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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

Curso: Introdução aoExercício do ControleSocial do SUAS

Módulo II - A Política deAssistência Social e oSistema Único de AssistênciaSocial (SUAS)

Unidade I - Política Nacional daAssistência Social

Facilitadora: Rita da Silva Barros Neta

• Compreender a construção da assistência socialno Brasil e os avanços inaugurados pela CF de1988, como processo de afirmação do direito àproteção social não contributiva no âmbito dosistema de seguridade social;

• Reconhecer a estrutura da PNAS e as ofertas deproteção social que deve realizar;

• Identificar os fundamentos da política deassistência social, assim como seus princípios,diretrizes e objetivos;

• Refletir criticamente acerca das situações devulnerabilidades e riscossociais que demandam proteção social do SUAS.

Objetivos do Módulo II – Unidade I

Controle Social

Vídeo História da AssistênciaSocial no Brasil

Trajetória Recente da Assistência Social

Constituição de 1988 traz um processo de ruptura entre aperspectiva assistencialista, que marcou a história dessapolítica, para a perspectiva socioassistencial, que a afirma comodireito;Perspectiva assistencialista não estimulava a participação sociale quando trata de controle, considera-se o “controle” do Estadoe das instituições privadas sobre aqueles que são usuários dapolítica;

Após a CF/88, a assistência social começou a ser entendida como uma política pública de direitos garantida pelo Estado.

Assim iniciou o processo de substituição das políticasassistencialistas e patrimonialistas que se vinculavam aosgovernos eleitos por uma política pública de Estado nãocontributiva e destinada a qualquer pessoa que delanecessite.Perspectiva socioassistencial - a sociedade é chamada aparticipar da formulação da política e do exercício do controlesobre o Estado e a rede socioassistencial, uma conquistaassegurada desde a Constituição Federal de 1988.

Antigamente, asiniciativas da assistênciasocial eram realizadas pelafamília e sociedade, eposteriormente pelo Estado.

Atualmente, destaca-se aação estatal, com o foco nafamília, como primordialpara a efetividade dasações socioassistenciais.

Seguridade Social - Sistema de proteção social que coloca lado a lado as políticas de saúde, previdência social e assistência social “tripé da seguridade social”

O conceito de Direito Social

Os direitos sociais são fundamentados pela idéia deigualdade, uma vez que decorrem do reconhecimentodas desigualdades sociais gestadas na sociedade(COUTO, 2010, p. 48).

Seguridade Social: “A seguridade social compreendeum conjunto integrado de ações de iniciativa dospoderes públicos e da sociedade, destinadas aassegurar os direitos relativos à saúde, à previdência eà assistência social” (BRASIL, 1988, art. 194)

Constituição Federal de 1988: institui o direito à assistência social;Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS: regula o campo daassistência social;Política Nacional de Assistência Social - PNAS: estabeleceprincípios, diretrizes,objetivos e o conteúdo da política, bem comoas bases de sua gestão;Norma Operacional Básica – NOB/SUAS: normatiza a gestão doSUAS.

O Conceito de Proteção Social

Apesar de não se constituir em objeto de definição consensual, pode-seafirmar que a proteção social sob responsabilidade do Estado éreconhecida não apenas por implementar benefícios monetários eserviços públicos, mas por os associar a um sistema de obrigações jurídicasque deram origem a novos direitos na esfera pública: os direitos sociais.

A proteção socialproporcionada pelapolítica deassistência socialdeve garantir aosusuários acesso àsseguintesseguranças sociais:

a) Segurança de acolhidab) Segurança social derendac) Segurança de convívio ouconvivência familiar,comunitária e sociald) Segurança dedesenvolvimento deautonomiae) Segurança de apoio eauxílio

Na Assistência Social, a vulnerabilidade foi conceituadacaracterizando situações de fragilidade relacional ou social,destacando sua conexão com as situações de “pobreza,privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aosserviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização devínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social(discriminações etárias, étnicas, de gênero ou pordeficiência, entre outras)” (PNAS, 2004, p. 33).

Verifica-se que a vulnerabilidade social:• Não é sinônimo de pobreza. Esta é uma condição queagrava a vulnerabilidade vivenciada pelas famílias;• Trata-se de um fenômeno complexo e multifacetado, queexige respostas intersetoriais;• É uma condição instável que as famílias podem atravessar,nela recair ou nela permanecer ao longo de sua história;• Se não compreendida e enfrentada, pode gerar ciclosintergeracionais de reprodução(BRASIL, 2012a, p. 14-15).

Conceito de Vulnerabilidade Social

Desta forma a política de assistência socialavança na garantia da proteção social afiançandoseguranças para o enfrentamento do conjunto desituações geradoras de vulnerabilidades e riscos,próprios de seu campo de atuação.

RISCO PESSOAL E SOCIAL:Situações específicas-Moradia, saneamento einfraestrutura precárias;-Violência doméstica, abuso sexual,discriminação (gênero, religiosa,por deficiência);-Tráfico de drogas, crimeorganizado;-Enchentes, desabamentos.

VULNERABILIDADE SOCIAL:Não é uma condição dapessoa, mas as diversascondições momentâneas oupermanentes vivenciadas pelasfamílias em um contexto dedesproteção.

Caráter preventivo e de inclusão social

Proteção Social Básica Alta

vulnerabilidade social e pessoal

Proteção Social

Especial

Media Complexidade

PAIF

PAEFI

O SUAS tem a função de proteção, vigilância e defesa de direitos e oferta serviços, benefícios, programas aos/às usuários/as.

Vídeo Aldaíza Sposati: O desafio da Proteção Social

Proteção Social Básica

Público: Indivíduos, famílias e grupos em situação de vulnerabilidade decorrente da pobreza e privação ou vínculos fragilizados.

Objetivo: atuar na prevenção as situações de risco através do desenvolvimento de potencialidades e fortalecimento de vínculos.

Oferta: Acontece através dos CRAS e das entidades e organizações de assistência social.

Rede: Articula a rede no seu território.

Proteção Social Especial de Media Complexidade

Público: Indivíduos, famílias e grupos em situação de risco pessoal e social porabandono, maus tratos, em MSE,situação de rua, trabalho infantil. Situações devulnerabilidade com violação dos direitos e comprometimento dos vínculos, queainda não foram rompidos.

Objetivo: atuar no enfrentamento das situações de violação de direitos erompimentos de vínculos.

Oferta: Acontece através dos CREAS, Centro POP e nas entidades e organizações deassistência social.

Rede: Necessitam intensa articulação para superação das situações vividasações compartilhadas com MP, PJ, DP, CT e demais políticas

Proteção Social Especial de Alta Complexidade

Público: situação de abandono, ameaça ou violação de direitos onde houve rompimento dos vínculos de pertencimento

Local: : Instituições de acolhimento estatal e entidades da sociedade.

Serviços, programas, projetos e benéficos socioassistenciais

• Serviços: atividades continuadas, que visam àmelhoria da vida da população, a partir de açõesvoltadas para o atendimento de suasnecessidades básicas, considerando os objetivos,princípios e diretrizes estabelecidas na lei. Estesserviços são organizados em rede, de acordo comos níveis de proteção social: básica e especial, demédia e alta complexidade

• Programas: compreendem ações integradas ecomplementares, com objetivos, tempo e área deabrangência definidos para qualificar, incentivar,potencializar e melhorar os benefícios e osserviços assistenciais; não se caracterizandocomo ações continuadas.

• Projetos: investimentos econômico-sociais nos grupospopulacionais em situação de pobreza. Buscam subsidiartécnica e financeiramente iniciativas que lhes garantammeios e capacidade produtiva e de gestão. Os projetosintegram o nível de proteção social básica, podendo,contudo, voltar-se ainda às famílias e pessoas emsituação de risco, usuários da proteção social especial epodem ser construídos articuladamente com as demaispolíticas públicas;

• Benefícios: Provisões financeiras ou materiais,concedidas a indivíduos, por tempo determinado ou deforma continuada, visando cobrir necessidadestemporárias ou permanentes relacionadas ao ciclo davida, a situações de desvantagem pessoal ou a ocorrênciade vulnerabilidade e risco social.

Serviços, programas, projetos e benéficos socioassistenciais

Bolsa Família

Público Pessoa em situação pobreza (per capita entre R$85,01 até R$ 170,00)e extrema pobreza (abaixo de R$85,00) selecionadas do CadÚnico.

Objetivo Acesso à serviços, promoção da segurança alimentar,combater pobreza estimulando a emancipação dasfamílias. Promoção da sinergia das ações do poderpúblico,

Agentes Operadores Municípios: Coletam dados, realizam gestão decondicionalidades e acompanhamento.Caixa Econômica: processa os dados e atribui NIS aosusuários e pagamento dos benefícios.União: Seleção de beneficiários e garantia derecursos para pagamento dos benefícios.

Condicionalidades Educação, Saúde e Assistência Social

Benefícios

Benefício Básico, no valor de R$ 85,00Pago apenas a famílias extremamente pobres (renda mensal por pessoa de até R$ 85,00).Benefícios Variáveis (até cinco por família) R$ 39,00:Pago às famílias com renda mensal de até R$ 170,00 por pessoa.Benefício Variável Vinculado à Criança ou ao Adolescente de 0 a 15 anos.Benefício Variável Vinculado à GestanteBenefício Variável Vinculado à Nutriz.Benefício Variável Vinculado ao Adolescente, no valor de R$ 46,00 (até dois por família).Pago às famílias com renda mensal de até R$ 170,00 por pessoa e que tenham adolescentes entre 16 e 17 anos em sua composição.Benefício para Superação da Extrema Pobreza, em valor calculado individualmente para cada família.Pago às famílias que continuem com renda mensal por pessoa inferior a R$ 85,00, mesmo após receberem os outros tipos de benefícios do Programa.

Vídeo 5 Controle Social

Vídeo 1 Controle Social

Resolução CNAS nº15 de 2014: orienta osConselhos de Assistência Social – CAS quanto à suaorganização e ao seu funcionamento comoinstância de participação e de controle social doPrograma Bolsa Família (PBF).

Resolução nº 18 de 15 de julho de 2013: Umas dasmetas do Pacto de Aprimoramento – GestãoMunicipal refere-se à regulação do CMAS comoinstância Controle Social do Programa Bolsa Família .

• A intersetorialidade constitui-se dodesenvolvimento de um conjunto de açõesdiferenciadas, mas articuladas. Exige, assim, asuperação da gestão segmentada e fragmentada daspolíticas sociais em prol de uma ação integrada emtorno de problemas e desafios específicos;

• A intersetorialidade, na política de assistênciasocial, se refere ao diálogo e à integração com asdemais políticas públicas, no sentido de garantir oacesso das famílias aos serviços setoriais e a outrosdireitos;

Intersetorialidade e articulação entre os Conselhos

Necessidade de construção de uma cultura de diálogo entre os Conselhos de direitos.

Vídeo 7 Controle Social

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida- (ASCES-UNITA)

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096