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Distribuição Gratuita

PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 9 - nº 84 - Outubro/2008

Página aos Pais ...

Atavismo Religioso

Nesta edição:Albert Einstein

Espiritismo sem Jesus

Sacrifícios

Segue-Me! E Ele O Seguiu...

EditorialSeareiroeditorial

Temos observado o verdadeiro caos que se instalou na economia mundial.Tudo isto é motivado pelos problemas financeiros que sofreram grandes

corporações americanas do ramo imobiliário, por questões de liquidez e que, ante osreflexos na credibilidade de outras corporações mundiais, vêm ocasionando grandesquedas nos preços das ações, em todas as bolsas de valores do mundo.

É uma verdadeira reação em cadeia, levando ao fechamento de muitas empresasque estão falindo da noite para o dia. Os investidores, perdendo muito neste processo,com o qual já ganharam muito em especulações; empresários, vendo suas empresasse esvaírem com uma rapidez incrível; empregados, perdendo seus empregos, semperspectivas favoráveis, em um futuro próximo, de recolocação no mercado.

Com tudo isto, está havendo no mundo um aumento no número de casos infelizes:problemas psicológicos, psiquiátricos e até mesmo de suicídios.

Infelizmente, o apego que todos nós ainda temos às coisas materiais faz com quenos desequilibremos em situações como essas. Preocupamo-nos mais com asriquezas terrenas do que com as do Espírito.

Quando aprendermos, com o Evangelho de Jesus, que os tesouros que deveremoscultivar são os da Eternidade e não os da Terra, evitaremos desequilíbrios dessaordem, pois que nos comprometemos mais ainda diante das leis de Deus.

Precisamos entender que os bens materiais são empréstimos do Criador, para quepossamos colocá-los a serviço de todos, gerando empregos, amenizando doresalheias, auxiliando o nosso próximo. Neste desprendimento, crescemosespiritualmente já que, na Espiritualidade, esses bens não existem, pois são própriosdo nosso meio.

Este trecho doEvangelho de Lucas, nos alerta que, a qualquer momento, retornaremos à PátriaEspiritual. E que riquezas estamos acumulando?

E Jesus nos diz:

Por este motivo é que temos que divulgar a Doutrina do Cristo, o mais quepudermos, para que os ensinamentos nela contidos alcancem um maior número decriaturas. Eles nos auxiliam a entender a necessidade de darmos o devido o valor àscoisas materiais e não nos equivocarmos no aprisionamento de nossas oportunidadesreencarnatórias em bens perecíveis. E Jesus nos ensina:

Será que temos seguido estes princípios, buscando corrigir em nós o apego milenaraos bens terrenos e que vem destruindo, no decorrer dos séculos, as oportunidadesde adquirirmos valores elevados e nobres, que facilitariam obtermos um melhorentendimento da vida espiritual e de nossas possibilidades perante a Eternidade?

Reflitamos diante destas situações que estamos vendo pelo mundo afora, comdesajustes que culminam até em casos de suicídio, tudo isso pelo apego excessivo aoque chamamos de , mas que têm um verdadeiro proprietário, que éDeus, nosso Pai Celestial, de Quem as criaturas que chegam até a estesdesequilíbrios estão bem distantes. E nós não passamos de maus usufrutuários dosbens que nos são confiados.

Infelizmente, a lição serve para todos nós!

“Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será? Assim éaquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.”

“Não amontoeis tesouros na Terra, pois que são perecíveis, masajuntai os vossos tesouros no céu, porque são eternos.”

“Ajuntai tesouros no céu,onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam e nemroubam.”

“nossos bens”

Equipe Seareiro

SeareiroSeareiro2

Grandes Pioneiros:Família:Clube do Livro:Pegadas de Chico Xavier:

Kardec em Estudo:Contos:Atualidade:Cantinho do Verso e Prosa:Livro em Foco:Tema Livre:

Albert Einstein - Pág. 3Página aos Pais - Pág. 10

Não te Canses deAmar - Pág. 11O Culto do Evangelho no Lar - Pág. 12;

Espiritismo sem Jesus - Pág. 12;Mensagem de Maria João de Deus - Pág. 13

Sacrifícios - Pág. 14O Homem Feliz - Pág. 15

Atavismo Religioso - Pág. 16Lema deAmor - Pág. 17

Irmão - Pág. 17Segue-Me! E Ele O Seguiu... - Pág. 18;

Desprezando oAuxílio - Pág. 18;O Trabalho - Pág. 19

ÍND

ICE

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Direção e Redação

Endereço para correspondência

Conselho Editorial

Revisão

Jornalista Responsável

Diagramação e Arte

Imagem da Capa

Impressão

Tiragem

Ano 9 - nº 84 - Outubro/2008Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

CCM: 39.737

Seareiro é uma publicação mensal,destinada a expandir a divulgação daDoutrina Espírita e manter o intercâmbioentre os interessados em âmbitomundial. Ninguém está autorizado aarrecadar materiais em nosso nome, aqualquer título. Conceitos emitidos nosartigos assinados refletem a opinião deseu respectivo autor. Todas as matériaspodem ser reproduzidas, desde quecitada a fonte.

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Eduardo PereiraFátima Maria Gambaroni

Geni Maria da SilvaMarcelo Russo Loures

Reinaldo GimenezRoberto de Menezes PatrícioRosangela Neves de AraújoRuth Correia Souza Soares

Silvana S.F.X. GimenezVanda NovickasWilson Adolpho

A. M. Gauvin

Eliana Baptista do NorteMtb 27.433

Reinaldo GimenezSilvana S.F.X. Gimenez

Van Moorsel, Andrade & Cia LtdaRua Souza Caldas, 343 - Brás

São Paulo - SPCNPJ: 61.089.868/0001-02

Tel.: (11) 2764-5700

12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/34/Albert_Einstein_in_later_years.jpg

Designado pelo Alto, Albert Einstein reencarna pararevolucionar o mundo com a Lei da Relatividade e aMatemática.

No dia 14 de março de 1879, às 11h30min de umamanhã cinzenta, na cidade de Ulm, no estado deWürttemberg, sul da Alemanha, retornava à vida física ummenino que recebeu de seus pais, o senhor HermannEinstein e a senhora Pauline Koch Einstein, o nome deAlbert Einstein.

O senhor Hermann era um comerciante modesto, quenunca conseguira prosperar em seus negócios. A famíliamorava nos fundos da casa comercial, na ruaBahnhofstrasse, B 135. Hoje, a casa onde nasceu Albertnão existe mais. Foi destruída, durante a Segunda GuerraMundial, por um bombardeio, em 1944.

A família de Albert era de origem judaica, mas a religiãoera pouco praticada, portanto essa questão, para omenino, só foi acentuada em sua mente, com o passar dotempo, já amadurecido e afeito aos estudos.

Os negócios do senhor Hermann não iam bem e seuirmão Jacob, preocupado com a situação financeira deHermann, propõe-lhe mudarem-se para Munique, ondemontariam uma empresa de instalações de água e gás.Jacob era engenheiro, renomado pela eficiência de seutrabalho e muito responsável. Hermann aceita a propostaporque sua esposa Pauline estava grávida do segundo filho.Com a ajuda do pai de Pauline, a empresa foi montada emMunique.

Albert crescia, mostrando ser muito inteligente. Estavamuito contente porque os pais o preparavam para a chegadade outro bebê. Albert batia palminhas e, encostando suacabecinha no ventre materno, dizia que iria chegar à suacasa uma menina, que seria sua irmãzinha querida e ela sechamaria Maja. Pauline ria e dizia ao menino que esse nomeera bonito, mas, se de fato nascesse uma menina, elapoderia ter o nome de Maria.

E no dia 18 de novembro de 1881 nasceu Maria, mas, paraAlbert, ela seria Maja.

Os meninos cresciam. Albert e Maja não se largavam.Todos ficavam admirados do carinho existente entre eles.

Embora as crianças não recebecem nenhuma orientaçãoreligiosa, Albert, que com sua inteligência via a dedicação deseu tio Jacob aos ritos judaicos, quis saber por que elestambém não faziam o mesmo.

Hermann respondia que isso pertencia ao passado e quetudo não passava de superstições dos antigos judeus. MasAlbert, olhando para o céu, pegava as mãozinhas de Maja edizia: “Papai não sabe, mas um dia, Maja, eu vou descobrir oque há lá em cima”.

Tudo isso se processava na cabecinha do menino, porqueele tinha dificuldades para coordenar seus pensamentos.

Como Albert pressentia que ninguém conseguia entendê-lo, começou a se fechar e só conversava com Maja, que ria eo abraçava e ele, em sua mente, sentia que só ela ocompreendia.

Já na idade escolar, foi matriculado numa escola do bairro.

O menino não brincava com nenhum garoto, preferia isolar-se. Com isso, as crianças começaram a discriminá-lo e ochamavam de “menino tedioso”. A verdade era que Albertnão encontrava interesse nem nas aulas e muito menos nosfolguedos das crianças, que para ele eram perda de tempo.

Os pais de Albert não entendiam o que se passava comele. Era uma criança que, embora parecesse normal, dava aimpressão a todos de que era retardado.

Não falava, não brincava e, na escola, sua matériapreferida era a Matemática. Fazia cálculos que, para osprofessores, eram de caráter científico, pois ele calculavatempo, espaço, velocidade e as dimensões entre astros,estrelas e tudo isso numa precisão incrível, comprovadopelos melhores professores de Matemática.

Albert, como espírito missionário que reencarnara para odespertar da ciência acerca do Infinito e seus mundosplanetários, achava-se ainda contido em um corpo físico,restrito às suas faculdades em desenvolvimento. Por isso oseu suposto alheamento mental. Seu espírito procuravasobrepor-se, de tal maneira, ao físico que seus órgãosmateriais pareciam ser insuficientes à sua maneira de agir,principalmente, o seu interesse pela organização daNatureza. Esses pensamentos, nos quais Albert procurava osentido da vida, foram se tornando tão fortes e tãotormentosos que ele começou a ficar enfermo. Uma febreconstante apareceu. Vários médicos e muitos exames nãodiagnosticavam coisa alguma.

O senhor Hermann, para fazê-lo melhorar e sabendo queele gostava de coisas estranhas para brincar, trouxe-lhe depresente uma bússola. Acreditava que o menino achariaengraçada a movimentação da agulha e com isso, quemsabe, a febre passaria.

Quando Albert pegou a bússola, arregalou os olhos e

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 3

Albert EinsteinAlbert Einstein

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

passou a virar e revirar oinstrumento em suas mãos.Os movimentos giratóriosda agulha magnética lheafloraram uma infinidade deperguntas ao pai, que ficouem sérias dificuldades pornão saber respondê-las.

Com o passar do tempo,Albert achou, por elemesmo, as respostas que opa i não soubera lheresponder. Veio-lhe doinconsciente a lembrança(do passado) de que aFísica é que o levaria aoestudo acerca dos mundosque giram no espaço. Sorriuà recordação do que disseraa Maja: “um dia, voudescobrir o que há lá em cima”.

Ele começara a descoberta. Não foi por acaso que o pailhe trouxera a bússola. Naturalmente, ele fora intuído peloPlano Espiritual para que, um dia, ele pudesse encontrar oponto de partida para formular suas teorias e chegar a ser ogrande criador da Teoria Geral da Relatividade.

A dedicação de Albert à Matemática era surpreendente,tanto que um dos professores dessa matéria, deu-lhe depresente uma obra de nome “Geometria”, de Spieker. Esselivro tornou-se, para Albert, a obra-prima de que tantoprecisava; deu-lhe a continuação para que viesse a ser, maistarde, o grande cientista que a Espiritualidade Superiorenviara à Terra.

Em sua mente, as reminiscências dos estudos, feitos emvidas passadas, começaram a voltar. Sozinho, ele conseguiuatingir o Cálculo Integral e Diferencial, a Álgebra Superior e aGeometriaAnalítica. Isso contribuiu para que os professores,que não conseguiam alcançar o raciocínio da matériaexposta por Albert, após uma reunião, pedissem a ele quenão os expusesse à humilhação diante dos outros alunos,por não estarem assim preparados.

Tempos depois, a família de Albert transferiu-se paraMilão, Itália, mas ele preferiu ir para a Suíça.

Quando aperfeiçou seus estudos, ingressou na EscolaPolitécnica Federal, em Zurique, aumentando seusconhecimentos de Física e Matemática. Por essa épocaescreveu seu primeiro trabalho científico, que intitulou de "AInvestigação do Estado do Éter em Campo Magnético". E, nofinal do curso, ele apresentou seu estudo sobre a teoriaeletromagnética de Maxwell, recebendo seu diploma docurso secundário.

Sempre escrevendo seus artigos sobre cálculosmatemáticos correspondentes à velocidade do tempo e daluz, fez com que muitos físicos e estudiosos do assunto sesentissem incomodados e Einstein foi alvo de críticas eperseguições. Mas Albert não se deixava abater e continuouescrevendo e procurando ensinar, agora, a eletrodinâmicade corpos em movimentos, introduziu a concepção deRelatividade Restrita. Estabeleceu a relação entre osconceitos de tempo e distância. Baseando-se na ideia deGalileu, de que as leis da Natureza são as mesmas para osobservadores que se movem a uma velocidade igual à dosoutros, colocou outra ideia onde ele via a velocidade da luzigual para todos os observadores. Dizia Albert, e escrevia,que a Relatividade Restrita tem algumas consequências, por

serem rejeitados algunsconceitos absolutos detempo e tamanho. Essaparte, publicada por Albert,f icou conhecida comoTeoria da RelatividadeRestrita. Depois, Albertcompleta essa teoria,estabelecendo que todos oso b s e r v a d o r e s s ã oequivalentes. E, dandoextensão a tudo isso, eleintroduz outro conceito demassa inerc ia l . Essae q u a ç ã o , a s s i mdemonstrada pelos cálculosmatemáticos, para Albertera: E = mc . Essa ideia daexplosão de energia deuorigem à construção das

bombas nucleares. Albert deu sequência a uma série depalestras sobre suas teorias entre Física, Matemática e oconhecimento do Universo, razão pela qual a EspiritualidadeSuperior o amparava, para que a Humanidade pudessedespertar para a grande teoria do mundo físico e suacomposição celestial.

A Academia Prussiana das Ciências, interessando-sepelas conferências e apresentações de suas teorias, convidaAlbert Einstein para colocá-las à frente de físicos renomados,para a explicação direta sobre as “Equações de Campo daGravitação”. Essa equação substituía a Lei da Gravitação, deIsaac Newton. Essa teoria de Newton foi a primeira queconsiderava todos os observadores equivalentes e não só osque se moviam a uma velocidade uniforme. Newtonconsiderava ainda, na Relatividade Geral, que a gravidadenão era uma força, mas uma consequência da curvatura doespaço-tempo. Porém a teoria deAlbert, contrariando a lei deNewton, mostrava que o estudo da Cosmologia é que davarecursos para se entender as características do Universo.Isso só ficou comprovado e aceito pelos cientistas após amorte deAlbert.

Apesar de ser muito inteligente,Albert sofreu terrivelmentetoda espécie de pressão. Até o Clero se colocou contraAlbert! Isso porque ele não negava que recebia inspiração eaté visualizava suas teorias, mostrando-as na prática.Apegado a essa declaração de Albert, o cardeal O'Connel,chefe católico de Boston, que defendia os interesses daIgreja, proclamou ao mundo todo o seu sarcasmo contra asteorias de Albert Einstein, dizendo-as profanas, falsas,ateísticas e imorais. Diante de todas as críticas nocivas à suavida, ele não conseguia permanecer nos empregos quearrumava. Estava sempre em dificuldades financeiras. Mas aajuda doAlto continuava e, certo dia,Albert recebe uma cartapara apresentar-se em Berna e trabalhar no Departamentode Patentes de Berna. Aceitando com alegria e com novasesperanças em sua vida, ele recomeça a nova empreitada,mas sem deixar de escrever e publicar obras que setornariam importantes no futuro.

Algum tempo passado, ele conhece Mileva Maric, comquem veio a se casar. Mileva já o conhecia por ter participadode várias conferências sobre a Relatividade, assunto peloqual ela tinha profundo interesse, por fazer o curso deAstronomia.

Foi um casamento relâmpago. No início, Mileva achavaalgumas atitudes do marido. Muitas vezes ela o

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estranhas ,

SeareiroSeareiro4

Cidade de Ulm, no estado de Württemberg, Alemanha

via falando sozinho,dando , po rém aimpressão de que eletrocava id ias comalguém que ela nãovia. Também Alberttomava por vezesatitudes contraditórias, o que tornavadifícil seu relacionamento com ele.Dessa união vieramdois filhos, Hans Alberte Eduard. Com a vindados filhos, a vida entreos dois começou a ternovos rumos. Albertpensava muito nofuturo dos f i lhos.Conseguiu que oprimeiro se formasse e escolha,tornou-se um famoso professor Hidráulica, recebendohonras em sua formação, pela Universidade da Califórnia.

Eduard estudava Música e Literatura. Seu empenho pelaMúsica era por admirar seu pai. Albert, quando precisavarelaxar, fazia uso do violino e encantava o jovem Eduard, quese tornou um exímio violinista. Muitas vezes, Albert sejuntava ao filho e ambos faziam um dueto musical, com o"Moto Perpétuo" de Paganini.

O jovem Eduard tinha em seu íntimo algo que odistanciava dos outros. Embora estudioso, não gostava deconversar. Ele percebia que o casamento de seus pais não iabem. Sempre ouvia discussões e via os atritos entre eles.Como o moço começara a apresentar problemas mentais ealucinatórios, Albert o leva para tratamento sendo-lheindicada a Psiquiatria. Não havendo melhoras, Eduard foiinternado em hospital psiquiátrico, na Suíça. Tempos depois,ele veio a falecer, deixando uma grande lacuna no coraçãodeAlbert e no de toda a família.

Maja, embora longe e casada, ao receber a notícia damorte de seu sobrinho, Eduard, comunica a Albert que iriavisitá-lo e levaria a prima, Elsa Löwenthal. Dizia ela que aprima estimaria muito vê-lo, após tantos anos.

A chegada de Maja traz muita alegria a Albert, que seimpressiona com a beleza de Elsa. Como ambos estãosempre juntos, Mileva procura a cunhada Maja e conta-lheque o casamento dela com Albert estava no fim e que apresença de Elsa e o entusiasmo de Albert para com elafacilitavam a separação.

Maja insiste para queisso não aconteça, masMileva a convence de que,há muito, o casamento erasó fachada.

Após esse diálogo entreas cunhadas e, com a voltade Maja ao seu lar, Mileva eAlbert resolvem pelaseparação. Elsa já faziaparte da vida de Albert e foibem aceito, por ela, ver quesua vida teria outro rumo,a o l a d o d o f a m o s oc o m p a n h e i r o , A l b e r tEinstein.

Por essa época, Albert assina um Manifesto aosEuropeus, sendo seu primeiro artigo político publicado,deixando de ser apenas seu desejo de compartilhar dasmanifestações políticas do povo europeu. E muitas viagensse sucederam, com palestras proferidas por Albert sobre os“Fundamentos da Teoria da Relatividade Geral”, publicadoscomo mais uma de suas obras referentes a esse assunto.Esse tema foi divulgado em primeira mão pela revistacientífica alemã Annalen der Physik, e o sucesso alcançadopela matéria, entre os cientistas, o fez ser convidado e eleitopresidente da SociedadeAlemã de Física.

Com todos os seus problemas interiores sobre a questãoreligiosa e as perseguições políticas e inimizades colhidasentre os mais salientes físicos da época, a saúde de Albertcomeçou a apresentar alterações no fígado e ficou constatadaa presença de uma úlcera duodenal. Com isso, foi-lherecomendado, pelo médico, um afastamento de todas as suasatividades para que pudesse se restabelecer emocionalmente.Sua atual companheira, a prima Elsa, dá-lhe toda atenção ecarinho e, aos poucos, ele consegue vencer o problema daenfermidade pois que fora diagnosticada a causa maior comodistúrbios neurológicos emocionais.

Certa feita, estando em diálogo com o rabino Goldstein,em Nova York, perguntou-lhe este, sendo ele, Albert, deorigem judaica, se acreditava em Deus. Respondeu:

Um breve relato sobreSpinoza:

Spinoza nasceu no anode 1632, em Amsterdã,Holanda.

Baruch Spinoza (Bento)era de família judia. Seuspais, ricos comerciantes deorigem portuguesa, ocriaram estudando a BíbliaSagrada e o Talmude, livrod o s e n s i n a m e n t o srab ín icos . Viveu emmeados do século XVII, naHolanda.

As ideias de Spinoza e

,

e

, ,-

-

o rapaz, por sua própriade

“Tenhoa origem judaica arraigada em meu interior; acredito no Deusde Spinoza, que revela a harmonia em tudo o que existe. Nãoacredito, porém, que Deus se preocupe pela sorte das ações

cometidas pelos homens.”

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 5

Hermann Einstein Pauline Koch Einstein Einstein e Maja (1891)

Eduard, Mileva e Hans Albert (1914)

as do próprio Albert Einstein eram derebeldia. Albert defendia as ideias dessefilósofo em abolir Deus, como o criador damoral humana e de todas as coisas. Poresse motivo, questionando anatureza de Deus dentro da comunidadejudaica, cr -se para ele aversões queo levaram punição. Para poder serperdoado, ele obrigado a abjurardessas id ias e para se tornar puro emseus pensamentos, receberia 39chicotadas. Como não aceitou modificarsuas id ias, foi expulso da sinagoga.Mudou-se para Leyden pouco depoispara Haia, vivendo de seu trabalho depolidor de lentes.

Após isto, foi convidado pelo rei Luís II a permanecer naFrança, recebendo uma pensão. Foi convidado para lecionarna Universidade de Heidelberg, mas não aceitou; queria serlivre para criar suas obras. Sua saúde, muito frágil, o levoupara uma enfermidade sem cura. Veio a falecer em 1677,com 45 anos. Deixou sua mais importante obra, "Ética", quesó foi publicada após sua morte. Deixou ainda como legado:a “Reforma do Entendimento” e o “Tratado Político”.

Spinoza teve grande influência sobre Freud e Descartes.A declaração de Einstein (sobre o Deus de ) caiu

como uma bomba nos meios científicos e políticos. Muitos seapegaram a esse tema para desenvolverem protestos sobreas teorias de Albert. Os religiosos também se manifestaram,dizendo que a Teoria da Relatividade deveria ser revista porencobrir e apresentar, por trás de toda a controvérsia deAlbertEinstein, o terrível fantasma do ateísmo, produzindo assim,dúvidas com relação à universal presença de Deus sobre aCriação de todo o Universo e as criaturas. Geraram-segrandes polêmicas entreAlbert, físicos e religiosos.

Albert volta-se em resposta, dizendo que seu único motivoera o de querer saber se quando Deus criou o Universo, seriapor opção em diferenciá-lo de outras formas de vida ouapenas dessa forma singular que vemos. E prosseguindo, demaneira incompreensível para os que o ouviram, relatavaque sua religião consistia de admiração pela humildade dosEspíritos Superiores, pois esses não se apegam a pequenosdetalhes, ante os nossos espíritos incertos.

E continuando com seu pensamento:

. Eencerrando afirmava:

Pela Teoria da Relatividade, Albert explicava as variaçõesno movimento orbital dos planetas e previu, com isso, ainclinação da luz das estrelas, vizinhas de um corpo maciçocomo o Sol. Essa confirmação, feita por ele, deu-se diante dofenômeno chamado eclipse e, continuava ele, poderia dar-secomo parcial ou total, do Sol ou da Lua.

Comprovadas suas teorias, Albert, em 1921, recebeu oPrêmio Nobel da Física, mas pelos seus trabalhos sobre oefeito fotoelétrico, pois a teoria da relatividade era aindaobjeto de controversias entre os cientistas de então.

Albert Einstein não reencarnou só para essas revelaçõescientificas; embora, por vezes, suas contradições, lutouintensamente pelas causas sociais. Foi membro do comitêde Cooperação Intelectual da Liga das Nações, juntamentecom o maior líder dos direitos civis indianos, MahatmaGandhi, elaborando uma campanha pela abolição do serviçomilitar obrigatório. Veio a participar de um manifestointernacional pela Liga Internacional da Mulher pela Paz eLiberdade e também pelo desarmamento internacional,como o fator principal para assegurar a paz no mundo.Trabalhava, por essa época, em Berlim, quando houve ummanifesto antissemita, chamando a atenção de Albert paraenxergar os fatos sérios que ocorriam na Alemanha. Segueele para a Palestina e propõe, junto à delegação que oacompanhava, uma semelhança do modelo suíço, onde

m u ç u l m a n o s e j u d e u spudessem viver em paz.Estabelece uma campanhapara angariar fundos para aUniversidade Hebraica deJerusalém, para que os judeusde toda parte pudessemestudar sem viver sob regimede discriminação. Como físicofamoso e já tendo demonstradot a n t a c a p a c i d a d e c o mpalestras, por onde passou,c o n s e g u i u ê x i t o n e s s aemprei tada, tornando-sepresidente da Universidade

Spinoza,

iarama

seriae ,

ee, ,

Spinoza escreveu várias obras como: “Princípios da filosofiade Descartes”, "Tratado Teológico-político", obra publicadaanonimamente, causando muito escândalo nos meios político ereligioso.

Spinoza

“E por esse motivo racional, diante da superioridade desseUniverso, é que localizo e faço a ideia de Deus. Não sou ateu.Quem quer deduzir isso das minhas teorias científicas, nãofez por entendê-las. Creiopessoalmente em Deus enunca em minha vida cedi àideologia ateia. Não háoposição entre ciência erel igião. O que há sãocientistas atrasados, comideias que não evoluíram, como passar do tempo. Vejo naexperiência cósmica umareligião nobre, uma fontecientífica para profundaspesquisas. Procuro entendercada estrela contida nesseimenso Universo, que não é

material.Quem assim não procede, sentindo

essa estranha sensação de querer levitarno infinito, realmente não sabe viver,porque está morto, diante de tanta belezadivina.

Há muitas formas de o ser humanocrer em Deus. Há, para muitos, o Deusjurídico, legislador, agente policial damoralidade, que, através do medo,estabelece essa distância da verdadeiracrença.

Há o Deus dos clérigos, queameaçam, que querem fazer mistériosdas verdades das leis de Deus, atravésde fórmulas milagrosas. Querem se

tornar deuses, pelo orgulho em querer ocupar um lugar quenão lhes pertence.

E há o Deus que se revela através do orgulho do própriohomem, onde sopesa a manifestação da consciência.”

“Deus está em todasas minhas teorias e invenções. Ele está presente em tudo ecreio que em todos, até nas formas mais primitivas”

“Essa é a minha religião e o Deus emQuem creio”.

SeareiroSeareiro6

Baruch Spinoza

Einstein e Elsa sua segunda esposa

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 7

Hebraica de Jerusalém.Quando Albert retorna a Berlim, para

ocupar o cargo de orientador no KaiserWilhelm Gesellschaft, Instituto deFísica, sentindo hostilidade por partedos alemães, é informado de que Hitler,Chanceler da Alemanha, chegara aocupar o poder germânico. Foi avisadopor amigos de que havia um plano paraque ele,Albert, fosse assassinado.

Sua vida corria sério perigo:, pensava Albert.

Organizou-se e partiu, do porto deSouthampton, num navio que o levariapara os Estados Unidos, onde seria seunovo lar. Partia Albert com o coraçãoapertado pela aproximação da Segunda Guerra Mundial. Aslágrimas desceram de seus olhos, por ver que a esperançada paz se diluíra no confronto do ódio e do egoísmo, fazendoparte do interior dos homens, que sentiam prazer em matarpela prepotência do poder.

Nos Estados Unidos, Albert estabeleceu-se em Princetone foi convidado a trabalhar no Instituto de EstudosAvançados. A essa altura, soubera que os alemães,baseados em suas teorias, estudavam a construção de umabomba atômica.

De imediato, Albert escreve ao Presidente dos EstadosUnidos, Franklin Roosevelt, procurando alertá-lo sobre apotência do urânio, elemento que contribuiria para odesenvolvimento do programa nuclear dos EUA. Nunca,declaravaAlbert, ele deveria servir como arma destruidora.

Albert, no ano seguinte, após adquirir a cidadaniaamericana, ficou estarrecido ao tomar conhecimento dasconsequências das explosões que culminaram com a mortedos povos de Hiroshima e Nagasaki, quase total.Profundamente abalado, olhando fixamente para ofirmamento, numa noite com milhões de estrelas cintilantes,ele, ajudado pelos Emissários de Jesus, tem a ideia de iniciaruma campanha contra a bomba nuclear, posta em ação deimediato. Em seu pensamentoformulara uma pergunta:

E em seu íntimo, comoresposta, inicia seu pronunciamentoao povo de Israel, convidando-o a lutarpara a resistência desse Estado contrao nazismo.

Sendo judeu pacifista, lutou emvárias causas sociais e contra autilização das armas nucleares.

Isso o levou a ser convidado parapresidir o Estado de Israel, masrecusou-se. Embora famoso, eramodesto, todavia, dizendo não tercondições para o exercício dequalquer cargo que envolvesserelações humanas.

Era apenas um físico que aindatinha muitas necessidades de estudosdessa tão difícil matéria. Após operíodo da Segunda Guerra Mundial, Albert continuou suasviagens e conferências, sempre alertando para o futuro,dizendo:

Aceita fazer um concerto de violino para beneficiar as

crianças que ficaram órfãs durante aguerra, na cidade de Princeton, duranteo qual obteve calorosos aplausos.

Iniciando sua presidência no "Comitêde Emergência dos Cient istasAtômicos", pede às Nações Unidaspara pensarem numa forma de governomundial que, a seu ver, seria o únicomodo de preservar a paz, tocando nosentimento do "Amor Universal entre ospovos."

Publica na revista científica, o artigo "Fundamentos

da Generalização da Teoria daGravidade", contribuindo com suaarrecadação para a formação de novos

estudantes de Física, após a guerra.Vem a saber, após algum tempo, da morte de sua primeira

esposa, Mileva. Esse fato foi muito explorado pelosperiódicos da época, em Zurique, por ter sido encontrado sobseu colchão, uma parte do dinheiro do prêmio Nobel deFísica, ganho por Albert e passado a ela por lei. Estavaintacto, como lhe fora entregue. Os filhos nada sabiam arespeito.

A saúde de Albert piora e os médicos diagnosticam umaneurisma abdominal da aorta. Mas ele não para seutrabalho. Após a crise de aneurisma, ele publica na revistamensal da Unesco, o artigo “Época de Paz?” e logo emseguida “Por quê o Socialismo?”

Novamente sentindo fortes dores abdominais, é internadono hospital para longo tratamento, o que lhe proporcionourefletir sobre toda sua vida. Resolve providenciar aelaboração do seu testamento. Chamado o testamenteiro,deixava, por sua vontade, seus inventos e documentoscientíficos, já provados ou não, à Universidade deJerusalém. Suas testemunhas foram seu grande amigo OttoNathan, e sua secretária em assuntos pessoais, dona HelenDukas, administradora dos originais de seus livros, jáeditados, e de outros originais a serem editados.

Após um tempo, havendo umamelhora em sua saúde, Albert ofereceum manuscrito de seu trabalho sobre aTeoria da Relatividade, com seuautógrafo, para ser leiloado e aarrecadação enviada ao fundo deajuda às vítimas da Segunda GuerraMundial. Foram arrecadados seismilhões de dólares. Esse documentoencontra-se, até hoje, na Biblioteca doCongressoAmericano.

Pouco tempo depois do término daguerra, Albert recebe a notícia damorte de sua amada irmã Maja, emPrinceton. Ele havia estado com ela,dias antes de sua morte. Ambosestavam abat idos e doentes.Brincando,Albert havia dito a ela:

— Creio que enfrentarei a grandejornada para o espaço, antes de você,querida Maja; por isso, estou aqui para

as despedidas.E Maja responde-lhe:— Não, meu querido irmão, partirei antes. Em sonho

recente, vi nossos pais. Entendi, por sinais feitos pelas mãosde nossa mãe, que a partida seria logo.

“erapreciso fugir”

“Por queDeus, há tanta maldade entre oshomens?”

“—Aguerra está ganha, mas não a paz…”

, Annalsof Mathematics

Casa de Einstein, em Princeton, Estados Unidos

Einstein tocando violino (1941)

SeareiroSeareiro8

Albert, abraçando-a, fala ao seuouvido:

— Seja como for, sinto que embreve nos encontraremos.

Após essas recordações, ele,olhando como sempre o infinito,falava baixinho:

— Que Deus a abençoe! Comodisse a você, em breve nosencontraremos.

Elza, a segunda esposa de Albert,preocupava-se muito com a saúde domarido. Albert sentia muitas doresabdominais.

Mas ele não se deixava vencer.Recebia amigos, viajava, proferindopalestras sobre suas teorias erespondia a todas as perguntas queos jornalistas lhe faziam.

D o i s a n o s a n t e s d e s e udesencarne, foi comemorado seuaniversário numa grande festapública. Tudo o que lhe foi dado comopresentes, Albert transformou emdinheiro e enviou para os fundos daFaculdade de MedicinaAlbert Einstein.

Em 1955, dias antes de seu desencarne, recebe umacarta de Bertrand Russel, filósofo inglês, onde ele subscreveseu acordo em assinar o manifesto contra as armasnucleares, chamado esse manifesto de “Einstein Russel”.Esse documento daria início ao “Movimento Pugwash”,dedicado à tão sonhada paz mundial, porAlbert.

Certa ocasião, o presidente da Congregação B´er Chaym,da sinagoga judaica, convidou-o em seu nome, Isaac Hirsch,a visitar o recinto reformado.Albert, por carta, respondeu-lhe:

E isso foi escrito de maneira humorística,causando riso ao próprioAlbert.

Perguntado, certa feita, como ele poderia descrever o seuponto de vista sobre o mundo, respondeu:

Te m p o s d e p o i s , c o m orompimento do aneurisma abdominale o crescente quadro de anemia, seucorpo, não superando a crise, o levaao desencarne. Era o dia 18 de abrilde 1955. O relógio marcava 1h15minda madrugada, em Princeton, Nova

Jersey.Atendendo-se ao seu pedido, seu corpo foi cremado; seu

cérebro doado a Thomas Harvey, patologista do HospitalPrinceton e suas cinzas espalhadas em local ignorado. Essefato causou profundo abalo no meio dos físicos e intelectuaisfilosóficos. Mas era preciso respeitar o desejo do maiorconhecedor em cálculos matemáticos e das teorias sobreFísica. Tinha a capacidade de visualizar as etapas até atingiros seus objetivos. Trabalhou intensamente no campo daunificação e teorias. Estudou e divulgou seus estudos sobrea interpretação da teoria quântica e deu sua contribuiçãopara o desenvolvimento da Mecânica Estatística.

Albert Einstein recebeu o título de Doutorem Ciência, Medicina e Filosofia, de diferentesuniversidades americanas e europeias. Somou durante todasua existência vários prêmios, dentre eles a medalha Copley,da Sociedade Real de Londres e a medalha Franklin, doInstituto Franklin.

Durante uma conferência, praticamente a última feita naPalestina, assim se pronunciou:

Albert Einstein também fez viagens pela América doSul. Visitou a Argentina, Uruguai e o Brasil. Passou peloRio de Janeiro, sendo recebido por cientistas, jornalistase membros da comunidade judaica. Visitou o JardimBotânico e declarou aos jornalistas que ficara extasiadocom “o luminoso céu do Brasil”. Visitou vários pontosturísticos, como o Pão de Açúcar e o Corcovado e

“— Agradeço a sua lembrança em convidar-me, mas,apesar de dizer-me judeu, não tenho ido há muito tempo àsinagoga. Sou ausente nesse particular e creio que Deus nãomais me reconheceria e, se assim o fosse, estaria euperdido, pois Ele me veria em mau estado, no tocante àcrença judaica”.

“— Nada poderá existir sem a religião cósmica. E ela sediferencia da crença entre as multidões que, ingenuamente,consideram Deus como um ser que ensina a bondade, mascastiga aquele que faz o mal.

Vejo, entre as criaturas, que Deus, segundo as crenças

populares, tem na Bíblia uma coleçãode histórias que, a meu ver sãoprimitivas e pueris. Imagino ummundo com mais igualdade, sempreconceitos, principalmente com opovo judeu, que possa ser aceitocomo qualquer povo, sem fanatismose superstições. Entendo que todos osdesentendimentos, havidos entrejudeus e cristãos, foram ampliadospor fanatismo dos dois lados. Nãocreio ser esse o mundo que Deusqueira para nós, humanos; semalcançarmos a razão da verdadeiravida, não seremos pacíficos, nemteremos paz, enquanto que na Terradeveríamos partilhar o mesmo idealde compreensão”.

Honoris Causa

“— Muitas das criaturas, ainda hoje, demonstram-secontra os ideais de razão e liberdade; comandam meios deterror; querem reduzir os homens, retardando-os e tornando-os escravos. Tivemos muitos combates, porém, por mais

demora se faça, estaremos em defesa do ideal, daverdade, da justiça e da liberdade. Continuamos a existircomo um dos mais antigos povos civilizados, realizandocom o espírito e uma tradição, o trabalho criador para amelhoria de toda a Humanidade. Esperamos,ardentemente, que a Palestina se torne uma civilizaçãoe que venham as famílias a ter um lugar nacional e quese permita o despertar do Oriente Médio para uma vidaeconômica e livre intelectualmente”.

Selo confeccionado em 2005 em comemoração ao ano da Física

Famosa foto de Einstein tirada no dia 14 de marçode 1951, em Princeton, Nova Jersey, nos EstadosUnidos, durante a comemoração dos 72 anos docientista.

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 9

admirou a Floresta da Tijuca. Daí rumou para o campocientífico, passando pelo Museu Nacional e pelo InstitutoOswaldo Cruz. Caminhava com Albert, nessas visitas, umacaravana de alemães, acompanhados pelo químico MárioSaraiva que procurava traduzir do alemão as palavras de

Albert. Após, foi convidado avisitar a Rádio Sociedade,fundada em 1932, onde proferiuuma mensagem radiofônica,salientando a importância dessemeio de comunicação para adi fusão da cul tura e doaprendizado científico, porémcom os cuidados necessáriospara a preservação da moral,onde os noticiários fossemverdadeiramente em busca daPaz.

L e m b r o u q u e e s s a smensagens geram grandeinfluência entre os ouvintes.Portanto, pela seriedade desse

serviço, ele deveria ser entregue a profissionais qualificados.Terminou sua visita ao país, indo ao encontro do Presidenteda República, na época o senhor Artur Bernardes, e de seusministros. Momentos de despedidas e troca de gentilezas.

Essa passagem de Albert Einstein pelo Brasil teve umagrande repercussão no meio científico, colaborando para aluta feita pelos pesquisadores em difundir as ideias em tornoda Física moderna no Brasil, pois que os meios científicosusados já estavam ultrapassados, sem recursos para outros,mais eficientes.

Ao deixar o país, Albert Einstein sugeriu que fosseindicado ao Comitê Nobel o nome do marechal CândidoRondon para o Prêmio Nobel da Paz.

Ficara ele impressionado com as atividades de Rondon,em relação às tribos indígenas junto ao homem civilizado,sem o uso de armas ou qualquer tipo de violência. Isso paraAlbert era o essencial: lutar pelo bem-estar de todos, comigualdade e sabedoria pelos direitos humanos.

No ano de 2005 foi comemorado o “Ano da Física” e, paraessa comemoração, foi distribuído pelos Correios um selocom o rosto deAlbert Einstein.

Realmente,Albert Einstein foi um missionário, não só paradespertar o mundo com sua inteligência científica, mas peloseu desejo de ver os povos felizes.

Lutou como verdadeiro cristão pela Paz mundial,perfeitamente ligado aos propósitos da Doutrina Espírita,embora todo o seu modo peculiar de reconhecer Deus. Massuas ações, com relação ao ser humano, eram para fazer obem geral, sem discriminações e sem preconceitos.

Eloísa

Albert Einstein em visita ao Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, em 9 de maio de 1925.Sentados: Domingos Fernandes da Costa, Isidoro E. Konh, Alix Corrêa Lemos, Albert Einstein,Henrique Morize eAlfredo Lisboa.

Bibliografia�

Grandes Vultos da Humanidade

A Caminho da Luz

AGênese

- Sílvio Brito Soares,Editora. FEB, 2ª. ed.,1975.

- Ed. Francisco Cândido Xavier, peloEspírito Emmanuel, Editora FEB, 16ª. ed., 1989.

-Allan Kardec, Editora FEB, 16ª. ed., 1973.Imagens:

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d3/Albert_Einstein_Head.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1 /13/DE_BW_Ulm- Innenstadt2 . jpg /290px-DE_BW_Ulm-Innenstadt2.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb / 6 / 6 6 / H e r m a n n _ e i n s t e i n . j p g / 2 0 0 p x -Hermann_einstein.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f4/Pauline_Koch.jpg/250px-Pauline_Koch.jpg

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/0/0d/Einstein_and_Maja_in_1891.jpg/150px-Einstein_and_Maja_in_1891.jpghttp://www.aip.org/history/einstein/ae49.htmhttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ea/Spinoza.jpg/200px-Spinoza.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/38/Einstein _ A l b e r t _ E l s a _ L O C _ 3 2 0 9 6 u . j p g / 6 9 3 p x -Einstein_Albert_Elsa_LOC_32096u.jpghttp://th.physik.uni-frankfurt.de/~jr/gif/phys/einst_fid.jpghttp://www.princetonhistory.org/polImage.cfm?Doc_Id=182&Size_Code=largehttp://www.biografiasyvidas.com/monografia/einstein/fotos/einstein_8.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ee/Stamp_Albert_Einstein_2005.jpg/800px-Stamp_Albert_Einstein_2005.jpghttp://www.on.br/institucional/images/historico/einstein1.gifhttp://www.fiocruz.br/chagas/media/Visita%20de%20Einstein%2001.jpg

Visita de Einstein ao Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, emmaio de 1925. Da esquerda para a direita: Carlos Burle deFigueiredo, Antonio Eugenio de Arêa-Leão, não identificado,Nicanor Botafogo Gonçalves da Silva, Adolpho Lutz, AlcidesGodoy, Carlos Chagas, Astrogildo Machado, Albert Einstein,José da Costa Cruz, não identificado, José Carneiro Felippe eLeocádio Chaves.

SeareiroSeareiro10

“Por maiores sejam os compromissos que te prendama obrigações dilatadas, na esfera dos negócios ou navida social, consagrarás à família as atençõesnecessárias.

Lembrar-te-ás de que o lar não é tão-somente o refúgioque o arquiteto te planeou, baseando estudos e cálculosnos recursos do solo.”

“Encontrarás nele otemplo de orações, emque as Leis de Deus tesituam transitoriamenteo Espírito, a fim de queaprendas as ciências daa l m a n o i n t e r n a t odoméstico.

p roc lama aEscr i tu ra e da í ses u b e n t e n d e q u eprecisamos tambémdignificar nossos filhos.

“Ainda mesmo se eles, depois de adultos, não nospuderem compreender, nada impede venhamos aentendê-los e auxiliá-los, tanto quanto nos seja possível,sem que por isso necessitemos coartar os planossuperiores de serviço que nos alimentem o coração.”

“Reconhecendo o débito irresgatável para com teuspais, os benfeitores que te entreteceram no mundo afelicidade do berço, darás aos teus filhos, com a luz doexemplo no dever cumprido, a devida oportunidade paraa troca de impressões e de experiências.”

“Se ainda nãoconsegues ofertar-lhes o culto doEvangelho em casa,asserenando-lhes asp e r g u n t a s eansiedades com osensinamentos do

Cristo, não te esqueças do encontro sistemático emfamília, pelo menos semanalmente, a fim de atender-lhesas necessidades da alma.

Detém-te a registrar-lhes as indagações infanto-juvenis, louva-lhes os projetos edificantes e estimula-lhes o ânimo à prática do bem.”

Emmanuel nos recorda o quanto somos atraídos paraatender a todas as nossas necessidades materiais, deixando“para depois” tudo o que se refere às necessidadesespirituais. Dispensamos largo tempo para o trabalhoremunerado, nos preocupamos excessivamente emaparelhar a nossa casa com o que há de mais moderno ouaté, quando não temos muitos recursos, ficamos pensandosomente em como adquirir bens para o conforto eembelezamento de nossa casa.

E quando, no meio de tudo isso, pensamos nas pessoasque compõem o nosso lar?! Raramente tiramos um tempopara conversarmos mais intimamente. Saber o que se passana cabeça dos nossos filhos.

Nunca devemos nos esquecer que nós somosessencialmente espírito e não podemos ficar ligadossomente às coisas materiais, nos prendendo ao quepodemos obter através dodinheiro.

Saibamos encontrar oequilíbrio entre o material eo espiritual.

Continua o amigo espiritual a exaltar a importância do larna condição de laboratório do desenvolvimento espiritual enão do material.

Quando muitos erguem templos suntuosos para cultuaruma religião, lembra-nos que o lar deve ser o nosso templode orações, ou seja, devemos trazer a religião para dentro dolar, primeiramente exercitando o “amar ao próximo como anós mesmos” e depois, deixando de lado a ideia de quereligião só deve ser exercida dentro do templo.

Como os significados das palavras vão-se perdendo como tempo e com as diversas interpretações, recomenda-nos o“dignificar nossos filhos”, no sentido de levar até eles tudo oque é digno e bom, mas não com a visão materialista a queestamos acostumados, e sim proporcionando a eles odesenvolvimento moral.

Os filhos crescem e tornam-se adultos. Isto é inexorável.Mas mesmo na fase adulta precisam de nossa ajuda, e nãoestamos falando da parte financeira.

Por mais que eles se afastem de nosso convívio, apretexto do cumprimento de suas obrigações, não devemosjulgá-los na condição de ingratos ou querer que eles larguema estrada de sua evolução para ficarem agarrados a nós. Istonão é amor e sim sentimento de posse.

Estejamos sempre de prontidão a auxiliá-los com carinhoe compreensão, orando por eles.

Quantos de nós tivemos pais que não tinham o hábito deconversar ou de perguntar a nossa opinião!

Nem por isso deixaram de nos dar a formação moralnecessária para que hoje, pela Misericórdia Divina,tivéssemos condições morais para constituirmos a nossaprópria família e recebermos os nossos filhos.

Já que atualmente temos este comportamento maisaberto com os jovens,não esqueçamos demanter o diálogo comos nossos filhos eaproveitemos paratransmitir a eles aimportância de nosm a n t e r m o s n ocaminho correto ehonesto, respeitandoo próximo.

Muitos ainda não conseguem reunir a família, uma vez porsemana, para realizar o Culto do Evangelho no Lar.

Alguns, por preguiça e comodismo, outros, por não veremutilidade prática, o que é uma grande perda, pois é umaoportunidade sagrada para que, através da conversaçãoedificante em torno dos ensinamentos de Jesus, os espíritosamigos irão nos proporcionando ideias e forças para a nossailuminação interior. Jesus reconhece o nosso esforço paratrilhar os caminhos que Ele exemplificou e ajudará a dissolver

‘Honrarás teu pai e tuamãe . . . ’

Famíliafamilia

Página aos Pais

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 11

em nosso campo de trabalho todas as sombras da discórdiae da ignorância, do desequilíbrio e da irritação.

Nesses encontros semanais, devemos sempre mostraraos jovens caminhos corretos, alertar sobre os perigos dosatalhos e sempre exaltar os benefícios da prática do bem.

Alguns pais aderem à ideia de deixar a criança formar porsi só a sua personalidade; com isto, não “tomando conta dasituação” e deixando a liberdade total, para que asexperiências forjem na criança o seu modo de ser.

Através dos ensinamentos espíritas, sabemos que os quereencarnam não são seres perfeitos e angélicos e sim,espíritos cheios de defeitos e instintos, como nós, querecebem uma nova oportunidade para serem reeducados,formando um novo comportamento moral.

Se Deus coloca sob nossa responsabilidade, no papel depais, esta reeducação, como abraçar a ideia da liberdadetotal, sem freios ou orientações?!

Se nós, adultos, temos dificuldade de praticar as lições doEvangelho, imaginem uma criança que nunca teve limitesimpostos!

Usando a história infantil dos porquinhos, daquele queconstruiu a sua casa de palha para ficar descansando: aochegar a ventania, ele teve a casa derrubada e ficou aodesalento, sofrendo com a tempestade e com o perigo dolobo.

Já o porquinho que construiu a sua casa em bases sólidas,

ao chegar a ventania, encontrou-se bem abrigado eprotegido, não ficando à mercê da tempestade e dos perigosque o rondavam.

Com os nossos filhos, devemos agir da mesma forma,ajudando-os e orientando-os para que construam umapersonalidade fundada na base sólida da doutrina cristã.Pois quando chegar o momento das provações (e chegampara todos), eles estarão abrigados em sua fé.

A infância é o período mais propício para trabalharmos naformação moral de nossos filhos; por isso, Emmanuel nos faza recomendação da urgência em não deixarmos o tempopassar. Não percamos uma só oportunidade de ensinarmos,orientarmos, corrigirmos, mas, nunca esquecendo quedevemos ouvir o que ele têm a nos dizer.

Mesmo sendo um trabalho de muita responsabilidade,pois o futuro moral de nossos filhos a nós foi confiado porDeus, nunca devemos deixar de externar o carinho e adoçura com que devemos tratá-los.

Se eles já cresceram, não dê o trabalho por perdido e nãodeixe para a próxima reencarnação.

Recomece agora.Leia o Evangelho, busque ajuda em Deus, abrace o seu

filho com muito amor e diga a ele todos os seus receios.Externe, principalmente todo o amor que o seu coração de

pai/mãe possui.Lembremo-nos da figura de Jesus, pois Ele estará sempre

a nos iluminar com o seuAmor.Wilson

“Não abandones teus filhos à onda perigosa daspaixões insofreadas, sob o pretexto de garantir-lhespersonalidade e emancipação.

Ajuda-os e habilita-os espiritualmente para a vida dehoje e de amanhã.

Sobretudo, não adies o momento de falar-lhes e deouvi-los, pois a hora da tormenta de provações, naviagem da Terra, se abate, mais dia menos dia, sobre afronte de cada um, por teste de resistência moral, na obrade melhoria e resgate, elevação e aprimoramento em quenos achamos empenhados.”

“Persevera no aviso e na instrução, no carinho e naadvertência, enquanto o ensejo te favorece, porquantomuito dificilmente conseguimos escutar-nos, uns aosoutros, por ocasião de tumulto e tempestade, e aindaporque ensinar equilíbrio, quando o desequilíbrio já seinstalou, significa, na maioria das vezes, trabalho fora detempo ou auxílio tarde demais.”

Bibliografia:, .

Família - Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos,Editora CEU, 3ª ed. 1981Imagem: http://www.faithfulcitizenship.org/photos/family_bible_study.jpg

Clube do Livroclube do livro

Romance mediúnico psicografado porCláudia Marum, ditado pelo espírito Elias, olivro enviado aos associados do Clube doLivro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, no mês dejulho/08, trata, através de uma história deamor, uma das leis básicas defendidas peloespiritismo, a Lei de Ação e Reação, além dofortalecimento dos laços de família através dareencarnação.

Diante de um jogo de interesses diversosque já se inicia antes mesmo do casamento,visando a conquista de um título nobre, comocondessa, posteriormente Geny se envolveem um relacionamento com o irmão de seumarido, o conde de Martim.

Rafael, irmão do conde, apesar de nãodeixar aparente, guardava fortes mágoas deinfância, devido ao fato de seus pais sempreconsiderarem Pedro, o conde, como um filho

exemplar e este ainda ter participado devários castigos contra ele. Rafael sentia queera o momento de sua vingança...

Aliado a outros acontecimentos e aodesfecho de todas as ações, encerra-se aprimeira parte do livro onde, mais adiante, emsua segunda parte, observamos exemplos damisericórdia divina que, através dareencarnação, dá nova oportunidade aosmesmos espíritos de se encontraremnovamente.

Novas opor tun idades , s i tuaçõesconsequentes desse passado e os trêsreencarnam agora como Gisele, César eMurilo, com reencontros que virão servir deexemplo dentre os diversos ensinamentoscontidos sobre a conduta a adotarmos antenossas dificuldades.

Vale a pena a leitura!Marcelo e Rosangela

Cláudia Marum Curciopelo espírito EliasEditora Aliança288 páginas1ª edição -2008

Não te Canses de Amar

SeareiroSeareiro12

O Culto do

Evangelho no Lar

Espiritismo

sem JesusUm casal, muito amigo de Chico, foi procurá-lo em

Uberaba, porque algo estranho estava acontecendo emcasa. Dizia a senhora:

— Ouço ruídos, pés se arrastando, murmúrios, nãosabemos o que fazer.

Chico, calmamente, após ouvi-los, orientou:— Façam o Evangelho no Lar. Todos os dias, com hora

marcada. Jesus ali estará com seus emissários, mas façampor seis anos.Após esse prazo, vocês terão uma surpresa.

Curiosos, diante da resposta de Chico, voltaram e duranteseis anos, assiduamente, fizeram o Evangelho. Notaram queos ruídos cessaram, mas a curiosidade estava no exato diaque se completaram os seis anos.

Esperaram até o amanhecer do dia seguinte... e nada.Cansados, adormeceram. Quando o casal acordou e

passou pela sala, ficaram assustados com o que viram. Asgavetas dos móveis da sala estavam todas abertas e tudopelo chão.Aprimeira coisa que foram procurar era um valiosodiamante que estava guardado, há muitos anos, numacaixinha de madeira, dentro de uma das gavetas. E asurpresa foi de que o diamante desaparecera. Esse diamanteera jóia de família, passara por várias gerações.

Decepcionados, voltaram a Uberaba. Relataram ao Chicoo acontecido e a surpresa maior foi a resposta do médium:

— Mas essa era a grande surpresa e o grande presenteque Jesus lhes proporcionou. Esse diamante é de um valorincalculável e, por causa disso, muitos foram os crimescometidos e suicídios, para aqueles que o guardavamavaramente, que chegavam ao ponto do desequilíbrio; porisso, os crimes e suicídios.

Esse diamante estava sendo acompanhado por todosaqueles espíritos que se envolveram para continuarem a serdonos da jóia.Acasa de vocês estava repleta de obsessores.Com o Culto do Evangelho, muitos foram esclarecidos erecolhidos para tratamento, mas vinte e poucos dessesobsessores, ali permaneceram. Então, a Espiritualidaderesponsável pelo Culto promoveu a retirada desses últimos,através do roubo da jóia, porque como os ladrões a levaram,os obsessores foram juntos, deixando o lar de vocês em paz.Claro que não foram os instrutores espirituais quepromoveram o assalto, apenas aproveitaram a oportunidadepara livrá-los desse pesadelo.

Perguntou-se a Chico:— Chico, aqueles que vivem à cata de novidades,

estão espalhando por aí, que precisaria separar aparte científica, filosófica e a religiosa da Doutrina.Dizem até que é necessário esclarecer que oEspiritismo não é religião. O que você acha?

Chico pausadamente responde:— Se tirarmos Jesus do Espiritismo, vira

comédia. Se tirarmos a religião do Espiritismo, viraum negócio. A Doutrina Espírita é ciência, filosofia ereligião. Se tirarmos a religião, o que é que fica?

A filosofia humana pode ajudar a clarear opensamento, mas não traz consolo às doresalheias.

A ciência humana pode ser infindável nasquestões, porém aí se conserva em nome de Deus.

Diante das doenças, como a varíola e outras, senão fosse Deus enviar os pesquisadores, aclarandosuas inteligências para eliminar os vírus e bacilospela vacina, não teríamos como combatê-los.

Para o problema da distância, enviou Deus oscientistas com suas grandes invenções, como porexemplo, o motor e temos, aí, o carro, o avião, obarco, o telefone, que diminuem a distância, assimcomo a televisão. Depois, veio a lâmpada, clareandoa escuridão. Tudo isso foi inspirado por Deus, parabeneficiar o ser humano, pela criação dos inventos.

Que dizer das cirurgias se não fosse criada aanestesia? Tudo isso Deus provê. Mas a ciência nãoconseguiu eliminar o ódio entre as criaturas.

Não se encontrou ainda a invenção do remédiocontra o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a inveja, ociúme, porque isso nem o computador sabeextinguir. Somente há um ser que evocamos paranos ajudar a passar pelas provações dolorosas. Eesse ser Divino é Jesus de Nazaré. Ele é o confortoe o consolo. Se o tirarmos da religião que cremos,seremos um corpo sem coração, se tirarmos aciência, seremos um corpo sem cabeça e setirarmos a filosofia, seremos um corpo semmembros. Portanto, a Doutrina Espírita, continuarásendo: Ciência, Filosofia e Religião.

pegadas de chico xavierPegadas de Chico Xavier

ÉricaBibliografia: Momentos com Chico Xavier Chico, de Francisco- Adelino da Silveira, Editora Miragraf, 1ª Ed.,1999; - Adelino da Silveira, EditoraCEU,1ª ed.,1987.

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

Rua das Turmalinas, 56 / 58 - Jardim Donini - Diadema - SP

Tratamento Espiritual: 2ª e às 19h453 e às 14h45

4ªª 6ªAtendimento às Gestantes: 2ª às 15 horas

Evangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniõesReuniões: 2ª, 4 e 5 às 20 horas3 e 6 às 15 horas

Domingo às 10 horas

ª ªª ª

Artesanato: Sábado das 10 às 16 horas

Minhas irmãs em Cristo.Elevo meu sincero voto à Mãe Excelsa de Jesus para

que todos os vossos corações experimentem o orvalho deseu amor desvelado e constante.

Nós, hoje, estudamos o Evangelho com lágrimas, nolabor de nossa tenda humilde. Nossas lágrimas, contudo,não são as do mundo, que varrem as almas comotempestades de fogo no torvelinho das paixões.

Foram para o nosso espírito a chuva benéfica quefecunda a terra dos sentimentos. Sentimos a união dasesperanças em torno do Mestre Divino e recordamos a suainfinita misericórdia. É o nosso regresso ao Seu aprisco deamor inesgotável; é a ânsia de integração na substânciade Sua exemplificação imortal.

A igreja doméstica erige-se novamente no íntimosantuário dos nossos corações. As mulheres modernas,nossas pobres irmãs em humanidade, costumam perder-se na imitação falsa dos labores que Deus destinou aoshomens, na constituição de seus deveres sagrados.

Em todos os lugares, há um apelo criminoso e umasugestão infeliz para que o coração feminino perca assuas características de ternura. Em toda a parte, falsasideologias concitam a mulher a realizações desesperadas.Generaliza-se o esquecimento de que a ela foi confiada a,missão da vida, que muitas vezes se executa em silêncio,como o trabalho do Todo Poderoso que todas as criaturasparecem ignorar.

Todas as edificações grandiosas do mundo pertencema Deus e, apesar disso, somente os nomes transitórios dehomens falíveis surgem, na publicidade de cada dia,quando todas as boas dádivas representam uma realdispensação dos céus.

Em todos os tempos, os homens fizeram batalhas,destruindo os caminhos da vida, destruindo instituições ouintoxicando patrimônios, porém a mulher, na excelsitudede sua tarefa, foi sempre a jardineira de Jesus, plantandoas flores da vida sobre as devastações dos movimentosdestruidores, como a primavera que enfeita de rosas umacasa desprezada, em dolosas ruínas...

Irmãs muito amigas, nos espaços mais próximos daTer ra , também ex is tem

c o l é g i o s d epreparação e de

amor dasalmas

femininas para a revelação permanente das glórias deDeus. Procuremos saturar o coração da prece e davigilância daquela que, em Nazaré, soube esperar osdesígnios santos do Céu a seu respeito.

Seu manto, constelado de toda as virtudes, se abregenerosamente para nós como um pálio divino. Saibamoscompreendê-la, desde a Manjedoura até o Calvário. Seuexemplo é a luz de todos os séculos para a missionária doCristo no seu esforço de redenção.

Transformemos o lar no templo de cada hora, onde a féseja um ensino de todos os instantes, a dor, um motivo deresgate venturoso, a esperança, uma aurora perene e oamor, uma fonte daquela água viva que dessedenta todasede do coração.

Que outras criaturas frágeis e pobres se façam ao marrevolto das ilusões e das amarguras que lhes sãoconsequentes, que outras desfraldem bandeiras novas naestrada das experimentações inconvenientes e tristes!...Fiquemos nós com Jesus, colocando bem alto o Seuexemplo e o Seu Amor.

Esta é a pobre lembrança de vossa irmã e serva muitohumilde.

Maria João de Deus________________Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier em 28 deagosto de 1940.

Imagem:http: //estudoreligioso.files.wordpress.com/2008/05/chico_xavier04_01.jpghttp://www.guia.heu.nom.br/images/Maria%20de%20Nazaré.JPG

Mensagem de Maria João de Deus

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 13

Maria de NazaréMaria de Nazaré

SeareiroSeareiro14

“,

Questão 673 — Não seria um meio de tornar essasoferendas agradáveis a Deus consagrá-las a minorar ossofrimentos daqueles a quem falta o necessário e, nestecaso, o sacrifício dos animais, praticado com fim útil, não setornaria meritório, ao passo que era abusivo quando paranada servia ou só aproveitava aos que de nada precisavam?Não haveria qualquer coisa de verdadeiramente piedoso emconsagrar-se aos pobres as primícias dos bens que Deus nosconcede na Terra?“— Deus abençoa sempre os que fazem o bem. O melhor meio dehonrá-Lo consiste em minorar os sofrimentos dos pobres e dosaflitos. Não quero dizer com isto que Ele desaprove as cerimônias quepraticais para Lhe dirigirdes as vossas preces. Muito dinheiro, porém, aí se gasta que poderia ser empregado mais utilmente do queo é. Deus ama a simplicidade em tudo. O homem que se atém às exterioridades, e não ao coração, é um Espírito de vistasacanhadas. Dizei, em consciência, se Deus deve atender mais à forma do que ao fundo.”

Sacrifícios

kardec em estudoKardec em Estudo

Para que façamos nosso estudo sobre a questão 673, énecessário englobarmos as questões 669 a 672.

Deus é nosso Pai de Infinito Amor e Misericórdia e, comosabemos, o Criador de todo o Universo. E assim sendo, todaa vida que palpita em nosso planeta Terra vem de Deus, enós, os Seus filhos e usufrutuários desta casa, nãoprecisamos e nem devemos nos utilizar de rituais eoferendas para agradarmos ao Criador, pois tudo noUniverso Lhe pertence.

Deus não Se agrada de rituais e sacrifícios, em que Ele vêseus filhos jejuarem por longos períodos, outros, seimolarem, abrindo sulcos pelo corpo, perdendo sangue — eisto, dizem, é para purificar a alma. Outros se submetem asofrimentos físicos descomunais para o “pagamento” desuas promessas. Deus não Se alegra e nem quer nada disso,de nenhum desses atos de Seus filhos. E existem seitas emque seus adeptos sacrificam animais, em oferendas, e atépessoas: adultos, jovens, crianças são levadas à morte como intuito, segundo acreditam, de agradar a Deus, de “aplacara fúria d'Ele”.

Deus é Pai de Amor, Misericórdia e Bondade Infinitas, porisso, nos proporciona todas as oportunidades necessárias derenascimento, de renovação incessante da vida. Através decada existência, todos os dias, a cada instante, Ele nosrepleta de bênçãos, desde o berço, a família, comoportunidades de aprendizado sem fim.

Na centelha divina, colocada em forma latente por Eledentro de cada um de nós, estão contidas todas as virtudesque precisamos desenvolver através do bem que deveremosvivenciar em favor do próximo, a fim de repletarmos nossavida de amor, pois esta é a única forma de sermos felizes.

Se Deus nos dá tudo o que precisamos para nossa vida,nosso aprendizado, nossa reparação do passado e nossaevolução espiritual, para quê Ele iria querer de nós: dinheiro,incensos, estátuas de pedra, de ouro e objetos? Tudo isso éperecível, material e passageiro. Para quê, se nada nospertence, até o nosso corpo fica, ao partirmos para o outrolado da vida? O que aqui existe só temos como empréstimo,pois tudo pertence a Deus e Ele não tem banco, não nosvende um lugar no céu, não faz barganha conosco e não quer

o sangue dos homens, Seus filhos, e nem o dos animais paraagradá-Lo.

Os espíritos inferiores que persistem no mal e não queremmudar e nem se render ao Amor e aos ensinamentos denosso Mestre Jesus, para manterem sua forma física nocorpo perispiritual, é que necessitam alimentar-se dos fluidosvitais que emanam do sangue dos animais e das pessoassacrificadas em seitas formadas e buscadas por pessoasque desconhecem o Evangelho de Jesus. Elas acham quepodem ter felicidade, sucesso material, paz e tranquilidade àcusta desses rituais, pagando o que for necessário para queos outros resolvam os seus problemas, mas, com isso, só secomprometem mais com a Lei da Vida e se colocam nasmãos daqueles espíritos, dos quais se farão escravas apósdesencarnarem.

Precisamos ajudar nossos irmãos de caminhada abuscarem a fé raciocinada e a Verdade (como dizia JesusCristo em suas pregações: — “Conhecei a Verdade e ela voslibertará!”).

Para isso, se faz necessária a divulgação e o estudo sérioda Doutrina Espírita que é o Cristianismo Redivivo; peloestudo das cinco obras de Allan Kardec (O Livro dosEspíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo oEspiritismo,AGênese, O Céu e o Inferno) e os livros do nossoFrancisco Cândido Xavier (412 em vida) dentre eles, a sériede André Luiz formada de 16 volumes. O primeiro livro é oNosso Lar.

São livros que nos orientam e esclarecem sobre a nossarealidade no plano físico e espiritual. Outros autores sériosnos ajudam no encontro com a Verdade, sem fantasias eilusões. Livros esses que nos fazem compreender que, sequisermos agradar a Deus, ao invés de rituais e cerimônias,devemos amar o próximo, ajudando a diminuir o sofrimentodos pobres e aflitos, empregando nosso tempo e nossodinheiro no alívio da fome, do frio e das dores do nossosemelhante, levando alimentos, roupas, medicamentos,sorrisos, carinho, palavras de estímulo e esperança a quemnecessita. Doemos de nós, do nosso tempo em ouvir umador, um desabafo, visitemos e sejamos voluntários detrabalhos em hospitais, asilos, orfanatos, abrigos, creches

O Livro dos Espíritos - Livro IIICapitulo II - Da Lei de Espírita“ ”

Mal o Príncipe entrara na sala do trono, o Rei foiperguntando, com voz meio triste e abatida:

— Encontrou o homem feliz, meu filho?— Cheguei a encontrá-lo, meu pai.— E trouxe, assim como recomendou o Sábio da Corte, a

camisa do Homem Feliz, para que eu possa vesti-Ia e curar-me desta tristeza, aprendendo a sorrir de novo?

O Príncipe baixou a cabeça e disse:— Foi impossível trazê-la, meu pai.O Rei ficou aborrecido com a resposta.— Como impossível? — ele trovejou, mal-humorado. —

Acaso não lhe disse que era um pedido meu? Ou será queesse homem feliz não vive no meu reino?

O filho, muito cuidadoso, informou:— O Homem Feliz não usa camisa, meu Rei!Aquela revelação surpreendeu o Rei pois ele aguardava,

ansioso, a vinda da camisa que o faria sentir-se feliz, bom ejusto. Mas o Príncipe lhe dizia que o Homem Feliz não usavacamisa.

Decorreram algumas horas de silêncio e finalmente, o Reivoltou a falar:

— Compreendi a lição, meu filho! Um homem, para serfeliz, não precisa ter camisa, não é isso?

— Exatamente, meu pai!O Rei levantou-se do trono e anunciou:—Assim sendo, a partir de hoje não mais usarei camisas!Deste dia em diante,

o Rei apresentava-sesem camisa em todaparte. Isto deixavauma desagradávelimpressão de queestava desajustadopor estar sem camisa,d i a n t e d e s e u svisitantes, inclusivereis de outros reinos.

Nos salões do reinof e r v i a m o scomentários: “O Reiestava de miolo mole!”ou “O nosso Rei estáe x a g e r a n d o ! ” o u“talvez esteja velhocoroca!”.

Um dia, o Príncipe tomou coragem e falou com o pai sobreo respeito devido aos que iam ao palácio real e pediu quevoltasse a usar camisas.

— Qual nada, meu filho! Eu quero ser feliz. E, se minhacamisa há de fazer-me triste e aborrecido, prefiro viver semela.

O Príncipe amargurava-se com os cochichos sobre o Rei,decidiu abrir seu coração para sua noiva, que lhe deu umaidéia:

— Convide o Homem Feliz, que não usa camisa, a fazerparte da corte. E, então, serão dois a viverem felizes semcamisa.

O Príncipe concordou e ordenou para que o Homem Feliz,com toda sua família, viesse ao palácio, para viverem pertodo Rei.

O Príncipe agora suspirava mais tranquilo, porque oHomem Feliz fez diminuir o disse-que-disse em torno do Rei.

Porém, aos poucos, alguns dos que frequentavam opalácio real começaram a perceber que o Homem Feliz setornara o preferido do Rei. Os dois estavam sempre juntos.Bastava que o Homem Feliz falasse sobre qualquer assunto,e o Rei o transformava em lei para todo o reino.

Os mais interesseiros começaram a fazer amizade com oHomem Feliz e a bajulá-lo, para conseguir alguns favoresreais. Mandavam-lhe presentes, carruagem e jóias. Certavez, foi até levado ao palácio de um fidalgo e acabou semudando, com família e tudo, para lá.

Completando o quadro, um mercador, que precisava dasgraças reais, doou-lhe uma das mais ricas coleções deroupas, confeccionadas com deslumbrantes tecidosorientais de ouro e prata.

Então, o Homem Feliz vestiu uma camisa!O Príncipe, quando viu o Homem Feliz passeando pelos

jardins com as suas novas roupas, correu a anunciar o fato aoRei.

— O Homem Feliz, meu pai, está vestido.— Vest ido?! —

espantou-se o Rei—O Homem Feliz estáde camisa?

— Sim, meu pai! Eumesmo o vi, estamanhã, vestido comroupas muito ricas.Foram, naturalmente,presentes de alguémque deseja conquistaras preferências dele,para que ele possapedir-lhe um favor real.

— Não acredito!Não acredito!

— Creia ou não,meu pai, é a verdade.

O Rei, gesticulandomuito, determinou que o Homem Feliz fosse vê-lo assimcomo estivesse: vestido ou despido.

Diante do Rei, o Homem Feliz baixava a cabeça, humilde esubmisso.

— Pois então, não resistiu à tentação?— Não, Majestade!

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 15

etc., levemos a página do Evangelho, a prece, o ombro amigoàquele que necessita; isto sim, agrada a Deus.

É no trabalho do Bem e do Amor ao próximo que em nossocoração se fará sentir a verdadeira alegria de viver, averdadeira felicidade, que nenhuma palavra conseguirátraduzir, que não se apagará do nosso coração, que não

deixará um vazio depois, pois é um tesouro que nenhumladrão poderá roubar, que jamais enferruja e que a traça nãocorrói.

FátimaBibliografia:

;O Livro dos Espíritos -Allan Kardec, Tradução de Guillon Ribeiro,

Editora FEB, 69ª ed., 1987Imagem: http://www.abeso.org.br/revista/revista24/images/direito_vida1.jpg

Contoscontos

O Homem Feliz

SeareiroSeareiro16

— E por que se vestiu como todos?Você não era feliz como estava?

— Meu Rei, nos primeiros dias, em queaqui cheguei, eu me sentia tão feliz comoquando vivia no campo, sem camisa.Depois... vendo as outras pessoas, euquis ser igual a todas elas. Eu quisalgumas facilidades e ser dono de algumacoisa!

— Ora, ora... E com essa roupa, vocêcontinua feliz?

O Homem Feliz ficou sem fala.A noiva do Príncipe, que estava

próximo a ele, falou baixinho:— Agora é sua hora, Príncipe. Fale com

seu pai.— Meu pai, aí está outra lição para nós. Se um homem

aprendeu a ser feliz quando quase tudo lhe faltava, sendofeliz até sem camisa, também o será na riqueza, na fortuna.

O Rei o ouvia, pensativo.— Pai, os momentos felizes não nascem do que se tem e

sim do que se faz de bem ao nosso semelhante.Quando o senhor se despiu da camisa, passou a dar mais

atenção para os menos felizes e a atendê-los. Isso é que fez

a sua felicidade!O Rei pensou, pensou, levantou-se do trono e abraçou o

Príncipe.Imediatamente, o Rei pediu que a sua futura nora, a noiva

do Príncipe, fosse buscar algumas camisas.Quando ela voltou, o Rei vestiu uma camisa, distribuiu

outras para o povo que governava e continuou a reinar feliz efazer os outros felizes.

Texto adaptado por SilvanaBibliografia: - RoqueJacintho - Editora Luz no Lar, 1ª ed., 1987.Imagem: Mario da Costa Martins

O Soldadinho de Chumbo e O Homem Feliz

atualidadeAtualidade

Nos círculos humanos a história da civilização registrouuma infinidade de organizações religiosas, cada qualcarreando consigo um quadro de hierarquia e um conjunto deprocedimentos para o ato de orar. Desde tempos remotosapegou-se o homem de fé às fórmulas exteriores da oração,qual criança espiritual necessitada de apoio e guia.

Com o advento da Doutrina dos Espíritos, contudo, amaioridade espiritual das criaturas humanas foi declaradapelos céus. A infância espiritual das fórmulas religiosas detodos os tempos é finalmente superada por umacompreensão mais madura acerca dos atributos da prece enossa ligação primordial como criaturas diante do PaiCriador. Com o Espiritismo, a Lei de Adoração que AllanKardec tão claramente revela ao mundo atinge culminânciasde compreensão. Chega então o tempo, preconizado peloCristo, em que adoraríamos o Pai e .

Adorar significa, para os espiritistasestudiosos, abandonar todo processo ritualístico depassadas escolas religiosas, esquecendo-o, sem vacilação,em favor da comunhão direta de sua própria confiança emDeus, movimentando os recursos sublimes da féraciocinada, entregando-se, de coração, à bondade e àsabedoria celestes.

Adorar significa, para todos os espíritascristãos, a possibilidade única de atestar de si para consigo aprópria sinceridade de alma prostrada diante da misericórdiade Deus, aceitando, de mente resignada, os desígnios quevêm de MaisAcima.

A prece espírita, então, prescindirá das fórmulas, dosrituais, dos paramentos, do sacerdócio, dos oráculos, dasimagens, dos amuletos, dos templos e dos horáriosespecíficos para que possa fluir plena de simplicidade e

pureza, a qualquer tempo e lugar, dos mananciais doimo d'alma em direção à paternidade divina.

Em Doutrina Espírita não há ritos para a oração equalquer desvio de conduta, neste particular, defrequentadores e dirigentes espíritas em nossos centros deatividadedoutrináriaseconfiguraráem lamentável retrocesso,num atavismo religioso, vinculando os que assim procedem àsfórmulas mortas de outras épocas, que já deveriam terpassadoparaosnossoscírculosdeatividadee fé.

Para sermos mais claros:Não há cerimônias de batismo espíritas. O Espiritismo jános esclarece que o batismo real pela água se realizapelo instituto da reencarnação.Não há qualquer rito de iniciação aos círculos da féespírita. O Espiritismo já nos revelou a relevância doesforço próprio do crente, indicando-lhe a necessidadeda disciplina e do estudo para o próprio burilamento.Nos centros de atividade espíritas não há oráculosespeciais. O Espiritismo nos informa que médiuns edirigentes em atividade útil são irmãos tão necessitadosde auxílio e guia quanto todos os demaisfrequentadores, cabendo, a cada qual, o cumprimentoreto dos próprios deveres.Não há, na Doutrina Espírita, qualquer cerimonialdestinado a abençoar os que se consorciam. O local dacasa espírita não se destina a dar satisfações sociais dequalquer espécie.Não há, na Doutrina Espírita, qualquer fórmula ritualísticadestinada a encomendar o corpo de quem desencarnou.O Espiritismo nos alerta, esclarecendo-nos, que opensamento sincero de amizade e amor em torno dosque demandam a vida além-túmulo é o maior tesouroespiritual que lhes podemos oferecer.

Que os profitentes do Espiritismo possam compreendersemelhantes verdades com espírito de isenção, libertando-se

em espírito em verdadeem espírito

em verdade

,

Atavismo Religioso

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 17

de quaisquer atitudes exteriores de adoração ao Pai que,antes de qualquer coisa, apenas espera de nós pureza desentimentos e sinceridade de propósitos.

Ephigênio Salles Victor

___________________Mensagem psicografada por Geraldo Lemos Neto, no Centro EspíritaLuz,Amor e Caridade, na noite de 8 de setembro de 2008.

Todos nós almejamos a paz!Para tê-la, em todos os caminhos percorridos durante a

existência física, há regras difíceis a serem seguidas, assim comoo convívio familiar, a aceitação no caminho do semelhante, atolerância com a forma verbal de cada um; não guardar mágoas,evitar tristezas, saber compreender as fases difíceis de umadoença sem reclamar e sem se revoltar contra o Criador.

Muitas vezes, não entendemos que estamos sendo testadospelas alfinetadas que aparecem em todas as fases da vida, notrabalho e até no campo religioso. O orgulho sempre se apresentacom demonstrações de irritabilidade e chegando, por vezes, acriar inimigos. Nessas horas, se buscarmos refletir,perguntaremos interiormente:

— Onde está a paz?E se o raciocínio de honestidade se fizer presente,

responderemos:—Ainda não aprendi a perdoar!E se cremos realmente nos ensinos do Evangelho,

recordaremos a maior lição de Jesus, compreendendo eperdoando a traição de Judas Escariotes. Ajudou-o e reajustou-operante a maior Lei de Deus: "Amar a Deus sobre todas as coisase ao próximo como a si mesmo". Aí sim, começaremos a buscar apaz.

ElielceBibliografia: Sonetos de Vida e Luz - Waldo Vieira, Editora CEC, 1ª. ed.,1966.

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

Lema de AmorSe anseias atingir os domínios da paz,Não tentes posses vãs, nem guardes sombra alguma!Tristezas e aflições, de vez, uma por uma,Remove do caminho e deixa para trás!

Ante golpes e ardis da estrada, mostra, em suma,Toda a força do bem de que sejas capaz.E quando o mal te envolva ou fira vencê-lo-ásComo o sol em silêncio extingue o frio e a bruma.

Desculpa a incompreensão e abençoa na vidaAboca que te beija e escarnece em seguida,Aprimora por meta e ajuda por prazer...

Do apanágio da estrela à modéstia da escória,Eis o lema de amor para a eterna vitória:— Dar, servir, recompor, trabalhar e esquecer...

Adolfo Figueiredo

Francisco Cândido Xavierpelo espírito Emmanuel

Editora Ideal112 páginas - 1980

livro em focoLivro em Foco

IrmãoSer chamado de irmãoacalenta o coração daquelesque sofrem. E foi justamentepara aqueles que, nas horasdi f íceis da vida, f icaminquietos com inúmerasindagações:— Por que a dor?— Por que o desalento?— Por que a tristeza?— Por que a solidão?Para es tas pergun tas ,Emmanuel ditou ao nossoquerido Chico Xavier, páginas

que falam de resignação,esperança, fraternidade,compreensão, renovação,r e a j u s t a m e n t o e

entendimento.A reflexão sobre tão belas lições nos levará a fortalecer a

nossa fé e a seguirmos convivendo com aqueles que nosrodeiam, sejam eles equilibrados ou não, afetos ou

desafetos, amigos ou não.Ajuda-nos, também, a refletir sobre a nossa própria

condição e conduta. Quando milhares de pessoas cultivam ohábito de comentar acontecimentos trágicos, Emmanuelrecomenda:

“Não comentes o mal para que o mal não se estenda; nãote refiras à sombra para que a sombra não te envolva ocaminho”.

Atualmente, ouvimos muito falar sobre “respeito”.Respeito ao idoso, às crianças, às diversas raças, à Naturezae aos animais. Neste precioso livro, o autor espiritual diz-nos:“... fomos chamados a amar-nos reciprocamente e não parasermos escravos uns dos outros, porque, em princípio,compomos uma família só e todos nós somos de Deus”.

Por fim, aos que já despertaram para o auxílio ao próximoe já vislumbram o farol da caridade, Emmanuel alerta:

“Ainda mesmo que todas as circunstâncias te hostilizem,ajuda sempre”.

Por todos estes temas e muitos outros, este livro, que tevea sua primeira edição lançada em 1980, traz ensinamentosatuais e nos conforta o coração angustiado.

São “páginas simples que refletem algo das lições que nosforam legadas pelo EternoAmigo, sempre disposto a instruir-nose a socorrer-nos, nosso Infatigável Companheiro e AmadoJesus.”

Vitório

Deus, em Sua infinita misericórdia, está sempre a nosamparar, mesmo nos momentos em que estamos prestes acometer um delito, seja qual for a sua natureza. Esse auxílioque recebemos nos chega de várias maneiras, uma delas épermitindo que Espíritos amigos e os Trabalhadores de SuaSeara estejam ao nosso lado, influenciando-nos para quenão venhamos a cometer determinadas faltas, que viriam anos comprometer por muito tempo e, quando não estamosem condições de assimilar suas influenciações, em virtudede nosso baixo teor mental, eles procuram nos atender, porintermédio de algum companheiro encarnado que esteja aonosso lado, dando-nos bons conselhos para que evitemos atomada de uma decisão infeliz. Outra maneira derecebermos auxilio é através do sono. Quando

adormecemos, nos desprendemos parcialmente de nossocorpo físico e recebemos o auxilio no plano espiritual, o queregistramos como sendo sonhos.

Infelizmente, quando não guardamos um mínimo dereligiosidade ou amor ao Pai e vivemos plenamente namatéria, esse auxílio passa por desapercebido sem nosdarmos conta do quanto estamos sendo amparados e nosa t i r amos como “ l oucos ” às nossas pa i xõescomprometedoras, às quais, nos algemamos por váriasencarnações, caracterizadas de refazimento doloroso —doloroso visto pelo nosso ponto de vista deturpado, porque,no fundo, são as oportunidades de resgate que recebemos— até o nosso despertar moral.

Exemplificando o comentário, prosseguimos com a

Desprezando o Auxílio

SeareiroSeareiro18

tema livreTema Livre

É interessante notar que, por todos os recantos onde Jesusdeixou o sinal de Sua passagem, houve sempre grandemovimentação no que se refere ao ato de levantar e seguir.

André e Tiago deixam as redes para acompanhar o Salvador.Mateus levanta-se para segui-Lo. Os paralíticos, que retomam asaúde, se erguem e andam. Lázaro atende-Lhe ao chamamento elevanta-se do sepulcro. Em dolorosas peregrinações e profundosesforços da vontade, Paulo de Tarso procura seguir o MestreDivino, entre açoites e sofrimentos, depois de se haver levantado,às portas de Damasco. Numerosos discípulos do Evangelho, nostempos apostólicos, acordaram de sua noite de ilusões terrestres,ergueram-se para o serviço da redenção e demandaram ostestemunhos santificados no trabalho e no sacrifício.

Isso constitui um acervo de lições muito claras ao espíritareligioso dos últimos tempos.

A maioria dos cristãos vai adotando, em quase todos os seustrabalhos, a lei do menor esforço. Muitos esperam pela visitapessoal de Jesus, no conforto das poltronas acolhedoras; outrosfazem preces, por intermédio dos discos. Há os que desejamcomprar a tranquilidade celeste com as espórtulas generosas,como também os que, sem nenhum trabalho em si próprios,aguardam intervenções sobrenaturais dos mensageiros do Cristopelo bem-estar de sua vida.

Pergunta a ti mesmo se estás seguindo a Jesus, ou apenas àsnormas do culto externo do teu modo de filiação ao Evangelho.Isso é muito importante, porque levantar e renovar-se ainda é onosso lema.

***

“Vinde a Mim todos vós, que estais cansados eoprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meujugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde decoração e encontrareis descanso para as vossas almas,porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve.”

— Segue-Me!

(Emmanuel – livro “Segue-me”, psicografado por FranciscoCândido Xavier, Editora O Clarim).

Como foi muito bem salientado por Emmanuel na lição acimatranscrita, Jesus sempre conclamou àqueles que O procuravam a“fazer” algo.

Todos foram ajudados e receberam as bênçãos deSeu coração Misericordioso, mas todos colaboraramcom algum ato, com alguma ação.

Isto demonstra a necessidade que temos de nãoficarmos parados, na inércia, muitas vezes chorando oureclamando da situação em que nos encontramos,atribuindo as nossas dores a este ou àquele fator.

Feita a apuração e a análise do que nos acontece,precisamos colaborar com a solução!

Utilizemos primeiramente o recurso da oração,rogando a Deus a orientação para a solução doproblema e, ato seguinte, “arregacemos as mangas” etrabalhemos para a modificação do que nos incomoda,não esquecendo que precisamos, acima de tudo,modificar a nós mesmos, a nossa forma de pensar e deagir.

Esta é a ação que Deus espera de nós.Problemas em família, no trabalho, no casamento?

Sejamos mais compreensivos, prestativos ecarinhosos. E, em todas as situações, devemos sempreter na lembrança o seguinte: não faça ao próximo o quevocê não gostaria que fizessem para você.

Esta é a máxima do respeito ao próximo.Mesmo que tudo à nossa volta aponte para a revolta e

a reclamação, confiemos nas palavras de Jesus:

(Mateus, capítulo 11, versículos 28 a 30).Mesmo nesta passagem, aparece a necessidade de

nossa ação (Vinde a Mim). E só conseguiremos ir atéJesus, incorporando em nossos espíritos as virtudescristãs, através da prática dos ensinamentos do Mestre.

Não façamos dos rituais exteriores a forma dealcançar a verdadeira pureza, como faziam os fariseus.

Limpemos o nosso coração de todo o rancor, ódio,maledicência e tantos outros vícios morais que aindacarregamos.

Para isto, disse Jesus:

Wilson

Segue-Me!E Ele O Seguiu...

“E passando, viu Levi, filho de Alfeu e disse-lhe:— Segue-Me. E, levantando-se, O seguiu.” (Marcos, 2:14)

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 19

narrativa de André Luiz, no livro “No Mundo Maior”,capítulo “Dolorosa perda”, onde o aborto é o temacentral.

Influenciada pela Espiritualidade, a enfermeiraoferece um sedativo à enferma, a qual o absorve eentra em sono, desligando-se parcialmente docorpo físico. Sendo auxiliada pela Espiritualidadeatravés de passes magnéticos, a enferma passa aenxergar o ambiente à sua volta e mantém suaatenção na presença de sua mãe desencarnada, queprocura auxiliá-la.

Nesse momento ocorre no plano espiritual, em forma desonho, um longo apelo maternal (da mãe desencarnada) àfilha, para que ela não cometa o aborto; fala sobre asdificuldades que ela enfrentará diante do pai(porque será rejeitada), dos familiares e dasociedade em geral, em virtude de uma gravidezprecoce, sem o amparo do casamento ou de umaunião conjugal em bases sólidas e morais;discorre sobre a necessidade de ter que trabalharpara garantir o seu sustento e de seu filho nãoplanejado, mas ressalta, por outro lado, osbenefícios que ela terá por assumir o atopraticado, preservando a vida do filho, o qual lheproporcionará enormes oportunidades de reparosda vida atual e do passado; fala também dos errosque ela, mãe, cometeu por não tê-la educadoconvenientemente quando encarnada, do que ses e n t e r e s p o n s á v e l e s e a r r e p e n d eprofundamente.

A enferma, contudo, diz se sentir incapaz deassumir a responsabilidade que a humilhariadiante de todos e que esta situação ela nãoenfrentaria (eis aí o orgulho, sempre marcante em nossapersonalidade) e que a morte seria, até, melhor solução.

Após todos os argumentos expostos pela mãe, que foi osocorro de último instante permitido pela misericórdia divinaantes do ato delituoso, a enferma reage da seguintemaneira, ao retornar para o corpo físico, despertando dosono provocado para aquele esclarecimento:

Como podemos observar, o socorro sempre nos chega;entretanto, quando nos enclausuramos em pensamentosinfelizes e não nos propomos a uma mudança, colhemos o

fruto amargo de nosso desequilíbrio,porque o Bem não nos obriga a nada, nemnos violenta, mas, esclarece, ilumina,tolera, nos inspira para uma reflexãosalutar e aguarda, até que nos voltemos aele.

Observamos também o drama de umamãe reconhecendo suas faltas de quandoencarnada, em não ter dado à filha averdadeira educação — a moral. Por isso,resgata e sofre junto, acompanhando adesditosa decisão da filha e o mesmoocorre conosco quando faltamos comnossa responsabilidade, seja em qualquersituação.

Continuaremos este relato numapróxima oportunidade; até lá, vamosrepensar em nossa conduta para que nãovenhamos a trilhar caminhos espinhosos

por nossa pura irresponsabilidade, lembrando sempre que o“Evangelho do Cristo” é a nossa bússola.

Seria de extrema valia para aqueles que ainda não leram olivro que o façam, pois as informações lá contidas evitariaminúmeros sofrimentos elaborados por nós mesmos.

Roberto Cunha

— Filha querida, venho a ti, para que te não abalances àsinistra aventura que planejas. Reconsidera a atitude mentale harmoniza-te com a vida. Recebe minhas lágrimas, comoapelo do coração. Por piedade, ouve-me! Não te precipitesnas trevas, quando a mão divina te abre as portas da luz.Nunca é tarde para recomeçar, Cecília, e Deus, em seuinfinito devotamento, transforma as nossas faltas em redesde salvação.

— Tive um pesadelo horrível... Sonhei que minha mãevoltava da morte e me pedia paciência e caridade! Não,não!... Irei até ao fim! Preferirei o suicídio, afinal!

Inspirada pelo meu orientador, a enfermeira fez aindavárias ponderações respeitáveis.

— Não seria conveniente aguardar mais tempo?A paciente, no entanto, ficou irredutível. E, com assombro

nosso, ante a genitora desencarnada, em pranto, a operaçãocomeçou, com sinistros prognósticos para nós, queobservamos a cena, sensibilizadíssimos.

Bibliografia: - Francisco Cândido Xavier, peloEspíritoAndré Luiz, Editora FEB. 14ª ed., 1987.

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Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”

O trabalho, queiramos ou não, é uma lei da Natureza e, porisso, o trabalho é uma necessidade imperiosa de que não nosconvém furtar.

A civilização, à medida que avança, consequentemente

obriga o homem a mais trabalho, já que os tempos modernosaumentam as nossas necessidades e aumentam,consequentemente, os nosso prazeres.

Não devemos entender, porém que o trabalho seja tão-sóo das ocupações profissionais que nos asseguram oequilíbrio psíquico e os prazeres do corpo físico.

Roque Jacintho

O Trabalho

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