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Dr. Francisco Menezes Dias da Cruz abcdefghijklmnopqrstuvwxyyz Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 8 - nº 65 - Março/2007 Distribuição Gratuita Neste mês: Pressentimentos Repulsa à Verdade A Mulher e o mundo atual Ingratidão em família Dr. Christian Friedrich Samuel Hahnemann Repercurssão dos sonhos no corpo físico Guerra íntima

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Dr. FranciscoMenezes

Dias da Cruz

abcdefghijklmnopqrstuvwxyyz

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 8 - nº 65 - Março/2007Distribuição Gratuita

Neste mês:Pressentimentos Repulsa à VerdadeA Mulher e o mundo atual Ingratidão em família

Dr. ChristianFriedrich Samuel

Hahnemann

Repercurssão dos sonhos no corpo físico Guerra íntima

EditorialSeareiro

SeareiroSeareiro2

editorial

ÍND

ICE

GRANDES PIONEIROS

SONHOS

ANAL ABERTO

KARDEC EM ESTUDO

ATUALIDADE

TERCEIRA IDADE

CLUBE DO LIVRO

CONTOS

CANTINHO DO VERSO EM PROSA

TEMA LIVRE

LIVRO EM FOCO

FAMÍLIA

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Dr. Francisco Menezes Dias da Cruz - Pág. 3Dr. Christian Friedrich Samuel Hahnemann - Pág. 7

Repercussão dos sonhos no corpo físico - Pág. 9Siga Jesus - Pág. 9

Pressentimentos - Pág. 10Mulher e o Mundo Atual - Pág. 11Repulsa à Verdade - Pág. 12

Uma vida de Renúncia - Pág. 13O Pescador de Almas - Pág. 13

O ódio e o perdão - Pág. 14Desculpa - Pág. 15

Guerra Íntima - Pág. 16Conceitos Equivocados - Pág. 16

Encontro Marcado - Pág. 18Ingratidão em Família - Pág. 19

C

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Direção e Redação

Endereço para correspondência

Conselho Editorial

Jornalista Responsável

Diagramação e Arte

Impressão

Tiragem

Ano VIII - nº 65 - Março/2007Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

CCM: 39.737

Seareiro é uma publicação mensal,destinada a expandir a divulgação dadout r ina espí r i ta e manter ointercâmbio entre os interessados emâmbito mundial. Ninguém estáautorizado a arrecadar materiais emnosso nome a qualquer título.Conceitos emitidos nos artigosassinados refletem a opinião de seurespectivo autor. Todas as matériaspodem ser reproduzidas desde quecitada a fonte.

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Ana Daguimar de Paula AmadoFátima Maria Gambaroni

Geni Maria da SilvaJosé Roberto Amado

Marcelo Russo LouresReinaldo Gimenez

Roberto de Menezes PatrícioRosangela Neves de Araújo

Rosane de Sá AmadoRuth Correia Souza Soares

Silvana S.F.X. GimenezVanda Novickas

William de Paula AmadoWilson Adolpho

Eliana Baptista do NorteMtb 27.433

Reinaldo GimenezSilvana S.F.X. Gimenez

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São Paulo - SPCNPJ: 61.089.868/0001-02

Tel.: (11) 6764-5700

12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

Triste época estamos vivenciando.Vemos tantas pessoas se “arrastando” pela vida como se a vida fosse um fardo

pesado a ser carregado com sacrifício.A vida é uma dádiva de Deus, que nos oferece para que possamos aproveitá-la

com sabedoria, utilizando as oportunidades para a nossa evolução espiritual.E justamente este bem precioso, a vida, que vem sendo ameaçado cada dia mais

pela violência que nos cerca.Alguns companheiros que ainda não conseguiram pensar no valor da vida põem

em risco a sua e a de todos da comunidade em que eles atuam. São os chamados“marginais”.

As reações a estes indivíduos são as mais variadas possíveis. Alguns queremmatá-los, como se isto fosse a solução de todos os problemas de violência dasociedade, quando sabemos que, pela sobrevivência do espírito e pela reencarnação,estaremos somente aumentando a violência. Outros há que se isolam de tudo,cuidando somente de si próprio e não se importando se a calamidade está atingindoaos seus semelhantes. Seria aquela posição de que “se não atingiu um de minhafamília eu nem tomo conhecimento”.

Ambas as atitudes são inúteis ou até pioram a situação de violência que noscercam, pois não atuam sobre o fato gerador da violência: a recuperação do indivíduodesajustado.

Lembramos que, quando muitos falam que um “marginal” não tem conserto, nósespíritas devemos lembrar que um trabalho de recuperação iniciado nestareencarnação só irá fazer efeito, quem sabe, daqui a duas ou três reencarnações.Devemos semear e deixar as sementes germinarem. Deus regará na hora certa.

É por esta razão que são neles, nos assaltantes, nos assassinos, nos chamados“marginais” que devemos voltar as nossas atenções e nos perguntar: Por que eleschegaram a esta situação?

Disse Jesus: “Deixai vir a mim as criancinhas.”Por crianças, explica-nos O Evangelho Segundo o Espiritismo, devemos entender

como sendo os fracos, os escravizados ao mal, os viciados de todas as procedências,ou seja, todos aqueles que fogem ao preceito de “respeito ao próximo”.

Deveríamos levar os ensinamentos de Jesus para o maior número de pessoas paraque Ele pudesse ser o Sol a iluminar as trevas que moram dentro de cada um de nós.

É nossa obrigação, no papel de cristãos, aproximar Jesus das pessoas, pois, docontrário, como exigir um comportamento cristão de quem não conhece Jesus?

Devemos prestar mais atenção às nossas crianças, ensinando-as à prática dasvirtudes cristãs, principalmente o respeito ao próximo, ou seja, não façamos para osoutros o que não queremos que os outros façam para nós.

Hoje vivemos o caos social que deixamos que fosse instalado!Quando era a nossa obrigação de agir, ajudando ao nosso próximo com os

ensinamentos cristãos, nós nos omitimos. Para fugir desta culpa, tentamos achar osresponsáveis aqui e ali.

Arregacemos as mangas e abracemos o trabalho árduo de encaminhamento dascriaturas para Deus através da divulgação dos ensinamentos cristãos.

Não esqueçamos, acima de tudo, que o exemplo deve ser dado por nós.Equipe Seareiro

Dr. Francisco de MenezesDias da Cruz e sua esposa donaRosa de Lima Dias da Cruzrecebem em seu lar ao alvorecerdo dia 27 de fevereiro de 1853, noRio de Janeiro, um robustomenino de peso normal e, comocontava o pai, abrindo osp u l m õ e s m o s t r a n d o t e rreencarnado num corpo perfeito esaudável. Era o que poderia estarfaltando na vida desses pais queaguardavam ansiosos esse filho,que seria a total felicidade para ocasal.

O menino, pela escolha do paiorgulhoso, teria seu nome,portanto, no futuro, poderia serchamado de Júnior, sem queviesse a constar da certidão denascimento, ou “Chiquinho”,brincava o pai, com severascensuras da mãe, que dizia que omenino só atenderia peloprimeiro nome, isto é, Francisco.

O pai, Dr. Francisco deMenezes Dias da Cruz, eramédico muito conceituado pelospréstimos que desenvolvia, comamor em sua profissão. Eraprofessor da Faculdade de Medicina, onde fazia questãoque o interesse do estudante de medicina tivesse suacapacidade voltada não apenas para obter um diploma de

médico, visando só ao título e aostatus, que isso poderia darmeios de vida confortável.Ensinava aos alunos o deverhumanitário de lidar com a doralheia. Acarinhar quandopreciso e ser enérgico com osd e s a v i s a d o s q u e s ecomprometiam tremendamentecom o Criador, por não cuidar dasaúde do corpo, pelos vícios aque se de ixavam levar,ocasionando tantos dissaboresa ele, enfermo, e à família.

Por todos esses fatores esendo muito respeitado pelopovo, não conseguiu resistir aoconvite que lhe fora feito parapertencer ao “Partido Liberal noRio de Janeiro”. Achou quemuito poderia realizar, em favord o p o v o m a i s c a r e n t e ,moradores em regiões daperiferia.

Conseguiu, através doP a r t i d o L i b e r a l , o n d epraticamente atuou em grandeparte de sua existência,benefícios que muito ajudou aos

hospitais do Rio de Janeiro e arredores.Francisco de Menezes Dias da Cruz (filho) cresceu

nesse ambiente saudável. Lar onde Deus estava emprimeiro lugar, pelas preces de agradecimento que omenino Francisco ouvia todos os dias, pela manhã, antesdas refeições e à noite para um bom repouso físico. Suasidéias começavam a ter influências do pai que jáacreditava na continuidade da vida.

Dr. Francisco Dias (pai) era profundo simpatizante daDoutrina Espírita. Quando os fenômenos das “mesasgirantes” começaram a ser propaladas no Brasil, ele eraum jovem recém-casado. E quando apareceu olançamento de “O Livro dos Espíritos” em 1857, ele jácontava com 31 anos e o pequeno Francisco com quatroanos.

A formação do Dr. Dias (filho) fora, portanto, bemcuidada. As sementes foram plantadas em seu coração.Mesmo com pouca idade, já demonstrava em suasatitudes ser um espírito que teria reencarnado com umpotencial valioso, no aproveitamento das lições, que avida por certo que lhe traria, no transcorrer de sua longacaminhada reencarnatória. Seus pais foram valiosos

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 3

Dr. Francisco MenezesDias da Cruz

Dr. Francisco MenezesDias da Cruz

Cidade do Rio de Janeiro, RJ.

exemplos de honestidade ereligiosidade, dando a elesegurança em seu futuro.

Transcorre assim a vida dojovem Francisco, que semprese mostrara ser um aluno bemcomportado e estudioso.Dessa forma, passa a integraro curso de medicina, quedesde criança lhe chamava aa t e n ç ã o p o r m a n t e rconversações sér ias arespeito da profissão que o paiexercia com tanto apreço einteresse pelas criaturasenfermas. Queria saber e

entender a formação do corpofísico. E como o pai, chega a receber seu tão esperadodiploma de médico.

Durante esse trajeto, foi ele bibliotecário na CâmaraMunicipal trabalhando intensamente para auxiliar aspessoas na busca de bons livros que as ajudassem emuma formação mais convincente perante os semelhantes.Porém, com a Proclamação da República, seusadversários políticos e religiosos, aproveitando a ocasião,o denunciaram como monarquista, o que o fez perderentão seu cargo e emprego. Mas como já havia adquiridoseu diploma de professor de matemática, passou a daraulas no colégio Pinheiro, onde conseguiu concluir o cursode humanidades.

Quase concluindo seu curso de medicina, vem aconhecer uma jovem por quem se enamora e contrairapidamente o compromisso das núpcias, sendo suaesposa, dona Adelaide Pinheiro Dias da Cruz, que foirecebida com muita alegria no seio da família.

Poucos dias haviam se passado do casamento e daformação médica do jovem Francisco, quando umatragédia acontece.

O Dr. Francisco (pai) havia sido convidado acomparecer em uma cerimônia realizada na Igreja doSacramento. Quando, não se sabe por que, foi ele feridopor uma baioneta, vindo a falecer em razão dos ferimentossofridos. Durante a confusão, pois a Igreja estava lotada,ninguém se apercebeu do fato, só registrado quando ocorpo caiu ao chão. Ficou, porém, a incógnita: crimepolítico ou a enorme simpatia que irradiava nos meioshospitalares?

Isso abalou profundamente as entranhas do já entãomédico, Dr. Dias (filho). Os cuidados para com o coraçãodespedaçado de sua mãezinha o deixaram maisrevoltado. Seus interesses religiosos ficaram retidos, masos conceitos que havia adquirido de seu pai, em torno dador, lhe renderam mais ações humanitárias.

Trabalhou para realizar seu ideal em ter uma Clínicaonde pudesse atender os mais desfavorecidos da sorte. Econseguiu. Grande era o número de necessitados quesocorria com o mesmo carinho que dava aos que podiampagar pelos tratamentos ali obtidos. Dizia que, dessaforma, parecia ouvir as orientações de seu pai, em tornodos casos mais difíceis que lhe exigiam mais atenção.

Era ele admirador da Ciência Homeopática, desde asua época de estudante de Medicina. Obtendo maioresconhecimentos em torno da Homeopatia, foi convidado a

presidir o Curso de Hahnemann e logo após, presidiu oInstituto Hahnemaniano do Brasil.

Embora seu cabedal de cultura como médico,professor, orientador de pessoas com graves problemaspsíquicos, não conseguia esquecer o acontecimentofatídico da morte de seu pai. Revivia constantemente a dorocasionada no coração de sua mãezinha, que, semresistir a esse fato, vem a deixá-lo, partindo com umamorte, que para ele poderia demorar pela saúde que donaRosa apresentava. Ela era dinâmica e sua recordação erade sempre vê-la sorrindo e trabalhando com seu pai,ajudando-o nas enfermarias, como voluntária, atenta ereceptiva à dor alheia.

E eterna era a pergunta em seu cérebro:— Por que tirarem a vida de alguém que sempre fora

generoso, de uma maneira tão brutal?Mas como o amparo divino está presente eternamente

na vida de todo ser humano, Jesus confiava nessa criaturaque reencarnara com a tarefa de dar continuidade à obrainiciada por seu pai. Iria esse filho tão amado voltar a sentiro reacender da fé cristã em seu coração? E eis quealguém, freqüentador das reuniões espíritas naFederação Espírita Brasileira, vem ao encontro domédico, Dr. Dias, e o coloca a par do ocorrido nasreuniões.

Contava essa pessoa que o pai, Dr. Dias da Cruz,estava receitando, através dos médiuns freqüentadoresda Casa Espírita, medicações homeopatas que muitoestavam auxiliando aos enfermos que delas faziam uso. Eesses remédios eram fornecidos pela própria Federação,orientados com palavras edificantes do próprio Dr. Dias(pai).

Curioso com o fato, Dr. Dias decidiu averiguar averdade do que se falava. Dirigiu-se à Federação, tomouconhecimento do início da reunião e, sem dizer palavras aninguém, sentou-se em meio à assistência.

O dirigente dos trabalhos, após agradecer a presençados encarnados na Casa, passou para a prece, saudandoa todos os espíritos ali presentes. Passou-se à leitura d'OEvangelho Segundo o Espiritismo e comentou-se oreferido trecho. Até aí, omédico não sentiu e nemouviu nada que lhe desse acerteza de seu pai ali estar. Jáestava prestes a deixar oloca l , quando um dosmédiuns, participante dar e u n i ã o , s e n t i u amanifestação mediúnica.Alteando a voz, pediu:

— Por favor, caro amigo,peço-lhe para chamar meufilho, Francisco, que aqui seencontra nessa abençoadareunião!

Ao ouvir seu nome,exatamente como o pai lhechamava quando tinha algoimportante a lhe dizer, atordoado e meio desconfiado, Dr.Dias conseguiu levantar-se e aproximar-se da mesa deestudos.

Após a emoção do espírito comunicante, e, num tompaternal, Dr. Dias (pai), erguendo um pouco a mão numa

SeareiroSeareiro4

Livro “O EvangelhoSegundo o Espiritismo”

Livro “O Livro dos Espíritos”

atitude amistosa, disse ao filho:

E revelou a ocorrência que apenas ambos conheciam.Atônito, Dr. Dias (filho) nunca mais duvidou da doutrina,que passou a estudar, buscando os ensinamentos nomesmo “O Livro dos Espíritos”, que seu pai tanto lia.Compreendeu, daquele momento em diante, que haviamuito trabalho a ser feito, começado por seu pai, ematendimento à carência de amor entre as criaturas.

Ele não poderia perder mais tempo com indagações jásuperadas. Não deveria persistir em assuntosultrapassados. Seu pai lhe dera de volta a convicção decontinuar a viver e a exercer o “bem”. Não tinha o queduvidar da comunicação. Ninguém o conheciaintimamente, muito menos o médium, que era muitojovem. E o fato a que o pai se referira era de conhecimentosó deles. Portanto, não poderia constranger seu genitor.Iria dali para frente mostrar-se digno e reconhecido aDeus.

A primeira palestra a ser pronunciada pelo Dr. Dias daCruz foi exatamente na Federação Espírita Brasileira em1885. Trabalhava bravamente em levar aos descrentes oEvangelho. Participava de todos os Movimentos Espíritas,defendendo a Doutrina e incentivando o estudodoutrinário, baseado nos estudos de Allan Kardec, que jáapareciam nos meios espíritas com assiduidade, semmais tantas discussões primárias, em defesa dascomunicações das “mesas girantes”.

Ocupava Dr. Dias o cargo de vice-presidente daFederação, quando, por motivos de trabalho, Dr. Bezerrade Menezes, que era Presidente da Casa, teve queafastar-se por um tempo do cargo, sendo eleito o Dr. Diasda Cruz. Exerceu seu mandato até 1893, com muitodinamismo e responsabilidade, quando foi substituído porJúlio César Leal, espírita rigoroso em suas análisesreferentes à Doutrina, pois seu respeito para com osestudos fiéis ao Cristo era reconhecido por seus artigosnos periódicos da época. Era jornalista, poeta, teatrólogoe romancista. Exerceu muito bem esse cargo, quandovolta novamente a ocupá-lo o nobre Dr. Bezerra deMenezes.

Dr. Bezerra de Menezes continuou o amplo trabalho deassistência material que Dr. Dias haviainiciado em sua gestão, em conjunto coma assistência espiritual, desenvolvida comcarinho e amor ao próximo. Muitos foramos companheiros que ajudaram Dr. Diasnesse trabalho, enviando dinheiro,roupas, alimentos, remédios, que foramencabeçados pelo amigo e espíritasenhor Bernardino Cardoso. Este oajudou também a manter a clínica que erad i r ig ida pelo Dr. Dias, doandomensalmente uma alta soma em dinheiro,mas nunca tendo sido revelado seu nome,a seu próprio pedido. Só veio a públicoapós seu desencarne, quando,emocionalmente, Dr. Dias fazia seusagradecimentos pela ajuda constantedesse amigo que partira. Talvez tivesse sedeixado levar pela emoção e, por

“ i n c i d e n t e ” , a c a b o ud e i x a n d o e s c a p a r osegredo do amigo ecolaborador.

Por toda dedicação eserviços prestados à causadoutrinária, Dr. Bezerra deMenezes, em 1896, propõeà diretoria da FederaçãoEspírita aclamar o Dr.Francisco de Menezes Diasd a C r u z p r e s i d e n t e -honorário da mesma, o quefoi aceito por unanimidade.

Foi também Dr. Diasdirigente e presidente daRevista Reformador, órgão de propagação da doutrina, naqual ele escrevia artigos polêmicos, mas assinava suascolaborações sob o pseudônimo de “Um Espírita”. Foiautor do livro “O Professor Lombroso e o Espiritismo”.

Querendo facilitar e também ampliar os trabalhos daFederação Espírita, em 1891, tentou adquirir um prédiopróprio para montar uma oficina tipográfica para imprimir oReformador e as obras espíritas num geral, mas suapretensão não chegou a ser concluída por falta derecursos. Talvez a espiritualidade estivesse aguardandoo momento mais oportuno para esse empreendimento degrande vulto, como veio a acontecer mais tarde.

Como Dr. Dias era muito responsável em tudo o querealizava, quis fazer voltar o uso dos remédioshomeopáticos, por ser ele, como já mencionado, umgrande defensor dessa área médica.

No ano de 1900, ele reorganiza o InstitutoHahnemaniano do Brasil, que fora criado em 1879 pelomédico que, na época, era conhecido como o médicohomeopata do Império, o Dr. Saturnino Soares deMeireles. Foi ele, portanto, o primeiro presidente dessasua criação. Esse chamado “médico do Império” forahonroso defensor da causa criada e pesquisada pelo Dr.Samuel Hahnemann. Como a Homeopatia fora acausadora de muita polêmica entre os médicos, comoainda o é hoje, Dr. Dias aliou-se a defendê-la e, após“ressuscitá-la”, alugou no centro da cidade do Rio deJaneiro, na Rua da Quitanda nº 59, uma casa onde abriu

seu consultório, fazendo voltar a funcionaraí o Instituto Hahnemaniano do Brasil.

Foi dada a presidência do mesmo aotambém famoso e continuador daspesquisas homeopáticas, o Dr. JoaquimMurtinho, que ajudou a incentivar e criarnovas atividades de atendimento aopúblico, juntando-se à vontade do Dr. Diasem fazer mais adeptos para o bomaproveitamento dessas medicações.

Com a morte do Dr. Murtinho, vem apresidir o Instituto, por um ano, o Dr.Teodoro Gomes, numa presidênciatemporária, até que o Dr. Dias, como vice-presidente, pudesse encontrar outrocolega que se mostrasse afeito à causamédica homeopática. Após esse período,meio turbulento, Dr. Dias conseguiu fazercom que o Dr. Licínio Cardoso, que lhe

— Francisco, meu filho, você se lembra daqueleacontecimento que ocorreu conosco na praça em quecostumávamos passear, para trocarmos confidências?

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 5

Dr. Bezerra de Menezes

Revista Reformador

parecia ativo, viesse aocupar o cargo, semmaiores atritos na áreac ien t í f i ca . Jun tosrealizaram valiososserviços destinadosaos esclarecimentosdo uso da homeopatia.

Dr. Dias via crescero profundo interessedos alunos formadose m m e d i c i n a e mquerer entender maissobre a matéria. Porisso, formulou vários cursos dedicados aosesclarecimentos sobre a homeopatia e seus efeitos entreos pacientes. Isto porque já estava se tornando evidente oquanto a homeopatia favorecia o organismo semprejudicar ou alterar as funções do corpo humano.

Havia ainda uma outra preocupação: o Dr. Diasesperava o momento oportuno para retornar aos meios daclasse médica para ressurgir um periódico denominado“Anais de Medicina Homeopática”, cuja publicação forainterrompida em 1884.

Em 1901, conseguiu ele ressuscitar a Revista,tornando-se o principal redator e, como presidente desseórgão, fez com que os “Anais de Medicina Homeopática”se colocassem em posição honrosa, pois ficou sendopraticamente obrigatório consultar essa Revista, pelosartigos dos mais renomados médicos homeopatas ou não,contidos nela.

A dedicação do Dr. Dias em defender o uso dahomeopatia era tanta, que certa feita travou uma polêmicaseríssima com o Dr. Nuno de Andrade, que eracompletamente contrário ao uso homeopático. Dizia essemédico que o efeito da homeopatia sobre casos gravescomo epidemias, febres ou outra causa orgânica, queessa “água destilada”, nada faria, pois seu efeito serianulo. Dr. Dias energicamente comprovava que a “águadestilada” possuía o maior efeito que se poderia ter, poisera necessário ir de encontro ao“porquê” da doença se manifestar.E foi isso que o grande criador ep e s q u i s a d o r d a f u n ç ã ohomeopática no organismoconcluiu, que o “semelhante atrai osemelhante”.

Partindo desse princípio, eledeixou a descoberta principal, queo ser humano, ajudado pelos bonsfluidos homeopáticos, poderásuperar o mal que atraiu para simesmo. Salvo, naturalmente, osdesígnios de Deus. Porém, o Dr.Nuno de Andrade era Diretor Geral de Saúde Pública,portanto, sua posição deveria ser preservada, pois muitohavia de preconceitos sobre o uso da homeopatia. Comoele, sempre que podia, agredia verbalmente seu colegatão conceituado na área médica, foi exonerado do cargoque ocupava, porque, muito preocupado em defender seuorgulho, relaxara em seu trabalho.

Em sua proveitosa estada no corpo físico, Dr. Dias nãoparava em acumular mais tarefas. Colaborou

i n t e n s a m e n t e n ar e o r g a n i z a ç ã o d oensino da FaculdadeH a h n e m a n i a n a ,fundada em 1912,d e n o m i n a d aposteriormente “Escolade Medicina e Cirurgia”.Lecionou aí na Cadeirade Farmacologia e,depois, na primeiraCadeira de MatériaMédica, dando, comisso, sua colaboração

em atualizar o Ensino nessas áreas, sendo um verdadeiromestre para a nova geração. Foi também designado oorador oficial desse “Instituto” por sua facilidade decomunicação e carisma.

Em 1926, o então presidente, Dr. Licínio Cardoso pediuseu afastamento por motivo de saúde e ficou aclamadopor unanimidade a ocupar o cargo o Dr. Dias da Cruz, porseus relevantes serviços prestados, com o valor moral,por sua capacidade intelectual e por sua fidelidade noemprego convicto da homeopatia.

E de 25 a 30 de setembro de 1926, foi realizado, comtodo esforço e determinação, o 1º Congresso Brasileiro deHomeopatia, sob a presidência honrosa do Dr. Franciscode Menezes Dias da Cruz.

Mesmo com todo esse currículo de atividades, nãofaltava às reuniões e organizações que lhe eramfacultadas, e na Federação Espírita Brasileira, junto com oDr. Bezerra, prestava assistência aos carentes quevinham em grande número para serem consultados poressas duas figuras eminentes do Espiritismo.

Sua eloqüência em desenvolver os temas Doutrináriosfazia com que o auditório da Federação do Rio de Janeiroficasse lotado, pelo envolvimento que o Dr. Dias produziacom sua tranqüilidade ao relatar fatos sobre a vinda doCristo à Terra.

Muitos são os espíritas por esse Brasil afora quehonram suas Instituições outrabalhos realizados com o nomedo Dr. Dias da Cruz. Como grandeexemplo a esse respeito, foifundado o “Instituto Espírita Dias daCruz” em 27 de janeiro de 1907, emPorto Alegre, Rio Grande do Sul,portanto, há um século atrás, commil atividades em homenagem aesse emérito “médico dos pobres”,a mesma alcunha dada ao tãoamado espírito Dr. Bezerra deMenezes.

Essa Instituição possui umAlbergue Noturno, com a capacidade de abrigar 100pessoas, adultos e crianças, que recebem todo tipo deatendimento, inclusive uma palestra religiosa por dezminutos. Há também uma creche para atender 153crianças, durante o dia, de 0 a 7 anos. Essas criançasrecebem todo atendimento, desde alimentação atéassistência médica. O Instituto também faz a distribuiçãode enxovais mensais, atendendo a gestantes numtrabalho voluntário com assistência geral, desde como

SeareiroSeareiro6

Em 1912, foi fundada a Faculdade deMedicina Homeopática do Rio de Janeiro,que, em 1913, passou a FaculdadeHahnemanniana, depois, em 1924, Escolade Medicina e Cirurgia do InstitutoHahnemanniano do Brasil, e, em 1948Escola de Medicina e Cirurgia do Rio deJaneiro.

A Escola de Medicina e Cirurgia do Rio deJaneiro foi nominada 10 vezes, em razão demudanças regimentais, estatutárias ou defederalização que sofreu nos seus quase100 anos de existência. A última alteraçãoocorreu em 2004, ao completar 92 anos,quando passou a se denominar Escola deMedicina e Cirurgia da Universidade Federaldo Estado do Rio de Janeiro.

Parcial do pátio interno do Instituto EspíritaDias da Cruz, Porto Alegre, RS.

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 7

Continuemos a tecer brevescomentários, em relação aosexemplos dignificantes dessesespíritos que reencarnarampara trazer o progresso à Terra,em muitas áreas diversificadas,facilitando a ação para o Bemcoletivo.

Dr. Samuel Hahnemann,assim como o Dr. Dias da Cruz,muito fez contribuindo com ahomeopatia. Pois com aspesquisas iniciadas pelo Dr.Hahnemann, pôde se trocar aschamadas “drogas nocivas” àsaúde do indivíduo indo deencontro, através de suasa m a r g u r a s e c o n f l i t o sinteriores, à medicação exatapara seu espírito atribulado.

Enquanto Dr. Hahnemannchegar a esse ponto deassimilar as doenças que, paraele, não poderiam estar só noorganismo humano, não se deupor vencido. Para ele erad e s u m a n o r e c e i t a r u mpsicotrópico e saber queestaria comprometendo outro órgão qualquer do paciente,podendo levá-lo a óbito.

Preferiu sacrificar sua carreira, tida como melhorclínico em neurologia. Mas seu espírito registrava umarquivo muito mais à frente que a medicina da época, porisso, enfrentou toda dificuldade e afastamento até dospróprios familiares, mas conseguiu chegando onde o Altohavia preparado. O momento chegou com a revelaçãofeita, desse verdadeiro médico dos espíritosreencarnados, materializados em suas dores.

Suas pesquisas levaram anos para chegarem a curar oser humano. Experimentou, em seu próprio corpo, asreações que pudessem apresentar os derivados tiradosda Natureza, isto é, do reino mineral e vegetal. Dessaforma, ele media a força exercida pelas substânciasnaturais que, trabalhadas, extraindo-se delas suaspropriedades em sucessivas diluições, demonstravam a

concentração curativa.O i m p o r t a n t e é q u e ,

diminuindo a quantidade dasubstância natural com onúmero sucessivo de diluições,o potencial energético curativose tornava mais potente.

Observou também essecientista homeopata que ose f e i t o s c a u s a d o s p e l asubstância concentrada noo r g a n i s m o s a d i o e r aexatamente igual ao sintomaque a substância seria capaz detrazer a cura a um organismodoente. Citava ele comoexemplo alguém que nunca sedrogara tentar fazê-lo pelaprimeira vez, sentirá dores decabeça, enjôos, vista embaçadaetc. Isso porque a droga sec o n c e n t r a , i n v a d i n d o oorganismo são. Mas se o viciadosentir por algum tempo osmesmos sintomas, ele já nãosentirá tanta influência da droga,por ter viciado o campoorgânico. No primeiro caso, a

homeopatia não trará um resultado tão eficaz porque oespírito que habita aquele corpo não guarda vestígios dadroga. Mas no segundo caso a homeopatia que seassemelhar aos sintomas descritos agirá rapidamente,isto porque o “semelhante atrai o semelhante”, pois oespírito que habita esse corpo viciado é o que facilita ovício.

Em 1810, Dr. Hahnemann publicou o livro de suaautoria denominado “Organon”, que abalou a classemédica européia da época. Muitas polêmicas, muitascríticas, porém, Dr. Hahnemann não desistiu de continuaradministrando cursos e oferecendo-se a dardemonstrações com os próprios enfermos que não seprendiam por medo dos preconceitos que levantavam emtorno deles. Muitos diziam que essa cura era sugestiva eque, após isso as doenças voltavam, principalmente asdepressivas. Porém, não era isso que o tempo mostrava.

Dr. Christian FriedrichSamuel Hahnemann

Dr. Christian FriedrichSamuel Hahnemann

Dr. Christian Friedrich Samuel Hahnemann, 1841.

cuidar do bebê até higiene. Outros serviços são:distribuição de roupas e medicamentos, atendimentoodontológico e ensino de informática.

Além disso, ainda há Assistência Espiritual, comorientações e palestras da Doutrina Espírita, com basenos ensinamentos deAllan Kardec.

Esta é apenas uma entre tantas Instituições queabrigam em seus quadros de atendimento físico eespiritual sob a égide do Dr. Dias da Cruz.

E após a trajetória física desgastar seu funcionamento

orgânico, Dr. Dias da Cruz, com seus 84 anos bem vividose dedicados ao bem de seus semelhantes, partiu para apátria de origem no dia 30 de outubro de 1937. Seusdeveres em vida foram cumpridos, desde as curasrealizadas em sua Clínica, como defensor e propalador dahomeopatia, como honrado professor e incansável emafirmar que a Doutrina Espírita talvez já fizesse parte desua vida em outras reencarnações, só estava oculta emseu interior, esperando que seu pai viesse despertá-lo. Edizia, “graças a Deus isso aconteceu!”

Eloisa

SeareiroSeareiro8

Doentes que chegaram às consultas e atendiam àsorientações dadas pelo Dr. Hahnemann apresentavammelhoras surpreendentes a ponto de famososneurologistas enviarem seus pacientes para ele cuidar.

Dr. Hahnemann era chamado de o médico daNatureza, pois seus remédios curavam o corpo e a mente.

Com todo esse dinamismo, Dr. Hahnemann trouxe àcausa homeopática inúmeros médicos, inclusive noBrasil. Estes, sentindo a expansão da matéria nos meioscientíficos, agruparam-se para fazer surgir o InstitutoHahnemaniano, reativado pelo Dr. Dias da Cruz,admirador daquele profundoconhecedor da matéria, Dr.Hahnemann.

Auxiliados pela dedicação doDr. Dias da Cruz, que passou arealizar palestras alusivas à parteespiritual, que não pôde serexplorado pelo própr io Dr.Hahnemann, por falta de tempo,quis Dr. Dias aclarar aos médicosiniciantes a homeopatia, de queseu efeito era profundamenteespiritual, pois o remédio favoreciaa sintonia do pensamento doenfermo com as problemáticas do cérebro, onde causava-se o mal ou o vício já arraigado de muitos séculos. Fatoresaos quais todos estamos sujeitos.

Dr. Dias sempre honrou o conhecimento científicohomeopático do Dr. Hahnemann, pois comentava comseus discípulos da medicina que toda a humanidadedeverá agradecer muito por esse legado transmitido poresse espírito luminoso, que deixou a Terra em 1843, com88 anos de dedicação à saúde do povo.

Em 23 de agosto de 1881, os médicos homeopatasencaminharam um requerimento ao Governo Imperialpara que fossem criadas duas cadeiras em clínica ematéria médica homeopáticas, na Faculdade de Medicinado Rio de Janeiro. O Imperador envia o parecer ao Ensinoque fora formado por médicos-higienistas e clínicosgerais, que foram desfavoráveis, alegando que ahomeopatia não era relacionada aos meios médicosgerais.

Foram muitos os homeopatas que protestaram contraaquela decisão, achando-a preconceituosa, e fora depropósito. Dr. Joaquim Murtinhoredigiu 34 artigos que forampublicados no Jornal do Comérciono Rio, nos quais dirigiu fortescriticas ao Imperador. D. Pedro IItornou firme sua posição contráriaà homeopatia, causando com issoo afastamento de muitos enfermosdo tratamento, pois aqueles queeram favoráveis à homeopatiaficaram temerosos em continuaraceitando-a, dificultando, com isso,os recursos para manutenção doInstituto Hahnemaniano.

Em 1883, Dr. Dias, Dr. Saturnino Soares Meireles e Dr.Joaquim Murtinho conseguiram instalar na enfermaria daSanta Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro umafarmácia homeopática, para favorecer os doentes

principalmente desfavorecidos e em situações precárias.E foi em 1900, quando o Dr. Dias da Cruz, ajudado pelo

Alto, conseguiu fazer valer os princípios homeopáticos,reativando o Instituto. Houve uma nova tentativa deinclusão das duas cadeiras, no Ensino da Faculdade doRio de Janeiro, que foram rejeitadas pelo imperador,influenciado por questões políticas, dessa vez porintermédio do Dr. Murtinho (nessa época, Ministro daFazenda) e com a Presidência da República agora sob ocomando do senhor Campos Sales, ainda assim nãoobtiveram êxito, pois o Dr. Oswaldo Gonçalves Cruz,

médico-higienista, não reconhecia otratamento homeopático comooficial, dentro da medicina comum.

Mas Dr. Dias, Dr. Murtinho eoutros adeptos da homeopatia nãodesistiram da batalha; após oreconhecimento do Instituto e daFaculdade Hahnemaniana, surgiu ohospital Hahnemaniano em 1916,com recursos reunidos pelossimpatizantes e hábeis benfeitoresdo Cristo.

Quanto esforço despendido poresses espíritos que trazem a

responsabilidade de grandes missões junto àhumanidade!

Sofreram todos eles os percalços do caminho.Receberam, fora a influenciação do próprio meio damatéria física, dos familiares que, por vezes, nãoconseguem entender o desenvolvimento dessas criaturasna Terra, e oferecem obstáculos retardando o trabalho aser feito. E a batalha com o plano espiritual inferior? Essesespíritos, pelo ciúme ou inveja, se colocam contra oprogresso.

Mas com a cobertura do Plano Espiritual Superior, soba égide do Cristo, esses vanguardeiros deixaram suasmarcas e a lei do progresso aí está. Onde a estagnaçãoatual se faz presente é porque a criatura humana deixou-se levar pelo comodismo. Porém, os prejudicados somostodos que acompanhamos o ostracismo sem o menordesejo de melhoria.

Espíritos Superiores continuarão a auxiliar e abeneficiar a humanidade. Mas até quando ficaremosinertes apenas esperando que o mundo melhore? O

mundo é a humanidade, portanto,se realmente queremos o progressomais rápido para o planeta Terra,despertemos para unirmos forçasna Lei do Amor. Foi isso que o Cristonos trouxe e exemplificou. E foiexatamente isso que os espíritoss u p e r i o r e s f i z e r a m a oreencarnarem. Sofreram sim, massouberam multiplicar os talentosque lhe eram devidos.

Enquanto o egoísmo, a vaidadee o orgulho tiverem preferências em

nossas vidas, o mal continuará e nãosabemos quando ele será erradicado desse nossomundo.

Obrigado, Vanguardeiros do Bem!Eloisa

Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 1918.

Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.Foto de autoria de Marc Ferrez.

Repercussão dos sonhos no corpo físicoIndagado na questão nº 412, de “O Livro dos Espíritos”,

se o corpo se ressente dos eventuais abalos sofridos peloespírito durante o sonho, foi respondido que certamente,assim como um balão preso ao poste por um fio, sebalançado, também abalará o poste.

A comparação nos ilustra, de maneira singela, comopodem se manifestar os efeitos de nosso espírito sobre ocorpo físico.

Se durante o sono, em nossos sonhos, estivermosagitados, em atividades e emoções que sejam exaustivas,o nosso corpo, que se encontra preso por cordõesinvisíveis ao espírito, se ressentirá.

Ao despertar, o corpo poderá estar com as sensações

dos momentos vividos, o que explica o fato de, às vezes,acordarmos mais cansados do que estávamos ao dormir.

Por isso, é muito importante, embora ainda nos sejadifícil, a calma, a serenidade e o equilíbrio no trato com osnossos problemas, enfim, a condução da nossa vida.

Quanto melhor a qualidade dos momentos em vigília,isto falando no aspecto moral, boas atitudes, pensamentosde otimismo, fé, resignação, perseverança, resumindo,esforçando-nos para sermos o verdadeiro homem de bem,mais chances de que os momentos de desprendimentoparcial do corpo físico sejam tranqüilos.

Além disso, sabemos que a prece é um poderosomedicamento de prevenção, se usada com sinceridade.

Rosangela

sonhosSonhos

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 9

canal abertoCanal Aberto

“Qual é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu aohomem para lhe servir de guia e de modelo?

— Vede Jesus.” (O Livro dos Espíritos, questão 625)Deus, nosso Pai, é Amor e Sabedoria, portanto, envia a

Terra os Missionários da Luz, para promoverem aregeneração da Humanidade a fim de realizar-se na TerraO Reino de Deus.

E Jesus desceu do Céu, para revelar-nos pelaexemplificação: a Lei Divina, a Lei do Amor. E assim oDivino Mestre preparou a base do Reino do Bem na Terra.E o Cristo exemplificou a Lei Divina: “Amai a Deus sobretodas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.” Dirigindo-se ao povo humilde e desinteressadamente em nome doPai Nosso, curou enfermos, limpou hansenianos, libertouobsediados, regenerou viciados, multiplicou pão e peixepara alimentar a multidão, e despertou a fé e a esperançanos corações aflitos, anunciando o Reino de Deus queestá próximo, e solicitando: “Amai-vos uns aos outros

como eu vos amei.”E no Sermão da montanha, o Divino Mestre Jesus revelou

o Roteiro da felicidade proclamando veementemente:“Felizes os humildes de Espírito, porque a eles toca o

Reino dos Céus.”“Felizes os que choram, porque serão consolados.”“Felizes os afáveis, porque possuirão a Terra.”“Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque

serão fartos.”“Felizes os misericordiosos, porque obterão

misericórdia.”“Felizes os que trazem consigo o coração puro, porque

sentirão a presença de Deus.”“Felizes os pacíficos e os pacificadores, porque serão

chamados filhos doAltíssimo.”“Felizes os que forem perseguidos sem causa, porque o

Reino dos Céus lhes pertence.”Se seguirmos Jesus, então encontraremos na Terra a

felicidade, porque a Lei de Deus nos governará.José Jacintho

Texto enviado pelo Sr. José Jacintho - Varzea Paulista - SP

Siga esusJ

Grandes Espíritas do Brasil - Zeus Wantuil FEB - 1ª edição - 1969Revista Reformador - FEB - Setembro - 1987Histórico do Instituto Hahnemaniano Fluminense - Ficha técnicade 1886História Geral da Medicina Brasileira - Lycurgo de Castro - Ed. SP -1977Guia de Medicina Homeopática - Dr. Nilo Cairo - Edit. LivrariaTeixeira - 21ª edição - 1978

Imagens:commons.wikimedia.org/wiki/Samuel_Hahnemannwww.almacarioca.com.br/fotogr/indexx.htmwww.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/P/verbetes/escancimerj.htmwww.fergs.org.br/pdf/de61_pag1.pdfwww.funrio.org.br/emc/emc_aspwww.homeoint.org/photo/d/diazcr.htm

Bibliografia

Livros básicos da Doutr ina Espír i ta .Temos os 414 livros psicografados por Chico

Xavier, romances de diversos autores, revistas ejornais espíritas. Distribuição permanente de

e d i f i c a n t e s m e n s a g e n s .

Praça Presidente Castelo BrancoCentro - Diadema - SP

Telefone (11) 4043-4500 com RobertoHorário de funcionamento: 8 às 19h30

Segunda-feira à Sábado

Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”

SeareiroSeareiro10

kardec em estudoKardec em Estudo

Todos nós, na espiritualidade entre uma reencarnaçãoou outra, nos preparamos espiritualmente para vivermosexperiências que nos farão superar os nossos defeitos osquais nos induziram a erros que teremos que corrigir napróxima encarnação.

Temos amigos espirituais que nos ajudam nestapreparação como mestres amorosos, nos ajudando aaprender a superar as dificuldades que haverão de surgir.E também se comprometendo a nos ajudar durante a novaoportunidade que teremos com a nova vida.

Por que nova vida? É que Deus, nosso Pai, nosbeneficia com o esquecimento do passado culposo o qualteremos que resgatar.

E tudo para nós parecerá realmente novo!Mas durante esta vida, ao chegar a hora de vencermos

qualquer obstáculo, no qual podemos fracassar, osnossos amigos espirituais em forma de intuição, nosalertam quanto ao perigo próximo; só que depende danossa vontade e maturidade espiritual cair novamente noerro ou superá-lo.

Quando sentimos um perigo eminente, um tanto vago,sem sabermos do que se trata, devemos nos recolher emorações pedindo a Deus e aos nossos amigos espirituaisque velam por nós, que nos dêem forças para vencermosnossas tendências negativas, pois os espíritos protetoressó objetivam unicamente o nosso comportamento moral,nunca interferem em coisas materiais.

Esses espíritos tudo fazem para que vivamos o melhorpossível, mas quase sempre não damos atenção aosconselhos salutares e acabamos, por nossa culpa,perdendo a oportunidade que nos foi legada com estareencarnação e nos comprometemos ainda mais perantenossos antigos compromissos.

Muitas vezes, durante a encarnação, os espíritosprotetores nos ajudam com seus conselhos; através dasintuições, ou através de outras criaturas encarnadas, de

um livro, ou mesmo de situações que, se estivéssemosatentos aos ensinamentos divinos, entenderíamos,evitando erros que nos fazem na maioria das vezes perdera grande oportunidade do reerguimento espiritual.

Se examinarmos com atenção todas as circunstânciasfelizes ou infelizes que já vivemos, veremos que emmuitas ocasiões recebemos conselhos, alertas que nãoaproveitamos e poderiam ter nos poupado muitosdesgostos se os tivéssemos escutado.

Estejamos mais alertas, porque nossos protetoresespirituais estão ao nosso lado prontos a nos ajudar, masdepende de nós aceitarmos ou não esta ajuda; pois temosalgo com que Deus nos beneficia: o livre arbítrio, para quetenhamos o nosso próprio mérito.Aescolha é nossa.

RuthMaterial Consultado: O Livro dos Espíritos - Allan KardecTradução Guillon Ribeiro - FEB - 84ª edição

PressentimentosQuestão 522

Questão 523

Questão 524— O pressentimento é sempre um aviso doEspírito protetor?“É o conselho íntimo e oculto de um Espírito que vos querbem. Também está na intuição da escolha que se hajafeito. É a voz do instinto.Antes de encarnar, tem o Espíritoconhecimento das fases principais de sua existência, istoé, do gênero das provas a que se submete. Tendo estascaráter assinalado, ele conserva, no seu foro íntimo, umaespécie de impressão de tais provas e esta impressão,que é a voz do instinto, fazendo-se ouvir quando lhechega o momento de sofrê-las, se torna pressentimento.”

— Acontecendo que os pressentimentos ea voz do instinto são sempre algum tanto vagos, quedevemos fazer, na incerteza em que ficamos?“Quando te achares na incerteza, invoca o teu bomEspírito, ou ora a Deus, soberano senhor de todos, e Elete enviará um de seus mensageiros, um de nós.”

— Os avisos dos Espíritos protetoresobjetivam unicamente o nosso procedimento moral, outambém o proceder que devamos adotar nos assuntos davida particular?“Tudo. Eles se esforçam para que vivais o melhorpossível. Mas, quase sempre tapais os ouvidos aosavisos salutares e vos tornais desgraçados por culpavossa.” Os Espíritos protetores nos ajudam com seusconselhos, mediante a voz da consciência que fazemressoar em nosso íntimo. Como, porém, nem sempreligamos a isso a devida importância, outros conselhosmais diretos eles nos dão, servindo-se das pessoas quenos cercam. Examine cada um as diversascircunstâncias felizes ou infelizes de sua vida e verá queem muitas ocasiões recebeu conselhos de que se nãoaproveitou e que lhe teriam poupado muitos desgostos,se os houvera escutado.

O Livro dos Espíritos - Capítulo “Da intervenção dos Espíritos” - Questões 522 a 524

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 11

atualidadeAtualidade

A Mulher e o Mundo AtualEm épocas remotas a mulher era apenas um objeto de

adorno, quando pertencente ao Império dos Césares.Quando fosse da chamada camada do povo, eraconsiderada como um objeto de uso diário e tendo queresponder por todos os serviços pesados, a manutençãodo lar e a criação dos filhos. E ainda havia as mulheresescravas que trabalhavam sob o chicote nas roças oulevadas ao tronco em maior número que os escravos,pelo desespero que sentiam quando os “senhores” lhesvendiam os filhos, arrancando-os dos braços maternossem nenhuma piedade, vendidas, leiloadas comoanimais saudáveis em praça pública.

Regidas pela devoção e mantendo o coração voltadoao Divino Mestre, as preces pelo Pai Celestialencontraram Maria Madalena com Jesus que elevou-aao mais alto testemunho pela transformação de suamoral. Após isso, vieram Joana de Cusa, Dorcas, Lídia etantas outras.

Jesus teve no coração feminino a maior atuação da féviva. Foram elas consideradas por Ele como as filhasanônimas de Jerusalém. Acompanharam-no até oCalvário, que não foi seguido nem por seus própriosdiscípulos. Porém, entre todas via-se o exemplo vivo doamor maior, entre as mulheres a quem Deus confiou seuFilho amado: uma jovem do povo, corajosa e fiel, Mariade Nazaré. Ama seu filho sem nada exigir. Segue-oapenas, sabendo que Ele irradiaria sua luz entre todas asmulheres, para que se tornassem o elo de paz para omundo, assim como Ela que sempre dignificou seu títulode Mãe entre todas as mães.

A mulher, portanto, vem conquistando dereencarnação a reencarnação o seu lugar de projeção naedificação de um mundo melhor. Deveria, assim,acontecer. No entanto, lembrando-se de que cada umtem seu livre arbítrio e as tentações internas em que cadaespírito desenvolve a sua realidade, vemos hoje amulher perdida nas fantasias materiais.

O mundo atual, com todas as regalias, oferecendo omaior conforto, criado pelas invenções que muito ajudamo dia-a-dia de uma dona-de-casa, trouxe às mentesfemininas o desejo da chamada liberdade. Claro que issonão é condenável, o que preocupa o mundo espiritual éque as mulheres modernas estão se esquecendo de“serem mães” e tornarem o lar habitável daquela paz queJesus irradiou um dia, no coração de Madalena.

Onde estão hoje as grandes mulheres? Grandenúmero está, após a conquista, e isso, graças a Deus,graduadas com seus diplomas de executivas e outrasfunções dignas. Mas e o desenvolvimento do sentimentofeminino? Hoje o predomínio está na vaidade, nasacademias e no culto ao narcisismo.

Se tudo quanto foi descoberto para facilitar a vida naTerra é porque Deus assim designou para ver se ahumanidade começaria a pensar mais uns nos outros.

Com o tempo mais disponível, a dedicação ao próximoseria desenvolvida com carinho e com probabilidades decursar meios, onde o aprendizado fraternal estivesse emevidência.

A mulher atual vive hoje nova era. Está presente emtodas as profissões. A vida preservada e respeitosa ficouno passado. É necessária a evolução em todos ossentidos e a reencarnação está trazendo milhões deespíritos que necessitariam de vidas mais regradas, delares mais bem direcionados em educação e religião,porém a repetição dos vícios permanece, se trazemestes ainda contidos em seus espíritos, têm hoje toda afacilidade de retornarem a eles. Se fosse dada apermissão para visitar os lares terrenos certo é que emquase todos encontrar-se-iam bebidas, cigarros econversas vãs.

Se questionados sobre a parte religiosa, por certo aresposta seria:

“— Não tenho tempo. O trabalho ocupa todas as horasaté à noite.” Se há filhos, onde estarão? Nas escolasmaternais ou com as babás, a quem as crianças seafeiçoam pela insegurança maternal.

E por esse longo caminho atual, quantos espíritos são“despejados”, por assim dizer, de seus preparos fetais,porque o aborto aí está com força total, quaseconsiderado pela lei dos homens normal.

As mulheres atuais não sabem o que fazer com otempo livre! Vivemos a época da fartura em todos osquesitos materiais. Quais são eles? Sexo, bebida, droga,e falta de moral, principalmente a cristã. Sem esta omundo atual continuará a sofrer os desvios próprios daambição e da ganância.

A mulher terá que refazer seus conceitos. Não hánecessidade em ser escrava. Há necessidade de fazerbom uso de tudo o quanto Deus está a nos favorecer. SeEle considerou a mulher como o exemplo criativo éporque espera que seja a mulher a grande regeneradorado mundo futuro. É pelo templo sagrado de seu corpoque os baluartes da Doutrina Espírita estarão de retornoà vida material.

Que cada mulher reflita nas heroínas do passado.Viveram, lutaram e são lembradas até hoje com respeitoe dignidade. Infelizmente nos dias atuais são designadascom violência e desencarnes prematuros. Isso nãoocorre só nas periferias, mas também entre as de padrãomonetário alto. Tudo isso é por falta de amor.

O que estará reservado para o futuro de cada mulher?Que Deus dê a todas a capacidade de refletir, trabalharpara o sustento honesto do lar, mas não esquecer oMestre Jesus.

Há tempo para tudo.Até para voltar-se ao tempo de seter um colo materno e um lar irradiado de luz!

Maria, bendita sois vós entre as mulheres!Érica

Pintura: Luciana Teruz

SeareiroSeareiro12

O homem é produto de sua evolução.Acumulando múltiplas experiências, através de suas

vidas sucessivas, soma lentamente à sua bagagemcultural e moral uma série de comportamentos etendências que, pouco a pouco, o personalizaminteiramente, individualizando-o de modo marcante einconfundível e desenvolvendo-lhe o grau assimilativo.

No curso de uma vida, em todos os setores a que seentrega, é capaz de educar-se até o ponto que suacapacidade assimilativa o permitir. Numa mesmaencarnação não consegue ultrapassar-se a si mesmo, istoé, superar em muito a sua condição intrínseca deaprendizagem e raciocínio, embora possa melhorar-sesensivelmente pelo exercício de sua vontade.

Dentro desse mecanismo estrutura sua cultura.Incorporando-se a um dos ramos especializados dos

conhecimentos humanos, tende a absorver-lhe todas, ouquase todas, as noções que lhe são transmitidas pelosmestres da matéria e pelas obras especializadas,adentrando para uma fase de raciocínio específico.

Em medicina, por exemplo, inteira-se das leis eprincípios orgânicos e psicorgânicos e técnicasconsagradas, capacitando-se a organizar pensamentos eilações dentro de tais bases. Pensa e conclui dentro daonda mental a que se agregou pela aprendizagem. Suaassimilação permite-lhe, igualmente, aceitar por válidas asdescobertas de novas drogas ou novos métodos detratamento que não alterem fundamentalmente as noçõesacadêmicas anteriormente aceitas no seu estado depassividade pedagógica, isto é, no período de suaformação.

Toma-se um médico, por vezes excelente, dentro dasfronteiras limítrofes traçadas pelo seu grau assimilativo.Mas raramente atinge o campo da ideação de novas leisou novos métodos ou novos princípios da especializaçãoque abraçou. É um excelente profissional, um eficientetécnico, porém sem a necessária elasticidade mental parainterpretar sinais da natureza, ainda não suficientementeestudados ou conhecidos de si, no seu período deilustração acadêmica.

Esse fenômeno psicológico, ou, melhor classificado,psíquico, é que leva profissionais da ciência e das artes, dafilosofia e das religiões, a criarem barreiras e oposiçõesaos princípios novos que sejam desvendados. E a suaimpossibilidade evolutiva de sair dos quadros culturais ousociais que assimilaram ou dos princípios de raciocínio aque se aperfeiçoaram.

Não trataremos dos de má-fé.Evidente que a má-fé possa estar associada a muitos

dos que repudiam uma idéia. Esses são capazes dealcançar as noções reveladas, dentro do campo a que sededicam, e por entreverem as conseqüências normaisdaqueles conhecimentos, a eles se opõem apenas pararetardar o avanço de nossa Humanidade, que poderia ser-lhes prejudicial.

Falamos apenas dos de boa-fé.Os de boa-fé, que são a maioria em nosso tempo, não

criam conscientemente obstáculos ao progresso. Oobstáculo existe dentro deles, no seu quadro evolutivo, eeles não conseguem superar o seu grau assimilativo. Se

esses princípios que eles repugnam lhes tivessem sidoministrados nas escolas ou durante a sua passividadepedagógica, eles os absorveriam sem maioresdificuldades, porque sua aprendizagem o permitiria.Desde, porém, que se lhes peça o exame ou a aceitaçãode um fato novo, que representa uma violência aos seusconhecimentos, por não incorporados ainda ao seu ramoprofissional, a sua oposição passa a ser ditada pelaestreiteza de vistas ou de raciocínio a que se emanam.

Inabilitados para admitir os novos princípios, sãodestros, no entanto, na porfia verbal ou textual parademonstrar, partindo do prisma pelo qual se habituaram aanalisar as ocorrências normais e fundamentais naautoridade de sua posição, que o fenômeno é incorreto ouinexistente e que seus descobridores ou anunciadores sãovisionários ou ignorantes.

Esse ataque que promovem é uma autodefesapsíquica.

Não podendo aceitar ou explicar o fato novo, namecânica de suas noções, aprestam-se em destruí-lo,num impulso de resguardo e sobrevivência do arcabouçode sua educação e de seus princípios, criando umparalelismo com a lei da inércia. Atrofiam ou inutilizam, sepossível, o que não conseguem descortinar, a fim de queesses elementos estranhos à sua cultura tradicional nãopermaneçam gravitando à sua volta, ameaçadoramente.

Essa oposição é produto do egoísmo humano.Quando um homem, que se considera evolvido, não

consegue acompanhar os que caminham mais rápido,procura conter os caminheiros, criando-lhes obstáculos naestrada evolutiva, para reduzi-los à sua mesma proporçãomental ou ao seu mesmo plano psíquico.

Somente os homens de ampla visão são pioneiros.Aqueles cuja capacidade assimilativa não se esgotou

nos livros e na cátedra, mas que estão aprendendocontinuamente junto à própria natureza, esses conseguemultrapassar a média da mente humana, em sua época, edescobrir no mecanismo de nosso Universo, físico emental, aquilo que ainda nos permanecera oculto.

E esses pugnam por ampliar conhecimentos.Deparam-se, no entanto, com a barreira estanque para

suas idéias, quando tentam difundi-Ias entre nós outros. Epereceriam seus princípios se eles não tivessem afinidadecom outras almas que podem comungar-lhes os princípiosdescobertos e servir como adeptos e defensores da idéianova. Por esse proselitismo se garantem de que, um dia, ocampo da cultura a que prestam serviços aceitará porválida a sua revelação, a sua descoberta.

Conhecendo a Espiritualidade Superior a repulsa ditadapela nossa limitação, toda vez que nos encaminha umhomem de gênio, destinado a inovações nos campos denossos conhecimentos, organiza a reencarnação deoutras almas que possam secundar-lhe o engenhorenovador, garantindo-se de que o nosso progresso serealizará, apesar de toda oposição que criemos a essespioneiros da evolução em nossa infantilidade mental e emnossa presunção de toda a sabedoria.

Nem sempre os homens não amam a Verdade.Não raro, a Verdade está acima de nossa assimilação.É a ocorrência com o Espiritismo-cristão.A revelação da

Repulsa à Verdade

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 13

imortalidade da alma e da sobrevivência total dapersonalidade individualizada, e suas enormesconseqüências em todos os setores da cultura, feitas peloEspiritismo-cristão, teriam, necessariamente, deencontrar descrentes e opositores em nosso Mundo. Nadaé mais agressivo, nem mais contundente, que essadesconcertante demonstração de eternização de nossainteligência, abalando dogmas religiosos e científicos econclamando filósofos a uma revisão de suas conclusõese de suas escolas.

Assimilar essa Verdade é comprometer-se a umareforma. Reforma profunda de conceitos e decomportamento.

Teremos, pois, de confiar na progressão lenta e nas

vidas sucessivas, empenhando-nos num trabalhopersistente de preservação dos postulados do Espiritismo,em sua integridade total, e sua circulação por todos osmeios condizentes, a fim de que, pouco a pouco, nosacerquemos das criaturas em sua fase de passividadepedagógica e lhes transmitamos noções da Vida Maior,enquanto elas possuam condições de assimilá-las.

Os homens de gênio descobrem a Verdade.Nós temos o compromisso de propagá-la, a bem de

todos os amigos e irmãos de romagem terrena queestejam em condições de recebê-la para sua reformainterior, sem nos demorarmos em despertar os quedormem sobre os louros de sua posição transitória emnosso mundo.

Roque Jacintho

Clube do Livroclube do livro

No mês de novembro, o Clube do Livro envia aos seusassociados o romance mediúnico de Valter Turini, peloespírito de Monsenhor Eusébio Sintra, cuja históriaocorrida no ano 65 século I, relata a época em que oimperador Nero decide destruir a cidade de Roma parareconstruí-la com mais luxo e ostentação, utilizando-se daplebe e dos cristãos para pagar duramente pelasconseqüências do seu desvario e profundo desequilíbrio.

Os cristãos são ardilosamente incriminados por atearfogo à cidade...

Rufus compreende que é chegada a hora dotestemunho.

Tempos bárbaros que nos fazem estremecer aorefletirmos sobre todos os horrores praticados peloshomens há séculos passados e que certamenteestávamos lá.

Mas, e hoje? Quanto existe de dor e sofrimento e nós

aqui podemos e devemosminimizar o quadro! A horaé agora!

Façamos o bem nosespelhando em Jesus. Nãonos é exigido o martírio dac r u c i f i c a ç ã o e d a sf o g u e i r a s . A p e n a saceitarmos as pessoas semjulgarmos, agindo com elascomo quereríamos quea g i s s e m c o n o s c o ,pra t i cando, ass im, acaridade e o perdão que Elenos ensinou.

Graças a Deus!Marcelo

O Pescador de Almas

Valter Turini pelo espírito deMonsenhor Eusébio Sintra

Editora O Clarim296 páginas

Uma vida de RenúnciaTerceira Idade

Nos dias de hoje é comum ouvir os jovens dizerem: Nãoquero ficar velho! Até parece que envelhecer é umsinônimo de doença.

Muitos filhos até dizem que internarão os pais num asiloporque não querem ter trabalho, esquecendo, porém, deuma vida inteira de dedicação e renúncia que estestiveram para com eles.

É comum nascer a revolta em quem vive a terceiraidade, porém, se torna mais brando o sofrimento paraaqueles que tem uma fé religiosa, acreditam que Deusestá sempre ao seu lado e que um dia tudo vai passar. Crêque o tempo se encarregará de destruir todo sofrimento,pois, nenhum sofrimento é eterno e dias melhores virão.

Sempre em uma conversa ou outra surge aoportunidade da palavra, que reconforta: O que fizermosde bem um dia colheremos o que plantarmos. Essa

esperança nos mantém vivos. A Terceira Idade é uma dasfases mais bonitas na vida de cada um, se aproveitarmosbem cada minuto vivido no plano físico e termos a vidalonga como oportunidade de acertos.

Tendo chegado a terceira idade, o desânimo podeacontecer, mas se acreditarmos que nunca estamossozinhos e nem desamparados, sentiremos o amparo domais alto, pois a Espiritualidade Superior está sempre nosintuindo a fazer o bem, principalmente para os irmãos decaminhada que estão ao nosso lado, precisando de umapalavra, um sorriso ou até mesmo de um ombro amigo.Tudo isso se pode oferecer aos idosos.

Deus espera que um dia possamos ver a todos comoirmãos, sem olhar idade, raça, cor ou posição social.Perante Deus somos todos iguais.

Geni

terceira idade

SeareiroSeareiro14

Juvenal buscava levar uma vida simples e honesta,dentro do quadro reencarnatório que Deus lheproporcionava pela Sua Misericórdia.

Era casado, tinha um filho, Marcelo, com 3 anos, e viviacom sua esposa Márcia na casa que seus pais osajudaram a construir no mesmo terreno destes. Márcia,grávida, esperava ansiosa por mais um rebento que viriaalegrar mais ainda aquele lar.

Juvenal trabalhava numa empresa há muitos anos, etinha a confiança dos proprietários desta, onde em todotrabalho a ser feito que necessitaria de uma pessoa deextrema confiança, era solicitada a sua presença para aexecução.

A felicidade de Juvenal era plena, já que além de amarmuito a sua esposa e seus filhos, tinha no seu lar a bênçãodo Evangelho de Jesus, e ainda participava assiduamentedas reuniões de um agrupamento próximo à residência docasal.

Mas, Rafael, que também trabalhava na empresa eestava numa posição inferior a Juvenal hierarquicamente,ficava colérico com a atenção que Juvenal recebia dadireção da empresa, e ele se achava injustiçado.

Juvenal considerava muito Rafael, sendo até prestativosempre que podia, dentro das necessidades do colega detrabalho. Não era, portanto, recíproca a sinceridade deRafael para com o colega. Cada momento presenciado dealegria de Juvenal, Rafael se sentia apunhalado em seusmais íntimos valores.

O tempo passa, e a esposa de Juvenal está prestes areceber aquele filho, menino, que receberia o nome dePaulo César.

A alegria de Juvenal ia se ampliando, e estavaestampada cada vez mais em seu semblante, e nas suasatitudes, e o incômodo de Rafael aumentava.

Vislumbrando a possibilidade de acabar de vez com aalegria daquele seu desafeto, Rafael arquiteta um planopara desmoralizar Juvenal perante os proprietários,fazendo com que perdesse o emprego e onde ele aindapudesse tomar o lugar dele na empresa.

Num determinado dia, Rafael ouve um dos diretores deque Juvenal iria transportar uma soma considerável, até afilial da empresa, no dia seguinte pela manhã.

Deduziu ser a hora de articular uma situação quepudesse comprometer, de vez, a honestidade de Juvenaldiante de seus patrões.

Rafael naquela noite vai em busca de Silas, que veioconhecer há algum tempo, e que morava próximo à suacasa, e que sabia que não teria escrúpulos para cumprir atarefa que iria lhe designar.

Explica-lhe o plano, mostra a casa de Juvenal, para quepossa segui-lo e promete o pagamento quando documprimento do contratado.

No dia seguinte, Juvenal acorda, faz o seu Evangelhocostumeiro, e segue até o trabalho, sabendo que iriatransportar uma quantidade grande de dinheiro até a filial,

em cidade próxima.Retira a pasta onde se encontrava o montante, e se

dirige com seu carro, a caminho de seu destino.Silas que o havia seguido desde a sua casa, está em

outro veículo com um comparsa, e analisa qual o melhormomento de forçar um acidente onde pudesse tirarJuvenal da estrada, para subtrair-lhe a maleta.

Em dado instante na estrada, Silas vê que não há nohorizonte nenhum veículo vindo em nenhuma dasdireções, e que seria o local exato para tal acidente, paraque não houvesse testemunhas.

Busca a direção com a gana de quem quer receber asua paga, e joga o veículo contra a lateral do carro deJuvenal fazendo com que este perdesse a direção e saíssepara o acostamento, e depois para um terreno com muitomato, onde o carro acabou capotando por duas vezes.

Silas e seu companheiro, param o carro, saemrapidamente em direção ao carro de Juvenal, que estavadesarcordado, e tiram a maleta que estava atrás do bancode Juvenal. Saem correndo, e arrancam com o carro emalta velocidade.

Retornam para a cidade, ligam para Rafael para lheinformar do sucesso do plano, e que estavam com odinheiro, combinando onde iriam se encontrar. Marcamnaquela noite num terreno próximo da casa de Silas.

Juvenal foi socorrido pelo Resgate, e atendido nohospital, onde no dia seguinte teve alta.

Rafael, naquela noite, vai ao encontro de Silas, já comnova incumbência de simular uma ligação na manhãseguinte com os proprietários da empresa, insinuando deque Juvenal seria seu amigo, e que como Juvenal não quisrepartir o dinheiro como combinado, ele resolveu contar-lhes como foi o acontecido. Como os patrões tinham umaíndole intocável, acreditariam na história e ficaria difícilfazê-los acreditar em Juvenal, e a demissão seriaimediata.

Mas quando chega ao local combinado, Silas o estáaguardando armado, e diante de uma conversa áspera,tira a vida de Rafael para ficar com todo o dinheiro para si.

Juvenal retorna ao trabalho na empresa, com oentendimento dos patrões, que viram que não teve culpano ocorrido, já que diante da investigação policial,

O ódio e o perdãocontos

Contos

Escuta serenamenteQuem te repele ou censura.Há muito fel de amargura,Em forma de maldição.Às vezes quem te maltrataArrasta apenas consigoSede, fome e desabrigoPor brasas no coração.

Quem te injuria e escarnece,Na frase agressiva, azeda,Em si sofre a labaredaQue verte do próprio mal.Toda cólera é doençaAquele que se enraiveceSolicita o pão e a preceDo socorro fraternal.

Muita gente cai nas trevas,Por não achar, no caminho,Brandura, silêncio e ninho,No peito amigo de alguém.Inda que ofensas te cubramE lâminas te retalhem,Que as tuas forças não falhemNa força que espelha o Bem.

Desculpa, constantemente,O golpe, a pedrada, o insulto,Apesar do pranto oculto,Amargo, desolador!Quem tolera e quem perdoa,Embora de alma ferida,Encontra, na própria vida,O reino do EternoAmor.

Irene Ferreira de Sousa Pinto

Psigografia de Francisco CândidoXavier e Waldo Vieira / autores

diversos - Livro “Antologia dos Imortais”

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 15

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

Encontramos na reencarnação os obstáculos que poderão se transformar emacréscimos recebidos por Deus, se cuidamos em reagir contra os instintosmaléficos.

Mostrando o orgulho numa situação em que a criatura se acha como vítimadiante de um acontecimento desastroso, ferida em seus brios, reage com ironiaou indiferença.

Dever-se-ia procurar entender aquele que hostiliza ou maltrata, por não sesaber o que está ocasionando aquele estado de espírito tão rebelde ou até cruel.

A cólera, a ira, são sintomas de graves doenças do espírito. O Evangelho nospede tolerância e paciência para com as criaturas afeitas a esses males. É entãochegada a hora do exercício mental. Juntam-se aí a ponderação que levará aosque se incluem nesses quadros o perdão e o amor.

Diz Emmanuel tão sabiamente em suas mensagens que a compreensão e oesquecimento é que denominam o caminho do perdão. Porém, para atingir-seesse patamar evolutivo será necessário desculpar sem condenar.

Costumamos, entretanto, acomodar-nos em situações profundamenteegoísticas, crendo-nos que só os Espíritos Superiores é que assim procedem.Mas eles também viveram as experiências, alguns com situações difíceis, comoem épocas remotas, onde os cristãos eram lançados às feras. Quantosfamiliares não viram seus filhos, companheiros, amigos sendo condenados semculpa! Experimentados na dor, da forma mais desumana, não condenaram enem culparam a ninguém, ouviram as palavras do Cristo quando, na cruz: “—Pai, perdoa, eles não sabem o que fazem.”

Muitos dirão que isso é uma utopia, é quase o impossível. Onde buscarmos omodelo que o ser humano vá se regenerando, senão no próprio Cristo?

Encontramos sempre a desculpa como caminho mais fácil para essesprincípios tão elevados.

E, para desculparmos o ato impensado do semelhante, quase o destruímoscom a má vontade sem querermos saber o motivo de tanta agressividade.

Deus nos dá todas as oportunidades de entendermos as criaturas. Porém,muitas vezes, levados que somos não só pelo orgulho, que já é um grande malem nossas vidas, também nos deixamos conduzir pela preguiça de executar amelhor obra, que seria desculpar os erros tão comuns em todo ser humano;entretanto, agimos como filhos ingratos de Deus, que enviou seu Filho para nosensinar a fraternidade.

Que desculpa teremos para Aquele que nos criou diante da estagnaçãoespiritual, quando, por certo, a nossa própria consciência vir a chamar?

— “Voltarás à Terra para aprenderes a desculpar e a se recompor com a dorde seu irmão”.

Seria nosso próprio espírito buscando desculpar-se pelo que deixou defazer? “Não havendo culpado, não há o que desculpar”, palavras do nossoAndréLuiz.

Elielce

Desculpa

concluiu-se pela culpa de Rafael, pois tinha-se utilizado otelefone da empresa e comprovou-se a ligação de Rafaelcom Silas.

Nasce o filho de Juvenal, e apesar do ocorrido, afelicidade perdura em seu lar, mas sempre em seuEvangelho no Lar cai a lição “Inimigos Desencarnados doEvangelho”, que vem buscar que seu coração ore poraquele que intentou contra a sua própria vida, e também

por saber que aquele ódio não era gratuito, já deveria terprejudicado Rafael em reencarnações anteriores, e quenão estava agora sendo vítima, e sim mais umaoportunidade de ambos buscarem entender o exemplo dopróprio Cristo, que em nenhum momento deixou de amar aJudas, que se equivocou em trair-lhe, e nos deixou estamáxima cristã: “Amai-vos uns aos outros”.

Roberto PatrícioDesenho: Adriana

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

Rua das Turmalinas, 56 / 58Jardim Donini - Diadema - SP

Tratamento Espiritual: 2ª às 19h453 às 14h454ª às 19h456ª às 14h45

ªAtendimento às Gestantes: 2ª às 15 horasEvangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniõesReuniões: 2ª, 4 e 5 às 20 horas

3 e 6 às 15 horasDomingo às 10 horas

ª ªª ª

Artesanato: Sábado das 9 às 16 horas

SeareiroSeareiro16

tema livreTema Livre

Há milênios, sofremos as agruras das mais diversasguerras; entretanto, travamos diariamente uma guerraíntima.

Quando reencarnamos, Deus nos concede um corpocarnal que temporariamente dará guarida ao corpoespiritual. Com o decorrer do tempo criamos um “guerreiroíntimo”, que sempre bombardeia nossos pensamentos,das formas mais sórdidas e infelizes.

Nos nossos olhos, coloca travas que nos impossibilitaver a verdade. Aos nossos ouvidos, jorra palavrasinsensatas, proibindo-nos de ouvir as solicitações deajuda e, em nossa boca, criva nossa língua de tantamaldade que esquecemos até nossos princípios morais.

De lautas refeições, lança os dardos de proteínas,gorduras e condimentos de todas as espécies regados degrandes doses de álcool e, não satisfeito, redobra suarajada com sobremesas com os mais diversos venenos.

O “guerreiro” incansável se projeta em nosso aparelhoreprodutor, destruindo-o através das paixões impulsivas,desrespeitosas e desvairadas.

Em nosso aparelho locomotor, os tanques de guerrasão colocados à frente, impedido-nos da execução denossas tarefas no campo do bem.

O coração, ele obstrui com o rancor e o ódio, nãopermitindo a purificação de nossos pensamentos para ocrescimento espiritual que nos levará a Deus.

Vem a noite e nossos Amigos da espiritualidade, nãocessam em nos fornecer bênçãos, para a recuperação denossos órgãos vitais, com vistas ao trabalho edificante.

Mas, pela manhã, após o descanso, o “guerreiro” voltafortalecido para mais um dia de grandes batalhas.

Assim se sucedem os dias, meses e anos, e o nossocorpo começa a enfraquecer-se, pede nossa ajudaatravés de diversos sinais, mas o “guerreiro” fala mais alto,até que vem a queda inevitável.

Após várias negativas, relutantes e contrariados,vamos em busca da medicina para a cura de nossosmales.

No entanto, a postos, o “guerreiro” atira, aosmedicamentos e médicos, as bombas do descrédito, pelademora na cura.

Continuando nessa guerrilha, o nosso corpo jáenfraquecido, volta ao pedido de socorro e é quandonossos Amigos Espirituais, das formas mais imprevisíveise em silêncio, nos fazem chegar aos tratamentosespíritas, onde trabalhadores do Cristo ali estão sempre anos atender e, através das mãos de Jesus, começam aslibertações necessárias a nossa cura. Nesse período,dorme nosso “guerreiro”. Totalmente recuperado, nossocorpo volta às lidas normais e corriqueiras e, é quandonosso “guerreiro” volta às suas batalhas, até que, cansadode tantas lutas, nosso corpo entrega-se ao solo.

O nosso corpo espiritual volta às suas origens levandoconsigo as marcas profundas de toda essa guerra íntima,cuja recuperação poderá levar milênios.

Não há como negar os prazeres terrenos, devemos noentanto agir como os condutores da paz, agindo com totalmoderação, evitando dessa forma mais uma guerra, paraque não sejamos os tutores dos “túmulos caiados por forae podres por dentro”

Jesus, se a nós couber perdão, perdoe-nos pelasmortes que causamos.

Vanda

Guerra Íntima

Muitos de nós guardamos em nossa mente inúmerosconceitos equivocados a respeito do Espiritismo Cristão,e, um desses equívocos refere-se ao local onderealizamos os estudos e os trabalhos sobre a DoutrinaEspírita. Pensamos que estes locais são apenas espaçosfísicos que nos acolhem somente por algumas horas eque, quando não estamos presentes nada mais lá ocorrepermanecendo vazios; achamos que a Espiritualidadetambém lá comparece somente quando nós encarnadosestamos presentes o que é um grande erro.

Roque Jacintho no livro “Desenvolvimento Mediúnico”,capítulo 7, expõe sobre o assunto com o tópico TemploEspírita o qual abaixo reproduzimos.

“A princípio denominamos os locais em que nosagrupávamos para o estudo da Doutrina Espírita e aprática mediúnica, aliado a uma série de departamentoscomplementares, de: centro Espírita.

Era o local físico, casa ou sala, em que noscongregávamos em determinada hora ou dia para tratocom as coisas do espírito.

Com o sazonamento de nossos conhecimentos sobre a

Espiritualidade, porém, começamos a compreender que ocentro Espírita era mais do que a edificação de alvenariaque nos ofertava abrigo em certos momentos. Era onde osMentores Espirituais organizavam, em nossa ausência, acomplexa aparelhagem indispensável para a execução dedifíceis e especializadas tarefas de recuperação dasalmas doentias.

A organização existente na espiritualidade perdera osabor de um mundo gasoso de sonhos e ilusões, onde osOrientadores seriam magos dotados de varinhas decondão cujo toque maravilhoso criaria fantasias.

Espiritualidade é amor e ciência.Longe de dispor de recursos miraculosos, conta com

empreendimentos sérios e aparelhagens e máquinasaprimoradas que são utilizados para fins edificantes.

Desde esse amadurecimento, compreendemos que orecinto que reservamos para as reuniões é isoladofluidicamente, neutralizando os elementos miasmáticosoriginados da espiritualidade menos feliz. Um verdadeirolaboratório dispondo de recursos avançados paracombater as emanações enfermiças de encarnados e

Conceitos Equivocados

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 17

desencarnados em franco desequilíbrio psíquico. Umposto de socorro e medidas de urgência que permitem aosEspíritos Superiores estender o seu raio de ação àperiferia geográfica de nossa edificação humana.

Deixou de ser um centro: é um Templo.Sua utilização excede ao nosso uso.No Templo não vamos descuidadosamente estudar ou

encaminhar os nossos recursos. Vamos buscar oconcurso maior que se articula silenciosamente a favor detodos. Não vamos unicamente aprestar-nos a confabularcom os Emissários de Jesus em nosso plano.Vamos, istosim, participar de um recinto adrede sustentado pelosnossos Irmãos Maiores.

Evitemos, pois, sessões mediúnicas nos lares.A organização espiritual não se improvisa, à vista da

disparidade de atitudes e problemas que gravitam dentro eem torno de cada membro da família. E numa cozinha ounuma sala, onde poderemos estabelecer o Culto doEvangelho no lar, os Espíritos não podem montar a suaaparelhagem para o serviço de emergência das zonasumbralinas.

Também não demos ao nosso Templo outro fim.Todas as realizações que se programam devem ser

ajustadas doutrinariamente, a fim de que não levemosperturbação à ordem que existe nas providências denatureza mediúnica.

O médium em desenvolvimento deve habituar-se à idéiade que o Templo Espírita jamais está inativo. Ali osEspíritos trabalham dia e noite, qual se fosse umambulatório ou hospital de emergências que se ergue nasfrentes de batalha e nas ondas epidêmicas parapreservação e recuperação da saúde. A ausência deimagens ou paramentos tradicionais das religiõesdogmáticas e literalistas, a ausência de dísticos eadereços dispensáveis, torna-o um recanto adequado eajustado aos serviços complexos da fenomenologiamediúnica.”

“Na véspera da partida, o Assistente Jerônimoconduziu-nos ao Santuário da Benção, situado na zonadedicada aos serviços de auxílio, onde, segundo nosesclareceu, receberíamos a palavra de mentoresiluminados, habitantes de regiões mais puras e maisfelizes que a nossa.

O orientador não desejava partir sem uma oração no

Santuário, o que fazia habitualmente, antes de entregar-seaos trabalhos de assistência, sob sua diretaresponsabilidade.

À tardinha, pois, em virtude do programa delineado,encontrávamo-nos todos em vastíssimo salão,singularmente disposto, onde grandes aparelhos elétricosse destacavam, ao fundo, atraindo-nos a atenção.

O Instrutor Cornélio, diretor da instituição, atendido porum assessor, palestrava conosco, demonstrandosimplicidade e fidalguia, magnanimidade e entendimento.

— Logo de início, em nossa administração, explicava-nos, procuramos estabelecer o aproveitamento máximodo tempo com o mínimo de oportunidade. Para concretizara providência, desde muito não recebemosindiscriminadamente os grupos socorristas. Reunimos osconjuntos de serviço, de acordo com as situações a que sedestinam.

Há que ordenar as palavras e selecioná-las, criando-secampo favorável aos nossos propósitos de serviço. Aconversação cria o ambiente e coopera em definitivo parao êxito ou para a negação. Além disso, como esta casa éconsagrada ao auxílio sublime dos nossos governantesque habitam planos mais altos, não seria justo distrair aatenção e, sim, consolidar bases espirituais, com todas asenergias ao nosso alcance, em que possam aquelesgovernantes lançar os recursos que buscamos.Compreendendo a extensão das tarefas por fazer e orespeito que devemos àqueles que nos ajudam, somos deparecer que precisamos sanar os velhos desequilíbriosdas intromissões verbais desnecessárias e, muitas vezes,perturbadoras e dissolventes.

— Aliás, o profeta enunciou, há muitos séculos, que “apalavra dita a seu tempo é maçã de ouro em cesto deprata”. Se estamos, portanto, verdadeiramenteinteressados na elevação, constitui-nos inalienável devero conhecimento exato do valor “tempo”, estimando-lhe apreciosidade e definindo cada coisa e situação em lugarpróprio, para que o verbo, potência divina, seja em nossasações o colaborador do Pai.

— É lamentável se dê tão escassa atenção, na Crostada Terra, ao poder do verbo, atualmente tãodesmoralizado entre os homens. Nas mais respeitáveisinstituições do mundo carnal, segundo informes fidedignosdas autoridades que nos regem, a metade do tempo édespendida inutilmente, através de conversações ociosase inoportunas. Isso, referindo-nos somente às “maisrespeitáveis”. Não se precatam nossos irmãos emHumanidade de que o verbo está criando imagens vivas,que se desenvolvem no terreno mental a que sãoprojetadas, produzindo conseqüências boas ou más,segundo a sua origem. Essas formas naturalmente viveme proliferam e, consideram-se a inferioridade dos desejose aspirações das criaturas humanas, semelhantescriações temporárias não se destinam senão a serviçosdestruidores, através de atritos formidáveis, se bem queinvisíveis.

— Toda conversação prepara acontecimentos deconformidade com a sua natureza. Dentro das leisvibratórias que nos circundam por todos os lados é umaforça indireta de estranho e vigoroso poder, induzindosempre aos objetivos velados de quem lhe assume adireção intencional. Encarregados de assumir a chefiadesta casa, trouxemos instruções de nossos Maiores para

Corroborando o assunto reproduzimos abaixo tambémum trecho resumido do capítulo “No Santuário da Benção”do livro “Obreiros da Vida Eterna” pelo Espírito André Luiz,psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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Clube do Livro Espírita“Joaquim Alves (Jô)”

SeareiroSeareiro18

suprimir todos os comentários tendentes à criação deelementos adversos aos júbilos da Benção Divina. É porisso que, graças ao amor providencial de Jesus, temosconseguido a manutenção de um instituto em que osnossos mentores de Mais Alto se fazem sentir. A ausênciade qualquer palavra menos digna e a presença contínuade fatores verbais edificantes facilitam a elaboração deforças sutis, nas quais os orientadores divinos encontramacessórios para se adaptarem, de algum modo, às nossasnecessidades na edificação comum.

— E n c e t a n d o n o s s o t r a b a l h o m o d e s t o ,experimentamos reações apreciáveis. Procurava-se,então, o Santuário, sem qualquer preparação íntima.Nossos amigos prosseguiam repetindo o cenário daCrosta, em que os devotos procuram os templos, como osnegociantes buscam mercados. Devíamos administrardons espirituais, como quem dirige um armazém devantagens fáceis ao personalismo inferior. Desde oprimeiro dia, porém, amparados na delegação decompetência que nos foi concedida, golpeamos, fundo, ovelho hábito. Durante alguns dias, gastamos tempo,ensinando a reverência devida ao Senhor, a necessidadeda limpeza interna do pensamento e a abolição do feiocostume de tentar o suborno da Divindade com falaciosaspromessas. E quando sentimos conscienciosamente queas lições estavam findas, iniciamos a aplicação demedidas retificadoras. Registros vibratórios foraminstalados, assinalando a natureza das palavras emmovimento. Desde aí foi muito fácil identificar os infratores

e barrar-lhes a entrada na Câmara de Iluminação, onderealizamos nossas preces...

Observando, talvez, que alguns de nós faziam certasconsiderações mentais, observou, sorridente:

— Cremos desnecessária qualquer alusão aoimperativo dos pensamentos limpos. Quem busca umacasa especializada em abençoar, não pode hospedaridéias de ódio ou maldição.

Compreendemos prontamente a finalidade do ensinoindireto e delicado e calamo-nos, prevenidos quanto à suanecessidade de resguardar a mente contra as velhassugestões do mal.”

André Luiz narra o que ocorre na espiritualidade em umplano mais elevado, como podemos observar, entretanto,o mesmo trabalho se desenvolve em conjunto em nossosTemplos Espíritas como foi esclarecido por RoqueJacintho. Poderíamos também reproduzir estasinformações deAndré Luiz, pois, estão contidas no mesmolivro como em outros, mas, por ora é o suficiente paradespertar a nossa atenção e desfazer certos equívocos denossa parte, lembrando-nos da importância de vigiarmosnossos pensamentos, d i rec ionarmos nossasconversações no sentido do Bem, respeitando o ambiente,colaborando assim para o êxito dos trabalhos, tanto noplano dos encarnados quanto dos desencarnados, queocorrem nos Templos Espíritas, sabendo que, dessaforma, estaremos também recebendo do Mais Alto muitomais do que podemos oferecer.

Roberto Cunha

livro em focoLivro em Foco

Emmanuel nos tráz esta obra, psicografada por ChicoXavier, de uma maneira amiga e clara, a nos orientar,assim que demonstrarmos a nossa vontade de retorno àtrilha da libertação e da paz, desviada por nós mesmos nopassado e no presente, provocando dificuldades eprovações para as quais começamos a perguntar ascausas de angústias e sofrimentos por que passamos.

Mostra-nos de uma maneira inteligenteque não há meios mirabolantes milagrosos,maravilhosos e, sim através do diálogo unspara com os outros, pois aqueles que estãoao nosso redor são colocados à nossafrente ou ao nosso lado, não por acaso e,sim fazendo parte da Misericórdia Divina, aqual nunca nos desampara e através danossa vontade como se fosse umapequena luz que começa a nos iluminar ocaminho, luz esta que vai aumentando deintensidade assim que nos esforçamos,levando-nos ao Encontro Marcado.

Jesus.

O Espírito da Verdade.A MISERICÓRDIA Divina nos envia tarefas de

cooperação, junto de causas, organizações, situações epessoas que nos requisitam assistência e intervenção,

dando-nos assim a oportunidade decooperarmos com Deus, através da nossadedicação e esforço, na sensação do devercumprido perante Ele.

Devemos analisar as situações que se nosaparecem; por exemplo, se ouvimos dealguém suas decepções e pesares,recordemos que o doente procura o médicopara reduzir ou eliminar a enfermidade, logo,não pioremos a angústia, através de frasessombrias.

Ninguém progride ou se aperfeiçoa sem ocontato social, o que vale afirmar que épreciso não apenas saber viver, mas tambémconviver.

Cada um de nós pode assumir as rédeasdo comando íntimo. O deserto é imenso,porém bastam algumas fontes isoladas entresi para garantirem a jornada segura através

“Vinde a mim, todos vós que estaisaflitos e sobrecarregados, que eu vosaliviarei... aprendei comigo que sou brandoe humilde de coração... Pois é suave o meujugo e leve o meu fardo.”

“Sou o grande médico das almas e venho

trazer-vos o remédio...Os fracos, os sofredores e osenfermos são os meus filhos prediletos...Não busqueisnoutro lugar a força e a consolação, pois que o mundo éimpotente para dá-las...”

Encontro Marcado

Francisco Cândido Xavier /Emmanuel

FEB - 184 páginas

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 19

dele. Devemos ser, não obstante as nossas imperfeições,um ponto de luz nas trevas, em que a inspiração doSenhor possa brilhar.

***Este foi um pequeno resumo da introdução de

Emmanuel, em 11 de janeiro de 1967, e dos três primeiroscapítulos.

Podemos sentir o quanto temos que agradecer a Deuse a Jesus, por ter-nos enviados espíritos tão evoluídoscomo Emmanuel e Chico Xavier, que, com suas obras,

nos têm passado tantos ensinamentos e principalmenteaberto nossos olhos para ver o quanto ainda temos queestudar, aproveitando e fazendo tempo para o estudo detantas obras psicografadas pelo nosso querido ChicoXavier.

Isso para não lamentarmos no futuro o tempo perdidocom leituras rasas, sem profundidade de aprendizado realpara a nossa reforma íntima.

Portanto não vamos nos atrasar no nossoENCONTRO MARCADO.

Família Amado

familia

Costumamos dizer que fazemos 99 favores, masquando não podemos fazer 1, a pessoa nos “vira a cara”.

Isto se dá pela falta de compreensão que os nossoscompanheiros de jornada têm. Não sabem que nemsempre estamos à disposição para tudo, porque temostambém os nossos compromissos. Da parte deles, isto sechama egoísmo, ou seja, é o pensamento de que todostêm que servir aos meus desejos e vontades. Caso nãopossam me servir, já não preciso deles.

Infelizmente, estas pessoas acabam sofrendo oafastamento que elas próprias se impõem.

Mas, de nossa parte, como devemos nos portar peranteos companheiros que, ao ouvir um “não posso lhe ajudar”,ficam bravos e esquecem as outras tantas vezes em quenós ajudamos?

Devemos agir naturalmente, sem rancor e semmágoas, pois os benefícios feitos de coração não devemaguardar reconhecimento.

Nunca esqueçamos: Deus vê tudo o que acontece atodos os momentos.

Lembremos da recomendação: ajuda e passa.E quando esta situação se dá dentro da própria família?A razão para não levarmos uma mágoa adiante é mais

forte quando envolve os nossos familiares, pois temosvínculos espirituais muito importantes com as pessoasque Deus escolheu para participarem do nosso núcleofamiliar.

Um filho pode ter tido os melhores colégios, comidafarta, roupas, passeios, etc. Quando fica adulto, pede umcarro ou a ajuda para adquirir algo que os pais não podemdar e ouvem um não por não terem recursos ou verem quenão é uma situação de risco. Isto basta para a “guerra” seinstalar.

Tenhamos calma nesta situação, pois um dia ele irárefletir sobre o ocorrido e a paz retornará.

Mais dolorido ainda, quando, sem envolver recursosmateriais, a pessoa dedicou carinho e atenção ao familiar,mas este, por alguma pequena ocorrência, torna-se umadversário.

Lembremos da lição que a Natureza nos dá: jogamosuma semente e regamos com a água pura.Agerminação eo broto demoram algum tempo para aparecer, e somentedepois de muito Sol que Deus envia.

Não sejamos afobados. Dediquemos ao nosso familiar

o carinho, a atenção e a beneficência que estiverem aonosso alcance.

Oremos sempre a Deus, agradecendo a oportunidadede podermos ajudar na formação espiritual de alguém quenos é querido.

Deixemos o tempo agir. Deus sabe os caminhos paraguiar os corações ingratos de volta ao CaminhoVerdadeiro.

Nós temos, ainda, o grande defeito de vermos epensarmos somente no momento presente. Esquecemosque o nosso Espírito é eterno e que a vida futura é umarealidade.

Por isso devemos deixar os melindres, o orgulho que sóatrapalha e estarmos sempre com o espírito e o coraçãoreceptivos a ajudar a quem quer que seja.

Assim, estaremos provando a nossa fé em Deus, poisfaremos o bem deixando que Ele faça o reconhecimentodos nossos atos.

No futuro, aqueles que nós ajudamos, ao acordarempara as virtudes Cristãs, serão reconhecidos, e nestemomento ganharemos mais um irmão e amigo.

Acreditemos na máxima: “Um benefício jamais seperde”. Auxiliemos para a evolução moral de nossoscompanheiros, pois não sabemos quais são as origens denossas ligações com eles.

Por que Deus colocou-os na minha família? Por quesão tão ingratos comigo que só penso em ajudar?

Estas respostas somente o Pai que proporcionasempre o melhor visando a nossa evolução moral, poderáresponder.

De nossa parte, basta praticarmos a caridade,dedicando à nossa família e a todos aqueles que nosbuscam todo o benefício que pudermos realizar, junto coma oração e o bom pensamento.

“A beneficência, meus amigos, vos dará neste mundoos mais puros e os mais doces contentamentos, asalegrias do coração que não são perturbadas nem peloremorso, nem pela indiferença.” (O Evangelho Segundo oEspiritismo, cap. XIII, item 11)

Quando estivermos indecisos e querendo fraquejar,peçamos ajuda a Deus, a Jesus e a nossos amigosespirituais através da oração.

“Nenhuma ovelha do rebanho de meu Pai se perderá.”Jesus.

Wilson

Ingratidão em FamíliaFamília

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