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SÃO PAULO, 19 DE JANEIRO DE 2016.

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SÃO PAULO, 19 DE JANEIRO DE 2016.

Nível do Sistema Cantareira completa 48 dias seguidos em alta

O manancial, responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, subiu 1,1 ponto

porcentual; outros mananciais também têm aumento.

O nível do Sistema Cantareira, o principal manancial de abastecimento da capital

paulista e da Grande São Paulo, registrou o 48º aumento consecutivo nesta terça-feira,

19. O manancial, responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, subiu 1,1 ponto

porcentual. No sábado, 16, o Cantareira teve recorde desde que entrou no período da

crise hídrica e subiu 1,9 ponto porcentual.

Com a elevação desta terça, o sistema passou a operar com 41,2% de sua capacidade,

de acordo com o índice tradicionalmente divulgado pela Companhia de Saneamento

Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Esse número considera o volume morto como

se fosse volume útil do manancial. Todos os outros sistemas tiveram alta.

A última vez que o Cantareira ficou estável foi em 2 de dezembro, com 19,6%. Já a

última queda foi em 22 de outubro, quando os reservatórios caíram de 15,7% para

15,6%.

A situação do sistema, no entanto, ainda é considerada crítica. Segundo o índice que

calcula a reserva profunda como volume negativo, o manancial está com apenas 11,9%

da capacidade. Já conforme o terceiro índice, o sistema tem 31,8%.

Outros mananciais. Atualmente responsável por abastecer o maior número de

pessoas na região metropolitana (5,8 milhões), o Guarapiranga registrou novo

aumento e opera com 86,4% da capacidade, alta de 0,1 ponto porcentual em relação

ao dia anterior. O Sistema Rio Claro subiu 0,1 ponto porcentual e passou de 79,3%

para 79,4% da capacidade.

Já o Alto Cotia subiu 0,2 ponto porcentual e opera com 99,5%, ante 99,3% do dia

anterior. Por sua vez, o Alto Tietê subiu 0,1 ponto porcentual e variou de 28,7% para

28,8%, já considerando um volume morto acrescentado ao cálculo no final de 2014.

Rio Grande cresceu 0,2 ponto e opera com 93,7% da capacidade.

Nível do Sistema Cantareira sobe nesta terça-feira pela 19ª vez no ano

Mananciais operam com 41,2% da capacidade.

Cinco sistemas tiveram alta no nível.

O nível de água do Sistema Cantareira voltou a subir nesta terça-feira (19) e passou de

40,1% para 41,2% da sua capacidade, segundo dados divulgados pela Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

É a 19ª alta consecutiva que o Cantareira registra neste ano, apesar da pouca chuva no

manancial nas últimas 24 horas. O montante de chuva acumulada no mês é de 180,3

milímetros.

Em 30 de dezembro de 2015, o Sistema Cantareira registrou elevação e deixou a

dependência do volume morto após 19 meses.

Todos os sistemas apresentaram elevação de nível nesta terça, com exceção do Rio

Grande, que perdeu água. Confira as capacidades e os percentuais dos sistemas nesta

terça-feira:

- Cantareira: 1.269 bilhões de litros (com o volume morto) e está com 41,2% da capacidade

- Alto Tietê: 573,8 bilhões de litros e está com 28,8% da capacidade

- Guarapiranga: 171,2 bilhões de litros e está com 86,4% da capacidade

- Alto Cotia: 16,5 bilhões de litros e está com 99,5% da capacidade

- Rio Grande: 112,2 bilhões de litros e está com 93,7% da capacidade

- Rio Claro: 13,7 bilhões de litros e está com 79,4% da capacidade

Volume Morto

A reserva técnica começou a ser bombeada em maio de 2014. Na época, ainda havia água

no volume útil. Em julho, porém, o sistema passou a operar somente com o volume morto.

Especialistas ouvidos pelo G1, no entanto, alertam que o Cantareira ainda segue em crise

porque não se recuperou totalmente. A Sabesp também informou que não descarta voltar

a usar a reserva técnica no próximo período seco, com a chegada do inverno.

O fim da dependência da reserva técnica ocorreu antes do previsto pela Sabesp. A

expectativa era de uso até o fim do verão, com probabilidade de 98% de o Cantareira sair

do volume morto até abril.

A chuva acima da média nos últimos meses acelerou o processo e as represas acumularam

mais água por causa da precipitação intensa e entrada de água no manancial.

Dezembro registrou 259,4 mm de chuva e a média histórica para o mês é de 219,4 mm.

Mesmo assim, a crise ainda não acabou nos reservatórios do estado operados pela

companhia na Grande São Paulo, já que o sistema ainda vive uma "restrição hídrica",

segundo informou a assessoria de imprensa da Sabesp.

Segundo boletim divulgado pela Sabesp nesta terça-feira, o nível de água do sistema

chegou a 41,2%, índice que considera o volume acumulado em relação ao volume útil.

Após uma ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, a Sabesp passou a divulgar

outros dois índices do Cantareira.

O segundo índice, que está em 31,8%, leva em consideração o volume armazenado na

capacidade total, incluída a área do volume morto. O terceiro índice leva em consideração

o volume armazenado menos o volume morto na área total dos reservatórios, e estava em

11,9% nesta manhã.

O Cantareira chegou a atender 9 milhões de pessoas só na Região Metropolitana de São

Paulo, mas atualmente abastece 5,4 milhões por causa da crise hídrica que atingiu o estado

em 2014. Os sistemas Guarapiranga e o Alto Tietê absorveram parte dos clientes, para

aliviar a sobrecarga do Cantareira durante o período de estiagem.

Pavilhão japonês em São Paulo reabre e exibe a arte secular de encaixar

peças

O edifício de 1954 foi construído sem pregos, apenas com a junção das partes de

madeira.

Das várias habilidades japonesas, uma das mais assombrosas está em sua arquitetura.

Para sobreviverem ao período pós-guerra, os habitantes do país atualizaram uma

técnica construtiva criada há centenas de anos que dispensa o uso de pregos. É o wafu,

que permite erguer edifícios inteiros a partir do encaixe de peças de madeira. Pinos,

também de madeira, e laterais com pequenos desníveis garantem que as partes

permaneçam unidas e estáveis por décadas.

Um dos profissionais mais respeitados neste segmento é o de Norio Nakashima,

presidente da construtora Nakashima Komuten. Ele esteve no Brasil com sua equipe

composta por aprendizes e mestres carpinteiros para o quarto restauro do Pavilhão

Japonês do Parque Ibirapuera, em São Paulo.

O edifício, de estruturas em que não há um único prego, foi entregue pelo governo

japonês à comunidade nipo brasileira em 1954 e é administrado

pela Bunkyo, Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social. Nesta

quinta-feira (21), o espaço será reaberto ao público com a mostra “O Olhar Japonês no

Brasil” e uma ampla programação (mais detalhes no final deste post), parte das

comemorações dos 120 anos do Tratado de Amizade Brasil-Japão.

Da equipe de Nakashima, ao menos dois jovens funcionários, ambos na faixa dos 20

anos, são criadores de novas maneiras de encaixar pedaços de madeira, contribuindo

assim para que a tradição wafu se mantenha viva.

Foi a quarta visita/missão de Nakashima no Brasil. A primeira foi em 1988, também

para o restauro do Pavilhão. Tão impressionante quanto seu trabalho meticuloso é

que nessas quatro vezes a participação de Nakashima foi voluntária, assim como a

importação de madeiras especiais japonesas e o empréstimo de mão de obra

especializada. Tal dedicação fez com que ele fosse chamado de guardião do Pavilhão.

Abaixo, o passo a passo de um dos encaixes possíveis, fixado com pino em madeira:

O autor do projeto do Pavilhão é Sutemi Horiguchi (1895-1984), Phd em Arquitetura

pela Universidade de Tóquio e que no final dos anos 1950 dedicou-se a adaptar a

arquitetura tradicional japonesa aos hábitos modernos. Discípulos dele afirmam que

seu trabalho inspirou grandes nomes da arquitetura, como Oscar Niemeyer, Le

Corbusier, Mies Van der Rohe, Walter Gropius e Frank Lloyd Wright. Para conferir

parte do legado e da habilidade dos japoneses, basta visitar o Pavilhão.

O Olhar Japonês no Brasil

De 21 de janeiro a 28 de fevereiro de 2016

Local: Pavilhão Japonês, Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, Portão 3 e 10),

São Paulo.

Visitação: quarta-feira, sábado e domingo (em comemoração ao aniversário de São

Paulo, estará aberto também nos dias 21, 22 e 25; quinta, sexta e segunda-feira)

Horário: das 10h às 12h e das 13h às 17h

Entrada: 5 reais e 10 reais (crianças até 4 anos e idosos acima de 65 anos não pagam)

Programação:

– Exposição de Arte Craft (cerâmica, boneca tôsso, arte em metal, oshibana, tintura

natural), curadoria de Kenjiro Ikoma, presidente da Comissão de Arte Craft do Bunkyo.

– Exposição de Bonsai, curadoria de Márcio Augusto de Azevedo, fundador do Bonsai

Kai.

– Exposição de Ikebana, curadoria de Cristina Sagara, vice-presidente da Comissão de

Administração do Pavilhão Japonês.

– Concerto de Música Clássica Japonesa (aos finais de semana, às 15h), curadoria de

Shen Ribeiro, presidente da Associação Brasileira de Música Clássica Japonesa.

MMA atualiza planos da Amazônia e Cerrado

Os planos de prevenção e controle do desmatamento na Amazônia e no Cerrado começaram, neste mês de janeiro, a ter resultados analisados. As conclusões servirão de subsídios para que o Ministério do Meio Ambiente construa as novas estratégias de proteção aos biomas, agora adaptadas aos compromissos assumidos pelo Brasil na 21a Conferência das Partes para Mudanças Climáticas (COP 21), realizada em Paris, em dezembro, em que 190 países firmaram um novo acordo global para redução de emissões de gases de efeito estufa.

O Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) foi criado em 2004 e teve, no ano passado, encerrada a sua terceira fase. As ações do PPCDAm foram responsáveis pela queda de mais de 80% do desmatamento entre 2004 e 2015. Já o Plano de Ação para Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado) foi lançado em 2010, com a segunda fase encerrada também em 2015. A revisão dos planos deverá estar pronta ainda neste semestre.

“Entre as inovações que deverão constar dos planos estão os desdobramentos da implementação do Código Florestal, que tem como um dos principais instrumentos de

execução o Cadastro Ambiental Rural (CAR), fundamental para a regularização ambiental de propriedades e posses rurais”, ressalta o gerente de Projeto do Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento do MMA, Gabriel Lui.

Ele explica que a ferramenta possibilita monitorar o desmatamento nos imóveis rurais, o que antes era possível apenas no bioma, nos estados ou outros territórios já delimitados. “Será possível também reconhecer e atuar para fomentar o potencial de conservação das Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente (APPs)”, completa o gerente.

Fiscalização – Com o cadastro obrigatório, onde já constam mais de 60% de todas as posses e propriedades rurais do país, é possível ter informações georreferenciadas com a delimitação das áreas de proteção permanente, reservas legais e remanescentes

de vegetação nativa – oferecendo a possibilidade de elaboração de mapas mais detalhados e agregando dados sobre o uso da terra dentro dos imóveis rurais. “Essas mudanças deverão se refletir no aprimoramento do trabalho de fiscalização das equipes do Ibama, contribuindo para o controle do desmatamento ilegal”, acentua Gabriel Lui. Isso significa dizer que as áreas de maior incidência de desmatamento e os infratores poderão ser identificados com mais facilidade na tela de computadores.

Gabriel Lui ressalta que o mapeamento também irá facilitar planos de recuperação de

áreas degradadas e fomento a atividades sustentáveis na agricultura e pecuária, com o intuito de alinhar uma agenda de produção e proteção ambiental. Esses objetivos fazem parte das estratégias para que o Brasil cumpra o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e 43% até 2030, com base no nível de emissões em 2005.

Aquecimento global: oceanos absorvem cada vez mais calor, diz estudo

Os oceanos, que capturam 90% do calor adicional gerado pelo aquecimento global, absorveram nas últimas duas décadas a mesma quantidade absorvida desde 1865 – é o que diz um estudo publicado nesta segunda-feira na revista Nature Climate Change.

“Nós calculamos que metade do calor absorvido pelos oceanos desde 1865 foi a mesma quantidade absorvida desde 1997″, estabeleceu uma equipe de cientistas do Laboratório Nacional Laurence Livermore, na Califórnia.

Se esta absorção de calor enorme ajudou a limitar o aquecimento da atmosfera, poderia ser uma bomba-relógio, que perturbará ainda mais o clima no futuro.

“É uma faca de dois gumes”, avalia John Shepherd, pesquisador da Universidade de Southampton.

Porque o calor armazenado por superfícies marinhas poderia alterar a circulação de correntes marinhas e atmosféricas e, assim, introduzir um novo distúrbio no sistema climático, explicou.

Mas se uma parte do calor absorvido pelos oceanos for devolvida para a atmosfera,

graças a correntes profundas que sobem para a superfície, isso iria acentuar o aquecimento e seus efeitos negativos.

Os autores do estudo alegam que um terço do calor armazenado pelos oceanos fica preso em águas profundas, a partir de 700 metros.

Para Matt Palmer, dos serviços meteorológicos britânicos (Met office), o estudo “mostra que o sinal do aquecimento climático é reforçado com o tempo, e que este sinal se vê também nas profundezas oceânicas”.