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Seminário 8 Desenvolvimento Territorial IV: Gestão participativa na formulação e implementação de políticas públicas - Programa Nacional de Crédito Fundiário Atividade e Descrição A criação de um Programa de Crédito Fundiário está, há muitos anos, na agenda do movimento sindical e de diversos setores envolvidos na questão agrária e do desenvolvimento rural. Para estabelecer o Programa Nacional de Crédito Fundiário, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) apoiou-se, sobretudo, em duas experiências. A primeira foi a do Programa Banco da Terra, executado pelo MDA de 1998 a 2002. Esse programa foi elaborado e era executado sem mecanismos de controle social e com uma participação marginal da sociedade civil. A segunda experiência é a do Projeto de Crédito Fundiário e Combate à Pobreza Rural, elaborado e executado em parceria com a CONTAG, com os Estados e o Banco Mundial a partir de 2001. Os mecanismos de controle social foram então estabelecidos: há uma participação efetiva das organizações sindicais em sua execução e todas as decisões são tomadas nos Conselhos de Desenvolvimento Rural Sustentável, no nível municipal, estadual e nacional. Nesse projeto, que visa os trabalhadores mais pobres dos estados do Nordeste, de Minas Gerais e do Espírito Santo, os investimentos em infra-estrutura e para a estruturação inicial das unidades produtivas não são reembolsáveis. Em menos de um ano, após receber o financiamento, as famílias beneficiadas já estão instaladas em suas propriedades e produzindo. Para cada família são criados, em média, 3,5 postos de trabalho permanentes. Em 2003, já foram beneficiadas mais de 6.000 famílias (até outubro de 2003), devendo o programa atingir mais 2.500 famílias nos dois últimos meses do ano. Para desenhar um programa de alcance nacional, a Secretaria de Reordenamento Agrário, durante o primeiro semestre de 2003, estabeleceu um amplo processo de consulta às organizações do movimento sindical, os estados e as associações de municípios que conviveram ou participaram dos dois programas anteriores. Dessa rica experiência de elaboração de uma política pública com a participação efetiva da sociedade civil resultou o Programa Nacional de Crédito Fundiário. O Programa Nacional de Crédito Fundiário visa ser um instrumento complementar de reforma agrária, de democratização do acesso à terra e de desenvolvimento social e econômico. Tem também como objetivo beneficiar trabalhadores sem terra, jovens rurais e agricultores familiares com pouca terra, com financiamento para a compra da terra, para a construção de casas, instalação de energia e água e para os investimentos produtivos iniciais. O Programa também procura ser um instrumento importante de democratização do estado e de construção de cidadania. Data Terça-feira, 25 de novembro de 2003, das 9:00 às 12:30 horário de Brasília

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Seminário 8 Desenvolvimento Territorial IV: Gestão participativa na formulação e implementação de políticas públicas - Programa Nacional de Crédito Fundiário

Atividade e Descrição A criação de um Programa de Crédito Fundiário está, há muitos anos, na agenda do movimento sindical e de diversos setores envolvidos na questão agrária e do desenvolvimento rural. Para estabelecer o Programa Nacional de Crédito Fundiário, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) apoiou-se, sobretudo, em duas experiências. A primeira foi a do Programa Banco da Terra, executado pelo MDA de 1998 a 2002. Esse programa foi elaborado e era executado sem mecanismos de controle social e com uma participação marginal da sociedade civil. A segunda experiência é a do Projeto de Crédito Fundiário e Combate à Pobreza Rural, elaborado e executado em parceria com a CONTAG, com os Estados e o Banco Mundial a partir de 2001. Os mecanismos de controle social foram então estabelecidos: há uma participação efetiva das organizações sindicais em sua execução e todas as decisões são tomadas nos Conselhos de Desenvolvimento Rural Sustentável, no nível municipal, estadual e nacional. Nesse projeto, que visa os trabalhadores mais pobres dos estados do Nordeste, de Minas Gerais e do Espírito Santo, os investimentos em infra-estrutura e para a estruturação inicial das unidades produtivas não são reembolsáveis. Em menos de um ano, após receber o financiamento, as famílias beneficiadas já estão instaladas em suas propriedades e produzindo. Para cada família são criados, em média, 3,5 postos de trabalho permanentes. Em 2003, já foram beneficiadas mais de 6.000 famílias (até outubro de 2003), devendo o programa atingir mais 2.500 famílias nos dois últimos meses do ano. Para desenhar um programa de alcance nacional, a Secretaria de Reordenamento Agrário, durante o primeiro semestre de 2003, estabeleceu um amplo processo de consulta às organizações do movimento sindical, os estados e as associações de municípios que conviveram ou participaram dos dois programas anteriores. Dessa rica experiência de elaboração de uma política pública com a participação efetiva da sociedade civil resultou o Programa Nacional de Crédito Fundiário. O Programa Nacional de Crédito Fundiário visa ser um instrumento complementar de reforma agrária, de democratização do acesso à terra e de desenvolvimento social e econômico. Tem também como objetivo beneficiar trabalhadores sem terra, jovens rurais e agricultores familiares com pouca terra, com financiamento para a compra da terra, para a construção de casas, instalação de energia e água e para os investimentos produtivos iniciais. O Programa também procura ser um instrumento importante de democratização do estado e de construção de cidadania.

Data Terça-feira, 25 de novembro de 2003, das 9:00 às 12:30 horário de Brasília

Apresentação e Cobertura

• Formato: Videoconferência interativa (VC) de 2 vias • Locais: GDLN (Brasília, Recife, Washington, DC), centros de VC da EMBRAPA (localizados no

NE e em Brasília), SEBRAE (localizados no NE) e Fundação Luis Eduardo Magalhães (Salvador, BA), que cobrirão todas as capitais do NE

Idioma Português

Parcerias Em colaboração com:

• SDT-MDA • EMBRAPA • IICA • SEBRAE • FLEM • PNUD • Secretaria de Reordenamento Agrário (SRA-MDA) • CONTAG

Público alvo 150 participantes. Este seminário é dirigido a:·

• Altos funcionários dos governos dos Estados do Nordeste • Conselhos municipais no Nordeste • Centros acadêmicos de pesquisa e treinamento • ONGs e grupos comunitários • Representantes do setor privado • Funcionários dos governos dos Estados envolvidos na execução do Programa Nacional de

Crédito Fundiário • Representantes da CONTAG • Representantes das Federações dos Trabalhadores na Agricultura • Beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário

Objetivo geral Este seminário sobre gestão participativa na formulação e implementação de políticas públicas discutirá, por meio da visão de representantes dos governos e dos atores sociais,o Programa Nacional de Crédito Fundiário.

Objetivos de aprendizado Ao final deste seminário, os participantes devem estar aptos a:

• Compreender a estratégia e o funcionamento do Programa Nacional de Crédito Fundiário. • Potencializar o envolvimento dos participantes no controle social do programa.

Formas de aprendizado O seminário é apresentado por meio de videoconferências interativas de três vias a participantes reunidos em diferentes centros de aprendizado no Nordeste. A videoconferência será precedida por uma breve introdução no local. Na primeira parte do evento o Secretário de Reordenamento Agrário, Eugênio Peixoto, e o Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), Manoel Santos, farão a apresentação do tema. Na segunda parte, o Diretor da Unidade Técnica Nacional, Edson Teófilo, vai detalhar o novo decreto que regulamenta o Programa Nacional de Crédito Fundiário. A terceira parte será dedicada ao debate com os trabalhadores rurais e beneficiários do Programa, com os representantes das Federações de Trabalhadores na Agricultura e dos governos estaduais e municipais, e sociedade civil. Um moderador local irá mediar o seminário em cada centro de videoconferência.

Conteúdo Este seminário focaliza a importância do Programa Nacional de Crédito Fundiário como instrumento de acesso à terra e de apoio ao desenvolvimento dos projetos produtivos dos trabalhadores rurais. O evento será desenvolvido em torno das seguintes questões:

• Qual a importância deste instrumento complementar de acesso à terra e à reforma agrária? • Quais as alterações decorrentes na nova regulamentação do Programa? • Qual o papel da sociedade civil organizada na implantação e no acompanhamento do

Programa? • Como fortalecer a participação dos atores sociais nos mais diferentes níveis como protagonistas

de uma política pública para o desenvolvimento rural? • Quais os principais desafios para se ampliar e aperfeiçoar esse instrumento de acesso à terra?

Palestrantes

• Eugênio Peixoto - Secretário de Reordenamento Agrário - MDA • Manoel Santos - Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura

(CONTAG) • Edson Teófilo - Diretor da Unidade Técnica Nacional

Avaliação Questionário de Nível 1 do WBI (uma metodologia de avaliação separada será desenvolvida e implementada pela unidade de Avaliação do IBM a fim de asseverar o impacto do programa como um todo)

Contato

• Aico NOGUEIRA, WBI Fortaleza: Tel: (85) 242-5902 Email: [email protected]

• Cary Anne CADMAN, WBI Washington: Tel: (+1-202) 458-8153 Fax: (+1-202) 676-0978 Email: [email protected]

• Patrick VERISSIMO, WBI Washington Email: [email protected]

• Denise Oliveira - SRA-MDA - Assessora de Comunicação Tel: (61) 411.7489 Email: [email protected]