação de data base nos Orientação para a informatização de dados e formação de data base nos museus e integração dos museus e coleções em rede.museus e integração dos museus e coleções em rede.

Profa. Dra. Teresa Cristina de Andrade BockProfa. Dra. Teresa Cristina de Andrade Bock http://http://latteslattes.cnpq..cnpq.br/0734124225519984br/0734124225519984

11. REFERÊNCIAS 11. REFERÊNCIAS (1) participaram das discussões e contribuíram com suas experiências para

o Manual de Museografia: Prof. Dr. Roberto Alarcón Cedillo (Coordenador do Mestrado em Museologia - ENCyR); Profa.Dra. Yani Herreman (Diretora do Museu de História Natural – Chapultepec – México DF); Prof. Luis Repetto Málaga (Diretor do Museu da Artes e Traições Populares de Lima - Peru); Arq.Daniel Monsivais (Depto. Museografia do INAH-SEP-Mexico; Prof. Mario Vasquez (Diretor do Museu Nacional de Antropologia do Mexico); Prof. René Rivard (Universidade do Quebec); Arq.Marcelo Magadán (Argentina); Arq. Alfredo Moreira Quiróz (Uruguai); Arq. Silvia de la Dirección de Monumentos del INAH); Cristina Suarez y Farias (Depto. de Etnografia – Museu Nacional de Arqueologia); Eric Câmara e Charles Dabo (artistas plásticos), Prof. René (Restaurador de Pintura Mural – INAH); Jose Luiz, Jefe de Museografia del Museo Nacional del Virreinato (Tepotzotlan); Profa. Cantu (Museo nacional de las Intervenciones) el equipo de museografia del Museo Historico de Guadalajara; palestras, reuniões e discussões para a pesquisa realizadas entre 1982 e 1983, no mestrado em Museologia da ENCRyM, Mexico DF. e especialmente os profissionais que nos auxiliaram nas montagens das exposições...

(2) em (2) em 1961, com a ajuda da UNESCO, foi criado o primeiro 1961, com a ajuda da UNESCO, foi criado o primeiro programa de treinamento latino-americano de conservação, programa de treinamento latino-americano de conservação, por extensão do Laboratório de Conservação do Royal por extensão do Laboratório de Conservação do Royal Institute de Bruxelas, chamado Centro Paul Coremans, no ex-Institute de Bruxelas, chamado Centro Paul Coremans, no ex-Convento de Churubusco, na Escuela Nacional de Convento de Churubusco, na Escuela Nacional de Conservación, Restauracion y Museografia, Cidade do México. Conservación, Restauracion y Museografia, Cidade do México.

Este programa tem servido como um centro de treinamento Este programa tem servido como um centro de treinamento importante para esta região nos últimos quarenta anos. importante para esta região nos últimos quarenta anos.

Na época a UNESCO deu suporte ao plano regional de Na época a UNESCO deu suporte ao plano regional de conservação e treinamento em museus; em 1966. conservação e treinamento em museus; em 1966.

Três centro criaram forma, o de Jos, na Nigéria, o do México Três centro criaram forma, o de Jos, na Nigéria, o do México (atual ENCRyM) e o de Hononulu. (ver Harold Plenderleith, (atual ENCRyM) e o de Hononulu. (ver Harold Plenderleith, Diretor do ICCROM em 1959.Diretor do ICCROM em 1959.

(3) o esquema de museu ideal foi articulado pelo Prof. (3) o esquema de museu ideal foi articulado pelo Prof. Dr. Roberto Alarcón Cedillo, Diretor do Curso de Dr. Roberto Alarcón Cedillo, Diretor do Curso de Museologia da ENCRyM – (UNESCO) Mexico DF Museologia da ENCRyM – (UNESCO) Mexico DF (Março,1983)(Março,1983)

(4) as guias de trabalho foram organizadas pelo Prof. (4) as guias de trabalho foram organizadas pelo Prof. Luis Repetto Málaga, Diretor do Museu de Artes Luis Repetto Málaga, Diretor do Museu de Artes Populares, Instituto Riva Agüero, Puc-Lima, PerúPopulares, Instituto Riva Agüero, Puc-Lima, Perú

(Fevereiro 1982)(Fevereiro 1982)

(5). O exercício intitulado “ruta critica” foi elaborado (5). O exercício intitulado “ruta critica” foi elaborado pela Diretora do Museu de História Natural do pela Diretora do Museu de História Natural do México, Arquiteta Yani Herreman, em Junho de 1983 México, Arquiteta Yani Herreman, em Junho de 1983 (ENCRyM)(ENCRyM)

(6) as definições técnicas emanadas (6) as definições técnicas emanadas pela ENCRyM (Churubusco-México):pela ENCRyM (Churubusco-México):

Conservação: conjunto de operações interdisciplinares Conservação: conjunto de operações interdisciplinares que tem por objetivo evitar a deterioração do que tem por objetivo evitar a deterioração do patrimônio cultural tangível e garantir sua salvaguarda patrimônio cultural tangível e garantir sua salvaguarda para transmissão às gerações futuras com toda a para transmissão às gerações futuras com toda a riqueza de sua autenticidade. A conservação se integra riqueza de sua autenticidade. A conservação se integra com as ações preventivas, curativas e de restauração.com as ações preventivas, curativas e de restauração.

Proteção: conjunto de ações acadêmicas, técnicas e Proteção: conjunto de ações acadêmicas, técnicas e legais que promovem a pesquisa, identificação legais que promovem a pesquisa, identificação (inventários, catálogos, registros) conservação, (inventários, catálogos, registros) conservação, recuperação e difusão dos bens culturais monumentais.recuperação e difusão dos bens culturais monumentais.

Manutenção: conjunto de operações permanentes que Manutenção: conjunto de operações permanentes que permitem conservar a consistência física dos bens permitem conservar a consistência física dos bens culturais, evitando as agressões antropogênicas, físicas, culturais, evitando as agressões antropogênicas, físicas, químicas e/ou biológicas, aumentem sua magnitude em químicas e/ou biológicas, aumentem sua magnitude em demérito do patrimônio cultural.demérito do patrimônio cultural.

Restauração: conjunto de operações programadas que atuam Restauração: conjunto de operações programadas que atuam diretamente sobre o bem cultural. diretamente sobre o bem cultural.

Estas atividades aplicam-se quando o patrimônio perdeu parte Estas atividades aplicam-se quando o patrimônio perdeu parte do seu significado ou características originais e se intervém de do seu significado ou características originais e se intervém de maneira científica e rigorosa para sua transmissão às maneira científica e rigorosa para sua transmissão às gerações futuras com toda a riqueza de autenticidade. gerações futuras com toda a riqueza de autenticidade.

A restauração é a atividade extrema da conservação.A restauração é a atividade extrema da conservação. Museologia: ciência aplicada com a base na preservação e Museologia: ciência aplicada com a base na preservação e

divulgação do Patrimônio Cultural. divulgação do Patrimônio Cultural. Formação profissional e desenvolvimento no mundo dos Formação profissional e desenvolvimento no mundo dos

museus, com capacidade e interesse na diversidade de museus, com capacidade e interesse na diversidade de problemas que inclui o museu como uma disciplina-prática. problemas que inclui o museu como uma disciplina-prática.

Compreensão da concepção geral do museu, a sua lógica, sua Compreensão da concepção geral do museu, a sua lógica, sua função na sociedade: pesquisa, educação, organização, gestão função na sociedade: pesquisa, educação, organização, gestão e gênese dessas instituições culturais e evolução histórica no e gênese dessas instituições culturais e evolução histórica no espaço e no tempo.espaço e no tempo.

Museografia: fMuseografia: formação profissional orientada para a reflexão ormação profissional orientada para a reflexão crítica e melhoria das relações entre espaços culturais, crítica e melhoria das relações entre espaços culturais, museus e os destinatários de tais espaços, através da museus e os destinatários de tais espaços, através da concepção, planejamento, implementação e avaliação de concepção, planejamento, implementação e avaliação de projetos de museus, mediante a aplicação de uma atualização projetos de museus, mediante a aplicação de uma atualização teórica e conhecimento, e utilização de ferramentas teórica e conhecimento, e utilização de ferramentas relacionadas à administração, gestão da comunicação cultural relacionadas à administração, gestão da comunicação cultural e educacional.e educacional.

O especialista em museografia (museógrafo) realiza O especialista em museografia (museógrafo) realiza representações ambientais tridimensionais a partir de elementos representações ambientais tridimensionais a partir de elementos museológicos para comunicar e explicar determinados objetivos museológicos para comunicar e explicar determinados objetivos (previamente identificados) para o público.(previamente identificados) para o público.

Reconhece a natureza multidimensional dos problemas no museu Reconhece a natureza multidimensional dos problemas no museu do campo e sua coordenação com outros campos do do campo e sua coordenação com outros campos do conhecimento; aplica aspectos teóricos e práticos adequados para conhecimento; aplica aspectos teóricos e práticos adequados para o museu através das soluções de design, produção, execução e o museu através das soluções de design, produção, execução e acompanhamento; utiliza métodos e técnicas de análise que acompanhamento; utiliza métodos e técnicas de análise que ajudam a entender e diagnosticar problemas com referência ajudam a entender e diagnosticar problemas com referência museográfica e as teorias museológicas.museográfica e as teorias museológicas.

Coordena o planejamento, implementação e avaliação dos Coordena o planejamento, implementação e avaliação dos processos operacionais na gestão do espaço do museu e discute processos operacionais na gestão do espaço do museu e discute as soluções para os problemas de concepção, produção e as soluções para os problemas de concepção, produção e montagem de exposições, gerenciando a linguagem técnica montagem de exposições, gerenciando a linguagem técnica necessária para isso. necessária para isso.

Assume a experimentação, reflexão e criatividade como Assume a experimentação, reflexão e criatividade como permanentes na atividade dos museus; coordenar e / ou participa permanentes na atividade dos museus; coordenar e / ou participa de equipes multidisciplinares, reconhecendo que o diálogo e a de equipes multidisciplinares, reconhecendo que o diálogo e a troca de idéias são essenciais no estudo e solução dos problemas troca de idéias são essenciais no estudo e solução dos problemas dos vários espaços museológicos. dos vários espaços museológicos.

Define e justifica o uso adequado e seleção de diferentes materiais Define e justifica o uso adequado e seleção de diferentes materiais e técnicas de produção de museue técnicas de produção de museu

(7)(7) a elaboração por escrito das guias de trabalho, permite a elaboração por escrito das guias de trabalho, permite que uma exposição permanente ou temporária, seja que uma exposição permanente ou temporária, seja registrada para re-montagem; permite a transladação da registrada para re-montagem; permite a transladação da mostra, para ser montada por profissionais em outras mostra, para ser montada por profissionais em outras cidades ou países. cidades ou países.

O esquema René corresponde às medidas preventivas de O esquema René corresponde às medidas preventivas de conservação, resumidas pelo Conservador e Restaurador conservação, resumidas pelo Conservador e Restaurador Prof. René, especialista em pintura mural (INAH) Prof. René, especialista em pintura mural (INAH)

É uma condição exigida para a formação do Museólogo e É uma condição exigida para a formação do Museólogo e do Museógrafo; do Conservador/Restaurador e do do Museógrafo; do Conservador/Restaurador e do Pesquisador, quando vinculados aos museus.Pesquisador, quando vinculados aos museus.

Como procedimento básico de organização do museu, Como procedimento básico de organização do museu, registra de forma completa os procedimentos do setor registra de forma completa os procedimentos do setor museográfico, permitindo construir uma memória das museográfico, permitindo construir uma memória das mostras temporárias e a história das montagens básicas; mostras temporárias e a história das montagens básicas; considera-se um procedimento obrigatório na gestão de considera-se um procedimento obrigatório na gestão de museus. museus.

Exercício aplicado pela Arquiteta Yani Herreman, Exercício aplicado pela Arquiteta Yani Herreman, (Museografia I – Manejo del Volumen) ENCRyM-1982 .(Museografia I – Manejo del Volumen) ENCRyM-1982 .

(8) as tabelas foram elaboradas para a matéria (8) as tabelas foram elaboradas para a matéria ““Museopedagogia” ministrada pela Profa. Margarita Museopedagogia” ministrada pela Profa. Margarita Lehne G. (Comunicação I ) ENCRyM – 1982. Lehne G. (Comunicação I ) ENCRyM – 1982.

Analisa as características gerais do fenômeno Analisa as características gerais do fenômeno educativo, definindo as funções educativas que o educativo, definindo as funções educativas que o museu deve cumprir. museu deve cumprir.

Explica o processo ensino-aprendizado e a docência Explica o processo ensino-aprendizado e a docência em museu-pedagogia como uma ação sistematizada. em museu-pedagogia como uma ação sistematizada.

Implica no estudo do papel educador do museu e na Implica no estudo do papel educador do museu e na ação educativa do exercício da docência ação educativa do exercício da docência especializada nos programas educativos dos museus, especializada nos programas educativos dos museus, aspecto informal da didática por objetivos. aspecto informal da didática por objetivos.

Museu-pedagogia em termos didáticos para o estudo Museu-pedagogia em termos didáticos para o estudo da Museologia, abarca as áreas de Educação e da Museologia, abarca as áreas de Educação e Comunicação.Comunicação.

(9) as imagens marcadas com asteriscos pertencem às (9) as imagens marcadas com asteriscos pertencem às exposições que organizamos; as outras imagens são exposições que organizamos; as outras imagens são ilustrativas para enriquecer o trabalho.ilustrativas para enriquecer o trabalho.

(10) importante centro de treinamento desde 1920 em (10) importante centro de treinamento desde 1920 em conservação de pinturas sobre madeira e tela.conservação de pinturas sobre madeira e tela.

(11) Maria Cantu, Chefe de Museografia do Museu (11) Maria Cantu, Chefe de Museografia do Museu Nacional de las Intervenciones, docente em Nacional de las Intervenciones, docente em Museografia e responsável pelas práticas e estágio Museografia e responsável pelas práticas e estágio dos alunos do mestrado. dos alunos do mestrado.

. . Dioramas utilizados como pintura panorâmica sobre Dioramas utilizados como pintura panorâmica sobre tela, apresentada em sala escura promove a ilusão tela, apresentada em sala escura promove a ilusão de realidade, pelos efeitos da luz (criado em Paris de realidade, pelos efeitos da luz (criado em Paris em 1822 por Daguerre e pelo pintor Charles Marie em 1822 por Daguerre e pelo pintor Charles Marie Bouton.Bouton.

Leituras obrigatóriasLeituras obrigatórias Baudrillard, Jean. Baudrillard, Jean. «Le systeme marginal: La collection». en : «Le «Le systeme marginal: La collection». en : «Le

systeme marginal: systeme marginal: La collection». en : Le système des objets.103-131. Paris: La collection». en : Le système des objets.103-131. Paris:

Gallimard (1968)Gallimard (1968) Bazin, Germain. The Museum Age. Mordaunt Crook. Brussels, 1967Bazin, Germain. The Museum Age. Mordaunt Crook. Brussels, 1967 Benoist, L. Musées et Muséologie. Paris, PUF, 1971 (Biblioteca Benoist, L. Musées et Muséologie. Paris, PUF, 1971 (Biblioteca

UNESCO)UNESCO) Bourdieu, Pierre et Darbel, Alain. L’amour de Bourdieu, Pierre et Darbel, Alain. L’amour de l’art. l’art. Paris, Minuit, Paris, Minuit,

19691969 D.H. Dudley, I.B. Wilkinson, Museum Registration Methods, D.H. Dudley, I.B. Wilkinson, Museum Registration Methods,

Washington D.C. 1979. 3rd. ed.)Washington D.C. 1979. 3rd. ed.) Gabus, Jean. Aesthetic principles and general planning of Gabus, Jean. Aesthetic principles and general planning of

educational exhibitions. Museum, Paris, UNESCO, Vol. 18, 1965educational exhibitions. Museum, Paris, UNESCO, Vol. 18, 1965 Jeannot-Vignes, B. Collecting material. Jeannot-Vignes, B. Collecting material. In: Museum: Vol. XXXIII, In: Museum: Vol. XXXIII,

No. 3 – 1976 (p.163-169) UNESCO-Paris.No. 3 – 1976 (p.163-169) UNESCO-Paris. ICOM. La lumière et la protection des objets et spécimes exposés ICOM. La lumière et la protection des objets et spécimes exposés

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ANEXOSANEXOS

O 1º. SEMINÁRIO DE MUSEOLOGIA foi ministrado na Pinacoteca do Estado de São Paulo a convite do Departamento de Museus e Arquivos da Secretaria de Estado da Cultura, sob a direção do Prof. Zélio Alves Pinto, em março de 1985, quem me permitiu ministrar o seminário e introduzir no Brasil os conceitos, matérias e avanços no campo conceitual e prático dos estudos museológicos.

Para tal fim elaborei as apostilas e seu conteúdo programático, assim como as ementas e o conteúdo de cada uma das aulas, que foram gravadas e transformadas na presente publicação.

Recém formada pela Escola Nacional do México em 1982 mantive uma série de exemplos no trabalho que não estão diretamente relacionadas com a nossa realidade geográfica, por exemplo, a presença de vulcões e tremores de terra em função da conservação preventiva de exposições incidindo sobre as formas de montagens.

Citamos as fontes bibliográficas e mencionamos os profissionais que intervieram no decorrer de dois anos, nas experiências museológicas, entre a teoria e a prática, nos exercícios e nas “verdades” museológicas plasmadas entre os anos 50 e 1980.

Esses critérios são conhecidos e estão difundidos amplamente, hoje em dia, graças à Internet, mas a leitura dos clássicos, é fundamental para a formação do museólogo.

A formação científica singular da Museologia demanda esse cuidado com a citação das fontes de pesquisa, autores e publicações; portanto este Seminário que derivou do Manual organizado no México em 1981 e 1982, é repleto de situações singulares e citações, nomeando os autores dos exercícios e dos conceitos museológicos, tratando de consolidar um campo teórico-científico-disciplinar da Teoria Museológica.

A PRÁTICA MUSEOLÓGICA: MUSEOGRAFIA E MONTAGEM DE EXPOSIÇÕES, é uma edição revisada e publicada em 2012 - São Paulo, Registro ISBN 978-85-914169-0-5 Brasil.

Geneva, 2014

DEDICO ESTE TRABALHODEDICO ESTE TRABALHO

AOS PROFESSORES ROBERTO ALARCÓN CEDILLO (ESCUELA AOS PROFESSORES ROBERTO ALARCÓN CEDILLO (ESCUELA NACIONAL DE CONSERVACIÓN, RESTAURACIÓN Y MUSEOGRAFIA NACIONAL DE CONSERVACIÓN, RESTAURACIÓN Y MUSEOGRAFIA “MANUEL DEL CASTILLO NEGRETTE”- INAH-SEP-MÉXICO , e“MANUEL DEL CASTILLO NEGRETTE”- INAH-SEP-MÉXICO , e

LUIS ORLANDO REPETTO MÁLAGA, DIRETOR DO “MUSEO DE ARTE Y LUIS ORLANDO REPETTO MÁLAGA, DIRETOR DO “MUSEO DE ARTE Y TRADICIONES POPULARES” DO INSTITUTO RIVA-AGÜERO, PUC-TRADICIONES POPULARES” DO INSTITUTO RIVA-AGÜERO, PUC-LIMA, PERÚ.LIMA, PERÚ.

Agradecimentos a Rose e Johan Van Lengen, pelo empréstimo de Agradecimentos a Rose e Johan Van Lengen, pelo empréstimo de objetos de sua coleção particular.objetos de sua coleção particular.

Agradecimentos ao professor de Metodologia Prof .Dr. Jorge Agradecimentos ao professor de Metodologia Prof .Dr. Jorge Galeano, que nos incentivou a organizar o manual de museografia Galeano, que nos incentivou a organizar o manual de museografia (1981-82)(1981-82)

Contato:Contato:[email protected]@gmail.com