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S A Ú D E | B E M - E S T A R | E S T I L O D E V I D A | C U LT U R A | G A S T R O N O M I A | B E L E Z A

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LUCIANAMELLO

Cantora, mãe, atriz: multitalentosa, a

estrela brilha!

OSTEOPOROSESaiba como preservar a saúde dos ossos

CUIDADOS COM A PELEna terceira idade

GRAVIDEZSAUDÁVEL

O cardápio ideal para os

nove meses de gestação

A REVISTA DA DROGARIA SÃO PAULO EDIÇÃO 47 DEZ 2013/JAN 2014

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EDITORIAL

SANDRA TESCHNERPUBLISHER

[email protected]

www.profashional.com

www.blogprofashional.com

Sandra Teschner

@SandraTeschner

Encantamento e magia. Esses são os temas desta estação, que traz as festas familiares e o calor do sol para emoldurar a paisagem das férias. Afeto traduz os gestos deste tempo, que retrata um espírito mais disponível para o outro e cria uma atmosfera de luz, independente de sua crença, e algumas vezes podemos até mesmo sentir o toque da vida, que pulsa mais feliz.

Para celebrar este momento, uma artista completa, que desde criança nos encanta com sua voz e seu carisma: Luciana Mello fala de sua carreira, seus projetos, dos filhos – Nina e Tony (que está para chegar) –, da vida em família e do quanto a música é importante para ela.

O compartilhar fica mais forte nesta época do ano. Por isso, trouxemos para as páginas da sua revista Ponto de Encontro uma matéria que conta tudo sobre os Médicos Sem Fronteiras, que há 40 anos prestam ajuda humanitária a vítimas em situação de emergência, em todo o mundo. Fique ligado!

Outro assunto bastante importante, principal-mente para o universo feminino, é a saúde dos

ossos. Saiba o que é a osteoporose e quais são as maneiras de prevenir e tratar esse problema tão frequente.

E você sabe como funciona o cérebro de um adolescente? Saiba como lidar com seu filho nessa fase de tantas descobertas.

O verão chegou também para a turma da melhor idade que quer saber quais são os cuidados para ter uma pele sempre rejuvenescida.

Cultura, saúde, boa alimentação e muito mais aguardam você!

Um superbeijo, e aproveite a estação do sol para desfilar o seu brilho por aí.

“Ser feliz sem motivo é a forma mais autêntica de felicidade.”(Carlos Drummond de Andrade)

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SUMÁRIO

EXPEDIENTE

Publisher Sandra Teschner

Diretor Executivo Gabriel Sales

Diretora de Projetos EspeciaisDio Jaguarível

Gerente do Núcleo de Jornalismo Adriana Rosa – MTB 47.337

Gerente de DesignAlice Hecker

Departamento ComercialMárcia [email protected]

WebRicardo Cerdan

Atendimento ao Leitor [email protected] Av. Jandira, 843 – Moema – São Paulo/SP Fone/Fax: (11) 5051-4084 www.profashional.com

Conselho EditorialAdriana Rosa, Cátia Alves, Fabiana Oliveira, Karina Oliveira, Lilian Tra-vaglioni Nezi, Luanda Silva, Rafael Medeiros, Sandra Teschner e Tuca Sardinha

Editora InterinaMaria Helena Bellini

Direção de Arte Claudia Carvalho

DesignersAnalu Ferreira, Danielle Lima, Kathe-rine Gomes e Marco Túlio Grandi

Jornalistas Ana Carolina Contri, Fernanda Men-donça e Mirella Stivani

RevisãoTatiana Lopes

Colaboradores Angela Shimuta, Carla Bortoloto,

Cláudio Coelho, Contardo Calligaris, Cristiane Braga Lopes Kanashiro, Eli-sabeth Romar, Fabrício Nascimento, Márcia Helena Andréa, Paulo Sérgio Camargo, Renata Ribeiro, Susana de Deus, Talita Ribeiro Costa Alves, Ta-tiana Camacho Barão, Valcinir Bedin e Wilmar Accursio

[email protected]

A revista Ponto de Encontro é uma pu-blicação da Profashional Editora Ltda., sob licença da Drogaria São Paulo, di-rigida aos seus clientes e distribuída em suas fi liais. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da revista, da Editora ou da Drogaria São Paulo. Não é permitida a reprodu-ção das matérias nem dos artigos.

Tiragem: 600.000 exemplares

Sac 0800 015 2070

ESPAÇO DO LEITORCríticas, sugestões e depoimentos

ESPAÇO CONSCIENTEMédicos SemFronteiras

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24CRIANÇA NA ÁREAOs mistérios da adolescência

NUTRE+AÇÃOAlimentação na gravidez

VELHOS COSTUMES Descubra traços da personalidade pela grafologia

ARTIGO Qual romancevocê está lendo?

MELHOR IDADECuidados essenciais com a pele

DE FRENTE PARA O ESPELHOAxilas claras, claro!

POSITIVOA saúde dos ossos

20LUCIANA MELLOEstrela de primeira grandeza

34CURTAS E QUENTESDicas divertidas para toda a família

36ÁGUA NA BOCARisoto de carne seca,agrião e ponkan

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FINAL FELIZFrases inspiradoras de nossos leitores

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VIDA SIMPLESCasa limpa, vida saudável

PublicidadeDrogaria São Paulo

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ESPAÇO DO LEITOR Aqui é o espaço para você enviar comentários, sugestões e perguntas.Participe e faça com que a nossa Ponto de Encontro fi que cada vez melhor. Estamos aguardando o seu e-mail: [email protected]

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Olá,Gostaria de para-benizá-los pelas ótimas matérias da edição de outubro/novembro da Ponto de Encontro. Em es-pecial: “Seja sempre o melhor exemplo” e a entrevista com Mau-ricio de Sousa. Parabéns! Abraços.ANDRESSA A. SILVA Por e-mail

Primeiramente gostaria de elogiar essa revista. Adoro todas as maté-rias, mas a minha parte preferida dessa publicação é a seção dos poemas...NORBERTA VALENTIM Por e-mail

Quero dar os parabéns pela revis-ta Ponto de Encontro. Da primei-ra à última página, há informações que nos encantam, nos divertem e nos colocam para refl etir so-bre a vida. Adorei especialmente o “Final feliz”, espaço reservado para as poesias.TEREZINHA ACHILLES Por e-mail

Essa publicação está cada vez me-lhor. Sempre que vou comprar os meus medicamentos, a primeira coisa que faço é saber se já saiu a nova edição da Ponto de En-contro. Gostei especialmente da revista de outubro/novembro. Está um arraso! As matérias sobre o universo virtual, “Cardápio da ale-gria” e “Seja sempre o melhor exemplo” são estupendas lições de vida. O que mais me impres-sionou, no entanto, foi a entrevista

Olá! Fiquei encantada com a re-vista Ponto de Encontro, que há pouco tempo fi quei conhecendo.Um grande beijo para todos os responsáveis pela revista. Ela está linda, viu?LAURA MESSIAS NEVES Por e-mail

Gosto demais dessa revista! E uma das minhas seções prediletas é a das receitas. Dá água na boca mesmo! Gosto muito das matérias que nos dão dicas de beleza e de cuidados com o corpo, com o rosto e com a mente! Fazem-nos pensar em qualidade de vida, em termos carinho com a gente mesmo, nos direciona para sermos seres hu-manos melhores em nossos rela-cionamentos familiares e pessoais. Puxa, que publicação bacana! Parabéns!MARIA EDUARDA HENRIQUES Por e-mail

Realmente gosto muito da revista Ponto de Encontro. Tem ótima diagramação, ótimas fotos e ma-térias pontualíssimas. É o caso da edição que leva na capa o gênio Mauricio de Sousa. Sou muito fã dele. Adorei a revista e a entrevis-ta, como sempre.Parabéns!Feliz 2014! Que venham mais e mais sucessos, e muita saúde a todos.EDUARDO ZAGOPor e-mail

Olá,

pecial: “Seja sempre o melhor exemplo” e a entrevista com Mau-

OPS!O poema “Cidade céu”, da se-ção “Final feliz”, edição de outu-bro/novembro 2013, é de autoria do leitor Paulo Pinheiro, e não de Henrique Alfredo Paz Saboia, como foi publicado.

com Mauricio de Sousa, ícone das HQs mundiais. E o maravilhoso recadinho que ele deixou aos leito-res: “Tenham sempre muito bom humor... Principalmente quando todos em volta se esqueceram de sorrir”...Parabéns a toda a equipe! Ascendi-te superius!PROF. ANTÔNIO DA SILVA LEITE Por e-mail

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NUTRE+AÇÃO

Agestação é uma época muito especial para a mulher. Os preparativos para a chegada do bebê são inúmeros, e os cuidados com a saúde também. Muitas dúvidas surgem nesse momento, mas não existe uma fór-

mula mágica chamada “alimentação para gestante”. Existem sim muitas dicas preciosas para uma alimen-tação saudável durante toda a gravidez, e é isso que vai ser ensinado na matéria pela nutricionista do Rio de Janeiro e membro da Associação Brasileira de Nutri-ção Esportiva, Renata Ribeiro, e pelo endocrinologista

Durante os nove meses de gravidez, é preciso ter atenção redobrada com a alimentação para garantir a boa saúde do bebê

POR ANA CAROLINA CONTRI

Cardápio do bem

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e nutrólogo, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Envelhecimento e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e do Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento, Dr. Wilmar Accursio.

MAMÃE E BEBÊÉ verdade que todos os nutrientes da alimentação

da mãe vão para o feto, mas dobrar a quantidade de comida não é o ideal, ela tem que ser equilibrada para não aumentar o peso do corpo em excesso.

“O ideal é consumir alimentos que forneçam nutrien-tes importantes, como carboidratos – de preferência integrais –, proteínas, vitaminas e sais minerais. É im-portante respeitar o fracionamento da dieta e evitar o jejum prolongado, alimentando-se com intervalos regulares de no máximo três horas. A gestante tam-bém deve beber água e manter uma boa hidratação”, explica Renata.

Nos primeiros seis meses de gestação, a maioria das mulheres nem precisa comer mais do que já comia. Só nos últimos três é que é aconselhável comer 200 ca-lorias a mais. Segundo Dr. Wilmar, o aumento de peso ideal é de 9 a 12 kg nas 40 semanas de gestação. Assim, a alimentação deve conter proporções ade-quadas de proteínas, carboidratos e gordura e ser rica em frutas e legumes. Dependendo do caso, o médico prescreverá micronutrientes, como ferro, fl úor e vitaminas.

MENU ADEQUADONo período de formação do bebê, o corpo da mãe

utiliza uma parte de líquidos e energia oriundos da alimentação, que ajudam no crescimento e na manu-tenção dos artifícios que protegem o feto, como a pla-centa e o líquido amniótico. A outra parte da energia fi ca retida em forma de gordura, localizando-se no ab-dômen, costas e coxas, sendo utilizada no decorrer da gravidez e do aleitamento.

“A nutrição adequada na gestação é essencial para a saúde da gestante e do bebê. Uma alimentação variada e equilibrada durante a gravidez fornece nutrientes importantes – como o ferro (que previ-ne anemia), o cálcio (que é indispensável para a formação de ossos e dentes), o ácido fólico (que é fundamental para o fechamento do tubo neural do bebê) e o ômega-3 (que é importante para o desen-volvimento cognitivo e visual do feto e ainda diminui a ocorrência de depressão pós-parto e evita partos prematuros)”, ressalta a nutricionista.

A defi ciência de nutrientes prejudica todo o período de gestação. “Pode haver um menor desenvolvimen-to do feto em termos de tamanho, e potencialmente haver órgãos não tão bem formados. A mãe pode fi car anêmica e ter difi culdades para amamentar”, alerta o endocrinologista.

DIETA BEM ELABORADA

Para manter uma alimentação saudável, as gestantes devem ter um cardápio repleto de nutrientes. Anote o que não pode faltar e in-clua nas suas refeições os alimentos que con-tenham tudo que for necessário para a sua saúde e a do seu bebê.

Cálcio: encontrado em leites e derivados, tofu, gema de ovo, cereais integrais e bebidas à base de soja.

Vitamina D: encontrada em leite enriqueci-do, manteiga, ovos e fígado. O banho de sol é essencial para que essa vitamina auxilie na fi xação do cálcio nos ossos.

Carboidratos: fornecem energia para a ma-mãe e para o desenvolvimento do bebê. Os melhores são os integrais (arroz, pães, macar-rão e cereais), que são absorvidos mais len-tamente e, por isso, saciam mais a mamãe.

Proteínas: encontradas em carnes, fei-jão, leite e derivados. São responsáveis por construir, manter e renovar os tecidos de mamãe e bebê.

Lipídios: são as gorduras que auxiliam na formação do sistema nervoso central do feto. Encontrados mais em carnes, leite e de-rivados, abacate, azeite e salmão.

Vitamina A: ajuda no desenvolvimento ce-lular e ósseo e na formação do broto dentário do feto, além de contribuir com a imunidade da gestante. Encontrada no leite e derivados, gema de ovo, fígado, laranja, ma-mão, couve e vegetais amarelos.

Niacina (vitamina B3): transforma a glicose em energia, mantendo a vitalidade

das células maternas e fetais, e estimula o desenvolvimento cerebral do feto.

Encontrada em verduras, legu-mes, gema de ovo, carne magra,

leite e derivados.

Tiamina (B1): também estimula o metabo-lismo energético da mamãe. Encontrada em carnes, cereais integrais, frutas, ovos, legu-mes e leveduras.

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Uma alimentação balanceada durante esse período evita o excesso de peso e problemas como a hiper-tensão e o diabetes gestacional, além de desconfortos como enjoos, cansaço e prisão de ventre.

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Há mais de 40 anos, eles prestam ajuda humanitária às vítimas de situações de emergência em todo o mundo

ESPAÇO CONSCIENTE POR FERNANDA MENDONÇA

Você já deve ter ouvido falar nos “Médicos Sem Fronteiras” (MSF). Eles trabalham em 70 países, fi cam longe de suas famílias e doam seu tempo e trabalho para oferecer cuidados médicos a quem precisa. “Ajuda-

mos as populações que sofrem com desastres naturais, confl itos armados, epidemias, doenças negligenciadas e aquelas que são vítimas da exclusão do acesso à saúde”, conta Susana de Deus, diretora executiva do MSF no Brasil.

Saiba mais sobre o trabalho dessa organização que salva milhares de vidas nos quatro cantos do planeta.

UM TIME DO BEMA equipe é formada por médicos, enfermeiros, psicó-

logos, farmacêuticos, entre outros. “Temos, inclusive, administradores, economistas e logísticos”, acrescen-ta. Além da formação superior, quem quer fazer parte desse time precisa ter dois anos de experiência pro-fi ssional e falar pelo menos um segundo idioma, que pode ser inglês ou francês. “Atualmente, cerca de 100 brasileiros trabalham nos nossos projetos em pelo me-nos 40 países, e temos equipes em 70 países, com

MÉDICOS SEM FRONTEIRAS

mais de 34 mil profi ssionais trabalhando em diferentes lugares do mundo”, afi rma a diretora, que diz que o processo de recrutamento é feito pelo site da organi-zação. Quando estão em ação, os profi ssionais fi cam hospedados nas residências das pessoas que também trabalham na organização. “Eles recebem uma ajuda de custo para manterem-se no país e uma remuneração pelo serviço prestado no período em que estão nos projetos”, revela Susana.

O trabalho mais recente realizado no Brasil foi com os haitianos que estavam chegando ao território nacio-nal por Tabatinga, no norte do país. A equipe da MSF iniciou suas atividades na região, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, em dezembro de 2011, momento em que mais de mil haitianos, que haviam chegado aqui fugindo das difi culdades de um país de-vastado por um terremoto, aguardavam um protocolo da Polícia Federal que lhes permitiria sair da cidade e trabalhar. Enquanto aguardavam, grande parte vivia em condições extremamente precárias e com acesso li-mitado a cuidados de saúde, sem qualquer assistência das autoridades locais, estaduais ou federais.

Em oito semanas, o MSF distribuiu mais de 1.800 kits de higiene contendo itens como escova e pasta de dente, sabão, balde e toalha, para facilitar a manutenção de condições mínimas de higiene e assim evitar a degradação do es-tado de saúde deles. A equipe dos Médicos Sem Fronteiras também realizou atividades de promoção de saúde, com o objetivo de melho-rar a prevenção de doenças e facilitar o acesso dos haitianos ao sistema público de saúde, fazendo a ponte entre os serviços locais e a população de imigrantes. Para isso, desenvol-veu material de educação em saúde em creole, a língua falada no Haiti.

As condições de vida difíceis e a incerteza sobre o futuro provocaram sintomas de es-tresse agudo, como insônia, perda de apetite, difi culdades para respirar e dores corporais. Por isso, além do trabalho educacional e da distribuição dos kits, o MSF também ofereceu apoio em saúde mental individual e em grupo.Criança desnutrida é examinada por médico do MSF no Quênia

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O serviço prestado pelo MSF depende quase que exclusivamente de doações pri-vadas. “Essa é uma condição fundamental para que possamos garantir a independência de nossa atuação, e levar cuidados de saúde às pessoas que mais precisam... sem discri-minação de raça, religião, nacionalidade ou convicções políticas”, esclarece a porta-voz da organização. Susana explica ainda que a decisão sobre os locais de atendimento é sempre baseada nas necessidades dos ha-bitantes da região, nunca em opiniões políti-cas, ideológicas ou religiosas.

Você também pode ajudar, seja como profissional ou como um dos doadores que apoiam o projeto: para se candidatar às vagas ou fazer doações para o MSF, entre em con-tato pelo site: www.msf.org.br.

VOCÊ PODE AJUDAR!

Após encerrarem as atividades em Tabatinga, em fe-vereiro deste ano, os profissionais do MSF foram para Manaus prestar auxílio aos haitianos, que já possuíam o protocolo de visto, documento que lhes permite via-jar dentro do país e trabalhar.

POR AMORAjudar o próximo é o que move esses homens e

mulheres mundo afora. “As pessoas que trabalham co-nosco fazem isso porque querem levar ajuda às pesso-as que enfrentam situações de risco”, garante a dire-tora. Segundo ela, quem começa no MSF recebe entre 700 e 1.040 euros por mês. “Além de a remuneração não ser competitiva se comparada com o mercado, a escolha por atuar em locais inóspitos, longe de casa e por longos períodos, não é fácil! A pessoa tem mesmo de estar interessada em trabalhar com ajuda humanitá-ria para fazer essa opção”, pondera.

Para aperfeiçoar a prestação de socorro, inicialmente uma equipe pequena é enviada ao local e faz um le-vantamento das condições. “As informações coletadas são utilizadas para traçar um plano de atuação. Em casos de emergências repentinas, como, por exemplo, um terremoto, em que as necessidades são urgentes e extremas, a própria equipe de avaliação já pode come-çar a oferecer os cuidados iniciais à população afeta-da”, explica Susana.

Em situações de risco, como o violento conflito na Síria, que já dura dois anos e meio e deixou cerca de 110 mil mortos e milhares de feridos, as pessoas estão sofrendo não apenas pelas consequências diretas da guerra – bombas e feridas de balas –, mas por terem

Refugiados em Sudão do Sul, África

que abandonar suas casas, pertences, familiares, inter-rompendo suas rotinas e tratamentos médicos. “Hoje o número de refugiados e de pessoas esperando registro já soma mais de 2 milhões nos países vizinhos, de acordo com estatísticas oficiais”, explica Susana.

Muitos estão vivendo em campos provisórios ou aco-modações superlotadas, onde as condições sanitárias são péssimas. A escassez de alimentos é comum, e o fornecimento de água e eletricidade está interrompido.

O MSF está realizando consultas médicas (saúde pri-mária, vacinação, além de saúde mental) e distribuindo itens de sobrevivência para os refugiados no Iraque, Jordânia e Líbano.

As principais necessidades encontradas pelas equipes nesses locais são acomodação, alimento, itens de pri-meira necessidade, como abrigo, material de cozinha, além de cuidados de saúde primária e secundária.

No Iraque, o MSF está oferecendo serviços de saúde ambulatorial, consultas de saúde mental e engenharia de saneamento em diversas localidades para os refu-giados. Em setembro, iniciou um projeto de cirurgia emergencial dentro do hospital do Ministério da Saúde em Ramtha, próximo à fronteira síria. Cuidados pós- operatórios também são oferecidos, se necessário. A equipe do MSF está assistindo os refugiados com con-sultas médicas em geral, incluindo tratamento de do-enças graves e crônicas, imunização, saúde reprodutiva e saúde mental, assim como distribuição de itens de primeira necessidade.

Nos locais onde o MSF não pode trabalhar direta-mente, a organização mantém um extenso programa de suporte remoto para as redes médicas sírias, tanto em áreas controladas pelos grupos de oposição, como nas controladas pelo governo. “Por meio desse programa, o MSF auxilia 30 hospitais e 60 postos médicos em sete províncias. Em média, cerca de três toneladas de suprimentos médicos ou itens básicos de sobrevivên-cia – como cobertores, colchões, material de higiene e instrumentos para cozinhar – estão sendo fornecidos todos os dias”, destaca Susana.

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spirros, coceira nos olhos, no nariz, no céu da boca... quem nunca passou por esse desconforto? Esta época do ano traz sem-pre esses sintomas para quem tem proble-mas respiratórios. Para o Dr. Cláudio Coelho,

membro da Sociedade de Otorrinolaringologia do Rio de Janeiro, os cuidados para se manter saudável en-globam atitudes dentro de casa e com o próprio corpo, como escolher cortinas fáceis de limpar e que não acu-mulem poeira, tomar banhos sempre mornos ou frios, usar perfume somente em ocasiões especiais e manter distância de produtos com cheiros fortes. A otorrino-laringologista Dra. Angela Shimuta, da Clínica de

VIDA SIMPLES

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POR FERNANDA MENDONÇA

CASA SAUDÁVEL!Eliminar focos de poeira, ácaros, pelos de animais e fungos do ambiente

doméstico garante qualidade de vida para toda a família

Especialidades Integrada, de São Paulo, concorda e faz ainda mais recomendações. “Deixe a casa limpa com frequência. Use pano molhado depois do aspirador de pó. As cortinas, bichos de pelúcia e almofadas devem fi car longe de quem é alérgico, pois acumulam muito ácaro. Aconselha-se ainda deixar a luz do sol entrar, ela ajuda da eliminar os fungos”, orienta.

FIQUE ATENTO!As doenças respiratórias, como as alergias, são

aquelas que requerem tratamento especial. A rinite alérgica e a asma, também conhecidas como bronqui-te alérgica e bronquite asmática, são doenças crônicas

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RESPIRE MELHOR

que facilmente pioram em épocas do ano como a primavera. “Já os fungos são microscópicos organis-mos vivos que se reproduzem durante o ano todo. O número de fungos no ar é afetado pelo vento, chuva e temperatura. O melhor é limitar o seu contato com essas substâncias quando sua concentração estiver mais alta”, salienta o especialista.

A médica avisa que, se a crise não passar nem di-minuir depois de tomados esses cuidados, é preciso ir ao médico. “Outra opção é fazer o uso de vacinas antialérgicas”, indica. Dr. Cláudio acrescenta que a va-cinação ainda não está disponível para todas as do-enças respiratórias, apenas para algumas delas. Para as outras, existem soluções diferentes. “Depende do tipo de problema e também da severidade e estado geral do paciente. Alguns dos medicamentos mais usados para doenças respiratórias são: antibióticos, corticosteroides e broncodilatadores”, conta. Mas a homeopatia e a fi sioterapia também podem ajudar. “Em alguns pacientes, o uso de oxigênio e a ventila-ção mecânica ou líquida são indicadas, e, dependen-do do caso, há indicação para cirurgia”, destaca.

O mais importante é consultar sempre um profi s-sional de saúde especializado!

FILHO DE PEIXE...Adultos alérgicos podem ter fi lhos com doenças

respiratórias. “Por isso, quem tem criança em casa deve tomar precauções desde o nascimento dela. Mesmo que o pequeno ainda não tenha nenhum sin-toma”, avisa o médico carioca.

Na hora de montar o quarto do bebê, por exemplo, é preciso levar alguns fatores em consideração. “Ele precisa fi car em uma área bem ventilada da casa, em que bata sol”, afi rma a médica.

Guardar os produtos tóxicos no lugar certo é outra preocupação que os pais devem ter. “Subs-tâncias que possam irritar o nariz, tais como per-fume, cigarro, produtos de limpeza, entre outros, devem ser mantidas longe do alcance deles”, orienta Dra. Angela.

TENHA UMA VIDA FELIZSair de casa, para pessoas com esse quadro, nor-

malmente pode signifi car transtornos à vista. “Sa-bemos que é cada vez maior o número de pessoas que não saem do ambiente familiar nem passeiam com os amigos nos momentos de lazer, para não se exporem aos fatores desencadeantes e desenvol-verem novamente os sintomas alérgicos”, explica a especialista.

No entanto, divertir-se faz parte da vida, e esse re-ceio deve ser deixado completamente de lado, uma vez que a alegria produz anticorpos naturais, funda-mentais para seu bem-estar.

AMBIENTE EM HARMONIASeparamos algumas dicas para deixar sua

casa mais saudável:

Mantenha portas e janelas abertas sempre que possível.

Retire a poeira de colchões, carpetes, sofás, almofadas e cortinas. Em apenas um ano de uso, esses locais chegam armazenar quase cinco milhões de ácaros.

Se suas cortinas e tapetes tiverem sido trata-dos com algum produto antiácaro, não molhe nem use produtos químicos. Apenas passe o aspirador de pó uma a duas vezes por semana.

Fique atento à validade do colchão.

Troque a roupa de cama uma vez por sema-na. Em dias mais quentes e no verão, troque duas vezes por semana.

Aproveite para virar o lado do colchão sem-pre que possível, e o exponha ao sol.

Instale esterilizadores de ar. Os ácaros do ambiente são puxados para dentro desse apa-relho, que serve para eliminar os micro-orga-nismos presentes no local.

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DE FRENTE PARA O ESPELHO

Livre, leve e solta

O escurecimento das axilas é um problema comum. Mas é possível prevenir e resolver com as técnicas adequadas

POR MIRELLA STIVANI

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om as temperaturas em elevação, roupas cavadas passam a ser uma necessidade para aguentar o calor (e não sofrer com uma desidratação também). Mas axilas escurecidas

podem provocar constrangimento em quem tem esse problema, e levantar (ou não!) o braço pas-sa a ser uma ginástica de “esconde-esconde”.

As causas do aparecimento das manchas na região podem ser várias, como predisposição ge-nética, obesidade, alergia a componentes de de-sodorantes, diabetes, entre outras. A depilação costuma ser a principal causadora do incômodo. “O escurecimento é uma hipercromia pós-infl a-matória, isto é, uma mancha escura que surge em uma área que sofreu um processo infl ama-

tório. As repetidas depilações provocam uma infl amação transitória que, com o decor-

rer do tempo, estimula a pigmenta-ção”, explica Dra. Cristiane Braga

Lopes Kanashiro, dermatolo-gista com especialização em Medicina Estética e Medicina Preventiva, de São Paulo.

A cor da pele também pode ajudar a desenvolver man-

chas. “Pessoas com fototipo mais alto (morenas) têm maior

tendência a ter escurecimento de axi-las e em outras partes do corpo também”,

lembra a Dra. Talita Ribeiro Costa Alves, derma-tologista da Onodera Estética, de Belo Horizonte.

TEM SOLUÇÃOQuem tem predisposição a desenvolver man-

chas no corpo deve procurar uma alternativa para as depilações feitas com cera ou lâmina. Apesar de serem métodos mais caros, a fotode-pilação e a depilação a laser não estimulam o aparecimento de melanina, inclusive podem até ajudar a clarear as axilas.

“Reduzir a frequência das depilações também costuma ajudar. Outra opção é utilizar um creme anti-infl amatório (às vezes até à base de cor-ticoide) logo após o procedimento”, ressalta a Dra. Cristina.

Para tratar as manchas, existem cremes cla-readores, ácidos e laser. “Mas todo tratamento deve sempre ser indicado por um dermatologis-ta, já que a pele pode sofrer reações”, alerta a Dra. Talita.

Portanto, nada de testar “receitas caseiras”. Ao invés de melhorar, você pode até piorar o problema.

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“As repetidas depilações provocam uma infl amação transitória que, com o decorrer do tempo, estimula a pigmentação”

DRA. CRISTIANE BRAGA LOPES KANASHIRO, DERMATOLOGISTA

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POR CONTARDO CALLIGARIS

Qual romance

você está lendo?

Sempre pensei que fosse sábio

desconfi ar de quem não lê literatura. Ler ou não ler romances

é para mim um critério. Quer saber

se tal político merece seu voto? Verifi que se ele lê literatura. Quer escolher um psicanalista ou um

psicoterapeuta? Mesma sugestão

ARTIGO

A Drogaria São Paulo

abraça esta causa

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cuidado, o hábito de ler, em geral, pode ser melhor do que o de não ler, mas não me basta: o critério que vale para mim é ler especifi camente literatura – fi cção literária.

Você dirá que estou apenas exigindo dos outros que eles sejam parecidos comigo. E eu teria que concordar, salvo que acabo de aprender que minha confi ança nos leitores de fi cção literária é justifi cada.

Algo que eu acreditava intuitivamente foi confi rmado em pesquisa que acaba de ser publicada pela revista “Science” (migre.me/gkK9J), “Reading Literary Fiction Improves Theory of Mind” (ler fi cção literária melhora a teoria da mente), de David C. Kidd e Emanuele Castano.

Uma explicação. Na expressão “teoria da mente”, “te-oria” signifi ca “visão” (esse é o sentido originário da palavra). Em psicologia, a “teoria da mente” é nossa capacidade de enxergar os outros e de lhes atribuir de maneira correta crenças, ideias, intenções, afetos e sentimentos.

A teoria da mente emocional é a capacidade de re-conhecer o que os outros sentem e, portanto, de ex-perimentar empatia e compaixão por eles; a teoria da mente cognitiva é a capacidade de reconhecer o que os outros pensam e sabem e, portanto, de dialogar e de negociar soluções racionais. Obviamente, enxergar o que os outros sentem e pensam é uma condição para ter uma vida social ativa e interessante.

Existem vários testes para medir nossa “teoria da mente” – os mais conhecidos são o RMET ou o DANVA, testes de interpretação da mente do outro pelo seu olhar ou pela sua expressão facial. Em geral, esses tes-tes são usados no diagnóstico de transtornos que vão desde o isolamento autista até a inquietante indiferen-ça ao destino dos outros da qual dão prova psicopatas e sociopatas.

Kidd e Castano aplicaram esses testes em diferentes grupos, criados a partir de uma amostra homogênea: 1) um grupo que acabava de ler trechos de fi cção lite-rária, 2) um grupo que acabava de ler trechos de não fi cção, 3) um grupo que acabava de ler trechos de fi cção popular, 4) um grupo que não lera nada.

Conclusão: os leitores de fi cção literária enxergam melhor a complexidade do outro e, com isso, podem aumentar sua empatia e seu respeito pela diferença de seus semelhantes. Com um pouco de otimismo, seria possível apostar que ler literatura seja um jeito de se precaver contra sociopatia e psicopatia. Mais duas ob-servações.

1) A pesquisa mede o efeito imediato da leitura de trechos literários. Não sabemos se existem efeitos cumulativos da leitura passada (hoje não tenho tempo, mas “já li muito na adolescência”): o que importa não é se você leu, mas se está lendo.

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A Drogaria São Paulo incentiva seus colaboradores a mergulharem de cabeça na leitura. Atualmente, cada loja possui uma biblioteca e uma pessoa responsável pelo gerenciamento dos exemplares. O acervo já conta com mais de 80 mil livros.

VOCÊ SABIA?

2) A pesquisa constata que a fi cção popular não tem o mesmo efeito da literária. A diferença é explicada assim: a leitura de fi cção literária nos mobiliza para entender a experiência das personagens.

“Como na vida real, os mundos da fi cção literária são povoados por indivíduos complexos cujas vidas interiores devem ser investigadas, pois são raramente de fácil acesso.”

“Contrariamente à fi cção literária, a fi cção popular (...) tende a retratar o mundo e as personagens como internamente consistentes e previsíveis. Ela pode con-fi rmar as expectativas do leitor em vez de promover o trabalho de sua teoria da mente.”

Em suma, o texto literário é aquele que pede esfor-ços de interpretação por aquelas caraterísticas que fo-ram notadas pelos melhores leitores do século 20: por ser ambíguo (William Empson), aberto (Umberto Eco) e repleto de signifi cações secundárias (Roland Barthes).

Na hora de fechar esta coluna, na terça-feira, encontro a mesma pesquisa comentada na seleção do “New York Times” oferecida semanalmente pela Folha. A jornalista do “Times” pensou que a leitura literária, ajudando-nos a enxergar e entender os outros, facilitaria nossas en-trevistas de emprego ou nossos encontros românticos.

Quanto a mim, imaginei que, na próxima vez em que eu for chamado a sabatinar um candidato, não esque-cerei de perguntar: qual é o romance que você está lendo? E espero que o candidato mencione um livro que conheço, para verifi car se está falando a verdade.

“Se eu for chamado a sabatinar um candidato, perguntarei sem falta: qual romance você está lendo?”

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Contardo Calligaris, italiano, é psicanalista, doutor em Psicologia Clíni-ca e escritor. Ensinou Estudos Culturais na New School de NY e foi pro-fessor de Antropologia Médica na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Refl ete sobre cultura, modernidade e as aventuras do espírito contemporâneo (patológicas e ordinárias). Escreve às quintas na versão impressa de “Ilustrada”, do Jornal Folha de S.Paulo.

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WOMANIZE-SE POR MARIA HELENA BELLINI

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de primeira grandeza

estrela

Luciana Mello é artista desde o berço. Filha e irmã de músicos conceituados, sua vida poderia ser escrita em

versos, como em uma canção de amor

ou uma pessoa de sorte”. É com essa frase que Luciana começou a nossa entrevista. Para alguém que iniciou seus estudos em música, muito antes de ir para a escola es-tudar as primeiras letras, isso é totalmen-te real. Filha do cantor Jair Rodrigues e de Claudine, essa moça de gestos largos e

voz marcante, teve seu primeiro registro oficial aos seis anos, em um dueto com o pai, na canção “O Filho do Seu Menino”. Em seguida, ao lado do irmão, Jair Oliveira.

Aos 16 anos, gravou seu primeiro disco solo, “Lu-ciana Rodrigues”, com participação especial de Emílio Santiago. De lá pra cá, lançou sucessos que fizeram parte de trilhas sonoras de filmes como “Sexo, Amor e Traição”, e “A Dona da História” e novelas como “Sabor da Paixão” e “Da Cor do Pecado”. Em 2010, Luciana Mello e Jair Oliveira lançaram juntos o DVD/CD do pro-jeto “O Samba Me Cantou”, gravado no Auditório Ibira-puera, em São Paulo.

No fim de 2011, lançou o CD “6º SOLO”, seu mais recente projeto, que traz músicas de Gonzaguinha, Dja-van, Arnaldo Antunes, Chico César, Jair Oliveira, entre outros, e participações mais que especiais do artista internacional Corneille e Jair Rodrigues.

Em meio às apresentações no teatro, onde interpreta a filha do Lobo Mau, shows, viagens e cuidados com a filha, Nina, e a gravidez de Tony, ela arrumou um tempi-nho para falar com exclusividade com a nossa equipe.

Ponto de Encontro: Você sempre viveu em um lar no qual a música está presente. Conte pra gente como é ser musicista, cantora, compositora, filha de músico, irmã de músico? Como é um dia na sua vida?

Luciana Mello: Tenho mesmo muita sorte. Viver da

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P.E.: Apesar do dom e talentos naturais, você fez cur-sos de especialização aqui no Brasil mesmo ou fora do país?

L.M.: Eu comecei a estudar canto aos cinco anos de idade. Depois vieram o teatro e a dança. Quando ter-minei o colegial, fui aceita nas faculdades em Nova York e também em Boston, mas na ocasião surgiu um convite da gravadora Trama para fazer o meu primeiro CD por aqui, e aceitei. E não me arrependo. Foi mesmo muito bom. Fiz quatro anos de teatro, inclusive teatro musical, e como estudei em escola americana, esse lado artístico sempre foi bastante incentivado, desde pequena. Fiz parte do elenco de um dos primeiros mu-sicais no Brasil, “Pocket Broadway”, e foi maravilhoso. Toco piano, mas só em casa, para ensaiar.

P.E.: Você também é bailarina. Sempre quis dançar, cantar, interpretar?

L.M.: Eu sempre gostei de tudo ligado à arte. Não me considero uma bailarina, mas fiz muitos anos de balé. Ser cantora, dançar, interpretar, apresentar programas de televisão, tudo isso me dá imenso prazer! Meu lado compositora não é o meu lado mais forte, apesar de já ter composto algumas coisas para os meus discos, como “Na Veia da Nêga, “Beleza É”, “Amor em Silên-cio”. Mas pra minha sorte, tenho ao meu lado um dos melhores compositores brasileiros, que é meu irmão, Jair Oliveira, né? [risos]


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P.E.: Conte pra gente como aconteceu o convite para apresentar o “Almanaque Brasil”, na TV Cultura.

L.M.: Me chamaram pra fazer o teste depois de me verem apresentar alguns programas, como o “Top 20”, na extinta VH1 Brasil, e uma série de 10 programas a respeito de educação no trânsito, na TV Cultura. Tirei a sorte grande quando me chamaram para apresentar o “Almanaque Brasil”! Trabalhei com uma equipe incrível e muito competente. E também aprendi muito a cada episódio por conta do conteúdo do programa! Adoraria que ele fosse reprisado em um canal com bastante audiência, devido à aula de cultura brasileira que o “Almanaque Brasil” possui.

P.E.: Seu mais recente trabalho, “6º SOLO”, está su-perelogiado. Fale um pouquinho como nasceu a ideia de fazer esse CD. Como foi a escolha do repertório?

L.M.: Escolher as músicas é sempre a parte mais di-fícil quando decido fazer um trabalho novo. Ali tem composições de Arnaldo Antunes, Chico César, Sergio Santos, Gonzaguinha, Djavan, entre outros. Além das composições do meu irmão. Nesse CD, impecavelmente produzido pelo grande músico e amigo Otávio de Mo-raes, resolvi mostrar um pouco mais da influência do samba, da música de raiz brasileira no meu trabalho. Não que os outros CDs não tivessem essa brasilidade (pelo contrário!), mas eu também vinha mostrando um pouco mais da minha influência da black, soul music... Esse trabalho também tem as participações mais que especiais de Jair Rodrigues e Corneille, um grande can-tor internacional de quem sempre fui fã, e agora deu certo de fazermos essa parceria! Para o “6º SOLO”, eu imaginei gravar tudo ao vivo, no estúdio, como eram gravados os discos antigamente. Me lembro de ter vis-to meu pai gravar alguns álbuns assim também. Gostei demais do resultado!

P.E.: Você gravou para esse CD uma composição do francês Serge Gainsbourg, “Couleur Café”, em dueto com Corneille, cantor alemão radicado no Canadá. Com foi que tudo aconteceu?

L.M.: Na verdade, Corneille é ruandês filho de ale-mão! Como sou fã dele há algum tempo, resolvi ten-tar me comunicar com ele para que ele gravasse essa música comigo. Para minha sorte, ele não só aceitou meu convite como disse ter uma relação especial com essa música e que adorou meu trabalho! Infelizmente não conseguimos nos juntar fisicamente para gravar a canção... Ele foi muito carinhoso ao gravar não só sua parte na música como os lindos coros que estão presentes nela.

P.E.: Você tem passagens pelo teatro, como neste ano, em que participou da peça “Enquanto seu Lobo Não Vem”. Como é participar de um musical?

L.M.: Eu interpreto a Lupércia Lobo Mau, a filha do

“Eu quis gravar tudo ao vivo, no estúdio, como sempre via meu pai fazer em seus discos. Gostei demais do resultado. Uso muito a minha intuição quando estou com um trabalho novo”LUCIANA MELLO

Lobo Mau. É muito bacana estar em um palco fazendo tudo de que gosto, como cantar, dançar e interpre-tar! Gosto de desafios, e poder participar de trabalhos como esse é ótimo!

P.E.: Quais são seus projetos para o próximo ano?L.M.: Tenho alguns! [risos] Mas o que posso falar é

que estou em fase de pré-produção do meu primeiro DVD solo ao vivo! Será um show no qual apresentarei um repertório com canções que influenciaram minha carreira e sempre quis cantar, deixar registrado. A prin-cípio, nome do show e do DVD será “Luciana Mello em Músicas”, mas tudo pode acontecer!

P.E.: Você é uma mulher bonita e vaidosa. Conte pra gente alguns segredinhos de beleza: como cuida dos cabelos, da pele, do corpo, da mente?

L.M.: Sou vaidosa, mas não exagerada! Eu vou mui-to mais pela vibe da saúde do que da estética. Faço kickboxing há anos com o mestre Luciano Basile, da Seiwakai. De uns dois anos pra cá, venho fazendo pi-lates com a Equipe Pilates. Agora, com a gravidez e apesar da agenda repleta de compromissos, faço ca-minhada e continuo com o pilates, para ter força e equilíbrio. Cuido da pele, dos cabelos e gosto de me sentir bem. Todo mundo gosta, né? Também cuido do meu lado espiritual: acredito primeiramente em Deus e tenho minhas rezas e meus santos de devoção. F

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P.E.: E como é a Luciana mãe?L.M.: Puxa, difícil falar de mim nessas horas, né?!

[risos] Sou uma pessoa muito responsável e conscien-te das minhas obrigações. Claro que não sou perfeita, nem tenho a pretensão de ser! Todo mundo erra, e eu também. Mas procuro fazer o meu melhor e dou bas-tante atenção e amor aos meus filhos – Nina e Tony (que nasce em janeiro). Procuro ir mais pela voz do coração, que é muito sábia. Tenho pais sensacionais, minha mãe é minha heroína. Ela mudou de carreira para estar perto de meu pai e da gente. Espero ser tão boa mãe quanto ela é pra nós! Tenho também o Ike, que é um pai maravilhoso e me ajuda bastante. Por conta disso é que decidimos ter mais um filho!

P.E.: Deixe um recadinho para os leitores da revista Ponto de Encontro.

L.M.: Ouçam a boa música brasileira! Somos um povo abençoado com um registro musical tão rico que vale a pena ser escutado diariamente! Eu tenho procurado fazer a minha parte, respeitando a músi-ca brasileira e os grandes músicos que sempre me influenciaram! Procuro sempre apresentar um reper-tório com algumas preciosidades selecionadas para cada novo trabalho! Para saber mais um pouco da minha carreira, acessem meu site: www.lucianamello.com.br. Lá também tem todos os contatos das mi-nhas redes sociais, como Facebook, Instagram, Twit-ter e muito mais!


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POR MIRELLA STIVANI

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A osteoporose caracteriza-se pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas. Prevenir é necessário!

Saúde dos ossos

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ma doença silenciosa, sem sintomas aparentes, que progride com o tempo e só é percebida quando uma fratura ocorre nos ossos. Assim é a osteoporose, proble-ma que já atinge 10 milhões de brasilei-

ros, segundo dados do Ministério da Saúde.Trata-se de uma condição metabólica que se ca-

racteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento considerável do risco de fraturas. Cada vez mais frequente, devido ao envelhecimento da população, é fácil de se prevenir, exigindo ape-nas atenção, disciplina e cuidados básicos com a saúde.

A seguir, Dr. Fabrício Nascimento, médico clínico e ginecologista de São Paulo, especialista em Ações de Qualidade de Vida, responde às principais perguntas sobre o assunto.

Ponto de Encontro: O que é exatamente a osteo-porose?

Fabrício Nascimento: É uma doença do funciona-mento das células ósseas, que se caracteriza pelo enfraquecimento progressivo do esqueleto. Inicia-se com a osteopenia, que são ossos mais fracos que o normal, até atingir a osteoporose, quando eles já es-tão tão frágeis e porosos que podem quebrar, mesmo sem queda ou pancadas.

P.E.: Quais são os seus sintomas?F.N.: Habitualmente, a osteopenia e osteoporose

não causam sintomas. Os primeiros sinais costumam ser das suas consequências, resultado da “porosida-de” e desgaste ósseos e fraturas. Pequenas fissuras nos ossos da coluna podem ser dolorosas, causar de-formidades e diminuição da estatura da pessoa. Outra Osso normal Osso com osteoporose

lesão bastante comum é a fratura do colo do fêmur (aquela parte do osso da coxa que se liga à bacia), que quebra numa pisada em falso e apenas depois gera a queda ao chão. Outros ossos também atingidos são os do punho e costelas.

P.E.: Como é feito o diagnóstico?F.N.: A melhor maneira de flagrar inicialmente seria

por meio de exames de rotina, comumente solicitados pelo médico clínico ou pelo ginecologista, como a den-sitometria óssea. É um exame de imagem, como um raio X do fêmur e da coluna lombar.

P.E.: O problema atinge mulheres de todas as idades (ou homens também)?

F.N.: Apesar de poder atingir a todos, essa doen-ça está claramente relacionada ao envelhecimento, sendo mais comum em mulheres após a menopausa, pessoas de pele branca, de baixa estatura e magras, com história de sedentarismo, tabagismo e alcoolis-mo, outras doenças associadas, uso de medicações (corticoides, heparina, antiepilépticos) e deficiência de cálcio e vitamina D.


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PREVENÇÃO E TRATAMENTO


A osteoporose possui diversas causas, mas a alimentação inade-quada pode ser um fator de risco. Muitos nutrientes são necessários para a saúde óssea. Alguns deles merecem especial atenção, pois são componentes-chave para o processo, como o cálcio, o magné-sio e a vitamina D. O cálcio está presente nos leites, queijos, io-gurtes, brócolis, couve-manteiga, soja, tofu, feijões, peixes (lambari, manjuba, pescada, sardinha), gergelim, sementes de chia, farinha de amaranto, quinua. O magnésio está presente nos cereais integrais, nas carnes, nas oleaginosas e nas verduras escuras. A principal fon-te de vitamina D é a exposição ao sol, mas na dieta é encontrada no óleo de fígado de bacalhau, nos pescados (sardinha, atum), no fígado bovino, na gema do ovo e no leite integral e seus derivados.

Além disso, estudos recentes demonstram que o consumo de ômega-3 também infl uencia positivamente a formação e manutenção da massa óssea. “O ômega-3 está presente nos pescados, na linha-ça, na chia, no óleo de canola, nas castanhas e nozes. Substâncias presentes no azeite de oliva também são consideradas protetoras dos ossos”, explica a nutricionista da Naturalis, Tatiana Camacho Barão.

Quem sofre de intolerância à lactose evita ingerir leites e seus de-rivados. Então, como proceder nesses casos? “Para essas pessoas, a alternativa é buscar outros alimentos, como pescados, alimento solúvel à base de soja, grãos de soja, tofu, couve-manteiga, bró-colis, feijões, sementes de chia, quinua, além de evitar alimentos que impedem a absorção desse mineral, como o excesso de fi bras nas refeições ricas em cálcio e o excesso de bebidas industrializa-das, como os refrigerantes. Alguns pacientes toleram o consumo de queijos e iogurtes em pequenas quantidades”, fi naliza Tatiana.

A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO

P.E.: E qual a função do cálcio e da vitamina D?

F.N.: Eles atuam juntos no fortalecimento do esqueleto. A vitamina D regula o cálcio dos ossos. A alimentação (óleos de fígado de peixe e derivados do leite) e a exposição ao sol são primordiais para manter seus níveis normais. Porém, muitas vezes, tem de haver suplementa-ção através de compostos vitamí-nicos. Um recente estudo realizado na cidade de São Paulo evidenciou que a maioria dos paulistanos apresenta níveis de vitamina D abaixo do normal. Isso se deve à rotina das grandes cidades, que atinge principalmente a alimentação, e pouca exposição ao sol.

P.E.: Como prevenir seu aparecimento?F.N.: Uma vida saudável, com atividade física (30 mi-

nutos de caminhada diária ou musculação), exposição solar (no início da manhã ou fi nal da tarde) e alimen-tação ou uso de complexos vitamínicos reduzem os riscos e retardam o aparecimento da osteoporose.

P.E.: A partir do momento em que a osteoporose é detectada, é possível fazer um tratamento para a cura da doença ou apenas para impedir seu avanço?

F.N.: A osteoporose não tem cura, mas tem tratamen-to, e seus sintomas tendem a melhorar bastante com as medidas indicadas. Primeiramente, deve-se identifi car e tratar o que gerou o seu aparecimento. A atividade física deve ser estimulada sempre que possível, alimen-tação adequada e o hábito de se expor ao sol.

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CRIANÇA NA ÁREA

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POR MARIA HELENA BELLINI

Tempo de mudanças

o Brasil, o Estatuto da Criança e do Ado-lescente considera criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos e defi ne a ado-lescência como a faixa etária entre 12 e 18 anos de idade. A puberdade é a sua fase

inicial e varia dos 10 aos 13 anos para as meninas, e dos 12 aos 14 anos para os meninos.

Para desvendar os mistérios desse período repleto de insatisfações, rebeldia, lágrimas, risos, mas também de muito amor e compreensão, conversamos com a psicóloga de São Paulo, Márcia Helena Andréa.

Ponto de Encontro: Quais são as principais transfor-mações físicas e emocionais que acontecem no corpo e no cérebro do adolescente?

Márcia Helena Andréa: Durante a puberdade, os me-ninos passam por mudanças corporais e biológicas: aparecimento de pelos pubianos, crescimento do pênis e testículos, engrossamento da voz, crescimento corpo-ral, surgimento do pomo de adão e a primeira ejacula-ção. Entre as meninas, as mudanças mais importantes são: começo da menstruação, desenvolvimento das glândulas mamárias, aparecimento de pelos na região pubiana e nas axilas e crescimento da região da bacia. Os hormônios podem infl uenciar diretamente o com-portamento dos adolescentes, que podem variar rapi-damente em relação ao humor. Agressividade, tristeza, felicidade, agitação, preguiça são os mais comuns. As amizades são importantes e dão a eles a sensação de fazer parte de um grupo com interesses comuns.

Aquela fase da vida em que não se é mais criança nem adulto é conhecida como adolescência, caracterizada por transformações físicas e emocionais em meninos e meninas

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P.E.: Quais são os principais aspectos dessa fase?M.H.A.: A instabilidade e a contradição. Elas repre-

sentam imaturidade, impulsividade e demonstram que o indivíduo não tem confiança em si. Por isso, os adolescentes procuram adaptar-se à nova situação. Possuem um interesse pelo sexo oposto, pelo cinema, por atividades sociais, raciocínio (lógico e abstrato) aguçado, capacidade de concentração e aprendizado, disposição para correr riscos, maximizando os relacio-namentos sociais. São mudanças importantes que tra-zem ao adolescente momentos de reflexões, decisões e escolhas para sua vida até a fase adulta. Costumo dizer que a adolescência é uma fase nova na vida: “Não sou criança. Não sou adulto. Sou folha nova na Árvore do Tempo!”

P.E.: Por que adolescentes adoram se trancar no quarto?

M.H.A.: É uma fase de descobertas, de errar e con-sertar sozinho para aprender com os erros, fazer suas próprias opções sem a interferência do adulto. A busca do novo faz com que o adolescente se afaste do que é familiar (ambiente e pessoas), além de querer rever suas questões emocionais solitariamente.

P.E.: Por que eles se apaixonam loucamente em um dia e odeiam no instante seguinte a mesma pessoa ou um objeto anteriormente desejado?

M.H.A.: O desenvolvimento físico e mental acontece muito rápido e gera uma sensação de falta de equilí-brio, resultando em sentimentos e emoções contradi-tórias, tais como amor e ódio, temor e esperança. Além da impulsividade e falta de discernimento na escolha do parceiro, que levam a muitas paixões, pouco dura-douras, mas necessárias para confirmar suas escolhas.

P.E.: O que faz com que gostem tanto de adrenalina?M.H.A.: A busca pelo prazer, necessidade de emoção,

novidades, música alta, esportes radicais, sem muita responsabilidade com as consequências, pois estão em processo de amadurecimento.

P.E.: Por que parece que o lema deles é “viver que-brando regras”?

M.H.A.: A adolescência é a fase da experimentação e das pequenas transgressões. Os jovens precisam errar para aprender por meio das vivências, para saber até onde podem ir e quando devem parar. Descobrem seus próprios valores, limites, e aprendem, dessa forma, a tomar decisões e se realmente as regras são sensatas ou derivam de imposições equivocadas.

P.E.: Por que se afastam dos pais nessa fase da vida?M.H.A.: Pelo desejo de independência, pelo processo

de descobrir sua personalidade, capacidades e metas.

“Costumo dizer que a adolescência é uma fase nova na vida: ‘Não sou

criança. Não sou adulto. Sou folha nova na Árvore do Tempo!’”

MÁRCIA HELENA ANDRÉA, PSICÓLOGA

Os adolescentes querem ser respeitados pelo que são e, na busca pela independência, tendem a resistir ao “paternalismo” dos pais. Estes representam as normas, regras e culturas das quais eles ainda estão se questio-nando se querem ou não para sua vida.

P.E.: Por que se esquecem de tantas coisas, como ligar para casa e avisar que vão se atrasar, por exem-plo?

M.H.A.: Porque ainda não são valores interiorizados, que não têm a mesma conotação que têm para os adultos.

P.E.: Por que sentem tanto tédio e tanto mau humor?M.H.A.: Em decorrência das mudanças hormonais.

P.E.: Por que a adolescência é uma fase tão marcante e inesquecível?

M.H.A.: Porque marca a transição entre a infância e a idade adulta. Caracteriza-se pela reorganização do indivíduo em diversos níveis – físico, mental e social. Representa um processo de lapidação no tempo e a descoberta de suas próprias características, comporta-mentos, capacidades e competências.

Enfim, possibilita um encontro em diversos momentos no grande prazer de estar em sua própria companhia.

P.E.: Quais são suas dicas de autoconhecimento para que garotos e garotas passem por essa fase da vida com mais tranquilidade?

Minimize as oscilações de humor queimando energia, com a prática de alguma atividade física.

Organize seu tempo, assuma responsabilidades com comprometimento.

Saiba dizer NÃO de vez em quando. Tenha foco, ritmo.Exercite a paciência e alegre-se com as conquistas.Valorize suas próprias opiniões, mas considere as

das pessoas que convivem com você.Autocontrole é imprescindível, seja nas emoções, e

com o que come, bebe etc.Experimente a vida. Ela é uma grande troca!Aprenda a ser livre respeitando seus limites e viven-

do em equilíbrio.

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MELHOR IDADE POR ANA CAROLINA CONTRI

Na terceira idade, cuidar da pele merece atenção especial, principalmente nesta estação do sol

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Uma fase espetacular

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ssa moçadinha com mais de 60 anos está cada vez mais ativa e vaidosa. Por isso, os cuidados com o corpo ganham destaque. Quem não quer ter sempre uma aparência saudável e bonita independente da idade,

não é mesmo? E com o verão já dando as caras por aqui, é preciso estar bem atento.

O maior órgão do nosso corpo, a pele, tem como fun-ção regular a temperatura corporal, impedir a perda de líquidos e proteger de raios ultravioleta. Com o passar do tempo, sofre desgastes que implicam a diminuição dessas funções. Torna-se então mais seca, flácida e enrugada devido à desidratação, à perda de colágeno e proteínas, causando grande impacto também na apa-rência, e por isso é importante ficar muito atento às altas temperaturas.

Confira as melhores dicas dos dermatologistas Dr. Valcinir Bedin e Dra. Carla Bortoloto, que separamos especialmente para você, leitor.

O PASSAR DOS ANOS...Segundo o Prof. Dr. Valcinir Bedin, médico dermato-

logista, tricologista e nutrólogo, diretor do Centro In-tegrado de Prevenção do Envelhecimento e presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo, quando envelhece-mos a nossa pele fica mais fina. Para se ter uma ideia, a espessura da pele aos 20 anos tem sua plenitude. Aos 40, fica em cerca de 50%, e aos 60 chega perto dos 20%. Existe, portanto, um afinamento muito acen-tuado, e os resultados são ressecamento, rachaduras e sensação de prurido (coceira). As glândulas sebáceas e sudoríparas vão embora. Além disso, os efeitos da radiação solar podem piorar a produção de colágeno e reduzir a flacidez da pele do corpo todo. “Eles pre-judicam muito a pele, pois provocam manchas e até lesões pré-cancerosas, que devem ser diagnosticadas rapidamente, para evitar sua evolução. O sol pode cau-sar alergias pela exposição por tempo demasiado à radiação solar em associação a cremes corporais e até perfumes usados em áreas expostas”, explica Dra. Car-la Bortoloto, dermatologista e professora da pós-gra-duação em Dermatologia pela Faculdade de Medicina Souza Marques, de São Paulo. A especialista comple-menta que, de todos os males resultantes de ter ficado muito tempo sob o sol, o maior é o câncer de pele. “Os principais cuidados que devem ser tomados nesta época do ano são utilização de fotoprotetor nas áreas expostas, uso de roupas frescas, porém, com certa co-bertura, uso de chapéus e ainda óculos escuros. Além disso, procurar um filtro solar com fator de proteção 30 – no mínimo –, que precisa ser reaplicado a cada duas horas, já que depois desse tempo ele perde sua eficácia”, ensina.

Opte por horários em que os efeitos são menos no-civos, como início da manhã, até as 10 horas, e fim da tarde, após as 16 horas.

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1 - ALTA PROTEÇÃO CONTRA OS RAIOS UVA E UVB PARA PESSOAS DE PELE EXTREMAMENTE SENSÍVEL AO SOL. Protetor Solar Minesol® Antioxidant FPS 70. 2 - HIDRATAÇÃO DURANTE O BANHO. Loção hidratante para o banho Nivea

Milk. 3 - HIDRATAÇÃO EFICAZ E DE LONGA DURAÇÃO PARA PE-LE SECA. Loção hidra-tante Cetaphil Resto-raDerm. 4 - COMBATE ÀS RUGAS E TONALI-DADE IRREGULAR DA PELE. Redermic R La Roche Posay.

FIQUE LIGADO!

CUIDADOS ESSENCIAISÉ importante lembrar que, antes mesmo de aplicar

o protetor solar, é preciso lavar a pele com sabonete e bem rapidamente, nunca deixar a água caindo so-bre ela por mais de três minutos. “Hidratante potente duas vezes ao dia, associado ao filtro solar”, ressalta Dr. Valcinir.

Em climas muito ensolarados como o nosso, é funda-mental usar diariamente óculos escuros para proteger os olhos, pois a visão do idoso é mais sensível ao brilho e às mudanças bruscas de luz ambiente (escuro/claridade), o que pode aumentar o risco de queda. A dica, portanto, é usar óculos com lentes mais escuras, associadas às lentes corretivas (de grau), se for o caso.

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abe aquela redação que é pedida em uma entrevista de emprego, por exemplo? Algumas empresas costumam adotar esse tipo de ex-pediente para desvendar características não reveladas verbalmente pelos candidatos e,

dessa maneira, conhecer um pouco mais da pessoa que tem intenção e trabalhar ali. Esse estudo, conheci-do como grafologia, leva em consideração o tamanho, o formato e até a precisão da letra.

A grafóloga Elisabeth Romar, do Rio de Janeiro, ex-plica que objetivo é encaminhar a pessoa para o cargo mais apropriado, de acordo com suas aptidões, compe-

VELHOS COSTUMES POR FERNANDA MENDONÇA

Sua letra fala!

SA grafologia é uma técnica de comunicação que existe há mais de 200 anos, e por meio dela é possível descobrir traços da personalidade de cada um

tências, preparação, atitudes e personalidade.Todo mundo pode se utilizar dessa ciência. É o que

assegura o grafólogo, especialista em elaboração de perfi s, Paulo Sérgio Camargo, que atua como consultor de empresas nacionais e multinacionais, em São Paulo. Ele garante que é possível descobrir suas habilidades antes mesmo de ingressar no mercado de trabalho. “A grafologia auxilia milhares de pessoas na descoberta de competências profi ssionais e promove a orientação vocacional”, conclui.

Saiba mais sobre essa ferramenta e aumente suas chances de se tornar um profi ssional de sucesso!

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CAPRICHO E AUTENTICIDADEOs especialistas dão algumas dicas para melhorar a

redação e aumentar suas chances de conquistar a vaga dos seus sonhos.

Confi ra!Escreva da maneira como você sempre escreveu, não

tente mudar nada.Um pouco de capricho faz bem, todavia as boas em-

presas utilizam em conjunto com a grafologia outros instrumentos para avaliar o candidato e errar o menos possível na escolha. Lembre-se disso e seja honesto consigo mesmo. Só concorra a vagas que tenham a ver com o seu perfi l.

Fraudes são impossíveis! Qualquer intenção de modi-fi car a escrita é claramente observada pelo grafólogo.

Fique tranquilo e relaxado.Lembre-se de que, para o grafólogo, não existe letra

bonita ou feia.Esteja atento quanto à utilização da caneta, que de-

verá produzir uma escrita sem borrões.Escreva de forma legível e com boa pressão.Distribua o texto de forma proporcional na página.Respeite o lugar das letras maiúsculas.Evite a ausência do traço na letra “t” e do ponto na

letra “i”.Não se esqueça de assinar o texto.

PALAVRA POR PALAVRASegundo Camargo, apesar de algumas caracterís-

ticas serem descobertas facilmente, nos primeiros instantes da análise, para a grafologia os pequenos traços não são observados, mas sim o conjunto da escrita. “Para que seja possível concluir o perfi l do candidato, é necessário que ele escreva um texto de pelo menos 20 linhas”.

No entanto, algumas competências são observáveis logo nas primeiras linhas, como liderança, gerencia-mento de tempo, visão estratégica e empreendedoris-mo. Segundo ele, a escrita revela ainda aptidões físi-cas e intelectuais, atitudes sociais e valores morais: agressividade, relacionamento interpessoal, iniciativa, refl exão; egoísmo, irritabilidade, desconfi ança, capaci-dade de trabalhar sob pressão, falta de sinceridade, vontade, ética, emotividade, introversão ou extrover-são e energia.

“A grafologia auxilia milhares de pessoas na descoberta de

competências profi ssionais e promove a orientação vocacional”ELISABETH ROMAR, GRAFÓLOGA

Você sabia que a grafologia também é uma ferramenta de segurança pública? Isso porque ela ajuda a descobrir personalidades de risco. “É a chamada ‘grafologia criminal’, capaz de desvendar crimes quando há pistas escritas”, ensina Elisabeth. A técnica serve ainda para promover o autoconhecimento e descobrir a compatibilidade entre casais ou grupos de pessoas.

Há também a chamada “grafologia do-méstica”, que segundo a grafóloga, é muito útil na contratação de cuidadores.

Nas investigações históricas, o estudo gra-fológico também pode ser aplicado, e o mé-todo auxilia ainda na superação de confl itos pessoais. “O estudo da letra diagnostica os reais problemas e adversidades que a pes-soa enfrenta e ajuda a planejar e implemen-tar soluções mais efi cazes”, destaca Elisa-beth. “É o que os especialistas chamam de grafoterapia”, complementa Camargo.

CURIOSIDADES

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livro • música • filme • teatro CURTAS E QUENTES

PRIMEIRO CHEGAM OS ANJOS

CRIANÇAS FRANCESAS COMEM DE TUDO

Baseado na experiência da canadense Karen Le Billon, o livro descreve, com bom humor, os segredos da boa alimen-tação das crianças francesas, a partir da vivência da autora, que foi morar com a família na França e percebeu que mui-tos aspectos da rotina alimentar dos franceses poderiam ser benéficos para modificar hábitos em sua própria casa. Editora Alaúde.

O MENINO NO ESPELHOO filme, que entra

em cartaz nos cine-mas em janeiro de 2014, é baseado no livro homônimo de Fernando Sabino. Conta a incrível his-tória do garoto Fer-nando, que vê o seu reflexo no espelho tornar-se real. Ele ga-nha um clone chamado Odnanref, seu nome ao contrário, que lhe obedece cegamente. No elenco estão Mateus Solano, Re-giane Alves e Lino Facioli. Paris Filmes.

O livro de Isabel Vascon-cellos traz uma coletânea de 15 contos. A folha de rosto da obra é um cartão com es-paço para dedicatória ao pre-senteado. As ilustrações são da artista plástica Sueli Pinotti, que já expôs em importantes galerias na Europa e foi pro-fessora de artes plásticas da Unicamp. Barany Editora.

PETER PAN E SININHO NA TERRA DO NUNCAEm um mundo

encantado se passa a fantástica história de Peter Pan e de sua amiga, a fada Sininho, que encon-tram a casa dos ir-mãos Wendy, João e Miguel e os levam para uma inesquecí-vel aventura. No ca-minho surge o terrível inimigo Capitão Gancho, que decide ata-car o grupo. Reestreia no dia 11 de janeiro de 2014, no Teatro Bi-bi Ferreira, em São Paulo.

O HOBBIT: A DESOLAÇÃO DE SMAUGAs novas aventuras de Bilbo

Bolseiro, um pacífico hobbit, chegam à telona antes do Na-tal. Ao lado de um grupo de anões e de Gandalf, o hobbit tentará recuperar o tesouro tomado pelo dragão Smaug. Durante essa jornada, ele se depa-ra com o anel de poder possuído por Gollum. Warner Bros.

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ÁGUA NA BOCA

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Risoto de carne seca, agrião e ponkan

INGREDIENTESCaldo de legumes

• 1/2 cebola pequena sem casca

• 1/2 cenoura sem casca• 1/2 talo fino de salsão• 1 litro de água em tempe-

ratura ambiente

Risoto• Caldo de legumes para

o preparo do fundo de risoto

• 100 g de arroz arbóreo cru

• 1/2 cebola pequena liquidificada com 30 ml de azeite de oliva

• 1 folha de louro• 20 ml de vinho branco

seco• 1 pitada de sal

Finalização do risoto• 200 g de fundo de

risoto (arroz arbóreo pré-cozido)

• 50 g de carne-seca dessalgada e desfiada (deve ser cozida e desfiada em panela de pressão, trocando a água por três vezes)

• 8 gomos de ponkan sem sementes (reserve 4 gomos para decora-ção e pique os outros 4 em 3 pedaços cada um)

Receita gentilmente cedida por Gardeno Gastronomia Mediterrânea, de Curitiba (PR)

• 30 g de agrião picado com talos

• 150 ml de caldo de legumes quente para finalizar o risoto

• 20 g de manteiga sem sal

• 30 g de queijo parme-são ralado na hora

• 15 g de sal• Pimenta-do-reino a

gosto (moída na hora)

MODO DE FAZERCaldo de legumes

• Coloque os ingredientes acima para aquecer em fogo baixo, mas sem deixar ferver. Reserve.

Risoto• Em uma caçarola de

fundo grosso, refogue ligeiramente a cebola e o louro em fogo baixo, para adocicar, mas sem dourar. Adicione uma concha do caldo de legumes. Isso fará com que se interrompa o refogar e irá saborizar o caldo. Adicione o arroz arbóreo, o sal e adicione gradativamente o caldo quente até que o arroz esteja levemente imerso nele. Suba a força do lume e adicione o vinho

branco. Deixe ao alcance das mãos uma colher e o caldo quente com uma concha. Como o arroz consome líquido muito rapidamente, mexa-o lenta-mente, com movimen-tos circulares, suaves e contínuos, para que ele não agarre no fundo da panela. Adicione o caldo aos poucos, conferindo o ponto do arroz, até atingir um equilíbrio de temperatura e dosagem de caldo num ponto em que os grãos não este-jam mais crus e crocan-tes, mas ainda longe do ponto final (9 minutos de cozimento) e sem estarem mais imersos em caldo. Uma ótima opção é espalhar o arroz em superfície fria para interromper o cozimento dos grãos e preparar a finalização.

• O fundo de risoto tem como objetivo assimilar as primeiras camadas de sabor, retirar o doce do arroz sem salgar. É a primeira e segunda demão de sabor.

Finalização do risoto• Em uma caçarola, adicione

a carne-seca desfiada e uma concha do caldo de legumes e leve ao fogo. Com uma colher, espa-lhe bem a carne-seca desfiada no caldo. Confira o sal. O ponto ideal é a carne com sabor suave e levemente salgada. Adicione aos poucos o fundo de risoto, o sal, a pimenta e o caldo, mexendo sempre para que não agarre no fundo. Nessa etapa, o arroz irá liberar o amido (confe-rindo cremosidade). O arroz deve estar al dente (grãos inteiros, indivi-duais, macios e agra-dáveis). Atingido esse ponto, adicione o agrião e a ponkan, misturando bem suavemente para que o suco não aban-done os gomos da fruta. Adicione a manteiga e o parmesão, salteando. A manteiga deverá arredon-dar, unir os sabores, e o parmesão gratinará em perfeitas raias.

• Coloque em um prato, colher sobre colher, sem nunca apertar, decorando com os gomos reser-vados e um buquê de agrião.

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FINAL FELIZ

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BAILE DE MÁSCARASQuiseraque minha multidão de facesnuma única facetransformassea vidae travestissea sortenum grande e mágicosorriso! Não mais houvessefaces de dorno rosto triste e trágicodo palhaçoque me façono palco do circo cotidiano! Não mais houvessefaces de luto,susto ou medo,faces de perda, mágoae raiva!faces de espantozanga ou dúvida! Mil facesQuiseracaissem no chãoe se quebrassemcacos de porcelanaque se misturassemsem nome, sem forma,sem definição! NARA JANUSZ – LEITORA DA PONTO DE ENCONTRO

Pô, a vida não passaDo presente à fútil data.Se lágrimas passadasNa infância,O equívoco não passa de nada.Deixe-se amar,Ferir-se até cansar,Sofrer, filosofar,Se acostumarCom esse novo ato de respirar.Amanhã crescerãoNão terminarãoNunca com pretexto sãoEnganar-se sempre o sentido para onde vão, mas não ao exílio da exasperação.JULIANA VALBERT LEITORA DA PONTO DE ENCONTRO

QUE VIDA É ESSA?Fazemos arte com o que é tristeSentimos prazer na desgraça alheia.Nos encantamos com o errado E o que é pra ser junto preferimos separados.

Vida essa que o certo está erradoE o errado sempre certo.A verdade é mentira e a mentira é verdade.O injusto é justiçado, os direitos são negados.E a paixão virou amor.

Que vida é essa que a aparência tem valor.O importante é expor.Não importa como seja.Mesmo que a decência eu exceda.É muito bom se aparecer.

Onde o corpo é louvadoO interior é desprezado,Pois só cremos naquilo que se pode ver.

Um excesso de liberdadeAbrindo mão da intimidadeAfinal vale tudo.Pra parecer que está feliz.

Que vida é essa que mesmo que sejamos alguém.Haverá sempre ao nosso lado alguém.Se sentindo um ninguém.Mesmo nos tornando ricos.Continuaremos pobres.

E quando crianças, brincamos de ser gente grande, e quando grandes, agimos como criança.Continuaremos com uma saúde frágil e pobre.TIAGO FERREIRA DOS SANTOS LEITOR DA PONTO DE ENCONTRO

O TREMTrem que vai e vemE não incomoda ninguém.Trem que vai e vem e muita gente contémTrem que anda tão bemQue meus pés se sentem no além.MARIA DA SILVA LEITORA DA PONTO DE ENCONTRO

A CADEIRA DE BALANÇOSentada na cadeira de balançoQue acabara de ganharUsando xale e biroteTricotava sem parar

Resmungava bem baixinhoPor que tenho de tricotarSe o que quero mesmoÉ dançar e namorar

Gostei de ganhar um netinho,Mas por issoVou ter de me recatar?

Levantou da cadeiraDesmanchou o biroteJogou o xale longe

Saiu requebrando e dizendo:Só porque sou avóVou parar de respirar?MARIA ANGELA BARROS CURCIO LEITORA DA PONTO DE ENCONTRO

COMO FOLHAS AO VENTOA esmo, ao sabor do vento,Sem base, nem rumo ou noção,Estas folhas bem parecemCom meu pobre coração.Não foi a cálida aragemDe uma tranquila estaçãoQue em sua sutil passagemMudou a sua direção.Mas inesperadas rajadasDe ventos impetuososAs levaram arrebatadasPor caminhos sinuosos.Minha vida um pé de ventoMaldoso tirou de seu prumo;Como folhas, ao relento,Vou caminhando sem rumo.EDSON JUSTINO LEITOR DA PONTO DE ENCONTRO

Escreva para: [email protected]

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revista ponto de encontro - dsp - ed 47

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