ANO I - ED. 01 - 2015

Banda Bicho de Pé é uma das atrações da programaçãoBanda Bicho de Pé é uma das atrações da programação

GAMT comemora 40 anos de atuação em Caçapava com edição especial de sua

tradicional festa junina.

A Revista Ponto de Encontro - GAMT é uma publicação para divulgação dos projetos desenvolvidos pelo GAMT. Av. Nações Unidas, 250, Jardim Santo Antonio, Caçapava, São

Paulo. Tel. (12) 3652-8016, site: www.gamt.org.br Produzida pela Coordenadoria de Projetos do GAMT. Jornalista Responsável: Maria Bernardino

– MTB 25.515 Textos: Maria Bernardino, Nagila Luz. Colaboração: Paulo Roberto Ribeiro da Luz, Cassios Nogueira, Edilaine Apolinário. Criação e diagramação: Código BR Comunicação. Apoio à

arte: Luan Moura. Impressão: Resolução Gráfica. 5.000 exemplares. Distribuição gratuita e dirigida.Foto da Capa: Banda Bicho de Pé com foto de Mariana Venancio/Divulgação

É com satisfação que apresentamos a pri-meira edição da revista “Ponto de Encontro – GAMT”, uma publicação especial do GAMT - Grupo de Assessoria e Mobilização de Talentos em comemoração aos seus 40 anos de fundação.

A revista “Ponto de Encontro – GAMT” nas-ce com a intenção de levar até você leitor, par-ceiro, colaborador, informações sobre as muitas ações desenvolvidas por esta instituição ao longo desses 40 anos de existência em Caçapava, tra-balhando em prol de crianças, adolescentes e jo-vens de nossa região.

Aqui divulgamos a programação da edição especial de aniversário da tradicional Festa Juni-na do GAMT, evento beneficente que está com-pletando 30 anos de realização e que tem por objetivo arrecadar fundos para manutenção de nossos projetos.

Contamos ainda as novidades dos progra-mas em andamento no GAMT e o que está sen-do desenvolvido em termos de iniciativas para continuar beneficiando a comunidade onde o GAMT atua.

Boa leitura!Equipe do GAMT

EDITORIALPrezado leitor,

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4 5GAMT 2015

EVENTO CHEGA A 30ª EDIÇÃO COMO REFERÊNCIANO ROTEIRO DE FESTAS JUNINAS DO VALE

FESTA JUNINADO GAMT

Para comemorar 40 anos de fundação, o GAMT (Grupo de Assessoria e Mobili-zação de Talentos) preparou uma edição

especial de sua tradicional festa junina. O even-to, beneficente, é realizado há 30 anos com o objetivo de arrecadar fundos para manutenção dos projetos da instituição.

Começou em 1985 como uma pequena quermesse com algumas barraquinhas e muita alegria, congregando o trabalho de voluntários e associados do GAMT. A base da festa eram as barracas de comida típica e as brincadeiras.

Aos poucos, foi crescendo e transformou-se numa das mais tradicionais festas juninas da região, com público de até 2.000 pessoas por dia. Neste ano, será realizada durante dois fi-nais de semana: nos dias 3, 4, 5, 6, 7; 12, 13 e 14 de junho, na sede do GAMT (Rua Nações Unidas, 250, Jardim Santo Antônio). A entrada é gratuita.

A principal marca da festa é a manutenção das características originais. O evento faz parte dos vários projetos culturais e educacionais de-senvolvidos pelo GAMT.

Elementos como música, culinária e danças típicas dos festejos juninos continuam tendo espaço garantido no evento.

A programação musical é cuidado-samente prepara-da e abriga grupos, trios e cantores que

no integram a decoração do espaço, em meio a bandeirinhas e balões coloridos.

As apresentações de quadrilhas animam a programação desde os primeiros anos da fes-ta. A programação reúne grupos formados por jovens integrantes dos projetos da instituição e quadrilhas convidadas.

Além de voluntários, o evento conta atual-mente com diversos parceiros a apoiadores que contribuem para sua realização.

Toda a renda obtida com a Festa Junina é destinada ao custeio das despesas da Institui-ção para operação dos diversos projetos sociais, educativos e esportivos que desenvolve. Cerca de 700 pessoas são beneficiadas, por semestre, pelas iniciativas do GAMT.

Foto: Acervo GAMT

Foto: NDC/GAMT

Foto: Acervo GAMT

representam de forma significativa a cultura popular brasileira (leia mais sobre a programa-ção musical nas páginas 10 e 11).

Outro destaque da programação é a culiná-ria, que tem como estrela principal o famoso bolinho caipira, iguaria que é uma marca da cultura popular do Vale do Paraíba e que, ao longo destes 30 anos, tornou-se símbolo da Fes-ta Junina do GAMT (leia mais sobre culinária na página 6).

Além do caráter beneficente, a festa contri-bui para a valorização e preservação da cultura popular da região. Ações de preservação da re-ligiosidade, característica da tradição das festas juninas, também fazem parte do evento. Mastro e capelinha em louvor aos santos do ciclo juni-

Festa em 1989

APRESENTAÇÕES DE QUADRILHAS ANIMAM A PROGRAMAÇÃO DESDE OS PRIMEIROS ANOS DA FESTA

6 7GAMT 2015

FESTA OFERECEDIVERSIFICADO CARDÁPIO

CULINÁRIA TÍPICA

A culinária típica do Vale do Paraíba é um dos destaques da programação da Fes-ta Junina do GAMT. Todos os dias, o

evento exibe um diversificado cardápio de sabo-res. Entre as atrações está o tradicional bolinho caipira, que há 30 anos é destaque na festa. A receita é antiga. Segundo historiadores, data da época da colonização e aos poucos foi ganhando identidade própria em Caçapava.

O diferencial nesta receita é que a carne, em vez de recheio, entra como tempero da massa do bolinho.

Outro atrativo da festa é o almoço be-neficente que acon-tecerá aos domingos, nos dias 7 e 14 de junho, a partir das 11h30.

O cardápio inclui dois pratos típicos da culinária regional. No dia 7, o destaque é o afogado, seguindo

a receita tradicional dos tropeiros: um ensopado preparado com carne de vaca e servido com fari-nha de mandioca. Acompanha arroz branco.

O prato é característico da cozinha do inte-rior paulista, sendo uma receita muito difundida no Vale do Paraíba, especialmente nas festas reli-giosas, como a do Divino, em São Luiz do Parai-tinga. Historiadores afirmam que o prato teria surgido no século 18, durante as viagens dos tro-peiros que cruzavam a região em busca de ouro em Minas Gerais. Além de forte, o prato era de fácil preparo. Mais tarde, foi incorporado ao car-dápio das festas populares e religiosas, tornan-do-se um prato muito apreciado nesses eventos.

No dia 14, também a partir das 11h30, o al-moço da festa terá como prato principal a gali-nhada.

Todas as noites, nas barraquinhas espalhadas pela festa, é possível encontrar ainda uma diver-sidade de outros sabores típicos da região e das celebrações juninas. Destaque para as receitas à base de milho, com curau, bolos e pamonhas. Além de doces, salgados e bebidas como os tra-dicionais quentão e vinho quente.

Foto: NDC/GAMT

Foto: NDC/GAMT

8 9GAMT 2015

GRUPO DÁ COLORIDO ESPECIAL À FESTA

QUADRILHADE BONECÕES

A Quadrilha de Bonecões é uma das atra-ções da programação da Festa Junina do GAMT com apresentação dia 14, às

20h30.A quadrilha foi criada em 2010 com o objetivo

de chamar a atenção do público para a importân-cia de preservar a tradição cultural das quadrilhas juninas nos festejos típicos desta época.

O grupo reúne elementos de teatro, dança e música para compor seu espetáculo. A perfor-mance tem cerca de 40 minutos de duração. Em cena, os bonecões repetem todos os passos da co-reografi a de uma quadrilha convencional.

Personagens como o padre, a noiva e o noivo estão presentes no roteiro do espetáculo. Entre os

personagens da quadrilha, o padre é um dos que mais encantam a plateia, interpretando com co-micidade cenas do imaginário popular presentes nas quadrilhas juninas.

O espetáculo já foi apresentado em várias ci-dades da região e de outras localidades no Estado de São Paulo e também na Capital.

A Quadrilha de Bonecões do GAMT integra os projeto culturais da instituição e tem por ob-jetivo valorizar, registrar e preservar a tradição cultural dos bonecões do Vale do Paraíba. Muito populares em cidades da região como São Luís do Paraitinga e Monteiro Lobato, onde são conheci-dos como Pereirões, os bonecões estão ou estive-ram presentes em muitos outros municípios.

Foto: NDC/GAMT

10 11GAMT 2015

PROGRAMAÇÃO HOMENAGEIACULTURA POPULAR

MÚSICA

A programação musical da Festa Junina do GAMT é uma importante ação de valori-zação da cultura popular brasileira. Cui-

dadosamente preparada, abriga grupos, trios e cantores que representam de forma significativa a música regional.

O roteiro de apresentações reúne nomes como Miltinho Edilberto, Bicho de Pé, Trio Vir-guilino, entre outros representantes da música regional presente no circuito das festas juninas por todo o País.

Por meio do show dos grupos convidados, a programação deste ano homenageia uma das grandes defensoras da música raiz: a cantora e apresentadora Inezita Barroso.

Miltinho Edilberto, Mariangela Zan, Bicho de Pé são exemplos de artistas que reverenciam o trabalho de preservação da cultura popular bra-sileira realizado durante toda uma vida por Ine-zita Barroso. Todos eles estarão na programação da festa e incluirão em suas apresentações home-nagem à artista, que morreu dia 8 de março em São Paulo, quatro dias após completar 90 anos.

Em 2008, Inezita Barroso fez em Caçapava

um dos maiores shows da Festa São João de Ca-çapava. Acompanhada por sua banda, a artista se apresentou para cerca de 16 mil pessoas, uma plateia formada por admiradores de todas as idades.

Em 2010, participaria da 25ª esta Junina do GAMT, mas foi impedida de fazer parte do even-to por conta de uma pneumonia que contraíra dias antes.

Cantora, apresen-tadora, instrumentista, violonista, violeira, ar-ranjadora, folclorista, atriz, professora, Dou-tora Honoris Causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa, Inezita era re-conhecida como a mais antiga e mais importan-te expressão artística da música caipira no País.

Para Miltinho Edil-berto, amigo da cantora,

frequentador assíduo de seu programa “Viola, Minha Viola” na TV Cultura, além de todo o trabalho em defesa das manifestações da cultura popular brasileira, Inezita foi uma artista que es-tudou profundamente esta cultura e lutava para preservá-la.

“Encontrei muitas vezes com a Inezita, con-vivi muito com ela e sei que era uma pessoa que tinha muito conhecimento da cultura popular brasileira. Era uma mestra, não só no sentido simbólico”, explica ele.

“Era uma pessoa cheia de vida, com 90 anos de idade, o vigor que ela tinha era uma coisa muito impressionante”, ele diz. Miltinho conta que a artista chegou a ser madrinha de uma or-questra de violas que ele formou. E destaca o fato de ela nunca ter se rendido às facilidades da música comercial. “Sempre abraçou os violeiros e nunca se rendeu aos modismos do mercado. Quando a produção do programa dela queria incluir um desses artistas sertanejos modernos, ela brigava feio, peitava a produção e não incluía mesmo”, diz ele.

Miltinho disse que vai homenagear a artista em seu show no GAMT com um pot-pourri com os grandes sucessos da cantora.

Mariangela Zan, cantora e estudiosa da música caipira, filha do sanfoneiro Mario Zan, diz que Inezita foi muito importan-te na retomada de sua carreira após a mor-te do pai. “Inezita foi uma das pessoas que mais me ajudaram em meu ‘reinicio’ de car-reira, quando meu pai faleceu em 2006 e eu retomei com carreira solo em 2007. Eu pedi

e ela abriu as portas do ‘Viola’ pra mim, prati-camente me ‘amadrinhando’. Sempre me levava ao programa e dizia a quem quisesse ouvir: ‘… eu gosto dessa moça, eu gosto do trabalho dela’. Devo muito a Inezita e em todos os shows estou fazendo um pequeno tributo a ela com a música ‘Moda da Pinga’, que faz o maior sucesso, que in-clusive regravei’, afirma a cantora.

Para a vocalista da banda Bicho de Pé, Janai-na Pereira, o trabalho de Inezita Barroso na tele-visão, como apresentadora de um programa que reunia a nata da música raiz, foi de grande im-portância para artistas de várias gerações. “Hoje existem poucas pessoas com esse cuidado com a música raiz, com a verdadeira cultura popular regional”, diz ela.

Para homenagear Inezita Barroso, Janaina disse que vai cantar um “modão” de viola como as que Inezita gostava.

“Sou muito interessada nesse trabalho de pesquisa com a cultura brasileira, com o folclo-re, com os ritmos regionais que a Inezita fazia. Quero continuar com essas pesquisas, dando se-guimento ao trabalho que ela fazia, participando de encontros folclóricos, mantendo contato com grupos”, diz ela. Janaína participa da Associação Cachueira, organização social em São Paulo que faz um trabalho de valorização da cultura popu-lar tradicional brasileira e de suas comunidades produtoras por meio de pesquisas, registros e di-vulgação de suas tradições.

Foto: Hudson Moreira/Divulgação

Foto: Foto acervo pessoal/Mariangela Zan

Foto: Acervo pessoal/Miltinho Edilberto

InezIta Barroso durante Festa são João de Caçapava, em 2010

InezIta Barros CommarIangela zan

InezIta Barroso Com mIltInho edIlBerto e Janaína pereIra

12 13GAMT 2015

UMA BANDA POPULAR

BANDA SUPERSTAR

13GAMT 2015

BICHO DE PÉA banda Bicho de Pé é a atração que abrirá

a 30ª Festa Junina do GAMT, no dia 3 de junho, às 21h. A entrada do show será

gratuita, mas os ingressos devem ser retirados uma hora antes da abertura dos portões, às 18h, no local da festa (Rua Nações Unidas, 250, Jar-dim Santo Antônio, Caçapava).

A banda formada em 1998 é um grupo que surgiu em São Paulo e possui em seu repertó-rio música regional bra-sileira com ênfase nos ritmos dançantes do Norte e Nordeste, como xote, baião, samba, for-ró, xaxado, maracatu, carimbó e arrasta-pé.

Em 16 anos de car-reira, o Bicho de Pé já produziu quatro CDs, dois DVDs e um do-cumentário. O último DVD /CD é inteiramen-te dedicado a Luiz Gon-zaga.

Em 2001, a música “Nosso Xote” foi uma das mais tocadas nas rádios e emissoras de televisão no Brasil. Com os CDs “Que Seja”, “A Vida Vai” e CD e DVD “Bicho de Pé 10 Anos”, a banda contou com as partições especiais de Elba Ramalho, Domingui-nhos, Chico César, Caju & Castanha e Miltinho Edilberto.

Além das participações especiais em CD’s e DVD, a banda já tocou com grandes nomes da música brasileira, entre eles: Ivete Sangalo, Da-niela Mercury, Toni Garrido, Geraldo Azevedo, Maria Gadú, Luiza Possi, Bruna Caram, Genival Lacerda e muitos outros.

O sucesso do Bicho de Pé ultrapassou as fronteiras do Brasil. A banda já realizou uma

Durante o programa, a banda tocou o sucesso “Nosso Xote” e conquistou 84% da votação po-pular. Além de agradar ao público, o grupo re-cebeu elogios de Dinho Ouro Preto e Ivete San-galo, jurados na edição de 2014 do programa. “Parecia uma coisa minimalista, dava para ouvir cada um dos instrumentos. Menos é mais, não produzam demais. Vocês pareciam mais autênti-cos”, opinou Dinho Ouro Preto. “Vocês merecem pelo talento de trazer o forró para a gente com a essência”, declarou Ivete Sangalo.`

Na televisão, o Bicho de Pé participou ainda de programas como Encontro com Fátima Ber-nardes, Bem Brasil, Ensaio, Sr Brasil, Mosaico (Homenagem a Luiz Gonzaga), Domingo Espe-tacular, Metrópoles, Hebe, Raul Gil, Programa Livre e Ratinho.

Em 2004 os músicos gravaram um comercial de veiculação internacional protagonizado por Pelé e a música “No Escurinho”, também de autoria da vocalista Janaína, foi usada como trilha sonora deste comercial.

turnê pelos Estados Unidos e quatro pela Euro-pa, com apresentações na Suíça, Alemanha, Ho-landa, Bélgica, França, Itália, Finlândia, Rússia, Espanha, Áustria, Inglaterra e em Portugal.

Há mais de 8 anos, conduz semanalmente uma noite dançante no Canto da Ema, em São Paulo, tradicional casa voltada à cultura nordes-tina, com lotação sempre esgotada.

EM 2014, A BANDA BICHO DE PÉ GANHOU AINDA MAIS O

RECONHECIMENTO DO PÚBLICO DEVIDO À PARTICIPAÇÃO NO

PROGRAMA “SUPERSTAR”, DA REDE GLOBO.

Foto: Mariana Venancio

Foto: Vladi Fernandes

14 15GAMT 2015

APRESENTA NO PALCO DO GAMT SUCESSOS DE 16 ANOS DE CARREIRA

RASTAPÉ

Com 16 anos de carreira e mais de um mi-lhão de discos vendidos, a banda Rastapé é uma das estrelas da programação da 30ª

Festa Junina do GAMT. O grupo apresenta seus principais sucessos durante show dia 4 de junho, a partir das 21h. Os ingressos são gratuitos, mas de-vem ser retirados no local do evento (Rua Nações Unidas, 250, Jardim Santo Antonio, Caçapava), uma hora antes da abertura dos portões, às 18h.

No roteiro do show estão sucessos como “Colo de Menina”, “Namoro”, “Beijo Roubado”, “Um Anjo do Céu” e muitos outros.

A banda foi criada em 1999, em São Paulo, em meio ao movimento do chamado forró universi-tário. Misturando infl uências da música regional nordestina com ritmos contemporâneos, a banda formada por Jorge Filho (vocal), Chiquinho (cor-das) e Seu Jorge do Rastapé (sanfona) caiu no gos-

to do público e em pouco tempo já era apontada como uma das principais representantes do forró universitário, ao lado de nomes como Falamansa e Bicho de Pé.

O roteiro de seus espetáculos reunia os princi-pais clássicos do forró, xote, baião, xaxado e outros ritmos nordestinos, além de composições próprias.

Com apenas 10 anos de formação, a banda foi convidada pela então gravadora Abril Music para gravar o CD “O Som do Forró”, interpretando grandes sucessos do forró e uma música própria. A partir deste trabalho, surgiu o convite de Gilberto Gil para encerrar o show “Eu, Tu, Eles” na casa de espetáculo Via Funchal, em São Paulo.

A partir de então, o Rastapé foi fi cando cada vez mais conhecido do grande público. Um ano após a formação, a banda gravou o CD “Fale Co-migo”, com a música “Colo de Menina”, composi-ção de Jorge Filho que projetou o nome da banda nacionalmente. Durante três meses, a música fi ou entre as mais tocadas em rádios de todo o Brasil, além de integrar trilha sonora de novela (“As Filhas da Mãe, Globo).

A banda seguiu fazendo shows pelo Brasil e ex-terior e lotando espaços por onde se apresentava.

Depois de dividir o palco e parcerias com no-mes consagrados da música brasileira em grava-ções e projetos, o Rastapé voltou-se para um traba-lho focado nas matrizes do forró que infl uenciaram seu som: Luiz Gonzada, Trio Nordestino e Jackson do Pandeiro, com a gravação do primeiro DVD da carreira ao vivo, “Cantando a História do Forró”. O repertório contou com grandes clássicos destes e de outros representes do forró, além de composi-ções da banda.

Atualmente, o grupo divulga o sexto CD de sua carreira e continua em excursão pelo Brasil e por vários outros países. Segundo defi nição da banda, neste trabalho o Rastapé procurou abrir mais espa-ço para as composições próprias, a maioria assina-da por Jorge Filho, e apresentar sua evolução mu-sical, resultado da experiência adquirida ao longo da carreira.

Foto: Divulgação/ Milton Fagundes

16 17GAMT 2015

O PODER DA VOZ FEMININATRIO SINHÁ FLOR

O Trio Sinhá Flor, formado por três can-toras e instrumentistas, é destaque na programação musical da Festa Junina do

GAMT dia 5 de junho, às 21h. O show é gratuito.Formado por Carol Bahiense (triângulo, san-

fona e voz), Cimara Fróis (sanfona e voz) e Talita del Collado (zabumba, violão, fl autas, percussão e voz), três artistas residentes em São Paulo que se juntaram em 2008 por acreditarem na importân-cia da tradição cultural do Nordeste, o trio apre-senta um repertório bem dançante inspirado no forró Pé de Serra.

“Já nos apresentamos em Caçapava e fomos muito bem recebidas! A expectativa para esse novo show é das melhores. Torcemos para que a troca com o público seja alegre e intensa. Nada melhor que o forró e a dança para celebrar a épo-ca junina! Viva Luiz Gonzaga! Viva o forró! Viva a música brasileira!”, disse Carol Bahiense.

A fi m de diversifi car as possibilidades sono-ras, o trio propõe também outras formações ins-trumentais, inserindo em seus arranjos violão, percussão, fl auta e uma segunda sanfona. Além do trabalho instrumental, o coro ganha especial

relevância, inspirado em grupos como Demônios da Garoa, Trio Esperança e Quarteto em Cy.

Além da qualidade musical, o Trio Sinhá Flor se preocupa em produzir um verdadeiro espetá-culo artístico para seu público. A experiência de suas integrantes nas áreas de literatura, teatro e canto coral ajuda para que o show se torne agra-dável para se assistir e dançar.

O repertório do Trio Sinhá Flor inclui mú-sicas de Luiz Gonza-ga e de artistas como Gilberto Gil, Domin-guinhos, Chico Buar-que, Sivuca, Jackson do Pandeiro, Herme-to Pascoal, Milton Nascimento, entre outros.

Durante os 7 anos de estrada a banda já se apresentou ao lado de Toninho Ferragut-ti, Dominguinhos e Elba Ramalho.

SUPERSTAR

“Para o Trio Sinhá Flor é um privilégio, um pre-sente participar do programa Superstar! Tivemos a oportunidade de mostrar nosso trabalho para mi-lhões de pessoas! Além disso, a agenda de shows do grupo aumentou rapidamente depois da primeira aparição no programa! Estamos muito felizes com toda essa repercussão e com o carinho, a receptivi-dade do público! Surgiram fã-clubes e recebemos mensagens emocionantes de pessoas de todo o país!”, afirmou Carol.

Em 2008, o Trio conquistou o 1º lugar no VIII Festival Nacional de Forró de Itaúnas, maior fes-tival de forró do Brasil. Desde então, o grupo se apresenta em casas de show, rádio, centros cultu-rais, unidades do SESC e do SESI.

O grupo acredita na força dos eventos e circuitos de forró para manutenção da tradição do ritmo. “Em várias cidades brasileiras existem casas de shows com programação semanal de forró. Apesar de não estar em evidência na mídia, nem ocupando grande espaço no cenário nacional, o gênero tem um circui-to próprio e um público presente, apaixonado! Exce-lentes grupos musicais surgem a cada dia, ajudando a manter viva essa importante tradição brasileira”, disse Carol.

ATUALMENTE, A BANDA SE APRESENTA NO PROGRAMA “SUPERSTAR” DA REDE GLOBO. EM SUA PRIMEIRA

APRESENTAÇÃO NO PROGRAMA O TRIO FOI APROVADO PELOS JURADOS E PELO

PÚBLICO COM 84% DOS VOTOS.

Foto: Divulgação/Trio Sinhá Flor

Foto: Divulgação/Trio Sinhá Flor Foto: Divulgação/Trio Sinhá Flor

18 19GAMT 2015

MÚSICA UNE TRADIÇÃOE MODERNIDADE

CELEBRANDO A CULTURA POPULAR BRASILEIRA

TRIO XAMEGO MILTINHO EDILBERTO

Tradição e modernidade se encontram no palco do Trio Xamego, grupo que reúne duas gerações de músicos que trabalham

em família celebrando e reverenciando a músi-ca brasileira. Formado pelo veterano zabumbeiro Dió de Araújo (zabumba e voz) e seus dois fi lhos, Demétrios (sanfona) e Felipe de Araújo (triângu-lo), o trio é um dos convidados da Festa Junina do GAMT e se apresenta dia 6 de junho, às 18h, abrindo a programação musical de sábado. O show é gratuito. Na sequência, às 21h, tem mais músi-ca boa no palco com o violeiro Miltinho Edilberto (leia mais na página seguinte).

O Trio Xamego tem mais de 30 anos de estrada e é apontado como um dos principais grupos de Forró Pé de Serra da região Sudeste.

Desde sua formação, em 1982, muitos músicos passaram pelo trio, como Chiquinho Alves, Quim de Oli, Zé Almeida entre outros grandes nomes do gênero, até chegar à formação atual com Dió, De-métrios e Felipe de Araújo. A marca do grupo, no

entanto, permaneceu a mesma: dar voz à cultura regional brasileira.

O trio se orgulha de unir em sua música o tradicional e o contemporâneo, mesclando expe-riência e juventude num repertório que mistura canções autorais e clássicos de nomes como Luiz Gonzaga e Dominguinhos.

Dió de Araújo, o fundador do trio, tem mais de 40 anos de carreira e a experiência de ter tocado com grandes nomes da música popular brasileira como Dominguinhos, Gilberto Gil e Maria Bethâ-nia.

Nascido em Escada (PE), desde muito cedo Dió ganhou o mundo em busca de oportunidades para apresentar sua música. Após passear por vá-rios outros ritmos, diz que se encontrou no auten-tico forró.

Hoje, ao lado dos fi lhos, faz do Trio Xamego o meio para levar ao seu público, formado por pes-soas de todas as idades, a vibração e a alegria do forró, fazendo uma média de dez shows por mês.

Miltinho Edilberto é um pesquisador da cultura popular. Há anos percorre o Bra-sil, procurando de Norte a Sul as mani-

festações autênticas, artistas populares inéditos, contadores de causos, violeiros e toda uma gama de pequenos focos de resistência cultural que ain-da lutam para preservar os sotaques, dialetos e os mais variados ritmos do país. São essas pesquisas que alimentam seu trabalho de compositor pre-miado, produtor e multi-instrumentista conside-rado um dos melhores violeiros do Brasil.

Com sua música multifacetada, Miltinho Edil-berto é uma das atrações da programação da Festa Junina do GAMT. Ele se apresenta sábado, 6 de ju-nho, às 21h. O show é gratuito. No palco, acompa-nhado por sua viola, mostra uma mistura de xaxa-do, baião e embolada.

Combinando a viola de 10 cordas com ritmos nordestinos, Miltinho foi um dos primeiros com-positores intérpretes não nordestinos a lotar casas noturnas de São Paulo com shows tocando com trios tradicionais de forró e bandas, dando início ao movimento que foi batizado como Forró Uni-versitário.

Sua trajetória é marcada por parcerias com grandes nomes da música regional. Entre shows e gravações, já dividiu trabalhos com Renato Teixei-ra, Rolando Boldrin, Almir Sater, Sergio Reis, Pena Branca, Arnaldo Antunes, Quinteto Violado, Do-minguinhos, Elomar, Xangai, entre outros. Além de ter músicas gravadas por nomes como Maria Bethânia e Maria Gadú, Trio Nordestino, entre ou-tros.

Em 1998, o seu CD “Viola que fala” recebeu o prêmio Sharp (Categoria Regional). O trabalho sintetiza de certa forma suas pesquisas e releituras musicais. Considerado pela crítica como um dos violeiros mais completos do Brasil, usou de seu virtuosismo sendo o primeiro a adaptar o hino na-cional brasileiro para a viola caipira infl uenciando e incentivando toda uma geração de grandes vio-leiros.

Atualmente, divide-se entre apresentações pelo Brasil e Europa e a gravação de um CD. Com o pro-jeto “Forró do Mundo”, o músico se apresentou em países como Alemanha, França, Holanda, Inglater-ra e Portugal, levando o autêntico forró brasileiro para festivais e casas de espetáculos.

Foto: Divulgação

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Tradição e modernidade se encontram no palco do Trio Xamego, grupo que reúne duas gerações de músicos que trabalham

em família celebrando e reverenciando a músi-ca brasileira. Formado pelo veterano zabumbeiro Dió de Araújo (zabumba e voz) e seus dois fi lhos, Demétrios (sanfona) e Felipe de Araújo (triângu-lo), o trio é um dos convidados da Festa Junina do GAMT e se apresenta dia 6 de junho, às 18h, abrindo a programação musical de sábado. O show é gratuito. Na sequência, às 21h, tem mais músi-ca boa no palco com o violeiro Miltinho Edilberto (leia mais na página seguinte).

O Trio Xamego tem mais de 30 anos de estrada e é apontado como um dos principais grupos de Forró Pé de Serra da região Sudeste.

Desde sua formação, em 1982, muitos músicos passaram pelo trio, como Chiquinho Alves, Quim de Oli, Zé Almeida entre outros grandes nomes do gênero, até chegar à formação atual com Dió, De-métrios e Felipe de Araújo. A marca do grupo, no

Foto: Divulgação

20 21GAMT 2015

TRABALHA PARA MANTERCARACTERÍSTICAS DO FORRÓ TRADICIONAL

TRIO DONA ZEFA

O Trio Dona Zefa, formado em Campinas há 12 anos, brinda seu público com o tra-dicional forró, herança da infl uência de

nomes como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Dominguinhos.

Com 12 anos de carreira, três CD’s e um DVD, o Trio Dona Zefa é uma das atrações da 30ª Fes-ta Junina do GAMT. A banda se apresenta dia 7 de junho, às 21h, com entrada franca (Rua Nações Unidas, 250, Jardim Santo Antônio, Caçapava).

Composto por Murilo Ramalho (zabumba), Danilo Ramalho (voz e triângulo) e Tom Silva (sanfona), o Trio Dona Zefa tem como caracterís-tica defender o tradicionalismo do forró de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Dominguinhos.

No repertório estão clássicos do forró e suces-sos como “Forró do Talarico” e “Vida Boa Danada”.

A banda está divulgando seu novo trabalho, intitulado “Beleza de Baile”. Segundo o grupo, o novo disco retrata uma viagem à década de 40 e foi gravado com instrumentos da música regional bra-sileira, com violão 7 cordas, cavaquinho, pandeiro, agogô, ganzá e guiro.

O mergulho no passado conta com composi-ções de Dominguinhos, Messias Holanda, Jackson

do Pandeiro, Anastácia e Luiz Gonzaga. Além do resgate musical, o disco “Beleza de Baile” também conta com o lançamento do disco em vinil. A arte que acompanha o disco foi desenhada a mão por Carlos Chagas, um dos maiores ilustradores bra-sileiros. A ilustração possui os mesmos padrões e técnicas dos cartazes de cinemas e propagandas da década de 40.

O nome do trio é uma homenagem à mãe de dois integrantes: Danilo Ramalho e Murilo Ra-malho.

O Trio Dona Zefa é sucesso por onda passa. Poucos anos após ser criado já tocava por todo o Brasil, frequentando os principais circuitos de for-ró. O grupo mostrou sua música também em ou-tros países, tendo feito duas turnês pela Europa, Palestina e Israel.

GAMT

tros países, tendo feito duas turnês pela Europa, Palestina e Israel.

Foto: Divulgação

22 23GAMT 2015

24 25GAMT 2015

MÚSICA DO VALE PARA O BRASILTEM QUE TER QUADRILHAKANAVIÁFESTA JUNINA

A Festa Junina do GAMT abre espaço tam-bém para músicos do Vale do Paraíba. No domingo, 7 de junho, a banda Kanaviá, de

Jacareí, mostra seu repertório dançante a partir das 19h, com entrada franca. Na sequencia, o Trio Zona Zefa, de Campinas, anima a festa com show às 21h (leia mais na página 20).

No show, a banda apresenta músicas que estão no DVD “Kanaviá – 13 anos – Ao Vivo”. O trabalho conta com participação especial de representantes do forró como Jorge Filho, do grupo Rastapé; Ricar-do Trip (Peixe Elétrico); Roberto (Trio Virgulino) e Dió de Araújo, Trio Xamego.

Formada em 2001 com o nome de Kana Kaya-na, a banda começou tocando em bares da região e participando de festivais de música. Desde então, percorre cidades do Vale do Paraíba, Sul de Minas, Litoral Norte e Espírito Santo.

Após algumas mudanças na formação original,

a banda mudou o nome para Kanaviá, passou a in-vestir em repertório próprio e seguiu fazendo shows, chegando a participar de duas edições do Festival Nacional de Forró de Itaúnas (ES), considerado o maior festival de Forró do Brasil, em 2003 e 2012. A boa performance no evento garantiu classifi cação e registro em CD nas duas edições de que participou.

As quadrilhas são uma manifestação tradi-cional muito presente nos festejos juninos. De origem inglesa com forte infl uência da

cultura francesa, a dança foi introduzida no Brasil no Século 19. No Estado de São Paulo, as quadri-lhas juninas remetem à tradição da cultura caipira da região e perduram como uma importante mani-festação popular.

A programação da Festa Junina do GAMT mantém essa tradição com a participação de vários grupos convidados.

Uma parceria entre o GAMT e o Instituto de Educação Renascença, de Caçapava, reúne há qua-se 30 anos grupos de dança formados por alunos da escola com apresentação de quadrilhas conven-cionais, dança da fi ta e outras tipicamente brasi-leiras. Neste ano, a apresentação será no dia 13 de junho, a partir das 15h.

A programação conta ainda com grupos convi-dados como a famosa quadrilha “Carunxú di Mio”, de Queluz. O Grupo se apresenta dia 13, às 20h.

A quadrilha foi formada em 2004 para repre-sentar a cidade no 1º Concurso de Quadrilhas de Queluz. Após 10 anos, fi cou conhecida na região e passou a participar de concursos e festas popula-res, recebendo diversos prêmios.

Entre as principais apresentações da quadrilha, destacam-se os programas de TV, “Sabor e Vida”,

na TV Aparecida (2011), “Bem da Hora”, na TV Canção Nova (2011) e o “Viola Minha Viola”, com Inezita Barroso”, na TV Cultura, em dois especiais juninos: em 2013 e 2014.

Outra quadrilha convidada da festa é a Lua Bailarina, de Caçapava, que se apresenta dia 6, a partir das 20h.

QuadrIlha lua BaIlarIna

QuadrIlha renasCença

grupo CarunXÚ dI mIo em apresentação na tv Cultura

Foto: Divulgação/Kanaviá

Foto: TV Cultura

Foto: NDC/GAMT

Foto: NDC/GAMT

26 27GAMT 2015

SHOW É UMA VIAGEMPELA MÚSICA RAIZ

MARIANGELA ZAN

Mariangela Zan é cantora, compositora, produtora e faz um importante trabalho de pesquisa com a música raiz. O resul-

tado desses estudos pode ser conferido no show “Viagem pela Música Raiz” que a artista mostra em Caçapava no dia 13 junho, a partir das 22h, na programação da Festa Junina do GAMT.

Estudiosa da música brasileira, em especial da cultura raiz caipira, Mariangela Zan mostra ao pú-blico a riqueza de nosso folclore com canções tra-dicionais eternizadas nas vozes de grandes nomes do segmento.

Segundo ela, o show é um alegre espetáculo feito para animar pessoas de todas as idades que apreciam a verdadeira música caipira.

O roteiro da apresentação inclui grandes su-cessos do cancioneiro popular brasileiro - arrasta-pés, vanerões, rasqueados, toadas, baiões e forrós. “Músicas que todo mundo gosta e sabe de cor”, ex-plica ela.

Filha do sanfoneiro e compositor Mário Zan, considerado o Rei das Festas Juninas, Mariangela conviveu com os grandes compositores desse gêne-ro musical, sempre ouvindo histórias e “causos” so-bre suas viagens e também sobre as composições.

Juntando com as histórias que ouvia de seu pai, a artista começou a mergulhar nos LP’s e livros sobre música caipira. Desde Cornélio Pires até os

tempos atuais. Esse conhecimento, aliado à paixão que tem pela música raiz, resultou no trabalho que hoje ela apresenta em shows por todo o Brasil, uma clara homenagem ao pai.

Mário Zan fi cou famoso por suas canções típi-cas das festas juninas. Duas de suas criações ultra-passaram as fronteiras brasileiras: “Nova Flor”, gra-vada em inglês, espanhol e em alemão, e o “Hino do Quarto Centenário de São Paulo”, parceria com J.M. Alves. Interpretando esta música, Mariange-la se apresentou para cerca de 600 mil pessoas em 2011, durante show em homenagem ao aniversário de 457 anos de São Paulo, dividindo o palco com o grupo Falamansa.

Além do trabalho como cantora e composito-ra, Mariângela Zan é também produtora. Ela tra-balhou produzindo programas de televisão sobre música raiz e programas de rádio, atuando como programadora e locutora, sempre valorizando a música raiz.

Durante o show no GAMT, Mariangela pro-mete homenagear um dos grandes ícones da mú-sica raiz: Inezita Barroso. O tema escolhido para a homenagem é a conhecida “Marvada Pinga”, ou “A Moda da Pinga”. de Cunha Jr. A música foi gra-vada por Inezita Barroso nos anos 50 e virou uma espécie de hit da música caipira (leia mais sobre a homenagem a Inezita Barroso nas páginas 10 e 11).

O Trio Virgulino, que é referência para trios e grupos de forró por todo o Brasil, é um dos convidados da Festa Junina do GAMT e faz

show dia 12 de junho, às 21h, com entrada franca.Com mais de 30 anos de carreira, o trio forma-

do por Enok Virgulino (vocal/acordeon), Roberto Pinheiro (zabumba) e Adelmo (triângulo/vocal) faz parte da história do forró.

Com uma média de 20 apresentações por mês, está divulgando o repertório no novo CD, “Vida de Forró”, gravado de forma independente. “A vantagem é que é um investimento nosso e podemos vender o CD mais baratinho para o nosso público”, diz Enok Virgulino.

O novo CD marca a parceria de Enok com dois de seus fi lhos, Rafael e Jonas, nas composições. Nes-ses 30 anos de carreira, o grupo já dividiu palco com nomes como Caetano Veloso, Elba Ramalho, Do-minguinhos e Osvaldinho do Acordeon.

A programação da Festa Junina do GAMT terá na noite de sábado, 13 de junho, dois shows: às 18h, abre espaço para a músi-

ca nordestina de Tiziu do Araripe. Na sequência, às 21h, o palco é da cantora Mariangela Zan (leia mais sobre o show de Mariangela na página 27).

Tiziu do Araripe é um legítimo representan-

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tempos atuais. Esse conhecimento, aliado à paixão que tem pela música raiz, resultou no trabalho que hoje ela apresenta em shows por todo o Brasil, uma

Mário Zan fi cou famoso por suas canções típi-cas das festas juninas. Duas de suas criações ultra-passaram as fronteiras brasileiras: “Nova Flor”, gra-vada em inglês, espanhol e em alemão, e o “Hino do Quarto Centenário de São Paulo”, parceria com J.M. Alves. Interpretando esta música, Mariange-la se apresentou para cerca de 600 mil pessoas em 2011, durante show em homenagem ao aniversário de 457 anos de São Paulo, dividindo o palco com o

Além do trabalho como cantora e composito-ra, Mariângela Zan é também produtora. Ela tra-balhou produzindo programas de televisão sobre música raiz e programas de rádio, atuando como programadora e locutora, sempre valorizando a

Durante o show no GAMT, Mariangela pro-mete homenagear um dos grandes ícones da mú-sica raiz: Inezita Barroso. O tema escolhido para a homenagem é a conhecida “Marvada Pinga”, ou “A Moda da Pinga”. de Cunha Jr. A música foi gra-vada por Inezita Barroso nos anos 50 e virou uma espécie de hit da música caipira (leia mais sobre a homenagem a Inezita Barroso nas páginas 10 e 11).

Foto: Divulgação/Beatriz Borges

GRUPO FAZ PARTE DA HISTÓRIA DO FORRÓ

MESTRE DO FORRÓ PÉ DE SERRA

TRIO VIRGULINO

TIZIU DO ARARIPE te do Forró Pé de Serra. Sanfoneiro, zabumbeiro, compositor, o músico iniciou a carreira em Forta-leza (CE) aos 15 anos. Nos anos 70, mudou para São Paulo, onde tocou nos principais redutos do forró e participou de trabalhos com Carmélia Al-ves, a “Rainha do Baião”, Martinho da Vila, Do-minguinhos, Nelson Ned, Reginaldo Rossi, Luiz Vieira e Luiz Gonzaga.

Em 1976, criou o Trio Nortista. Tempos de-pois seguiu em carreira solo até formar, em 1998, o Trio Araripe, que fi cou junto por 10 anos. Em carreira solo mais uma vez, Tiziu lançou o trabalho “Eu Gosto Disso” e tem em seu nome mais de 200 composições gravadas. No show, Tiziu canta suas próprias composições além de interpretar músicas de autores como Alceu Valença, Luiz Gonzaga, Ary Lobo, Trio Nordestino e Jackson do Pandeiro.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

28 29GAMT 2015

Ao completar 40 anos, o GAMT (Grupo de Assessoria e Mobilização de Talentos) re-força o seu compromisso com a comunida-

de de Caçapava e, principalmente, com as crianças e jovens do município e região, em atuar de forma estratégica e sensível para o despertar de talentos.

Foram quatro décadas dedicadas ao estudo, ex-perimentação e implementação de projetos e me-todologias para transformar a instituição em um lugar de encontro. Essa perspectiva está desenhada em cada iniciativa apresentada para os atendidos, instituições e parceiros, desenvolver propostas ca-pazes de unir qualifi cação e sonhos.

Acreditamos que a construção conjunta de conhecimento é essencial para o despertar da au-tonomia e autoconfi ança, mas precisa está intrin-secamente ligada a uma educação para o humano, com suas porções de desejos, tão presentes na vida do jovem. Esse equilíbrio é essencial para manter-mos um espaço repleto de oportunidades que pos-sibilitem para o educando sua descoberta, profi s-sional e, principalmente, pessoal.

Desejamos, cotidianamente, que as palavras e estímulos utilizados em nossas ações, possam ser-vir como incentivo para que o educando trilhe seu caminho para o bem, compartilhando o conheci-mento construído, criando e conectando sua rede de boas práticas.

Nesses 40 anos de atuação, foram atendidas mais de 27 mil pessoas entre crianças e jovens. Nas diversas histórias já criadas e em todas que ainda irão surgir, mantemos a nossa responsabilidade em acompanhar conceitos, inovações educacionais e tecnologias sociais que agreguem qualidade, asser-tividade e a discussão de políticas públicas.

A Orquestra Popular do GAMT é resultado de projetos de iniciação musical desenvolvidos na instituição. O grupo representa a música regional no encerramento

da Festa Junina dia 14, às 21h.Com coordenação musical do compositor Almir Mello,

o grupo reúne músicos profissionais e ex-alunos das oficinas dos projetos culturais do GAMT.

O projeto Meninos do GAMT, com oficinas de música e danças populares, possibilitou aos jovens a oportunidade de se apresentarem para o grande público como músicos profis-sionais.

O grupo apresenta um repertório composto por marchi-nhas, frevos, maracatus e sambas.

A orquestra já se apresentou em eventos como a Festa São João de Caçapava, Revelando São Paulo e em diversas festas da cultura popular na região.

UM LUGAR DE ENCONTROpor CassIos nogueIra

GAMTEssa edição comemorativa marca a projeção

de novos desafi os. Os vários projetos / iniciativas aqui apresentados, vem transformando o nosso território de atividade. A ampliação de nosso aten-dimento, a partir do planejamento, provocação de profi ssionais e parcerias efetivadas, possibilita o compartilhamento das metodologias, já utiliza-das, para um maior número possível de pessoas. A Região do Vale do Paraíba se tornou realidade em nosso escopo de atuação.

Por fi m, gostaríamos de registrar o nosso pro-fundo agradecimento a todas as crianças, os jo-vens, os parceiros, os voluntários, os profi ssionais, os pais, que vivenciaram suas experiências em nosso espaço de criação, que acreditaram e acre-ditam no GAMT, nas oportunidades criadas, para continuarmos a exercer o nosso papel; um lugar de encontro.

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Acreditamos que a construção conjunta de conhecimento é essencial para o despertar da au-tonomia e autoconfi ança, mas precisa está intrin-secamente ligada a uma educação para o humano, com suas porções de desejos, tão presentes na vida do jovem. Esse equilíbrio é essencial para manter-mos um espaço repleto de oportunidades que pos-sibilitem para o educando sua descoberta, profi s-sional e, principalmente, pessoal.

Desejamos, cotidianamente, que as palavras e estímulos utilizados em nossas ações, possam ser-vir como incentivo para que o educando trilhe seu caminho para o bem, compartilhando o conheci-mento construído, criando e conectando sua rede

Nesses 40 anos de atuação, foram atendidas mais de 27 mil pessoas entre crianças e jovens. Nas diversas histórias já criadas e em todas que ainda irão surgir, mantemos a nossa responsabilidade em acompanhar conceitos, inovações educacionais e tecnologias sociais que agreguem qualidade, asser-tividade e a discussão de políticas públicas.

os pais, que vivenciaram suas experiências em nosso espaço de criação, que acreditaram e acre-ditam no GAMT, nas oportunidades criadas, para continuarmos a exercer o nosso papel; um lugar de encontro.

CassIos nogueIra É JornalIsta, Coordenador do nÚCleo de

Formação e programas e do NDC (NÚCLEO DIAPORAMA DE

COMUNICAÇÃO) DO GAMT

GRUPO É RESULTADO DE PROJETO MUSICAL

ORQUESTRAPOPULAR DO GAMT

Foto: Divulgação

30 31GAMT 2015

40anosCONTRIBUINDO PARA O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS

E JOVENS DE CAÇAPAVA

PORTFÓLIODE PROJETOS

EM 40 ANOS DE ATUAÇÃO EM CAÇAPAVA, O GAMT CONTRIBUIU

POSITIVAMENTE NA VIDA DE MAIS DE 27 MIL PESSOAS. BENEFICIA,

ANUALMENTE, 700 PESSOAS DISTRIBUÍDAS NA FAIXA ETÁRIA DE 8 A 29 ANOS, POR MEIO DA EXECUÇÃO

DOS SEGUINTES PROGRAMAS:

GAMT: 40 ANOS

O GAMT – Grupo de Assessoria e Mobili-zação de Talentos comemora em maio o aniversário de 40 anos de atividades em

Caçapava, focando sua atuação no desenvolvi-mento de ações capazes de oferecer novas possi-bilidades de formação para crianças e jovens, de 8 a 29 anos de idade.

O GAMT foi fundado 1975, em Caçapava, por iniciativa da Assistente Social Zélia Madu-reira com a proposta de: ” (…) educação e reedu-cação de menores de ambos os sexos, proporcio-

nando-lhes, dentro das possibilidades, mas de forma efi-ciente, completa assistência social e educacional, esta última, essencial-mente profissiona-lizante (...), sob a vigência do Código de Menores.”

Conforme des-crito na Ata Nº 1 de 18 de abril de 1975,

foi designado o Dr. Edmir Viana de Moura para a redação do primeiro Estatuto do Grupo de As-sistência ao Menor Trabalhador, aprovado em 8 de maio de 1975.

A primeira reunião do grupo aconteceu no salão do Tribunal do Júri da Comarca de Caça-pava, onde estavam presentes e assinaram a ata: Priscila Cerqueira Lima (Assistente Social); Zé-lia de Souza Madureira (Assistente Social); An-gelo Pereira Basile (Curador de Menores); Elviro Moura (Presidente do Comte); Cel. Ary Ronco-ni Montinho (Presidente da APAE); Domingos Machado de Oliveira (Comissários de Menores); Ney Gomes de Oliveira (Vereador e Comissário de Menores); Antonio Galvão Vitor; Aldo Ver-

di; Jorge Leite Soa-res (Vereador); Cyro Manoel Cembranelli (Vereador e presiden-te da Guarda-Mirim); e Edmir Viana de Moura (Prefeito Mu-nicipal).

Muitas pessoas, entre profissionais e voluntários, partici-param e contribuí-ram com a história do GAMT, mas é impor-tante destacar o lega-do deixado por Zélia Madureira, Edeuzita Ribeiro Gobbi, Ro-berval Ribeiro da Luz e Amadeu Bernardo Ma-galhães, voluntários perseverantes e grandes em-preendedores.

O ano de 2011 foi um marco na atual visão da organização. A começar pela alteração reali-zada na denominação do GAMT passando a ser “Grupo de Assessoria e Mobilização de Talen-tos”, vindo a reforçar nosso foco de atuação na educação integral, por meio da oferta de oportu-nidades para que crianças, adolescentes e jovens possam desenvolver seus talentos. Uma segun-da ação importante foi a de ampliarmos nossa área de atuação, passando a desenvolver ações nas cidades de Aparecida, Cunha, Guararema, Jambeiro, Natividade da Serra, Santa Branca e São José dos Campos.

No ano de 2012, o projeto de Esporte Educacional – “Ponto de Encontro Esporte” foi um dos 32 projetos selecionados, entre mais de 800 concorrentes de todo o Brasil, na Seleção Pública de Proje-

Programa de AprendizagemInserção de jovens de 16 a 20 anos no mercado

de trabalho por meio de contratos de aprendizagem, pautando-se pela Lei da Aprendizagem.

Jovens UrbanosO público alvo são os jovens na faixa etária de 16 a 21

anos, com carga horária de 360 horas de formação distri-buída em ofi cinas técnicas e temáticas. A proposta é fazer com que o jovem “expe-rimente” uma série de atividades ao longo do programa, ampliando seus conhecimentos em áreas como novas tec-nologias, cultura, edu-cação, cidadania e urba-nismo para facilitar suas escolhas para entrada no mundo do trabalho. (Mais informação na página 33).

tos de Esporte da Petrobras.No início de 2013, o GAMT, o Itaú Social e

o CENPEC – Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária estabe-

Ponto de Encontro Esporte EducacionalAtendimento de crianças e adolescentes, de 8 a 17

anos de idade, por meio da implantação de núcleos de esporte educacional em Caçapava para a promoção de prática esportiva em modalidades coletivas e individu-ais, e atividades educacionais e culturais realizadas no contra turno escolar. (Mais informação na página 34).

NDC - Núcleo Diaporama de ComunicaçãoOfi cina experimental de vídeo: tem como objetivo

oferecer uma visão geral sobre o passo a passo da pro-dução audiovisual e sua relação direta com o fortale-cimento da capacidade de expressão e criatividade do jovem. O público alvo são os jovens na faixa etária de 16 a 29 anos de idade. (Mais informação na página 36).

GAMT 2015

da organização. A começar pela alteração reali-zada na denominação do GAMT passando a ser “Grupo de Assessoria e Mobilização de Talen-tos”, vindo a reforçar nosso foco de atuação na educação integral, por meio da oferta de oportu-nidades para que crianças, adolescentes e jovens possam desenvolver seus talentos. Uma segun-da ação importante foi a de ampliarmos nossa área de atuação, passando a desenvolver ações nas cidades de Aparecida, Cunha, Guararema, Jambeiro, Natividade da Serra, Santa Branca e

No ano de 2012, o projeto de Esporte Educacional – “Ponto de Encontro Esporte” foi um dos 32 projetos selecionados, entre mais de 800 concorrentes de todo o Brasil, na Seleção Pública de Proje-

leceram uma parceria para que a metodologia do Programa Jovens

Urbanos fosse transferida para o GAMT, com o objetivo de aprimo-

rar o trabalho junto aos jovens e ampliar suas capacidades de in-

fl uenciar as políticas públicas para juventude.

Foto: Arquivo GAMT

Foto: NDC/GAMT

Foto: NDC/GAMT

Foto: NDC/GAMT

em 2011, gamt muda denomInação para grupo de assessorIa e

moBIlIzação de talentos

32 33GAMT 2015

PREPARANDO UM FUTURO PROMISSOR

GAMT REPLICA METODOLOGIA PARAREGIÃO DO VALE DO PARAÍBA

O Programa de Aprendizagem Jovens Talentos do GAMT contribui anualmente para a for-mação de cerca de 50 adolescentes e jovens

de Caçapava, oferecendo aos aprendizes capacitação profissional como etapa do seu processo educativo. A metodologia adotada permite o crescimento global dos jovens, através de aulas participativas e integradas com os diversos aspectos do trabalho vividos no dia a dia da empresa, com objetivo de preparar o jovem para a inserção no mercado de trabalho.

O Programa oferece capacitação gratuita a jo-vens de 16 a 22 anos de idade, que são treinados e encaminhados para empresas parceiras do GAMT, na condição de aprendizes. Os contratos têm dura-ção de 16 meses.

As empresas parceiras do GAMT para o desenvol-vimento do programa são: Lear, TW Espumas, Pilkin-gton, Simoldes e Viapol.

No GAMT, os aprendizes participam do curso “Arco Ocupacional Administrativo”, cujo programa aborda temas como introdução a conhecimentos sobre

Após realizar duas edições do Programa Jo-vens Urbanos em Caçapava, com o aten-dimento de 120 jovens, o GAMT inicia

a 3ª edição em 2015 com dupla função. Além de executar, passa a replicar a metodologia do Pro-grama para a RM Vale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba).

O Programa Jovens Urbanos é executado pelo GAMT em parceria com a Fibria e o Instituto Vo-torantim, a partir de iniciativa da Fundação Itaú Social com coordenação técnica do Centro de Es-tudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC).

A iniciativa caracteriza-se por um conjun-to de ações de formação para jovens de 16 a 21 anos de idade, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento integral dos participantes e possibilitar aumentar as opções para escolha de uma profissão, facilitando a entrada no mundo do trabalho.

Estreitando a parceria entre Fundação Itaú Social, CENPEC e GAMT, que teve inicio em 2013, a gestão do Programa na instituição passa a atuar em conjunto com técnicos do CENPEC na formação dos educadores. Estão previstos 12 encontros neste ano. O Programa conta com três

auxiliar de escritório, almoxarife, contínuo e assistente administrativo. Participam também de aulas de cida-dania e projeto de vida, matemática, língua portuguesa e informática.

Os jovens Clayton Oliveira, 17 anos, e Gabriel Al-bertoni, 18 anos, conseguiram estágio em suas empre-sas por conta do Programa de Aprendizagem Jovens Talentos do GAMT. Gabriel Albertoni conseguiu es-tágio com apenas 9 meses de contrato na Pilkington. Ele conta que as atividades realizadas no Programa o ajudaram a entender o funcionamento das empresas, a importância do trabalho em equipe e como ser mais responsável na vida profissional e pessoal: “Aprendi a lidar melhor com a cobrança que existe dentro de uma empresa, consegui amadurecer e dividir meu tempo com o trabalho, estudo e lazer. Sou muito grato ao GAMT por me abrir essa porta para que me fizesse buscar um futuro na área profissional”, diz ele.

Clayton Oliveira, que atualmente está na Pilking-ton, também reforça que o Programa de Aprendiza-gem o ajudou a entrar no mercado de trabalho e me-lhorar sua comunicação na vida profissional e pessoal. “Sinto-me preparado para lidar com qualquer situação dentro da empresa. Outro fator que me ajudou muito foi saber controlar minha timidez, melhorar minha co-municação física e escrita”, afirma.

De acordo com a coordenadora do Programa no GAMT, Juliana Ferro, a aprendizagem é uma grande orientação vocacional, na qual os conhecimentos prá-ticos das profissões permitem aos jovens se identifica-rem e fazerem suas escolhas. A coordenadora também destaca que, para um aprendiz ser diferenciado dentro da empresa, ele precisa ser aplicado, investir em estudo, mostrar que quer crescer e aprender.

Para Juliana Ferro, o melhor retorno que o GAMT recebe das empresas são as efetivações, que acontecem ao final do contrato ou até mesmo antes.

Foto: NDC/GAMT

educadores. Segundo o coordenador do Programa no

GAMT, Fredy Matos, a partir dessa perspectiva de formação e ampliação de rede de parceiros, o Jovens Urbanos estendeu em 2015 sua atuação para o bairro Santa Luzia, distante 6 km do centro de Caçapava.

turma do programa Jovens urBanos no BaIrro santa luzIa

turma do programa Jovens urBanos no gamt

Foto: Willian Monteiro

Foto: NDC/GAMT

Dos 80 inscritos, 60 jovens participam das ati-vidades na sede do GAMT. Outros 20 jovens inte-gram o grupo de atendidos no bairro Santa Luzia por meio de uma parceria entre o GAMT e a co-munidade local. No bairro, as aulas são realizadas no Salão da Igreja Nossa Senhora das Graças.

A intenção é replicar a metodologia para ou-tras cidades da região. No final de 2013, após a finalização da segunda edição do Jovens Urbanos, o GAMT publicou a sistematização da experiên-cia do Programa em Caçapava. Foram produzi-das duas versões: uma impressa, “Jovens Urbanos - Tecendo diálogos para a formação do jovem”, com o objetivo de dar visibilidade às ações do Pro-grama; e uma online, “Jovens Urbanos - Articu-lando tecnologias sociais para o desenvolvimento integral do jovem”. Ambas estão disponíveis para download no site do GAMT (www.gamt.org.br)

grupo de aprendIzes do gamt na vIapol

34 35GAMT 2015

Há 10 anos, através de uma divulgação feita na minha escola, cheguei ao GAMT. Na ocasião, com 13 anos, fui interessada em conhecer e

participar de alguns cursos oferecidos pela entidade. Consegui uma vaga e com o passar do tempo fui me envolvendo com projetos, conquistei meu primeiro emprego em uma grande empresa, através do Progra-ma de Aprendizagem, e vivi grande parte de minha adolescência naquele quintal e salas. Participei de fes-tas, fi z grandes amizades, cresci... e quando percebi, vá-rios anos já haviam se passado com o GAMT fazendo parte de minha história.

Era 2010, a maioridade se aproximava e a despedi-da chegou. Carregando valores e conhecimentos que a instituição me deu, sai dali já correndo atrás dos meus sonhos e da minha identidade. Comecei a estudar Jor-nalismo, construir minha carreira, mas sem esquecer tudo que havia ali vivido e também sem deixar o nome GAMT se apagar da memória. Como? Continuan-do todo ano a frequentar a tradicional festa junina, a a c o m p a - nhar as notícias sobre a instituição... mes-

mo de longe, devido a gratidão, observava o GAMT crescer.

Enfi m, o último ano da faculdade chegava e jun-tamente com ele, a obri-

gação do Trabalho de Conclusão de Curso, o

temido TCC. Assim minha vida se viu novamente ligada ao GAMT. Em uma indecisão sobre o

Entre 2013 e 214, 440 crianças e adolescentes de Caçapava, de 8 a 17 anos de idade, foram benefi ciados com as atividades do Proje-

to Ponto de Encontro Esporte, uma realização do GAMT com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Esporte e Cidadania.

Quatro núcleos de esporte educacional foram implantados em bairros de Caçapava para promo-ção de atividades esportivas em modalidades cole-tivas e individuais, além de atividades educacionais e culturais realizadas no contraturno escolar.

Agora, o projeto terá uma nova etapa porque foi aprovado na Seleção Pública de Projetos de Es-porte Educacional da Petrobras para ser desenvol-

vido por mais 24 meses.A seleção é uma iniciativa estratégica que visa

democratizar o acesso de organizações sociais, em todo o País, aos investimentos em projetos que promovam a inclusão social por meio de ativida-des esportivas para crianças e adolescentes, alinha-dos aos princípios de inclusão, construção coletiva, educação integral, diversidade e autonomia.

No total, foram inscritos 1.421 projetos. Apenas 34 foram aprovados. A nova etapa do projeto do GAMT prevê o atendimento de 720 crianças e adolescentes com modalidades de es-porte educacional, atividades educacionais e so-cioculturais.

tema escolhido para o trabalho acadêmico, formato, entre milhões de ideias, surgiu o livro. Eu que já havia vivido 5 bons anos, como menor aprendiz, pratica-mente uma criança, me via agora com a responsabili-dade e honra de tentar traduzir em palavras como uma jornalista prestes a se profi ssionalizar, toda a história da instituição que não só formou a mim, como a centenas de outros adolescentes.

O medo bateu, mas atraída pelo desafi o, resolvi contar essa trajetória. Mas por onde começar? Essa foi a primeira pergunta feita, logo acompanhada de outras. Como con-densar em poucas páginas 40 anos? Como conciliar um livro memorial com detalhes acadêmicos? Como en-contrar boas fontes? Onde estão as fotos? Como resumir tantas histórias?

As perguntas foram muitas e durante um ano tentei respondê-las. Respondê-las ao meu orientador, à banca, às pessoas que fi zeram parte do GAMT... responder a mim mesma.

Foram inúmeras histórias conta-das e ouvidas, incontáveis noites mal dormidas, mui-tas idas ao GAMT, outras tantas fotos reviradas.

Tive à minha disposição o “baú” da instituição e a parte mais preciosa, a lembrança das pessoas. Pude ,enfi m ,conhecer os 40 anos da instituição. E se an-teriormente, 5 deles eu considerava como meus, por tudo que havia vivido até ali, hoje com essa experi-ência posso dizer que mergulhar nessa história me trouxe a impressão de ter participado de tudo desde o início.

Aliás, a palavra-sinônimo começo, parece mes-mo pertencer ao GAMT e ao que ele se destina. Fa-lando por mim, a palavra representa tudo que vivi e resume bem a minha história nessa instituição que sempre me possibilitou um (re)começo.

Parabéns GAMT! Obrigada por ser um marco em minha vida em diferentes momentos/épocas, pe-los seus ideais e por ser uma força na cidade de Ca-çapava que auxilia tantos jovens e adolescentes, que hoje se parecem tanto com o que fui há 10 anos.

DE UMA EX-ALUNA DO GAMT

PROJETO UNE ATIVIDADES ESPORTIVAS E EDUCACIONAIS

por edIlaIne apolInÁrIo

RELATOS

2015

a c o m p a - nhar as notícias sobre a instituição... mes-mo de longe, devido a gratidão,

observava o GAMT crescer. Enfi m, o último ano da

faculdade chegava e jun-tamente com ele, a obri-

gação do Trabalho de Conclusão de Curso, o

temido TCC. Assim minha vida se viu novamente ligada ao GAMT. Em uma indecisão sobre o

edIlaIne apolInÁrIo É JORNALISTA, EX-ALUNA DO GAMT, autora do lIvro “gamt: 40 anos de transFormação soCIal”

Foto: NDC/GAMTFoto: NDC/GAMT

Foto: NDC/GAMT

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Edilaine Apolinário

36 37GAMT 201536 GAMT

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ESPAÇO DE INTERAÇÃO E DIÁLOGO

NÚCLEO DIAPORAMA DE COMUNICAÇÃO

Há 9 anos, o desenvolvimento das ofi ci-nas de audiovisual do GAMT garantiu a base do que hoje é vivenciado na linha

formativa do NDC (Núcleo Diaporama de Co-municação). O Núcleo tem como objetivo prin-cipal possibilitar um espaço real de interação e diálogo. Essa perspectiva é norteada a partir do uso do conceito de Educomunicação e suas prá-ticas. O público alvo da iniciativa são os jovens na faixa etária de 16 a 29 anos de idade. O NDC busca promover um espaço de discussão capaz de motivar os jovens a expressarem suas ideias, criar refl exões a respeito do seu próprio cotidiano, aprimorar e alimentar o senso crítico, seja através do olhar diferenciado sobre os meios de comuni-

cação ou do fortalecimento da autoestima através do debate participativo. Foto: NDC/GAMT

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