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nº2 /Setembro 2012/ / 1 Setor imobiliário vive o melhor momento em décadas, em Cachoeiro de Itapemirim, com empreendimentos de todos os portes para os quais não faltam compradores NEGÓCIOS NAS ALTURAS Segunda edição - Setembro de 2012 - R$ 5,00 Fotos Edgard Baião

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Edição nº2

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nº2 /Setembro 2012/ / 1

Setor imobiliário vive o melhor momento em décadas, em Cachoeiro de Itapemirim, com empreendimentos de todos os portes para os quais não faltam compradores

NEGÓCIOS NAS ALTURAS

Segunda edição - Setembro de 2012 - R$ 5,00

Fotos Edgard Baião

07EducaçãoResultado do Ideb mostra queda de apro-veitamento escolar. Desempenho em rela-ção a 2009 caiu em 40% nas turmas de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental. Nas turmas de 1ª a 4ª série a queda foi de 30%.

SETEMBRO/2012

editorialsumário

13

40

Reportagem do mês.O setor de construção civil se tornou um colosso em Cachoeiro de Itapemirim. As construtoras se dedicam a erguer prédios de alto padrão na região e também para famílias de menor poder aquisitivo, num negócio que movimenta milhões de reais e de sonhos.

O mês de agosto passou rápido e já chega-mos à segunda edição. Como antecipado, o tema dominante da atual publicação da revista MAIS ES é o impressionante avanço do setor imobiliário em Cachoeiro, gerador de emprego e renda para milhares e realizador de sonhos para muitos.

Mas, diante de todo o material produzido a que o leitor terá acesso, resta pouco a se falar sobre o assunto. Melhor, então, explanar sobre o conteúdo da revista, que, neste mês dá atenção especial à educação e também ao cinquentenário da Academia Cachoeirense de Letras, um marco histórico para a cultura cachoeirense.

Mais uma vez o governador Renato Casagran-de colabora com artigo e, nesta edição, pela primeira vez, também escreve o presidente do Tribunal de Justiça, Pedro Valls Feu Rosa.

Além das colunas presentes na primeira edi-ção, outras mais vão surgindo, como a Social, assinada pela jornalista Lenilce Pontini, que retorna ao colunismo após alguns anos afasta-da. Houve, já, algumas mudanças para tornar o design das páginas, que ficam ainda mais leve e agradável para a leitura.

Quando esta revista estiver nas mãos dos leitores, a edição de outubro já estará sendo produzida. E, com certeza, muitas novidades estão por vir. Até lá.

CulturaManter em alta o prestígio das Letras numa época de mídias eletrônicas pode parecer tarefa difícil, mas não para os abnegados da Academia Cachoeirense de Letras (ACL), que comple-tou 50 anos.

Imóveis e novidades

EditorWagner [email protected]

Contato da redação:(28) 3511-7481

Jornalistas colaboradores Roberto Al BarrosLenilce Pontini

Revista Mais ES (06.056.026/0001-38).Rua Bernardo Horta, 81, Guandu, Cachoeiro de Itapemirim – ES – Cep 29.300-795.

Departamento Comercial:Joana Campos [email protected]ília Argeu [email protected]

Articulistas da ediçãoRoberto Al BarrosRenato CasagrandePedro Valls Feu Rosa

Contato comercial (28) 3511-7481(28) 3301-0058(28) 9921-7914

Diagramação:Celso Wallace Soares Silva

Impressão: Gráfica Espírito Santo de FATO

Edgard Baião

Críticas, comentários e sugestões: [email protected]

Setor imobiliário vive o melhor momento em décadas, em Cachoeiro de Itapemirim, com empreendimentos de todos os portes para os quais não faltam compradores

NEGÓCIOS NAS ALTURAS

Segunda edição - Setembro de 2012 - R$ 5,00

/ /Setembro 2012/nº26

Política, cultura, economia e de tudo um pouco dos bastidores da notícia

PH na campanha

Coelho contra-ataca Visita da história

Além das expectativas Gente de todo canto

Carlos Casteglione (PT) conseguiu uma gui-nada inesperada na campanha ao conquistar o apoio e a presença do ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Num evento com mais de mil apoiadores, Hartung, assim como já fize-ra Camilo Cola (PMDB), contrariou o partido em Cachoeiro e escolheu outro candidato para chamar de seu. “Quem acredita no trabalho de Paulo Hartung, vota em Casteglione”, decla-rou PH em discurso entusiasmado.

A Glauber Coelho (PR), que tenta evitar, a todo custo, ser atrelado aos ex-prefeitos do PMDB, José Tasso e Roberto Va-ladão, restou recorrer ao senador Ricardo Ferraço para tentar diminuir os prejuízos com a ida de PH para palanque oposto. O parlamentar gravou participação em seu programa elei-toral. Coelho também recebeu apoio de Theodorico Ferraço (DEM) e ainda conseguiu impedir a veiculação da imagem de PH no programa de tevê do adversário.

Cachoeiro de Itapemirim recebeu no começo de se-tembro a visita de Bernardo José Avidos Horta e Luiz Paulo Avidos Horta de Araujo, netos de Bernardo Hor-ta de Araújo. Estiveram no município no ano em que se completam 99 da morte e 150 do nascimento céle-bre político, jornalista que deixou seu nome marcado na história capixaba. Além de receber homenagens, em nome do ilustre avô, da Loja Maçônica Fraternidade e Luz, aproveitaram para visitar pontos turísticos e o tú-mulo da família, no Cemitério Municipal.

A Cachoeiro Stone Fair 2012 recebeu um público de mais de 25 mil visitantes nacionais de 26 estados brasileiros, su-perando as expectativas dos promotores, durante os quatro dias de evento, em Cachoeiro de Itapemirim, no final de agosto. Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Goiás foram os estados com mais partici-pantes no evento, que contou com a participação de 220 ex-positores de rochas ornamentais, máquinas, equipamentos e insumos para o segmento.

Ao todo, empresários e profissionais de mais de 600 cidades brasileiras estiveram na Cachoeiro Stone Fair, inclusive repre-sentantes das 12 cidades que serão sedes dos jogos da Copa do Mundo de 2014 e as que servirão de centros de treinamentos e base de apoio, onde estão sendo realizadas grandes obras para o Mundial. O público estrangeiro também marcou presença, com participação expressiva da Itália seguida dos Estados Unidos, Canadá, China, Espanha, Venezuela e Portugal. O volume de negócios, no entanto, não foi divulgado.

nº2 /Setembro 2012/ / 7

Que a Educação Pública do En-sino Fundamental no Espírito Santo, assim como na maior

parte do país, tem apresentado resul-tados díspares, já se sabia. O baixo aproveitamento médio dos alunos foi confirmado novamente pelo MEC, com a divulgação do Índice de Desenvolvi-mento da Educação Básica (Ideb) 2011, que mede a proficiência dos alunos de 1ª a 4ª e de 5ª a 8ª série em Língua Portuguesa e Matemática.

Em relação ao resultado anterior (2009), o Ideb atual, divulgado em 14 de agosto, mostrou que no Estado o rendimento é menor nas séries finais do ensino funda-mental. Em todas as variáveis divulgadas pelo Ideb, as turmas de 1ª a 4ª série apresentaram notas melhores que as séries finais (5ª a 8ª). As cinco melhores escolas de 1ª a 4ª série obtiveram média 7.1 – enquanto as cinco melhores, de 5ª a 8ª série, tiveram rendimento menor, ficando com 6.3 de média.

Já entre as escolas avaliadas que ficaram em pior situação, a condição se repete: a média das cinco piores escolas das séries iniciais do ensino fundamental foi de 3.0 contra média de 1.9 para as cinco piores das séries finais (5ª a 8ª).

Outro dado mostrado noIdeb-2011 foi que, nem sempre o município que mais investe obtém o melhor resul-tado. Alfredo Chaves, cuja rede ficou em primeiro lugar no Estado tanto de 1ª a 4ª série quanto de 5ª a 8ª série, investiu quase cinco vezes menos por aluno que Presidente Kennedy, que por sua vez ficou entre os piores, ocupando a 67ª posição entre os 70 municípios pesquisados.

No que se refere às metas previstas para cada município, de acordo com o desempenho anterior, 47% não alcan-çaram as projeções para as turmas de 5ª a 8ª série. Mais uma vez as séries iniciais (1ª a 4ª) obtiveram melhor desempenho, com 15% dos municípios pesquisados não atingindo o objetivo.

Outro aspecto observado refere-se ao fato de que as cinco escolas que tiveram pior desempenho no Estado, com média 1.9 - nenhum delas foi municipalizada, condição prevista pela Constituição de 1988, mas nem todos municípios cumpriram integralmente.

A EEEFM Lions Sebastião de Paiva Vidaurre, de Cachoeiro, de acordo com o Ideb, ficou com a menor nota para turmas de 5ª a 8ª série, fato que

EDUCAÇÃO

Cai o aproveitamento escolar

DivulgaçãoFoto

Desempenho no Ideb em relação a 2009 caiu em 40% nas turmas de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental. Nas turmas de 1ª a 4ª série a queda foi de 30%

o superintendente Regional de Educa-ção, Roberto Lopes Brandão, atribui à nova metodologia do índice. “A partir de 2011, o Estado deixou de aprovar os alunos de 5ª a 8ª série que antes passavam de ano com dependência em matérias. Agora, se o aluno ficar reprovado em uma matéria é obriga-do a repetir o ano, e a repetência tem

Castelo tem 100% das escolas públicas do Ensino Fundamental muni-cipalizadas, totalizando mais de 3.000 alunos. Está entre os municípios mais bem avaliados pelo Ideb-2011. A rede ocupa a quarta posição no Estado para as turmas de 5ª a 8ª série, com média 5.1 – nota bem próxima aos três primeiros colocados que obtiveram respectivamente 5.4 (Alfredo Chaves e Domingos Martins), e 5.2 (Itarana).

Ainda assim, o secretário Municipal de Educação, Francisco Venterulli Zanon, considera que o resultado pode não contribuir para uma efetiva melhoria no sistema público de ensino no país. “O Ideb faz avaliação por amostragem e, além disso, não considera as notas de turmas com menos de 20 alunos, mas leva em consideração a evasão escolar. Numa região produtora de café como a nossa, na época da colheita muitas famílias se mudam, e a ausência do aluno é registrada como evasão, o que não cor-responde à realidade, pois ele foi estudar em outra escola”, explica.

Outros aspectos que não são avaliados pelo Ideb, como exemplifica o secretário, são a capacitação dos educadores, administração escolar, relação da escola com a família e atuação de equipe multidisciplinar.

Para secretário índice é incompleto

Alunos da escola Reynaldo Fim, da rede pública municipal de

Castelo, no distrito de Limoeiro

peso no Ideb. Por isso, muitas escolas ficaram com notas baixas”, considera o superintendente.

O Ideb é calculado, a cada dois anos, com base no desempenho dos estudan-tes em avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) – provas de Língua Portuguesa e Matemática – e em taxas de aprovação.

/ /Setembro 2012/nº28

crescimento de quase 70%. Em terceiro, está a Oswaldo Machado, do bairro Baiminas, que melhorou seu resultado em 53%, indo de 3,8 para 5,8.

Também se destacaram as escolas Prof. Florisbelo Neves, do bairro Novo Par-que, Julieta Depes Tallon, do Zumbi, e Zilah Lima de Moura, do Monte Cristo. Elas melhoraram suas notas em 47% e também estão entre as unidades de ensino que mais aumentaram o índice. Outro destaque é a Valdy Freitas, do bairro Paraíso, que, ao lado da

Juracy Cruz, alcançou a nota de 6,6, a maior da rede municipal. Para a secretária de Educação de Cachoeiro, Deuceny Lopes,

esses resultados são relevantes, mas o mais importante é que todas as escolas municipais de Cachoeiro melhoraram seu desempenho, tanto nas séries iniciais quanto nas finais do ensino fundamental. “É gratificante constatar que os investimentos que fizemos em Educação surtiram efeito e que hoje estamos oferecendo um ensino de melhor qualidade na rede municipal”, destaca.

Cinco escolas da rede municipal de Cachoeiro de Itapemirim estão

entre as escolas públicas ca-pixabas que mais subiram no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos anos iniciais do ensino funda-mental (1º ao 4º ano). Além de melhorarem bastante suas notas em relação à última ava-liação, de 2009, elas superaram as metas projetadas para 2011 e para os próximos anos.

Nas turmas de 1ª a 4 ª série (anos iniciais), o Ideb saltou de 4,5 para 5,4, ultrapassando a meta estabelecida para esta edição (4,9) e igualando a prevista para 2015. Já a nota das turmas de 5ª a 8ª série (anos finais) evoluiu de 3,7 para 4,5, ficando a apenas um décimo da meta. Em ambos os casos, os índices ficaram acima do Ideb geral das escolas públicas do Estado (5,0 para os anos iniciais e 3,9 para os finais).

A escola Juracy Cruz (antiga São Luiz Gonzaga), no bairro São Luiz Gonzaga, foi a segunda do Estado que mais aumentou o ín-dice nas séries iniciais. Saltou de 3,9, nota de 2009, para 6,6, um

Educação

Escolas de Cachoeiro entre as que mais subiram no Ideb

A escola Juracy Cruz melhorou o resultado em quase 70%

nº2 /Setembro 2012/ / 9

CURSO E CONCURSOS

Calma e sinceridade: palavras-chave da entrevista de emprego

DivulgaçãoFoto

Geizy GomesTexto

Uma entrevista de emprego pode ser tranquila e agradável, mas ela também pode ser problemá-

tica e traumática, depende muito de como você se comporta nela. Todo mundo sabe que o ideal é controlar o nervosismo, mas nem sempre é possível fazer isso.

A psicóloga de uma empresa de con-sultoria e seleção de pessoal, Maryanna Sanches, relata que o entrevistado deve ter algumas precauções. “Se a entrevista for de manhã, a pessoa deve chegar cal-ma, tranquila, tomar água para relaxar. Ao acordar, é bom que tome um banho para tirar aquela cara ‘amassada’ e ter uma disciplina consigo mesmo”.

Sanches afirma ainda que “o candidato chega ansioso para fazer uma entrevista porque ele não sabe, na maioria das ve-zes, o que vai ser indagado ou até à vaga que vai concorrer”.

O que vestir? Muitas pessoas também têm dúvidas de que roupa usar para parti-cipar de uma seleção de emprego, a princi-pal orientação é não utilizar decotes muito profundos ou roupas muito curtas. “As mulheres devem vestir calças, bermudas, ou saias que tampem o joelho, os cabelos

devem estar sempre arrumados, é bom evitar maquiagem e perfume muito forte, quanto mais natural melhor. Já o homem deve vestir sempre calça comprida, evitar camisetas, o cabelo também deve estar arrumado e a barba aparada”, diz.

É imprescindível que o candidato leve um currículo atualizado e que seja sem-pre verdadeiro. “A pessoa nunca deve mentir e achar que sabe tudo. Deve espe-rar o momento exato da entrevista para falar, dizer que sabe fazer uma coisa e não saber não pode, porque o candidato pode passar vergonha se for contratado. Outra coisa muito importante é ter em mente as suas atribuições. O candidato nunca deve ler o conteúdo do seu currículo na frente do entrevistado”, conclui.

Maryanna recomenda precauções aos candidatos

/ /Setembro 2012/nº210

Curso e concursos

Direito: o curso sob vários ângulosQuem pensa que o mercado jurídico

anda saturado, está enganado. Para quem ainda almeja traçar uma carreira brilhante ou para quem já conquistou seu lugar ao sol no mercado de trabalho, a dica é a mesma – dedicação.

O advogado Breno Fajardo Lima atua há 10 anos em Cachoeiro. Ele conta que, além da dedicação ao curso, os estágios durante a faculdade foram fundamentais em sua formação.

Após passar no exame da Ordem dos

Estudante do 6º período do curso de Direito, o economista Braulyo Lima revela que está em busca de sua segunda formação acadêmica. A diversidade no campo de atuação dos bacharéis o motivou a ingressar na área jurídica.

O estudante, que se forma em 2014, pensa em atuar em Cachoeiro. Para isso, conta que se prepara para o mer-cado fazendo um bom curso superior.

CURSOS

Em Cachoeiro de Itapemirim, exis-tem três instituições de ensino supe-rior que ofertam o curso de direito. A média para conclusão do curso é de 4 anos. Todas abrem processo seletivo para formação de novas turmas no início do ano, no período noturno. São elas:

- Faculdade do Espírito Santo – Unes

- Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim – FDCI

- Centro Universitário São Camilo - ES

Foco no futuroAdvogados do Brasil (OAB), o advoga-do montou um escritório para atuar ao lado do irmão. Apesar do número de estabelecimentos que se multiplicaram no município nos últimos anos, ele afir-ma que além da formação acadêmica, muitas práticas somente são aprendidas com o cotidiano.

“Acredito que exercer a profissão depen-de de outras coisas, que vão além do Di-reito. É saber principalmente se relacionar com o cliente”, explica.

Segundo Breno, além de se dedicar ao curso, os estágios são fundamentais

nº2 /Setembro 2012/ / 11

Artigo

O lançamento do Proedes – Progra-ma de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo constitui marco inovador no processo de crescimento da economia capixaba, tanto pela abrangência do pro-grama quanto pelo compartilhamento de sua gestão com a sociedade. Pela primeira vez, o Estado reúne em uma só iniciativa as mais diversas ferramentas de incentivo ao desenvolvimento sustentável e executa ações coordenadas de atração de empre-endimentos, utilizando recursos próprios e criando estrutura especializada de nego-ciação com investidores em potencial.

Esses aspectos inovadores se comple-mentam com a prioridade que o Proedes atribui à atração de empresas caracteri-zadas pela competitividade, eficiência e avanço tecnológico. Além disso, o progra-ma incorpora instrumentos de estímulo e incentivo que levam à interiorização e descentralização do desenvolvimento e à geração de oportunidades de crescimento pessoal, social e profissional para os capi-xabas de todas as regiões.

São objetivos ambiciosos, mas realizá-veis, que respeitam e valorizam o espírito

Um salto para o futuroempreendedor dos capixabas, mobilizam recursos próprios do Estado, municípios e da iniciativa privada, baseados em forte articulação, em diversos níveis de poder.

Como acontece com outros programas em execução – Incluir, Reflorestar e Es-tado Presente –, o Proedes terá gestão profissionalizada e será periodicamen-te avaliado e aperfeiçoado, para que se mantenha fiel aos seus objetivos. Estamos executando 18 programas e mais de 170 projetos, que são acompanhados de perto pelo meu Gabinete. Todos, direcionados ao objetivo maior de levar qualidade de vida aos capixabas.

O Proedes nasceu da imperiosa neces-sidade de prepararmos o Espírito Santo para um novo ciclo de desenvolvimento, fortalecendo a economia e a competitivi-dade das regiões e dos municípios, e di-versificando a nossa produção. O Governo investirá R$ 1,5 bilhão ao ano, destinando grande parte desse montante à infraes-trutura, logística, educação tecnológica e ações de inovação que tornem o Estado mais eficiente e competitivo. O programa conta com diversos mecanismos de incen-

*Governador do Espirito Santo

tivo, dentre eles, o Fundepar, com aporte inicial de R$ 200 milhões e, em setembro, submeteremos à Assembleia Legislativa o projeto da Lei de Inovação. Determinei ao Bandes que abra linha de crédito a pre-feituras interessadas em investimentos compatíveis com os objetivos do Proedes, e vamos manter – no exercício 2013 – o mesmo volume de recursos oferecidos aos municípios em 2011 e 2012 por meio de convênios. No curto prazo, trata-se de uma agenda de projetos e ações destina-da a superar as restrições econômicas que iremos enfrentar. No longo prazo, signifi-ca uma profunda mudança na estrutura da economia e da sociedade capixabas.

Renato Casagrande

/ /Setembro 2012/nº212

nº2 /Setembro 2012/ / 13

ECONOMIA

Mercado imobiliário, a bola da vezEmpreendimentos de todos os portes são erguidos no Cachoeiro de Itapemirim, que vive o seu melhor momento econômico em muitos anos.

Foto: Edgard Baião

Reportagem Especial

Por Roberto Al Barros e Wagner Santos

Cachoeiro vive momento de pujança no mercado imobiliário. Grandes empreendimentos estão em an-

damento. Há 1.500 moradias do Plano “Minha Casa Minha Vida” em construção e é superior a 2.000 o número de unida-des habitacionais previstas para serem

entregues até 2015 neste segmento, além de empreendimentos de vulto, com par-celas intermediárias e mensais, dirigidas à classe mais abastada.

São residenciais vendidos em poucos meses, construtoras investindo na cidade com novas técnicas de construção e proje-tos ousados nos quais a qualidade não che-ga a pesar no bolso do comprador graças à competitividade do mercado aquecido.

“Nunca se construiu tanto em Cacho-eiro de Itapemirim”, afirma o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Paulo Mendes Glória, com base no cresci-mento abissal da concessão de alvarás de construção no município, que mostram aumento de 33%. “Há cinco anos isso era inimaginável”, constata.

Em 2010, foram liberados 262 alvarás de construção, em 2011, foram 347 e no fechamento do primeiro quadrimestre de

2012, eram 90. Em relação a 2008, os nú-meros, segundo o secretário, são seis vezes maiores. O ímpeto das construtoras con-tribuiu e a prefeitura precisou se adequar. Em 2011 implantou sistema que permite a liberação da obra, que antes demorava até dois anos, em apenas 30 dias.

Para o presidente da Acisci, Ruberval Rocha, o privilegiado posicionamento geográfico do município e a estrutura já existente - com hospitais regionais, esco-las e faculdades - é fundamental para a atração de investimentos. Cachoeiro con-centra boa parte da economia da região, funcionando como uma espécie de capital.

“Aliada a esses fatores, surge outro de grande importância para o desenvolvi-mento de nossa região, que é o petróleo e o gás natural. Toda essa pujança econômica acaba também por desaguar em Cachoeiro de Itapemirim”.

/ /Setembro 2012/nº214

Imóveis

Mercado imobiliário mais acessívelA queda nos juros, o aumento do prazo de financiamento e o vasto número de agentes financiadores de imóveis têm contribuído para que o mercado continue ativo

A velocidade com que os imóveis têm sido vendidos em Cacho-eiro, surpreende até a quem já

está há anos no ramo. De acordo com o administrador Romário Leal, da RL Empreendimentos Imobiliários, que trabalha com imóveis do plano habita-cional Minha Casa Minha Vida, da Caixa Econômica Federal, através de pesquisa a construtora previra que o mercado estivesse acessível.

“Ainda assim, ficamos surpresos com o grande êxito e rapidez na venda dos apartamentos do primeiro empreendi-mento. Acreditamos que isso se deve ao fato de estarmos mostrando que a melhor estratégia é iniciar o trabalho e as pessoas verem que o que foi comentado está acon-tecendo”, destaca o profissional.

Romário Leal chama atenção para o fato de os empreendimentos imobiliários terem grande importância com reflexo di-reto no padrão de vida das pessoas: “Cada empreendimento imobiliário é garantia de emprego, além de gerar impostos e taxas para o poder público, como o ITBI, a taxa de fiscalização de obras e o próprio IPTU – o que irá resultar em divisas para o município que, tendo mais arrecadação, poderá realizar mais obras de infraestru-tura para a população, permitindo assim melhoria na qualidade de vida”, conclui o corretor.

A queda nos juros, o aumento do prazo de financiamento e o vasto número de agentes financiadores de imóveis tem contribuído para que o mercado conti-nue ativo, observa Luiz Carlos Tófano, da Tófano Corretora e Administradora. Ele ressalta que o perfil do comprador de imóvel se diluiu. “Os clientes são de todas as idades e condição financeira, mas a procura mais acentuada tem sido para imóveis de porte médio para pequeno, dois ou três quartos, abaixo de 100 metros quadrados, com até duas vagas de garagem. Lembremos que hoje as famílias não são tão numerosas como antigamente”, observa.

Tófano acredita que o mercado imo-biliário de Cachoeiro “tende a crescer ainda mais em médio prazo. Já os preços devem se estabilizar, pois a valorização foi bem acentuada nos últimos tempos. Entretanto, há locais onde essa regra não pode ser aplicada, pois estão sempre em constante valorização”, conclui.

Com cerca de 50% do negócio voltado para lotes, chácaras e áreas, em Cacho-eiro e no litoral, principalmente Ma-rataízes e região, Dilermando Bonfim Moreira da Silva, da D & C Imóveis e da D & C Consórcios, explica que, quando começou a atuar em Cachoeiro, em 1985, tinha 90% dos empreendimentos que comercializava voltados para lote-amentos. Hoje, ainda que mantenha esse foco em torno de 50%, inclusive na modalidade consórcio, Dilermando se especializou também na venda e aluguel de casas e apartamentos.

O corretor chama atenção para o que considera um dos melhores investi-

mentos. “Se a pessoa compra hoje um imóvel na planta em Cachoeiro, pode esperar uma valorização média de 30%, que é um ganho garantido que tem ajudado também a impulsionar o setor”, revela. “Além disso, o compra-dor não paga a vista, mas em longas parcelas. Por isso também muitos comerciantes estão se mudando para imóveis novos na cidade”, explica.

De acordo com Dilermando, a procu-ra por imóveis em Cachoeiro, inclusive para aluguel, ainda continua maior do que a oferta. “Temos uma filial no litoral e observamos que tanto em Ca-choeiro quanto no litoral, a tendência do mercado é de se ampliar, o que, logicamente, leva à valorização, que hoje gira em torno de 40% ao ano no litoral”, conclui.

Casas e Lotes

Foto: Edgard Baião

Foto: Roberto Al Barros

Residenciais inteiros são vendidos em poucos meses em Cachoeiro

/ /Setembro 2012/nº216

ENTREVISTA

O bOOm ImObIlIárIOCom facilidade de comunicação e síntese, o presidente da Acisci, Ruberval Rocha, fala, nesta entrevista exclusiva, de como e por que Cachoeiro está num processo que leva a cidade a ser considerada como “a bola da vez” no mercado imobiliário.

MAIS ES - Qual a importância hoje da construção civil para o desenvol-vimento da cidade, se sabemos que o déficit de moradias é antigo?

Ruberval Rocha-Hoje a construção civil tem sido da maior importância para o emprego, trazendo crescimento econômico e aquecendo os setores de co-mércio e serviço – que abrange toda uma cadeia de profissionais especializados em topografia, engenheiros, arquitetos, corretores, usinagem de concreto até a mão de obra final. É um setor que tem uma importância muito grande não só para a economia de Cachoeiro, mas para economia nacional. Portanto, nós temos um cenário muito promissor para todo o sul do estado, em função de todos que se deslocam ou que residem na região. Certamente por isso, Cachoeiro está sendo contemplado pelo Governo Federal com financiamentos para o programa Minha Casa Minha Vida, através da Caixa Econômica, com recursos do FGTS. Essa também é uma verba que não circulava em Cachoeiro e que está fomentando a economia de forma significativa.

Como presidente da Acisci, o se-nhor tem informações sobre a oferta de moradias vinculadas ao financiamento público com previ-

são de entrega nos próximos anos?Somente programa Minha Casa Minha

Vida, pelas informações de que dispomos na Associação Comercial, tem previsto para entregar mais de 2.000 unidades habitacionais, ou seja, moradias até 2015. Já temos em construção, hoje, cerca de 1.500, um volume bem robusto, substancial, que muito contribui para o crescimento de nossa região, acrescido de sua importância pelo papel social da moradia. Entretanto, muitos outros pro-jetos imobiliários de grande porte estão em pleno andamento para outras faixas de renda, além de projetos comerciais até há alguns anos inimagináveis em nossa cidade.

Como a cidade estará em termos de desenvolvimento imobiliário, presumivelmente, dentro de oito anos, em 2020?

A previsão, até 2020, é que a cidade tenha um crescimento populacional de 15% a 20% além do crescimento natural, o que chamamos de crescimento flutuan-te. Isso em função das plantas industriais em nosso entorno, já que a cidade é mais estruturada para receber o corpo técnico desses grandes empreendimentos, como obras da Petrobrás e Samarco, por exem-plo. Por isso o crescimento imobiliário

deve ser ainda mais incrementado com o passar dos anos. Afinal, Cachoeiro é uma cidade muito boa para se morar, pois ainda que muitos se refiram à topografia da cidade como acidentada, classifico-a como uma cidade de topografia char-mosa.

Com isso estão vindo o que pode-mos chamar de megainvestimen-tos?

Estamos sendo contemplados com o projeto de uma ferrovia que vai ligar Vitória ao Rio de Janeiro passando por Cachoeiro, pela Safra, ou seja: Vitória--Anchieta-Cachoeiro-Macaé-Rio. Trata--se de um projeto estruturante, e muito importante, pois irá fazer o escoamento de boa parte de nossa produção industrial e de commodities. Em nível de logística, estamos numa das regiões mais estraté-gicas do Estado do Espírito Santo. Pois estamos próximos a grandes centros como Rio, Belo Horizonte, Vitória e por-que não falar, Bahia, distante apenas 400 quilômetros. Estrategicamente, estamos muito bem posicionados. Temos portos, agora a ferrovia, por isso as expectativas são as melhores possíveis. Prova disso é que temos grandes projetos na área de construção civil, com alguns já aprova-dos – hotéis, novos shopping centers, construção de hospitais e outros. Temos uma taxa de ocupação hoteleira muito alta, principalmente por época de eventos como a Feira do Mármore e do Granito. Os empresários estão atentos a essas oportunidades.

Em suma, como o senhor classifica o momento vivido hoje pela cidade e região?

Eu diria que vivemos hoje o melhor momento econômico para a cidade dos últimos 20 anos. Temos apenas que acreditar nos projetos, acreditar na cida-de. O sonho é o início de tudo, e hoje o sonho está acontecendo. E à medida que se persevera é que são concretizados os projetos.

“A cidade vive o melhor momento econômico dos últimos 20 anos.”

Diretor-Presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Cachoeiro de Itapemirim – Acisci.

RubeRval Rocha

nº2 /Setembro 2012/ / 17

PERFIL p

/ /Setembro 2012/nº218

ECONOMIAIMÓVEIS

Um sistema de construção exclusivo, com patente requerida pela empresa Laccheng Engenharia, que permite que a obra seja concluída em menos da me-tade do tempo em relação às construções convencionais e que, ao mesmo tempo, eleva a qualidade do produto, está revolu-cionando a Construção Civil no programa Minha Casa Minha Vida, em Cachoeiro de Itapemirim.

O sistema inovador funciona com pa-redes e lajes industrializadas aprovadas por rigorosos testes realizados em labo-ratório.

“Estamos focando na redução da mão de obra, já que sua oferta, que hoje está rara, tem tendência a piorar ainda mais. Com isso idealizamos um sistema onde as pa-redes e lajes são executadas na indústria da empresa, localizada em Castelo (ES), para posterior lançamento na obra. É importante frisar que o sucesso do nosso sistema construtivo foi resultado de longa pesquisa laboratorial, cuja “fórmula final” fora aprovada por um conceituado Insti-tuto de Pesquisas Tecnológicas, indicado pela Caixa Econômica Federal. O produto final é uma parede extremamente resis-tente, com perfeição nos seus encontros. Garantimos o produto e o tempo da en-trega”, destaca o idealizador do sistema, o engenheiro civil Lúcio Piassi Lachini.

E continua: “Uma excelente notícia também é o fato de que tal sistema é eco-

logicamente correto, já que nossas obras utilizam o mínimo de madeira possível, além de que conseguimos reduzir em cerca de 90% o nível de entulho”.

A empresa também possui laboratório próprio. Isso faz com que exista um ri-goroso acompanhamento da qualidade das peças. Devido a ISO 9001, a empresa possui alto nível de rastreabilidade. Em virtude disso pode emitir laudo detalhado das peças, quando solicitada.

Hoje, além das certificações ISO 9001-2008 (que é uma Organização Interna-cional para Padronização), a empresa possui PBQP do Habitat Nível A (Progra-ma Brasileiro da Qualidade e Produtivi-dade do Habitat - Nível A), para garantir a qualidade dos produtos certificados. Periodicamente, a empresa passa por rigorosas fiscalizações de Institutos indi-cados pelo Ministério das Cidades.

A empresa Laccheng possui larga experiên-cia na construção de unidades residenciais de alto padrão. Neste nicho, já entregou três edi-fícios: “Edifício Carol Wojtyla”, na cidade de Vitória (ES); “Edifício Diamond Residence” e “Edifício Sorelli Piazzi”, na cidade de Macaé (RJ). Atualmente está iniciando mais dois empreendimentos de alto padrão: Edifício “Ângelus Residence”, composto de 28 apar-tamentos de 04 quartos, na cidade de São José dos Campos (SP), e Edifício “Terrazzo Cardarelli”, composto de 30 apartamentos, na cidade de Macaé (RJ), onde a empresa já

alcançou a fama de bem construir.Aproveitando os incentivos e programa

do Governo Federal, a empresa entrou com o pé direito no programa Minha Casa Minha Vida.

“Da experiência adquirida em empre-endimentos de alto padrão, estamos trazendo diferenciais. Achamos que obras do programa Minha Casa Minha Vida também merecem, ou seja, os apartamen-tos deste programa possuem requintes de apartamentos de padrão superior”.

A empresa Laccheng Engenharia aca-ba de ganhar concorrência pública em um município do Sul Capixaba, o qual mantém sob sigilo, com a finalidade de construir 300 casas populares de 40 metros quadrados, cada, com sistema semelhante, onde é mantida a qualidade com garantia. Essas casas estão previstas para serem entregues até dezembro. Ao fim da execução do contrato terão sido construídas, em média, duas casas por dia útil.

“A Laccheng está apostando em seu diferencial, e o que a empresa econo-miza com a redução do tempo e da mão de obra, transfere em benefícios para os clientes em forma de melhorias no acaba-mento. Além disso, dispomos de respaldo financeiro para dar garantia ao cliente de que a obra será concluída e entregue no prazo combinado”, finaliza o engenheiro idealizador do sistema.

Rapidez com qualidade atende normas de qualidade da Caixa Econômica Federal em condomínios residenciais

Duas casas construídas por diaA Laccheng Engenharia ergue prédios no KM 90, em Cachoeiro

Foto: Roberto Al Barros

nº2 /Setembro 2012/ / 19

OPINIÃO

Cachoeiro de Itapemirim têm experi-mentado, na história recente, um cres-cimento fenomenal na construção civil, tanto em unidades residenciais, como comerciais. Realidade esta que fomen-ta importantes e variados setores a economia, gerando muitos empregos diretos e indiretos, e consequente arre-cadação de taxas e impostos.

De outro lado, temos um cenário em que mais de 50% dos imóveis disponí-veis para venda não estão adequada-mente regularizados para financiamen-to via Sistema Financeiro da Habitação (SFH), ocasionando com isso um gar-galo na comercialização de imóveis.

O problema é histórico e causa pre-juízo em cadeia, ou seja, o Proprietário Vendedor deixa de vender ou às vezes obriga-se a vender mais barato; por sua vez, o Comprador necessita de mo-radia, mas nem sempre dispõe de capi-

Penso que a solução está em o Poder Pú-blico abraçar esta causa, o Executivo Mu-nicipal criar meios (ágeis)...

Imóveis não regularizados

tal para pagamento à vista, embora possua crédito para financiamento; a Instituição Financeira, que sobrevive principalmen-te das operações de crédito, fica impedida de fazê-lo; a Prefeitura Municipal deixa de arrecadar, principalmente o ITBI (Impos-to de Transmissão de Bens Imóveis), além dos Cartórios deixarem de executar toda gama de serviços inerentes a este caso; e os Profissionais do ramo Imobiliário ficam impedidos de realizar suas operações – con-sequentemente, é travada grande parte da economia local do setor.

Penso que a solução está em o Poder Pú-blico abraçar esta causa, o Executivo Muni-cipal criar meios (ágeis) para regularização dos imóveis já existentes, como por exem-plo, a criação de secretaria específica para isso, regularizando o que não foi feito no passado (e aqui não estamos elegendo a res-ponsabilidade de “A” ou “B”), e futuramente orientando as novas construções, coibindo

Edson Fonseca

*O autor é Consultor Imobiliário

as irregularidades. Estamos em época de eleição, e o momento é propício para a sociedade refletir, escolher bem seus candidatos, cobrar uma atuação ética e eficaz, que gere bem-estar social.

O mercado imobiliário está em expan-são e existe demanda para todos os bol-sos, porém, com uma tendência maior para unidades residenciais menores, como as de dois quartos ou até mesmo de um quarto, como por exemplo, o Condomínio do Ed. San Marino, com-posto em sua maioria por apartamentos de um quarto, que está sendo construído no Bairro Ibitiquara, ao lado do Tiro de Guerra, que teve sua venda realizada em um período de trinta dias, na época de seu lançamento.

nº2 /Setembro 2012/ / 21

Os corretores imobiliários, Ales-sandro Marão e Zanoni Filho, falam um pouco sobre o setor e a expec-tativa para os próximos anos, em Cachoeiro.

MAIS ES - Como está o mercado imobi-liário em Cachoeiro?

Alessandro Marão- Após um longo perí-odo estagnado, nos últimos 7 anos houve aquecimento no setor, que resultou na evolução dos preços dos imóveis. Em 2012, em função da economia brasileira, a velocidade das vendas diminuiu, com os preços dos imóveis subindo de maneira mais racional e outros ficando estáveis.

Quais foram as causas para o aque-cimento no setor?

AM- Os principais fatores foram esta-bilidade econômica, demanda reprimida, melhora na renda e a volta dos investido-res. Com a estabilidade da moeda, as taxas de juros caem e o crédito fica atrativo, impulsionando a compra do imóvel. Já os investidores migraram para o mercado imobiliário buscando maiores ganhos e segurança, devido ao baixo rendimento nas aplicações tradicionais e a desilusão com a Bolsa de Valores.

Fala-se em bolha no mercado imo-biliário. Qual a sua opinião sobre o assunto?

AM - Em Cachoeiro, ainda não acredito. A evolução dos preços foi resultado da falta de oferta de imóveis na cidade, além do custo da construção civil, que vem au-mentando ano a ano. Temos um déficit ha-bitacional local muito grande e o Sistema Financeiro brasileiro obedece a critérios e formalidades, diferente de outros países, trazendo segurança ao mercado. Penso que haverá adequação de valores, com alguns imóveis tendo que realinhar seus preços para baixo, com os parâmetros de mercado.

O momento é de comprar imóvel? Qual a principal recomendação para o comprador?

Zanoni Filho - Imóvel é sempre um bom investimento e é um patrimônio seguro para todas as gerações. A partir de agora, recomendo cautela, já que a com-

“Imóvel é sempre um bom investimento”

pra deverá ser mais pontual, analisando projeto, localização, perfil do imóvel, do-cumentação, forma de pagamento entre outros detalhes.

O Corretor de Imóveis é a pessoa certa para orientar o comprador?

AM - O ideal é o cliente ter um profis-sional qualificado de sua confiança, para trazer as melhores oportunidades em imó-veis e assessorá-lo na compra. Atualmente o mercado exige do Corretor de Imóveis mais preparo, com noções de Direito (sa-ber elaborar um Contrato), Contabilidade (orientar o cliente quanto ao IR), Matemá-tica Financeira e Administração. Precisa conhecer o produto que vende, analisar a documentação antes de oferecer o imóvel e orientar o cliente quanto a melhor forma de adquiri-lo. A questão tributária também é fundamental.

Qual o principal problema do se-tor?

AM - A regularização imobiliária é um grande gargalo. O Poder Público deveria dar atenção a essa situação, já que tem alcance social e tributário (arrecadação) para o município.

O melhor é comprar um imóvel pronto ou na planta?

ZF - Depende do momento de vida, da renda e do perfil do cliente. O imóvel na planta no sistema de Condomínio Fechado tem vantagens tributárias e normalmente apresenta boa valorização. Já na incor-poração, a forma flexível de pagamento é o grande atrativo. E o imóvel pronto tem como ponto positivo o fato de usá-lo imediatamente.

Quais os destaques da sua imobi-liária para o mercado atualmente?

ZF - Em Cachoeiro, estamos trabalhando o Residencial Manhattan, um belo projeto da Lorenge no bairro Gilberto Machado. Já na praia de Marataízes temos o Resi-dencial Royal Beach, do Group Creta, com custo médio de R$ 1.900,00 o m2, poucas unidades a venda e previsão de entrega em 2013. Temos sempre boas oportunidades, principalmente para investidores, com imóveis comerciais e de hotelaria no ES, RJ e SP.

ENTREVISTA

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IMÓVEIS

O Sul do Espírito Santo está na rota dos grandes inves-timentos imobiliários. E, agora, Cachoeiro se prepara para receber o primeiro residencial da construtora

Lorenge S.A. na cidade, o edifício Manhattan, localizado no Gilberto Machado. O projeto, que será lançado no próximo dia 15, propõe ao cachoeirense desfrutar de um empreendimento cosmopolita, alinhado com o que há de mais sofisticado.

Com um VGV de R$ 70 milhões (previsão de retorno de vendas), a concepção do residencial foi inspirada no estilo de vida característico da ilha de Manhattan, em Nova Iorque, a megalópole americana que exala luxo e sofisticação com qualidade de vida.

O clube privativo do edifício Manhattan será de alto padrão, completo para lazer e prática esportiva. Serão ofertados 27 itens de lazer dentre os quais está o Lounge Tribeca, um espaço coletivo de onde os futuros moradores terão vista privilegiada para o famoso Pico do Itabira e Rio Itapemirim.

Além disso, o novo empreendimento da Lorenge S.A. oferece-rá em Cachoeiro de Itapemirim quadra de Squash, uma ampla pista de patinação e um Beauty Center, ambiente propício para manter os cuidados estéticos de toda da família.

Parceria

A Vereza Imóveis atua no mercado do Sul do Estado há 17 anos e é considerada uma das imobiliárias mais antigas e bem conceituadas. Além de trabalhar com a comercialização de casas, apartamentos, terrenos, também possui experiência em vendas de condomínio fechado além de ser correspondente para contratos com a Caixa Econômica. A Vereza Imóveis possui imóveis a serem comercializados em Cachoeiro de Ita-pemirim, Castelo, Guarapari, Itapemirim, Itapuã (Vila Velha), Marataízes, Pedra Azul, Piúma e Vargem Alta.

Em relação à parceria com a Lorenge, a diretora da Vereza comenta. “A empresa Lorenge S/A tem um conceito ímpar no mercado da construção civil, disponibilizando produtos de qualidade para todas as classes sociais, o que faz uma corretora do interior do Estado sentir-se valorizada e motivada a divul-gar com segurança o produto Lorenge”, diz Roberta Vereza.

“Como trata-se de um município do interior do sul do estado o consumidor tem particularidades próprias, as quais uma corretora instalada na em Cachoeiro de Itapemirim conhece bem. Isso facilita o processo de prospecção e venda do produto Manhattan”, completa Roberta Vereza.

Segundo ela, existe um público consumidor formado por profissionais liberais e empresários aguardando um produto diferenciado como o Manhattan Residence. “Com o aqueci-mento da economia no sul do Estado proveniente do mercado do petróleo e da instalação de portos torna-se importantíssimo a construção de imóveis de médio e alto padrão para atender o mercado consumidor. Portanto a expectativa de venda e suces-so do empreendimento não poderia ser melhor pelo momento econômico que a cidade vivencia”, afirma Roberta Vereza.

Lorenge lança seu primeiro residencial do Sul do ESLançamento será dia 15 de setembro – obras devem empregar 180 pessoas

Os apartamentos do edifício Manhattan terão três e quatro quartos e até oito opções de plantas, custando a partir de R$ 379 mil. A previsão de entrega é 2016 sendo que as obras estão programadas para começar no pri-meiro semestre de 2013. Em se tratando de empregos, o residencial deve gerar em sua primeira etapa de cons-trução um total de 180 empregos diretos no primeiro semestre de 2013 privilegiando a mão de obra local de Cachoeiro. No decorrer da obra, essa quantidade pode dobrar por conta dos empregos indiretos chegando a 360 o número de trabalhadores envolvidos na construção.

Obras começam em 2013 e geram 180 empregos

Os diretores da Lorenge: Tadeu Lorenzon, Euler Lorenzon, José Elcio Lorenzon, Antônio Lorenzon e Décio Lorenzon.

Foto: Divulgação

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O ritmo frenético em que os prédios brotam por Cachoeiro de Itapemirim é proporcional à demanda habitacional reprimida por anos. Nem só de edifícios de alto padrão, como os construídos na região mais central da cidade, se faz a pujança da construção civil. Bairros mais afastados, como Gilson Carone, Marbra-sa e Ruy Pinto Bandeira têm recebido, também, investimentos importantes, destinados a quem mais precisa.

Famílias, com rendimentos de até três salários mínimos, formam um grupo ávido por realizar o sonho de adquirir a casa própria. Encontraram agora, com o programa Minha Casa, Minha Vida, a chance de conseguir imóveis com bom padrão de qualidade, com prestações de, no máximo, R$ 50,00 mensais.

De acordo com o Censo 2010, Cachoeiro

Programa Minha Casa, Minha Vida vai mudar a vida de centenas de famílias em Cachoeiro, onde 880 moradias já estão em construção

Sonho da casa própria se realizaapresenta déficit habitacional de 2.800 unidades no padrão para renda de 0 a 3 salários mínimos. Com os atuais inves-timentos, o município vai ganhar 2.176 unidades.

Essa demanda já é responsável, em Ca-choeiro, pela construção de 880 unidades habitacionais, com previsão de entrega para julho do ano que vem. São 496 uni-dades, pela empreiteira Premax, no bairro Marbrasa, e 384, pela Arpa, no Ruy Pinto Bandeira. Os convênios entre as constru-toras, prefeitura e a Caixa Econômica Fe-deral, que financia os empreendimentos, só foi assinado há três meses, mas antes disso, obras já estavam em andamento.

Entretanto, justamente pela antecipação das construtoras, a estimativa é de que, na soma dos números oficiais e os empreen-dimentos ainda não formalizados, haja,

no total, 1.500 moradias em construção.A diferença seria de parte das outras

1.296 casas que devem ser construídas pelo programa federal no município, número anunciado pelo superintendente regional da Caixa, Carlos Alberto Linha-les, em recente visita a Cachoeiro.

Segundo o secretário municipal de Tra-balho e Habitação, Fábio Mendes Glória, o projeto está concluído e aguarda licen-ciamento ambiental. O novo empreendi-mento está previsto para ser construído no bairro Gilson Carone. A empreiteira responsável pela obra é a AB Engenharia.

Segundo Linhales, o número de habi-tações pelo programa em Cachoeiro está acima da média estipulada pelo Ministé-rio das Cidades, que previa a construção de 800 casas populares. A seleção de famílias aconteceu em 2009.

IMÓVEIS

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Antes mesmo de assinados os convênios, prédio já era erguido no bairro Marbrasa

Foto: Divulgação/ PMCI

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Em agosto, Cachoeiro de Itapemirim recebeu a visita de construtoras de di-versas partes do país. Os representantes foram convidados pela Usiminas e pela Prefeitura para conferir o modelo de construção usado no Residencial Espe-rança, que está sendo erguido no bairro Marbrasa, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida.

Empresas de engenharia de Belo Hori-zonte, Belém, Vitória, Ipatinga, Manaus e São Paulo se interessaram pelo uso do sistema empregado no município. As duas principais novas tecnologias, que já são utilizadas na obra em Cachoeiro, são o steel deck, que substitui a madeira no suporte da laje, e o drywall, parede sem alvenaria e com abafador sonoro. O método também economiza material. De acordo com os engenheiros respon-sáveis pelo projeto, a redução no uso de alvenaria em cada prédio, com 16 apar-tamentos, seria suficiente para construir outro prédio idêntico.

“O investimento de Cachoeiro em habitação de interesse social vem sendo feito com uma série de empreendimen-tos de alto padrão de qualidade, agora

Cachoeiro vira referência nacional

modelo para todo o país. É uma satisfa-ção receber esses profissionais em nossa cidade e poder compartilhar nossa ex-periência aqui”, destaca o secretário de Habitação, Fábio Mendes Glória.

Para André Cotta de Carvalho, da Pórti-co, na capital mineira, a escolha do local para a construção, no bairro Marbrasa,

foi também acertada. “Além de ser um local amplo, a escolha da área induz o crescimento da cidade para região mais afastada do centro, desafogando o trân-sito e a concentração dos serviços. Essa preocupação do poder público é funda-mental para um crescimento urbano com mais qualidade de vida”.

Engenheiros de Belo Horizonte, Belém, Vitória, Ipatinga, Manaus e São Paulo estiveram em Cachoeiro

Foto: Divulgação/ PMCI

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Qualidade para todas as classesEspecialista avalia que a classe C tem oportunidade de adquirir seu imóvel e há mercado enorme para essa classe emergente

A qualidade, antes restrita aos em-preendimentos de alto padrão, deixou de ser exclusividade em

Cachoeiro e está presente também nos condomínios residenciais destinados à classe emergente, financiados, princi-palmente, pelo plano Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal.

Os projetos contemplam paisagismo, praças arborizadas e ajardinadas, pis-cinas com pisos térmicos no entorno que não esquentam ao sol forte, áreas para caminhar, varandas panorâmicas, cerâmicas de qualidade, play ground e até quadras esportivas, em alguns casos, como explica a arquiteta Sandra Borges, com 27 anos de atuação na área.

“Para compor essa tendência, que busca dar mais qualidade de vida para as pessoas”, explica Sandra, “houve a necessidade de se buscar nos grandes centros o que há de mais recente em lançamentos de qualidade, para que os empreendimentos pudessem dispor dessa nova realidade também em aca-bamentos, como cerâmicas, pisos, pasti-lhas, cimento ecológicos para construção de áreas externas, varandas, fachadas e outros setores do condomínio, sem agredir o meio ambiente”, esclarece a profissional, sócia da Casa Jardim.

O mercado da construção civil, que já estava aquecido há alguns anos, com obras de alto padrão, onde a média de valor das

IMÓVEIS

unidades residenciais gira em torno de R$ 500 mil, como ressalta o arquiteto Horácio Afonso, também sócio da Casa Jardim, agora vive um verdadeiro boom com lan-çamentos de qualidade destinados à classe C. “E o setor continua atento às exigências ambientais e de acessibilidade”, enfatiza.

“Pela primeira, vez em décadas re-centes, a classe C tem oportunidade de adquirir seu imóvel. Há um mercado enorme para essa classe emergente, que hoje, depois de ter adquirido sua TV e seu computador, está também mais exi-gente. Na acessibilidade, por exemplo, as normas contemplam rampas, corrimão, barras de apoio nos banheiros e outros quesitos que atendem, inclusive, à lei federal específica”, ressalta o arquiteto.

O que há alguns anos era utopia, hoje é exigência da legislação para que possa ser aprovado um projeto de condomínio residencial. “Se temos uma grande área externa de pátio, com calçadas, vias para automóveis e respectivas áreas de esta-cionamento”, explica Horácio Afonso, “a pavimentação que usamos é feita a partir de produtos que permitem a permeabi-lidade, ou seja, a água da chuva permeia (infiltra) o solo, evitando alagamentos, de acordo com as mais atuais técnicas ambientais. Se isso ocorresse em toda a cidade, em grande parte poderiam ser evitadas as enchentes”, finaliza o profissional.

Com mais de 2.000 unidades re-sidenciais destinados à Classe C em construção, principalmente aparta-mentos com até dois quartos, e outro tanto em pré-lançamento com previ-são para entrega até 2015, a pergunta por diversas vezes feita aos empreen-dedores foi: até 2020, quantos apar-tamentos mais serão postos à venda?

Em todos os casos, sem exceção, nos-sos repórteres tiveram suas perguntas respondidas – com ressalvas, no en-tanto. É normal que o empreendedor não queira expor seus planos, prefe-rindo se ater ao que o momento ofere-ce de concreto. Ainda assim, é possível ouvir o que o mercado sussurra: em tais e tais bairros serão construídos 1.000 ou 2.000 apartamentos – mas quando? E por quem?

Uma realidade, entretanto, pode ser percebida: há uma tendência de serem erguidos grandes e médios núcleos residenciais, destinados ao programa “Minha Casa Minha Vida”, em áreas mais afastadas dos bairros centrais, mas que, no entanto, não se distanciem das ofertas de consumo – o que se considera mais adequado à cidade, principalmente por causa da questão viária.

Comenta-se, também, que além desses projetos estão para surgir am-plos condomínios de casas duplex, de alto padrão, em áreas ainda virgens. Grupos empresariais, até de fora do estado, estariam adquirindo ou pres-tes a adquirir grandes áreas para esses empreendimentos, de olho nos execu-tivos do mercado de petróleo e gás.

O porquê de todas essas especula-ções, ou projeções, estarem sendo feitas foi sintetizada em poucas pala-vras pelo arquiteto Horácio Afonso: “Cachoeiro é a bola da vez do mercado imobiliário” –, apesar de não necessa-riamente serem dele as especulações, mas sim do próprio mercado – que, a partir do momento em que respira bons fluídos, é capaz de gerar expec-tativas, inegavelmente animadoras. Somente o tempo, porém, poderá mostrar quando será suprida a defasa-gem por moradias para as classes me-nos favorecidas. E como estará daqui a uma década, a cidade que hoje mais cresce no ramo imobiliário capixaba.

Perspectivas e especulações

ANÁLISE

Foto: Roberto Al Barros

Os arquitetos Horácio e Sandra, da Casa Jardim, consideram que a classe emergente está mais exigente

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HIPER-FOTO

/ /Setembro 2012/nº234

Indústrias em IMÓVEIS

Criado em 2001, com objetivo de re-gulamentar a instalação de indústrias, o distrito de São Joaquim, em Cachoeiro, localizado próximo à rodovia ES-482, em Morro Grande, conta hoje cerca de 70 empresas instaladas e, já em 2013, serão 100 empresas em funcionamento. Somente neste ano, cerca de novas 30 empresas adquiriram área e estão com instalações em processo de implantação.

“O Distrito Industrial de São Joaquim é uma realidade que desafoga a cidade de vários processos poluidores”, lembra Rainieri Aride, proprietário da empresa do ramo imobiliário, Renê Empreen-dimentos, que resolveu dotar o distrito de um estande de vendas para facilitar a escolha das áreas pelos clientes e as negociações, já que há procura por novas áreas – que vão de mil a 30.000 metros quadrados. “São Joaquim passa por um processo crescente de industrialização,

desde que a Petrobrás concluiu as tubu-lações que permitirão a chegada do gás natural já disponível na cidade”, destaca o empresário.

Rainieri lista algumas vantagens para a empresa que procura se instalar ou mudar suas instalações para local adequado: “Além do incentivo dado pelo município no Distrito Industrial, como isenção de IPTU durante cinco anos, desconto de 50% no ITBI e água parcialmente subsidiada, o empresário fica tranquilo por não temer futuras ações de moradores contra algum tipo de poluição, como o barulho, por exemplo”, explica, “porque o lotea-

mento residencial em área escolhida no entorno do distrito, também foi planejado e atende a normas específi-cas de adequação”.

Apesar de aproximadamente 90% das indústrias instaladas em São Joaquim serem do ramo de pedras – com pre-dominância na serragem de mármore e granito –, ”o distrito não sofre poluição da lama abrasiva advinda da industriali-zação. Duas empresas fazem a destinação exigida pelos órgãos de controle am-biental, e o próprio distrito possui local apropriado para acolher os dejetos sem causar danos ao meio ambiente”, conclui Rainieri Aride.

um só local

No polo de indústrias, que funciona em São Joaquim, os dejetos tem

destinação ambientalmente correta

Foto: Roberto Al Barrros

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/ /Setembro 2012/nº236

GIRO CAPIXABA

Conilon na Ásia

Alfabetização

Concursos para o magistério

“Camisinha” de caixa d’água Kit Construção

Arábica na EuropaMaior produtor de café conilon do Brasil, o Espírito Santo teve amostras do Conilon Cereja Descascado de produtores dos municípios de Castelo, Santa Tereza, Jaguaré e Vila Valério enviadas para a Coreia do Sul, onde receberam a classifi-cação “Ótima Qualidade”.

O exigente e tradicional mercado asiáti-co “valoriza os cafés especiais, tornando--se significativo para a ampliar a renda dos cafeicultores capixabas”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.

Procurando reduzir a tragédia do anal-fabetismo entre os capixabas, o governo

do Estado, através de parceria com o governo Federal,

está selecionan-do 911 profes-sores que irão

receber R$ 630 por 10 horas s e m a n a i s d e

trabalho. A meta, s e g u n d o a Secretar ia d e E s t a d o da Educação (Sedu), é al-

fabetizar 14.250 pes-soas até dezembro próximo.

A Sedu também pretende realizar con-curso, ainda este ano, ofertando cerca de 2 mil vagas para professores de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e todo o Ensino Médio.

Para 2013, está previsto concurso que oferecerá 1.000 vagas para professores

O engenheiro mecânico e inventor capixaba, Fernan-do Pacheco, desenvolveu uma técnica que permite construir, em apenas três dias, a estrutura de uma casa popular de 45 metros quadrados.

O agricultor castelense Leonir Sartori, ganhador do Concurso de Qualidade de Café 2011, promovido pela Prefeitura de Castelo, através da Secretaria de Agricultura, representou o Brasil no concurso internacional World of Coffee, realizado em Viena, na Áustria, entre 12 e 15 de junho.

A saca do café arábica cereja descascado de Leonir Sartori foi vendida por R$ 1 mil, enquanto o conilon de qualidade de Castelo foi valorizado com acréscimo de R$ 50 por saca. O Concurso de Qualidade de Café de Castelo 2012, acontece em dezembro.

Triste estatística

O Espírito Santo é con-siderado um estado rico. Vitória, frequentemente ocupa a primeira posição na renda per capita entre as capitais brasileiras. En-tretanto, além da violência crônica que envergonha, e preocupa, o estado ainda possui 119 mil analfabetos, o que corresponde a 8,5% da população.

De acordo com o IBGE es-sas pessoas, que ainda não tiveram acesso ao estágio primário de alfabetização, se concentram principal-mente em alguns bolsões na grande Vitória, nas regiões Norte, Noroeste e Sul do estado, inclusive Caparaó.

A técnica é aplicada atra-vés de um kit de construção e poderá baratear subs-tancialmente as moradias populares, além de o fa-tor rapidez contar muito em época de “calamidades públicas”, quando grande número de famílias tem ficado desalojado por tempo indeterminado.

Com previsão de chegar às lojas de material de construção já em setembro, a “camisinha” para caixa d’água consiste num produto de plástico (filtro), tipo lona, que colocado dentro da caixa d’água dispensa a neces-sidade de lavagens periódicas,

por eliminar impurezas.O invento foi criado por Ivo-

ney Frainer, que recusou uma oferta de R$ 100 mil pela pa-tente. “Não vendi”, afirmou Frainer, “porque sei que meu invento vale mais de R$ 1 mi-lhão”.

de 1ª a 4ª série. Na maioria dos casos, concursos do

magistério, além de dar oportunidades a novos candidatos, é importante para efetivar os chamados DTs, proporcio-nando assim melhores condições de trabalho.

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No já distante ano de 1618 um holan-dês de nome Dierick Ruiters deu um marcante testemunho acerca do que foram os anos de escravidão no Bra-sil: “Vi, certa feita, um negro faminto que, para encher a barriga, furtara dois pães de açúcar. Seu senhor, ao saber do ocorrido, mandou amarrá-lo de bruços a uma tábua e, em seguida, ordenou que um negro o surrasse com um chi-cote de couro.

Seu corpo ficou, da cabeça aos pés, uma chaga aberta, e os lugares pou-pados pelo chicote foram lacerados a faca. Terminado o castigo, um outro negro derramou sobre suas feridas um pote contendo vinagre e sal. O infeliz, sempre amarrado, contorcia-se de dor. Tive, por mais que me chocasse, de pre-senciar a transformação de um homem em carne de boi salgada e, como se isso não bastasse, de ver derramarem sobre suas feridas piche derretido. O negro gritava de tocar o coração. Deixaram--no toda uma noite, de joelhos, preso pelo pescoço a um bloco, como um mísero animal, sem cuidarem de suas feridas”.

Exatos 250 anos depois, Joaquim Nabuco alertava sobre o vírus da vio-lência, da falta de piedade e de com-paixão que os anos de escravidão ino-cularam na sociedade brasileira. A escravidão, escreveu ele, “vivendo com a sociedade intimamente, adaptou-se a ela, comunicou-lhe os seus vícios, car-regou de sombras o seu futuro”.

Já nos nossos dias, o escritor Jean

Inicio pelas cenas de doentes depositados no chão de corredores imundos de alguns hospitais públicos...

Escravos, doentes e linchamentos

Marcel Carvalho França bem analisou o custo desta “herança de insensibilidade” que recebemos: “nunca é demais lembrar que o “flagelo do cativeiro de negros” du-rou mais de três séculos entre nós e foi, queiramos ou não, constitutivo daquilo que entendemos por sociedade e povo brasilei-ros. É difícil crer que, alicerçada em tais bases, esta mesma sociedade, tradicional-mente muito lenta em corrigir distorções e reticente em discutir e alterar padrões, pudesse ou possa produzir um “povo pací-fico”, um povo de “bom coração”, como se costuma dizer”.

Estas palavras induzem – ou pelo menos deveriam induzir – uma profunda reflexão sobre algumas cenas que vemos em nosso dia-a-dia, as quais, apesar de chocantes ao extremo, têm sido tratadas com uma insen-sibilidade surpreendente.

Inicio pelas cenas de doentes depositados no chão de corredores imundos de alguns hospitais públicos, gemendo e suspirando pela oportunidade de simplesmente ocupa-rem uma maca. Não, não se diga faltarem recursos: um Brasil que gasta tanto com tantos supérfluos tem, sim, recursos para dar um leito de hospital aos seus filhos.

Somos mesmo um povo solidário? O que dirão nossos descendentes ao saberem que, em diversos hospitais particulares, muitas vezes seres humanos gemendo de dor são recebidos nos Prontos-Socorros com a per-gunta “você trouxe a carteirinha?”, e apenas atendidos após estar garantido o pagamen-to das despesas?

Dia desses divulgou-se uma chocan-te pesquisa segundo a qual ocorrem no

Pedro Valls Feu Rosa

OPINIÃO

Brasil quatro linchamentos por sema-na. Constatou-se ainda que, dentre 20 mil linchamentos pesquisados, apenas uma pessoa foi punida. O autor da pes-quisa, estimando que 50% da popula-ção suporte, ainda que não claramente, esta prática, concluiu que “já não so-mos um povo cordial”.

Em nossos morros e favelas diaria-mente morrem 20 crianças por falta de esgoto sanitário – apenas 25% dos brasi-leiros que residem em cidades são aten-didos por rede de esgoto, e só 12% dos dejetos são tratados. Uma vez mais, não se fale em “falta de recursos” – um país riquíssimo como o nosso, que só em pro-paganda oficial gasta mais de R$ 1 bilhão a cada ano, poderia sim salvar as vidas destas crianças.

Talvez, neste início de milênio, mereça mesmo alguma reflexão a responsabili-dade que temos de deixar para as futuras gerações de brasileiros a mensagem de que sentimentos como solidariedade e compaixão são nobres e devem ser cul-tivados. É, talvez seja o momento de nos perguntarmos se estão abalados os sen-timentos de fraternidade e religiosidade que nos ensinaram serem tão típicos da nossa gente.

Pedro Valls é desembargador, presi-dente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES)

/ /Setembro 2012/nº238

SOCIAL

“O caminho da mulher honesta está juncado de

flores; mas estas crescem atrás

dos seus passos e não na frente”

(John Rukin)

Patrícia Rangel acrescenta à sua beleza natural todo o charme das peças exclusivas de sua Metal Nobre

Alessandra Sara da Costa e Windsor da Hora – simpatia e amizade a toda prova

Os artistas plásticos Renato Aleixo e Carmen Perciano, ela panamenha, em tarde elegante em Mimoso do Sul

Descrever Márcia Guidi é muito difícil... Simplesmente linda, amiga e uma das melhores anfitriãs que já conheci

A modelo mirim Laura Fassarella e a beleza italiana que muito bem representa o Circuito da Uva e do Café em Vargem Alta

• A castelense Joelma Cellin, coordenadora do Polo UAB de Cachoeiro, avança em sua área apresentando em Recife – PE o trabalho intitulado “Institucionalização da UAB Cacho-eiro de Itapemirim – ES: contribuições para a qualidade dos serviços prestados na Gestão Pública Municipal”. Para orgulho capixaba o mesmo foi publicado pelo maior Congresso de Educação a Distância do País, o ESUD.

• O casal Vânia e Nilmar Faber realizou com sucesso mais uma edição do Café Colonial em seu sítio Canto de Roça em Mimoso do Sul. Decór e sabores assinados por Renatinho Aleixo. Evento mensal em cenário paradisíaco. Eu o recomendo!

• Agosto se foi e deixou sua marca com mais um Chá da Vovó. Dentre as damas presentes, grande destaque para Ignez Casagrande e sua mostra de haute couture com caimento, cores e peças inconfundíveis.

• O distrito de Castelinho, em Vargem Alta, ganha espaço no cenário turístico estadual com a criação do Circuito da Uva e do Café. Com a assessoria de chefs de cuizine reno-mados nacionalmente realizaram com grande sucesso o I Jantar Gastronômico no Sítio de Lazer Giori.

• Saudade da companhia mais do que agra-dável e a nada comparável de minhas amigas Regina Grafanassi, Samia Creimer e Mirtes Machado.

• A empresária do ramo hoteleiro Marlene Salomão Carvalho (Hotel Dona Balbina) é só sorriso com o sucesso da casa Salsinha onde o filho Salomão Raul dá seu toque ímpar em pratos para os mais exigentes paladares, nas proximidades da praia da Colônia, em Marataízes (antigo bar Sabor da Praia). Não bastando esse prazer, a empresária também se orgulha do sucesso do Café da Loja que leva a assinatura de seus netos Guilherme e Carol Gontijo.

• Muqui foi contemplada com a aprovação de 13 projetos culturais pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult)! Os recursos visam a contemplação da manifestação cultural em toda a sua diversidade, possibilitando que a arte e a cultura local possam ser desfrutadas por todos os capixabas, em especial nas áreas mais vulneráveis do Estado.

• Para uma revista mensal não tenho outra alternativa senão enviar um Bom Dia Espe-cial para “todos os dias” desse doce mês de setembro ao grande amigo Silvio Romero de Souza Franca.

• Vocês conseguem imaginar o tamanho da minha alegria em retornar ao Colunismo Social? Até a próxima edição, meus amores, com novidades!

Pinceladas

nº2 /Setembro 2012/ / 39

/ /Setembro 2012/nº240

Os 50 anos da ACLRoberto Al Barros Divulgação

FotosTexto

Manter em alta o prestígio das Letras numa época de mídias eletrônicas pode parecer tarefa difícil, mas não para os ab-negados da Academia Cachoeirense de Le-tras (ACL), cuja sessão solene comemora-tiva dos 50 anos da agremiação ocorreu na noite de 17 de agosto, no Ciac Raymundo Andrade, no centro de Cachoeiro.

Com o CIAC completamente lotado, convidados de várias cidades do ES, MG e RJ participaram da Sessão Solene do Ju-bileu de Ouro da entidade, criada em maio de 1962 a partir do sonho de um grupo de jovens idealizadores.

Entre os convidados, o presidente da Academia Guaçuiense de Letras, acadêmi-co Luiz Moulin, correspondentes da ACL das cidades de Castelo, Marataízes e do Rio de Janeiro com destaque para delega-ção com oito membros do Instituto Cam-pograndense de Cultura, organizada (a delegação) pelo membro correspondente Wires Felix de Souza, do Rio de Janeiro. A escritora Tati Bueno, também corres-pondente no Rio, levou convidados e uma comitiva de alunos da Escola de Ensino Médio Liceu Muniz Freire, compareceu em homenagem ao saudoso Professor Deusdedt Baptista.

Novos MembrosComo parte da solenidade, tomaram

posse dois novos membros efetivos – a advogada e cronista Valquíria Rigon Vol-pato, que passa a ocupa a Cadeira nº 37 da Academia, e o jornalista Roney Argeu Moraes, na Cadeira nº 40.

Os colunistas sociais Elyan Peçanha e Regina Monteiro bem como o jornalista e editor Wagner Santos, receberam di-plomas de Membros Beneméritos como reconhecimento por serviços prestados na divulgação da ACL. O músico, cantor e compositor Arnoldo Silva, recebeu o di-ploma de Membro Honorário da ACL por seu trabalho em prol da Cultura.

Selo dos CorreiosUm dos pontos altos da solenidade,

ocorreu com o lançamento do Selo Pos-tal comemorativo do Jubileu de Ouro da ACL. Esteve presente o diretor-regional do Correios, Rafael Carpanedo Fiório, acom-panhado do assessor de Comunicação da Empresa Brasileira de Correios e Telégra-fos no Espírito Santo, Alex Pereira, bem como dirigentes e funcionários da agência dos Correios de Cachoeiro.

Em sua fala, o assessor de comunicação Alex Pereira fez explanação sobre o selo e

CULTURA

seu significado, após a qual foi realizado o lançamento oficial com o diretor Rafael Carpanedo convidando para carimbar as peças o presidente da ACL, Dr. Solimar So-ares da Silva, o vice-presidente, Dr. Athayr Cagnin e a advogada Moema Baptista, que representou, à mesa, os homenageados na Sessão Solene.

CentenáriosCom as atividades que se reportando à

Cultura e à História de Cachoeiro, foi co-memorado o Centenário de Nascimento de dois saudosos membros da entidade – o advogado e professor Deusdedit Bap-tista (1912-) e o poeta Solimar de Oliveira (1912-1991), cujos registros constam na edição Revista da Academia comemorati-va dos 50 anos de ACL.

O médico pediatra, humanista, profes-sor de geografia e ecólogo João de Deus Madureira Filho (1912-1983), patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Pediatria, recebeu homenagens in memo-riam pela passagem do centenário de seu nascimento, cujo diploma foi entregue ao acadêmico Athayr Cagnin, cunhado do ho-menageado, para repassar à família

O diploma de homenagem in memo-rian a Bernardo Horta de Araújo, cuja importância para a História de Cacho-eiro evidencia-se por ter seu nome uma das principais ruas do centro da cidade, foi entregue ao acadêmico Paulo de Tarso Medeiros, que repassa à família do home-nageado no Rio de Janeiro.

Concurso de CrônicasEntre as comemorações e homenagens,

foi anunciado o resultado do VII Concur-so Rubem Braga de Crônicas, que este ano contou com 307 participantes de 17 estados da Federação, com entrega de prêmios, diplomas e medalhas aos três primeiros colocados, bem como diploma de menção honrosa aos que fizeram jus. Anualmente, a ACL promove também concursos de So-netos e Contos, todos de âmbito nacional.

Com a posse dos novos membros efeti-vos, a Academia Cachoeirense de Letras fica com 38 Cadeiras ocupadas – um re-corde, segundo informou um membro da diretoria. A agremiação possui 40 cadeiras para membros efetivos, e hoje conta com cerca de 300 membros correspondentes, em várias regiões do Brasil.

nº2 /Setembro 2012/ / 41

Livro do mês Arnoldo Silva –

Cantos, Contos e Encantos

Conhecer a biografia de Arnoldo Sil-va, de autoria da escritora Isaura Theodoro, é fazer uma viagem no

tempo. A obra tem início na cidade Natal do músico cantor e compositor, Castelo, onde ele sairia com a família, aos 8 anos de idade, órfão de pai, para Cachoeiro, em 1940. Em 1943, com a idade de 11 anos por se completar, decide ir para o Rio, onde ini-cia sua trajetória de vida para vencer como músico, passando por peripécias descritas com maestria pela autora, que envolve o leitor ao relatar a vida deste que é um dos grandes nomes da música popular bra-

Literatura

sileira, compositor e instrumentista que transita com leveza por gêneros musicais como bolero, twist, jovem-guarda, samba--enredo, partido-alto, samba de roda, coco, pagode, ciranda, caxambu, rock, gospel e música clássica – onde compôs prelúdios para violão e piano.

A biografia, fartamente ilustrada com fotos em preto e branco e coloridas, traz a discografia do músico que tocou em 39 países e é também autor de hinos oficiais consagrados. História de vida de uma figura humana excepcional, que conseguiu sempre desvencilhar-se dos desafios da vida com muita galhardia e coragem, superando obstáculos que fa-riam uma pessoa comum desistir. E são várias as ocasiões, narradas no livro, em que Arnoldo se viu em situações inusita-das, algumas delas fora do Brasil, safan-do-se com humildade e sabedoria, como relatado no capítulo “Correr ou morrer? – Uma aventura no Paraguai”, quando enfrentou a fúria de um “nativo”.

Como bônus, a obra traz CD com 11 hi-nos de colégios e de cidades como Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins, Vargem Alta e Pedra Azul, com parce-rias nas letras, ou com letra e música do próprio artista, como o “Hino dos 50 anos do Santo Agostinho Futebol Clube” e o “Hino do Projeto Nossa Criança”.

Arnoldo Silva – Cantos, Contos e En-cantos (Biografia), Isaura Theodoro

A venda nas livrarias, Mourad’s e Ele-tromax

Preço com livro com CD: R$ 30,00

SERVIÇO:

O mais importante lançamento cul-tural ocorrido em nível nacional em anos recentes está nas bancas de revis-tas em fascículos semanais: trata-se da Coleção Milton Nascimento que traz CD mais livro (em formato CD) que conta a história de cada um dos 20 discos da carreira do músico, carioca de nascimen-to e mineiro de Três Pontas.

Cada livro traz, além das letras das canções, o regis-tro de como foi o clima da gravação e o clima político, de cada período, com fotos antológicas e tópicos que registram também aspec-tos culturais da época. É bom observar que a maioria dos CDs de Milton foram lançados ao longo do longo período da ditadura militar.

“Milagre dos Peixes”, por exemplo, teve grande parte das letras censuradas. O que não aconteceria a partir do disco

Coleção especial, musical e apresentação no Rio marcam 50 anos de carreira

Milton em alta

Roberto Al Barros, Jornalista, editor e escritor

seguinte: “Minas”. Talvez algum dirigente da censura, percebendo que houvera exage-ro com Bituca, tenha afrouxado a guarda, pois a partir deste e do que se seguiu – “Ge-raes” –, o músico teve liberdade para pro-duzir seu trabalho, lotando estádios e sendo

admirado no Brasil e no exterior. O disco “Milagre dos Pei-

xes ao Vivo” (1976), grava-do no Teatro Municipal de São Paulo com Som Imagi-nário constituía-se em dois long plays de vinil e um compacto. A partir da mi-xagem, realizada nos anos 90, a obra foi compactada em um CD, com seus quase 80 minutos de música, como promete aparecer no volume

10 desta coleção, que é para se ouvir com as pessoas amigas ou em momentos especiais e ter na estante em local nobre – nobre não no sentido lato do termo, naturalmente.

Na ficha catalográfica da obra que vem

no final de cada volume, próximo ao nº de registro na Biblioteca Nacional, temos uma preciosa informação: “Na intenet: www.abril.coleções.com.br/miltonnascimento – Números atrasa-dos: solicite ao seu jornaleiro ou aces-se www.lojaabril.com.br

Se em 12 de setembro tivemos a aber-tura do Ano de Portugal no Brasil (The-atro Municipal do Rio de Janeiro) com a portuguesa Mariza ao lado de Milton Nascimento como protagonistas do es-petáculo, no Teatro Net Rio (Rua Siquei-ra Campos, 143 – Copacabana – Rio), continua em apresentação, até 25 de no-vembro, o musical “Milton Nascimento: nada será como antes”. Texto e direção: Charles Möeller e Cláudio Botelho, com Claudio Lins, Mayra Bravo, Délia Fischer, Pedro Sol e outros. “O musical se debruça sobre a produção de Milton Nascimento nos últimos 50 anos”, ou seja, nesta modesta opinião, imperdível.

/ /Setembro 2012/nº242

O FRADE E A FREIRADiz a lenda – uma lenda que espalharam – Que aqui, dentre os antigos habitantes,Houve um frade e uma freira que se amaram...

Mas que Deus os perdoou lá no infinito.E eternizou o amor dos dois amantesNessas duas montanhas de granito.

O contorno preciso dos relevos graníticos de um frade e uma freira, no município de Itapemirim – divisa com Cachoeiro, Rio Novo do Sul e Vargem Alta – representa um dos mais conhecidos cartões postais do sul do Espírito Santo. Ora apresentado em distintos flagrantes que caracterizam a mesma representação, de qualquer ângulo que se olhe, como o leitor pode comprovar neste ensaio fotográfico exclusivo..

Captado com zoom, de Cachoeiro, entre campos e matas

Da BR-101, em cujas margens encontra-se o duplo relevo granítico O sol nascente entre as franjas da montanha

ENSAIO

Roberto Al BarrosPor

O Frade e a Freira

O Frade e a Freira com a torre da Igreja N. S. da

Consolação (Cachoeiro), em primeiro plano

Excerto do soneto “O Frade e a Freira”, de Benjamin Silva

Com a pedra do “Itabira” à esquerda e bairros de

Cachoeiro em primeiro plano na névoa do amanhecer

nº2 /Setembro 2012/ / 43

A nova sede da Policlínica Gente, que abriga o Centro de Audiologia Sul Capixaba “Dr. Fernando Portinho” foi inaugurada no último dia 16 com presença das mais diversas autoridades capixabas entre elas o Secre-tário Estadual de Saúde José Tadeu Marino, o deputado federal Camilo Cola, além do Professor, Otorrinola-ringologista e Cachoeirense Dr. Fernando Portinho, que muito emocionado, agrade-ceu imensamente todas as homenagens recebidas.

Sr. Winston Roberto Ma-chado, presidente da Insti-tuição, fez um discurso onde agradeceu a todos as pessoas que contribuíram para que o Centro de Audiologia Sul Capixaba fosse uma realida-de e destacou que com uma eficiente administração, é possível atingir e ultrapassar metas. “Há gestão compro-

Inauguração da Nova Policlínica Gentemetida, há uma missão perse-guida e visão estratégica. Tra-balhamos no Hifa que é uma instituição privada, como se pública fosse, pois temos as mesmas responsabilidades legais, há controles eficientes, há comprometimento de equi-pe e há estratégia corporativa, como toda e qualquer em-presa mercantil.”, disse. Sr. Winston Roberto Machado, não esqueceu de agradecer às doações de piso recebidas pelos novos Associados do hospital, Washington Luiz Fonseca Faria, da empresa SMG Mármores e Granitos, e Cleidimar Greque, da Ser-ramar Mármores e Granitos.

Há aproximadamente 5 anos, a casa onde um dia fun-cionou a maternidade “Mãe Dindinha” foi alugada pelo Hifa com apoio da Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, para instalação do Pronto Atendimento Infan-

til “Dr. Gilson Caroni”. Após um ano de funcionamento, com recursos de emendas estaduais, o Hospital Infantil “Francisco de Assis” conse-guiu comprar o imóvel.

“Esse Centro de Audiologia, é de fundamental importância para nossa região, atendere-mos aqui, crianças e adultos, pois hoje o Hifa é um hospital geral especializado em pedia-tria. Essa nova vocação tem produzido ganhos crescentes de escala ao hospital.” Desta-cou Sr. Winston.

O novo espaço já se encon-tra em funcionamento na Ave-nida Pinheiro Junior, nº39, na antiga sede do Pai, oferecen-do além dos serviços ligados a audiologia como teste da ore-lhinha, impedanciometria e videolaringoscopia, também possui uma unidade avançada de coleta do Laboratório de Analises Clinicas “Satyro Pereira França”.

Momento da abertura oficial

Momento de inauguração da Policlínica Gente

Dr. Fernando Portinho, grande homenageado do dia ao lado de Márcia Machado, Conselheira do Hifa

O presidente do HIFA, Sr. Winston Roberto, fala das conquistas da gestão atual à frente do Hospital

O músico Arnoldo Silva canta o hino de Cachoeiro, em momento de emoção, na abertura da solenidade

O Centro de Audiologia Dr. Fernando Portinho funciona na Avenida Pinheiro Júnior

Dra. Cristina, diretora do Centro de Audiologia, superintendente Jailton Pedroso, Deputado federal Camilo Cola, Secretário Estadual

de Saúde Tadeu Marino, Dr. Fernando Portinho, Sr. Winston Roberto, presidente do HIFA, e Braz Barros, vice prefeito de Cachoeiro