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abcdefghijklmnopqrstuvwxyyz Distribuição Gratuita PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 10 - nº 91 - Maio/2009 Influências Inoportunas Inimigos Desencarnados Rui Barbosa Rui Barbosa Segunda parte Segunda parte Dia das Mães Tiradentes

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abcdefghijklmnopqrstuvwxyyz

Distribuição Gratuita

PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 10 - nº 91 - Maio/2009

Influências Inoportunas

Inimigos Desencarnados

RuiBarbosa

RuiBarbosa

Segunda parteSegunda parte

Dia das Mães

Tiradentes

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EditorialSeareiroeditorial

Paz em Cristo Jesus!Nós, do meio espírita, talvez ainda não tenhamos entendido a verdadeira

dimensão da vinda de Jesus à Terra, encarnando entre nós para nos ensinar, acimade tudo, a sua máxima: “Amai-vos, uns aos outros, como eu vos amei”.

Séculos antes de Sua vinda, vemos toda uma preparação do Plano Superior emtrazer vários emissários do Alto, para que fôssemos amadurecendo espiritualmente,a fim de entendermos os Seus ensinamentos quando viesse até nós.

O Cristo encarna entre nós e o que fazemos?Ignoramos Sua passagem e Seus exemplos e nos mantemos imantados em nosso

orgulho, em nosso egoísmo, apegados às benesses materiais que o plano físico nosproporciona, e continuamos a esquecer e ignorar o Reino que Ele veio nos ensinar.

Passamos a vivenciar, desde então, cultos exteriores, atendendo aos nossospróprios interesses de religião, iludindo-nos que a igreja nos salvará.

Séculos se passaram e fomos, na verdade, nos comprometendo nessa inérciaespiritual, não buscando entender e vivenciar os ensinamentos que nos libertariamde nossos próprios desenganos.

Preferimos, portanto, deturpar Sua doutrina, ajustando o entendimento do SeuEvangelho para que se atendesse à nossa preguiça mental e à satisfação de nossaspaixões e desajustes. Hoje estamos resgatando esses desvios do passado perantetudo o que nos foi oferecido e que não valorizamos.

A misericórdia do Pai Celestial, atendendo ao pedido de Jesus, envia-nos oConsolador para que tivéssemos mais uma oportunidade de entendermos osensinamentos Seus e o Reino que Ele promete aos eleitos.

Por intermédio de Kardec, recebemos a Doutrina do Cristo, em sua essência e emsua fidelidade, para termos mais uma oportunidade de aprender a crescerespiritualmente.

Temos muita dificuldade para entender e aceitar a nossa verdadeira vida espiritual,que é a no plano desencarnado. Falamos tanto em vida eterna e reencarnação, masagimos como se essas situações não existissem, tal o nosso apego ao plano físico eàs sensações inerentes a ele.

Como iremos evoluir, como espíritos eternos que somos, se não nos damos contada melhoria interior que precisamos processar em nós mesmos, enquanto é dia, jáque tudo está nos favorecendo para isso? Temos a possibilidade do entendimento, aliberdade, e o amparo da Espiritualidade Superior favorecendo-nos nessaempreitada, que é individual. Ou iremos aguardar quando a noite chegar, quando asdores que buscarmos pela nossa indiferença, tanto aos talentos que hoje nosoferecem quanto aos desígnios divinos, façam com que tenhamos que avançarespiritualmente, apesar das condições, aí já bem mais desfavoráveis?

E ainda reencarna aqui, no Brasil, como mensageiro de Jesus, Francisco CândidoXavier que, além de uma vida inteira na vivência do Evangelho do Cristo, nos legou412 obras de sua lavra mediúnica, de imensurável valor, que, se começarmos aestudá-las seriamente hoje, uma a uma, só conseguiremos entendê-las em suaplenitude daqui a muitas reencarnações.

As obras de Allan Kardec e as psicografadas por Francisco Cândido Xavier são abase da doutrina do Cristo!

Não nos iludemos e busquemos estudar o que realmente nos auxiliará nacaminhada em direção ao Gólgota, para a nossa própria salvação, não nosesquecendo da máxima cristã: “Fora da caridade, não há salvação”.

Mas façamos isto o quanto antes, enquanto é dia!Equipe Seareiro

SeareiroSeareiro2

ÍND

ICE Grandes Pioneiros:

Tema Livre:

Atualidade:

CanalAberto:

Clube do Livro:

Pegadas de Chico Xavier:

Contos:

Livro em Foco:

Família:

Kardec em Estudo:

Calendário:

Rui Barbosa - SegundaParte - Pág. 3

Renovemo-nos - Pág. 10

Influências Inoportunas - Pág. 11

Tiradentes - Pág. 12

E a Vida Continua... - Pág. 14

OAbraço - Pág. 14

O Filho do Rei - Pág. 15

Harmonização - Pág. 16

Dia das Mães - Pág.17

InimigosDesencarnados - Pág.18

Maio - Pág. 19

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Direção e Redação

Endereço para correspondência

Conselho Editorial

Revisão Gramatical

Jornalista Responsável

Diagramação e Arte

Imagem da Capa

Impressão

Tiragem

Ano 10 - nº 91 - Maio/2009Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

CCM: 39.737

Seareiro é uma publicação mensal,destinada a expandir a divulgação daDoutrina Espírita e manter o intercâmbioentre os interessados, em âmbitomundial. Ninguém está autorizado aarrecadar materiais em nosso nome, aqualquer título. Conceitos emitidos nosartigos assinados refletem a opinião deseu respectivo autor. Todas as matériaspodem ser reproduzidas, desde quecitada a fonte.

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Cladi de Oliveira SilvaEduardo Pereira

Fátima Maria GambaroniGeni Maria da SilvaIago Santos Muraro

Marcelo Russo LouresReinaldo Gimenez

Roberto de Menezes PatrícioRosangela Neves de AraújoRuth Correia Souza Soares

Silvana S.F.X. GimenezVanda NovickasWilson Adolpho

A. M. G.

Eliana Baptista do NorteMtb 27.433

Reinaldo GimenezSilvana S.F.X. Gimenez

Van Moorsel, Andrade & Cia LtdaRua Souza Caldas, 343 - Brás

São Paulo - SPCNPJ: 61.089.868/0001-02

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12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

http://www.casaruibarbosa.gov.br/dados/DOC/FCRBbases/

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Rui BarbosaRui Barbosa

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

O Imperador D.Pedro II guardavaprofunda tristezaem seu coraçãop e l o f a t oc o n s u m a d o .Como o MarechalD e o d o r o d aFonseca era seua m i g o í n t i m o ,sentiu-se traído

por não ter sidoa v i s a d o c o m

antecedência. Elenão iria se opor, pois

sentia, há muito, que amonarqu ia não te r ia

continuidade, pelo progressoque deveria existir brevemente.

Mas D. Pedro sabia que todos os republicanos eram seus amigos enão o atingiam pessoalmente. Na verdade, os brasileiros até àqueleinstante, agradeciam ao generoso coração do Imperador que nãohesitou em apoiar a cultura e a liberdade dos escravos.

Recebendo ordens do novo governo, D. Pedro II deveria deixar opaís em vinte e quatro horas. Reunindo-se com os familiares, oImperador embarcava, no dia seguinte, para Lisboa. Foi-lheoferecida uma soma em dinheiro, porém D. Pedro agradeceu aoTesouro Nacional esses préstimos; ele apenas gostaria de levar umtravesseiro, contendo terra do Brasil, para que o acompanhasse emsua morte, e onde deixaria seu pranto de saudade da Pátria doCruzeiro. Seus cabelos brancos, naquele momento, forambanhados pelas luzes do Alto, de onde Jesus o abençoou, pelo seumartírio moral.

Rui Barbosa comoveu-se profundamente com a partida de seuamigo. Se tivesse outros meios, tê-los-ia usado, para que oImperador pudesse governar sem o peso da Coroa Portuguesa.

O Visconde de Ouro Preto, depois de alguns dias desseacontecimento, inconformado, vaia Lisboa para saber como D.Pedro estava. Encontra-o calmo epaciente. D. Pedro, abraçando oamigo, vendo seu aspectoentristecido, diz-lhe:

— Meu caro Visconde, estoubem e feliz, cumpri meu dever.Deus sabe que fui obrigado, pelascircunstâncias, a renunciar. Nãoquestionei e não permiti quehouvesse derramamento desangue. Isso aconteceria seinsuflássemos o povo. Por isso,agradeço a sua preocupação efaço questão de que saiba porquenão aceitei sua sugestão parareagir. Não foi por covardia, mas

por amor ao povo brasileiro.Aceitando os desígnios deDeus, eu alcancei a minha carta de alforria. Possoagora sentir a liberdade, como também sentiram oscativos. Posso ir aonde quiser, sem medo de pressõespolíticas.

O Marechal Deodoro da Fonseca presidia oGoverno Provisório, logo após a proclamação daRepública. Comprometia-se ele a manter a ordempública, nessa transição da monarquia para o novoregime.

Rui Barbosa detém a pasta da Fazenda e daJustiça, sendo que essa última, logo depois, passariapara Campos Sales, já que Rui Barbosa tornou-sevice-chefe do Governo Provisório.

Com mais possibilidades, Rui insiste em veraprovado seu projeto de separação entre Igreja eEstado. Após vários entendimentos com o Bispo D.Antonio de Macedo Costa, ele finalmente conseguiuver seu decreto assinado pelo Governardor Deodoroda Fonseca. Ficava, a partir do decreto publicado, aplena liberdade de culto e a proibição de autoridadesfederais ou estaduais interferirem em qualquermatéria religiosa. Para Rui, era mais uma batalhavencida. Mas seus objetivos eram muitos para fazerdo Brasil um país progressista. Seu propósito, agora,era o de promover a industrialização, fazer crescer opoder econômico, para que a Nação ficasse livre docapital estrangeiro. Queria fazer casas para osoperários, numa distribuição de rendas maisfavoráveis para quem, de fato, nada possuía. Proporiaa igualdade de salários para ambos os sexos. Deveriaexist i r também licença à maternidade e,principalmente, o seguro previdenciário. Gostaria eleque a antiga estrutura agrária fosse baseada naexportação do café. A monarquia deixara o Tesourofalido e essas ideias pareciam sonhos, mas Rui nãodesanimaria.

Para que tudo isso tomasse vulto, e não podendoc o n t a r c o m e m p r é s t i m o sexternos, Rui elaborou um planoidêntico ao que era usado nosEstados Unidos.

U t i l i zando uma re fo rmafinanceira, pôde fazer emissão demoedas sem garantia em ouro.Precisou aumentar o valor dastarifas alfandegárias, mas ocrédito e a entrada de matérias-primas foram facilitados, e comisso a melhora começou aaparecer com bons recursos parao Brasil.

Mas Rui Barbosa não contavacom os desvios que começaram asurgir, porque o dinheiro, que seria

Rui BarbosaRui BarbosaSegunda Parte

D. Pedro IID. Pedro IIÓrgão divulgador do Núcleo de Estudos

Espíritas Amor e Esperança 3

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capitalizado para o progressoindustrial, serviu para que mauspolíticos fizessem negociatas e,com isso , a especu laçãodesenfreada estourou na Bolsa deValores, trazendo inflação e açõesfraudulentas, com falênciasgeneralizadas.

As crises com essa nova formade governo se sucediam, atravésde incompatibilidades entre ospolíticos. Posturas orgulhosas eau to r i t á r ias de ixavam emevidência as conveniênciaspartidárias.

Deodoro da Fonseca tambémexpunha sua arbitrariedade entreos ministros. Com essa situaçãogeneralizada, foi iminente opedido do afastamento coletivo do Ministério, tendo comocausa as concessões de créditos aos amigos do Presidente,para realizar obras públicas, beneficiando alguns, em trocade favores ao Governo.

Rui Barbosa, irritado com essa situação, lidera o protesto ea saída dos ministros, mais em evidência, de seus postos.Com isso, a perda desses valorosos políticos enfraqueceu oprestígio de Deodoro da Fonseca. Com a difícil convivênciaentre a Câmara dos Deputados e o Senado, o Legislativo, pormaioria, restringe os poderes presidenciais. Deodoro, numaatitude de confronto, decreta a dissolução do Congresso edita o Estado de Sítio na capital federal e em Niterói. Comtoda a confusão, os políticos fortalecidos e protegidos pelalei, obrigam Deodoro da Fonseca a renunciar e, em seu lugar,assume o Vice-presidente, Floriano Peixoto.

Todas as normas que foram estabelecidas pela Câmaratraziam a importante reformulação dos princípios políticos doPaís para Rui Barbosa. Ficara aprovada, em reunião, a novaConstituição de 1891, na qual o federativo contemplava opresidencialismo, dividindo os poderes em: Legislativo,Executivo e Judiciário. Por isso, todas essas decisões foramtomadas com a liberdade de ação dos políticos.

Mas a contribuição de Rui Barbosa não parou aí.Ainda em1891, ele conseguiu criar no Supremo Tribunal Federal ocontrole da constitucionalidade sobre as leis e atos doLegislativo e do Executivo. E, como não havia proteção paraa liberdade das pessoas contra a prática da violência oucoação ilegal, ou até pelo abuso de poder, Rui Barbosaacresceu àquele processo odireito ao . Comisso, Rui transformou o SupremoTribunal Federal em guardião daC o n s t i t u i ç ã o e t a m b é moferecendo condições dos direitosde liberdade a cada indivíduo, emsua defesa.

Floriano Peixoto, que ocupavao governo transitório, deveria, pelavotação do Congresso, baseadanas novas normas, convocareleições diretas. Isso era oesperado mas, contrariando otermo constitucional, ele se opõeem abrir mão de seu governo. Osoficiais do Exército e da Marinha oapoiam e fazem um manifesto, em

favor da permanência de FlorianoPeixoto no Governo. Gerou-seenorme conflito e, para conter ocaos, Floriano, protegido pela suapatente de marechal e pelosmilitares, manda prender todos osque estavam contrários à suavontade.

Rui Barbosa, discordandodesse governo ditatorial, requereu

em favor doscidadãos e de outros que haviamsido presos pelos manifestos paraque Floriano Peixoto fossedeposto. A petição foi negada emuito dos manifestantes epolíticos foram deportados para oestado do Amazonas. Diantedessa caótica situação, Rui

Barbosa, como redator-chefe do Jornal do Brasil, abriuenorme campanha contra a situação criada pelos“florianistas”, como eram chamados os adeptos do governode Floriano Peixoto. Porém o espírito dinâmico de RuiBarbosa não se deixava abater pelos militares, que oameaçavam a ser também deportado. Desde seus temposde estudante, levava outros, assim como ele, a lutarem, aquerer a liberdade para o Brasil, como já fizera tantas vezes,e sempre com êxito.

Suas palavras vibrantes eram aceitas, como a conferênciaque fizera no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, onde a questãosocial e política no Brasil estava em pauta. A repercussão desua oratória causou enorme impacto na imprensa, pelareferência que Rui Barbosa fizera ao Jeca Tatu, personagemdo livro Urupês, de autoria de Monteiro Lobato. Este escritore também crítico nos assuntos políticos brasileiros,comparou Rui Barbosa a um “cetáceo nesse marzinho dearenques, mas imenso como oAmazonas”, e completava:

“Rui Barbosa é como uma enorme central telefônica, ondetodos os fios encontram esse objetivo de focalização, umclarão que ofusca, mas atrai as mariposas e afugenta todosos morcegos.”

Rui foi deputado, vice-chefe do Governo Provisório.ministro da Fazenda nos primeiros anos da República,senador, ideólogo das reformas sociais, jornalista, jurista.Com todo esse potencial, foi ele consagrado como aconsciência crítica do povo brasileiro. Ele nunca chegou a serpresidente da nação, mas sempre representou a força e a

permanência de seu positivismoem prol da liberdade total doBrasil. Embora de aparênciafranzina, e com um metro e meiod e a l t u r a , c o n s t r u i u s e ug i g a n t i s m o d e s d e s u aConferência da Paz, em Haia.Falando em vários idiomas, deixouas nações civilizadas mudas, pelasua brilhante participação. Nãoseriam então essas ameaças dosdefensores do governo deFloriano que iriam fazê-lo parar ecalar sua boca, em favor do melhorpara o país.

O Plano Espiritual a tudoacompanhava. Ismael, sob aégide de Jesus, procurava

habeas corpus

habeas corpus

Floriano PeixotoFloriano Peixoto

SeareiroSeareiro4

Deodoro da FonsecaDeodoro da Fonseca

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concentrar seus esforçospara que a consolidação daobra terrestre se firmasse.Através dos ideais de RuiBarbosa, a nação já podiacomeça r a resp i ra r aliberdade religiosa. Mas comoo orgulho e o egoísmoes tavam à f ren te dosinteresses materiais, o Brasilainda estaria distante dealcançar a condição de set o r n a r a “ P á t r i a d oEvangelho”.

Rui Barbosa teria muitoq u e l u t a r , m a s s e u spensamentos voltados aDeus o ajudariam muito a continuar recebendo asinspirações do Alto, para vencer as batalhas que teria pelafrente. Enquanto os processos das lutas materiaiscontinuavam, a Espiritualidade buscava outro coraçãoardoroso, que voltasse à Terra para colaborar na formaçãocristã do Brasil. E numa sólida reunião espírita no Rio deJaneiro, composta por pessoas estudiosas da DoutrinaEspírita, ouviram, através do médium Frederico Pereira daSilva Júnior, uma mensagem póstuma de Allan Kardec, emque o Codificador forneceu sérias instruções aos espíritas daentão capital brasileira, chamando-os ao estudo sobre aCaridade, colaborando, dessa forma, para a unificação dopovo, nas horas críticas da nação, porque o tempo na Terra,principalmente no Brasil, era de transição e de incertezas. Dr.Bezerra de Menezes, que já trabalhava ativamente na áreaespírita, fora convocado pelo Alto, junto a outros como:Sayão, Bittencourt Sampaio, Pedro Richard, ZeferinoCampos e outros nos quais o Alto fizera crescer, além dasfunções políticas, o desejo de cada um servir a Deus e aJesus. Serviriam esses colaboradores para a unificaçãotambém na área política, ajudando os espíritosreencarnados, como Rui Barbosa, Joaquim Nabuco,Saldanha da Gama e outros, a trazer a liberdade para oBrasil, como Jesus planificara.

O Alto havia designado, para favorecer Rui Barbosa emsuas preces, Dr. Bezerra deMenezes que fora político até oano de 1885. Rui Barbosa sabiade todas as tarefas importantesrealizadas na Câmara, pelosprojetos levados por Dr. Bezerra,q u e c o n s e g u i r a c r i a r aCompanhia de Estrada de FerroMacaé a Campos e da via férreade Santo Antonio de Pádua.Após muitas dificuldades, essaferrovia foi levada até o rio Doce.Dr. Bezerra também foi ardorosoabolicionista, tanto que nomeouo novo bairro de Vila Isabel, noano de 1872, em homenagem à Princesa Isabel, por quemtinha imenso respeito, por sabê-la ser uma missionária,enviada por Jesus para libertar o Brasil da escravidão. Poressa época, Rui Barbosa já escrevia no Jornal do Comérciocom o pseudônimo de “Grey”. E nesse mesmo ano de 1885,havendo um conflito entre os partidos políticos, o partidoliberal anuncia a retirada, do Gabinete, de Rui Barbosa(Grey), através do artigo que ele publica no Jornal do

Comércio, com o título de “ABênção dos Punhais”.

Os integrantes dessepartido descobriram seusuposto nome e o afastaram,para instalarem o GabineteLiberal de José AntonioSaraiva. Dr. Bezerra deMenezes acompanha aconferência feita por Rui noTeatro Politeama, no Rio deJaneiro, sobre a situaçãoabolicionista, tão desejadapor eles. E, em 1868, Dr.Bezerra acompanha, comardente carinho, a viagem deRui Barbosa que é recebido,

em São Paulo, para pronunciar um discurso defendendoainda a causa abolicionista. Foi uma reunião cívica, realizadano Teatro São José, em homenagem à memória de JoséBonifácio de Andrada e Silva, o Moço. Essa reunião obtevegrande repercussão, por Rui ressaltar a importante e ilustrevida de José Bonifácio durante o período do Brasil Imperial.

Essa comemoração deu início ao Jubileu Cívico eLiterário. E graças a todos os movimentos abolicionistas,conseguida a vitória, Rui Barbosa manda queimar todos ospapéis, livros de matrículas e documentos fiscais que faziamreferências à escravidão, existentes nas repartições doMinistério da Fazenda. A Circular de nº 29, de 13 de maio de1891, deu andamento ao então Ministro da Fazenda TristãoAlencar Araripe, que dá cumprimento àquela decisão. ParaRui Barbosa esse assunto estava encerrado,definitivamente, no Brasil.

Durante o agitado governo de Floriano Peixoto, todas astentativas de melhoria provocam em a Rui Barbosa profundodesgaste físico. Enfraquecido, uma forte pneumonia o colocade cama. Aconselhado pelo Dr. Francisco de Castro, Rui edona Maria Augusta resolvem alugar uma casa na Tijuca,lugar ideal, dizia Dr. Francisco, para toda a família. Por essaaltura, Rui e esposa tinham quatro filhos. E, assim, foi feita amudança da família e Rui pôde se recuperar.

Retornando às atividades, Rui Barbosa recebe a notícia damorte de D. Pedro II, datada de 5de dezembro de 1891. Sentiuprofunda comoção.

C o m a r e a b e r t u r a d oCongresso e as crescentesagitações políticas, muitas foramas intrigas em torno de RuiBarbosa. Este, durante assessões extraordinárias doSenado Federal, pronuncia doisdiscursos, dando contas de suagestão financeira e que forampublicados em “Finanças ePolíticas da República”. Logoapós, Rui Barbosa renuncia à

cadeira de Senador, justificando a sua decisão “por nãoachar válido seu mandato depois da lei que declarainelegíveis para o Legislativo os membros do Governo.”Nesse ínterim, sua esposa Maria Augusta adoece e Rui aleva para Caxambu, a fim de recuperar a saúde. Aindainsatisfeito com os desmandos no país, Rui volta ao Rio, paraa sua casa na Tijuca, onde Maria Augusta volta ao convíviodos filhos.

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 5

Monteiro LobatoMonteiro Lobato Capa da 1ª ediçãoCapa da 1ª edição

Allan KardecAllan Kardec Bezerra de MenezesBezerra de Menezes

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SeareiroSeareiro6

Pelas colunas do jornal “O Paíz”, do Riode Janeiro, Rui publica uma série de artigose, apoiando-se nos trabalhos dos juristasnorte-americanos Charles Artemas Kent,Thomas Mc Inthyre Cooley e outros, criticaa inconsistência jurídica dos votos dosjuízes do Supremo Tribunal Federal, quenegaram aos políticos presos, pelaautoridade governamental, o pedido de

que fora por ele formulado.Essas matérias foram perfeitamenteaceitas pelo jornal, “O Paíz”, causandoefeito drástico no meio jurídico. RuiBarbosa foi avisado, pelo seu amigo José Martins da Rocha,para ter cuidado ao falar no Supremo Tribunal Federal, poisouvira, nos meios políticos, que ele seria alvo de umatentado. Rui, simplesmente, agradeceu, dizendo quejamais se omitiria em falar a verdade. O Partido Federalistada Bahia recebeu Rui Barbosa, onde fora convidado, parafalar à imprensa de todo o estado baiano sobre seudesempenho na política republicana. Esclarece boatosmaldosos que lhe eram atribuídos e acerca das calúniassobre sua gestão financeira.

Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, estoura a RevoluçãoFederalista que durou dois anos e meio.

Rui soube por deputados do estado do Espírito Santo, queapresentaram denúncias contra Floriano Peixoto e exigiamseu afastamento do cargo governamental, por delitos contraa Constituição e que foram rejeitadas pela Câmara, fato esteacobertado pelo Vice-Presidente do Senado Federal,Prudente de Morais. Rui conseguiu saber que, na verdade,Prudente de Morais querianomear Floriano Peixoto para ocargo de Ministro do SupremoTribunal Militar, para seus própriosinteresses. Com essa evidênciados acontecimentos, Rui Barbosafaz a denúncia, em seu artigo noJornal do Brasil, com o título “OImbróglio dos Dois Presidentes”.

Os confl i tos estavam segeneralizando e Rui Barbosa,sempre atento aos fatos, exigia,do Supremo Tribunal Federal,habeas-corpus para os presosque se rebelaram e ajudaram na revolução do Rio Grande doSul. Ao ser negado o pedido de habeas-corpus ao SenadorAlmirante Eduardo Wandenkolk e a outros que comandarama rebelião no Rio Grande, Rui Barbosa, em defesa oral dosmesmos, critica a incompetência da Justiça Militar, onde,como jurista, via que ela apenas promovia o bem-estar doscomandos particulares e não o bem dos interesses do País.

Pressionado, foi Rui Barbosa avisado, pelo oficialSebastião Bandeira, que estava marcada para o dia seguintea segunda “Revolta Armada” e que sua vida perigava.Sebastião, leal a Rui, ofereceu-lhe refúgio num sítio depropriedade do senhor José Mariano. Agradecido, eleprefere abrigar-se na casa de seu amigo e médico Franciscode Castro, residente à rua Buarque de Macedo. E,preocupado com a família, envia um recado a MariaAugusta,

sua esposa, para hospedar-se na casa de seu amigoAmérico Jacobina, na rua dos Inválidos.

Instala-se a “Revolta Armada”, na baía da Guanabara, sobo comando doAlmirante Custódio José de Melo. Rui Barbosafoi apontado como líder intelectual desse movimento. Pedeele asilo ao ministro D. Máximo Ramon Lira, do Chile. Diasdepois, foi decretado Estado de Sítio para o Rio de Janeiro eNiterói, por dez dias.

Como os boatos se espalhavam, por toda a cidade, queiriam bombardear o centro do Rio, o amigo Américo Jacobinae a família de Rui Barbosa partiram para a casa de MariaAmélia, irmã de Jacobina, no Méier. Com cuidado, eprofundamente preocupada, Maria Augusta conseguiu fazerchegar às mãos de Rui a notícia que ela e os filhos estavambem, no Méier. Rui, a esta altura dos fatos, estava escondidono cais do porto, ajudado por Carlos Gianelli.

No dia seguinte, dia 13 de setembro de 1893, iniciava-se obombardeio na cidade do Rio de Janeiro. No mesmo dia,

disfarçado de turista inglês, Ruiconseguiu enganar a vigilância dapolícia de Floriano Peixoto eembarcar para a Argentina, nopaquete britânico “Madalena” e vaiinstalar-se em Bueno Aires, naCalle Cerrito.

Durante a viagem, Rui Barbosaescreve a primeira carta ao jornalLa Nación, na qual ele coloca seucoração, dizendo de sua dor emdeixar o Brasil e negando asnotícias ventiladas de que ele foralíder da revolução armada,

quando todo o povo sabia de sua luta pela paz. Suaconsciência de nada lhe cobrava. Envia uma segunda carta,ao mesmo jornal, La Nación, onde desabafa suas queixas,por ter sido banido do seu país, por buscar a liberdade,agradecendo por ser acolhido em solo argentino. E enviaterceira carta para o mesmo jornal, contestando a atribuiçãoque o jornal “O Tempo”, do Rio de Janeiro, fazia de suaprimeira carta, invertendo a verdade, querendo influenciar opovo com suas declarações.

Nesse meio confuso, com estados de sítio, ora vigentes eora suspensos, em muitos estados federativos brasileiros emque, o Decreto nº 1.549, dava garantias a vários deles,Prudente de Moraes e Manoel Vitorino eram indicados para aPresidência e Vice-presidência da República, tutelados peloPartido Republicano Federal.

O Jornal do Brasil, tecendo comentários de alerta ao povo,pelos atritos políticos e sobre o verdadeiro motivo dasrevoluções armadas, vê sua edição apreendida. Esse jornaljá havia publicado o aprisionamento na barra de Canavieiras,em Santa Catarina, do navio Júpiter, sob o comando do

habeas-corpus

- CNPJ: 03.880.975/0001-40Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0

Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança

ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃOSua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro

e pode ser feita em nome do

Joaquim NabucoJoaquim Nabuco Saldanha da GamaSaldanha da Gama

Antônio Luiz SayãoAntônio Luiz Sayão Bittencourt SampaioBittencourt Sampaio Pedro RichardPedro Richard

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 7

A l m i r a n t e E d u a r d oWa n d e n k o l k , q u a n d oquarenta e oito civis foramrecolhidos a diferentesfortalezas. O AlmiranteWandenkolk tinha recebidoarmas e munições, noUruguai, para bombardear oRio Grande do Sul.

Rui Barbosa, nessetempo, havia exigido dog o v e r n o b r a s i l e i r oi n f o r m a ç õ e s s o b r e oparadeiro do AlmiranteWandenkolk.

Não satisfeito com osfatos, Rui Barbosa retornaao Brasil pelo mesmo navio,Madalena, com destino àBahia. As ordens dadas por Floriano Peixoto a qualquerdesembarque naval, era para que fossem recebidos a bala!

A nau capitânea da esquadra rebelde, o encouraçadoAquidabã, sob o comando de Custódio José de Melo, davaabrigo a Rui Barbosa. Mas foi ele transferido e sua chegada,ao Rio, foi a bordo da lancha Luci. A transferência para a naucapitânea,Aquidabã, fora para se proteger contra a ordem deassassiná-lo, assim que desembarcasse, pois uma outracomunicação, ouvida por Manuel Lopes Carvalho, era de quedois agentes secretos da polícia, sendo um deles conhecidopelo nome de Madureira, iriam atacá-lo no porto da Bahia.

Rui Barbosa permaneceu quatro dias noAquidabã; depoisele consegue embarcar no vapor Galícia, onde, a bordo,encontra Maria Augusta e seus filhos, e seguem juntos, deretorno a BuenosAires.

MariaAugusta, vendo seu marido bem, respira aliviada.No dia 18 de outubro de 1893, Rui Barbosa e família

chegam a Buenos Aires. Fica ele sabendo que FlorianoPeixoto havia cassado as honras de general de brigada, quelhe foram concedidas, por decreto, em 25 de maio de 1890.Soube ainda que seu amigo, oAlmirante Luis Filipe Saldanhada Gama, com um manifesto contra Floriano Peixotoassumira o comando dos revoltosos da Armada. Após algumtempo, por decreto, Floriano consegue declarar Saldanha daGama como desertor e traidor da Pátria.

Em 1894, são realizadas as eleições para Presidente eVice-presidente, mas só em dezessete estados brasileiros.Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná também ficaramde fora, porque estavam sob regime de guerra civil. Logoapós, Saldanha da Gama e oficiais da Marinha foramcapturados e asilados a bordo das corvetas portuguesas“Mindelo” e “Afonso de Albuquerque”. Consideradosprisioneiros de guerra, o presidente do conselho de ministros

do governo português proíbeo desembarque deles, aoaportarem em BuenosAires.

Enquanto acontecia essefato, Rui Barbosa e famíliadesembarcavam em Lisboa,após pequena estada quefizeram em Buenos Aires.Sua chegada em Lisboaatraíra inúmeros repórteresque o entrevistaram, tendocomo destaque os dosjornais “O Século” e o“Correio da Manhã”. Oentrevistado respondia comtoda segurança sobre asquestões do militarismo noBrasil. Aproveita a ocasião eredige uma representação

ao governo português, defendendo os militares brasileirosexilados no “Afonso de Albuquerque” e no “Mindelo”.Soubera que muitos deles atiraram-se ao mar, sendo quealguns foram salvos, mas outros foram feridos por sabres(espadas curtas) e baionetas, atacados pelos marinheirosportugueses. E, em outra matéria, Rui Barbosa redige no“Correio da Manhã”, sob o titulo de “Justiça aos Vencidos”,onde sobriamente escreve contra a violação do direito deasilo. Com receio de que Portugal cedesse às pressões deRui com os artigos publicados e suas frequentes declaraçõesjornalísticas, Floriano Peixoto suspende as relaçõesdiplomáticas com Portugal. Diante disso, a imprensa deLisboa ataca os rebeldes brasileiros.

Mais uma vez, Rui Barbosa e família são obrigados adeixar Portugal, acusados de “revoltosos políticos”. Odestino de Rui era a Inglaterra, mas permanece dezoito diasem Paris.

Rui e família chegam a Londres. Primeiramente eleprocura um bairro pobre para instalar-se temporariamente,em Shepherd´s Bush. Logo após, em Teddington SinclairGardens, West Kensington, permanecendo neste endereçoaté 1895. Por esse tempo, ele começa a se relacionar com oliberalismo político britânico, tão idêntico ao seu modo depensar.

Ainda não satisfeito com sua moradia, a família parte paraoutro endereço, em Holland Park Gardens, West Kensington,onde permaneceu até o seu retorno ao Brasil. Mas essasmudanças de residência Rui achava necessárias para oconforto familiar, mesmo porque, no dia 12 de novembro de1894, nascia a caçula do casal, que recebeu o nome de MariaLuisa Vitória, que seria carinhosamente chamada de Baby.

A família de Rui Barbosa ficou assim constituída: MariaAdélia, Alfredo Rui, Francisca, João e Baby. Espíritos que

reencarnaram para dar a Rui Barbosa aconsistência e tranquilidade para poderrestabelecer suas energias, com um larfeliz. Rui Barbosa era profundamenteapaixonado por Maria Augusta, suaesposa. Ele sempre a homenageava empúblico. Costumava dizer que suas lutaslibertadoras e, principalmente, todos osproblemas que estava vivendo pelosdesmandos do ditador, Marechal FlorianoPeixoto, devia a ela a coragem de vencê-los. Quando completasse o livro queestava escrevendo sobre o assunto, faria

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SeareiroSeareiro8

uma dedicatória à sua esposa: “À minha mulher, cujacoragem e determinação, pelas fibras das causassentimentais, dando-me liberdade e honradez, têm-me sidoinspiração e força para as melhores ações praticadas emminha vida”.

Enquanto isso, no Brasil, Prudente de Morais e Vitorino(Manuel) tomam posse, ante o Congresso, da Presidência eVice-presidência da República, respectivamente.

Com isso, o “Jornal do Brasil” volta a circular. E RuiBarbosa escreve, da Inglaterra, seus artigos enviados para o“Jornal do Comércio”, que eram revisados pelo seu diretor,Tobias Monteiro, profundo defensor das matérias que RuiBarbosa escrevia. Alguns políticos queriam embargar a suapublicação por temerem a revolta do povo.

Embora exilado na Inglaterra, mas sentindo atranquilidade do lar, Rui Barbosa não cessa seu trabalho demandar farto material para o “Jornal do Comércio”. E, nessasérie, ele inicia um importante assunto que, mais tarde setransformaria em um livro, cujo titulo foi “ O Processo doCapitão Dreyfus”, inserto em “Cartas da Inglaterra”, editadono Rio de Janeiro em 1896. Trata-se da história verídica deum francês, chamado Alfred Dreyfus, oficial de origemjudaica, que fora acusado de traição e condenado por umConselho de Guerra e, após, deportado para a ilha do Diabo.Foram muitos os debates em torno do assunto. Rui Barbosa,seguindo o caso, defendeu o acusado, protestando contra asirregularidades gravíssimas do processo que olevaram a uma injusta deportação para a ilha doDiabo.

Em seguida, Emile Zola, escritor, apoiandoos protestos de Rui, aclamava “ser esse um dosmaiores erros judiciários de todos os tempos”.Algum tempo depois, o próprio capitão francês,Dreyfus, declarou que Rui Barbosa fora aprimeira voz a levantar-se em sua defesa. Essafoi a primeira carta vinda da Inglaterra epublicada em janeiro de 1895.

A segunda carta, enviada por Rui ao “Jornaldo Comércio”, recebera o titulo de: “As Basesda Fé”, salientando o sentimento religioso navida dos povos e a descrença nos governos. Outra polêmicacriada, em torno dos artigos de Rui, pelos políticos ereligiosos clérigos. Em seguida, vieram as cartas sobre:“Lição do Extremo Oriente”; aí Rui clama sobre o problemada defesa do extenso litoral brasileiro.

A seguir, ele escreve “Duas Glórias da Humanidade”, ondecita dois governantes tiranos: José Gaspar RodriguesFrancia que, segundo Rui, fora um déspota paraguaio e JuanManuel Domingues Ortiz de Rosas, ditador argentino,igualando-os ao despotismo de Floriano Peixoto.

E, analisando as relações entre o Poder Legislativo e oPoder Judiciário, ele escreveu uma obra sob o título “OCongresso e a Justiça no Regime Federal”.

Em meio a esse tempo do trabalho desenvolvido por Rui, oqual sempre causava preocupações à bancada política, porjulgarem que o “poder” está na mão do homem, esquecidosde que Deus, em sua imensa sabedoria, tira-lhes o dispor

inconsequente, a qualquer hora, no dia 29 de junho de 1895,morre Floriano Peixoto, na fazenda Paraíso, entre os estadosdo Rio de Janeiro e Minas Gerais, hoje cidade Floriano. E,dias antes, morre em combate, em Campo Osório, no RioGrande do Sul, o fiel companheiro de Rui Barbosa, Saldanhada Gama.

Voltando à programação espiritual, Ismael comunica aoCristo os trágicos acontecimentos que estavam sesucedendo em terras brasileiras. — As trevas, comentavaIsmael, estão sendo mantidas pela ambição do homem —falava tristemente.

Jesus consolava-o:— Ismael, o Pai Criador, não se opõe aos desejos da

Humanidade. Por vezes, as lições colhidas são amargas masnecessárias para a evolução. Os espíritos que foramenviados de retorno à Pátria do Evangelho, temos certeza,lutarão para esse fim fraterno. Tenhamos fé, o Evangelhoserá o porto seguro de todas as almas. Embora você nãosaiba, Ismael, Bezerra de Menezes não pôde continuarcolocando suas lições baseadas na fé e nem conseguiuapaziguar os homens em seus pretensiosos poderes pelaambição desordenada da posse, como, por exemplo, atravésdas páginas de alerta em “O Paíz”, jornal que passou asatisfazer apenas ao egoísmo e o orgulho dos seres quepoderiam ter-se modificado, em favor do povo sofrido. Ospróprios espíritos que reencarnaram para dar sustentação a

Rui Barbosa, não o conseguiram. FlorianoPeixoto e outros se desviaram e passaram aservir como médiuns das sombras. Mas ovalente Saldanha da Gama retorna àEspiritualidade, fortalecido pelo devercumprido. Sigamos, Ismael, José Bonifácio,agora como Rui Barbosa, que ainda tem muito afazer junto de seu ideal, obscurecido pelacrença católica, mas que não o afastará dosplanos redentores.

Amanhecera o 12 de julho de 1895, belo diaradiante de sol!

À bordo do navio Madalena, sob o comandodo capitão J. Pope, Rui Barbosa e família

desembarcam na Bahia, de retorno ao Brasil.O governador, José Manuel Rodrigues Lima, organizara

uma grande recepção a Rui, onde inúmeros brasileiros ali seencontravam para homenageá-lo pela sua volta à Pátria tãoamada e tão defendida por ele.

Após dois dias de viagem, a família de Rui desembarca noRio de Janeiro, vinda no mesmo navio. A chegadahospitaleira deu a eles a alegria de poder sentir o gosto daliberdade. Rui Barbosa, de imediato, vai à procura de umamoradia. Após intensa procura, a família passa a residir nacasa da rua São Clemente, 104 no bairro deBotafogo, Rio de Janeiro - RJ.

Rui adquiriu essa residência do inglês, John Roscoe Allen,e ali a família permaneceu até o desencarne de Rui Barbosa,o que aconteceu em Petrópolis.

Com o final da Revolução Federalista, no mesmo ano de1895, com o acordo de paz em Piratini, próximo a Pelotas,

Rui Barbosa apresenta-se no Senado, pelaprimeira vez, após seu retorno do exílio. Fazbelíssimo discurso sobre o acordo de paz do RioGrande do Sul e pede para que fosse dadoanistia a todos os revolucionários. Essa anistiafora concedida com restrições para os quetivessem se envolvido direta ou indiretamente narevolução, dentro do território da República.

(atual 134)

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 9

Para Rui Barbosa, essase r i a uma an i s t i aexpiatória, pois osa n i s t i a d o s n ã opoderiam retornar àativa, antes de doisanos. Tentando anularesse dec re to , e leapresenta um trabalho,que intitulou de “AnistiaInversa”.

Em 30 de novembrode 1895, o diretor do“Jornal do Comércio”,ofereceu um banquete aRui Barbosa. O senhorJosé Carlos Rodrigues,diretor desse periódico,abriu essa homenagemao digno político ejurista, elogiando seusesforços prestados à imprensa, à defesa constitucional, seutrabalho na reforma de oficiais e no magistério, defendendo acausa trabalhista dos professores e demissionários. Rui ficouprofundamente agradecido e, de improviso, fala aosjornalistas, da grande missão, perante Deus, de esclarecer opovo, o que ele sempre “fazia e continuaria a fazer enquantovivesse”. Discorreu acerca de toda a batalha feita, durante oImpério e na República, sobre a liberdade da Nação e suaConstituição.

Mais uma vez, as palavras de Rui Barbosa ecooaram sobretodos os presentes, que o aplaudiram durante alguns minutos.

Nesse mesmo mês, novembro, Rui reabre seu escritóriode advocacia na rua do Rosário, 84, no Rio de Janeiro.

Ocupando o cargo de redator-chefe do jornal “AImprensa”, colocava a sua extensa produção em artigosrelacionados à política, abordando a necessidade urgente deadaptar a Constituição Brasileira à realidade nacional, numaampla reforma. Ele também relacionava em pauta asquestões do saneamento, pelo bem da saúde do povo e daeducação sob todos os aspectos físicos e morais.

No dia 15 de dezembro de 1896 foi fundada a AcademiaBrasileira de Letras e Machado de Assis, escritor, é eleito oprimeiro Presidente. E a sede vem a ser inaugurada no dia 20de julho de 1897, sem a presença de Rui Barbosa, por estarem Nova Friburgo, com a família, em férias. Rui tambémtornou-se membro fundador daAcademia Brasileira de Letras.

Rui Barbosa foi considerado, por Joaquim Nabuco, como“a mais poderosa máquina cerebral do nosso país”.

Tempos depois, dona Maria Augusta adoece, vítima de

ti fo. Tratada pelosmédicos e levada paral u g a r e s m a i sapropriados, ela vencea enfermidade, para atranquilidade de RuiBarbosa. Mas essaépoca não estava combons ares para Rui,pois, antes de suaesposa ficar doente, elerecebera uma carta deParis que notificava amorte de seu grandeamigo Rodolfo Dantase, quase em seguida,tivera que comparecerao velório de seu amigoe médico particular,doutor Francisco deC a s t r o , q u e n ã o

resistira à peste bubônica.Passado esse doloroso período, uma festa foi organizada,

no dia 23 de novembro de 1901, para comemorar as bodasde prata do casal. O salão de baile da casa da rua SãoClemente recebeu as mais ilustres famílias da época.

EloísaFinal da segunda parte.

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Bibl

iogr

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Grandes Vultos da Humanidade e o Espiritismo

Rui Barbosa - Cronologia da Vida e Obra

- FranciscoCândido Xavier, pelo Espírito Humberto de Campos, EditoraFEB, 9ª ed., 1971.

- Silvio BritoSoares, Editora FEB, 2ª ed., 1975.

- Pesq. Rejane M.M. de Almeida Magalhães, Editora Fundação Casa de RuiBarbosa - 2ª ed., 1999.

http://commons.wikimedia.org/wiki/Main_PageHttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Monteiro_Lobato.jpghttp://veja.abril.com.br/historia/republica/indice.shtmlhttp://www.bairrodocatete.com.br/prudentedemorais.jpgHttp://www.casaruibarbosa.gov.brhttp://www.revistalusofonia.net/ed52/imagens/belosmomentos04.jpg

Imagens, a partir dos links:•••••••

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SeareiroSeareiro10

“Se alguém está em Cristo,nova criatura é”. — Paulo —(Coríntios, 5:17)

Quanta gente fala em Cristo, sembuscar-lhe a companhia!

Há quem lhe recite as lições commaravilhoso poder mnemônico, semlhe haver soletrado jamais qualquerensinamento na linguagem da ação.

Há quem se reporte ao Evangelho,anos a fio, sem procurar-lhe ainspiração em momento algum.

Muitos dizem: — “Quero Jesus!” —mas não o aceitam.

O problema do cristão, todavia,não é apenas suspirar pelo Senhor. Épermanecer com Ele, assimilando-lhe a palavra e seguindo-lhe oexemplo.

Não apenas c rença , mascomunhão.

Se pretendes quebrar as algemas quete agrilhoam à sombra, não bastará terotules com esse ou aquele título nocampo das afirmações exteriores. Éimprescindível te transformes por dentro,fazendo luz para o cérebro e luz para ocoração.

Para isso, se procuras com a Boa Novao caminho da própria felicidade, lembra-tede que é preciso estar nossa alma emJesus, para renovar-se com segurança.Aprendamos a ver com o entendimento doSenhor, a ouvir com a sublimecompreensão que lhe assinalou apassagem no mundo, a trilhar a sendahumana com o sentimento que lhe marcouas atitudes e a usar as mãos no SumoBem como as utilizou o Divino Mestre e,certamente, ainda hoje, seremos novacriatura, ajudando a Terra pela qualidadede nossa vida e edificando em nósmesmos a excelsitude do Céu.

Emmanuel***

- Francisco Cândido Xavier, Editora O Clarim, 7ª ed., 1992.Imagem:http://gallery.christ.org/main.php?g2_view=core.DownloadItem&g2_itemId=72&g2_serialNumber=2

Todas as religiões falam de Jesus.Algumas O colocam na figura de mais

um dentre outros profetas, outras, como aDoutrina Espírita, O consideram o Mestreque ensina o caminho até Deus.

E, intimamente para nós, o que Ele significa?Será que não deveríamos examinar melhor os exemplos de Jesus, não para

decorá-los e repeti-los com palavras, mas para praticá-los?O que é aceitar Jesus? O que é comungar com Jesus?Acreditar em Jesus é fazer o esforço para praticar a caridade, o perdão, a

paciência, a tolerância e todas as virtudes cristãs, ou, como nos diz Emmanuel,devemos permanecer com Jesus, seguindo-lhe o exemplo.

Isto nos remete a outra passagem do Evangelho:“Nem todo o que me diz: Senhor! Senhor! entrará no reino dos céus, mas sim

aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”E qual é a vontade do Pai senão a de que nos amemos!?Jesus alertou para que não ficássemos presos aos atos exteriores, pois

pareceríamos túmulos caiados por fora, mas cheios de podridão por dentro.O cristianismo deve ser ativo, dinâmico, não sendo praticado somente dentro

do templo religioso!Devemos ir ao templo de nossa religião para aprender com os nossos

companheiros de fé, mas o verdadeiro aprendizado se dará fora do templo, nocontato com as pessoas que nos rodeiam, exercendo o respeito ao próximo,seja ele de qualquer outra religião ou ateu.

Não fiquemos analisando o defeito alheio. Prestemos atenção nos própriosdefeitos, sem achar desculpas para eles e vamos lutar para nos corrigir.

“Orai e vigiai.”Acendamos a luz do Amor em nosso coração e deixemos para trás toda a

sombra que nos causa tanta angústia e sofrimento.Todos podemos instalar o “céu” dentro de nós, basta querermos.Jesus estará a nos amparar em nossos bons propósitos.

WilsonBibliografia: Segue-me

Renovemo-nos

tema livreTema Livre

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 11

Nós, que ainda estamos alinhavando os primeirosentendimentos do Evangelho e procuramos, de algumaforma, colaborar na divulgação desses entendimentos, porvezes nos encontramos em dúvida sobre determinadoscomentários, em virtude de não termos a elevaçãoaprimorada nem, tampouco, sermos exemplos de condutana sociedade – aliás, exemplos a não serem seguidos.

Alerta-nos o Evangelho que não devemos adentrar nocaminho da crítica, muito menos apontar erros alheios.

Uma das grandes preocupações da EspiritualidadeSuperior com a humanidade refere-se à “educação moral“,à verdadeira educação que deve ser implantada no lar eestendida para a sociedade, ou seja, a formação moral dohomem para viver fraternalmente no mundo, pois asinstituições de ensino têm como base desenvolver ointelecto, ou seja, a inteligência, os conhecimentoscientíficos.

Nosso aprendizado, portanto deveria ocorrersimultaneamente em duas frentes, uma servindo desuporte à outra – a moral e a intelectual. Entretanto, por umamiopia espiritual, priorizamos o lado intelectual porque nosdá um retorno ilusório a um curto prazo de vantagensmateriais.

Neste processo de aprendizado, recebemos inúmerasinformações e cabe-nos a responsabilidade de sabermosdiscernir entre o certo e o errado. Para nós, adultos, quedesejamos nos reeducar não é assim tão complicado; bastatermos boa vontade porque existe um vasto materialdisponível para o nosso aprimoramento moral. Agora, comrelação às crianças, a responsabilidade é do adulto e,principalmente, dos pais. Precisamos saber selecionar oque elas recebem de informações, sejam escritas, faladasou pelos meios eletrônicos de comunicação.

É do conhecimento geral que as crianças estão, cada vezmais cedo, se envolvendo com a sexualidade, com bebidas,cigarros e drogas. Tem crescido o número de meninas

grávidas, o aliciamento de menores para o comércio dosexo etc.

Estes problemas nos chocam. Entretanto, começammuitas vezes com os próprios pais tais situações. Podemosexemplificar: quando os filhos ainda são pequenos, que malpronunciam as primeiras palavras e vão para a escola,pergunta-se-lhes você já tem um(a) namoradinho(a)? Aprincípio, parece gracioso, entretanto é a semente sendoplantada. Quantos pais, quando os filhos ainda sãocrianças, permitem que os mesmos experimentemalcoólicos dizendo que é para matar a curiosidade,principalmente em festinhas!

No que se refere às informações que adentram os lares,é necessário um cuidado maior, pois estas informaçõespodem levar a um desregramento precoce, muito embora odesregramento não deveria ocorrer em momento algum.

Comenta-se, e é notório, que as crianças de hoje sãomais espertas que as de outrora. Por isso, o cuidado deveser maior. Para onde estará sendo direcionada estainteligência?

Sem querer tecer críticas, vamos reproduzir apenas aprimeira pergunta e a devida resposta, de uma entrevista,publicada na revista Veja, em 04/02/2009 (são dezquestões e as respostas são longas, mas, pela primeiraquestão, podemos ter ideia do assunto) e caberá a cadaleitor fazer uma avaliação do que foi comentado:

Pergunta:

Resposta:

Cabe lembrar que o período infantil continua sendo o

atuais

— Como explicar que os gibis da Mônicaadolescente vendam o dobro dos da Mônica criança?

— Em cinco décadas, uma mudançaextraordinária aconteceu no nosso público. Se, antes,adolescentes de 14 anos ainda liam e gostavam dos meusgibis, hoje eles começam a deixar de lê-los aos 7. Aospoucos, passam a considerar a Turma da Mônica coisa decriança e a comprar mangás japoneses. Quando estão com10 anos, já se assumem como jovens. São os pré-adolescentes, meninos e meninas com preocupações evontades diferentes daquelas que havia quando a Mônicafoi publicada pela primeira vez. A infância, portanto,encolheu. Há mais ou menos cinco anos, comecei a pensarem uma maneira de não perder esses leitores. Minhasolução foi oferecer a eles um pouco do universo jovem,que até então era reservado aos mais velhos. Pegamos ostradicionais personagens da Turma da Mônica e osinserimos em histórias com uma boa dose derelacionamento. Eles agora protagonizam cenas de ciúme,sentem atração pelo outro sexo e ficam inseguros no

grupo. Estão com os hormônios pipocando e nãosabem o que fazer com isso. No quarto número,colocamos a Mônica beijando na boca o Cebolinha,agora chamado de Cebola. Deu super certo. Criançasde 7 anos voaram para o mangá como abelhas no mel.Lêem as histórias e se projetam nos nossospersonagens. As meninas não vêem a hora de ser comoa Mônica jovem: descolada, bonitinha, moderninha.

Atualidadeatualidade

Influências Inoportunas

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“A corda de Tiradentes doeu no pescoço de muitagente. E, decerto, na praça repleta, muito soluçoestrangulado junto. Morreram muitos homens naqueledia, os que calaram e o que morria.”

Domingos Pellegrino Júnior

s , (sacrifícioou expiação)

Eu não estou preparado para o encontro com Tiradentes.Mas, recuemos no tempo e no espaço... Hoje é 21 de abrilde 1792, 7 horas da manhã. Um homem morre (morre?!) —Como morre, se ele permanece vivo no coração de todos osbrasileiros? Ele não morreu. Quem morre, de fato, não éele: é a multidão que se cala... Não importa! O ódio, irmãoda covardia, jamais construiu. Seu destino é matar, destruir.

Enquanto houver alguém distribuindo amor no Brasil —Pátria do Evangelho, Coração do Mundo — alguém capazde “dar dez vidas se a tivesse” em holocausto

ao ideal de liberdade; enquanto houversonhadores no mundo: poetas, escritores, artistas,professores, estadistas, gênios, juizes, legisladores,Tiradentes será lembrado.

Enquanto houver no planeta, em quaisquer paralelos emeridianos: jovens sem horizontes, terras ricas elavradores pobres, povos oprimidos condenados à misériae à ignorância, Tiradentes será o farol a iluminar-lhes ossonhos no oceano da esperança.

Enquanto houver alguém — homem ou mulher — dotadode suficiente grau de personalidade, coragem e espíritopúblico, capaz de assumir sozinho os riscos da luta por umgrande ideal, pelo qual valha a pena morrer, Tiradentesserá o patrono dessa cruzada.

Enquanto figurar na bandeira de Minas Gerais, a legendada Inconfidência: “LIBERTAS QUAE SERA TAMEN”(liberdade ainda que tardia), a liberdade será a aspiraçãoperene da nacionalidade.

Enquanto houver alguém que, num paradoxal“ressuscite sem ter sido sepultado”, o fenômeno doCaminho Novo será a mais incrível e a mais inusitada ocorrência jamais vista no Mundo Novo.

Tiradentes, teus restos mortais expostos ao longo do Caminho Novo: sementes férteis que germinariam — comogerminaram — no solo sagrado do coração brasileiro, santificando para sempre a Pátria que tanto amaste. Não nasceste paraseres roído pelos vermes como qualquer mortal. Cada pedaço de teu corpo era um pedaço de cada um de nós. Teu sangue

SeareiroSeareiro12

Canal Abertocanal aberto

Tiradentes

mesmo e que o tempo de formação do corpo humanopermanece da mesma forma. O que se modificou foi oaprimoramento intelectual do espírito, pois estamosevoluindo constantemente e isto se reflete, inclusive, nascrianças.

O que estão fazendo, entretanto, com as crianças – oque é um crime perante a Vida – é o mesmo que vemocorrendo materialmente com os animais que contribuempara nossa alimentação, ou seja: esses animais sãoalimentados à base de rações e hormônios para quecresçam e engordem mais cedo para o abate. Pois bem, ascrianças estão sendo alimentadas de informaçõesimpróprias para suas idades. Querendo fazer com que elasse tornem adultas antes do tempo, o que estamos vendocomo consequência disso são os problemas citados

anteriormente e, para piorar a situação, estamos às voltascom uma possível legalização do aborto, o que traria umproblema ainda maior, ou seja, uma criança, que nãorecebeu a devida educação, engravida, o que já é em si umerro e, posteriormente, cometeria um crime que é o aborto,crime este de consequências imprevisíveis e lastimáveisnão só para esta como para futuras encarnações. Por isso,a nossa responsabilidade deve ser redobrada. Busquemosno Evangelho, nas obras de Allan Kardec, FranciscoCândido Xavier e de outros autores que seguem a moral doCristo, as informações necessárias para a nossa evoluçãoe o bem-estar moral entre as criaturas.

Roberto CunhaBibliografia: - Allan Kardec -Tradução Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 3ª ed.,1991.Imagem:http://jie.itaipu.gov.br/jie/files/image/24.08.2007/crianca.jpeg

O Evangelho segundo o Espiritismo

Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

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Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

Rua das Turmalinas, 56 / 58Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345

Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h453ª e 6ª, às 14h45

Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas

Evangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniões

Artesanato: Sábado, das 14 às 17 horas

DIA LIVROS ESTUDADOS

O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro daEsperança – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

Terapia Espiritual; Emmanuel – Emmanuel*; Seara dos Médiuns– Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec

Domingo O Evangelho segundo o Espiritismo - Allan Kardec; Livro demensagens de Emmanuel*

* Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

2ª O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro daEsperança – Emmanuel*; A Gênese – Allan Kardec; OsMensageiros – André Luiz*

4ª Sabedoria de Paulo de Tarso – Roque Jacintho & J.Manahen;Cartas e Crônicas – Irmão X*; Das Leis Morais – Roque Jacintho

6ª O Evangelho segundo o Espiritismo - Allan Kardec; Livro daEsperança – Emmanuel*; Os Mensageiros – André Luiz*; VidaFutura – Roque Jacintho

Reuniões: 2ª, 4 e 5 às 20 horas3 e 6 às 15 horas

Domingo, às 10 horas

ª ª,ª ª,

rubro — da cor da vida — a força motriz, a energia cósmica que aciona e movimenta o Universo foi o combustível que moveu ocarro da Liberdade em trânsito para o sol da Independência.

Se teus amigos pensavam que serias esquecido, após a suprema crueldade que te impuseram, declarando-te “réu infameperante a Coroa e a Colônia Lusitana”; o contrario se deu: foste proclamado pela Justiça de Deus, na voz da História, heróiuniversal e patrono cívico do Brasil.

Se o teu corpo, comido pelas aves do céu, foi elevado às alturas para se misturar com os raios do sol e nos foi devolvidotransfigurado em o Corpo Místico da Nação Brasileira, a tua cabeça, erguida da praça principal de Vila Rica, é o cérebro cívicodo Brasil, diante do qual prosternam-se, entre contritos e comovidos, os nossos governantes, ante a Liberdade, buscando aInspiração, que só pode vir do Alto, dos píncaros das montanhas de Minas; onde se respira, a longos haustos, a atmosferaionizada das grandes altitudes.Deus te salve, Tiradentes — e que eu seja digno de, um dia, poder marcar encontro contigo no cenáculo da Glória Celeste.

José Jacintho de Alcântara - Belo Horizonte - MG

Sabe-se, que num passado distante, muitos séculos atrás, a Igreja tinha instaurado o tribunal da “Santa Inquisição” e,através deste tribunal, levou muitas criaturas inocentes a ter a liberdade cassada. Em primeiro lugar, isto era o maior doscastigos e, em segundo lugar, vinha o que era o castigo menor, que era queimar o indivíduo. Para a criatura que estivessetrabalhando pela liberdade, pelo sonho de independência das criaturas, evidentemente, sendo privada da liberdade, ela sesentia mais aprisionada do que quando libertada pela chamas das fogueiras da Inquisição. Entre esses inquisidores, um sedestacou por uma particular crueldade no trato com os prisioneiros, a ponto de estraçalhá-los, retalhá-los, maltratá-los,além de privá-los da liberdade.

Depois de passar longo tempo na Espiritualidade buscando a sua própria redenção, ele queria reencarnar, mas com atarefa específica de lutar pela liberdade do homem, pelo direito de o homem ser livre e ditar o seu próprio destino. Então elesolicitou aos Espíritos Superiores que lhe permitissem ser um lutador da liberdade, nem que fosse com o sacrifício daprópria vida.

Disseram-lhe: Se você quer reencarnar com uma tarefa desta natureza e vai se dedicar à causa da liberdade, entãorenasça na Pátria do Evangelho, mas moderação naquilo que você for fazer, a fim de que você não se perca de novo pelapaixão que o levou a se tornar um verdugo.

Então ele que já tinha grande envergadura espiritual, mas havia cometido muitos erros no passado, recebeu a missão dereencarnar na Pátria do Evangelho, recebendo o apelido de Tiradentes.

Sentiu a necessidade de pensar em liberdade para o povo que estava amadurecendo.E partiu, muito afoito, para tentar aquilo que ainda não era hora. E como não era hora, ele acabou sendo sacrificado, da

mesma forma que produzia as mortes, por ordem da própria Igreja a que ele servia, esquartejado. Desencarnou de novo,mas não perdeu o desejo de acompanhar o momento de libertação do Brasil.

Quando Dom Pedro I passou por São Paulo, Tiradentes, em espírito, foi chamado para acompanhar a caravana, porqueestava na hora em que, de verdade, o Brasil iria assumir as rédeas de seu destino. Dom Pedro I recebeu a informaçãodaqueles acontecimentos políticos todos e pensou que era chegada a ocasião para que o Brasil se tornasse independente.Então os Espíritos quiseram marcar aquele momento através de um ato material. Dom Pedro I hesitou em declarar aindependência. Foi quando Tiradentes o envolveu mediunicamente, surgindo aquele gesto tradicionalmente conhecido,em que desembainhou a espada e gritou: “Independência ou Morte”.

Apartir daquele momento, sentiu-se redimido em função do seu passado, voltando, de vez em quando, para acompanharo que nós estamos fazendo da liberdade.

Por tudo isso, a comemoração do dia de Tiradentes, é uma oportunidade para meditação, sob o aspecto reencarnatório.Neste país tudo é dirigido segundo as disposições do Cristo, pois foi para cá que Ele transplantou o seu Evangelho e a sua

bandeira, para que daqui nascesse uma nação que pudesse, no futuro, representar o berço do Seu Evangelho, que morreuem outros lugares.

Equipe SeareiroImagem:http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/acervo/fotografico/P-16.21/31228.jpg

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Clóvis Tavares, autor do livro “Trintaanos com Chico Xavier”, relata, nestaobra, que fora a Pedro Leopoldo, emMinas Gerais, certa feita, levando emsua companhia alguns amigos quequeriam conhecer o médium ChicoXavier, que trabalhava nessa época noCentro Espírita “Luiz Gonzaga”.

Após as apresentações, Clóvis comentava com Chico a vinda de seu amigo daItália, e que ficara entusiasmado com os comentários que ouvia a respeito doEspiritismo no Brasil e viera, justamente, com a finalidade de conhecer o médium esaber mais a respeito da mediunidade.

Chico ainda muito jovem, e com a recente publicação do seu primeiro livro“Parnaso de Além-Túmulo”, tornara-se muito conhecido, e o Centro “LuizGonzaga” ficara pequeno diante das pessoas levadas pela curiosidade ou davontade em conhecer o médium e sua psicografia. E muitos chegaram a abraçar adoutrina pela autenticidade dos fatos, revelados por Chico Xavier, através dasobras que recebeu doAlto, ao longo do tempo.

Convidados a participarem do Evangelho, Chico pediu a Clóvis que fizesse aprece de início, para a realização da reunião.Após os comentários das lições lidas,Chico dirigiu-se ao amigo italiano, dizendo que através de seu contato com omundo espiritual, ele viu a aproximação de um espírito que declarava terreencarnado no mesmo lar do amigo italiano, sendo, portanto sua irmã.

Apresentou-se, dizia Chico, com o nome de Luigia. O italiano, meio perplexo,declarou que de fato tinha uma irmã na Itália com esse nome, mas que estava viva.Nesse mesmo instante, Luigia esclarece e Chico transmite que, de fato, ela fora afilha primogênita e que desencarnara logo após o nascimento dele. Portanto,realmente ele não a conhecera.

E foi então que o amigo italiano confessa que esse fato voltara à sua memória,pois, quando pequeno, ouvia de seus pais ter tido uma irmã, antes de seunascimento. E a confusão gerada fora porque ele tinha uma outra irmã chamadaLuigia, que ficara na Itália, sendo mais jovem que ele. Desfeito o desencontro deideias, Chico continuou descrevendo o que via e ouvia da Espiritualidade, dizendoao amigo italiano:

— Ainda vejo a aproximação de outra entidade feminina. Ela o abraçou e, deforma maternal, disse-lhe: “Mio garofanetto!...”.

O italiano, comovido até as lágrimas, esclareceu ao médium:— Essa era a maneira carinhosa que minha mãezinha me tratava na infância,

em minha saudosa meninice. Quer dizer: “meu pequeno cravo, ou cravina”.Érica

Imagem:http://www.terra.com.br/planetanaweb/ensaios/chico_xavier/fotos/foto_13.jpg

Os associados do Clubedo Livro Espírita “JoaquimAlves (Jô)”, receberam nomês de fevereiro de 2009 oromance mediúnico “

”, ditado porAndré Luiz e psicografado porFrancisco Cândido Xavier.

Parte da coleção, a obra nos

mostra mais uma faceta doque poderemos encontrar“do outro lado da vida”.

Ernesto Fantini e Evelina Serpa se conhecem numa estânciamineira. Ambos procuram descanso e refazimento físico paraenfrentar delicada cirurgia. Descobrem que têm o mesmoproblema de saúde e uma grande afinidade os envolve.

Evelina, católica, acreditava nos dogmas religiosos queconhecia. Fantini, se dizia um homem sem religião,“procurador da verdade”. Estudava o espiritualismo.

Alimentava ideias que a Sra. Serpa não conseguia assimilar,tais como a sobrevivência da alma e a comunicação com osEspíritos.

Até que, um dia, se encontram “do outro lado”, mas não sedão conta do que ocorreu, nem porque ali estão, imaginandoestarem internados em clínica de repouso.

A verdade virá à tona, aos poucos, à medida que suasmentes as assimilarem, sem imposições.

Indagando sobre o fato de haver desencarnado, Fantininão se conforma por estar em um local do qual não se sentemerecedor. Por que não teria ido para um lugar de punição,onde lhe fossem cobradas as faltas cometidas...?

André Luiz, ao relatar esta história verídica, proporcionaaos leitores a oportunidade de perceberem o quão diferentespodem ser, e são, as experiências vivenciadas após odesencarne, haja vista a comparação com o relato da obra

, em que narrou suas próprias experiências.“... A vida para cada um se especifica invariavelmente,

segundo a condição mental em que se coloque.” Emmanuel.

E a Vida...Continua

A Vida noMundo Espiritual

Nosso Lar

Neves

Francisco Cândido Xavierpelo Espírito André Luiz

Editora FEB - 296 páginas33ª edição - 2007E a Vida Continua...

clube do livroClube do Livro

O Abraçopegadas de chico xavier

Pegadas de Chico Xavier

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O Filho do Rei

Contoscontos

Um dia, após tantas negativas ao convite para o Reino do Amor, os Profetas e oMinistro da Revelação procuraram o Rei, expondo-lhe as respostas recebidas:

E foi assim que Deus convocou Jesus.

Para que a Terra se torne um campo fértil, incumbo-lhe, meu filho, de, em meunome, você convide para o Reino doAmor os coxos, os cegos, os aleijados da alma!

Ordeno que todos que se redimirem venham a desfrutar deste Reino, que entrego em suas mãos!Assim é que Jesus, na Terra, percorria todas as aldeias convocando os deserdados para desfrutarem do Reino Divino.

***Jesus, em vendo o esforço de Zaqueu, ordenou-lhe:— Desça depressa dessa figueira, que hoje me convém pousar em sua casa!Alguns dos hebreus protestaram:

Zaqueu, comovendo-se com a presença de Jesus, anunciou que doaria a metadede seus bens aos mais necessitados, convertendo-se em um homem generoso.

***Na aldeia de Naim, um fariseu chamado Simão,

também convidou Jesus a comer em sua casa e,nesse dia, viu Madalena em lágrimas aos pés de Jesus. Simão indagou a Jesus:

E Madalena, em lágrimas, pedia perdão a Jesus diante de seus pecados.

***Em Jerusalém, junto ao Templo, Jesus

aproximou-se de um homem paralítico que,deitado numa cama de palha, aguardavaalguém que o socorresse.

***Jesus foi informado de que Lázaro, irmão de Marta e de Maria, havia

desencarnado.Sabendo disto, se dirigiu para a frente da gruta em que haviam depositado o corpo de Lázaro.

Jesus, então, ordenou que removessem a grande pedra que fechava otúmulo:

E Jesus, postando-se diante daquele túmulo, ordenou:

E, nesse instante, Lázaro ressurgiu para a vida!

E, por toda parte, diante da multidão de aflitos e sofredores, Jesus abriaseus braços, num gesto de profundo carinho e extremado amor.

Bem-aventurados são todos os pobres de espírito, porque deles é o Reinode Deus!

***

— Eles falam para todos em seu nome, porém se negam a vivenciar a Lei doAmor.— É hora, então, de vocês chamarem o meu Filho bem-amado!

— Os que mandei convidar, para serem colaboradores diretos do Reino, meu filhobem amado, também não aceitaram o convite para que alcançassem a maturidadenecessária.

— Se Jesus é realmente o Filho amado de Deus, como poderá Ele se hospedar nacasa de um pecador?

chorando— Como permite que esta mulher, que todos sabem ser uma pecadora, venha macular a

sua santidade?— Ora, Simão, Madalena me acolhe com o infinito do amor!

— A quem muito ama, muito se perdoa, e por isso perdoados são todos os seus pecados,dizia-lhe Jesus.

— Você quer ser curado, filho?— Quero, Senhor, mas ninguém me leva ao encontro da água que me leva

à cura de que necessito!— Se acredita em Deus, levante-se dessa cama e ande!— Senhor! Estou curado!— Vá, então, e viva com amor todos os seus dias, para que se lhe abra a

porta do Reino de Deus!

— Lázaro, meu bom filho, desligue-se das faixas do desamor, que oprendem e venha para fora deste túmulo.

— Senhor, eu o seguirei pelo Reino Divino e serei uma nova criatura aserviço da Lei doAmor.

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 15

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SeareiroSeareiro16

E Jesus, agora, já se encaminhava para deixar a Terra, pela porta da Cruz,debaixo da incompreensão daqueles que se negavam terminantemente aoexercício da Lei doAmor.

Jesus segue para o sacrifício supremo, ladeado por dois ladrões.Um deles, arrependido, pede clemência a Jesus, dizendo-lhe:

Para todos esses que se revelam fiéis à Lei do Amor, eu lhe peço dar-lhesentrada na sagrada alegria deste seu Reino deAmor!

***E o monarca, entrando para

ver os convidados do ReinoCelestial, viu alguns que eram

estranhos e explicaram:

O monarca, então, foi até eles e disse-lhes:

Dê uma nova oportunidade a eles, leve-os ao Departamento de Reencarnação!Jesus, então, carinhosamente adverte:

Todos os que reconhecem a missão de Jesus, dizem: “Senhor! Senhor!” Mas de que vale chamá-lo de Mestre ou Senhor, senão seguem os seus divinos preceitos?

Serão discípulos de Jesus aqueles que passam os dias em orações, mas que não se tornam nem melhores, nem maiscaridosos, nem mais indulgentes para com seus semelhantes?

Não! Com a aparência, eles podem enganar os homens, mas não enganarão a Deus e a Jesus.

— Senhor Jesus, lembre-se de mim, quando entrar em seu Reino!— Se você reconhece as suas faltas, filho, eu lhe digo que ainda hoje mesmo

você estará comigo no Reino do Pai Celestial!

— Esses, Senhor, são alguns daqueles que surpreendemos entre osconvidados, mas que não estão vestidos das virtudes necessárias!

—Amigos, como vocês entraram aqui, sem estarem revestidos da virtude doamor?

— Senhor — disse um deles — tenha piedade de nós, porque tambémqueremos vir a seu Reino!

—As portas deste Reino estão sempre abertas para todos, mas é indispensável, porém, vivenciar oAmor para estarem aqui.

— Para desfrutar do Reino dos Céus, muitos são os chamados e poucos os escolhidos!

Texto adaptado por RosangelaBibliografia: - Roque Jacintho - capítulo IV, Editora Luz no Lar, 3ª ed., 1997.

Imagens: R. MatiasA Parábola do Festim das Bodas

Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel110 páginas - 1ª edição - 1990 - Editora GEEM

Avenida Humberto de Alencar Castelo Branco, 2895Bairro Alves Dias - São Bernardo do Campo - SP

CEP 09701-970 - Telefone (11) 4109-7122Fax (11) 4109-7862 - [email protected]

livro em focoLivro em Foco

Qual o conceito de harmonização para osAmigos Espirituais?

É a ordem controlada, que só comdisciplina e espontaneidade iremos alcançar.

Emmanuel, através das páginas desteprecioso livro, nos consola afirmando quetodos podemos estar harmonizados com aLei de Amor, aonde nos encontramos, e nasfunções que nos são atribuídas, emquaisquer de nossos núcleos de trabalho.

A principal recomendação de Jesus paraestarmos em harmonização é: “Amai-vos,uns aos outros, como vos amei.”

Agindo assim, em qualquer local ousituação estaremos glorificando a Deus.

Tomando por base os ensinamentos doCristo, Emmanuel discorre sobre vários assuntos, tais comoo respeito aos administradores, honrando-os, cumprindo oseu dever no plano geral do serviço, pois, cada vez que nosrebelamos contra a disciplina, estaremos em desarmonia.

Da mesma forma, quando agimos sem o devido respeitodentro de nosso lar, com os nossos familiares. Falamostanto em harmonia, mas somos os primeiros a atear fogo na

discussão e nas acusações aos nossosfamiliares, sempre alegando que não somoscompreendidos, quando deveríamos praticar asvirtudes cristãs, quais sejam: a paciência, atolerância, a indulgência e, principalmente, acaridade.

Como ter um lar harmonioso se não queremosabrir mão de “nossas vontades”, em favor dogrupo familiar?

Aprendemos, através deste livro, que ninguémconseguirá harmonização vivendo isolado, talqual acontece em uma orquestra em que cadamúsico executa a sua parte sob a supervisão domaestro e este, se preciso for, corrige algum errode execução e exige a segurança que se lhe pede

à função e no lugar que lhe compete, para não comprometer oresultado final, ou seja, a harmonia.

São com exemplos simples e explicações muitocompreensíveis que Emmanuel nos auxilia a fortalecer a nossafé.

Vitório

Harmonização

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Neste mês de maio, o Seareiro não poderia deixar de prestar adevida homenagem às Mães. Todavia, por mais simples quepareça, sinto que escrever sobre “mãe” não será tarefa fácil.Imediatamente minhas lembranças trazem à tona momentosesquecidos e que me fazem sentir saudades, vontade de voltar notempo para ser criança, sentar no colo da minha mãe e ter a certezade que ali eu estaria protegido de tudo — talvez por isso, esseprimeiro parágrafo tenha demorado tanto para ser escrito: muitaslembranças! É evidente que entre mãe e filho cria-se um vínculo deamor, desde a gestação. Todavia, o “papel de mãe” não se estendeexclusivamente aos filhos; os deveres maternais vão de encontroao lar como um todo, pois é ali que a mulher, por excelência, torna-se a luz dos caminhos da família.

O lar é a porta da reencarnação, configurando-se como a grandeoportunidade do espírito voltar ao palco da vida e crescer atravésdo aprendizado terreno. A mãe, sendo o coração do lar, tem sob asua responsabilidade o crescimento daqueles que estão sob a suaguarda e, assim, edificar em seus corações o conhecimento e ossentimentos que os prepararão para o trabalho e as lutas futuras.Como sabemos, ninguém nasce em vão. Deus, assim, designa, acada um de seus filhos que retornam à Terra, educadoras que seencarregarão de cultivar os ensinamentos do Alto e garantir oprogresso dos corações pequeninos. Podemos, então, dizer que amãe tem em suas mãos uma parte da obra de Deus e a Ele prestará

conta da responsabilidade que lhe foi confiada. Comoescrito pelo nosso Roque Jacintho, em seu livro:

, “Quem,desde cedo, não se inclina para o Bem, faz-se agentedo Mal”.

Com efeito, o Dia das Mães deve ser comemoradocomo o dia da educadora e mestra do lar, como arepresentante de Deus na educação daqueles que lhesão confiados. Citando o livro: , peloespírito de Emmanuel e psicografado por Chico Xavier,“de todas as associações existentes na Terra,nenhuma talvez mais importante em sua funçãoeducadora e regenerativa: a constituição da família...garantindo os alicerces da civilização”. Todavia,percebemos o enfraquecimento desse alicerce, umavez que o individualismo impera em nossos tempos,tornando frágil o suporte que o lar deveria ser paraindividuo. Dentro desse contexto, a mãe tem papelfundamental como o sustentáculo da família.

Infelizmente, de diversas formas, a maternidadevem perdendo este seu verdadeiro significado divino. Énosso papel, enquanto cristãos, esclarecermos nossossemelhantes sobre o grave comprometimento doespírito, ao encarar a responsabilidade maternal comouma brincadeira. Fenômenos sociais como “aprodução independente de filhos” e “a gravidez naadolescência” são exemplos dos atuais entraves noprocesso de educação e evolução moral daqueles quereencarnam. Tais fenômenos representam o estágioainda de imaturidade em que nos encontramosenquanto humanidade, no qual a união livre e fortuitados sexos se sobrepõe à solidariedade fraternarepresentada pelo casamento. (Ver em "O Livro dosEspíritos, capítulo IV: Da Lei de Reprodução). Saindodessa reflexão sobre os nossos dias, faço um convite:voltemos a dois mil anos e tomemos como exemplo anossa Mãe Maria de Nazaré que, apesar de seusofrimento com os sacrifícios impostos a seu filhoJesus, não deixou em momento algum decompreender e perdoar todos aqueles que se voltaramcontra o nosso Mestre, em sua tarefa de exemplificar oamor e a caridade na Terra. Ela, com a grande força desua fé, mantinha o coração sereno, acolhendo a todoscomo se fossem seus filhos.

Maria é o exemplo da verdadeira mãe, que percebesuas responsabilidades, muito além da criação dosfilhos. Ela, em sua jornada, foi o apoio de luz para o seular e para nós é exemplo de humildade, amor ecaridade.

Feliz dia da educadora do lar!Iago

_________________________

Filhos, como educá-los na visão espírita

Vida e Sexo

Sugestão de leitura complementar:

Bibliografia:

Maria de Nazaré – Roque Jacintho, Editora Luz no Lar.

Filhos, como educá-los na visão espírita

O Livro dos EspíritosVida e Sexo

– RoqueJacintho, Editora Luz no Lar, 3ª ed., 1997.

–Allan Kardec, Editora FEB, 70ª ed., 1989.– Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel,

Editora FEB, 19ª ed., 1999.Imagem:http://www.lds.org/gospellibrary/artbook/images/ArtBook__033_033__JesusPrayingWithHisMother_Sm___.jpg

Famíliafamilia

Dia das Mães

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 17

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kardec em estudoKardec em Estudo

Inimigos Desencarnados

“...Não há coração tão perverso que não se deixe tocar pelas boas ações, mesmo que seja a contragosto.

Pelas boas ações, tira-se do inimigo toda desculpa para as represálias.

De um inimigo, então, se pode fazer um amigo, antes e depois da morte...”

O Evangelho Segundo o EspiritismoCapítulo XII “Amai os Vossos Inimigos” - Item 5

O Evangelho Segundo o EspiritismoCapítulo XII “Amai os Vossos Inimigos” - Item 5

A Terra é um mundo de provas e expiações. Aqui, amaldade ainda predomina e, por esta razão, vivemosenvoltos por muita miséria moral. Essa maldade faz partedas provações que nos cabe suportar com paciência eresignação.

Da mesma forma que o amor atravessa a morte, amaldade também o faz e, assim, surgem os inimigosdesencarnados.

Inimigos desencarnados são espíritos que estão em umoutro plano espiritual e podem ser:

Espíritos que desejam vingança, cobrando dívidas, queforam adquiridas nesta vida ou em vidas passadas;Espíritos com desejo de fazer o mal: como eles sofrem,querem que os outros também sofram;Espíritos que se aproveitam de outros espíritos quesabem que são incapazes de resistir às influenciações eos atormentam.

O inimigo desencarnado, que deseja vingança, aproveitaque seu inimigo está encarnado para atormentá-lo maisfacilmente, uma vez que, desencarnado, o espírito estámais livre. Esta é a causa da maioria das obsessões, ondeobsessor e obsediado são atingidos pelas suas própriascondutas, isto é, por não terem-se perdoado mutuamente,por não serem indulgentes e nem caridosos.

Para que este quadro de perseguição não seja levadopara a Espiritualidade e não se perpetue em existênciasfuturas é importantíssimo, enquanto encarnado, esquecer oorgulho, desenvolver a humildade, se reconciliar com oinimigo, estabelecer a paz, perdoar e buscar o perdão.

À medida que o homem utiliza o seu livre-arbítrio comresponsabilidade, isto é, trilhando o caminho do bem,estudando obras sérias, frequentando lugares dignos, elevai progredindo, crescendo espiritualmente e, ao mesmotempo, dá bons exemplos tanto para encarnados, quantopara os desencarnados. Nesse momento, ele podeconquistar ou reconquistar amigos. Dessa forma, se ele

anteriormente perdeu a oportunidade de se reconciliar comum inimigo que desencarnou, agora, através de seus bonsexemplos, pode receber o seu perdão, bem como trazê-lopara o campo do bem; ou afastá-lo de seu dia-a-dia, casoesse inimigo sinta repulsa pelo bem.

Não podemos esquecer que estamos cercados deespíritos encarnados e desencarnados, que têm afinidadecom o nosso próprio espírito, isto é, são espíritos simpáticoscom nossas atitudes, pensamentos etc.

Estamos colaborando com a maldade na Terra?Lembremos-nos de que, se na Terra não houvesse

homens maus, não haveria espíritos maus ao nosso redor,nos influenciando e se nutrindo com o mal!

Toda e qualquer vibração que emitimos para alguém,recebemo-la com a mesma ou maior intensidade; isto querdizer que, se vibramos o bem, recebemos o bem e sevibramos o mal recebemos o mal. Isso nos remete à eficáciada prece para os nossos inimigos encarnados ou não,declarados ou não; uma vez que, com a prece, atraímos oamparo dos bons espíritos para combater a nossa fraquezamoral e, ao mesmo tempo, envolvemos nossos inimigoscom boas vibrações.

Então, para nos livrarmos de qualquer ação nociva,devemos perdoar, praticar a caridade, enfim: amar.

“Perdão pode ser comparado à luz que o ofendido acendeno caminho do ofensor. Por isso mesmo, perdoar, emqualquer situação, será sempre colaborar na vitória doamor, em apoio de nossa própria libertação para a vidaimperecível.” Emmanuel, livro “Aulas da Vida”, capítulo“Vantagens do Perdão”.

Que Jesus nos ampare!Silvana Gimenez

Bibliografia: -O Evangelho Segundo o Espiritismo

O Livro dos Médiuns

Allan Kardec,Tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 2004.

- Allan Kardec -Tradução de Salvador Gentile,Editora IDE, 64ª ed., 2003.Imagem: http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=818676

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DIA011855 - Allan Kardec assiste pela primeira vez aos fenômenos das "mesas

girantes".1864 - O Clero coloca as obras sobre o Espiritismo no chamado “Index

Librorum Prohibitorum” (índice dos Livros Proibidos).1880 - Nasce na cidade de Sacramento, MG, Eurípedes Barsanulfo.

Autodidata, lecionava inúmeras disciplinas. Fundou o Colégio AllanKardec. Médium excepcional, atendia a inúmeros enfermos duranteseus desdobramentos.

1911 - Fundado por Ignácio Bittencourt o jornal espírita “Aurora”.DIA02

1827 - Nasce Pierre-Gaëtan Leymarie, médium, um dos mais interessadosdiscípulos de Kardec e, mais tarde, redator-chefe e editor da RevistaEspírita.

1980 - Desencarna, em São Paulo, Silvino Canuto Abreu, jornalista,escritor, conferencista e pesquisador espírita.

DIA031892 - Nasce Maria da Cruz Xavier, colaboradora de Eurípedes

Barsanulfo.1949 - Desencarna na Bélgica José Lhome, presidente da Federação

Espírita Belga.DIA04

1929 - Desencarna, em Londres, Inglaterra, o famoso cientista britânicoWilliam Crookes, que realizou sessões de materialização bemdocumentadas do Espírito Katie King, com a médium Florence Cook.Foi o maior químico da Europa em seu tempo, descobridor doradiômetro, o quarto estado da matéria (radiante).

DIA061939 - Inaugurada, em Tours, França, a Union Spirite Française.1950 - Desencarna Djalma Montenegro de Farias, jornalista e orador; foi

presidente da Federação Espírita Pernambucana.DIA07

1856 - Em Paris,Allan Kardec recebe mensagem do Espírito Hahnemann,confirmando sua missão de codificador da nova doutrina.

1878 - Nasce, em Piracicaba, SP, Pedro de Camargo. Autor de várioslivros sob o pseudônimo de Vinicius. Dedicou mais de 50 anos atarefas de educação e evangelização espíritas.

1934 - Pelo Decreto-Lei 4.765, a Federação Espírita Brasileira éconsiderada de utilidade pública.

DIA081852 - Publicado, nos Estados Unidos, o primeiro jornal espiritualista do

mundo, o “The Spiritual Telegraph”, sob o comando de CharlesPartridge e do reverendo Dr. S. B. Britan, com várias notícias sobrefenômenos mediúnicos.

1855 - Na França, Allan Kardec assiste à primeira comunicaçãomediúnica na casa da Sra. Plainemaison.

DIA091879 - Na Espanha, Amália Domingo Soler assiste, pela primeira vez, à

manifestação do Espírito Padre Germano, seu Guia Espiritual, que lheestimula a prosseguir na sua grande missão.

1928 - Desencarna, no Rio de Janeiro, Léo Quádrio, um dos fundadores daFEB.

DIA111957 - Em Pedro Leopoldo, MG, o Frei Boaventura Kloppenburg,

inimigo declarado do Espiritismo, visita o médium Francisco CândidoXavier, sendo recebido com amabilidade.

DIA121996 - Iniciada a primeira semana espírita de NovaYork, EUA, idealizada

por Alamar Régis Carvalho e realizada pelos USUS, com apoio doAllan Kardec Spiritist Center.

DIA131849 - Nasce, em Edimburgo, Escócia, Elizabeth D'Espérance, grande

médium de efeitos físicos. Converteu ao Espiritismo inúmeroscientistas que a pesquisaram. Deixou sua autobiografia na obra “NoPaís das Sombras”.

1869 - Antônio da Silva Neto, pioneiro do Espiritismo no Brasil, publica ofolheto “A Coroa e a Emancipação do Elemento Servil”, um vibrantelibelo apoiado na moral do Cristo que condenava o regime escravista,antecipando a luta que se consagraria com a libertação dos escravos 19anos depois, quandoAntônio já era um dos esforçados espíritas.

1971 - A pintora Tarsila do Amaral declara-se espírita, em depoimento noMuseu da Imagem e do Som, recebendo de Francisco Cândido Xaviercomunicações do Espírito de seu neto.

DIA151925 - Realizado em Lisboa, o 1° Congresso Espírita Português, sob o

patrocínio da Federação Espírita Portuguesa.DIA19

1929 - Fundado o Centro Espírita Terezinha de Jesus, tendo como um dosseus fundadores o Senhor Sebastião Borges, médium receitista.

1973 - É conferido a Francisco Cândido Xavier o título de CidadãoHonorário de São Paulo.

1985 - Em Los Angeles, EUA, desencarna Hemendra Nath Banerjee, quepesquisou vários casos de reencarnação, à qual denominou deMemória-Extra-Cerebral.

DIA201857 - Em Paris, França, Allan Kardec envia carta à escritora George

Sand, presenteando-a com "O Livro dos Espíritos" ecumprimentando-a pelo trabalho artístico em referência ao homem esua comunicação com a Espiritualidade.

DIA211874 - Realizada sessão mediúnica de despedida do espírito Katie King,

que durante dois anos, em sessões semanais, materializou-se porintermédio da médium Florence Cook para as pesquisas do sábioWilliam Crookes.

1931 - Desencarna, emAracaju, SE, Martins Peralva.DIA22

1859 - Nasce, em Edimburgo, Inglaterra, Arthur Conan Doyle. Médico,escritor e novelista, criador de “Sherlock Holmes”, cujas aventurassão lidas com interesse até hoje. Aderiu ao Espiritismo, tendoingressado na Sociedade de Pesquisas Psíquicas. Foi presidente dehonra da Federação Espírita Internacional, escreveu a obra “AHistória do Espiritismo” e tornou-se um de seus maiorespesquisadores.

1867 - No Rio de Janeiro, Bezerra de Menezes toma posse como deputadogeral na Assembléia Geral do Império, com a presença de D. Pedro II,da Princesa Isabel e de seu marido, Conde D'Eu.

1885 - Desencarna, na França, o romancista espírita Victor-Marie Hugo,exilado em Nova Jersey, ilha de Guernesey em 1851. Assistindo asessões espíritas pela médium Girardin, converteu-se ao Espiritismo.

DIA231734 - Nasce em Iznang, Swabia, Alemanha, Franz Anton Mesmer, o

grande estudioso do magnetismo.1889 - Bezerra de Menezes inicia o estudo sistemático de “O Livro dos

Espíritos”, em sessões públicas semanais, na Federação EspíritaBrasileira, no Rio de Janeiro.

DIA241957 - Desencarna, em Porto Alegre, RS, Francisco Waldomiro Lorenz.

Espírita ativo, poliglota, destacou-se na difusão do esperanto.DIA25

1890 - Lançado por Antônio Gonçalves da Silva (Batuíra), em São Paulo,o jornal “Verdade e Luz”.

DIA261878 - Desencarna, no Rio de Janeiro, Francisco de Menezes Dias da Cruz

(pai). Colega de profissão e amigo de Bezerra de Menezes. Ajudou adignificar o Espiritismo e a Homeopatia no Brasil.

DIA271733 - Nasce em Repievka, Rússia, Alexandre Asksakof, pesquisador

espírita e autor de várias obras.1873 - Desencarna, em Paris, França, o Barão Luiz de Guldenstubbé,

cientista e pesquisador escandinavo, que muito se interessou pelasmaterializações luminosas.

DIA281989 - Desencarna, em Guaratinguetá, SP, Rafael Américo Ranieri. Por

muitos anos foi delegado de polícia, além de jornalista e escritor.Exerceu também a mediunidade, deixando várias obras.Autor do livro“Materializações Luminosas”.

DIA301431 - Joana d'Arc é sacrificada na fogueira, em Rouen, França, por

manifestar mediunidade ostensiva. Em 1920, foi canonizada pelopapa Bento V.

DIA311833 - Bezerra de Menezes comunica por carta, ao irmão em Fortaleza, ter

aderido ao Espiritismo, carta esta que mais tarde foi transformada emlivro.

1939 - Francisco Cândido Xavier, em Belo Horizonte, recebehomenagem da Federação das Indústrias de Minas Gerais, na eleiçãodos “Construtores do Progresso”, com o título de “Fraternidade emPessoa”.

1968 - Desencarna, em Zurique, Suíça, o Dr. E. Muller, pesquisador dosfenômenos mediúnicos.

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 19

Maio

Calendáriocalendario

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