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Jornal Escolar

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Page 1: Ponto de Encontro
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Congresso: “A Primeira República e a Educação” Congresso: “A Primeira República e a Educação” Ponto de Encontro | junho de 2010 | nº 51|02

Propriedade: Escola Secundária Padre Benjamim SalgadoDirecção: José Alfredo Mendes

Coordenação: Rosa GomesDesign: Luís Alberto SantosPaginação: Arminda Ferreira, Luís Alberto Santos, Paula Carvalho e Rosa GomesRedacção e Revisão: Clara Castro, Clara Costa e Margarida Rebelo

Produção: Comunidade EscolarApoio: Câmara Municipal de V. N. de Famalicão

Ficha Técnica: Ponto de Encontro Contactos: E.S.P.B.S.Rua dos Estudantes4470-270 JoaneVila Nova de Famalicão

Telefone: 252 996877/8

e-mail do jornal: [email protected]

O Congresso “A Primeira República e a Educação” decorreu na nossa Escola entre 7 e 9 de Maio. Foi uma organização conjunta da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, do Núcleo de História e Memória da Educação do Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto e da Secção de História da Educação da Sociedade Portu-guesa de Ciências da Educação.

Nele participaram largas dezenas de professores dos Ensinos Básico, Secundário e Superior, bem como investigadores e estudantes de Mestrado e Doutoramento portugueses e brasileiros.

A Sessão de Abertura foi presidida pelo Secretário de Estado Adjunto e da Educação Prof. Doutor Alexandre Ventura. Nela também estiveram presentes o Presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Arquitecto Armindo Costa, o Governador Civil de Braga, Dr. Fernando Moniz, o Director da Escola, Dr. Alfredo Mendes, a Coordenadora do Núcleo de História e Memória da Educação do Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Prof. Doutora Mar-garida Felgueiras, a Coordenadora da Secção de História da Educação da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação, Prof. Doutora Maria João Mogarro e o Coordenador da Comissão organizadora do Congresso, Prof. Doutor Rodrigo Azevedo.

Neste Congresso realizaram conferências e participaram em mesas redondas muitos dos mais importantes historiadores da Educação portugueses. As mesas redondas trataram de três das temáticas essenciais da Educação na Primeira República: O Sistema de Ensino (com a participação dos professores Margarida Felgueiras da faculdade Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto e Luís Alberto Alves e Luís Grosso Correia, ambos da Faculdade de Letras da mesma Universidade); Cidadania e Civismo (com os professores Joaquim Pintassilgo do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e José António Afonso, do Instituto de Educação da Universidade do Minho); A Educação da Mulher (com as professoras Maria João Mogarro, da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de

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Congresso: “A Primeira República e a Educação” Congresso: “A Primeira República e a Educação” |03

Portalegre, Maria José Magalhães da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto e Maria Teresa Santos da Universidade de Évora). A conferência de abertura foi realizada pela professora Áurea Adão, da Universidade Lusófona, que tratou dos De-bates Parlamentares sobre a Educação e a de encerramento pelo professor António Gomes Ferreira, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra sobre a Formação de professores. Realizaram ainda conferências os professores Luís Reis Torgal, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, que falou do Ensino Superior, Alberto Araújo do Instituto de Educação da Universida-de do Minho, que se ocupou da temática do Homem Novo e Rodrigo Azevedo, investigador do CIIE da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto e docente da Universidade Portucalense e da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, que falou dos quotidianos dos estudantes liceais e do Ensino Técnico.

Cerca de duas dezenas de painéis e comunicações foram apresentados por muitos outros investigadores e professores, tratando das mais variadas problemáticas educativas do período republicano.

O clima dos três dias de Congresso foi marcado por um intenso debate sobre as linhas de força da Educação ao longo da República, seus êxitos e insucessos, propostas utópicas e realizações bem sucedidas. Este foi também um momento de animado convívio entre participantes das mais diversas origens geográficas e profissionais. Para que tal sucedesse foi essencial a contribuição empenhada de muitos dos membros da nossa comunidade educativa. Desde logo, o seu Director, professor José Alfredo Mendes, cuja contribuição foi essencial para a realização deste evento. Em seguida, a Comissão Organizadora, cujos membros se empenharam activa e profundamente para que tudo decorresse da forma o mais perfeita possível, o mesmo tendo sucedido com os responsáveis pelas várias comissões de apoio técnico. Da mesma forma, merece saliência o empenho de muitos outros docentes, funcionários e alunos cuja contribuição foi essencial para que este acontecimento tivesse sido um êxito.

Professor Rodrigo Azevedo

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Vermelho e Verde em Jeito de Comemoração da 1ª RepúblicaVermelho e Verde em Jeito de Comemoração da 1ª República

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Por vezes há surpresas que nos salvam de rotinas anónimas onde as vozes se calam pelo cansaço e pela ausência de pausas para a partilha. Desta vez, foi um encontro em vermelho e verde onde todos foram ouvidos: os do tempo presente e os do tempo passado.

Os do tempo presente

A paisagem foi tecida pelos alunos e seus professores, assumindo-se como a estrutura da arquitectura viva e funcional destes três dias. Sempre com sorrisos temperados com o cansaço de quem a pôs em marcha, com uma eficácia acolhedora, e muitas, muitas pitadas de mão--cheia de “artes de bem-fazer”. A de um receber social, a de captar os registos visuais e os testemunhos orais, a de alimentar, a de partilhar obras artísticas, a de resolver as ignorâncias técnicas, e a abertura afável para conversas soltas e preguiçosas de todos os que habitam esta escola …

Numa mistura leve, estiveram visíveis e discretas as maestrinas (e os maestros), que conjugaram em harmonia o verbo laboral desta orquestra. Foi feita evidência a cumplicidade deste grupo que contra o tempo e o espaço, unidades do seu saber profissional, tornaram estes dias para mim uma revisitação de militâncias de outrora. Sem roupa de saudade piegas, mas sim com a altivez de quem acredita que a His-tória é uma construção que celebra sem fronteiras o passado e o presente, e que ela é um necessário Norte e Sul na construção das ideias, feitas acções, de Cidadania e de Pertença.

Falo também dos que compareceram à chamada de ouvir, falar e questionar. Falo de um público que mostrou evidências de quem fazia parte da surpresa, que estava ali para aprender: ora sorrisos tímidos ora gargalhadas escancaradas; um corpo que inclinou na cadeira para melhor ouvir; outro que avançou na fila porque precisou de ver as mãos e a face do orador; um comentário jocoso feito para o lado; uma pá-gina branca que se foi enchendo aplicadamente de palavras; perguntas inquietas que se formularam; um esgar de quem não ficou satisfeito com a resposta; uma pausa na respiração de alguém que tinha muitas perguntas e só se atreveu a fazer uma, ou… Falo das pessoas que mesmo nas pausas com cheiro a café ou outras ‘especiarias’ continuou a discutir, a fazer perguntas, a tecer história(s) com outros parceiros.

Os do tempo passado

Foram resgatados, homenageados por vozes altas, daquelas que são humildes porque sabem da provisionalidade das suas palavras, dos seus saberes. Fomos por elas enredados em espaços, discursos das gentes do passado.

Espionámos políticos e espantámo-nos com a familiaridade de alguns actos e crenças, reconstruímos os alicerces do ‘nosso’ sistema de ensino, do bê-á-bá ao senhor ‘doutor’, constatámos a porosidade dos campos do laico ao religioso. Entrámos na intimidade dos quotidianos privados dos professores e alunos, no espaço das quatro paredes da sala de aula ou do museu, no espaço verde da rua. Conjugámos a edu-cação com autorias femininas e masculinas. Lemos, ouvimos, interpretámos livros, músicas, cartoons, jornais, todos com intenções umas subterrâneas e outras pontiagudas. Os do tempo passado tingiram-se por vezes com as cores vindas do Brasil, caldeadas por estranhezas ou com uma não tanto surpreendente similitude.

Os do tempo passado passaram a ser um pouco mais tratados pelo “tu” de irmãos, de amigos. Um pouco mais…

Por vezes há surpresas que são H(h)istória. Foi o que fizemos deste encontro em Maio vermelho e verde republicanos:Alguns episódios que serão feitas memória comum em conversas futuras,Uma esquina para decisões de trabalho futuro,A descoberta de pessoas com quem fazer essa caminhada, a redescoberta de outras, talvez… de certeza. E…

Por vezes há a surpresa reconhecida de que temos um bilhete de identidade que testemunha e denuncia em alto som, que a construção do conhecimento é feita com práticas e discursos que compartilham marcas de pertença.

Por fim, apenas um muito obrigado sentido na primeira pessoa do singular.

Maria do Céu de Melo, Professora Associada da Universidade do Minho, Membro da Comissão Científica do Congresso

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A Primeira República e a Educação

Os republicanos portugueses considera-vam que o evidente atraso do País em ter-mos de alfabetização, bem como o facto da inexistência de escolas primárias em muitas freguesias rurais, que se verificava no iní-cio do século XX, se devia à incapacidade, quando não ao desinteresse, dos governos monárquicos, em promover a instrução po-pular. Assim, através de estudos científicos, ou de propostas pedagógicas, bem como nas intervenções nas Cortes, ou nos artigos de propaganda na Imprensa e nos discursos em comícios, os republicanos procuravam demonstrar que os governos monárquicos evidenciavam um permanente desinteresse pela alfabetização dos grupos sociais mais desfavorecidos, apesar da legislação que era aprovada em contrário. Segundo eles, isto resultava do facto que, quando alfabetizado, o povo compreenderia que a República era o único regime político que permitiria o ressur-

gimento nacional, face ao estado de decadên-cia a que a Monarquia tinha levado o país.

Realmente Portugal era, por volta de 1900, um dos países europeus com maior percentagem de analfabetos. De forma sinté-tica, é possível assinalar como causas essen-ciais para tal situação: o facto de Portugal ser um país em que o Catolicismo imperava e, num fenómeno extensível a toda a Europa do Sul, a Igreja, enquanto instituição, não fa-vorecer a alfabetização popular, ao contrário do que sucedeu nos países dominantemente protestantes; o país ser unificado política e linguisticamente, o que não levava o Estado a usar a Escola como agente aglutinador e impositor da nacionalidade dominante, como aconteceu em França, ou na Espanha, por exemplo; o escasso investimento, da maioria dos governos monárquicos, ao longo do perío-do constitucional, na então chamada Instru-ção Pública, como um todo, e particularmen-te no Ensino Primário, o que conduziu a um geralmente lento crescimento da rede esco-lar, à falta de condições da quase totalidade das escolas (na sua maior parte instaladas em casas de habitação alugadas), à penúria do mobiliário e material escolares, à muito deficiente preparação dos professores (par-ticularmente até à década de 1870, quando começam a leccionar os primeiros alunos formados nas duas Escolas Normais cria-das em Lisboa) e à sua parca remuneração.

A alfabetização em toda a Europa foi inicialmente um fenómeno essencialmente masculino, só depois alcançando massiva-mente as mulheres. No caso português, no dealbar do século XX, ainda existiam mui-tas povoações rurais em que todas as mu-lheres eram analfabetas, ou só sabiam ler e escrever as que pertenciam às famílias mais abastadas de proprietários fundiários.

Como se afirmava no Preâmbulo da Re-forma do Ensino Primário e Normal de 1911: “Portugal precisa de fazer cidadãos,

essa matéria-prima de todas as pátrias. (…) Ora o laboratório da educação infantil está para as camadas populares, sobretu-do na escola primária, e é lá que verdadei-ramente se há-de formar a alma da Pátria republicana. (…) É que se torna urgente que todo o português, da geração que co-meça, seja um homem, um patriota e um cidadão”. A construção do Homem Novo re-publicano tinha, desta forma, que ser forja-da a partir do cadinho do Ensino Primário.

Ao longo dos dezasseis anos de dura-ção da Primeira República o número de es-colas primárias subiu de 6412 para 7126. Apesar de se continuar a verificar muitas insuficiências, foi construído um núme-ro relevante de novos edifícios escolares.

Um dos aspectos mais marcantes foi o da formação de uma nova geração de pro-fessores republicanos em Escolas Normais republicanas e conhecedores dos mais actu-alizados métodos científicos e experimentais de Ensino. Tal só veio a suceder realmen-te a partir de 1918 mas, como o número de professores era então bastante mais ele-vado que o de lugares de Ensino existen-tes, boa parte dos jovens assim formados só começou a leccionar nos anos finais da República, ou mesmo já durante a Ditadu-ra Nacional. De qualquer modo, o número de novos diplomados foi superior a 10.000.

Como forma de ultrapassar as dificulda-des criadas pela falta de escolas, foram cria-das cerca de 300 escolas móveis, movimento através do qual foram ensinadas as primei-ras letras a cerca de 200.000 alunos de am-bos os sexos, quer crianças, quer adultos.

Em muitas associações foram rea-lizados milhares de cursos de alfabeti-zação de adultos, o mesmo sucedendo, à noite, em muitas escolas primárias.

À monarquia convêm a ignorância e o boçalismo do povo. Depois dos crimes que ela tem praticado, instruir o povo é o mesmo que incitá-lo a que se revolte.Com a República e com a Liberdade está sempre a instrução e só com a reacção monárquica se dá bem e adapta a ignorância e a degradação intelectual dos povos.

Discurso de António José de Almeida in Educação Nacional, Nº 552, 14 de Abril de 1907, p. 1

Professor Rodrigo Azevedo

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Eis algumas opiniões dos alunos do 9º A:

- República é um regime democrático em que o povo escolhe os seus governantes livremente;- É um regime político em que se defendem as liberdades dos cidadãos;- É um regime político onde há um Presidente que é eleito de 4 em 4 anos pelo povo;- Para mim uma República é ter liberdade;- É uma forma de Governo para zelar pelos direitos e deveres dos cidadãos;- Numa República há mais liberdade de expressão;- É um regime político onde há liberdade e igualdade perante a lei;- A República é um regime político onde podemos dizer as nossas opiniões e não sermos censurados;- Uma República é uma forma de governo onde o governador é o Presidente da República;- Uma República é um regime político onde podemos ter as nossas opiniões;- República é um regime político em que o povo com mais de 18 anos tem direito a votar no partido que simpatiza.- É um sistema político onde a liberdade de expressão é um direito e tem que existir para resultar;- É Um regime político onde existe igualdade de direitos dos cidadãos escritos numa Constituição;- República é diferente de Monarquia e de Ditadura. Professora Arminda Ferreira

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No dia 26 de Março, as turmas A, B, C, D, E, F e G do 11º ano da Escola Secundá-ria Padre Benjamim Salgado visitaram a Assembleia da República com os seguintes objectivos: constatar in loco a concretização da democracia; legitimar a relevância da ar-gumentação na Filosofia; relacionar Retórica e Filosofia; identificar os riscos da Retórica; identificar, na actuação dos oradores, o pro-cesso subjacente à construção dos argumen-tos, abordado nas aulas de Filosofia durante o ano lectivo.

O dia começou bastante cedo com partida marcada para as 5:30 horas da manhã, onde se esperava uma longa e cansativa viajem de autocarro. A curiosidade estava presente nos alunos, pois ninguém sabia como seria assis-tir a um debate com figuras importantes do nosso País.

Visita de Estudo à Assembleia da República

Chegados ao parlamento, os alunos assistiram ao debate parlamentar, onde se discutia o projecto-lei apresentado pelo CDS PP sobre o “Estatuto do aluno”. No decorrer deste, os alunos assistiram à votação do projecto-lei por parte dos diferentes partidos constatando o am-biente vivido na Assembleia, assim como a formulação do Discurso Político.

Terminada a sessão parlamentar, dirigiram-se para o Mosteiro dos Jerónimos onde almoçaram, desfrutaram da paisagem e preparavam--se para a longa viajem de regresso que ocorreu por volta das 15:00 horas.

Para alguns aquilo a que assistiram no Parlamento não era exactamente o que julgavam, quando assistiam a notícias na televisão, quer a nível de espaço e organização interior, quer a nível de discurso e intervenções feitas.

Chegados a Joane por volta das 21:00 horas o cansaço era evidente, apesar de a visita ter proporcionado um momento de descoberta e alargamento de horizontes sobre o Mundo Político. Talvez o caminho a seguir para alguns de nós, nos dias desta nova geração!

Ângela Rodrigues / Patrícia Campos,11ºD

O que é uma República?

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A ESPBS é a Única a Nível Nacional a Participar no Projecto Europeu EAC School´s

- European Active Citizenship - No decurso deste ano lectivo, o 12º ano, da

turma F da Escola Secundária Padre Ben-jamim Salgado, trabalhou o tema Pobreza Exclusão Social, no âmbito da disciplina de Área de Projecto.

Este tema insere-se num projecto europeu (EAC School’s - European Active Citizenship), em que a nossa escola é a única participante a nível nacional. Neste programa, a turma escreveu um conto cujo tema abordado teria de estar relacionado com o assunto tratado nas aulas e levou dois alunos da turma a Mi-lão, acompanhados pela professora Clarisse Ferreira. Durante a estadia nesta cidade, os alunos e a professora ficaram a saber que o vencedor foi uma escola italiana e, embora a nossa delegação não fosse premiada pelo seu esforço, foi a segunda mais aplaudida depois da vencedora.

É de sublinhar o facto de se estar a cele-brar o ano europeu da luta contra a “Pobreza e Exclusão Social” e, desde já, aproveitamos o ensejo para apelar a todos os leitores que demonstrem uma maior sensibilidade e aju-da a estas classes demasiadas vezes esque-cidas.

Cada grupo trabalhou subtemas ligados à Pobreza e Exclusão Social tais como: Do-enças Crónicas; Grupos Étnicos e Culturais Minoritários; Idosos e Pessoas com Deficiên-cia e Sem-abrigo. A turma apresentou o re-sultado do trabalho realizado durante todo o ano lectivo, no dia 2 de Junho, estando todos vestidos com t-shirts que tinham o objecti-vo de sensibilizar toda a comunidade escolar para o facto de a pobreza e a exclusão social estarem mais perto do que pensamos.

A Turma do 12º F

III Conferência Anual da “EAC School´s Network”

A III Conferência Anual da “EAC Schools Network” (Rede Europeia de Escolas para a Cidadania Activa), cujo tema em debate foi o da “Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social”, teve lugar, em Milão, nos dias 7 e 8 de Maio.

Para além da delegação portuguesa, representada pela nossa Escola através dos alunos Tânia Cunha e do Carlos Monteiro, do 12ºF, mar-caram presença duas delegações de Malta, duas de França, uma da Espanha, uma da Estónia, uma da Finlândia, uma da Alemanha, uma da Lituânia, uma da Bulgária e as quinze delegações italianas, num intercâmbio e discussão de temas bastante proveitosos para todos. De forma informal (almoços/jantares) ou em mesas redondas promovidas pela Organização, discentes e docentes acompanhantes partilharam alguns projectos desenvolvidos em cada país, discutiram temas como “Como deve ser o cidadão europeu ideal?”, “Como reforçar a rede EAC Schools: actividades, blogue, intercâmbios tecnológicos e vídeo-conferências”. Em todos estes momentos, os alunos desta escola tiveram uma participação bastante activa, representando com distinção o nosso país.

Outro momento alto foi o da atribuição do prémio para o melhor conto sobre o tema da “Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social”, cujo primeiro lugar foi atribuído a uma escola italiana.

Logo na manhã do dia 7 de Maio, discentes e docentes estiveram reunidos para ouvir representantes de várias instituições locais sobre experiências vivenciadas e trabalhos desenvolvidos, e em desenvolvimento, nesta área, nomeadamente com emigrantes, alunos de etnias culturais minoritárias, sem-abrigo e pessoas carenciadas a nível económico.

Através do testemunho destes voluntários, professores e párocos ficou clara a ideia de que, frequentemente, a exclusão social resulta da pobreza cultural que está enraizada em determinadas pessoas, pois “o medo e desconhecimento do Outro” levam ao seu afastamento, pelo temor da diferença. “Lutar contra a pobreza e a Exclusão Social é, antes de mais, uma questão de mentalidade e de solidariedade”.

Este é um lema com o qual concordamos e para o qual chamamos a atenção dos nossos preciosos leitores. Um pequeno gesto, uma palavra de carinho ou um abraço podem fazer toda a diferença e nós podemos fazê-la nesta luta de hoje e de amanhã. Professora Clarisse Ferreira

III Conferência Anual da “EAC School´s Network”

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A ESPBS Marca Presença em Londres

O primeiro grupo da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, que integrou 24 pessoas (23 formandos e uma formadora), visitou as terras de Sua Majestade, viagem realizada de 23 a 25 de Abril, como previs-to no projecto delineado pelo grupo de Inglês Nocturno.

Apesar da época conturbada, provocada pela instabilidade vulcânica que ainda se reflecte no tráfego aéreo, a viagem de ida e volta deste grupo não ficou comprometida, decorrendo normal e atempadamente.

Durante a estadia na cidade de Londres, viveu-se um ambiente de salutar convívio, partilha e boa disposição. Os formandos de-monstraram muito entusiasmo e motivação, procurando usar as suas competências na língua inglesa para comunicarem nas situ-ações reais com que se foram deparando. Os seus conhecimentos linguísticos e culturais foram certamente consolidados.

O itinerário foi cumprido na plenitude, sendo do agrado de todos os locais visitados, realçando-se, sem detrimento dos restantes, os mo-mentos divertidos no Museu Madame Tussaud’s!

Apesar do sono e cansaço físico, próprios de tantos quilómetros calcorreados pela bela cidade de Londres, denotou-se alguma renitência em regressarem a Portugal e, a julgar pelos apelos para visitarmos outros locais, ficou nos formandos o “bichinho” pelo Reino Unido…

O grupo de Inglês Nocturno

Retrospectiva de uma Visita de EstudoNo dia 19 de Fevereiro de 2010, três turmas do 8º ano (C, D, E) da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, participaram numa visi-

ta de estudo a Ponte de Lima. Visitaram o Centro Histórico da Vila mais antiga de Portugal e conheceram a Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro D’Arcos. O almoço realizou-se na Quinta Pedagógica de Pentieiros. As turmas estavam divididas em grupos, para que a cada local fossem poucos alunos em simultâneo.

O meu grupo foi primeiro para o Centro Histórico de Ponte de Lima, onde nos esperava um Guia, o Dr. José Velho D’Antas, que nos acompanhou e deu a conhecer muitos aspectos curiosos da história desta Vila. Começámos a visita em cima da ponte sobre o rio Lima, cuja nascente é na Galiza e que desagua em Viana do Castelo. O guia explicou-nos que a ponte romana foi construída durante a influência da civilização romana, e que no século XIII foi substituída por outra. Disse-nos que é na Torre do Tombo que está guardada a carta de foral dada por D. Teresa (1125), a qual legitimou a fundação da Vila Ponte de Lima. O Dr. José Velho D’Antas disse-nos, ainda, que o portal gótico da Igreja Matriz da Vila Ponte de Lima possui uma rosácea, que foi construída no século XX. Visitámos ainda o jardim barroco do parque temático do Arnado, o Museu Rural e outras igrejas de Ponte de Lima. Falámos de catástrofes naturais que assolam a vila, nomeadamente cheias. Conhecemos características do centro urbano desta tão interessante vila.

Depois do almoço, dirigimo-nos ao Centro Interpretativo das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro D’Arcos. Começámos por assistir a um filme sobre as Lagoas. Depois, fomos divididos em dois grupos, para reduzir o barulho por causa dos seres vivos que se encontram, e reali-zámos um percurso que nos permitiu conhecer as Lagoas. A Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro D`Arcos foi classifi-cada, como tal, em 2000 e possui uma área de aproximadamente 350ha. Desenvolve-se na zona envolvente a duas lagoas e margens do rio Estorãos. Apresenta um interessante mosaico de habitats, com valor paisagístico, destacando-se as zonas húmidas pela elevada biodiver-sidade que suportam. No total, a Paisagem Protegida sustenta um vasto conjunto de espécies (cerca de 500) que lhe conferem importância biológica notória pelo vasto conjunto que abrange. Em relação à flora destacam-se a roseira-brava, a drosera, o feto-real, a violeta-de-água, o carvalho-alvarinho, a salguieirinha, o lírio-amarelo, o nenúfar, os juncos e a dedaleira. Em relação à fauna, destacam-se a lontra, o corço, a rã-ibérica, o lagarto-de-água, o guarda-rios, o falcão-peregrino, o cotovia-do-bosques, a garça-real, o pato-real, a galinha d’água, o mergu-lhão-pequeno, o lagarto-ocelado, a águia-d’asa-redonda, o tritão-marado, a fuinha, a cobra-d’água-de-colar e a lampreia-marinha. Durante o percurso, fomos tomando contacto com as características físico-químicas do local, essencialmente factores abióticos que caracterizam a área.

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Alunos da ESPBS Visitam a Universidade do Minho

No dia 28 de Abril de 2010, 22 alunos da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado participaram numa visita de estudo à Universida-de do Minho (Braga), no âmbito do Clube de Francês. A actividade, enquadrada no protocolo com aquela instituição e prevista no plano anu-al de actividades, dirigiu se a alunos de Francês a frequentar o terceiro ciclo, dos sétimos, oitavos e nonos anos de escolaridade. Pretendeu se motivar os alunos para a aprendizagem daquela língua estrangeira, sobretudo através do recurso ao lúdico, aliado às novas tecnologias.

Assim, o grupo de alunos teve a oportunidade de desenvolver o Francês, divertindo se e, ao mesmo tempo, alargando a sua cultura geral, em laboratórios de línguas, tendo sido muito bem acolhido por monitores e docentes de Francês daquela instituição. Visitaram igualmente o campus universitário, cujas dimensões impressionaram sobremaneira os alunos, bem como o extensíssimo espólio da Biblioteca Geral e do Centro de Estudos Humanísticos. Os alunos também puderam interagir com alunos pertencentes a outro nível de ensino na cantina universitária e acabaram, de igual modo, por assistir a rituais de praxe académica.

Da viagem todos falam com entusiasmo e aguardam com expectativa uma edição da mesma, no próximo ano lectivo. Espera se poder continuar a contar com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão no que diz respeito ao transporte.

Professora Helena Guimarães (responsável pelo Clube de Francês)

Nas lagoas existem muitas relações bióticas como a simbiose (seres vivos que se ajudam mutuamente e cuja existência é impossível quando separados). As inundações enriquecem os solos com sais minerais, daí a sua importância para a fertilidade destes.

Para mim, esta visita de estudo foi bastante enriquecedora, pois aumentei o meu conhecimento em diversas áreas: fiquei a conhecer a história de Ponte de Lima e tomei contacto com a riqueza geológica e biológica das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro D’Arcos.

Marta Silva, 8º D

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Visita de Estudo à F3M SoftwareNo passado dia 25 de Março de 2010, os alunos do Curso Profissional de Informática de

Gestão do 10 º e 11º J efectuaram uma visita de estudo à empresa F3M Software, situada em Braga, acompanhados pelos professores de OEAG, Rui Nunes e Josefina Gonçalves, e de Português, Anabela Teixeira e Cristina Oliveira.

Os principais objectivos definidos para a visita de estudo foram os seguintes: conhecer a realidade empresarial, conhecer a estrutura orgânica de empresa e o seu funcionamento, compreender a importância da informática no contexto actual e, sobretudo, estabelecer a ligação entre a escola e o meio empresarial.

A partida deu-se da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, pelas 15 horas da tar-de, estando previsto o regresso para as 16.30.

Após a chegada, fomos recebidos pela Dr.ª. Alexandra Gonçalves, que nos fez um enqua-dramento geral da empresa (breve apresentação) e as áreas onde ela exercia os seus traba-lhos. Neste sentido, ficámos a saber que a F3M-Information Systems S.A é hoje uma das sete empresas portuguesas que integra o Guia Europeu sobre a Responsabilidade Social das Empresas, resultado das suas boas práticas no âmbito da RSE. Recentemente, a empresa foi também reconhecida pelo IAPMEI como PME líder, passando a integrar o grupo restritivo de empresas.

A apresentação mais aprofundada sobre o trabalho elaborado naquela empresa foi feita pelo Engenheiro João Oliveira, que nos falou do processo de desenvolvimento de um Projecto de Desenvolvimento de um Software, e pelo Engenheiro Hugo Vieira, que terminou a apre-sentação falando-nos sobre a implementação, manutenção e serviços de assistência de uma solução de hardware. Dando continuidade à visita, os alunos tiveram a honra de conhecer as instalações F3M Software e BIT-F3M Solution. Parte da F3M foi-nos apresentada pela Dr.ª Alexandra Gonçalves, a qual nos explicou o funcionamento de cada um dos departamentos da F3M Software. Toda aquela zona trabalhava nas áreas de manutenção dos computadores e de Marketing Comercial. Acompanhados pela Dr.ª Tânia Palma, os alunos foram conhecer o funcionamento de cada um dos departamentos da BIT-F3M Solution e a forma como são geridos projectos de grande dimensão. Esta zona da empresa engloba as áreas de programa-ção e de assistência técnica. No decorrer de toda esta visita os alunos tentaram sempre expor as suas dúvidas acerca do que tinham visualizado.

Com a cooperação de todos, a visita foi realizada com sucesso, tendo assim sido cumpridos todos os objectivos. Desta forma, podemos assim afirmar que a visita foi muito produtiva, incentivando os alunos para o mundo do trabalho e motivando-os para o seu futuro.

Cristiana Azevedo 10º J

Visita à LIPORNo dia 25 de Março do corrente ano, um grupo de alunos do 12º D visitou a empresa LIPOR,

sediada na cidade da Maia, responsável pela recolha dos resíduos dos diversos concelhos cir-cundantes.

Esta visita teve como principal objectivo assistir “in loco” ao tratamento de resíduos sólidos, ao seu aproveitamento energético bem como aos processos de deposição dos resíduos urbanos e ao reaproveitamento das águas poluídas que provêm do aterro (águas lixiviais). Os alunos e professoras acompanharam a par e passo todo o funcionamento das linhas de tratamento em operação contínua, orientados por uma guia que fez uma apresentação do que iriam ver para, depois, compreender cada fase do tratamento residual. Posteriormente observou-se a parte do tratamento de águas, a qual mereceu, também, uma explicação pormenorizada.

Os alunos intervenientes nesta visita consideraram-na muito produtiva e interessante pois alterou alguns conceitos errados acerca dos temas abordados, para além de contribuir para a melhoria do projecto desenvolvido pelos alunos, daqui que seja aconselhável para todos os que se interessem por esta temática.

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Os adultos, as formadoras e a profissional de RVC apreciaram, com grande entusiasmo, esta visita excelentemente conduzida pelo Sr. Reinaldo Ferreira.

Sem dúvida, foi uma actividade que despoletou a curiosidade e o gosto pela leitura da obra de Camilo, um dos maiores escritores portugueses.

Os adultos dos Grupos 05 e 08 do Processo de RVCC do nível bási-co participaram numa visita de estudo à Casa Museu de Camilo, no dia trinta de Abril. A casa, onde viveu e se suicidou o escritor, viu-se transformada em museu há mais de cinquenta anos, constituindo-se uma memória viva deste homem das letras.

Os adultos puderam, neste espaço, contactar com a vida e obra do importante romancista português da época oitocentista, revivendo os principais momentos da sua vida, ao longo da visita. A casa é um magnífico espaço repleto de curiosidades da época: os retratos de Ca-milo, de Ana Plácido e dos filhos, o bengaleiro de ferro, as cartolas, as bengalas, o apanha-moscas, o candeeiro a azeite, a secretária, os óculos de sol, as botinas de Ana Plácido e os desenhos do Jorge….

Mas outros objectos guardam a marca fatídica da vida do escri-tor - o revólver, a fúnebre cadeira de balanço, o canapé e o órgão de Ana Plácido - quando, a um de Junho de 1890, Camilo, lucidamente, percebeu a sua irremediável cegueira, após a visita do Dr. Edmundo Magalhães Machado, médico oftalmologista.

É, também, entre o mobiliário e objectos pessoais do romancista, que encontrámos uma importante colecção bibliográfica, enriquecida pelas anotações exaltadas e cheias de humor, que tão bem caracteri-zam o estilo camiliano.

O património deste autor é, porém, muito mais do que a Casa Museu em São Miguel de Ceide já que está presente nos inúmeros lugares e paisagens do concelho, que lembramos ao ler as páginas de Camilo.

Adultos do CNO visitam a Casa Museu de Camilo

A Formadora de LC, Cátia Sousa

6º Fórum de Leitura e Debate de Ideias

“ ENTRE | PALAVRAS”Quatro alunos da turma A, do oitavo ano, participaram no 6º Fó-

rum de Leitura e debate de ideias “ENTRE|PALAVRAS”, que decor-reu no Conservatório de Música da Calouste Gulbenkian, em Braga, no dia 20 de Abril.

Mais uma vez, e pelo sexto ano consecutivo, o “ENTRE|PALAVRAS” reuniu, num frente-a-frente, as escolas de norte a sul do país. Esta actividade foi promovida pelo “Jornal de Notícias” e foi um verda-deiro campeonato que constituiu um estimulante desafio em jeito de fórum, com o objectivo de incentivar a leitura e o debate de ideias entre os alunos do 3º ciclo (7.º, 8.º e 9.º anos de escolaridade).

Os alunos prepararam uma apresentação subordinada ao tema “Redes Sociais”, indicando argumentos favoráveis e desfavoráveis deste recente mundo. O trabalho foi orientado pela docente de Lín-gua Portuguesa e foi seleccionado para a fase distrital, que decorreu em Braga, em conjunto com mais dezoito escolas. Apesar de os alu-nos não terem passado à fase regional, é de destacar o seu empenho e dedicação ao representarem a nossa escola.

A experiência foi francamente positiva, e contamos que partici-pem novamente no próximo ano lectivo.

Parabéns e contamos convosco José, Pedro, Francisco e João Sousa.

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|12 Ponto de Encontro | junho de 2010 | nº 51

Estava só! O meu dia tinha terminado, e a solidão voltava outra vez. Aquela solidão, aquela dor que me atormentava cá dentro. Eram todos os dias assim. Após mais um dia de escola, tudo o que tinha à minha espera era aquela dor. Tudo o que me esperava era só e simplesmente, a solidão. Mais uma vez, o meu pai não estaria em casa, a minha irmã não estaria em casa, e as saudades da minha mãe iriam aumentar. A solidão iria aumentar. A dor iria aumentar.

Naquele dia, as coisas estavam diferentes. O dia demorou ainda mais a passar. Estava cansado, mais cansado do que o costume. Sentia-me completamente esgotado. O dia tinha terminado e iria percorrer aquele caminho novamente. Novamente sozinho.

Mas houve algo. Reparei em alguma coisa que nunca tinha visto naquele caminho que fazia todos os dias. Assustei-me comigo mesmo por algo ter mudado naquele caminho que em nada mudava todos os dias em que o percorria. Havia uma janela diferente de tudo e de todas. Era uma janela amarela. Um amarelo tão vivo que nunca vira na vida.

No dia seguinte, voltara a reparar nela, e assim sucessivamente durante duas sema-nas. Parecia viciante. Parecia que esperava algo dali, mas não sabia o que era.

Até que um dia descobri. Descobri o que me atraía naquela janela eram a cor, o cheiro, tudo. Nesse dia, e mais um dia, eu percorria o mesmo caminho de sempre e reparava na janela amarela que tanto me fascinava. Porém, algo mudou. Nesse dia, a janela estava aberta! E, para além daquele amarelo tão fascinante, uma imensidão de cores novas me chamaram a atenção. Eram imensas cores e todas tão ou mais brilhantes que o amarelo daquela janela. As cores vinham de uma camisola. Uma camisola de uma menina que nunca tinha visto. Era simplesmente linda. Deslumbrante e incrivelmente única. Fiquei encantado!

No dia seguinte, ela lá estava novamente e sorria-me. Foi o primeiro sorriso que me fizeram em tanto tempo. Desde que perdera a minha mãe, nada nem ninguém me tinha tocado daquela maneira. Nada me tinha cativado tanto.

Os dias passaram. E, a partir daquela altura, todos os dias procurava aquele sorriso. Tudo mudou. Senti que algo me esperava naqueles dias seguintes. Tinha algo à minha espera. À minha espera estava a menina da janela amarela…

Ana Rita nº 1 e Ana Rita nº2, 9ºC

A Menina da Janela Amarela

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA 2010VENCEDORES da Fase de Escola e APURADOS À FASE DISTRITAL

Organizado por:Projecto DESAFIOS em PORTUGUÊSEscola Secundária Padre Benjamim Salgado

ENSINO BÁSICO:

1.º Prémio - Raquel Salgado 9.º B | 2º Prémio - Rui Machado 7.º C | 3º Prémio - Ana Sofia Martins 8.º A

ENSINO SECUNDÁRIO:

1º Prémio - Nuno Ramos 11.º C | 2º Prémio - Bárbara Carneiro 12.º C | 3º Prémio - Susana Cunha 12.º D

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Um pouco de... Luís Vaz de Camões

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- Sr. Luís, gostaríamos de descobrir um pouco mais da sua carreira. Gostaríamos de fazer-lhe algumas perguntas, às quais esperamos que possa responder.- Claro que sim, com muito gosto.- Há muitas dúvidas sobre o local e data do seu nascimento. Que nos pode dizer sobre isso?- Nasci em Lisboa, por volta de 1524. Como não há qual-quer registo de nascimento, confesso que até eu estou ba-ralhado, e não me recordo muito bem da data.- Para si, quais são os livros que considera mais importantes, e que mais gostou de ler?- Interessei-me muito pelos poemas de Homero e de Virgí-lio, que contam as aventuras do sábio Ulisses e de Eneias.- Para além do interesse pela leitura, como ocupava o resto do seu tempo?- Ocupava o meu tempo em distracções próprias dos jo-vens, e também namorava as cachopas bem lindas do meu tempo, em Coimbra e mais tarde em Lisboa. - Confirma que os biógrafos, por vezes, lhe inventavam algumas na-moradas?- Confirmo, nomeadamente as donzelas e damas da corte ou mesmo amores por princesas.- Ouvimos dizer que já esteve preso por diversas ocasiões.- É verdade, nem sempre fui muito bem comportado e, por vezes envolvia-me em brigas. Também, por diversas ocasiões, estive preso, em Constância.- Exerceu mais alguma profissão na sua vida?- A determinada altura da minha vida fui para soldado e estive a combater os mouros no norte de África, na zona onde o meu Rei queria obter territórios.- Teve algum ferimento durante a guerra?- Sim, fui ferido em combate e perdi para sempre um dos meus olhos, mas do que eu mais tinha medo era de mor-rer jovem.- As mulheres continuaram a olhar para si da mesma maneira?- Algumas sim, outras não. As que gozavam comigo rece-biam em troca um soneto malicioso…- Dizem que salvou Os Lusíadas de um naufrágio.- Sim, fui vítima de um naufrágio, no qual quase perdi a minha vida, mas felizmente consegui a custo salvar o meu livro. - Se escreveu um livro tão importante, deve ter ganho muito dinhei-ro.- Não. O Rei nem sempre pagava a mesada que me pro-metera e, como regressei do Oriente miserável, miserável morri, sem deixar sequer dinheiro para o meu funeral.

Um grupo de alunos da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado fez uma pequena entrevista para ficar a saber e a conhecer melhor a vida de Camões, o maior poeta português.

Muito obrigado pela entrevista que nos concedeu. Despedimo-nos pe-dindo que declame um soneto seu.

É com muito gosto. Dedico-vos este poema.

Aquela cativa, que me tem cativo,porque nela vivo, já não quer que viva.

Eu nunca vi rosa, que em suaves molhos,que para meus olhos, fosse mais fermosa.

Nem no campo flores, nem no céu estrelas,me parecem belas, como os meus amores.

Rosto singular, olhos sossegados,pretos e cansados, mas não de matar.

üa graça viva, que neles lhe mora,para ser senhora, de quem é cativa.Pretos os cabelos, onde o povo vão

perde opinião, que os louros são belos.

Pretidão de Amor, tão doce a figura,que a neve lhe jura, que trocara a cor.Leda mansidão, que o siso acompanha:bem parece estranha, mas bárbara não.

Presença serena, que a tormenta amansa:nela enfim descansa, toda a minha pena.

Esta é a cativa, que me tem cativo,e, pois nela vivo, é força que viva.

Pedro Oliveira, Paulo Cardoso, José Nuno e Tiago Oliveira Curso de Educação e Formação de Empregado Comercial.

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Um livro que li...Cão como nós de Manuel Alegre narra a história de um cão, um épagneul-breton, que se chamava Kurika. Não era um cão como os outros.

Vivia numa família, em que queria ser o centro das atenções. Era rebelde, caprichoso, desobediente e não gostava de estar sozinho nem pretendia tornar-se um cão de caça.

Era muito protector em relação a todos os elementos da família, socorria-os nas adversidades ao ponto de lhes salvar a vida. Partilhou as angústias, o sofrimento, as alegrias e aventuras. Ficava sempre feliz quando mostrava o certo e o errado.

Conquistou aquele que queria repor a hierarquia entre dono e cão, tornando-se a sua maior companhia nas horas de solidão, na camara-dagem das grandes batalhas ou no silêncio entre um leitor e o cão.

Teve vários ataques. Foi resistente, pois não queria morrer. A hora de chorar a morte de Kurika foi inevitável. O seu corpo desapareceu, mas o seu espírito permanece na família, onde não queria ser cão.

Este livro retrata a vida de um cão que viveu em família e foi tratado como um ser dotado de vontades, afectos e emoções. Apreciei o livro, porque sou defensora da protecção e bem-estar dos animais. Gostei desta passagem do livro:

“Como nós eras altivo fiel mas como nósdesobediente.Gostavas de estar connosco a sósmas não cativoe sempre presente-ausentecomo nós.Cão que não queriasser cão,e não lambias a mãoe não respondiasà voz.Cão como nós.”

Carla Almeida,

Grupo 05/2010 do Processo de RVCC de Nível Básico

CONCURSO LITERÁRIO 2010VENCEDORES da Fase de Escola e APURADOS À FASE DISTRITAL

Organizado por:Projecto DESAFIOS em PORTUGUÊSEscola Secundária Padre Benjamim Salgado

ENSINO BÁSICO:

1.º Prémio - Sofia Vidal 9.º C| 2º Prémio - Francisca Oliveira 9.º B | 3º Prémio - Inês Pereira 9.º C

ENSINO SECUNDÁRIO:

1º Prémio - Marta Carvalho 12.º A | 2º Prémio - Aurora Carvalho 11.º G | 3º Prémio - Carlos Monteiro 12.º C

MENÇÕES HONROSAS:

João Oliveira 12.º Ano | Bárbara Carneiro 12.º C

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Algumas Palavras a Propósito da Sala de EstudoQuando somos capazes de aceitar um desafio, são várias as emoções que nos invadem.Realizar um trabalho que nos permite proximidades com o acto de aprendizagem ou observar o percurso de aprendizagem dos adoles-

centes são uma estimulante viagem que iniciamos com este projecto. Um projecto desta envergadura é um instrumento de combate contra a ignorância pois oferece-nos um conjunto de informações que nos vão permitir actuar, dinamizar, educar.

O nosso projecto é uma reflexão ponderada e sistemática sobre um espaço educativo da nossa Escola, “A SALA DE ESTUDO”, uma mais--valia, sobretudo por ser a escadaria de acesso mais próximo ao conhecimento.

Em pleno século XXI, não haverá estabelecimento de ensino que não possua um espaço denominado Sala de Estudo. Não haverá hoje Escola onde não se reconheça a Sala de Estudo como espaço de trabalho, como recurso essencial para o processo ensino-aprendizagem. Não haverá hoje docente algum, que não reconheça a importância deste espaço educativo na elaboração da sua planificação.

Este “espaço de dinâmica” da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado vai-se entrosando com o quotidiano da escola. Os discentes servem-se dela como fonte de sabedoria onde bebem o saber que procuram na escola.

A Sala de Estudo é constituída por uma equipa de docentes, que partindo da realidade escolar proporcionam o enriquecimento cultural das gerações.

A Sala de Estudo é, sem sombra de dúvida, o espaço dinâmico e interdisciplinar onde se pode semear o princípio da mudança que se deseja:

- Um combate à ignorância;- Um combate à iliteracia;- A dinamização de novos comportamentos na escola;- A dinamização de novas formas de aprendizagem;- A aprendizagem pelo prazer da descoberta;- A aprendizagem científica orientada;- A descoberta de valores fundamentais;- A descoberta do sentido da existência humana.

A Escola Secundária Padre Benjamim Salgado é uma Escola não virada somente para o “saber” e o “saber-fazer” mas também preocu-pada com a dimensão “ser” e “ajudar a ser”.

“Se eu não fosse imperador,desejaria ser professor.Não conheço missão maiore mais nobre que a dedirigiras inteligências jovens epreparar os homens dofuturo.”

D. Pedro II Professora Alexandrina Cruz (Coordenadora da Sala de Estudo)

OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA | 6.ª Edição 2009 - 2010

Organizado por:Projecto DESAFIOS em PORTUGUÊSEscola Secundária Padre Benjamim Salgado

ENSINO BÁSICO:

1.º Prémio - Ana Isabel Oliveira 9.º A| 2º Prémio - Maurício Salgado 9.º E | 3º Prémio - Ana Isabel Campos 9.º D

ENSINO SECUNDÁRIO:

1º Prémio - Francisca Nogueira 11.º B | 2º Prémio - Anabela Peixoto 12.º E | 3º Prémio - Marta Carvalho 12.º A

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|16 Ponto de Encontro | junho de 2010 | nº 51

ESPBS de Novo Premiada em Concurso Internacional de Poesia

9 alunos da ESPBS conquistaram o júri do Concurso Poético Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa

No 6.º Concurso Poético Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa, promovido trienalmente pelo Instituto Piaget, foram premiados 9 alunos da ESPBS com um total de 12 poemas. Este concurso poético, que envolve milhares de concorrentes dos países de Língua Ofi-cial Portuguesa, integra-se num vasto projecto de investigação e de reflexão sobre a literatura infanto-juvenil, levado a cabo pelo Instituto Piaget desde 1989. Todos os poemas premiados desta edição foram publicados no XV Cancioneiro editado pelo referido Instituto, cujo título é Amo de ti. Os alunos e os poemas premiados são:Aida Oliveira do 12.º A, com “Está tudo inundado…”Bárbara Carneiro, do 12.º C, com “Gestos”Marco Fernandes, do 11.º A, com “Desistir?”Marisa Silva, do 10.º H, com o poema “Maria”Marta Carvalho, do 12.º A, com os poemas “Arrependimento” e “O Grito”.Sara Araújo, do 11.º I, com “A raiva” e “Uma vez”Ana Paula Pereira, com “Pobreza Esquecida”Andreia Gomes, com “Saudade”Carla Ferreira, com os poemas “Fulgurante” e “Talvez…”

Destaca-se o facto de as três últimas premiadas serem ex-alunas da escola, sendo que a Carla e a Andreia foram já galardoadas em edições anteriores do mesmo concurso, e viram poemas seus publicados nos livros A Minha Vida é Uma Memória e A Casa do Sol é a Cor Azul. Muitos dos ou-tros alunos já receberam também prémios em diversos concursos literários. Os poemas premiados podem ser lidos na página moodle Desafios em Português, no referido livro do Cancioneiro, que já está disponível na biblioteca escolar, e numa exposição no mesmo local.

Esta participação assídua e significativa de alunos da ESPBS em concursos literários ou de lín-gua portuguesa deve-se essencialmente à existência na escola do projecto Desafios em Português, dinamizado por dois docentes da ESPBS, com a colaboração dos restantes professores de Portu-guês, que visa conquistar, de forma lúdica, os jovens para a leitura e a escrita. Este projecto conta com um blogue e uma página da plataforma moodle da escola, constantemente actualizadas, onde se divulga os vários concursos e se incentiva e orienta a participação dos alunos da escola. O facto de a página moodle estar também aberta a visitantes leva a que os ex-alunos da escola continuem a ser informados e a participar em vários concursos a que podem ainda candidatar-se, o que ajuda a estreitar a relação da escola com a comunidade.

A entrega dos prémios teve lugar no dia 15 de Maio na Aula Magna do Campus Universitário de Almada do Instituto Piaget.

Parabéns aos jovens premiados!

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Aluna da Nossa Escola Alcança o 1º Prémio do Concurso Literário da Maia

Como tem vindo a acontecer nos últimos anos, a Escola Secundária Benjamim Salgado (ESPBS) foi mais uma vez premiada num concurso nacional de literatura. Trata-se neste caso da aluna Marta Catarina Oliveira Carvalho, do 12.º ano do curso de Ciências e Tecnologias, que conseguiu o primeiro prémio do Concurso Literário Maia 2009, instituído pelo Pelouro da Juven-tude da Câmara Municipal da Maia, e ao qual se candidatou no primeiro período, no âmbito do projecto Desafios em Português, juntamente com outros alunos da ESPBS. O prémio, no valor pecuniário de 350 euros, foi obtido na modalidade de Conto, Escalão A - dos 13 anos aos 18 anos, com o conto O funeral, e foi entregue no dia 10 de Abril, numa cerimónia que decorreu no Fórum Jovem da Maia.

Este prémio assume particular relevo tendo em conta o elevado número de concorrentes, visto que o concurso, que também inclui a modalidade de poesia, contou com mais de duas centenas de trabalhos, oriundos de todo o país e de vários estados do Brasil.

A Câmara Municipal da Maia aproveitou a ocasião para lançar a edição 2010 do Concurso Li-terário da Maia, para o qual apelamos desde já à participação de todos os entusiastas da leitura e da escrita.

O conto premiado pode ser lido na plataforma moodle da escola, na página Desafios em Portu-guês, bem como na biblioteca escolar, onde se encontra exposto.

A jovem Marta Carvalho (à direita) na cerimónia de entrega de prémios

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Alunos da ESPBS abrem II Mostra de Teatro de V. N. de Famalicão

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Foi com entusiasmo, coragem e determinação que um grupo de alunos de Oficina de Teatro (8ºano) da ESPBS pisou o palco da Casa das Artes, pela primeira vez, na abertura da II Mostra de Teatro Escolar de Vila Nova de Famalicão, em 19 de Abril. Os 19 alunos, provenientes do 8ºB, C e D, representaram uma adaptação hodierna do Auto da Barca do Inferno, com personagens do século XIX, como uma socialite ou um inspector da ASAE. Foi, sobretudo, uma experi-ência que os enriqueceu e os motivou para as artes do palco.

Professora Helena Guimarães (Oficina de Teatro)

Oficina de Teatro na Semana da SaúdeOs segundos turnos de Oficina de Teatro do 8ºA e do 8ºD participa-

ram na Semana da Saúde, dando provas de motivação e de empenho na área da dramatização inscrita na temática da saúde.

Assim, o 8ºA dramatizou, no dia 13 de Abril, na biblioteca esco-lar, uma peça sobre a anorexia, cujo texto é da autoria de um grupo de alunas do 1º turno de Oficina de Teatro, realizado no primeiro período, no âmbito do concurso Espelho meu. Tratou se de um dos trabalhos vencedores do concurso promovido pelo PES (Projecto de Educação para a Saúde) e implementado na disciplina de Oficina de Teatro. Para além disso, aqueles alunos representaram uma narra-tiva de cariz tradicional A mulher do pescador, tendo explorado a comicidade da mesma.

No dia 15 de Abril, o segundo turno de Oficina de Teatro do 8ºD apresentou, no mesmo local, uma pequena peça intitulada: Espelho meu, espelho meu, será a aparência mais importante do que eu?, sendo que este texto dramático é da autoria de três alunos do 1º turno de OT do 8ºE e também foi um dos trabalhos vencedores do concurso subordinado ao tema imagem corporal.

Foi, sem dúvida, uma experiência que os entusiasmou e os moti-vou para as artes dramáticas, tendo os de igual forma sensibilizado para questões incontornáveis referentes à saúde.

Professora Helena Guimarães (Oficina de Teatro)

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Animadores Divertem Alunos do Centro Paroquial nas Férias da Páscoa

Os alunos do Centro Social da Paróquia de Joane visitaram a Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, no passado dia 31 de Março, com o objectivo de conhecerem a Biblioteca Escolar e assistirem a três actividades dinamizadas pelos alunos do curso Profissional de Ani-mador Sociocultural, turmas 10ºP e 11º H. Os alunos, com idades compreendidas entre os seis e os doze anos, assistiram às peças teatrais “O Sapo Apaixonado” e “Defende o Ambiente /Reciclagem protagonizado pelo 11ºH. Quanto ao 10º P, teve a tarefa de animar os visitantes com o divertido rap “Primavera”.

Foi com entusiasmo que aprenderam práticas de reciclagem, protecção do meio ambiente e potencializaram a interacção através de prá-ticas lúdicas, desenvolvidas nas disciplinas de Área de Integração, Português e Animação Sociocultural.

O desafio lançado pelo Centro Social para que a ESPBS proporcionasse aos seus alunos, em tempo de férias, um contacto com a biblioteca escolar e com as dinâmicas que os alunos do Curso Profissional de Animador Sociocultural têm desenvolvido, foi aceite e foi com grande entusiasmo que artistas e espectadores desempenharam os seus papéis.

É de salientar a preocupação que os alunos do 11º H tiveram em passar a mensagem aos mais novos: é preciso proteger o património ambiental. A mensagem passou e os mais novos saíram da ESPBS capacitados para serem cidadãos mais conscientes e mais defensores do ambiente.

Professoras Arminda Ferreira e Carmo Machado

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Encontro Distrital de Natação do Desporto EscolarO Encontro Distrital de Natação do Desporto Escolar realizou-se, no dia cinco de Março, com a participação de treze escolas do distrito de

Braga, na Piscina Municipal da Vila de Joane. Neste evento, estiveram envolvidos cerca de trezentos alunos praticantes desta modalidade desportiva dos quais, trinta e quatro eram representantes desta escola. Saliente-se que este Encontro foi organizado entre a Escola Secun-dária Padre Benjamim Salgado e “CLDE”.

Os resultados superaram, sem dúvida, todas as expectativas em todos os escalões envolvidos, o que se pode constatar através dos bons resultados obtidos. Assim, no escalão Infantil B Feminino, a aluna Sofia Coelho, da turma do sétimo ano, com a letra B, obteve o segundo lugar na modalidade 50 Livres e 50 Bruços; a aluna Andreia Pereira, (7ºD), obteve o terceiro lugar na modalidade 50 Costas; finalmente, as alunas Andreia Pereira (7ºD), Sofia Coelho (7ºB), Ana Rita Lima (7ºE) e Bruna Ferreira (7ºD) obtiveram o segundo lugar na modalidade 4x25Livres. No tocante ao desempenho dos elementos masculinos, Infantil B, o aluno Rui Jorge Almeida (7ºB), obteve o terceiro lugar na modalidade 50 Livres e quarto lugar em 50 Costas; os alunos Raúl Macedo (7ºD), Rui Jorge Almeida (7ºB), José Fernandes (7ºB) e Hugo Pimenta (7ºA) obtiveram o segundo lugar na modalidade 4x25 Livres. Relativamente ao escalão Iniciados Femininos, a aluna Ana Rita Cunha (9ºA) obteve o primeiro lugar na modalidade 50 Costas e a aluna Maria Oliveira (8ºE) obteve o segundo lugar na modalidade 50 Cos-tas. Ainda dentro deste escalão, mas com elementos masculinos, obteve respectivamente o segundo e quarto lugares o aluno Pedro Barros (9ºF), nas modalidades 50 Livres e 50 Bruços; os alunos Pedro Barros (9ºF), Diogo Costa (9ºB), Carlos Oliveira (9ºD) e Victor Ribeiro (9ºF) obtiveram o terceiro lugar na modalidade 4x25 Estilos. Quanto ao escalão Juvenis Femininas, as alunas Joana Correia (10ºB), Stéphanie Magalhães (10ºN), Ana Filipa Rodrigues (10ºB) e Márcia Oliveira (9ºD) obtiveram o primeiro lugar no estilo 4x50 Livres e foram apuradas para os Regionais que se irão realizar em Bragança em data a definir. Ainda neste escalão, a aluna Joana Correia (10ºB) obteve o primeiro lugar na modalidade 50 Bruços e o terceiro na modalidade 50 Livres; a aluna Stéphanie Magalhães (10ºN) obteve o segundo lugar na mo-dalidade 50 Bruços e o quarto em 50 Livres. Por fim, a aluna Márcia Oliveira (9ºD) obteve o segundo lugar nos 50 Livres e o primeiro nos 50 Costas. Quanto à prestação masculina deste escalão foram obtidos os seguintes resultados: segundo lugar nos 50 Livres e quarto nos 50 Bruços pelo aluno Pascoal Oliveira (10ºC); o segundo lugar em 4x25 Estilos foi conquistado pelos alunos Pascoal Oliveira (10ºC), Michel Gomes (11ºF), Simão Machado (11ºF) e Francisco Soares (10ºC).

Nota – Todos os primeiros lugares foram apurados para representar o Distrito de Braga nos Regionais que se irão realizar em Bragança em data a definir.

Futsal Feminino Soma e SegueA equipa Juvenil de Futsal Feminino da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado sagrou-se campeã no campeonato distrital do CAE

de Braga. As prestações das alunas foram muito boas e os objectivos foram atingidos; foi claramente a melhor equipa da prova. Fomos o melhor ataque com vinte e um golos onde se destacou a capitã de equipa, Marina Saldanha, com sete golos marcados e a melhor defesa com sete golos sofridos.

As alunas têm demonstrado bastante empenho e interesse pela modalidade, dignificando em todos os jogos a escola, já que temos conse-guido o respeito e carinho das equipas adversárias.

Professor Flávio Salgado

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DESPORTO ESCOLAREstão de parabéns as equipas das diversas modalidades do Desporto Escolar da ESPBS!

A escola participou no Corta-Mato Distrital do Desporto Escolar com todos os escalões, no dia 24 de Fevereiro, tendo ficado apurada para o Campeonato Nacional, com as equipas de Juvenis Femininos e dois iniciados masculinos. Este realizou-se nos dias 12 e 13 de Maio, em Vagos, Aveiro, e a equipa de juvenis femininos era constituída pelos seguintes elementos: Catarina Dias Rodrigues, Catarina Silva Rodrigues, Mónica Pereira e Ana Oliveira. Participaram ainda, individualmente, dois alunos do escalão de iniciados masculinos, Hélder Fernandes e João Pereira.

Atendendo a que se tratou da prova mais importante do Desporto Escolar, pois estiveram presentes os melhores atletas do país, consi-deramos que tivemos uma participação de grande nível na equipa de juvenis femininos já que se sagrou vice campeã nacional por equipas.

Meeting de AtletismoNo dia 10 de Março teve lugar o Meeting de Atletismo com as seguintes Provas: 40 metros (velocidade), 1500 metros (resistência), lan-

çamento do peso, salto em altura e salto em comprimento. Este evento, organizado pelo grupo de Educação Física, teve uma participação de aproximadamente 70 alunos. Este número, muito aquém do desejado, continua a demonstrar um afastamento dos alunos no que toca a participação em eventos organizados à 4ª feira de tarde, apesar da divulgação/motivação levada a cabo pelos professores de Educação Física. No entanto, os alunos que participaram fizeram-no com excelente empenho e correcção revelando capacidades para as diferentes disciplinas do Atletismo.

Professor Adolfo Ribeiro

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Nós por cá... e a MatemáticaDepois de um ano de trabalho é tempo de fazer um balanço. O grupo de professores de Matemática da ESPBS dá a conhecer o que de

melhor se fez na nossa escola no âmbito dos números e cálculo mental… Nas actividades que decorreram durante o ano lectivo contámos com a participação de mais de 200 alunos inscritos em competições matemáticas extensivas a todos os anos de escolaridade.

ESCALADA DA MATEMÁTICADe 23 a 26 de Fevereiro decorreram as actividades que integraram os Dias das Ciências em Movimento, que passaram por um conjun-

to de jogos – A Escalada da Matemática. Nesta escalada, os alunos foram desafiados para uma Escalada da Matemática distribuída por seis competições de jogos matemáticos que decorreram no polivalente, distribuídos por dois dias:

No 1.º dia (24 de Fevereiro) realizaram-se jogos relacionados com o cálculo mental: o Jogo do 24 (7.º e 8.ºanos); o Jogo do 24 Avançado (9.º ano); e, o Jogo SuperTmatik para todos os alunos do 3.º ciclo.

PROJECTO MATEMATICANDO.ESPBSNo âmbito deste projecto MATEMATICANDO.ESPBS, os alunos do ensino secundário participaram em vários concursos e projectos a

nível nacional. Subordinado ao tema “A Matemática e os Têxteis”, promovido pela Sociedade Portuguesa da Matemática e pela Universida-de da Beira Interior, concorreu o projecto “A Têxtil no Vale do Ave: o que dizem os números?”, das alunas Bárbara Carneiro (12ºC), Raquel Costa (12ºC), Sara Amorim (12ºC), Andreia Vale (12.ºD) e Susana Cunha (12.ºD), sob a orientação da professora Carla Dias. Concorreu ainda um outro projecto “Os grafos na obtenção de rotas de uma empresa têxtil” dos alunos Ana Oliveira (12º F), Benjamim Meyer (12º F) e Sara Duarte (12º F), sob a orientação da professora Irene Gonçalves.

A ESPBS também participa no Concurso “Prémio Estatístico Júnior 2010”, organizado pela Sociedade Portuguesa da Estatística com o projecto “A importância de sermos saudáveis: um estudo com alunos do 7º e 12º anos”, das alunas Raquel Costa (12ºC), Andreia Vale (12.ºD) e Susana Cunha (12.ºD). Também participámos no “18º Concurso Jovens Cientistas e Investigadores 2009/2010” com o projecto “SPABIPP – Conhece-te! Previne-te. Sexo, Peso, Altura, Batimentos Cardíacos, Índice de Massa Corporal, Perímetro da cintura e Pressão arterial”, das alunas Bárbara Carneiro (12ºC) e Sara Amorim (12ºC).

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Concurso “2º Prémio Doutor Pedro Matos”

No concurso “2.º Prémio Doutor Pedro Matos” a ESPBS concorreu com quatro projectos: “Da terra à Lua numa folha de papel”, dos alunos Eduardo Costa e André Gonçalves; “ Cubix Houses: um problema uma solução”, das alunas Andreia Vale e Susana Cunha; “Atomium”, das alunas Bárbara Carneiro, Raquel Costa, Sara Amorim e “Kinetic Horse” dos alunos Ar-mando Oliveira e Francisco Soares. Todos os projectos estão sob a orientação da professora Carla Dias, responsável pelo projecto Matematica.ESPBS

Ainda no âmbito deste projecto decorreu no dia 23 de Fevereiro na ESPS a fase de apu-ramento dos alunos para o 6.º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos cuja final se realizou no dia 12 de Março em Santarém. Este campeonato integrou 4 jogos de estratégia: Ouri, Rastros, Hex e Avanço.

Para esta fase inscreveram-se 50 alunos do 3.º ciclo e 44 alunos do ensino secundário. Para a realização desta fase de apuramento, os alunos foram distribuídos pelos jogos e por ciclos. Para cada jogo foi nomeado um júri composto por dois professores de Matemática.

Os tabuleiros dos jogos do Ouri foram previamente construídos pelos alunos do oitavo ano, turmas A, B, C e D, nas aulas de Estudo Acompanhado, onde foram analisadas as re-gras e feitos treinos de preparação.

Foram seleccionados três alunos do 3.º ciclo (Ana Magalhães e Rui Oliveira do 8ºB, e Pedro Miguel Silva do 8ºA), e três alunos do Ensino Secundário (Tiago Barbosa, 10ºB; Francisco Soares, 10º C; Eduardo Costa, 10ºF). Este grupo foi à final em Santarém ao 6.º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos.

Pela primeira vez, a ESPBS participou nesta competição nacional, onde os nossos alunos se portaram exemplarmente e estiveram de parabéns pelos lugares alcançados.

PmatE Os alunos da ESPBS também foram à Universidade de Aveiro nos dias 27 e 28 de Abril

participando na competição PmatE, que reuniu cerca de 9000 alunos, ou seja 4500 equipas - 1073 equipas do 7.º ano, 1079 equipas do 8.º ano, 1035 equipas do 9.º ano, 423 equipas do 10º ano, 395 equipas do 11.º ano e 390 equipas do 12.º ano. Trata-se de Competições Nacionais de Ciência, onde o objectivo final é realizar, no menor tempo possível e com o máximo de respostas certas, as provas de Matemática, Português, Física, Biologia e Geologia. O PmatE promove o sucesso escolar e da cultura científica através do desenvolvimento e a aplicação de tecnologias.

No final da prova, alguns alunos estavam eufóricos por chegarem aos níveis mais altos. Outros mais cabisbaixos, porque não atingiram os objectivos pretendidos.

Dos mais velhos aos mais novos, o sentimento era geral. Independentemente dos resulta-dos obtidos, o mais importante foi mesmo a participação, o empenho e dedicação de cada um nestas competições. Os professores confirmam este entusiasmo e esta vontade de “travar a batalha do conhecimento”, sendo unânime a opinião de que as competições são já uma fer-ramenta auxiliar de ensino.

José Braga e João Vieira, alunos do 7º A, participaram nas competições e confirmaram que “gostaram da experiência e estavam felizes por terem conseguido a melhor dupla dos sétimos anos da escola” e ainda que “actividades como estas deveriam ser feitas mais do que uma vez por ano”.

O aluno Rui Dias, do 10º B, representou a nossa escola nas provas de Matemática e Bio-logia e Geologia e referiu que “foi divertido acima de tudo. Pudemos mostrar o que valemos, pois, embora não tenhamos ganho nenhum prémio, ficámos muito bem classificados a nível geral” e acrescentou que “foi um dia de descontracção numa altura em que o cansaço, devido aos testes já se fazia sentir em todos nós, sem termos de nos ‘desligar’ do bichinho do conhe-cimento’’.

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O Cantinho do Matatui

Olá a todos!Aqui estou de novono cantinho do costume!

Eu sou o Matatui e vou mostrar-vos o quanto a Matemática é surpreendente e muito útil!

Ora vejam lá a Matemática que anda por aí!

Quando se viaja a 50km/h, demoramos 2 horas a fazer o percurso de Porto a Valença, já que estamos a falar de 100 km. Se aumentarmos a velocidade em 50 %, ou seja, passarmos para uma velocidade de 75 km/h, demoramos 1,33 horas, ou seja, reduzimos o tempo em 33,5%!

Já agora, se for do Porto a Valença e fizer metade da viagem a 100km/h e outra metade a 150 km/h, por exemplo, a velocidade média não é de 125 km/h, como pode estar agora a pensar?

A velocidade média é de 120 km/h!Faça as contas, mas faça-as bem! Aqui, em vez de calcular a tão famosa média aritmética, terá de calcular a média harmónica (tão bem conhecida dos matemáticos mas

pode ser bem aplicada pelos não matemáticos).No fundo, a média harmónica é o inverso da média dos inversos.No caso anterior, teria de se calcular:

Pois, ainda há revistas de informática que anunciam processadores que incrementam a velocidade de computação em 50%, dizem eles, “ permitindo, pois, diminuir o tempo de trabalho para metade”. Mas que contas são estas? Estarão a fazer bem as contas? Será que um aumento de velocidade em determi-nada percentagem implica uma diminuição do tempo numa percentagem equivalente?

Então suponhamos que vamos do Porto a Valença a uma velocidade de 50 km/h. Será que se passássemos a viajar a 100 km/h, aumentando assim a velocidade em 100 %, diminuíamos em 100% o tempo, e então de-morávamos 0 horas, 0 minutos, 0 segundos a lá chegar?!

Realmente, essa matemática que por aí anda...! Não é difícil de perceber que as con-tas não estão bem feitas!

1100 + 1

150/ 2 = 0,0083

... e depois calcular o inverso deste valor, que dá 120.Não, matemáticos, não é preciso saber de médias harmónicas para se fazer estas contas! Ou pelo menos, para raciocinar correctamente

e chegar lá! Aproveite para ver como a Matemática é útil! Há, de facto, uma relação curiosa entre a média aritmética e a média harmónica.Na prática, quando nos encontramos no meio de trânsito congestionado, de pouco vale acelerar como loucos, nos momentos em que po-

demos fazê-lo.Imagine que faz a viagem do Porto a Valença sempre a 100 km/h, excepto num troço de 50 km em que acelera até aos 200 km/h. No final,

a velocidade média ficou pouco para além dos 110 km/h. Valeu a pena o risco?

...e desta vez é tudo, mas vou deixar-te um desafio...analisa este anúncio de uma campanha telefónica: “Com o preço por minuto em metade, fale agora 50% mais!”Mais uma publicidade enganosa...com uma redução de 50% no preço, pode-se falar 100% mais tempo com o mesmo dinheiro? Bem, não é

só fazer contas, é preciso saber fazê-las!

E cheguei ao fim...espero por vocês no mesmo Ponto de Encontro!Professora Lúcia Sousa

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Grafemente FalandoAo longo do 3º período, no âmbito da disciplina de Matemática Aplicada às Ciências So-

ciais (MACS), do 11º ano, do Curso de Línguas e Humanidades, realizámos um trabalho de projecto sobre a temática “A recolha de lixo doméstico”. Com base nesse trabalho, desenvol-vemos a aprendizagem dos modelos de grafos.

A turma dividiu-se em grupos, tendo em atenção a freguesia onde residiam, e cada grupo recebeu um mapa dessa freguesia, enviado pela Câmara Municipal de Guimarães. Depois elaborámos um problema, que se tornou num grande problema, pois não sabíamos muito bem qual o problema a elaborar. Mas as professoras de MACS e de Português vieram dar--nos uma ajuda e a situação foi-se resolvendo.

Ao longo deste projecto, cada grupo procurou responder às questões que inicialmente tinha formulado no seu problema, ao mesmo tempo que realizávamos a aprendizagem dos conceitos relativos aos modelos de grafos, os quais nos facilitavam as respostas às questões formuladas inicialmente. Compreendemos que um grafo é formado por um conjunto de pon-tos, os quais se designam por vértices e por um conjunto de linhas, as quais se designam por arestas. Aprendemos que, em muitas situações, os grafos são muito úteis, pois permitem resolver mais facilmente muitos problemas.

Este foi um trabalho complexo, que exigiu de nós um grande esforço e que por vezes se tornou desanimador. Nesses momentos, contávamos com a ajuda da professora para não de-sistirmos. No início tivemos muitas dificuldades em nos organizar, mas à medida que o tem-po ia passando, as coisas iam ganhando sentido. Estamos agora a finalizar e iremos expor na nossa escola os nossos produtos finais. Será curioso observar a reacção dos nossos colegas. Em jeito de conclusão, podemos afirmar que esta foi uma experiência diferente, que por vezes nos custou, mas que contribuiu para adquirirmos maior autonomia na nossa aprendi-zagem, que exigiu de nós maior responsabilidade, pois fomos “obrigados” a empenhar-nos na tarefa para a podermos concretizar. Aprendemos a acreditar em nós, nas nossas capacidades e a não desistirmos perante o primeiro obstáculo.

A turma do 11º F

FOTOMATA actividade FOTOMAT consistiu numa exposição e concurso de fotografia onde a Mate-

mática e Arte estiveram associadas. Esta exposição esteve patente no polivalente durante a semana das ciências.

Numa primeira fase, foi feita uma pré-selecção das fotografias apresentadas pelos alunos, as quais teriam que ser enviadas para o e-mail criado para o efeito. Todas as fotos teriam que se distinguir pela originalidade e pela vertente matemática e artística.

Numa segunda fase, foram expostas as 34 melhores fotografias das cerca de 120 que con-correram. Apenas participaram alunos do 8.º ano, das turmas A, B, C e D.

Na montagem da exposição destaca-se a participação dos alunos das turmas B e D, do 8.º ano, que ajudaram na impressão das fotos e montagem de painéis expositores.

A participação dos alunos nesta actividade superou todas as expectativas, revelando o sentido de estética e arte. Esta actividade foi organizada e dinamizada pelas professoras de Matemática Isabel Ferreira e Patrícia Couto, tendo a colaboração da professora Patrícia Pereira, da área das artes.

FOTOMAT

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IV Mostra Nacional da Ciência

Nos dias 27, 28 e 29 de Maio realizou-se a IV Mostra Nacional da Ciência no Museu da Electricidade em Lisboa para apurar os ven-cedores do 18º Concurso Jovens Cientistas e Investigadores 2010.

Foram seleccionados para esta mostra 101 trabalhos (de 380) envolvendo 11 áreas científicas (Biologia, Ciências da Terra, Ci-ências do Ambiente, Ciências Médicas, Ciên-cias Sociais, Economia, Engenharias, Física, Informática/Ciências da Computação, Mate-mática e Química), 258 jovens cientistas, 60 professores e 43 escolas.

A nossa escola esteve presente com um projecto na área da Matemática denominado “Spabipp. Conhece-te! Previne-te.”. Este pro-jecto foi desenvolvido pelas alunas Bárbara Carneiro, Raquel Costa e Sara Amorim do 12º C e orientado pela professora Carla Dias.

Para a sua realização foi importante a co-laboração dos professores de Educação Físi-

ca e dos alunos de 7º e 12º anos que permi-tiram a concretização da 1º fase (recolha de dados). A segunda fase do trabalho passou pela análise e interpretação dos indicadores recolhidos (peso, altura, índice de massa cor-poral, perímetro da cintura, pressão arterial e batimentos cardíacos). Assim, a partir do conhecimento estatístico adquirido ao longo do terceiro ciclo e do ensino secundário, uti-lizando a folha de cálculo do Microsoft Excel para a construção gráfica, concluímos que, para a amostra considerada (alunos de 7º e 12 anos da nossa escola), em termos médios, estes alunos apresentam um índice de massa corporal e um perímetro da cintura normais, ao nível da pressão arterial máxima e míni-ma registam valores inferiores aos de refe-rência e em relação ao número de batimentos cardíacos por minuto os valores observados situam-se no intervalo desejável.

Durante a nossa presença na IV Mostra

Nacional da Ciência optámos por apresentar o nosso projecto de forma interactiva convi-dando as pessoas a medirem a pressão arte-rial, o perímetro da cintura e a calcularem o seu índice de massa corporal e, de acordo com as tabelas de referência da organização mundial da saúde, fizemos o devido enqua-dramento.

A possibilidade de estarmos presentes neste encontro da ciência representou para todas nós uma experiência única de partilha de conhecimentos e de interacção com cole-gas de todo o país.

Por último queremos agradecer à profes-sora Ana Cláudia pela contribuição ao nível da exposição criativa do nosso trabalho na Mostra e à professora Magda Matos por nos ter acompanhado durante os três dias que estivemos em Lisboa.

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FuturáliaFuturália |27

A Escola Secundária Padre Benjamim Salgado recebeu um convite da Direcção Regional de Educação do Norte, para ser Entidade Par-ceira na área das Instalações Eléctricas no Salão de Oferta Educativa, integrado na Futurália, tendo esta assumido esse compromisso.

Com o decorrer do tempo, a intensidade do sentir e do ser foi crescendo. Afinal, aproximava-se a data de partida para Lisboa. Era a altura de mostrar os pergaminhos do Curso Profissional Técnico de Instalações Eléctricas e as competências e saberes adquiridos pelos alunos do terceiro ano, que terminam o curso em Julho próximo. A equipa de trabalho foi constituída por seis alunos e dois professores da componente técnica. O trabalho começou: efectuaram-se reuniões para definição de estratégias, entre as entidades promotoras do evento e as entidades parceiras e entre todos os intervenientes (promotoras, parceiras e aderentes); solicitaram-se e conseguiram-se apoios; delineou-se a plani-ficação da actividade da nossa escola (entidade parceira) com as Escolas Aderentes - Escola Secundária de Cantanhede, Escola Secundária António Sérgio, de Vila Nova de Gaia, Escola Secundária de Amato Lusitano, de Castelo Branco e Escola Secundária Manuel Cargaleiro, do Fogueteiro.

Durante a Futurália, os alunos do curso estiveram ocupados na execução de instalações eléctricas em locais de habitação, incluindo a coluna montante, caixas de coluna, quadro de serviços comuns, entradas e quadros de habitações monofásico e trifásico. Também se exe-cutaram instalações de iluminação variadas e típicas de locais de habitação (comutação de escada com inversor, comutação de lustre, deri-vação simples com regulação do fluxo luminoso, etc.) bem como instalações de iluminação empregues em locais de uso comum de edifícios de habitação colectiva – telerruptor e automático de escada. Efectuou-se uma demonstração com o uso de um detector de movimento, para comandar a iluminação exterior do edifício.

Estes trabalhos decorreram de forma muito satisfatória, tendo merecido a crítica abonatória dos visitantes do stand e, de um modo par-ticular, dos responsáveis pela coordenação da Futurália.

Os obstáculos e as dificuldades existem para serem ultrapassados. Nestes contextos, surgem sempre apostas e desafios que alguém vai vencendo. Aconteceu, acreditaram, executaram e conseguiram. E assim, a participação na Futurália do Curso Profissional Técnico de Ins-talações Eléctricas da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado constituiu um “marco” para todos os que nela intervieram.

Construir pontes da escola para vida será agora mais fácil, uma vez que existe uma marca de desempenho global.

A actividade “Artes e Rabiscos - II” teve lugar, na Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, no passado dia quatro de Junho.

Esta actividade, que vai já na segunda edição, teve como principal público-alvo crianças com idades compreendidas entre os três e os doze anos de idade, para as quais estavam previstas a dinamização de actividades como dança, pinturas faciais, expressão plástica e expressão motora. Os adultos foram também convidados a participar, tendo visitado a ex-posição de trabalhos elaborados pelos formandos, ao longo do ano lectivo, onde puderam, inclusive, adquirir alguns destes trabalhos.

Esta foi uma iniciativa organizada pelos cursos de Educação e Formação de Adultos noc-turnos das áreas de Técnicos de Acção Educativa e Animação Sócio-cultural (turmas EFA NS H, I, L, N e T) e teve como objectivo fundamental, para além de proporcionar momentos de diversão aos participantes, permitir aos formandos das turmas envolvidas planificar, desenvolver e gerir actividades e momentos de animação com crianças, competências impor-tantes para a sua futura actividade profissional.

Artes e

Rabiscos

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Semana da SaúdeO grupo de Biologia e Geologia associou-

-se ao Gabinete de Saúde Escolar para come-morar o Dia Mundial da Saúde na Biblioteca Casa de Camilo, actividade esta que decor-reu entre os dias 12 e 16 de Abril.

Uma exposição sobre “Disfunções imu-nitárias” esteve presente toda a semana na Biblioteca. O salão de chá, a palestra “Uma passa retarda o passo”, teatro – Fórum “Al-coolismo” e a feira da saúde foram outras das actividades dinamizadas.

O grupo “Uma passa retarda o passo” da turma de ciências e tecnologias do 12ºA, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, realizaram nos dias 14 e 16 de Abril duas palestras, com a colaboração do Dr. Rui Vasconcelos, e uma feira da saúde, que decorreu durante todo o dia 15 de Abril no polivalente do estabelecimento de ensino referido.

Um dos principais objectivos do grupo era sensibilizar os jovens para a adopção de hábitos de vida saudáveis, uma vez que a escola é um dos locais onde se revela importante a intervenção da Medicina Preventiva, já que as escolas devem ser vistas como locais para a promoção da saúde, uma vez que são um local chave no desenvolvimento individual e social, mas também porque a saúde influencia o desempenho dos alunos na aprendizagem.

Para isso realizaram-se as palestras que se dirigiram a alunos do 7ºano, já que é nesta faixa etária que começam a ser estimulados a consumir substâncias prejudiciais à sua saúde, que na maioria dos casos causam dependência, como o tabaco e o álcool. Estes foram os principais assuntos abordados, onde foram referidas as consequências destes actos e soluções alternativas face aos “caminhos” tomados. Durante e após uma reflexão, verificou-se um feedback positivo, o qual se pode comprovar com a interacção que houve durante a realização da actividade e no preenchimento de questionários aplicados.

Uma vez que a palestra era uma actividade restrita a um determinado tipo de público, realizou-se a feira da saúde, que abrangeu toda a comunidade educativa, pois nunca é demais relembrar que a vida depende da atitude que cada um toma. Nesta actividade houve um espaço dedicado à dança para toda a comunidade escolar como apelo à prática de desporto. Dentro do mesmo recinto, construiu-se uma bancada com alimentos saudáveis feitos pelas alunas e mais uma vez se notou a união dos grupos de área de projecto, isto porque parte dos alimentos lá presentes deveu-se à colaboração do grupo “Veneno no seu prato” da mesma turma.

Alunas da ESPBS

promovem saúde na escola com

palestras e feira

Projecto a “Guerra Não é um Brinquedo” O Núcleo de Crianças da Amnistia Internacional, de Vila Nova de Famalicão, promoveu a iniciativa

“War Toy on My War. The Story of an Anti-Monument”, nos dias 20 e 21 de Maio, no Parque da Juventude, em Vila Nova de Famalicão, com a criação do Anti-Monumento à guerra, pelos artistas plásticos Alexandre Costa e Jorge Fernando dos Santos.

A iniciativa surgiu no âmbito da campanha da Amnistia Internacional que visa “Controlar as Armas” e representou o culminar do pro-jecto “A Guerra não é um Brinquedo”.

No início do ano lectivo, foi pedido às crianças e jovens que entregassem brinquedos de cariz bélico para que fossem transformados numa escultura. O objectivo era alertar miúdos e graúdos para o perigo das armas. A iniciativa enquadrou-se na comemoração dos 50 anos da Declaração dos Direitos da Criança e dos 20 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança.

No dia 21 de Maio, os artistas promoveram sessões de metodologias artísticas de desmontagem e destruição de brinquedos de guerra com crianças e jovens de várias idades e, de seguida, um cilindro de quatro toneladas passou por cima das centenas de brinquedos de guerra.

A campanha envolveu mais de quatro mil crianças na recolha e destruição de brinquedos bélicos de várias escolas do concelho de Vila Nova de Famalicão. Os alunos do 7º ano da nossa escola também participaram neste projecto, que foi dinamizado pelos seus directores de turma, pela coordenadora dos directores de turma do 3º Ciclo e pela Biblioteca Escolar com a orientação da professora Arminda Ferreira.

Professora Arminda Ferreira

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Entrega de Certificados aos Adultos do CNO

Foram entregues mais trinta e dois certificados a adultos que viram as suas qualificações melhoradas e certificadas, ao nível do ensino básico e secundário, dos cerca de quatro centenas de adultos já certificados pelo CNO, da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado. A entrega de certificados decorreu na Cerimónia Concelhia de Entrega de Certificados dos Centros Novas Oportunidades, de Vila Nova de Fa-malicão, realizada no dia cinco de Maio, momento em que foram entregues 210 certificados a adultos dos Centros que integram a Comissão Concelhia Novas Oportunidades deste concelho.

Este evento que encheu o grande auditório da Casa das Artes contou com a presença do Director da Escola, José Alfredo Mendes, da Presidente do Conselho Geral, Marta Vida, bem como de outros membros dos órgãos de direcção e de coordenação da Escola. Contou, ainda, com as presenças do Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Armindo Costa, do Presidente da Agência Nacional para a Qualificação, Luís Capucha, que representou a Ministra da Educação, e da representante da Direcção Regional do Norte, Olívia Santos Silva.

Perante uma assistência animada de cerca de 500 pessoas, entre adultos certificados, elementos das equipas pedagógicas, familiares e restantes convidados, Luís Capucha enalteceu os resultados obtidos no concelho de Vila Nova de Famalicão, mencionando que ele pode ser visto como “uma referência para o país no que diz respeito ao trabalho desenvolvido no âmbito do Programa Novas Oportunidades”. Para o responsável da ANQ “este é um trabalho muito importante que beneficia toda a população”.

Por sua vez, satisfeito com o reconhecimento do governo pelo trabalho desenvolvido por todos os intervenientes em prol da qualificação dos munícipes, o presidente da autarquia destacou a importância da Iniciativa Novas Oportunidades, referindo que “está a dar-se uma nova oportunidade a todos os que entraram no mercado de trabalho sem qualificações académicas; uma oportunidade para melhorarem as suas habilitações ou verem reconhecidas as suas competências”.

Elogiando o trabalho desenvolvido pelos sete Centros Novas Oportunidades, o edil congratulou-se com os resultados alcançados até ao momento de mais de quatro mil famalicenses certificados. Nas palavras que dirigiu aos adultos certificados, realçou que partilhava com eles “a alegria e o orgulho que devem sentir neste momento de grande simbolismo” e que admirava a “coragem que tiveram quando decidiram regressar aos bancos de escola, agora para certificar os conhecimentos e toda a aprendizagem adquirida ao longo da vida”.

No final, os adultos certificados pelo nosso CNO manifestaram, perante os elementos da equipa pedagógica, a sua satisfação pela forma como a cerimónia tinha decorrido, referindo que, sem dúvida, este será um dia marcante nas suas vidas, na medida em que conseguiram levar a bom porto mais um dos projectos a que se tinham proposto.

Para o futuro, manifestaram o desejo de continuar a apostar na sua educação/aprendizagem ao longo da vida, de modo a aumentarem as suas competências e a sua empregabilidade.

O Coordenador do CNO, Francisco Costa

Fotos: António Freitas/CMVNF

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Palestra “Dinâmica dos Cursos Profissionais”No passado dia 26 de Março de 2010, realizou-se, por volta das

18.45, no anfiteatro da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado uma palestra subordinada ao tema “Dinâmica dos Cursos Profissio-nais”, organizada pelo Conselho de directores de turma do ensino secundário daquela escola e direccionada para os encarregados de educação, alunos dos 9º e 10º anos da escola, docentes e restante comunidade educativa. Este evento teve como oradores convidados o Adjunto do Director professor Luís Cerejeira, a psicóloga dos Servi-ços de Psicologia e Orientação Dra Sílvia Santos, a engenheira Luísa Orvalho e dois ex-alunos da escola, Andreia Amorim e Jorge Tiago Oliveira que concluíram com sucesso os cursos profissionais de Téc-nico de Informática de Gestão e Técnico de Multimédia, respectiva-mente. Esta iniciativa teve como objectivo principal a divulgação da oferta formativa da escola para o próximo ano lectivo no que respeita aos cursos profissionais e a dignificação destes cursos, que apostam fortemente numa componente prática e de preparação para a vida activa, permitindo também, à semelhança dos cursos gerais, o pros-seguimento de estudos de nível superior. Estas duas vertentes foram testemunhadas pelos dois ex-alunos presentes, pois cada um deles enveredou por uma daquelas vias e falaram da sua experiência pes-soal. Os convidados tiveram assim oportunidade de conhecer melhor o funcionamento dos cursos profissionais, financiados pelo programa Operacional do Potencial Humano e as principais diferenças relati-vamente aos cursos do ensino regular. Esta palestra representa a continuação de um ciclo iniciado no ano lectivo anterior que pretende abrir as portas da escola ao meio envolvente num sentido de maior abertura e diálogo com todos os agentes educativos.

Serviços de Psicologia e Orientação

A turma U, do Curso de Educação e Formação de Adultos de Nível Secundário, vem por este meio agradecer a todos aqueles que par-ticiparam na apresentação da actividade integradora do NG7 com o tema “Medicina Convencional/ Medicina Alternativa: A tradição ainda é o que era”, que se realizou no dia 4 de Maio pelas 16:00 ho-ras, no Polivalente da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado.

Os formandos expuseram um herbário que construíram e apre-sentaram à comunidade e também a história e tradição do chá ao longo de gerações. Deram a conhecer os resultados de um inquérito que realizaram na área de residência sobre a utilização da medicina convencional e /ou alternativa e lançaram uma petição para tornar a Acupunctura contemplada no Plano Nacional de Saúde.

Estiveram presentes duas enfermeiras com formação na área das Plantas Medicinais, que a Parafarmácia Pharmanária de Joane amavelmente cedeu, que prestaram esclarecimentos a todos os inte-ressados sobre qual o melhor chá para cada situação específica.

Foi uma agradável tarde de convívio, oferecendo à comunidade vários tipos de chás preparados pelos formandos, enquanto degus-tavam alguns doces que o professor Luís Fernandes e os seus for-mandos do Curso de Técnicos de Cozinha e Pastelaria gentilmente confeccionaram para a ocasião.

A todos aqueles, sem excepção, que colaboraram para a realização desta actividade, nomeadamente funcionários e direcção executiva, um agradecimento especial da turma EFA NS U e da equipa Técni-co-pedagógica.

Agradecimento

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Feira das ProfissõesFeira das Profissões |31

com a colaboração da Direcção, do corpo docente e não docente, foi desenvolvida no âmbito da orientação escolar e vocacional dirigida aos alunos do 9º ano e do ensino secundário. O objectivo principal foi proporcionar aos jovens a oportunidade de contactarem directa-mente com diferentes profissionais através de testemunhos reais e conhecerem a realidade profissional das diferentes áreas, numa ten-tativa de favorecer a indispensável articulação escola - mundo do trabalho.

Foram vários os profissionais que se deslocaram à ESPBS para esclarecem os alunos: arquitecto, designer, optometrista, actor, mili-tares do exército, oficiais da GNR, assistente social, advogada, músi-co, treinador de futebol, electricista, pasteleiro, psicóloga, terapeuta ocupacional e da fala, fisioterapeuta, entre muitos outros num total de mais 40 profissionais.

Os alunos e alguns encarregados de educação aderiram com entu-siasmo à iniciativa, conversaram com diversos profissionais de dife-rentes áreas, tomaram conhecimento das exigências das várias pro-fissões encetando, assim, uma verdadeira busca pela profissão ideal.

Parece-nos que esta actividade foi bastante útil para os alunos poderem tomar uma decisão reflectida e informada acerca das suas escolhas escolares e profissionais futuras.

A todos quanto tornaram esta actividade possível, os nossos agra-decimentos.

Serviços de Psicologia e Orientação

Decorreu no passado dia 26 de Março de 2010, a I Feira das Pro-fissões da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado. A iniciativa, organizada pelos Serviços de Psicologia e Orientação e que contou

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