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Quarta edição - Novembro de 2012 - R$ 5,00 Tríade turística Veja como Muqui, Castelo e Cachoeiro têm afinidades muito pouco exploradas Quase 3 mil vagas Instituições particulares oferecem cursos variados para o vestibular no sul do ES Riqueza jogada no lixo Cachoeiro só reaproveita 4% de todo o lixo que produz e aterra o restante ao custo estimado de R$ 2,5 milhões anuais. Se todo o lixo seco fosse reciclado, economia poderia chegar a R$ 1,5 milhão por ano. ENTREVISTA Bisneto de Bernardo Horta de Araujo e Florentino Avidos lança livro em Cachoeiro

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Edição Nº 4

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Page 1: Revista Mais ES

Quarta edição - Novembro de 2012 - R$ 5,00

Tríade turística Veja como Muqui, Castelo e Cachoeiro têm afinidades muito pouco exploradas

Quase 3 mil vagasInstituições particulares

oferecem cursos variados para o vestibular no sul do ES

Riqueza jogada no lixo

Cachoeiro só reaproveita 4% de todo o lixo que produz e aterra o restante ao custo estimado de

R$ 2,5 milhões anuais. Se todo o lixo seco fosse reciclado, economia poderia chegar a R$ 1,5

milhão por ano.

ENTREVISTABisneto de

Bernardo Horta de Araujo e Florentino

Avidos lança livro em

Cachoeiro

Page 2: Revista Mais ES

Núcleo da propriedade

Vegetação abundante

Vista aérea

Fazendinha do CupidoTurismo Rural

Ambiente FamiliarPiscina Adulto e Infantil (água tratada)

Aluguel para Festas, Aniversários ou Casamentos, à noite.

Atendimento a grupos com agendamento

Área para churrasco com agendamento

Porções de salgados e carnes

Sucos, refrigerantes e cervejas

Campo Futebol Soçaite

Restaurante caseiro fogão a lenha previsto para início de janeiro de 2013, com sistema self service a quilo nos finais de semana

e feriados, com agendamento

Sítio Fazendinha do Cupido – Muqui- ES (Entre as comunidades de Sumidouro e Fortaleza)

Tel. (28) 9959-9814 e 9975-2552

Page 3: Revista Mais ES

Campo de Futebol Soçaite

Piscina adulto

Área com fogão a lenha

Recepção

Fazendinha do Cupido

Há 8 anos atendendo Atílio Vivácqua e Cachoeiro

Fabricação de Pizzas e Salgados

Aberto ao público de sexta a domingo e aos feriados

de 9h00 às 18h00Outros dias e horários:

com agendamento

A 20 Km de CachoeiroComo Chegar

Cachoeiro de Itapemirim

Atílio Vivácqua

Muqui

Serra da Morubia

Fazendinha do Cupido

Forno a lenha

Entre as comunidades de Sumidouro e Fortaleza

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NOVEMBRO/2012

EditorialEsta edição se dedica à análise do potencial turísti-

co ainda pouco explorado em três municípios do sul do Estado, realidade não muito diferente do que ocorre no restante do ES. Em uma dedução lógica do resultado de um trabalho voltado para o desenvolvimento conjunto do turismo em Castelo, Muqui e Cachoeiro de Itapemi-rim, teríamos a divulgação dos potenciais feitos através de parcerias entre cada um dos municípios e o governo do Estado. Projetos com o apoio do governo Federal, com a criação e o envolvimento de associações e coope-rativas, capazes de contribuir para a melhoria da renda per capita da região e do Estado, com investimento em diversidade e mão de obra autóctone, como utilização de matérias-primas, também locais, poderiam contri-buir para revolucionar o contexto turístico a partir do momento em que novas administrações municipais to-mam posse.

O investimento público seria previsto em orçamento, para mostrar as potencialidades dos diversos nichos do turismo interno, com o aspecto facilitador que mostra o ES, no mapa do Brasil, equidistante aos demais estados e regiões. Folders e filipetas de divulgação, do potencial de cada cidade e seu entorno, estariam acessíveis nas principais agências de turismo do país.

A proximidade dos três destinos permitiria ao visitan-te escolher em qual cidade ficaria hospedado. O preço do pacote seria determinado pela acomodação (hotel, pousada ou, ainda, em períodos específicos, residências do programa “Cama & Café” – estas mais presentes em Castelo e Muqui, já que Cachoeiro dispõe de ampla rede hoteleira em comparação aos demais municípios).

O translado entre as cidades, em vans, táxis ou ôni-bus jardineiras (com ar condicionado, no verão), não apresentaria problema para ser implantado em maior escala por evidente interesse e mercado já em proces-so de expansão. Guias turísticos, com conhecimento da história regional e de aspectos específicos de cada um dos três municípios, já existem; poderia ser ampliada a participação desses atores.

Durante alguns meses do ano, nos quais eventos cul-turais, folclóricos e religiosos ocorrem em datas pró-ximas nas três cidades, um pacote traria o visitante do aeroporto de Vitória em voo direto para Cachoei-ro, cujo aeródromo hoje executa um Plano Básico de Zona de Proteção. O translado levaria cada grupo para hospedagem, para, em seguida, levá-los aos roteiros escolhidos.

Ressalta-se aqui não apenas o turismo urbano, já que o agroturismo está bem organizado em circuitos com destaque para a Serra da Morubia e região do Su-midouro (Muqui), Caminhos da Natureza (Castelo), Águas de Burarama (Cachoeiro), estando também em estudo a implantação de circuitos turísticos em duas regiões cachoeirenses: Gruta e São Vicente.

Como deveria ser

Críticas, comentários e sugestões: [email protected]

EditorWagner Santos

[email protected]

Contato da redação:(28) 3511-7481

Jornalistas colaboradores Roberto Al Barros

Elyan Peçanha

Departamento Comercial:Joana Campos - (28) 9993-0149

[email protected]ília Argeu - (28) 9919-5558

[email protected]

Contato comercial (28) 3511-7481

(28) 3301-0058

Diagramação & Arte:Wellington Rody

[email protected]

Impressão: Gráfica Espírito Santo de FATO

Revista Mais ES (06.056.026/0001-38)Rua Bernardo Horta, 81, bairro Guandu Cachoeiro de Itapemirim – ES - Cep 29.300-795

Fotografias reve-lam as belezas do Rio Itapemirim

Ensaio

Pág. 38

Caminhada é um excelente exercício, mas requer cuidados

Saúde

Casa dos Braga recebe registro no Cadastro Nacional de Museus

Cultura

Pág. 26

Pág. 34

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Política, cultura, economia e de tudo um pouco dos bastidores da notícia

Grande encontro Grande encontro Depois das eleições, o fato político mais marcante de outubro foi o

reencontro de Theodorico Ferraço (DEM) e Carlos Casteglione (PT), em um evento no Hospital Evangélico. O demista, um dos artífices da candidatura de Glauber Coelho (PR) contra o petista, demons-trou humildade e se colocou a serviço de Cachoeiro. De lá para cá, entretanto, silêncio e ainda nenhum projeto de interesse coletivo que tenha sido levado adiante por esta parceria. Poderiam começar pelo funcionamento do Hospital do Aquidaban, que importa a ambos e ao povo do sul do estado também.

Cartão CidadãoAs informações

sobre a presença dos estudantes na sala de aula, me-renda escolar e o histórico de pacien-tes na rede estadual de Saúde são exem-plos de dados que deverão constar no Cartão Cidadão.

Esse recurso também vai possibilitar o acesso às atividades dos órgãos estaduais por meio do computador e de disposi-tivos móveis, como tablets e celulares. Isso será possível com a criação de um portal com informações personalizadas de cada usuário. O projeto é pioneiro no Brasil e está envolve diversos departamentos do governo do estado. O projeto está na fase piloto e será implantado, no próximo ano, em esco-las da rede estadual de ensino a serem escolhidas pela Sedu. A estimativa é que, aproximadamente, 330 mil integrantes da rede estadual de Educação (professores e alunos) possam utilizar este serviço.

Camilo Cola (PMDB) já não está mais deputado federal. Até janei-ro, devolve a cadeira a Audifax Barcelos (PSB), que, no entan-to, renunciará ao cargo para poder assumir a prefeitura de Serra. Antes de sair, en-tretanto, o único deputa-do da região sul do estado conseguiu deixar garanti-da a liberação de R$ 3 mi-lhões para a Santa Casa, Hospital Evangélico e Hospital Infantil. Ain-da pouco, diante dos R$ 20 milhões que inseriu no Orçamento da União para estas entidades entre 2007 e 2010, mas, sem dúvida, dinheiro que fará diferença nos cofres das instituições.

Dinheiro para a saúde

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este fim.Diante do desempenho ruim, a

Prefeitura anunciou, enfim, que está prestes a implantar o Plano Municipal de Coleta Seletiva. A cidade tem que se apressar, pois, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, até 2014 todos os lixões devem ser extintos, novos aterros implantados, e precisa ocorrer a universalização da coleta seletiva. As ações neste sentido, hoje, na cidade, se resumem ao projeto Ca-choeiro Recicla. Implantado em 2009, só atende 19 de 78 bairros e distritos.

Para a elaboração deste projeto de reciclagem, na última semana de outubro foram realizadas reuniões entre representantes da Prefeitura, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema). A verba, de R$ 220 mil, do

governo federal deve ser liberada até o final deste ano.

Um diagnóstico realizado por téc-nicos do MMA está previsto para ser concluído em dezembro. Só então, segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Josué Batista, vai ser possível verificar a capacidade de recolhimento da reciclagem e a economia feita em um ano.

O gestor sabe que a co-leta seletiva contribui para o desenvolvimento susten-tável. “A coleta seletiva de lixo é de extrema importância para a sociedade. Uma socie-dade consciente e bem educada

não gera simplesmente

POLÍTICA

A cidade de Cachoeiro de Itape-mirim produz 107 toneladas de lixo diariamente. Deste total, mais de 60 toneladas poderiam ser reaprovei-tadas, mas são destinadas a aterro sanitário. O maior município do Sul do Estado está longe de ser exemplo na reciclagem.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente não dispõe de cálculos sobre quanto economizaria se, ao invés de aterrar, reciclasse. Mas é possível fazer projeções: de todo o lixo produzido, de acordo com especialistas, cerca de 40% é composto por material orgânico (lixo molhado) e o restante (cerca de 60%), por produtos cujos componentes podem ser reciclados ou reutilizados, comumente definidos como lixo seco.

A Prefeitura de Cachoeiro paga pouco mais de R$ 64,00 por tonelada de lixo que é levado para a Central de Tratamento de Resíduos de Vila Velha (CTRVV) - não há empreendimento do tipo em funcionamento na Região Sul. Ao todo, são 3.214 toneladas, que representam gasto mensal de quase R$ 207 mil, cerca de 2,5 milhões ao ano.

Assim, a reciclagem de todo o ma-terial, além de gerar ocupação, renda e diminuir o passivo ambiental, re-presentaria R$ 124,2 mil mensais de economia para os cofres públicos, ou pouco menos de R$ 1,5 milhão ao ano, dinheiro que poderia ser investido na consolidação de um programa de coleta e reciclagem.

DADOS OFICIAISEntretanto, segundo a Secretaria

Municipal de Meio Ambiente, ape-nas 4% de todo o lixo produzido em Cachoeiro é reciclado, ou seja,12.415 kg, ao longo de um mês inteiro, são recolhidos com

Cachoeiro só recicla 4%Noventa e seis por cento do lixo produzido vai para aterro sanitário

Município paga quase R$ 207 mil/

mês para enviar seu lixo para a Vila Velha

Governo Federal deve liberar R$ 220 mil para projeto de

reciclagem

lixo, mas sim materiais aptos à re-ciclagem. Além de gerar renda para milhões de pessoas e economia para as empresas, significa grande vantagem para o meio ambiente, uma vez que diminui a poluição do solo e dos rios”, afirma Josué.

PLANO DE COLETA SELETIVA

O objetivo do plano é o atendimento ao que dispõe a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O plano mu-nicipal vai apontar e descrever as ações relativas ao manejo de resíduos recicláveis con-templando os aspectos refe-rentes à não geração, redução, reutilização e reciclagem dos materiais pós-consumo e dis-posição final ambientalmente adequada do dejeto.

Cachoeiro, segundo o se-cretário de Meio Ambiente, passará a contar em 2013 com um aterro sanitário próprio. O projeto já está no Iema para aprovação. Com o espaço, a Prefeitura não terá mais o custo adicional de transbordo.

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Nos últimos dois anos a Câmara Municipal de Castelo colocou em prática a transparência dos trabalhos legislativos. O desejo teve início com a

eleição da Mesa Diretora para o biênio 2011/2012, composta pelo Presidente Gil-berto Gava Marques, Vice-Presidente Tico da Auto-Escola, 1º Secretário Carlim Puziol, e 2º Secretário Cesinha Casagrande. As mudanças começaram logo no início do ano passado.

Foi com dedicação e boa vontade de todos que vários projetos viraram realidade dentro de pouco tempo. Hoje a Casa de Leis Castelense transmite ao vivo, em tempo real, as Sessões Ordinárias, através da Rádio Al-ternativa FM (na frequência 87,9) e também através do site: www.cmcastelo.es.gov.br. No outro veículo de comunicação da cidade, a Rádio Cultura FM (frequência 101,7) tam-bém são veiculados boletins informativos. Uma oportunidade para toda população acompanhar à distância o trabalho dos Vereadores.

O site da Câmara (www.cmcastelo.es.gov.br) foi remodelado, ganhou mais con-teúdo, inclusive com informações de toda

Informe

Os Avanços do Legislativo Castelense

Nos últimos dois anos a Câmara Municipal de Castelo colocou em prática a transparência dos trabalhos legislativos.

Biênio 2011/2012 - “Democracia e Transparência

a Serviço do Povo”.produção legislativa, com acompanhamento da votação dos projetos de lei ou resolução, emendas, entre outras informações. O Jor-nal “Tribuna da Câmara” foi retomado e está chegando à quinta edição. Agora também as reuniões semanais são filmadas e dispo-nibilizadas em mídia digital, facilitando o arquivamento em dvd’s, solucionando um entrave na confecção de atas, já que antes a gravação era feita em fitas cassetes, tecno-logia já não utilizada mais.

Encerrando o mandato como Presidente da Câmara de Castelo, Gilberto Gava Mar-ques declara que está chegando o fim de mais uma legislatura com a certeza do dever cumprido, já que foi aberto um grande leque de opções para tornar público o trabalho legislativo, afinal, os Vereadores são eleitos legítimos representantes da sociedade e por isso devem prestar contas do que fazem. Desejando que os Vereadores eleitos para o próximo mandato dêem continuidade aos trabalhos, o Presidente anuncia a úl-tima novidade implementada na área de comunicação:

“Demos início também ao processo para a concessão de um canal de TV aberta digital, por meio da Rede Legislativa de TV

Digital, que poderá fazer desde uma simples exibição ao vivo das sessões da Câmara de Vereadores ou mesmo desenvolver diversos programas, criando espaços inclusive para ampla participação da sociedade. Estamos em entendimento com Brasília para junto da Assembleia Legislativa daqui do Espírito Santo viabilizar a compra de um transmissor e demais equipamentos para colocarmos no ar em Castelo a TV Câmara de Vereadores, retransmi-tindo o Sinal da TV Câ-mara de Brasília e da TV Assembleia de Vitória”, finalizou o Presiden-te Gilberto Gava Marques.

Câmara Municipal de Castelo

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"O reconhecimento com a expressiva votação neste pleito, só faz aumentar meu compromisso e responsabilidade para com o município,pois agora fui eleito prefeito de todos!"

Bosquinho e Cláudio Pazetto agradecem a Vargem Alta

"Obrigado Vargem Alta Juntos somos mais fortes

juntos seguiremos mudando!!"

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Novembro 2012/nº4 / /INFORME

CASTEGLIONE agradece a Deus pela eleiçãoNuma eleição em que sua fé foi colocada em dú-vida pelos adversários, o prefeito reeleito de Ca-choeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione, que é católico, resolveu agradecer a Deus. E como reco-menda a laicidade do estado, esteve em eventos religiosos diversos para isso. A começar pela Mis-sa em Ação de Graças, na Catedral de São Pedro, com Mons. Romulo, Pe Fábio, Pe Juarez e Mons. Dalton; nas igrejas evangélicas, esteve em cultos, com a mesma intenção, na Igreja Assembléia de Deus Hebron, com o Pr. Zezinho, no Santo Anto-nio; na Igreja Batista, Fonte da Vida, com Pr. Mo-zonildo, no Caiçara; e na Igreja Batista Renovada, com o Pr. Marcos Mansur, no Valão. Na comuni-dade católica de Santa Luzia, onde participa, no Coronel Borges, acompanhou a Celebração da Pa-lavra . Veja algumas fotos destes eventos.

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FAÇA COMO EU.ESCOLHA CERTO.ESCOLHA FDCI.

Inscrições na secretariada FDCI ou pelo sitewww.fdci.brde 29/10 a 29/11

Prova dia02 de Dezembrona FDCI

Informações:Tel.: 28 2101-0311 | www.fdci.br

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EDUCAÇÃO

Um insight de aprendizagem

Na SEDU, com o secretário estadual de Educação, Klinger Barbosa entregando as bolsas de estudo integrais.

Diretora de escola de inglês sonha transformar o ES no primeiro estado bilíngue do BrasilIntérprete oficial do evento Internacional “Inventa Brasil” (17 a 19

outubro na Praça do Papa, em Vitória) e do Campeonato Internacio-nal de Paraglider (março/12 – Castelo), o curso de línguas “Insight Idiomas” mantém 35 alunos no curso de inglês com bolsa “integral”, o que inclui material didático, informa a diretora Neyde Cabral, que tem projeto sendo idealizado para fazer do ES o primeiro estado bilíngüe do Brasil.

“Queremos implantar no ES o “Insight Quick English Course”, que criamos com objetivo de fornecer o básico do idioma para o aluno. E sendo o básico, os alunos que concluírem essa aprendizagem, poderão passar para as pessoas da família e para os amigos, pois aprender inglês é fácil, basta ter vontade e um pouco de dedicação”, garante a diretora.

Fundado há 14 anos pelo casal Neyde e Marco Aurélio, o insight é o único curso particular de idiomas, em Cachoeiro, que atualmente aceita alunos a partir da idade de 3 anos. Para os bolsistas, a escola doou as bolsas à SEDU, que as destina a alunos da rede pública, do Ensino Médio ou da Educação Fundamental, sendo o mérito da do-ação de exclusividade do poder público.

A preocupação social dos proprietários do Insight Idiomas inclui práticas de consciência ambiental e doações de brinquedos ou outro material. “Procuramos saber o que a entidade está precisando, antes de realizar a campanha. Para cada quantidade de brinquedos que conseguimos, a escola dobra na hora de entregar às crianças”, ressalta a diretora Neyde, que além de doação material de limpeza ao Aprisco Rei Davi e Apae de Cachoeiro, doou as peças da brinquedoteca da Escola Colmar Rocha, no bairro Garage, em Castelo.

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/EDUCAÇÃO

Vestibular – a hora está chegandoInstituições particulares de Ensino Superior da região oferecem quase 3.000 vagas, para 25 cursos de graduação

CURSOS TÉCNICOS

A exploração pe-trolífera no litoral Sul do

ES levou ao surgimento do curso de formação técnica de Petróleo e Gás (40 vagas, tec-

nólogo), assim como o boom das tecnologias de computação levou

ao curso Análise e Desenvolvi-mento de Sistemas (40 vagas,

tecnólogo), oferecidos pelo Centro Universitário São

Camilo-ES, no turno noturno.

Todo ano, no mês de novem-bro, temas como Enem, Fies, Prouni, Lei de cotas, redação, prova eliminató-ria e esperança convergem

para o tema central: vestibular – que se torna foco de interesse para quem se prepara para ingressar em um curso superior. Em Cachoeiro e Cas-telo, quatro instituições particulares oferecem cerca de 3.000 vagas para um universo de aproximadamente 25 cursos.

O curso de Direito é o que ofere-ce maior número de matrículas. São 400 vagas em três instituições – São Camilo-ES (100), Faculdade de Direi-to de Cachoeiro de Itapemirim - FDCI (200) e Faculdades de Castelo – Fa-castelo (100) – sendo 300 vagas em turno noturno em cada uma das três instituições e 100 vagas no turno ma-tutino da FDCI.

Alguns cursos de graduação, en-tretanto, são de exclusividade de uma das instituições, como Medicina Ve-terinária, oferecido pelas Facastelo, com 100 vagas em horário integral, além de Biomedicina (50), Engenha-ria de Produção (50) Sistemas de In-formação e Engenharia de Petróleo, cada um com 50 vagas na Unes.

O Centro Universitário São Camilo oferece graduação com bacharelado em Enfermagem, Engenharia Civil, Fisioterapia e Nutrição.

A instituição camiliana oferece ainda dois cursos com opções em Ba-charelado ou Licenciatura: Educação Física e Ciências Biológicas, com to-tal de 160 vagas, em horário noturno, divididas igualitariamente (40 vagas) para as respectivas formações. O cur-

so de Letras (Licenciatura) é ofereci-do em conjunto com Língua Portu-guesa ou Inglês, com 40 vagas para cada formação, no turno noturno.

Cursos como Engenharia Civil e Farmácia fazem parte de um contexto mais recente, enquanto alguns cursos são bem tradicionais em Cachoeiro e Castelo, como Direito, Letras, Ci-ências Biológicas, História, Ciências Contábeis, Administração de Empre-sas, Pedagogia, Matemática e outros.

A Faculdade de Filosofia de Alegre (Fafia) oferece 820 vagas em nove cursos. Os de licenciatura plena são cinco: Pedagogia, História, Letras, Matemática e Ciências Biológicas.

Cada um deles com 100 vagas. Há três cursos de graduação: Farmácia, Enfermagem e Psicologia, que, junto ao bacharelado em Ciências Biológi-cas, oferecem 80 vagas cada um.

Para quem deseja fazer o Vestibu-lar em dezembro ou janeiro, próxi-mos, Revista MAIS ES lista, na página ao lado, os cursos oferecidos por cada instituição. Mas fique atento para as datas de inscrição para o Vestibular, que podem ser feitos pela internet no site das instituições. E não se esqueça de ler atentamente o Edital, anotando os pontos mais importantes para não ter surpresas desagradáveis de última hora.

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Educação

Relação de cursos e vagas oferecidas

Felipe Gonçalves6º período de História

PROVA DIA 09 DE DEZEMBRO.

Inscrições pelo sitewww.saocamilo-es.br

ou na secretaria da Instituição

FDCI – Faculdade de Direito de Cachoeiro de ItapemirimDireito – 100 vagas, turno matutinoDireito – 100 vagas, turno noturno

Faccaci Ciências Contábeis: 60 vagas, turno noturnoAdministração de Empresas: 60 vagas, turno noturno

Facastelo – Faculdade de CasteloMedicina Veterinária: 50 vagas, horário integral Psicologia: 50 vagas, noturnoAdministração de empresas: 50 vagas, noturno

UnesDireito: 100 vagas, noturnoEngenharia de Produção: 50 vagas, noturnoEngenharia de Petróleo: 50 vagas, noturnoSistemas de Informação: 50 vagas, noturnoBiomedicina: 50 vagas, noturno

Centro Universitário São CamiloBachareladoEnfermagem: 40 vagas, noturnoFarmácia: 40 vagas, matutinoFarmácia: 40 vagas, noturnoEngenharia Civil: 50 vagas, matutinoEngenharia Civil: 50 vagas, noturno Fisioterapia: 40 vagas, matutinoFisioterapia: 40 vagas, noturno Psicologia: 40 vagas – matutinoPsicologia: 40 vagas noturnoNutrição: 40 vagas – noturnoEducação Física: 40 vagas – noturnoDireito: 100 vagas, noturno

Sistemas de Informação: 40 vagas – noturnoAdministração de Empresas: 40 vagas, matutinoAdministração de Empresas: 100 vagas, noturnoCiências Biológicas: 40 vagas, noturnoCiências Contábeis: 50 vagas, noturno

Centro Universitário São CamiloLicenciaturaEducação Física: 40 vagas, noturnoQuímica: 40 vagas, noturnoPedagogia: 100 vagas, noturnoLetras – Língua Portuguesa: 40 vagas, noturnoLetras – Inglês: 40 vagas, noturnoCiências Biológicas: 40 vagas, noturnoMatemática: 40 vagas, noturnoHistória: 40 vagas, noturno

Fafia Licenciatura Plena em Pedagogia: 50 vagas matutino e 50 noturnoLicenciatura Plena em História: 50 vagas matutino e 50 noturnoLicenciatura Plena em Letras – Português/Inglês: 50 vagas matutino e 50 noturnoLicenciatura Plena em Ciências Biológicas: 50 vagas matutino e 50 noturnoLicenciatura Plena em Matemática: 50 vagas matutino e 50 noturnoCurso de Graduação em Farmácia: 40 vagas matutino e 40 noturnoCurso de Graduação em Enfermagem: 40 vagas matutino e 40 noturnoCurso de Graduação em Psicologia: 40 vagas matutino e 40 noturnoBacharelado em Ciências Biológicas: 40 vagas matutino e 40 noturno

Vestibular – a hora está chegandoInstituições particulares de Ensino Superior da região oferecem quase 3.000 vagas, para 25 cursos de graduação

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/Informe

Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim e sua missão

A Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim sempre promove ações visando atender as necessidades locais e regionais

A Faculdade de Di-reito de Cachoei-ro de Itapemirim sempre promo-ve ações visando

atender as necessidades locais e regionais, desempenhando seu papel social. Para isso tra-balha com eventos culturais, projetos ambientais, inclusão social e solidariedade.

Prova disso ocorreu no mês de outubro quando foi reali-zada a 16ª Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, na qual, todos trabalharam e se confraternizaram em prol da arte e da cultura. Na progra-mação, além da Exposição de Artes Plásticas, do Concurso de Textos e do Concurso de Poemas, foi montado o Palco Cultural “Revela Talentos” onde se apresentaram alu-nos, funcionários e artistas cachoeirenses. “Isso é muito importante, pois através da descontração, conseguimos alcançar nosso objetivo que é promover a integração da comunidade acadêmica com a sociedade, tornando a insti-tuição mais forte e coesa”, diz a bibliotecária e promotora do evento, Roberta dos Santos Viana.

O evento é flexível podendo abordar diversos temas, como o Seminário de Meio Am-biente que neste ano, marcou o encerramento da semana cultural, no dia 29 de outubro. Falou sobre “O Meio Ambiente no Mundo Globalizado”, Stella Emery Santana, Doutoranda em Oceanografia Ambiental pela UFES. A seguir foram apresentados os projetos am-bientais da FDCI, pelo Diretor da Instituição, Humberto Dias Viana e a Bibliotecária, Roberta dos Santos Viana, os quais mostraram: a captação da água da chuva, aproveita-mento da luz natural (teto de

policarbonato), tratamento do esgoto, gerador de energia, arborização, “Preservando o Meio Ambiente” (projeto que utiliza sacolas oxibiodegradá-veis na hora do empréstimo de livros, pela biblioteca), projeto “Reciclar” e “Colabore com a Limpeza”, os quais têm o objetivo de conscientizar e promover a prática da coleta seletiva e reciclagem de papéis e outros materiais.

Para participar do Semi-nário de Meio Ambiente os interessados fizeram a doação de 1 litro de leite, por conta da Campanha Solidária de 2012, através da qual foram arrecadados 230 litros, que foram encaminhados à CACCI (Casa de Apoio aos Portadores de Câncer de Cachoeiro de Itapemirim).

A FDCI também promove a inclusão social, pois, recebe na semana cultural, o coral da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Cachoeiro de Itapemirim) e, periodicamente, a visita de alunos do ensino médio, os quais recebem orientação vocacional, haja vista que a maioria está inscrita no programa jovem aprendiz do CIEE, SENAC, SEST SENAT, etc. Geralmente eles ouvem palestras na área de Comuni-cação (com o Diretor, Hum-berto Dias Viana, aposentado pela Embratel), Direito (com o Coordenador do Curso da FDCI, Cristiano Tessinari Modesto) e Métodos e Or-ganização de Arquivos (com a Bibliotecária, Roberta dos Santos Viana).

É a FDCI contribuindo para uma sociedade mais justa, digna e cidadã, através da formação de seus alunos e todos os que dela usufruem!

FDCI, Superior em Tudo!

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TURISMO

Tríade turística desponta no SulValores culturais recebem atenção para projetar Sul do

Estado a nível nacional

Ai n d a q u e o sul do Espíri-to Santo con-temple monta-nhas e praias

em convívio íntimo com a História e a Cultura, a va-lorização ocorrida em anos recentes em Cachoeiro, Castelo e Muqui justifica pensar o potencial turís-tico da região a partir do enfoque nessa tríade de histórica vocação turística. Não há como negar o conjunto que compõe esses três municípios, com atrativos cul-turais, folclóricos, arquitetônicos, históricos, agro-ecoturísticos e de forte tradição religiosa e de belezas naturais – que florescem na região Sudeste brasileira.

São valores tradicionais, em sua maioria. Todavia, tais riquezas pas-saram a receber crescente destaque a partir do anos finais do século XX. No ano 2000, em Cachoeiro, foi inaugurado o Teatro Municipal Rubem Braga, e, na administração municipal seguinte, ocorreu a I Bienal Rubem Braga e teve início a comemoração anual da Semana

Foto: Alex Stofell

Foto: Studio Edmilson Pecin

Foto: Wellington Correa

do “Rei”, alusiva ao aniversário de Roberto Carlos, ícone da Jovem Guarda e da música romântica brasileira.

Em Muqui, com o tombamento do casario do Sítio Histórico, no ano 2000, e valorização das manifes-tações folclóricas da folia de reis (Encontro Nacional de Folia de Reis) e do Boi Pintadinho (Carna-val Folclórico do Boi Pintadinho) a partir de 2001, o município passou a viver um novo momento.

Castelo entrou para o circuito na-cional de voo livre em 2005 e, no ano seguinte sediou, pela primeira vez, etapa do Campeonato Mun-dial de Parapente (Paragliding World Cup), além de etapas do

Pan-Americano e Brasileiro de Voo Livre terem o município por palco. Com um leque de belezas naturais e agro-ecoturismo organizado, Cas-telo celebra em 2013 os 50 anos de sua Festa de Corpus Christi.

Se em Castelo a inauguração do Centro de Visitantes da Gruta do Limoeiro, em 21 de julho, pode ser considerado o evento de 2012 para o turismo, em 23 de outubro Cachoeiro divulgou seu projeto de Planejamento e Fortalecimento da Gestão Municipal do Turismo, no qual enfoca o Turismo Cultural e o emergente Turismo de Negócios. “Estamos desenvolvendo uma série de atividades, entre elas o Turismo como fonte de desenvolvimento e renda, como atividade econômica”, ressalta o secretário de Desenvol-vimento Econômico de Cachoeiro, Ricardo Coelho, que acena com a criação de mais dois circuitos turís-ticos, para beneficiar a agroindús-tria, na região da Gruta e no distrito de São Vicente.

Muqui, por sua vez, comemora seu centenário de emancipação política, ocorrida em 22 de outubro de 1912, ano em que realiza seu 62º Encontro Nacional de Folia de Reis, com fo-lias participantes de vários estados brasileiros, ao mesmo tempo em que ecoam nos bairros da cidade os primeiros ensaios para o Carnaval Folclórico do Boi Pintadinho 2013.

Biblioteca Castelinho (Castelo)

Casario Histórico, em Muqui

Pico do Itabira, em Cachoeiro

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Foto: Roberto Al Barros

Turismo

Cachoeiro Projeto quer turismo como prioridade no município

Através da Secretaria Municipal de Cultura, Cachoeiro, contratou projeto que restaurou ruas, calçadas e pra-

ças do entorno da “Casa Roberto Carlos”, inaugurados em junho deste ano. São motivos em notas musicais recepcionando o visitan-te, calçamentos ornamentados de ruas e praças, escadarias em “gra-nito musical”, e outros, que permi-tem acolher bem o turista. Agora o município acena com parcerias que poderão revolucionar o local, valorizando-o como o mais impor-tante ponto turístico voltado para a música no Espírito Santo.

“Atuamos em sinergia com as demais secretarias, principal-mente Cultura, e a partir de ago-ra a cidade vai experimentar bons momento no desenvolvimento do turismo, porque temos uma ferra-menta de gestão”, enfatiza Ricar-do Coelho, ao se referir às propos-tas para o turismo de Cachoeiro, apresentadas no plano de Gestão Municipal.

Ricardo Coelho considera que o turismo de negócios – devido a Feira do Mármore e do Granito (Cachoeiro Stone Fair) – mantém--se aquecido durante todo o ano,

pois, mesmo fora do período da feira “os hotéis estão registrando uma taxa de ocupação em torno de 90%. Isso ocorre juntamente com o desenvolvimento sem preceden-tes que vivemos, motivando a im-plantação de mais cinco hotéis na cidade, três na avenida Francisco Lacerda de Aguiar já definidos. E para atender ao turismo de negó-cios, precisamos melhor estrutu-rar os circuitos que dão acesso às belezas naturais do município ao mesmo tempo em que prossegui-mos com a valorização da Cultu-ra”, explica o secretário.

O turismo de negócios sedi-

mentou-se com a Cachoeiro Sto-ne Fair, criada na década de 90. A feira traz empresários à cidade não apenas nos dias de sua reali-zação, pois incrementa a ocupação dos hotéis com profissionais do setor que retornam ao longo do ano. Com isso, novos empreendi-mentos estão sendo anunciados no rastro do boom imobiliário e do petróleo e gás – explorados nas bacias capixabas. E muitos visi-tantes, assim, acabam por ter in-teresse em conhecer a Fábrica de Pios “Maurílio Coelho”, fundada em 1903, onde a história está pre-sente no ambiente que conserva o centenário sistema artesanal de fabricação das peças, que imitam com perfeição o pio de aves. Além de vendidos para os EUA, Euro-

Foto: Roberto Al Barros

Artesanato da Fábrica de Pios conserva a tradição

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pa, Japão e outros países, como souvenires, os pios “Maurílio Coelho” têm sido utilizados em gravações musicais e no trabalho de ornitólogos. É a única da América Latina, a se utili-zar da confecção artesanal das peças.

Em Cachoeiro o turismo Religioso contempla belas igrejas, como a igreja ca-tólica Nosso Senhor dos Passos, a “Matriz Velha”, no bairro Independência, construída em 1882.

O Centro Operário e de Proteção Mútua (COPM), fundado há mais de um sé-culo por Athanagildo Fran-cisco de Araujo, tinha por objetivo proteger os operá-rios da estrada de ferro das injustiças sociais. O prédio é da década de 1910. Além do acervo histórico da casa

que registra sua atuação ao longo de mais de um sécu-lo, o prédio abriga a sede do “Cineclube Jece Valadão”.

O atual projeto de Ges-tão Municipal do Turismo, desenvolvido em parceria com a secretaria de Esta-do do Turismo do Espírito Santo e o Sebrae, reconhe-ce esses valores culturais, mas impõe desafios, reco-nhecendo a “baixa dotação orçamentária para o desen-volvimento das atividades do turismo no município”, a “falta de um centro de informação turística es-truturado”, assim como a “inexistência de um Fundo Municipal de Turismo”, en-tre outros fatores; reconhe-cimento que mostra a boa--vontade do setor público em procurar viabilizar me-lhores dias para o setor.

A casa em que nasceu e viveu o cantor e com-positor Roberto Carlos (foto acima), até a idade de 13 anos, foi transformada em Casa de Cultura na década de 90. Possui intimista acervo foto-gráfico, instrumentos musicais e outras peças como legendários discos de vivil. Está localizada no Recanto, no centro da cidade, onde o admira-dor do “Rei” pode imortalizar sua passagem pelo local no livro de registros, como o fazem milha-res de pessoas de todos os quadrantes do país e do exterior todos os anos.

O parceiro de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, e Wanderléia – a “Ternurinha” da Jovem Guar-da –, estão entre os artistas que participaram das comemorações do aniversário de Roberto Carlos em anos recentes.

Outra atração de importância para o Turismo Cultural de Cachoeiro é a “Casa dos Braga”, resi-dência que hoje abriga o Museu dos Braga (veja matéria nesta edição) e a Biblioteca Pública Mu-nicipal.

Com um estilo de inconfundível leveza, Ru-bem Braga “reinventou” a crônica brasileira, ele-vando-a a patamar de alta literatura. Deixou, as-sim, precioso legado literário a partir da primei-ra metade do século XX. Livros como “O Conde e o passarinho”, “A borboleta amarela”, “Ai de ti Copacabana”, soam familiares a estudantes, in-telectuais e donas de casa.

A Casa dos Braga tem uma surpresa que aguarda o visitante de terras distantes: descobrir que o irmão de Rubem, Newton Braga, foi poeta, jornalista e intelectual que deixou escritos livros de ensaios, crônicas e poesia. A cidade também é berço de Sérgio Sampaio, Jece Valadão, Carlos Imperial e outros nomes que poderiam ser ex-plorados turisticamente.

Divulgação/PMCI

“Doce terra onde nasci...”

Turismo

De Vitória: 135 kmAcessos: Cachoeiro está a 135 km da capital, Vitória, pela BR 101.

SERVIÇO:

Cachoeiro de Itapemirim: Sub-secretaria de Turismo, Tel. 3155-5221

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Castelo foi projetado in-ternacionalmente com os campeonatos de voo livre que ali vêm ocorrendo des-de 2005. Etapas do “Pa-

ragliding World Cup” ocorreram em Castelo em 2006, 2008 e 2012, atrain-do centenas de esportistas e visitantes dos cinco continentes. O Pan-Ame-ricano de Voo Livre e o Campeonato Brasileiro, na mesma modalidade, assim como etapas do campeonato ca-pixaba de parapente e asa delta, tam-bém são realizados em Castelo a partir da Rampa do Ubá. Em 2005, Lúcia Helena Ambrosim assumiu a pasta de Turismo e Cultura do município.

“Seria muito bom”, afirma Lúcia Ambrosim, “que Castelo, juntamente com Cachoeiro e Muqui, trabalhas-sem juntos pelo desenvolvimento do turismo na região. Acredito que a cria-ção de uma Secretaria de Turismo em Cachoeiro seria fundamental, para o desenvolvimento do turismo naquele município, porque a cidade tem muito potencial para ser trabalhado, como igrejas antigas, agroturismo, turismo de negócios e, principalmente, os dois ícones internacionais que a cidade possui, na música e na literatura, que são Roberto Carlos e Rubem Braga”, comenta.

A secretaria de Turismo e Cultura de Castelo participou da Feira “Inven-ta Brasil”, que ocorreu simultânea à “2ª Feira Internacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desen-volvimento Sustentável Rural”. Na ocasião, o município divulgou a Gruta do Limoeiro, seu maior atrativo ar-queológico, para os 85 mil visitantes que passaram pelo evento, de 17 a 19 de outubro, na Praça do Papa, em Vi-tória.

Com a inauguração do Centro de Visitantes da Gruta do Limoeiro, em julho, a Secretaria de Turismo de Cas-telo deu início a um trabalho envol-vendo empresários, o poder público e as agências de turismo. “Agora temos onde acolher o visitante com mais conforto”, analisa Lúcia Ambrosim, “por isso já estamos recebendo gru-pos de turistas na cidade. Observamos que antes ocorria somente o turismo espontâneo, quando o visitante vinha a Castelo por conta própria, por épo-

Foto: Acervo Secretaria de Turismo de Castelo

Foto: Hugo Casagrande Andradeca dos eventos. Precisamos mostrar que o município tem atrativos que vão além dos eventos religiosos e de voo livre. O agroturismo acontece o ano todo”, finaliza a secretária.

Em 2010, a Festa de Corpus Christi (foto ao lado) foi inserida no Calendá-rio Brasileiro de Eventos Religiosos entre as 10 maiores do país. São mais de 70 mil pessoas que visitam a ci-dade no período de dois dias em que ocorrem a confecção dos tapetes e sua apresentação ao público, em ruas e avenidas da cidade. Com isso, o mu-nicípio chamou os empreendedores rurais para conversar e foi criado o circuito turístico “Caminhos da Na-tureza”, incentivando o surgimento de novos empreendimentos. Hoje são dezenas de propriedades rurais que aderiram a esta opção de renda com-plementar, cujo atributo principal é receber os visitantes.

Falar dos atrativos turísticos do município de Castelo que poderão estar num pacote turístico de amplo espectro, é assunto vasto. No entanto, uma coisa é certa: quando o visitante segue para esta cidade, que possui em seu território dois parques estaduais – “Forno Grande” e “Mata das Flores” –, pode optar por um almoço com culi-nária regional na Cachoeira Furlan, em clima de altitude. O local faz parte do circuito “Caminhos da Natureza”, com suas vertentes “Do vôo livre”, “Sabores da terra”, “Caminhos do For-no Grande” e “Caminhos das cachoei-ras” que, como predizem suas efemé-rides, oferecem atrativos para o tempo

Castelo Gruta do Limoeiro é novo point para receber o turista nas montanhas capixabas

Gruta do Limoeiro, em Castelo

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No Sítio Histórico de Muqui se mesclam arquitetura, arte e religiosidade. Signifi-cativos remanescen-

tes arquitetônicos, tombados como Patrimônio municipal e estadual, que aguardam tombamento fede-ral. Técnicos do Instituto do Patri-mônio Histórico e Artístico Nacio-nal (Iphan) vêm estudando o ca-sario histórico, onde se destacam fachadas em estilo neoclássico de casarões e palacetes centenários. Varandas e salões ornados com pinturas retratando aspectos da flora e da fauna tropical, pintados por artistas italianos nas primeiras décadas do século XX, mantêm-se conservadas ou restauradas. Mobi-liários de época, abrigam peças em prata e porcelana, contracenando com balaustrados e adornos de ar-cos em caixilhos de janelas e por-tas artisticamente entalhados.

Muqui surgiu, como povoa-

Muqui

Carlos Magno (Morga) - Acervo PMM

Boi Pintadinho, Carnaval Folclórico em Muqui

que o visitante dispor em descobrir os caminhos da emoção ao ar livre, com cachoeiras, vales, florestas e picos com trilhas para esportes radicais. São de-zenas de opções ao longo de cada per-curso, como o Casarão da Fazenda do

Centro, construído em meados do sé-culo XVIII e tombado como Patrimô-nio Histórico Estadual, e que hoje está restaurado pelo Instituto Frei Manuel Simón, através de parceria com Go-verno do Estado do Espírito Santo.

A companhia de danças tra-dicionais italianas de Castelo, a “Radici Cità di Torino” (Foto ao lado), possui experiência inter-nacional e é uma das três existen-tes no mundo. A Biblioteca Mu-nicipal “Ciro Vieira da Cunha” – o “Castelinho” – de arquitetura singular, destaca-se no cenário do centro da cidade, assim como a Igreja católica Nossa Senhora da Penha, com suas torres em estilo mourisco. O Teatro Muni-cipal “’Artênio Merçon” fica na Praça Três Irmãos, local onde também se localiza o busto d’O Educador – “Dr. Carlos Teixeira de Campos” – que revolucionou o ensino em solo castelense na primeira metade do século XX.

Uma equipe da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes),

Turismo tradicional

Município faz 100 anos esbanjando conquistas, mas com muito ainda por realizar

ção, no final do século XIX. Com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Leopoldina, em 1901, e a inauguração, em 1902, da Estação Ferroviária (hoje abrigando a loja do Agroturismo e Artesanato), teve início ao ciclo de maior desenvol-vimento, cujo ápice ocorreu nas décadas de 20 e 30 com os Barões

do Café, que traziam suas famílias do interior para os casarões e pala-cetes que eram erigidos no períme-tro urbano.

Prefeito de Muqui no período 2001-2008, quando a cidade se projetou nacionalmente, José Pau-lo Viçosi, o “Frei Paulão”’, foi tam-bém secretário de Estado da Cultu-

De Vitória: 141 kmAcessos: BR 101 Sul do ES; BR 262, através da Rodovia Pedro Cola, de Venda Nova do Imigrante até Castelo passando pela Gruta do Limoeiro. Ro-dovia ES 482, a partir de Alegre, cidade próxima a Guaçuí – no entorno do Par-que nacional do Caparaó Capixaba.

SERVIÇO:

Castelo: Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, Tel. (28) 3542-8532

em escavações realizadas na Gruta do Limo-eiro, descobriu vestígios huma-nos datados de 4.500 anos. Por isso ali se en-contra o mais importante sítio arqueológico do Espírito Santo. Em 21 de julho, com a presença do governador Renato Casagrande, foi inaugurado seu Centro de Visitan-tes. Um complexo para acolher o visitante, dotado de infra-estrutura com arquitetura contemporânea que se compõe ao meio ambiente, contemplado com auditório, sala de memorial, loja de agroturismo e ar-tesanato entre outros.

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ra do Estado do Espírito Santo na atual gestão. “Frei Paulão” faz par-te da ala dos governantes que dão continuidade ao que encontram.

“Muqui, Cachoeiro e Caste-lo têm atrativos turísticos que se complementam”, afirma Frei Pau-lão. “Só falta criar um circuito en-volvendo esses municípios, que poderia agregar detalhes de muni-cípios vizinhos, como Mimoso do Sul, por exemplo, que tem muitas fazendas centenárias. O Estado precisa fazer um trabalho nesses três municípios, que estão pró-ximos da capital, com uma mídia que possa divulgar suas riquezas para o país através das agências de turismo, e isso deve acontecer ao mesmo tempo em que melhoramos a infraestrutura para receber o tu-rista”, explica.

Em 2001, quando Frei Paulão assumiu a Prefeitura de Muqui, o casario do Sítio Histórico havia sido tombado a nível municipal, por seu antecessor, quatro me-ses antes. Ele deu continuidade ao trabalho inserindo em pauta a restauração das casas e palacetes, através de parcerias com os gover-nos estadual e federal, enquanto promovia a valorização do folclo-re local: Folia de Reis e Boi Pin-tadinho, manifestações nas quais o município possui forte tradição,

mas que ainda estava por ser de-vidamente reconhecida. Entre outras ações, como criação da Loja do Agroturismo e do Arte-sanato, no período de sua gestão foi criado também o “Circuito Turístico da Morubia”, que en-volve o agroturismo e permitiu que surgissem novos empreendi-mentos na região de Fortaleza e Sumidouro, local em que surgiu o primeiro povoamento de Muqui, no século XIX.

No Espírito Santo, os incenti-vos ao Turismo ainda são muito tímidos, acredita Paulão. “Esta-mos entre Bahia, Rio e Minas Ge-rais, Estados onde os governos de-senvolvem políticas públicas que mostram o potencial que eles têm para todo o país. Para desenvol-ver o turismo no ES é necessário planejamento estratégico. O que pretendemos daqui a 10 anos? É política pública para se alcançar sucesso no Turismo e na Cultura, setores que estão interligados” sintetiza o gestor. “O que se pre-cisa agora é consolidar as rotas já criadas, envolvendo vários muni-cípios, com uma política de con-tinuidade. Ao ver que o Estado está incentivando, o empresariado passa a acreditar, e então vemos que as coisas passam a acontecer”, conclui Frei Paulão.

Circuito da Morubia

Ao lado da cidade de Muqui, uma expressiva cadeia de montanhas se estende à altitude de até 1.340 me-tros de altitude, na Pedra de Santa Maria, onde o clima ameno traz o vento da história em fazendas cen-tenárias e estâncias recreativas que hoje acolhem os visitantes para visita ou hospedagem. As agroindústrias e o artesanato, complementam o ro-teiro da Morubia, onde o visitante dispõe de monitores locais treinados para a prática de esportes ao ar livre, como rapel e caminhadas interpreta-tivas em matas e cachoeiras

Conhecer esses atrativos de Mu-qui pode coincidir com o Encontro Nacional de Folia de Reis, realizado desde 1950, por isso reconhecido pelo Conselho Nacional do Folclore como o mais antigo encontro folcló-rico do Brasil. O evento hoje chega e reunir até 100 folias de vários es-tados da federação. Nos últimos 10 anos, os grupos locais têm recebido apoio oficial para aquisição e reno-vação de vestimentas típicas e ins-trumentos; e a participação no even-to garante cachê a todas as folias.

Outro destaque Muqui é o Car-naval Folclórico do Boi Pintadi-nho, festa popular que remonta à década de 1940 com o tradicional “Boi do Bijoca”, hoje festejado pe-los descendentes. Ao longo do eixo histórico, iluminado e ornado para os dias festivos, dezenas de grupos de boi pintadinho, adultos e mirins, desfilam ao som inconfundível do batuque do carnaval de rua, que na “Cidade Menina” continua uma festa familiar.

De Vitória: 165 kmAcessos: Muqui está a 28 quilômetros de Cachoeiro, pela BR 393; e de Cachoeiro até Castelo são 33 quilômetros por ro-dovias estaduais. De Muqui até a divisa com o Rio de Janeiro são aproximada-mente 40 minutos, via Mimoso do Sul.

SERVIÇO:

Muqui: Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, Tel. 28-3554-1456

Carlos Magno (Morga) - Acervo PMM

Benção dos foliões, no Encontro Nacional de Folia de Reis de Muqui

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Leitura & IDHAvaliar o hábito de leitura de um país

tem sido utilizado como forma de medir o desenvolvimento de sua população, seu grau de conscientização e consequente capacidade dos cidadãos para reivindicar direitos. Mais do que um atitude educa-cional, a leitura é uma ação política capaz de levar à informação e ao conhecimento, permitindo assim aumentar a capacidade de localização de cada ator dentro da so-ciedade. O conhecimento – fundamento da democracia – é capaz de fazer germi-nar movimentos culturais que transfor-mam a tessitura social, com a agregação de valores éticos – já que a crise de valo-res por que passa a sociedade atual está estreitamente relacionado ao seu grau de alienação.

O hábito da leitura, desse modo, está estreitamente ligado ao Índice de Desen-volvimento Humano (IDH). Não se tem notícia de países com alto IDH nos quais o semi-analfabetismo esteja disseminado tão insidiosamente como no Brasil. Por isso tem sido constante o alerta de es-tudiosos, educadores – e até mesmo de economistas, acerca da importância de se promover a leitura através da difusão do livro e realização de eventos a ele relacio-nado. Programas robustos e permanen-tes, como a criação de setores de atuação real nas secretarias municipais e de Esta-do da Educação – que contemplem sua execução e garantam sua continuidade; não eventos esporádicos, ainda que, mes-mo assim, gerando frutos, mormente que

OPINIÃO

Roberto Al Barros

Jornalista, editor e escritor

imprecisos e esparsos.A importância da leitura vai além do

que comumente se quer fazer crer como fundamental. As alegações para se im-plantar programas de leitura querem ater--se à necessidade de desenvolvimento do aluno em Língua Portuguesa, por exem-plo. Aqui, é claro, está uma necessidade, mas – o que se afirma comumente como necessidade de conscientização está lo-calizada em um campo de conhecimento heterogêneo, já que abrange todas as áre-as do conhecimento. Por isso é preciso ler sim, e não apenas livros, apesar de a lei-tura desses geralmente levar leitura de re-vistas, jornais etc. – conquanto o caminho inverso se queira pensar mais frequente.

Desse modo, como classificar eventos voltados para a leitura – como as bienais do livro, por exemplo – como suficientes para formar o hábito da leitura? Como ter certeza de que tais eventos possam servir mais do que para projetar seus idealizado-res e executores no campo da mídia? Ou seja, não estão capacitando plenamen-te tantos jovens como poderiam se não fossem bi-anuais, e não estão formando mentalidades, que doravante estariam empenhadas em distribuir seu tempo de modo a criar o hábito de se recolher à lei-tura de um livro até ser término, para que, em seguida, outro livro venha a ocupar o lugar do anterior.

Em “Como Ler Livros, Guia Clássico para a leitura inteligente” (ver “Livro do Mês”, nesta edição), Mortimer Adler res-

salta, no capitulo “Formando o hábito da leitura”, que um hábito, para ser adquiri-do, deve seguir regras, e que ninguém se-gue regras se não as conhece.

Um levantamento no cadastro da Bi-blioteca Pública Municipal Ciro Vieira da Cunha, em Castelo (ES), cidade com IDH médio alto (0,762), mostrou que, em 2011, mais de 90% dos frequentadores da biblioteca tinham menos de 30 anos, e, pasmem, por ali não se via pessoas da ter-ceira idade. Justamente as que têm mais tempo disponível, inclusive para leitura.

Muito se tem falado acerca da necessi-dade de se manter o cérebro ativo, para que se renovem ligações de neurônios, se façam inserção da mente em novas vertentes do conhecimento. A leitura de livros tem subdivisões, se faz necessário evidenciar aspectos não levados comu-mente em consideração nos programas de leitura ou cursos de leitura dinâmica, como alerta Mortimer Adler, que classi-fica a leitura em quatro patamares: “ele-mentar”, “inspecional”, “analítica” e “exi-gente”. Ou seja, após uma leitura rápida, podemos classificar um livro técnico. Já uma obra de ficção requer uma leitura mais atenta: este seria o primeiro manda-mento da leitura.

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/SAÚDE

Você quer caminhar? Ainda há tempo! Médico cardiologista fala sobre a importância da caminhada

e lista seus 10 principais benefícios

10 benefícios da caminhada, dentro das normas recomendadas,

pelo Dr. Gil Gonçalves Azeredo

Caminhar com regularidade, durante pelo menos 30 a 40 minutos, no mínimo três vezes por semana, com roupa e calçados adequa-

dos, de preferência em local plano e com ar puro, nos horários indicados, é comprovadamente uma dos melho-res exercícios aeróbicos para ajudar a manter a saúde.

Todo programa de caminhada deve ser antecedido por avaliação física e cardiovascular, pois assim a pessoa passa a ter segurança para praticar a caminhada sem riscos e com benefícios progressivos para a saúde. “A caminha-da é uma atividade física que está ao alcance de todos, pois não precisa de investimentos”, destaca o cardiologista Gil Gonçalves Azeredo, acrescentando ser “importante frisar que, uma vez iniciada, a prática regular da cami-nhada passa a incorporar como hábito saudável de vida da pessoa”, pontua o médico.

De acordo com recomendação dos especialistas, para melhor desempenho e aproveitamento, a caminhada deve ser aliada a alimentação variada, que não contenha excessos de sal, açúcares e gordura, e onde as frutas e a hidra-tação têm grande importância, como preceituam os mais atuais preceitos da boa nutrição.

– É importante que a pessoa esteja bem hidratada – lembra o

cardiologista –, para que o exercício físico possa

contribuir para a saúde como um todo.

“ “

O médico cardiologista, Gil Gonçalves Azeredo

BENEFÍCIOS

Além dos benefícios físicos de proporcionar elasticidade aos ten-dões e resistência aos músculos, a caminhada oxigena o sangue eli-minando toxinas, renova a mente e promove a autoestima, garantem seus adeptos.

Estudos recentes comprovam que caminhar é fator que promove também o rejuvenescimento e a longevidade. Pessoas que passaram a adotar o hábito, na meia idade ou mesmo depois, estão a colher bons frutos, passando a ter também mais facilidade para conciliar e manter o bom sono diário.

1. Redução da pressão arterial2. Controle do colesterol3. Controle da glicose4. Controle do peso5. Previne ou melhora a diabetes6. Melhora a qualidade do sono7. Diminuir o risco de doenças cardiovasculares8. Melhora a capacidade pulmonar9. Controle do estresse e da ansiedade10. Prevenção da osteoporose

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Através de suas procuradorias, o Estado e as pre-feituras têm sido bastante eficazes nas cobranças aos seus deve-dores. A lei nº

9.876/2012, sancionada em julho deste ano pelo governa-dor Renato Casagrande, permite cobrança extrajudicial. Nesse caso, após receber a notificação, o devedor tem prazo de três dias para quitar o débito. Caso não o faça, o título será protestado e o nome do inadimplente inscrito nos órgãos de proteção ao crédito (SPC e Serasa), além do Cadastro Informativo da Receita Estadual (Cadin).

C o l u n a V I C T O R HUGO, jornal “A Ga-zeta” (06.10.12): “a violência [inseguran-ça] na Praia do Canto é tanta que a direção do [restaurante] novo Aleixo contratou dois seguranças para ficar permanentemente na frente do restaurante”.

GIRO CAPIXABA

Insegurança na Capital

Triste realidade

Cobranças eficazes

Na Grande Vitória, as de-núncias de violência e maus--tratos contra crianças e ido-sos só não perdem para o tráfico de drogas (50%) e homicídios (7%). De janeiro a junho de 2012 foram registra-dos 1.670 casos de violência contra crianças, oficialmente.

Ideb na escola

As escolas municipais de Vitória estão obriga-das a expor na entrada a nota obtida no Ideb, o In-dice de Desenvolvimento da Educação. O projeto de lei foi apresentado em 2011, pelo vereador Sergão (PSB), reeleito. Aprovada, a lei foi vetada pelo prefeito João Coser (PT). Porém, o veto foi derrubado pelos verea-dores por 9 votos a 4. A ideia das placas é do es-pecialista em Economia da Educação, Gustavo Ioschpe, e pretende in-centivar a escola com nota baixa a se autosu-perar, melhorando assim o rendimento escolar dos alunos e sua autoestima.

Trânsito louco

O Espírito San-to possui cerca de 250 mil moto-ciclistas na faixa etária entre 18 e 24 anos, entre os cerca de meio mi-lhão de habilita-dos. No primeiro semestre de 2012, o estado já conta-bilizava uma frota de 411.151 moto-cicletas. Motivo de sobra para as autoridades da-rem uma atenção especial ao item segurança.

No 38º Encon-tro Nacional dos Detrans, realizado na primeira quin-zena de outubro, em São Luiz (MA) – com a presença do diretor-geral do Detran do ES, Fábio Nielsen e do delegado de De-litos de Trânsito, Fabiano Contarato –, foram discuti-das regulamenta-ções e punições mais rígidas para motoristas e mo-tociclistas infra-tores.

Assaltos no interior Como se não bastasse a insegurança nas cidades,

principalmente as de porte médio e grande, o ES vive uma onda crescente de assaltos a propriedades rurais, muitas vezes com mulheres, crianças e idosos amar-

rados, amordaçadas, quando não assassinados, enquanto malfeitores roubam, ameaçam ou fazem covardes agressões às vítimas indefesas.Em Linhares, o titular da Delegacia de Crimes

Contra o Patrimônio, delegado Tiago Cavalcan-te, afirmou que as quadrilhas que se dedi-

cam a essa modalidade de crime no norte do estado “agem da mesma maneira. Parece até que os grupos se conhecem, trocam informações e até se rivalizam”.

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Élson Júnior nasceu em Paineiras (Itapemirim), e já passou por importantes equipes profissionais do futebol brasileiro, como

Ceará (CE), Iraty (SP), Marília (SP) Ituano (SP) e Londrina Esporte Clube (PR). Depois de uma passagem pelo Americano de Campos, onde disputou o Campeonato Carioca de 2005, está no Londrina com contrato até 2013.

Aos 13 anos, quando estudava na Es-cola Fraternidade e Luz, no bairro Su-maré, Élson foi convidado por amigos da escola a treinar no “Projeto Nossa Criança”, no bairro Basiléia. Dali para o infantil do Cachoeiro foi um pulo que o lavaria, aos 16 anos, a atuar no Cruzeiro E. C. de Belo Horizonte, onde ficou até a idade de 18 anos.

“Em 2005 voltei a atuar pelo Cacho-eiro, jogando o Campeonato Capixaba. Em seguida fui para o Americano de

Campos, onde disputei o Campeonato Carioca”, lembra o jogador. Um olheiro gostou da atuação do atleta, cujo passe foi comprado pelo Iraty Sport Club, uma tradicional equipe paranaense, fundada em 1914.

“Jogador não quer perder nem par ou ímpar”, brinca Élson. “Apareceu uma oportunidade e fui para o Nordeste, onde atuei pelo Ceará, em 2009”, en-fatiza o zagueiro.

Quando retornou do Ceará, Élson foi para o Londrina, onde mesmo na de-fesa, chegou a fazer vários gols. Para os que estão começando, Élson afirma que “o importante é estar preparado, por-que quando chega a hora você tem que agarrar com unhas e dentes. Futebol é também um pouco de sorte: estar na hora certa e no lugar certo, pois, quem sabe tem um olheiro te vendo naquele momento e te leva para um grande clube?”, finaliza.

ESPORTE

Élson Júnior: do Projeto Nossa Criança, ao Londrina

Atleta hoje defende a camisa do Americano,

de Campos

“ “

Saindo para o ataque, pelo Londrina

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ECONOMIA

Café: Quando o que conta é o sabor

V erdade é que gosto não se discute. Mas a se considerar o ponto da torra, espe-cialistas são unânimes em afirmar que o “café meia torra” mantém um “corpo licoroso, ‘adocicado’ e denso”, características que podem se perder, caso o ponto de torrefação não atenda a esse preceito.

A torrefação é responsável por liberar entre 700 a 800 subs-tâncias aromáticas do café. Quando os grãos são submetidos ao aquecimento gradual, a água residual dentro de cada célula é convertida em vapor, promo-vendo reações químicas entre açúcares, proteínas, gorduras e minerais contidos em seu interior. O produto final é que dá o gosto dominante do café, ensina o Guia do Barrista, da Café Editora.

Se o grão for mais torrado, teremos um café mais forte. Mas há um limite: pouco torrado fica ácido, muito torrado ganha cor e sabor mais amargo – ponto que também tem seu público. Na Itália, por exemplo, a preferência é por torras mais escuras. No Brasil o gosto é pela torra entre moderadamente escura e média clara, de acordo com o site www.scaa.org – fabricante do equipamento Agtron/SCAA Roast Classification Color Disk, um sistema com discos capaz de produzir diferentes torras do café.

Mas podemos nos enganar, se supormos que esses pontos de torra são conquistas recentes da tecnologia. Nos primeiros anos da década de 1930, no interior de Muqui, Madalena Machado L. Barros era responsável pela torra

do café consumido por sua família no Sítio do Cravo, uma pequena propriedade de agricultura familiar nas montanhas. Hoje, aos 91 anos, lembra como era o processo de torrefação em panela de ferro, no fogão à lenha, com moagem em pilão de ma-

deira. “Quando o café começava a brilhar, soltando o óleo, eu sabia que estava no ponto, marron-escuro. Foi minha mãe que me ensinou. Uma vez no ponto, eu tirava a panela do fogo, às vezes mexia mais um pouco com a pá de madeira, em seguida despejava na peneira para guardar depois de frio. O café era socado aos poucos, no pilão. Somente depois compramos a máquina de moer, quando muitas vezes o grão passou a ser moído na hora de coar do café”, lembra a dona de casa aposentada.

O especialista em café, Ernesto Illy, na revista Scientif American Brasil, conta como ocorre o processo de transformação que proporciona o sa-bor especial do café feita na máquina de expresso, quando o sabor da bebida é acentuado com a extração dos com-ponentes ativos direto na xícara pela água fervente.

“A interação entre água quente e pó de café é, no entanto, sutilmente diferente quando se faz café de filtro normal e expresso. Quando o café de filtro é preparado, a água quente passa através de um agregado relativamente solto de pó de café de tamanho médio. Durante os quatro a seis minutos de contato com a água fervente, a maior

parte das substâncias solúveis presen-tes no café torrado passa à solução. Assim, grandes quantidades de ácidos altamente solúveis e cafeína se dissol-vem na xícara. Em contraste, o tempo muito mais curto de filtragem do expres-so permite que menos ácido e apenas 60% a 70% da cafeína dissolvam-se na infusão”, explica Illy.

Café expresso

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Se 22 de novembro é “Dia do Músico”, os cachoeirenses têm muito a comemorar. A cidade tem vivido bons momentos na área musical, com o surgimento de novos talentos e consolidação dos já existen-tes, o que tem projetado o nome de muitos profissionais e permitido também que a profissão não seja apenas um eufemismo para tantos que por tantos tempo viveram de sonhos.

CULTURA

Dia do MúsicoCachoeirenses com muito a comemorar

PROJETO FEIJOADAGrupo de música genuinamente brasileira,

o Projeto Feijoada tem Flavio Marão (violão e voz), Fábio “Biola” (Pandeiro e voz), “Eré” (Tantan e voz), Guilherme Canuto (Bateria), Paulo Tubarão (Baixo) e Ericson (Guitarra), A banda fez 18 apresentações, em quatro países do velho continente entre 12 de agosto e 17 de setembro, passando por Portugal, Itália, França e Inglaterra.

“A música brasileira é muito respeitada lá fora” – ressalta Flávio Marão. O músico lem-bra que, ao conversar com músicos europeus,

foi possível perceber que o brasileiro precisa fazer uma reflexão e valorizar mais o que é produzido aqui. “Eles nos fazem olhar para nosso próprio país, citando trabalhos como o de Marcos Valle, por exemplo. Isso é fundamental, pois se não tivermos referência, não vamos produzir o novo a partir de nossas raízes”, analisa.

A banda retorna à Europa em 2013, teve uma boa agenda no Brasil este ano e acaba de postar mais duas músicas do projeto “Convida” no site projetofeijoada.com.br. O CD “Cardápio” foi lançado em 2009 e, em 2011, foi a vez do mais recente, “Se Joga Malandro”, que pode ser adquirido a partir do site do grupo.

DUDA FELIPPECom lançamento previsto para antes do

Natal, o DVD clipe “No céu de Cachoeiro” promete ainda mais luzes sobre o trabalho da cantora, compositora e instrumentista Duda Felippe. “O DVD está ficando lindo e cheio de surpresas, e estamos preparan-do também a produção de um novo show, com releituras da MPB mas não esquecen-do as composições autorais”, revela a artis-ta.

Em 2012, Duda lançou seu segundo CD autoral “Retratos de nossa gente”, “traba-lhado em diversidade de arranjos e ritmos da raiz da MPB, onde sou criada e onde também me inspiro”, confidencia. Se em 2012 foi consolidada a audição de suas mú-sicas nas rádios, Duda Felippe considera que as expectativas para 2013 são as me-lhores possíveis.

“Com o produto autoral em mãos, es-tamos podendo divulgar a música ca-pixaba para outros estados, gerando assim reconhecimento para o que é produzido e nossa terra”, come-mora agradecendo a todos que têm apoiado seu trabalho, “principalmente Deus, pois sem fé e incentivo não se vai longe”, conclui.

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Niver de um aninho de IZADORA, filhota da Cal Kalinca e do CL Eli-seu Camargo Turini realizado no “Águas Claras”, na Gruta, com os padrinhos Irene e Pedro Camargo Turini.

Dr. Celmo de Freitas, Superinten-dente do Grupo Itapemirim, no Salão do Automóvel em São Pau-lo acompanhando os lançamentos da TOYOTA, da qual a Sossai Ve-ículos é representante oficial em Cachoeiro.

Nossa querida amiga Regina Grafanassi com a filha Dra. Ma-ria Amélia Grafanassi Moreira e as netas Ana Amélia e Cíntia. em Paris, a Cidade Luz.

O elegante casal Marcilene – Marcelo Gottardi, ele Superin-tendente do Shopping Sul, em recente encontro social.

Jornalista Denise Vieira, asses-sora de imprensa do Hospital Evangélico em encontro rotário com o esposo Dr. Celso Gonçal-ves Alves, ele titular da Bioteste.

Em recente recepção do Lions Clube Cachoeiro, a presença elegante do casal de médicos Dra. Ermelinda e Dr. José Ozório de Olivei-ra, ele diretor de Mercado da Unimed Sul Capixaba.

O competente consultor de vinhos, Dimas Lanna, sócio da Adega Espaço DOC, ao lado de sua dedicada geren-te Daniele. Aquela empresa estará conosco nas colunas de dezembro no ES FATO.

Entre as nossas ilustres ani-versariantes deste mês de novembro está a CaL Glória Silvia, esposa do compa-nheiro – leão CL José Ono-fre Lopes (Zito), Presidente da SELITA.

Elyan PeçanhaDilvugação

Álbum de Família

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ELYAN

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Magazine

Este é o nosso prezado e amigo de longa data, Rubens Moreira, Presidente da SICOOB-Sul, sem-pre apoiando nossa iniciativas na área social

Estes são nossos queridos ami-gos e parceiros Sandra e Fer-nando Leal (Colchões Ortobom) que neste mês de novembro (dia 23) celebram 21 anos de plena felicidade no casamento.

Rotariano de extraordinárias participações no Rotary Clube Cachoeiro, do qual já foi Presi-dente, o fraterno companheiro Miguel Bassul Cerqueira e sua esposa, Dra. Marília

Flávio Misse do Buffet Belas Artes (E) ao lado do Presidente do Rotary Clube Cacho-eiro Igor Tome, ele nosso parceiro e titular da Metalúrgica Cachoeiro, no Cel. Borges

ELYAN

ELYANArquivo Fato

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Livro do mês “Como ler Livros – O Guia Clássico para a Leitura Inteligente”

O autor do livro do mês desta edição da Revis-ta MAIS ES, Mortimer Adler, nasceu em Nova

York e abandonou os estudos aos 14 anos, quando foi trabalhar de contínuo no jornal New York Sun. Alguns anos mais tarde, pre-tendendo tornar-se jornalista, entrou para a Columbia University onde, em contato com as obras de Aristóteles, John Locke, Stuart Mill e outros, passou a ler tanto que não conseguiu

cumprir os requisitos mínimos para completar sua graduação. Mas a universidade, por reco-

nhecer a qualidade de sua escrita e seus conheci-mentos, o recompensou com um Doutorado

Honorário, e Adler tornou-se professor de psicologia, “escrevendo vários livros sobre

a filosofia e a religião ocidentais, além de suas próprias obras filosóficas”.

É autor de mais de 50 livros.“Como ler Livros – O Guia

Clássico para a Leitura Inte-ligente” teve sua primeira

edição em 1940, e edi-ções sucessivas ao longo das décadas seguintes. A tradução que nos chega é da edição de

1972, que tem co--autoria de Charles van Doren.

Além de apresen-tar as dimensões e

LITERATURA

os quatro níveis da leitura (elementar, inspecional, analítica e exigente), o livro discorre, em linguagem coloquial, sobre como ler livros práticos, teóricos, ro-mances, poesia, peças e poemas; como ler livros de história, matemática, ciên-cias, filosofia e ciências sociais, entre outros.

Ao final, a obra traz uma “Lista de leituras recomendadas” incluindo os “Clássicos do Ocidente” e, também, ex-tensos exercícios e testes sobre os qua-tro níveis de leitura.

Obra elementar, para leitores de to-dos os níveis: estudantes, professores, escritores e acadêmicos – para leitura e pesquisa. Como ressalvam os autores da obra, em seu primeiro capítulo, a leitura ativa pode ser “aplicada a qual-quer mídia impressa – jornais, revistas, panfletos, artigos, ensaios e até mesmo informes publicitários”, ampliando a abrangência da obra.

Como Ler Livros, O Guia Clássico para a Leitura Inteligente – Mortimer Adler & Charles van Doren – Coleção Educação Clássica – Realizações Editora, 430 pág.

SERVIÇO:

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CULTURANo Olivier é assim:

Seu curto espaço de tempo

é transformado em um prazeroso almoço.

Restaurante em anexo

ao Cachoeiro Plaza Hotel

Tel.: (28) 2101-6713 Mais informações: www.restauranteolivier.com.br

Um espaço reservado

para o seu almoço de

negócios ou em família.

A partir de

R$ 17,00

Atendimento personalizado com toda

exclusividade em um ambiente climatizado.

Museu da Família Braga tem registro no Cadastro Nacional de Museus Históricos

Devido a sua importância para a história da literatura brasileira, o Museu da Casa dos Braga, em Cachoeiro de Itapemirim, recebeu registro

no Cadastro Nacional de Museus, passando a fazer parte do roteiro nacional e constando no núcleo de informações do Ministério da Cultura (MinC).

O registro ocorreu durante a 6ª Prima-vera dos Museus, promovida pelo MinC, entre 24 e 30 de setembro de 2012, quando o museu histórico-literário cachoeirense passou a constar no cadastro nacional juntamente com mais de 800 museus e instituições culturais de 364 municípios brasileiros.

O museu funciona numa sala da Casa dos Braga, localizada na Rua 25 de Março, no centro de Cachoeiro, expondo livros, do-cumentos pessoais históricos, fotografias, revistas, recortes de jornais e publicações, registros iconográficos como uma tela em técnica grafite feita por Rachel Braga em homenagem a seu pai, Newton Braga, além de objetos, como um relógio pêndulo de época, doado pelo Instituto Newton Braga.

O retorno da exposição permanente ao público ocorre depois de um período de 20 meses. Embalado, devido à enchente de 31 de dezembro de 2010, que alagou o porão da Casa do Braga, destruindo centenas de livros da Biblioteca Municipal “Walter dos Santos Paiva”, o acervo que havia cedido espaço para a biblioteca depois do cataclis-mo retorna com alguns quadros da Família Braga em novas molduras. A enchente, no entanto, não atingiu a área do museu.

Vista da sala, com estátua de Rubem Braga em papel machê

O Museu dos Braga fun-ciona anexo à Biblioteca Municipal com o se-guinte horá-rio de aten-dimento: de segunda à sexta-feira, de 8h00 às 18h00.

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MAIS ES– De onde surgiu a ideia de escrever sobre Anália Franco?Bernardo Carneiro Horta– O livro surgiu no meio de um processo que

envolve Cachoeiro. Estava na divulgação do meu primeiro livro “Nise – Arqueóloga dos Mares” e comecei a me indagar quem seria a próxima biografada. Encaminhei edição para uma pessoa que me escreveu dizendo que tinha passado por um efeito de recuperação e de cura ao ler o livro.Ao comentar meu interesse em outro per-sonagem, ela passou me enviar alguns textos sobre a Anália, que me despertaram a atenção.

E o que liga isso ao município? Bernardo Horta de Araujo, pois Nise me trouxe Anália e ela me trouxe a Ca-

choeiro. E todos estão envolvidos em literatura, pessoas que amaram, deram a vida e lutaram pelo Brasil. Esse é um fato enriquecedor, num país que está carente de identidade, autoestima e de memória.

O livro conta a história de Anália em duas formas de escrita: a biográfica e o romance. Por que essa escolha?

Ela é antiga, nasceu há cerca de 160 anos, morreu há 90. Já existe um título sobre Anália. Uma obra técnica e estrutural, intitulada “Grande Dama da Educação Bra-sileira”, escrito pelo psicólogo e educador Eduardo Carvalho. Ele é interessante e denso, pois trata as histórias da professora, dos sistemas que ela utilizou para criar seus métodos educacio-nais. Além desses tem mais uns quatro ou cinco com pequenos resumos sobre sua vida. Ao ler percebi que estava ligada a ela e precisava fazer algo diferencial. Então resolvi ousar ao romancear determinados trechos para que os leitores compreendessem a dimensão da importância dessa educadora.

Como foi esse pro-cesso?

Decidi me entre-gar a estudos dos primeiros 20 anos da v ida de D. Anália. Mergu-lhei em pesquisas daquela fase, em raros documen-tos para criar trechos que não estavam expostos.

ENTREVISTA

O biógrafo das grandes damasBernardo Carneiro Horta é jornalista, escritor, carioca,

mas com um pé em no Espírito Santo. por Rita Martins

Bernardo Carneiro Horta é jornalista, escritor, ca-rioca, mas com um pé em no Espírito Santo. Bisneto de dois personagens históricos: Bernardo Horta de Araujo e Florentino Avidos políticos que participaram intensa-mente do desenvolvimento do Estado.

Em sua passagem por Cachoeiro de Itapemirim, terra onde o bisavô de quem herdou o nome passou boa parte da vida, o autor lançou a obra ‘Anália Franco: Quem é ela?’, onde retrata a professora, jornalista e filantropa

carioca que salvou órfãos, pobres, imigrantes e ex--prostitutas que passavam por processo de superação. Uma trajetória fascinante e vitoriosa de quem desafiou preconceitos no século 19.

Nesta entrevista, Bernardo fala sobre o processo de criação e sua relação com a cidade.

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Por intuição criei situações para escla-recer, evidenciar e apresentar a história dessa grande mulher.

Durante a produção, houve al-gum fato marcante?

Vou narrar um sonho muito significa-tivo: após um ano de leitura e pesquisas, criei coragem para escrever o romance. Ele tem o tom de novela, onde conta a história de Anália, da história da educação e do Brasil, uma obra densa de uma grande personalidade. Um dia antes de iniciar a redação, sonhei que ela e doutora Nise caminhavam em minha direção, com tran-quilidade, serenidade e grande simpatia. Em um determinado momento elas se olham e eu ouvi as seguintes palavras de doutora Nise: “D. Anália, a senhora permi-te que Bernardo escreva sobre sua vida?”. E no sonho ela me olhava e sorria. Esse foi um momento especial e lúdico, que vem do nosso inconsciente espontâneo e verdadeiro.

Qual o seu próximo projeto?Se eu tiver tempo, força, energia e

material pretendo escrever sobre um ho-mem, carioca, brasileiro e libertário. Não posso dizer o nome, vai ficar na esfera da

surpresa. Mas posso adiantar que meu próximo livro será sobre o Rio de Janeiro e outras cidades.

E sobre sua família?O que ocorre para nós, netos e bis-

netos, de Bernardo Horta de Araujo e Florentino Avidos, é que tais histórias

contêm uma energia afetiva tão intensa que não saberia lhe dizer se escreverei e sobre o que falarei dessas personalidades tão marcantes para a história do Espírito Santo. Se você vai tocar nessa matéria é

necessário que o escritor tenha consci-ência que ele não vai somente escrever um livro, mas sim mergulhar na energia familiar, numa egrégora, que no nosso caso reúne diversas famílias interligadas na história do Estado. É um fato comple-xo e esta por desenrolar. A vinda recen-temente de meu pai e meu tio a cidade foi um processo de resgate fundamental para nossa família, uma valorização a vida de Bernardo horta, um processo de libertação.

Como foi essa vinda?A história de meu bisavô é repleta de

intensidade, brilhantismos e reviravol-tas. Então acho que ele teve uma vida dinâmica e fascinante, mas por fatos da própria existência e do destino seu encer-ramento foi triste e trágico. Uma sucessão de tristezas e traição política houve um endividamento, acredito que esses fatos o levaram a uma depressão e o fez tirar a própria vida. E isso até hoje é trabalhado e elaborado por seus descendentes. A vin-da de dois de seus netos, para participar de uma homenagem ao meu bisavô foi um grande passo para a construção da memória dessa nova geração.

Entrevista

“A vinda recen-temente de meu pai e meu tio a ci-dade (Cachoeiro) foi um processo de resgate funda-mental para nossa família”

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Rio Itapemirim

Formado pelos braços Norte e Sul, que descem das vertentes do Caparaó, o Rio Itapemirim viu a cidade crescer ao seu redor. A história relata que os navegantes, que partiram da Barra do Itapemirim, fundaram a cidade no ponto em que o rio deixou de ser navegável, por causa da profusão de “ca-choeiros”. Hoje o rio está sendo despoluído e suas águas já voltam a ter peixes e aves, e no estio do longo inverno, volta a refletir a cidade e suas pontes, como o leitor pode comprovar nas fotos deste ensaio que MAIS ES publica com exclusividade.

ENSAIO

A Ponte de Ferro “Demistóclides Baptista”, refletida nas águas claras do Itapemirim no inverno de 2012.

O Itapemirim cortado pelas pontes rodoviárias Demistóclides Baptista (ponte de ferro) e Carin Tanure

O Itapemirim ao lado da av. Beira Rio com a ponte de pedestres, João Bley, ao fundo

Obras sendo realizadas no bairro Valão

Edifícios, nas ruas 25 de março e Costa Pereira, refletem nas águas do Itapemirim

Fotos: Roberto Al Barros

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