revista es brasil 121

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Nº 121 • Agosto de 2015 • R$ 9,80 • www.revistaesbrasil.com.br IMPRESSO PERU Um país vizinho que pode gerar bons negócios TEST DRIVE Conheça todo o conforto e a esportividade do Discovery Sport ESB PERGUNTA Sebrae fala sobre iniciativa inédita para micro e pequenos empreendedores A ERA DO DESGOVERNO COMO FICARÃO A POLÍTICA E A ECONOMIA DO BRASIL?

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Revista ES Brasil 121

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Nº 121 • Agosto de 2015 • R$ 9,80 • www.revistaesbrasil.com.br

IMPRESSO

PERUUm país vizinho que pode gerar bons negócios

TEST DRIVEConheça todo o conforto e a esportividade do Discovery Sport

ESB PERGUNTASebrae fala sobre iniciativa inédita para micro e pequenos empreendedores

A ERA DO DESGOVERNO

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COMO FICARÃO A POLÍTICA E A ECONOMIA DO BRASIL?

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SUMÁRIO CAPA

24EspecialA crise política e econômica que se instalou em nosso país coloca em xeque o futuro de uma nação. Afinal, como ficará o Brasil daqui para a frente e quais os impactos desses cenários para o Espírito Santo?

16 SérieConheça as oportunidades de negócios no Peru, que figura entre os países com maior crescimento na América Latina na última década e registra demanda para diversos produtos e serviços que podem ser oferecidos por empresas capixabas.

20 Eduardo Ferraz Como definir metas em uma negociação

65 Luiz Fernando Schettino Crise exige desburocratização, inovação e eficiência na gestão pública

8 Agenda

10 Periscópio

50 O Endereço da História

52 Gastronomia

60 Essas Mulheres

64 Modus Vivendi

66 Tira-Gosto

ARTIGOS

54 Aonde IrO Parque Botânico da Vale, a apenas 12 km do Centro de Vitória, abriga mais de 140 espécies de árvores, além de animais silvestres, biblioteca e um jardim sensorial que vale a pena demais conhecer.

58 Test Drive Um dos mais versáteis SUVs compactos premium do mundo já está disponível em Vitória. Com três versões diferentes, o Discovery Sport vem com tração nas quatro rodas e é equipado com motor 2.0 Si4 a gasolina, 240 cv de potência e sistema de transmissão ZF de nove velocidades.

12 ESB PerguntaGerente de Marketing do Sebrae Nacional, Fernando Bandeira fala sobre o “Compre do Pequeno Negócio”, iniciativa inédita no Brasil que estimula a sociedade a consumir produtos e serviços de micro e pequenas empresas.

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EDITORIAL

6 www.esbrasil.com.br

ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.

Diretor-ExecutivoMário Fernando SouzaDiretora de OperaçõesJulicéia Dornelas

EDITORIAL

Editor-ExecutivoMário Fernando SouzaGerente de ProdutoElisângela EgertApoio ProduçãoDayanne LopesTextosLuciene Araújo, Vitor Taveira e Yasmin Vilhena Edição de ArteFábio BarbosaColaboraram nesta ediçãoEduardo Ferraz e Luiz Fernando SchettinoFotografiaJackson Gonçalves, Renato Cabrini, fotos cedidas e arquivos Next Editorial

PUBLICIDADE

Gerente de PublicidadeFernanda SartórioGerentes de ContasDeiseane Da Rós, Carlos Orrith e Eliézer GomesApoio ComercialLouise Cavatti (27) 2123-6520 / www.nexteditorial.com.br

OPINIÃO DO LEITOR

“Já tive a oportunidade de ler algumas edições da ES Brasil e gostei muito. Como eu pretendo entrar logo em uma faculdade, acho importante me manter atualizado sobre o que acontece no Brasil e no mundo”.

Marcus Vinícius Martins, estudante

“Atualmente 90% da minha leitura é de internet, o que não me permite um conhecimento preciso e aprofundado dos fatos, mas com a ES Brasil eu consigo suprir essa necessidade. Admiro muito a seriedade e o comprometimento da revista”.

Flávio Daher, advogado

CIRCULAÇÃO

Gerente de CirculaçãoAline RezendeAssinatura (27) 2123-6520 I www.nexteditorial.com.brServiço de atendimento ao assinanteSegunda a sexta, das 9h às 18h Edições anteriores(27) 2123-6520 Contatos com a RedaçãoE-mail: [email protected]: (27) 2123-6500Endereço: Avenida Paulino Müller, 795 Jucutuquara – Vitória/ES – CEP 29040-715

radio.revistaesbrasil.com.br | esbrasil | @esbrasil | revistaesbrasil | issuu.com/nxteditorialES Brasil nas mídias sociais:

I ndefinida. Assim podemos avaliar a situação político-econômica do Brasil no horizonte das previsões. Não precisa ser especialista

para entender que o país enfrenta um dos mais desafiadores momentos de sua história. As manifestações populares realizadas no dia 16 de agosto apresentam apenas uma pequena fatia desse grande e indigesto bolo que estamos sendo forçados a engolir, sedentos por mudanças significativas e pelo fim da corrupção.

Apesar das discordâncias em relação aos caminhos que vai ser trilhado, em uma coisa quase todos concordam: somente a superação da crise política irá permitir a reestruturação nacional. E para analisar

todo esse contexto, ES Brasil deste mês conversou com economistas e políticos para fazermos uma avaliação do futuro e quais os possíveis impactos desses cenários para o Espírito Santo. Não deixe de conferir.

Dando continuidade à série “Novas Fronteiras”, você ficará por dentro de todas as oportunidades de negócios com a República Peruana, país que figura entre os de melhor evolução econômica na última década. Além de suas paisagens maravilhosas como o Valle Sagrado e o Machu Picchu, este vizinho também pode ser considerado um bom destino para os empresários brasileiros.

O gerente de Marketing do Sebrae Nacional, Fernando Bandeira, é o destaque no “ESB Pergunta”, que aborda a iniciativa inédita da entidade com o movimento “Compre do Pequeno Negócio”. A ação busca estimular o consumo de produtos e serviços oferecidos pelas micro e pequenas empresas.

A coluna “Aonde Ir” faz um passeio pelo Parque Botânico Vale, localizado na capital capixaba. O espaço de lazer, que também é uma unidade de conservação da Mata Atlântica, conta com atividades culturais, entretenimento, e claro, muita natureza. O “Test Drive” acelera detalhado as novidades do Discovery Sport, que se encontra disponível na Land Vitória reunindo muita esportividade e tecnologia.

Não deixe de acompanhar ainda os principais eventos do mês e o panorama de tudo o que movimenta a economia capixaba, nacional e global, além das opiniões de nossos renomados articulistas e “uma geral” sobre gastronomia, cultura e tendências.

Boa leitura!

Mário Fernando Souza, diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil

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26 DE SETEMBRO

SHOPPING VILA VELHA RECEBE ANA CAROLINA

Cantora, compositora, produtora e musicista, Ana Carolina lançou seu primeiro disco em 1999. Nesses 15 anos de carreira, foram 10 álbuns, seis DVDs e mais de 5 milhões de cópias vendidas. A artista, que já ganhou sete vezes o Prêmio Multishow de Música Brasileira e três vezes o Troféu Imprensa, trará os seus melhores sucessos para o Estado, durante uma apresentação na área de eventos do Shopping Vila Velha, em setembro. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos na lojas Jaklayne Joias e Acessórios ou no site www.blueticket.com.br.

24 A 27 DE SETEMBRO

EXPORURAL-ESO Carapina Centro de Eventos,

na Serra, será palco para a ExpoRural, que tem como objetivo atender às demandas das cadeias produtivas do Estado. A programação contará com exposição e leilão de animais, debates, minicursos, palestras, feira de artesanato, agroturismo, exposição de flores, fruticultura, atrações culturais, além de estandes com veículos utilitários e máquinas agrícolas. A gastronomia também estará presente, com muitos espaços com doces, cachaças, mel, queijos e chocolates. O evento que é realizado pela Extrema Eventos e pelo S ebrae-ES, conta com apoio de parceiros como o Governo do Estado.

25 DE SETEMBRO

ORQUESTRA CAMERATA SESI O Sesi dá prosseguimento à temporada 2015 de concertos

e apresenta mais uma edição do ciclo Beethoven. O projeto, que tradicionalmente traz convidados especiais, contará com a participação do maestro titular da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, Helder Trefzger, na execução das sinfonias nº 2 e nº 4 do mestre alemão, no Teatro do Sesc, às 20 horas. A entrada tem preços populares de R$ 1 (meia) e R$ 2,00 (inteira). A classificação é livre.

14 A 17 DE SETEMBRO

53ª EQUIPOTEL Considerada a maior e melhor feira de hotelaria e gastronomia da América Latina, a Equipotel figura entre as cinco principais do mundo no setor. O evento, que será realizado no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, em São Paulo, irá trazer equipamentos, produtos, serviços, alimentos e bebidas para resorts, hotéis, pousadas, motéis, flats, restaurantes, bares, botecos, lanchonetes, fast-food, cozinhas industriais, lavanderias e similares. De acordo com a organização, a expectativa é de que a feira conte com a participação de 20 países expositores e mais de 55 mil visitantes/compradores.

AGENDA

8 E 9 DE OUTUBRO

I FEIRA DO EMPREENDEDOR DE VILA VELHA

Quem deseja potencializar seu negócio ou abrir uma empresa pode se inscrever na I Feira do Empreendedor de Vila Velha. O evento, que é realizado pelo Sescon-ES, em parceria com Associação dos Contabilistas de Vila Velha (Ascovv), Femicro/ES e Instituto Sindimicro,

ocorrerá na Praça Duque de Caxias. Os visitantes receberão informações sobre microcrédito e orientações referentes à melhoria na gestão, além de assessoria jurídica e contábil gratuita. As inscrições são feitas pelo site www.femicro-es.com.br/feiravv.

18 A 20 DE SETEMBRO

CONGRESSO CONHECER ES 2015O maior congresso de educação do Espírito Santo, em sua 14ª edição, traz o tema “Construindo uma visão mais ampla sobre a qualidade do aprendizado”. O evento será realizado no Sesc de Praia Formosa, município de Aracruz, e irá abordar assuntos que fazem parte do cenário do ensino atual do Brasil, contando com 13 simpósios, 20 palestrantes e nomes da cultura e da educação do país. Quem apresentar um trabalho científico no Congresso Conhecer irá ganhar até 80 horas/aula a mais na certificação. Informações adicionais emhttp://migre.me/r4hDC.

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Vamos continuar monitorando com todo o cuidado o ambiente econômico e ajustando a estratégia do banco de forma a torná-lo cada vez mais competitivo e atuante na economia capixaba” Guilherme Dias, presidente do Banestes, durante a apresentação dos resultados da instituição no primeiro semestre deste ano

GESTÃO

LUCIANO REZENDE PRESTA CONTAS NA CÂMARA DE VEREADORES

O prefeito de Vitória, Luciano Rezende, mostrou os avanços e os números de sua gestão durante a prestação de contas do primeiro semestre de 2015, realizada na Câmara de Vereadores, no final do mês de julho. O encontro foi dividido em quatro diretrizes - “Gestão Compartilhada, Transparente e Eficiente”; “Ambiente Social de Paz”; “Equidade e Justiça Social”; e “Desenvolvimento com Sustentabilidade” – nas quais foram destacados alguns dos programas implantados. “A cidade de Vitória avançou em todos os quesitos, principalmente na área de segurança pública, com a redução de todas as ocorrências. Em junho, a cidade registrou dois homicídios. A menor taxa em 15 anos. Isso se deve ao trabalho em conjunto da nossa Guarda Municipal com as polícias Militar e Civil”, afirmou o prefeito.

MUDANÇA

MAZZINI APRESENTA NOVA MARCAPara comemorar os 20 anos de atuação no mercado capixaba, a Mazzini

Construtora e Incorporadora apresenta a sua nova marca. O projeto de identidade visual, criado pelo Studio Ronaldo Barbosa, foi baseado na história e no planejamento estratégico da empresa. Seu conceito vem alicerçado sobre uma base clássica, cujos elementos principais são beleza, união e futuro. Segundo o gestor Jarbas Gomes, o destaque gráfico fica por conta da fusão do ‘ZZ’, que além da união do som silábico também representa a integração dos dois irmãos fundadores e administradores da Mazzini, Luiz Guilherme e Luiz Cláudio Mazzini Gomes.

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Foto: Divulgação

Foto: Diego Alves

Periscópio

JÚLIO ROCHA É REELEITO PRESIDENTE DA FAESCom a maioria absoluta dos votos, Júlio Rocha foi reeleito presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes) para mandato de três anos, de 2015 a 2018. A Chapa Única, encabeçada por Rocha, recebeu 81,8% dos votos válidos, totalizando 35 favoráveis. Segundo o dirigente, sua gestão terá como uma das metas o pagamento de um imóvel que abrigará futuramente a sede de representatividade dos produtores rurais do Espírito Santo. “Crescer patrimonialmente faz parte de um esforço contínuo para dar mais abrangência ao público-alvo e à crescente relação institucional”, afirmou. A nova diretoria toma posse no mês de setembro.

E-COMMERCE: 2 MILHÕES DE TROCAS DE PREÇO NO 1º SEMESTREO e-commerce brasileiro alcançou a marca de 2 milhões de trocas de preço no primeiro semestre deste ano. Feito pela Sieve Price Intelligence em parceria com a Keyscores e o E-Commerce Brasil, o levantamento foi realizado em 282 sites, analisando pelo menos 1 milhão de URLs únicas. De acordo com a pesquisa, o comércio eletrônico brasileiro registrou 2.088.571 variações de preço, sendo destas, 54% para cima e 46% para baixo. O mês de junho apresentou uma queda de 45% nas trocas de preço se comparado com o mesmo mês do anterior: 288.517 modificações no preço contra 526.202 variações, respectivamente.

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EXPANSÃO

POLITINTAS COMEMORA 40 ANOS E PLANEJA CRESCIMENTO

A Politintas comemorou 40 anos de história no dia 10 de agosto. E para celebrar essa data tão especial, a empresa se prepara para passar por um novo ciclo de crescimento com a abertura de uma nova unidade na Grande Vitória e o início da construção de seu segundo centro de distribuição em Cariacica. No total, serão investidos R$ 2 milhões no empreendimento, que irá aumentar em cinco vezes a capacidade atual de armazenamento de produtos. “Abriremos novas lojas, vamos incrementar os produtos e serviços e ampliaremos o nosso mix, sem nos desviar do nosso foco, que são tinta e artigos para pintura”, destacou o diretor-executivo da empresa, Vinicius Ventorim. Com esses e outros investimentos, a meta é que a rede dobre de tamanho até 2020.

CODESA RECEBE VISITA DE REPRESENTANTES DO CONSULADO BRITÂNICORepresentantes do Pró-Cônsul Britânico da Seção Consular do Rio de Janeiro estiveram a Codesa no dia 30 de julho para explicar o trabalho da entidade, que realiza atendimento assistencial aos cidadãos britânicos em casos de morte, perda de documento, acidente, prisão e hospitalização, dentre outros aspectos. A visita buscou trazer informações sobre as possibilidades de apoio em caso de necessidade para os britânicos que chegam ao Estado pelo Porto de Vitória. “O quanto antes soubermos da situação do cidadão, mais rápido poderemos tomar providências e buscar soluções. O consulado atua, principalmente, no auxílio à parte financeira e burocrática, como em casos de perdas de passaporte, mas também presta apoio a família e amigos”, afirma Elisa Cattoni, uma das representantes do consulado.

TURISMO NA SERRA SERÁ FORTALECIDOUm convênio firmado entre a Prefeitura da Serra e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES) irá promover o desenvolvimento dos micro e pequenos negócios ligados ao setor do turismo no município. A parceria, que foi assinada no dia 29 de julho, vai levar atendimento especializado para 45 empreendedores, que, além do segmento turístico, atuam ainda nas áreas de gastronomia e agroturismo. “Com capacitações, seminários e consultorias, podemos avançar no setor. Nossa intenção é impulsionar o turismo, com o foco no microempreendedor. Temos um grande potencial ainda não explorado, e essa parceria será estratégica para alcançarmos bom resultados, gerando mais empregos e renda, além de atrair mais turistas para a nossa cidade”, destacou o prefeito da Serra, Audifax Barcelos.

INFRAESTRUTURA

BANDES DISCUTE AÇÕES PARA AMPLIAR EXPORTAÇÃO

O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) sediou no dia 25 de julho um encontro com representantes do setor público e empresários interessados na pauta de exportação. A reunião teve

como objetivo propor a criação de um fórum permanente de articulação de iniciativas públicas e privadas para a promoção comercial capixaba. Foram tratados diversos assuntos, como o desenvolvimento de instrumentos que facilitem a entrada e a permanência dos exportadores no ambiente do comércio global, a partir da redução da burocracia e da melhoria da infraestrutura. “Precisamos de soluções inovadoras e integradas em promoção comercial para a internacionalização das nossas empresas, buscando novos canais de distribuição e o aumento do conhecimento sobre a demanda e a concorrência mundial”, explicou Luiz Paulo Vellozo Lucas, diretor-presidente do Bandes.

EDUCAÇÃO

AULAS DA ESCOLA VIVA SÃO PEDRO TÊM INÍCIO

O dia 3 de agosto foi marcado pelo início das aulas da primeira unidade da Escola Viva, no Centro Estadual de Ensino Médio em Tempo Integral São Pedro. O projeto, que é mais do que uma instituição funcionando em período prolongado, é considerado um novo modelo de educação que traz inovações pedagógicas e de gestão. “Demos um passo importante com a implantação da Escola Viva. Ver a escola ser ocupada pelos nossos alunos nos enche de esperança. Os familiares e os jovens que vieram aqui hoje estão apostando nesse projeto, e isso aumenta muito a nossa responsabilidade. O que será desenvolvido aqui terá grande impacto na vida acadêmica e, com certeza, agregará valores para a vida toda”, disse o secretário de Estado da Educação, Haroldo Rocha, sobre o primeiro dia de aula.

Foto: Divulgação

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Em uma iniciativa inédita, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas lançou, no dia 5 de agosto, o “Compre do Pequeno Negócio”, um movimento para estimular a sociedade a consumir produtos e serviços fornecidos por empreendimentos de menor porte. No “ESB Pergunta” deste mês, o gerente de Marketing do Sebrae Nacional, Fernando Bandeira, explica como o trabalho foi estruturado e destaca a importância do setor para a economia do país, que responde por mais de 17 milhões de vagas de emprego.

ES BRASIL PERGUNTA

Fernando Bandeira

ESB Qual a importância dos pequenos negócios para a economia brasileira?Fernando Bandeira Os pequenos negócios

representam cerca de 95% do universo empresarial brasileiro. São mais de 10 milhões, entre micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEIs), além de 4,2 milhões de pequenas propriedades rurais. Em termos de faturamento anual, os MEIs faturam até R$ 60 mil; as microempresas, até R$ 360 mil; e as pequenas empresas e os pequenos produtores rurais, até R$ 3,6 milhões. Juntos, os pequenos negócios produzem 27% do Produto Interno Bruto e respondem por 52% dos empregos com carteira assinada, somando mais de 17 milhões de postos de trabalho. ESB Que ações serão desenvolvidas para incentivar o consumo nos “pequenos”? FB O movimento “Compre do Pequeno

Negócio” busca primeiramente mostrar para a sociedade a importância dos pequenos na geração de emprego e melhor distribuição de renda no país. Nós sabemos que eles

são fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico, mas é preciso que o consumidor também saiba disso. O site www.compredopequeno.com.br enumera cinco razões para comprar dos pequenos negócios: 1) É perto da sua casa; 2) É responsável por 52% dos empregos formais; 3) O dinheiro fica no seu bairro; 4) Desenvolve a comunidade; 5) Comprar do pequeno negócio é um ato transformador que beneficia a todos. ESB O que irá acontecer especificamente no dia 5 de outubro?FB O “Compre do Pequeno Negócio”

estabeleceu 5 de outubro como sua data oficial, por se tratar do dia em que foi instituído o Estatuto da Micro e Pequena Empresa. Nos meses de agosto e setembro, o Sebrae e os parceiros do movimento estarão empenhados em rea l izar ações de divulgação, de sensibilização dos empresários, de capacitação dos empreendedores e de preparação das empresas. Na data que marca o movimento, a intenção é que os donos de pequenos negócios permaneçam nas empresas e se dediquem integralmente ao cliente,

implementando estratégias próprias que possam surpreender o consumidor. ESB Haverá a semana de capacitações em todo o Brasil, de 21 a 26 de setembro, para preparar os empresários para o dia 5 de outubro. Como será?FB O Sebrae vai concentrar esforços em

áreas prioritárias, como moda e acessórios, beleza, construção civil, autopeças, bares e restaurantes, turismo, mercadinhos e produção rural. Durante uma semana, de 21 a 26 de setembro, os empresários serão qualificados sobre cinco temas principais: vendas, finanças, mídias sociais, inovação e sustentabilidade. É preciso que o empreendedor saiba que, embora não possa controlar os fatores externos, ele pode adotar estratégias para criar um ambiente mais favorável para o consumo e influenciar positivamente os resultados das vendas. ESB Haverá integração com outros projetos já existentes no Sebrae? FB Esse movimento é inédito no Brasil

e conta com ações de todas as áreas do Sistema Sebrae, especialmente as que lidam diretamente com os pequenos negócios dos setores de comércio, serviços e agronegócio. Vale dizer que a atuação integrada é importante não apenas no âmbito do Sebrae. É imprescindível o engajamento dos próprios empresários de micro e pequenas empresas, dos microempreendedores individuais e dos donos de pequenos negócios rurais.

Confira a ES Brasil Pergunta na íntegra em: www.revistaesbrasil.com.br

O movimento “Compre do Pequeno

Negócio” será realizando no

dia 5 de outubro

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O ministro da Secretaria Especial de Portos, Edinho Araújo, anunciou no dia 7 de agosto, no Palácio

Anchieta, a retomada das obras de dragagem (retirada de sedimentos) e derrocagem (remoção de pedras) do canal de entrada ao complexo portuário que envolve as cidades de Vitória e Vila Velha.

Com os serviços, a bacia de evolução, a passagem de acesso e os berços de atracação de navios aumentarão de 9,8 para 14 metros de profundidade. Segundo a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), é necessário retirar ainda 115 mil metros cúbicos de rochas do fundo do mar. Até o momento, já foi feita a detonação de mais de 100 mil, estando agora no final dos trabalhos de derrocagem, que tiveram início em maio de 2012.

“Essa é uma obra estruturante e essencial para chegada e saída dos navios, que cada vez mais transportam uma quantidade maior de cargas. Esse complexo portuário é importante para o Estado e para o país. As retomadas das obras já estão autorizadas,

com previsão de conclusão no primeiro semestre de 2016 e investimentos da ordem de R$ 128 milhões”, afirmou Edinho Araújo.

A expectativa é de que, com as execuções da dragagem e da derrocagem, o complexo possa receber embarcações de até 244 metros de comprimento, com uma largura de 32,3m e calado de 12,04m. Tais navios, considerados de médio porte, são muito usados no transporte de grãos e contêineres.

De acordo com o governador Paulo Hartung, o avanço da infraestrutura abrirá uma janela de oportunidades, proporcionando, maiores competitividade e atratividade.

“É um anúncio muito importante para o nosso Estado. O nosso complexo portuário sofre pela atual situação da sua infraestrutura. Uma vez retomada a obra e concluído o seu calendário no ano que vem, nossos portos podem passar a receber cerca de 70% dos navios que cruzam a costa marítima brasileira. Isso significa maior movimentação de cargas, mais empregos,

mais serviços nas áreas de transportadoras, armazenadores e operadores portuários, enfim, envolvimento de toda uma cadeia produtiva que perdeu muita força no Espírito Santo pelas mudanças ocorridas no Fundap (Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias)”, observou.

Paulo Hartung destacou ainda a mudança da poligonal do Complexo Portuário de Barra do Riacho, em Aracruz, uma medida que foi anunciada recentemente pelo Ministério dos Portos. Segundo o governador, a iniciativa irá oferecer um desenvolvimento econômico importante na região, além de ampliar a movimentação de cargas no Espírito Santo.

“Foi um pleito nosso junto com a bancada e felizmente foi atendido pelo ministério e pela Presidência da República e que vai impactar positivamente na nossa infraestrutura nos próximos anos. Pelas características, a estrutura na região nos permite pensar uma plataforma logística moderna. É por isso que tenho empolgação com o resultado dessa decisão”, informou.

EM VISITA AO ESTADO, MINISTRO ANUNCIA RETOMADA DE OBRAS NO COMPLEXO PORTUÁRIO

FATOSFoto: Frederico Loureiro/Secom

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A visita do ministro Edinho Araújo (terceiro da esquerda para a direita) ao Porto de Vitória foi acompanhada pelo governador Paulo Hartung (ao lado dele) e por autoridades capixabas do Senado, da Câmara Federal e da Assembleia Legislativa

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O Peru costuma ser lembrado como o lugar que guarda a grande herança da maior civilização pré-colombiana das Américas, os Incas, que tiveram a cidade de Cusco como

seu centro, ou “umbigo”, como sugere seu nome em língua quéchua. Perto dali, encontram-se as maravilhas do Valle Sagrado e a impo-nência e o encanto de Machu Picchu, lugar sacro e um dos pontos turísticos mais visitados do mundo.

Nos tempos de hoje, especialmente nos últimos anos, o país vem apresentando bons resultados econômicos, com um dos maiores crescimentos no continente americano. Entre 2005 e 2012, sua taxa de avanço anual do Produto Interno Bruto (PIB) foi constantemente superior aos 6% – com exceção apenas do ano de 2009 (1%) –, de acordo com os cálculos do Banco Mundial. Em 2013, nossos vizi-nhos fecharam com expansão de 5,8% e, em 2014, com alta de 2,4%.

De acordo com Carlos Alfredo Lazary Teixeira, embaixador do Brasil em Lima, a forte demanda chinesa provocou um grande boom das commodities metálicas entre 2009 e 2013, e o Peru soube aproveitar bem o momento para colher dividendos. “A assinatura de acordos comerciais, que permitiram o acesso preferencial dos produtos peruanos em grandes mercados,

e uma política macroeconômica equilibrada contribuíram, igualmente, para o crescimento local”, diz o embaixador.

Cesar Augusto Maia, presidente da Câmara Brasil-Peru, acres-centa outros fatores importantes para essa ascenção. Um deles, como no caso brasileiro e de outras nações da América Latina, tem a ver com o aumento da classe média, possibilitando um maior consumo do mercado interno. Além disso, ele considera que lá há consciência dos setores empresariais sobre a necessidade de se manter o investimento para não perder o ritmo perante as demais economias. O dirigente também destaca como positivos os inves-timentos do Governo em setores estratégicos e de infraestrutura e logística, como mineração, portos, rodovias.

Para Antonio Castillo, diretor-geral do Escritório Comercial do Peru no Brasil, a política de promoção de investimentos em infraestrutura contribuiu para neutralizar os efeitos negativos que surgem com a queda dos preços de matérias-primas como o cobre, a prata e o ouro nos últimos anos. “Durante a última década, a economia peruana manteve níveis de crescimento econômico sustentados graças a uma estrutura produtiva mais diversificada e a uma economia mais competitiva, devido a melhorias em capital

PERU: UM DESTINO PARA BONS NEGÓCIOS

PAÍS ANDINO ESTÁ ENTRE OS QUE MAIS AVANÇARAM NO CONTINENTE NA ÚLTIMA DÉCADA E POSSUI DEMANDA PARA DIVERSOS PRODUTOS E SERVIÇOS QUE PODEM SER OFERECIDOS POR EMPRESAS BRASILEIRAS, INCLUINDO AS CAPIXABAS

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Macchu Picchu é um dos lugares turísticos mais

visitados da América do Sul

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w.sxc.hu/antoniocrp

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“A assinatura de acordos comerciais, que permitiram o acesso preferencial dos produtos peruanos em grandes mercados, e uma política macroeconômica equilibrada contribuíram, igualmente, para o crescimento econômico do país” – Carlos Alfredo Lazary Teixeira, embaixador do Brasil em Lima

as perspectivas para o futuro são boas, citando como exemplo a visita de Dilma à China na busca de parcerias para construir uma solução logística entre Brasil e Peru com a construção de uma ferrovia bioceâ-nica. “Vemos esforços de aproximação entre os dois países, inclusive com a assinatura de muitos acordos comerciais e de projetos, contudo o potencial das relações bilaterais encontra-se nitidamente subaproveitado”, comenta.

A balança comercial nesse cenário tem sido historicamente favorável ao Brasil. Em 2014, as exportações peruanas para cá somaram US$ 1,59 bilhão, enquanto as importações de produtos brasileiros pela nação vizinha alcançaram US$ 1,99 bilhão.

Além disso, o embaixador Lazary Teixeira lembra também a alta nos investimentos entre os países como fator importante e representativo das boas relações. “Hoje, o estoque de investimentos brasileiros no Peru chega a US$ 6 bilhões. Os empresários peruanos também vêm apostando cada vez mais no mercado brasileiro, com aportes na casa de US$ 600 milhões”.

humano, com reformas em educação e saúde, e avanços na infra-estrutura – transporte, tecnologias da informação, comunicações, energia, saneamento e serviços básicos”, explica.

Esse desafio de diversificar a base produtiva buscando menor dependência do segmento mineiro também é encarado pelo embai-xador Lazary Teixeira como um dos grandes desafios nacionais. “Em momentos de contração da demanda externa, como o que vivemos atualmente, o país não tem conseguido crescer o sufi-ciente para incorporar ao mercado de trabalho formal os jovens que engrossam anualmente a população economicamente ativa”, diz, lembrando que de olho nesses temas, o governo do presi-dente Ollanta Humala declarou 2015 como o Ano da Diversificação Produtiva e do Fortalecimento da Educação. “É por isso que defen-demos diariamente a integração das cadeias produtivas do Brasil com seus vizinhos sul-americanos. O Brasil, com um parque indus-trial complexo e diversificado, é um ator essencial para a estratégia de diversificação peruana”, ressalta.

COMÉRCIO CRESCENTEO crescimento do comércio entre Brasil e Peru tem sido signi-

ficativo nos anos recentes, como resume o embaixador brasileiro: “Os números ilustram bem o quanto avançamos nessa matéria. Saímos de um fluxo comercial de US$ 700 milhões em 2003 para US$ 4 bilhões em 2013. Esse aumento deve-se, em larga medida, ao Acordo de Complementação Econômica 58, assinado entre as duas partes em 2005, que permite a entrada dos produtos peruanos no Brasil com tarifa zero desde 2012. As mercado-rias brasileiras também já se beneficiam da desgravação tarifária, que vai completar, no máximo, até 2019”.

Segundo ele, o trabalho de forma conjunta permanece para acelerar essa desgravação. Em visita oficial ao Peru em 2013, a presi-denta Dilma Rousseff lançou a meta de chegar a um volume de negócios em torno de US$ 10 bilhões até 2018. “Trata-se de valor ambicioso, mas que pensamos ser possível alcançar”, observou Carlos Alfredo Lazary Teixeira.

Apesar do avanço em termos absolutos, Cesar Augusto Maia avalia que a representatividade do comércio bilateral ainda é baixa dentro do total de fluxos de vendas de ambos, apresen-tando ainda alguns períodos de queda. Entretanto, pondera,

Berço da cultura inca, Cusco é uma das principais cidades do Peru

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OPORTUNIDADESNossos entrevistados citaram alguns dos campos mais

promissores nessa transação comercial. Como um país em franco crescimento, Lazary Teixeira informa que há uma demanda ampla por produtos e serviços. “Vemos grandes chances nas áreas de construção, máquinas e equipamentos em geral, cosméticos, alimentos, tecnologia da informação, entre outros”. Ele menciona também as oportunidades na zona fronteiriça, onde o crescimento tem sido maior, especialmente após a inauguração da Rodovia Interoceânica em 2011.

Para César Augusto Maia, o setor de serviços é certamente o que apresenta as melhores possibilidades, sobretudo para pequenas e médias empresas. “Construção civil e serviços relacionados a arquitetura, engenharia e outros; à geração e à distribuição de eletricidade; referentes a atividades fabris como desenho industrial, reparo e manutenção de maquinário e instalações e serviços correlatos; e serviços pertinentes a atividades mineradoras; serviços de distribuição, vendas no atacado e no varejo; serviços ligados a software; e serviços financeiros são os mais promissores”, lista o presidente da Câmara Brasil-Peru.

Lembrando a importância do Acordo Comercial 58, que permite o ingresso de muitos produtos brasileiros com taxas alfandegárias zeradas, Antonio Castillo frisa que o Peru busca oportunidades para captar nossa tecnologia em setores como processamento de alimentos, serviços de tecnologia da informação, tratamento ambiental, itens derivados da indústria petroquímica, embalagens para alimentos, indústria de plásticos, indústria gráfica, partes e peças para setor automotivo, maquinarias e equipamentos para quase todos os segmentos industriais. Muitos deles possuem boa estrutura dentro da economia capixaba, podendo aproveitar essas portas para expandir seu mercado e a sua área de atuação para além das fronteiras nacionais.

Outro ponto enfatizado por Castillo são investimentos em infraestrutura diretamente dos governos nacional

e regionais peruanos, que demandam grandes apostes propícios a setores empresariais brasileiros que envolvem exportação de serviços de engenharia, construção, geração de energia, logística, saneamento e outros. “Temos projetos de investimento em infraestrutura que requerem a participação de recursos privados que superam os US$ 44 bilhões. As empresas brasileiras podem participar na construção de estradas, linhas de metrô, transmissão de energia, construção de hidrelétrica, hidrovias, portos, aeroportos, projetos de saneamento e tratamento de águas, canalização, irrigação”, avalia.

Teixeira reforça que, pela forte tradição mineira, o Peru apresenta grande vantagem comparativa nesse ramo, de maneira que todas as atividades da economia brasileira que utilizam matérias como cobre, zinco, prata, estanho e outros metais como insumo básico acabam se beneficiando amplamente dos produtos andinos. Além disso, nos últimos anos, o setor têxtil e de confecções vem ganhando bastante importância e reconhecimento, com destaque para a qualidade do algodão pima peruano.

Outra área na qual o Peru apresenta relevância internacional é o de alimentação. Famoso por sua culinária que inclui pratos saborosos como o ceviche, o país oferece grandes oportunidades. Um dos grandes eventos realizados em torno dos negócios desse campo é a Expoalimentaria, que acontece sempre em outubro de cada ano.

NEGÓCIOS COM O ESPÍRITO SANTONo comércio com o Espírito Santo, o Peru ocupa a 31ª colocação entre os

importadores e é o 41º entre os que mais exportam para o mercado capi-xaba, de acordo com dados disponibilizados pelo Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado do Espírito Santo (Sindiex).

Nas exportações predominam os laminados de ferro e aço, que chegam perto dos três quartos do total embarcado (74, 3%). O setor de mármore e

“Vemos esforços de aproximação entre os dois países, inclusive com a assinatura de muitos acordos comerciais e de projetos, contudo o potencial das relações bilaterais encontra-se nitidamente subaproveitado” Cesar Augusto Maia, presidente da Câmara Brasil-Peru

Fonte: Cepal e FMI/¹ Cifras preliminares. No caso do Peru, cifras no fechamento pelo BCRP

INVESTIMENTO DIRETO ESTRANGEIRO AMÉRICA LATINA 2013/¹ – (% DO PIB)

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Lima é a capital e principal centro de negócios do Peru

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“No Peru, o investidor estrangeiro tem o mesmo tratamento que se dá a um investidor nacional. O sistema tributário peruano é muito simples, com poucos tributos, o que facilita o crescimento ordenado das empresas” – Antonio Castillo, diretor-geral do Escritório Comercial do Peru no Brasil

é muito simples, com poucos impostos, o que facilita o cresci-mento ordenado das empresas. Além disso, o empresário peruano é reconhecido por ter um perfil cálido e amigável, inclusive nas relações de negócios, o que se traduz em um tratamento amistoso aos estrangeiros”, relata o peruano Antonio Castillo, do Escritório Comercial do Peru no Brasil.

Para Cesar Augusto Maia, da Câmara Brasil-Peru, um caminho importante é buscar se associar a órgãos oficiais, como o que preside, para obter informações sobre seu segmento, além de visitar o local para conhecer de perto os parceiros e as estruturas oferecidas por eles ou participar de feiras e eventos ligados ao setor de interesse a fim de catalogar as oportunidades. Possuir uma visão de longo prazo para o investimento, construir uma estrutura local para auxiliar a interface e assim fortalecer e levar confiabilidade ao produto e serviço que se busca comprar ou vender são algumas das ações que ele considera necessárias para se obter sucesso nessa empreitada.

“Temos percebido, ao longo dos anos, que a melhor estratégia para os empresários recém-chegados tem sido, quando possível, aproximar-se das empresas brasileiras já estabelecidas no país. Nesse sentido, o Grupo Brasil, entidade sem fins de lucro, que reúne importante grupo de companhias, tanto brasileiras como peruanas, com interesses nas relações comerciais entre os dois países, pode ser parceiro estratégico nesse momento”, recomenda Lazary Teixeira.

Com quase 3 mil quilômetros de fronteiras com o Brasil , sendo o principal corredor para acessar o Pacífico, o Peru é um vizinho no qual vale estar atento. Por suas histórias, sabores, belezas e (por que não?) bons negócios!

granito é o segundo mais importante nas compras dos peruanos do Espírito Santo, atingindo patamar próximo aos 15% do total do comércio de nosso Estado com aquele país.

No caso das importações, novamente há grande concentração num produto principal. A prata em formas brutas é que se destaca, com 73% do total. Outros itens que aparecem na lista em menor proporção são peixes em conserva, roupas e sulfato de bário natural.

ABRINDO CAMINHOSPara começar a fazer negócios, algumas dicas podem ser impor-

tantes. Carlos Alfredo Lazary Teixeira, embaixador brasileiro em Lima, relata que as culturas empresariais dos países são semelhantes, com ênfase nas relações interpessoais, embora seja preciso estar atento às diferenças em matérias tributárias e trabalhistas.

“No Peru, o investidor estrangeiro tem o mesmo tratamento que se dá a um investidor nacional. O sistema tributário peruano

COMÉRCIO ESPÍRITO SANTO – PERUFo

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azImportações Peru é o 31º país que mais

importa do Espírito Santo Os principais produtos de

importação pelos peruanos são laminados de ferro e aço, seguidos de mármore e granito

Exportações No ranking capixaba de exportações,

o Peru ocupa o 41º lugar O produto originado do Peru que

mais ingressa no Espírito Santo é a prata em formas brutas, além de peixes em conserva, roupas e sulfato de bário natural

CONTATOS DE APOIO AO EMPRESARIADOEmbaixada do Brasil no Peru Tel: (+511) 512-0830 E-mail: [email protected] Site: lima.itamaraty.gov.br

Embaixada do Peru no Brasil Tel: (61) 3242-9933E-mail: [email protected] Site: www.embperu.org.br/

ProinversiónTel: (11) 5095-2627 E-mail: [email protected] Site: www.proinversion.gob.pe

Câmara Brasil-Peru Tel: (21) 2263-2585 E-mail: [email protected] Site: www.acrj.org.br/camaras/camara-de-comercio-brasil-peru

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GESTÃO

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O QUE CONSIDERAR PARA DEFINIR O PREÇO DE UM PRODUTO OU SERVIÇO?

J orge decidiu comprar um carro zero quilômetro. O valor era de R$ 60 mil, e seu veículo usado estava na faixa de

R$ 30 mil. Ao chegar à loja, começaram os problemas: havia três versões de motorização; mo delos com dire ç ão h idráu l ic a , teto solar, GPS, ABS, ar-condicionado digital e diferentes tipos de acabamento. Para complicar ainda mais, os tipos básicos vinham com poucos acessórios, e o completo custava quase R$ 20 mil a mais. O pior: seu automóvel foi avaliado em R$ 18 mil, mas eles dariam 10% de desconto à vista na compra do modelo mais caro. Conclusão: ele ficou completamente perdido e sem referência.

Se ocorrer algo parecido com você, sugiro que se pergunte antes de tomar a decisão. Você realmente precisa trocar de carro? Quanto você tem disponível para pagar à vista? Teria tempo para vender seu carro para um particular? Estudou outras marcas? Quais opcionais interessam e de quais não faz questão? Qual o valor máximo que você aceitaria em uma troca por um modelo mais caro? Pensou na hipótese de comprar um seminovo?

Com essas respostas, você ancoraria o valor ideal e o mínimo aceito. Essa será sua

margem de negociação e deverá ser levada em conta até o fechamento do negócio.

Se você for o vendedor, o raciocínio é o mesmo, mas precisará se colocar no lugar do cliente, fazendo-se as mesmas perguntas. Ele tem condições financeiras

de comprar um O km? Quanto tem de para pagar à vista ou a prazo? Estaria disposto a vender o carro para um particular? Ele estudou outras opções de marcas? Qual o valor máximo que ele aceitaria no carro usado em uma troca por um mais caro? Com essas respostas, você saberá ancorar o valor máximo que o consumidor pagaria e o

mínimo que valeria a pena para você fazer negócio. Além disso, poderá oferecer melhores opções ao cliente.

Ficamos muito mais seguros e confiantes quando temos convicção de que nossa meta é justa e merecida. Portanto, não chute! Suas metas não podem ser baseadas apenas no desejo ou na fé de que tudo dará certo. Elas devem seguir um padrão de mercado ou se basear na lei da oferta e da procura, pois seu oponente precisará ser convencido de que sua proposta é justa.

Para isso, é necessário analisar os dois extremos. O que você gostaria de conseguir como ideal e qual é o mínimo aceitável? A distância entre o ideal e o mínimo constitui sua margem de negociação, que, quanto mais ampla, maior flexibilidade lhe dará ao longo do processo.

C h a m a m o s e s s e s e x t r e m o s d e “ancoramento”, ou seja, os limites de sua proposta. Entrar em uma negociação ancorado lhe dará muito mais firmeza para conseguir o que quer ou segurança em desistir. Um erro muito comum é insistir numa uma única condição ou num valor fixo. A postura “tudo ou nada” é muito arriscada, já que a outra parte pode desistir sem sequer contra-argumentar.

COMO DEFINIR METAS EM UMA NEGOCIAÇÃO

EDUARDO FERRAZ é consultor em Gestão de Pessoas e especialista em Negociação

Ficamos muito mais seguros e confiantes

quando temos convicção de que nossa meta é justa

e merecida. Portanto, não chute! Suas metas

não podem ser baseadas apenas no desejo ou na fé de que tudo dará certo”

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AGRONEGÓCIO COMEÇA A MODIFICAR REALIDADE ECONÔMICA DE PINHEIROS

FATOS

N a contramão da crise nacional, o município de Pinheiros, com pouco mais de 26 mil habitantes, registra significa-tivo crescimento, apoiado principalmente no agronegócio,

com destaque para a fruticultura. Entre outros benefícios, esse desenvolvimento vem atraindo instituições financeiras que enxergam no cenário local uma oportunidade de fazer bons negócios e buscam pontos comerciais para se instalar na cidade.

Somente nos últimos dois meses, foram inauguradas duas agências: uma da Agoracred, antiga Crednorte, que passou por uma reformulação e ampliou seus negócios para todo o Estado; e outra da Cooperativa de Crédito Rural (Cresol).

O prefeito da cidade, Antônio Carlos Machado, o Antônio da Emater, ressaltou a importância da Cresol, que possui 70% de sua renda gerada pela agricultura, com destaque para a produção de mamão e maracujá, além de pecuária, café e pimenta-do-reino, atividades que estão sendo incentivadas pela administração pública e pelos demais órgãos voltados ao trabalho no campo. “A cooperativa está vindo para somar com as outras entidades que buscam condições de vida melhor aos agricultores e certamente será mais uma ferramenta em favor do desenvolvimento do município”, afirmou.

O diretor-presidente da Cresol Extremo Norte, Gilberto do Nascimento, informou que haverá ênfase na agricultura familiar,

a fim de levar crédito rural a essa categoria. “Vamos ampliar as condições de acesso ao crédito e também conscientizar a utilização para uma aplicação correta do recurso, com vista a aumentar a produtividade e automaticamente evoluir os rendimentos dessas famílias. Para esse nosso projeto, investiremos também nos encontros de formação que já estão em andamento nessa cooperativa”, assinalou.

O município recebeu ainda a visita de representantes do banco Itaú, e a expectativa para que a instituição se instale em Pinheiros é grande. Já há inclusive local definido para seu funcionamento. E as obras no prédio que irá abrigar a agência do Banco do Nordeste estão adiantadas.

Na avaliação do prefeito, esse avanço demonstra que Pinheiros oferece significativas oportunidades de negócio. “A inauguração de agências e a possibilidade de outras instituições financeiras aportarem em nosso município para oferecer linha de crédito para o meio rural e para o comércio em geral nos deixam muito contentes e também nos estimulam a trabalhar para oferecer condições para que essas empresas permaneçam aqui e gerem emprego e renda para todos“, disse.

Para o chefe do Executivo, investimentos feitos realizados nos últimos dois anos, como tratamento de esgoto, coleta seletiva com triagem e compostagem, melhoria na qualidade da iluminação pública, além de cursos de capacitação para cerca de 200 pessoas, também tornaram a cidade melhor. E fazem parte da lista de investimentos a revitalização do Hospital de Pinheiros, as unidades de saúde e a implantação da Farmácia Cidadã, além da oferta de exames de média e alta complexidade pela Agência de Agendamento de Pinheiros e Distrito de São João do Sobrado,

“A meta para os próximos dois anos é atingir 1.500 empresas abertas por meio do Programa Microempreendedor”Antônio Machado, prefeito do município de Pinheiros

A agricultura familiar é a base econômica de

Pinheiros, com destaque para as produções de

mamão, maracujá, café e pimenta-do-reino

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com transporte dos pacientes para realização de consultas e avaliações nos municípios da Grande Vitória.

O principal desafio da gestão municipal, segundo Machado, é “manter a qualidade dos serviços prestados em razão da queda da arrecadação”. E, buscando mudar essa situação, a prefeitura lançou em agosto mais uma edição da Campanha Cidadão Nota 10, por meio do Programa de Educação Tributária de Pinheiros (Promet), com o objetivo principal, segundo o seu coordenador, Ailton Balbino, de desenvolver espírito crítico no contribuinte para que compreenda a importância do recolhimento do cupom fiscal.

Para o secretário de Finanças do munícipio, Arlindo Lopes de Assis, o sucesso do programa passa pela educação. “Não há como ter sucesso se não passar pelos profissionais da educação, pois a cidadania se faz com direitos e deveres. E a campanha é uma ferramenta especial para exercer cidadania”, avaliou.

A Campanha Cidadão Nota 10 de Pinheiros é uma referência para o Espírito Santo e serve de modelo para outros implantação em outros municípios, inclusive sendo recomendada pela Receita Estadual.

Quanto à meta de desenvolvimento para os próximos dois anos, o prefeito Antônio Machado afirmou que é atingir 1.500 empresas abertas por meio do Programa Microempreendedor Individual; pavimentar 100% dos bairros e o contorno viário; e tratar 100% do esgoto na cidade. E para facilitar a chegada de investidores, um dos atrativos tem sido a Lei nº 1.257/2015, a Política de Incentivo ao Desenvolvimento Econômico e Social do Município de Pinheiros.

O desenvolvimento do município tem gerado oportunidades de negócios e atraído investidores

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ECONOMIA LUCIENE ARAÚJO

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ESPECIAL

A ERA DO DESGOVERNO O QUE AINDA

PODERÁ ACONTECER COM O BRASIL ESTE ANO?

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O país vive um momento de muita complexidade, no qual as crises políticas e econômicas são, ao mesmo tempo, causa e consequência uma da outra. E, em meio a um turbilhão de

denúncias e investigações, em que cada novo anúncio da Operação Lava Jato desencadeia dezenas de embates e decisões em Brasília, a população brasileira segue tomada de insegurança e preocupação sobre o futuro da nação.

Uma situação única que, entre outras consequências mais graves, gerou três grandes manifestações de rua em apenas cinco meses e fez crescer a oposição. Câmara e Senado mais parecem octógonos das acirradas disputas de forças de MMA (mixed martial arts) do que locais onde devem ser tomadas determinações fundamentais.

Diante dessa realidade, que mudanças podemos esperar ainda este ano? Que articulações poderá construir uma Administração legitimada pelas urnas, mas que atinge 92,3% de reprovação, para manter um mínimo de governabilidade? Quais os possíveis

cenários políticos e os impactos na economia. Para responder a essas questões, a ES Brasil ouviu especialistas e protagonistas dos setores econômico e político.

Quanto às causas dessa conjuntura, as fontes consultadas, exceto o PT, entendem que o Brasil está pagando pelos erros cometidos tanto na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva quanto no primeiro mandato de Dilma Rousseff, mas que a crise não estourou antes porque houve um período de alta dos preços das commodities. Tal fase puxou o crescimento das exportações e da economia brasi-leira, o que possibilitou ao ex-presidente aumentar gastos sem incorrer em déficit fiscal. Já em relação aos primeiros quatro anos de comando de Dilma, a avaliação é de que não foram respei-tados os fundamentos da economia. “Ela teve a prepotência de inventar os seus próprios, equivocados e anacrônicos fundamentos econômicos”, afirma a doutora em Economia Arilda Teixeira, da Fucape Business School.

LUCIENE ARAÚJO

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“Uma multimilionária campanha eleitoral levou a crer que o país estava bem. A presidente foi enfática ao dizer não iria mexer no direito do trabalhador, nem que a vaca tossisse. E passada a eleição, tudo aquilo que ela negou, fez exatamente ao contrário. Não é à toa que, em apenas seis meses de governo, a petista ostenta os piores índices de aprovação da história do país”, avalia o deputado federal Max Filho (PSDB/ES).

Há unanimidade também em afirmar que: a solução econômica passa necessariamente por uma trégua politica; a retomada do cres-cimento começa a se desenhar somente a partir de 2017; e tudo pode mudar diante de novas denúncias da Lava Jato, deflagrada em  março de 2014, que já apontou um prejuízo de mais R$ 21 bilhões à Petrobras, envolvendo ao menos 50 nomes da elite política do país em esquema de corrupção.

“Hoje quem governa o país é a Operação Lava Jato, o Brasil está na dependência dela para tudo”, destaca a cientista política Lúcio Hippólito. Segundo ela, “é muito difícil sair da crise com um Executivo tão frágil. Uma situação com características únicas: um partido que se esgotou, mas segue mandando, uma presidente fraca, mas que continua no cargo, e um partido aliado que está louco para pular dessa aliança, que é o PMDB”.

O senador Ricardo Ferraço, que este ano chegou a anunciar a possibilidade de saída do PMDB, alegando que a sigla havia se tornado subordinada a um “governo que é uma farsa”, defende a urgente necessidade de um diagnóstico real dos problemas. “É uma conjuntura com perversas consequências na área social, tendo como a face mais dura o desemprego, com mais de 500 mil vagas formais destruídas. No lugar de levantar grandes bravatas, ela (Dilma) precisa ter uma conversa verdadeira com os brasileiros. Tem faltado verdade, tem faltado humildade, quando o Governo não faz uma mea-culpa e, a partir daí, possibilita a coalizão”, destacou Ferraço.

Tanta insegurança inviabiliza uma projeção precisa sobre o cenário político. No entanto, mesmo havendo possibilidade de se chegar à materialidade que dê suporte a um pedido de impeach-ment, pelo menos por enquanto as articulações apontam para um acordo que sustente Dilma na presidência. “Se alguém disser que

sabe o que vai acontecer, está mentindo. Todas as possibilidades existem, mas a mais provável é um acordão entre as elites políticas para mantê-la no Governo”, observa Lúcia Hippólito.

“Aqui em Brasília é uma areia movediça. A Lava Jato já citou o presidente da Câmara (Eduardo Cunha, PMDB/RJ), o presidente do Senado (Renan Calheiros, PMDB/AL) e tantos outros. Enfim, é uma crise de lideranças nesse contexto da aliança PT e PMDB. Ninguém sabe quem manda, ninguém sabe quem obedece. Um período de desgoverno. Certamente, em um regime parlamentarista, ela já teria caído”, afirma Max Filho. Para ele, a crise tem “data de validade”, e a retomada da economia começa a se desenhar somente com o fim do governo da petista.

“Nem o Governo consegue se impor enquanto projeto político, nem os outros partidos conseguem se firmar ou serem alternativas de curto prazo nesse processo que tem uma eleição, garantidora do marco legal, gerando especulações diárias acerca das possibilidades de afastamento da presidente, seja no processo de financiamento das eleições, em andamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), seja no processo de gestão de 2014 no TCU (Tribunal de Contas da União), seja por absoluta incapacidade de governo, caso a crise econômica seja levada ao limite”, opina o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB/ES).

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Nos últimos cinco meses, a população saiu às ruas por todo o Brasil para protestar três vezes contra o governo

de Dilma Rousseff. O Espírito Santo registrou a segunda maior

concentração de manifestantes do país em todas elas, com 100 mil, 30 mil e

40 mil, respectivamente

“Tudo dependerá do comprometimento com um projeto de país, ao contrário do que se viu nos últimos 12 anos, um embate por defesas de interesses individuais em detrimento dos interesses coletivos” – Arilda Teixeira, doutora em Economia

Foto: Divulgação

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Apesar disso, pondera, a estabilidade política começa a se dese-nhar, ainda que de forma lenta. “Além de desgoverno, havia uma equipe desorientada, um Governo que não sabia para onde ir. Mas agora a presidente começa a reconquistar a condição de governabilidade, porque ela juntou a equipe para falar a mesma linguagem e apresentou uma proposta. A Agenda Brasil não aponta todas as soluções, mas ao menos traz algumas medidas que já foram postas no tabuleiro há muito tempo”, analisa.

Vice-líder do Governo na Câmara, o deputado petista Paulo Teixeira (SP) argumenta que o maior problema do Brasil é a “contaminação da economia pela política” e que não há razões para pedido de impeachment. “Não passa. Não há crime quando não se comete nada contra a Lei, e a presidente não cometeu nada contra a Lei, não cometeu nenhum crime. Então vai tirá-la por quê?”, questionou.

Teixeira destaca que os partidos contrários tem aproveitado a fragilidade do Executivo e dificultado as soluções. “A oposição entrou numa agenda de criar um clima de impasse, de tensão social, e ao mesmo tempo votou na Câmara uma pauta inviável, contrária a projetos que a própria oposição elaborou no passado. Mas o Brasil não suporta mais isso. Precisamos botar um pouco de panos quentes na crise política, para podermos dar o salto que desejamos ao nosso país. É fundamental vencer essa tensão no Congresso.” Segundo ele, os setores social e econômico pedem a superação deste momento adverso. “Os principais empresários brasileiros da Firjan e da Fiesp (federações das indústrias do Rio de Janeiro e de São Paulo, respectivamente), do setor automobilístico e do álcool, assim como instituições como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), disseram que é preciso respeitar o mandato da presidência da República. Há um sentimento da sociedade de respeito à legalidade das urnas”.

Apesar de relembrar duas épocas difíceis no país, a primeira em que a inflação chegava a 20% ao ano, e a outra regida pela oscilação do câmbio, em que o Brasil era totalmente dependente do capital externo, a senadora Rose de Freitas (PMDB/ES) afirma que “o desencontro que se vê agora é inédito, com crises congressual e econômica, insegurança e falta de certeza da presidente sobre o caminho que deve tomar”.

Para a parlamentar, as manifestações de rua são “reflexo do desgoverno que acompanhou Dilma até agora e também da péssima política de assistência social”. “Apesar de avanços na Educação, como o retorno dos institutos técnicos federais e a ampliação de acesso às faculdades, há casos de crianças estudando em barcos sem banheiro e merenda sendo feita em tanques. Isso é inadmissível. A área da Saúde se deteriorou demais. Essas coisas demonstram uma Administração descuidada com o interesse social, e as pessoas não vão mais aceitar demora na tomada de decisões sobre os compromissos do Estado com o povo, não vão mais aceitar que os problemas da Saúde e da Educação não sejam resolvidos”, frisou.

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“Aqui em Brasília é uma areia movediça. A Lava Jato já citou o presidente da Câmara, o presidente do Senado e tantos outros. Enfim, é uma crise de lideranças. No parlamentarismo, Dilma já teria caído” Max Filho, deputado federal

A cada nova denúncia da Operação Lava Jato, as articulações e os embates se intensificam na Câmara e no Senado

“Hoje quem governa o país é a Operação Lava Jato... Se alguém disser que sabe o que vai acontecer, está mentindo. Todas as possibilidades existem, mas a mais provável é um acordão entre as elites políticas para manter Dilma no Governo” – Lúcia Hippólito, cientista política

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capaz de escoar a produção com um custo baixo e em menor tempo; uma política educacional que garanta ensino de qualidade, formação de mão de obra qualificada e empregabilidade. “Qualidade da educação não está no número de escolas que se constroem, nem no número de matrículas que se registra”. Ela cita ainda a necessidade de efetivar um parque produtivo capaz de participar da cadeia mundial e “não com imposição de barreiras tributárias que perpetuam nossa condição de economia sem competitividade. Resumindo, a agenda para a economia brasileira é muito pesada”.

O economista Clóvis Vieira afirma que, apesar da gravidade da crise, há fatores que têm impactado de forma positiva no cenário atual. “Além do desafogo do TSE e do TCU nos julgamentos de malfeitos eleitorais e gerenciais que a prorrogação dos prazos lhe proporcionou, Dilma conquistou apoio do PMDB no Senado para uma agenda modernizante de projetos, mesmo que sejam de aprovação duvidosa. A elite empresarial se mobilizou. Além disso, as passeatas do domingo (16 de agosto) foram relativamente moderadas. Pode ser que uma parcela tenha sido afastada pelo foco no impeachment, por crer que uma disrupção seria pior ou que apenas favoreceria ao PT, fazendo cair no colo do seu sucessor a herança maldita de Dilma. Seja como for, o encolhimento das manifestações corrobora com a retomada de uma governabilidade mínima, ao menos até a próxima rodada da Lava Jato”, enfatiza.

Vieira avalia ainda que a Agenda Brasil esvaziou o risco das pautas-bombas geradas na Câmara, partindo para (não tão) novas medidas da austeridade fiscal e de reformas estruturais. “O

movimento deu sopro à combalida imagem de Joaquim Levy, ministro da Fazenda, abatida quando abriram as portas da realidade para a situação fiscal. Vale notar que a agenda atingiu um equilíbrio político frágil e até certo ponto precário, já que as medidas podem ficar engasgadas na Câmara. Ainda, à menor menção de expansão dos indiciados na Lava Jato, pode cair por terra”, reiterou ele, que aponta como principal fonte de risco para esse equilíbrio a variação cambial. “Fontes externas, principalmente os próximos movimentos da China, e internas tornam o chão sob o câmbio um gelo fino para os próximos passos da cotação da moeda brasileira”.

O CENÁRIO ECONÔMICONuma realidade de queda nos aportes em carteira de 17% e

de 33% no investimento externo direto, de janeiro a junho deste ano, em relação a igual período de 2014, segundo dados do Banco do Brasil; e de previsão de fechar o ano com inflação acima de 9%, uma trégua política é a base da solução, reitera a doutora em Economia Arilda Teixeira, da Fucape. “Os rumos que a economia trilhar irão depender da relação entre o Executivo e o Legislativo e das imprescindíveis reformas estruturais para a retomada do crescimento sustentável”.

Para ela, é impossível diagnosticar os reflexos na economia caso ocorra a saída de Dilma, seja por meio de renúncia, o seja por impeachment. “Tudo dependerá do comprometimento com um projeto de país, ao contrário do que se viu nos últimos 12 anos, um embate por defesas de interesses individuais em detrimento dos interesses coletivos, que é o que se esperaria encontrar nos poderes Executivo e Legislativo de um país que se diz democrata e republicano. Se isso não mudar, continuaremos fadados ao fracasso econômico”, reforça Arilda. Por outro lado, se confirmado o quadro de um acordo político mantendo a presidente, “teremos mais três anos de retração da economia e a herança nefasta que esse cenário deixará para o país”.

Apesar das perspectivas negativas, o panorama agora é melhor. “Acabaram com as manipulações dos indicadores da economia e com as ingerências nas leis de mercado”. No entanto, “não cabe mais discurso demagógico em defesa dos interesses do povo sem a contrapartida de decisões que os atendam”. Entre as demandas apontadas pela especialista estão: uma matriz que gere energia barata e suficiente para mover a economia; uma infraestrutura

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“No lugar de levantar grandes bravatas, ela (Dilma) precisa ter uma conversa verdadeira com os brasileiros. Tem faltado verdade, tem faltado humildade, quando o Governo não faz uma mea-culpa e, a partir daí, possibilita a coalizão” Ricardo Ferraço, senador

“Nem o Governo consegue se impor enquanto projeto político, nem os outros partidos conseguem se firmar ou serem alternativas de curto prazo” Lelo Coimbra, deputado federal (PMDB/ES)

Foto: Mauro Artur Schlieck;

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O ESPÍRITO SANTO No primeiro trimestre deste ano, a indústria local foi um

contraponto à realidade nacional. Enquanto o país registrou uma queda de 6,3% na indústria geral, em relação a igual período de 2014, o Estado capixaba foi o que mais cresceu, com avanço de 17,2%, um resultado puxado principalmente pelos segmentos da metalurgia básica (de transformação) e extrativista, avalia o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo, Marcos Guerra.

Na indústria de transformação, enquanto todas os estados tiveram retração, com média nacional negativa de 8,3%, o Espírito Santo apresentou variação positiva de 6,7% ante a 2014. Os produtos siderúrgicos, especificamente, expandiram-se 33,5%, e a celulose, 3,1%. E no segmento extrativista, com destaque para as pelotas de minério de ferro, petróleo e gás, as indústrias obtiveram uma alta de 25,4% nesse período em comparação ao ano passado. “Um segundo fator que tem gerado essa situação diferenciada ao cenário industrial capixaba é o resultado de novos investimentos que começam a aparecer, principalmente nos setores automobilístico, naval e da linha branca, que trabalham com produtos de maior valor agregado”, explica Guerra.

Em contrapartida, a recessão preocupa a atividade tradicional, responsável pelo maior índice de empregabilidade, principalmente os ramos alimentício, de confecções e moveleiro. Segundo dados do IBGE, a área alimentícia amargou queda de 9,5% no primeiro trimestre em relação a igual período de 2014.

O presidente da Findes destaca que é preciso ter atenção especial quanto à desvalorização da moeda chinesa, o yuan, porque isso cria uma maior concorrência, podendo gerar perda de mercado tanto interno quanto de exportação aos produtos nacionais.

Para o comércio capixaba, as expectativas são de um otimismo moderado, segundo o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio), José Lino Sepulcri. “Se conseguirmos fechar 2015 com o mesmo resultado de 2014, que teve baixa entre 2% e 3 %, ainda assim nos sentiremos vitoriosos, porque o que temos vivenciado nos últimos seis meses é uma das piores experiências da última década”, lamentou Sepulcri, que atribui esse cenário à falta de diálogo do Governo Federal com o setor. “Essa realidade é um tributo que estamos pagando pela desorganização da política econômica do país”, afirmou.

O secretário estadual de Desenvolvimento, José Eduardo Faria de Azevedo, comenta que, para minimizar os impactos da crise no Espírito Santo, o crescimento econômico tem sido focado em diversificação, sustentabilidade e inclusão. “Nossa agenda de desenvolvimento contempla projetos-âncora, tais como melhoria no ambiente de negócio, economia criativa, economia verde, melhoria da logística e infraestrutura”, apontou. Na avaliação do secretário, um bom exemplo de como o Espírito Santo vem trabalhando no enfrentamento do cenário de crise são as conquistas em infraestrutura e logística no âmbito federal, como a construção da EF-118, ferrovia que liga Vitória ao Rio de Janeiro; a duplicação da BR-262, de Vitória a Belo Horizonte; e a mudança na poligonal de Barra do Riacho, em Aracruz, que vai permitir a construção e a ampliação de projetos portuários privados na região. Ainda segundo ele, o Governo Estadual está atuando junto às associações empresariais de classe de destaque no Brasil, para divulgar as vocações capixabas.

“A indústria capixaba foi um contraponto à realidade nacional. Enquanto o país registrou uma queda de 6,3%, o Espírito Santo foi o estado que mais cresceu no Brasil, com avanço de 17,2%”Marcos Guerra, presidente da Findes

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Para o doutor em Ciências Sociais Vitor Amorim de Angelo, coordenador do mestrado de Sociologia Política da Universidade Vila Velha (UVV), os protestos realizados neste ano se diferenciam bastante do Movimento Vem pra Rua. “Em 2013 o público era mais heterogêneo, tínhamos desde os black blocks até as donas de casa que carregavam cartazes dizendo que o ‘gigante acordou’. Em 2015, as mobilizações são mais homogêneas, agora temos um viés mais conservador, de direita. As pautas são a favor do impeachment, mas para que ele ocorra é preciso que se prove que a presidente Dilma Rousseff cometeu os crimes pelos quais está sendo acusada. As pessoas estão fazendo acusações sem antes ter provas”, afirma.

MANIFESTAÇÕES

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30 www.esbrasil.com.br • @esbrasil • esbrasil • revistaesbrasil

PPE

UNIÃO AUTORIZA REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA E DE SALÁRIOS PARA EVITAR DEMISSÕES

O Programa de Proteção ao Emprego (PPE) visa à permanência dos trabalhadores em empresas que estão em dificuldades financeiras temporárias, autorizando os gestores a diminuírem em até 30% a jornada e em até 15% o salário dos funcionários. Mas o empregado continuará recebendo o mesmo valor. A diferença remuneratória será paga pelo Governo, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Enquanto estiverem no PPE, as companhias não poderão demitir.

FACEBOOK AGORA PERMITE COMUNICAÇÃO PRIVADA ENTRE CLIENTES E EMPRESAS

Empresas já podem incluir um botão “mandar mensagem” nos anúncios que aparecem na linha de tempo dos usuários do Facebook e, se o internauta publicar um comentário em páginas de negócios da rede social, será permitido enviar um post privado ao dono do perfil. O recurso, lançado em julho, busca tornar o Messenger uma plataforma independente e deverá atrair anúncios de pequenas e médias empresas, especialmente em mercados emergentes como Índia, Brasil e Indonésia. Ao dar às companhias acesso direto aos consumidores, a maior rede social do mundo espera mostrar que publicidade no Facebook leva diretamente a mais vendas.

ESOCIAL

GOVERNO DISPONIBILIZA SISTEMA ON-LINE PARA FACILITAR REGISTRO DAS OBRIGAÇÕES FISCAIS E TRABALHISTAS

Em 31 de julho, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), pelo Comitê Gestor do eSocial, a Resolução nº 3. A norma versa sobre o tratamento diferenciado, simplificado e favorecido para as micro e pequenas empresas no âmbito do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Estas terão à disposição sistema eletrônico on-line, que possibilitará, a partir da inserção de dados, a geração e a transmissão dos arquivos referentes aos eventos de que trata a Resolução n° 1, de 20 de fevereiro de 2015.

GESTÃO EMPREGADOR DOMÉSTICO

RECEITA LANÇA PROGRAMA PARA CÁLCULO AUTOMÁTICO DE PAGAMENTO DA GPS EM ATRASOA Receita Federal informa que já está disponível o programa SALWEB, que permite gerar uma Guia da Previdência Social (GPS) para pagamento em atraso dos tributos recolhidos pelos empregadores domésticos. A Lei Complementar 150/2015, que instituiu o Simples Doméstico, alterou desde o mês de julho vencimento dos encargos incidentes sobre os salários pagos à categoria para o dia 7. O programa está disponível em http://migre.me/r4hbH.

PRIVACIDADE

FINANÇAS

TOTVS LANÇA PROGRAMA DE REDUÇÃO DE CUSTOS PARA PMEsA Totvs Consulting passa a oferecer um Programa de Redução de Custos para pequenas e médias empresas (PMEs) que faturam até R$ 200 milhões ao ano. Por meio dele, a cada real investido, é possível obter um retorno de R$ 3 a R$ 5. Para isso, a consultoria em negócios para PME irá avaliar todos os custos e procedimentos do negócio e identificar aspectos que podem ser aprimorados de acordo com a realidade de cada um. O objetivo é promover uma melhoria na gestão e o redesenho de processos e áreas que contribuem para um alto gosto operacional. O programa tem duração de aproximadamente quatro meses, sendo 10 semanas de implantação e dois meses de acompanhamento.

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FEIRA

LINHARES SEDIA AGRO EXPONORTE

Foi promovida no município de Linhares realizou mais uma edição da Agro ExpoNorte, considerada a maior feira do agronegócio da região norte capixaba. O encontro, que aconteceu entre os dias 19 e 22 de agosto, das 9h às 20h, no Parque de Exposições da cidade, trouxe como tema “Água – Escassez Hídrica”. O evento foi palco de negócios, debates técnicos, intercâmbio e espaço para produtores rurais, governos, técnicos e empresários se encontrarem e discutirem temas das mais diversas áreas do agronegócio capixaba. A realização da Agro ExpoNorte ficou por conta do Sindicato Rural de Linhares, que recebeu apoio da prefeitura local, através da Secretaria Municipal de Agricultura e do Fundo Municipal de Meio Ambiente (Fumdema).

AGROFORMAÇÃO

AGRICULTORES PARTICIPAM DE CAPACITAÇÃODiversos agricultores da Associação de Produtores Rurais do Alto Bom Jesus, no município de Água Doce do Norte, têm participado de capacitações continuadas sobre Custo de Produção, Formação de Preço e Operacionalização do PAAnet (Prestação de Contas), com foco na manga comercializada para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). As atividades fazem parte do projeto Estruturação e Fortalecimento dos Setores Produtivos da Agricultura Familiar do Norte do Espírito Santo (Tecsocial), executado pelo Incaper. Nos cursos são abordados variados temas, como formação do preço da manga, etapas do processo produtivo e pesquisa de mercado. “É uma maneira de incentivar a comercialização dos produtos da agricultura familiar”, afirmou a coordenadora da iniciativa, Pierângeli Aoki.

GRÃOS

CONAB RETOMA VENDAS DE MILHOS EM BALCÃOA Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) retomou no mês de julho a comercialização de milho no Espírito Santo pelo Programa de Vendas em Balcão. O produto atenderá pequenos criadores rurais cadastrados que fazem uso do grão na ração animal e começou a ser removido da cidade de Sorriso, no Mato Grosso, no dia 1º de julho. As 6,5 mil toneladas transportadas para o Espírito Santo ficarão estocadas na Unidade Armazenadora de Camburi. A iniciativa possibilitará que os criadores comprem a mercadoria sem intermediários, contribuindo assim para suprir a necessidade de milho no mercado interno capixaba.

MERCADOS ABERTOS TÊM POTENCIAL DE US$ 1,4 BI EM EXPORTAÇÕES AO ANO

Os principais mercados abertos nos primeiros seis meses de 2015 têm potencial para incrementar em US$ 1,4 bilhão por ano as exportações brasileiras, segundo informações divulgadas pela secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, durante coletiva de imprensa realizada na sede do Mapa, no dia 27 de julho. No primeiro semestre, países como Rússia, Estados Unidos, Argentina, África do Sul, Japão e Myanmar retiraram embargos ou começaram a importar nossos produtos, a exemplo de carnes bovina, suína e de frango, além de lácteos, tripas e farinha de carne. Estão em curso atualmente negociações com 22 economias ainda não acessadas pelas mercadorias do Brasil e que, juntas, representam um potencial de US$ 82 bilhões em exportações ao ano.

EXPORTAÇÃO

AGRICULTURA DIVERSIFICADA COM VARIEDADE DE BANANA-MAÇÃ

A banana Princesa, do grupo maçã, tem proporcionado uma diversificação agrícola importante para o município de São Domingos do Norte. Ao todo, já foram distribuídas 36 mil mudas aos produtores rurais, que recebem apoio da prefeitura local e do Incaper. A banana Princesa, um híbrido desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária (Embrapa), é resistente a doenças como a sigatoka amarela e o mal-do-panamá. Segundo o extensionista Vinícius Nascimento, cerca de 30% das mudas oferecidas se encontram em fase de produção. “As bananas estão sendo comercializadas para a Ceasa, em Vitória”, informou.

MUDAS

Foto: Divulgação

Foto: Antonio Araújo

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OS DESAFIOS DA GESTÃO MUNICIPAL

FATOS

S egurança, educação, saúde e mobilidade urbana. Essas são apenas algumas das preocupações da população que anseia por melhores serviços públicos em seu dia a dia. Uma prova

disso é a constatação apontada na pesquisa Top Marcas 2015, que revelou que boa parte dos entrevistados se encontravam na época (maio) com perspectivas negativas em relação à qualidade dessas atividades prestadas pelo poder público no Espírito Santo. Mas essa não é uma característica estritamente capixaba, e sim brasileira, que encara grandes desafios na gestão, como pode ser visto em um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Ibope no mês de junho. Na consulta, as áreas de saúde, educação e segurança pública foram as mais criticadas, com desaprovação de 86%, 74% e 84% da população, respectivamente.

Se em âmbitos nacional e estadual as exigências são grandes, em nível municipal não poderia ser diferente. Segundo um estudo da Macroplan, referente ao ano de 2013, os gargalos das cidades requerem respostas ainda mais rápidas, principalmente por conta do acelerado crescimento populacional, que gera pressões crescentes por moradias, serviços públicos, geração de empregos e mobilidade. Os municípios maiores consomem ainda mais água e energia, além de produzir mais resíduos, portanto, a capacidade de resposta é fundamental para a qualidade de vida de seus moradores.

De acordo com Pablo Lira, doutorando em Geografia pela Ufes e especialista em Estudos e Pesquisas Governamentais do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), a questão das finanças pode ser considerada um grande desafio para a gestão municipal.

“As finanças públicas dos municípios são um fator determinante em uma gestão, ainda mais quando estamos falando de problemas de arrecadação e atraso nos repasses federais. Isso acaba prejudicando muito as cidades, principalmente nas áreas de educação, saúde e segurança”, afirma.

INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURAAlém de toda a questão envolvendo a arrecadação, os municípios

também passam por problemas de infraestrutura que são de responsabilidade do Governo Federal. A falta de um aeroporto compatível e de melhorias no sistema portuário acaba prejudicando o desenvolvimento econômico das cidades. “Se formos olhar a gestão pública como um todo, podemos perceber que a União tem falhado bastante nas implantações de projetos de infraestrutura regional. As cidades dependem muito de convênios para ter acesso aos recursos que por muitas vezes acabam não vindo. O equilíbrio dos municípios está muito comprometido”, avalia Dalton Perim, prefeito de Venda Nova do Imigrante e presidente da Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes).

De acordo com o prefeito da Serra, Audifax Barcelos, é extremamente importante que seja pensada uma integração

“Nossa logística precisa de investimentos vultosos, e estamos muito atrasados nesse ponto. Há necessidade de pensarmos na integração com as cadeias produtivas. Temos uma demanda urgente do mercado logístico por um modal mais rápido e conectado às grandes distâncias” – Audifax Barcelos, prefeito da Serra

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com as cadeias produtivas. “Nossa logística precisa de investimentos vultosos, e estamos muito atrasados nesse ponto. Há necessidade de pensarmos na integração com as cadeias produtivas. Temos uma demanda urgente do mercado logístico por um modal mais rápido e conectado às grandes distâncias. Há urgência também de repensarmos a distribuição de recursos em relação à quantidade de impostos recolhidos. A concentração está cada vez mais evidente e traz dificuldades para os municípios. Hoje a União capta mais de 65% do total da arrecadação, contra 22% dos estados e 13% dos municípios”, afirma.

Se as melhorias por parte do Governo Federal estão demorando a acontecer, não podemos dizer o mesmo sobre o número de carros, que cresceu consideravelmente ao longo do tempo. Tal fator que contribui de forma negativa na mobilidade urbana; afinal, destinos que levariam apenas 15 minutos por muitas vezes demoram mais de meia hora no horário do rush. E quem precisa se locomover da casa para o trabalho e do trabalho para casa acaba passando por um teste de paciência diário, seja estando dentro de um transporte público ou seja foi no conforto de um carro.

“Está cada vez mais difícil nos locomovermos dentro da Grande Vitória. Quem mora em Vila Velha e trabalha na capital passa por situações muito complicadas no horário da manhã e no início da noite. A realidade está tão crítica que até certos horários que não apresentavam trânsito estão com tráfego mais pesado,

como no período da tarde. São tantos veículos circulando atualmente, que as ruas acabam não suportando toda essa quantidade. Se já é desconfortável para quem possui um carro, imagina e para quem precisa andar de ônibus?”, questiona o administrador Flávio Batista do Rozário.

Outro grande desafio é a área de segurança pública, um assunto que, inclusive, foi tratado na última edição do ES Brasil Debate, realizado no mês de julho. Na ocasião, o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda, que já atuou como delegado da Polícia Federal e como secretário estadual de Segurança Pública, falou sobre a importância da troca de informação entre as instituições. “A integração é fundamental. O crime está a cada dia mais organizado, e a gente fica às vezes batendo cabeça em cima de vaidades, da falta de objetividade de combater o crime com a mesma organização. Precisamos integrar não apenas as polícias, mas também o Ministério Público e o Poder Judiciário”, afirmou na época.

Segundo Pablo Lira, especialista do IJSN, esses e outros entraves podem ser superados, desde que sejam aprimorados alguns processos. “Para termos mais resultados, é importante que tenhamos políticas de Estado e não de governo, e nesse sentido o Espírito Santo está bem. Com a criação do ES 2030, seremos ainda mais inovadores, dinâmicos e sustentáveis. Essa é uma prova de que a administração pública está evoluindo no desenvolvimento de políticas de Estado. Com certeza, quem irá sair ganhando é a sociedade”, finaliza.

E para discutir essa questão, a ES Brasil irá realizar no mês de outubro mais uma edição do ES Brasil Debate, que terá como tema “A Gestão Municipal e Seus Desafios”. O encontro contará com a presença dos prefeitos da Grande Vitória, que irão transformá-lo em uma excelente oportunidade de compartilhamento de ideias e soluções de planejamento urbano para os municípios.

“A integração é fundamental. O crime está a cada dia mais organizado, e a gente fica às vezes batendo cabeça em cima de vaidades, da falta de objetividade de combater o crime com a mesma organização. Precisamos integrar não apenas as polícias, mas também o Ministério Público e o Poder Judiciário” – Rodney Miranda, prefeito de Vila Velha, durante o ES Brasil Debate de julho

“Está cada vez mais difícil nos locomovermos dentro da Grande Vitória. Quem mora em Vila Velha e trabalha na capital passa por situações muito complicadas no horário da manhã e no início da noite. A realidade está tão crítica que até certos horários que não apresentavam trânsito estão com tráfego mais pesado, como no período da tarde” – Flávio Batista do Rozário, administrador

As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas antecipadamente pelo site : ww.revistaesbrasil.com.br/esbrasildebate

“As finanças públicas dos municípios são um fator determinante em uma gestão, ainda mais quando estamos falando de problemas de arrecadação e atraso nos repasses federais” Pablo Lira, doutorando em Geografia pela Ufes e especialista em Estudos e Pesquisas Governamentais do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN)

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FACEBOOK LANÇA FERRAMENTA DE VERIFICAÇÃO DE SEGURANÇAO Facebook passou a oferecer uma ferramenta de verificação de segurança. O objetivo da novidade é mostrar de maneira simples as opções que a rede social disponibiliza e ajudar os internautas a utilizá-las. O processo de verificação dura menos de um minuto e tem três etapas. A primeira delas identifica em quais dispositivos o usuário está logado na rede social. Na segunda, é possível configurar alertas de login. Já a terceira fornece dicas para criar uma senha mais segura e dá ao usuário a alternativa de mudar a antiga.

TECH NEWS

MICROSOFT LIBERA PRIMEIRA ATUALIZAÇÃO DO WINDOWS 10

A partir de 29 de agosto, a Microsoft libera oficialmente a nova versão do Windows, a de número 10. Uma semana depois do seu lançamento, o sistema recebe a primeira atualização com melhorias e correções de erros de todos os pacotes já oferecidos. Quem ativou o modo de atualização automática não precisa baixar nenhum arquivo. O Windows 10 é a aposta da Microsoft para se manter líder no mercado.

O AppleCare+, que passará a ser oferecido no Brasil, funciona como uma espécie de seguro para os dispositivos da Apple, capaz de estender a garantia e oferecer suporte a danos acidentais, tornando possível efetuar eventuais reparos por um preço bem menor do que o original. Nos países em que está disponível, o serviço custa cerca de US$ 99. Até agora, o seguro é apresentado somente para iPhones e iPads, mas a empresa revelou que tem intenção de estendê-lo aos Macs em breve.

APPLECARE+ FUNCIONARÁ NO BRASIL

GILBERTO SUDRÉEspecialista em Tecnologia da informação

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Foto: Divulgação GOOGLE VAI MOSTRAR HORÁRIOS

EM QUE ESTABELECIMENTOS ESTÃO LOTADOS

A pesquisa do Google ganhou um recurso para mostrar os dias e os horários em que estabelecimentos como restaurantes e lojas ficam mais lotados, ajudando o usuário a evitar filas. Agora, além das informações de endereço, telefone e período de funcionamento dessas casas, será possível saber qual o melhor momento para frequentá-las. O Google utiliza dados de localização de clientes do Android e do iOS que estejam com o Google Maps ativado para saber onde estão as pessoas e se há excesso desses usuários no lugar. O processo é o mesmo que acontece com as informações de trânsito do Google Maps e, assim como nele, não há números exatos fornecidos, e sim uma estimativa

GOOGLE OFERECE 100 PB DE ARMAZENAMENTO GRATUITO NA NUVEM

O Google anunciou o lançamento comercial do Nearline, um recurso de armazenamento em nuvem. A ferramenta promete 99% uptime. Para atrair os clientes de outros prove-dores, a companhia disponibiliza o Nearline com 100 petabytes gratuitos de arquivamento (o equiva-lente a 100 milhões de gigabytes) por até seis meses para os novos usuá-rios. Comercialmente, a empresa cobra US$ 0,01 por gigabyte, orçando a promoção anunciada em US$ 1 milhão por mês. A oferta concorre diretamente com os serviços da Amazon.

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O campus de Vitória do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) obteve a maior nota entre todas

as escolas públicas do Brasil nas provas objetivas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2014. A instituição, que alcançou uma média de 700,30, ocupa a 22ª posição no ranking geral de todo o país (entre entidades públicas e parti-culares) e o primeiro lugar no Estado, segundo divulgou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) no dia 5 de agosto.

ENEM: IFES VITÓRIA OBTÉM A MAIOR NOTA

ENTRE AS ESCOLAS PÚBLICAS DO PAÍS

FATOS

A instituição obteve uma média de 700,30 pontos nas provas objetivas do Enem em 2014

TOP 10: ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS DO ESTADO COM AS MELHORES NOTAS NAS PROVAS OBJETIVAS

Pos. Escola Tipo Local Média

1ª Ifes - Campus Vitoria Federal Vitória 700,302ª CE Leonardo da Vinci Particular Vitória 683,443ª Escola São Domingos Particular Vitória 660, 094ª Colégio Sagrado Coração de Maria Particular Vitória 655,045ª Ifes - Campus Colatina Federal Colatina 653,396ª Escola Múltipla Particular Serra 652,497ª Colégio Salesiano Jardim Camburi Particular Vitória 647,70

8ª Ifes - Campus Cachoeiro de Itapemirim Federal Cachoeiro de Itapemirim 646,18

9ª Colégio Marista Nossa Senhora da Penha Particular Vila Velha 646,1210ª Ifes - Campus Cariacica Federal Cariacica 645,59

TOP 10: ESCOLAS PÚBLICAS DO PAÍS COM AS MELHORES NOTAS NAS PROVAS OBJETIVAS

Pos. Escola Tipo Local Média

1ª Ifes - Campus Vitória Federal Vitória/ES 700,302ª Colégio de Aplicação da UFV - Coluni Federal Viçosa/MG 693,323ª Colégio Politécnico da UFSM Federal Santa Maria/RS 689,444ª Colégio de Aplicação do CE da UFPE Federal Recife/PE 674,655ª Colégio Militar de Belo Horizonte Federal Belo Horizonte/MG 665,946ª Escola Preparatória de Cadetes do Ar Federal Barbacena/MG 664,507ª Coltec - Colégio Técnico da UFMG Federal Belo Horizonte/MG 661,668ª Campus 1 - BH Federal Belo Horizonte/MG 658,67

9ª Centro de Educação Tecnológica de Minas Gerais Cefet - Campus Timóteo Federal Timóteo/MG 658,04

10ª Etec de São Paulo Estadual São Paulo/SP 657,59

(15º), Aracruz (17º), São Mateus (18º), Nova Venécia (19º), Linhares (23º), Venda Nova do Imigrante (32º) e Ibatiba (47º).

De acordo com Denio Rebello Arantes, reitor da instituição, o destaque obtido pode ser justificado por três fatores. “Isso se deve à nossa infraestrutura; aos servidores, que entregam seu trabalho com excelência; e ao esforço dos alunos. Também precisamos levar em conta que o nosso projeto pedagógico é diferenciado: o trabalho está dentro do currículo, trazendo realidade ao currículo. Isso é muito importante, tanto que os institutos federais, de maneira geral, foram muito bem no nível nacional”, revelou.

As cinco primeiras escolas do Estado com as melhores notas nas provas objetivas, além do Campus Vitória, foram Centro Educacional Leonardo da Vinci (683,44), Escola São Domingos (660,09), Colégio Sagrado Coração de Maria (655,04) e campus de Colatina do Ifes (653,39).

Os campi do Ifes que ficaram entre os 50 melhores do Espírito Santo foram: Vitória (1º), Colatina (5º), Cachoeiro de Itapemirim (8º), Cariacica (10º), Guarapari

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A queda de 23% nas importações do primeiro semestre de 2015 frente ao mesmo período de 2014 mostra

que o Espírito Santo vem perdendo posição a cada ano entre os estados com maior destaque nessa atividade no país. De acordo com levantamento do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado (Sindiex), a participação capixaba no total importado pelo Brasil caiu de 5,4% para 3%, nos últimos 10 anos.

A comparação feita com outras unidades federativas, tais como Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais, revela que a situação do Estado é ainda pior em termos de crescimento nas importações e de perda de representatividade.

“São estados que importavam valores próximos aos nossos, que viram dobrar suas importações em 10 anos, enquanto que a nossa taxa ficou próxima de 25%, reduzindo

a participação no peso total”, lamentou Marcilio Rodrigues Machado, presi-dente do Sindiex.

A maior alta apresen-tada (380%) foi registrada e m S a n t a C a t a r i n a . Uma realidade que pode ser justificada pelos investimentos pesados feitos em logística nos últimos anos, que tiveram um salto no percentual do total importado de 3,5% em 2010 para 7,5% em 2015.

De acordo com o presidente do Sindiex, o Espírito Santo acaba saindo prejudicado por não ter grandes recursos destinado à infraestrutura, tais como empreendimentos em portos e rodovias. “Não há como desenvolver essa atividade sem uma infraestrutura preparada para atender do pequeno até o grande

importador e exportador. O Espírito Santo sofre com falta de recursos aplicados em portos, aeroportos e rodovias, impactando na ausência de linhas, nos fretes mais caros, nas taxas mais altas e em transit time elevado”, ressaltou Machado.

O recuo de 23% no número de importações das empresas capixabas corresponde a um total de US$ 2,8 bilhões: o pior resultado nos últimos nove anos. O desempenho mais fraco ficou por conta das importações de máquinas e equipamentos, que apresentaram uma baixa de 54%. Itens como tecidos e partes de aviões de aviões e de helicópteros também reduziram seus valores, assim como as operações envolvendo veículos, principal produtos importado pelos portos locais.

EXPORTAÇÕESAs exportações totalizaram um montante

de US$ 5,3 bilhões nos primeiros seis meses do ano, com uma retração de 10%. O minério de ferro, principal item dessa atividade pelo Espírito Santo, teve um decréscimo de 23% nas vendas. O saldo negativo também pode ser visto no petróleo, com baixa de 15%, e na celulose, com menos 7%. Os principais produtos da pauta que conseguiram fechar de forma positiva foram o café e o aço, com variações de 127% e 30%, respectivamente.

A queda de 23% no número de importações representa o pior resultado

dos últimos nove anos, segundo o Sindiex

ES PERDE POSIÇÃO NO RANKING DE IMPORTAÇÃO DO PAÍS

FATOS

Fonte: Sindiex

NÚMEROS DE EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO

3

4,8

7,26,2

5,15,9

5,3

3,2

4,2

2,8

2,2

3,3

4,94,4

3,5 3,62,82,8

3,9

2,8

20061º Sem.

ExportaçãoImportação

US$

Bilh

ões

20071º Sem.

20081º Sem.

20091º Sem.

20101º Sem.

20111º Sem.

20121º Sem.

20131º Sem.

20141º Sem.

20151º Sem.

8

7

6

5

4

3

2

1

0

“Não há como desenvolver essa atividade sem uma infraestrutura preparada para atender do pequeno até o grande importador e exportador” - Marcilio Rodrigues Machado, presidente do Sindiex

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INFORME PUBLICITÁRIO

O sucesso dos empreendimentos residenciais da Galwan em Cachoeiro de Itapemirim animou a construtora, que agora investe em um prédio comercial no bairro mais nobre da cidade.

Com salas de até 55,77 m² e cinco elevadores, o Roberto Guimarães Empresarial é diferenciado, projetado dentro de um conceito inovador que visa ao máximo de conforto e à segurança do usuário.

O diretor-presidente da Galwan, José Luís Galvêas Loureiro, esteve no município para o lançamento do Roberto Guimarães, realizado no mês de agosto, e se mostrou bastante animado.

“Entregamos dois empreendimentos em Cachoeiro que deixaram as pessoas bastante satisfeitas. Já temos uma lista grande de interessados. Quando terminarmos de formar o grupo, iniciaremos a obra”, disse Galvêas, lembrando que a construção é executada no sistema de condomínio fechado a preço de custo.

O coquetel de lançamento foi promovido no Residencial Monte Bianco e contou com a presença de clientes e parceiros em uma festa empresarial de muito bate-papo e negociações.

O NOVO LANÇAMENTO DA GALWAN EM CACHOEIRO DE ITAPEMIRIMO EMPREENDIMENTO ROBERTO GUIMARÃES EMPRESARIAL FICA LOCALIZADO NO CORAÇÃO COMERCIAL DA CIDADE, NO BAIRRO GILBERTO MACHADO

Fachada (prédio)

Sugestão de sala de escritório

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ES Brasil • Agosto 2015 41

www.galwan.com.br | 27 3200-4004

Estávamos no finalzinho do mês de setem bro, época em que o município de Guaçuí co memora sua data magna. Meu pai, vereador, representante do distrito de Divisa na Câmara Municipal, teria que comparecer às comemo rações. Mas havia um impasse: como deixar minha irmã e eu em casa, se minha mãe, por motivo de doença em sua família, viajara? O jeito era nos levar. E foi o que ele fez. Argu mentamos que nossos sapatos estavam ve lhos. Ele então se comprometeu a comprar pares novos para nós.

Chegando a Guaçuí, pro curou um comerciante, amigo seu, que pron tamente abriu sua loja para nos atender. Ma ravilhadas pela oportunidade de escolhermos pela primeira vez, sozinhas, sem a opinião de pessoas mais velhas os nossos próprios sa patos, não tivemos a menor dúvida: diante de tantas opções, é claro, escolhemos os mais altos! Eu tinha, nessa época, 11 anos e minha irmã, 9.

Meu sapato era de camurça de duas cores: azul marinho e vermelho; o de minha irmã, todo preto, de verniz. Ambos fechados, de salto anabela, altíssimos.

Missão cumpri da (conosco), meu pai foi cumprir outras, por certo bem mais prazerosas: encontro com os amigos políticos, banquetes, homenagens, etc. Fez recomendações, deixou dinheiro, marcou lugar e hora de encontro para a volta, e aí, no meio da festa, ficamos nós. Nós e os nossos sapatos novos! A princípio, faceiras, andamos pra lá e pra cá debaixo de um sol inclemen te. Não demoramos a perceber as consequências de nossas escolhas. Os sapatos co meçaram a apertar: desconfortáveis, altís simos.

A festa “bombando”, e a gente sem prazer de apreciá-la: barraquinhas expondo mil quin quilharias coloridas, bandas de música, desfi le escolar, e a gente ali, sem ação, com os pés vermelhos, cheios de calos d’água, im possibilitadas de apreciar qualquer coisa. Nem olhar para o céu, para ver as acrobacias dos aviões da “Esquadrilha da Fumaça”, nos aventurávamos. Vai que a gente se entusiasma e perde o equilíbrio, e aí? Lá pelas tantas, mi nha irmã só conseguia andar apoiando-se em mim,

e eu, sem querer “descer do salto”, lite ralmente, dizia-lhe:

– Anda direito, menina, as pessoas vão reparar.

E ela, quase chorando respondia:

– Andar direito, como? Meus pés não cabem nos sapatos! Eles são de verniz, esquentam muito – concluía.

E eu, que só não ficara com eles porque minha irmã os esco lheu primeiro, vingada, respondia:

– Você não quis ficar com estes, não os escolheu? Agora aguenta!

Isso, eu dizia muito mal-humorada, porque os meus sapatos também não esta vam fáceis de aguentar.

A festa só ficou realmente boa pra gente quando, já em casa, pudemos ficar livres da queles “objetos de tortura”.

No dia seguinte, já esquecidas do que havíamos passado, olhando os sapatos a um canto do quarto, comentávamos: “Puxa vida, como conseguimos, sozinhas, escolher tão bem!”

Não tivemos o prazer (ou desprazer) de usá-los novamente para passear. Minha mãe che gou de viagem e não aprovou nossa escolha. Foi taxativa quando disse que não voltaríamos a usá-los: “Esses sapatos são para moças, não para crianças como vocês”. O que não impediu que, de vez em quando, chamásse mos algumas amigas em casa para mostrar-lhes nossos sapatos “de salto”. E, às escon didas, nós os calçávamos e desfilávamos para a pequena plateia. Nessas ocasiões, cheias de orgulho, dizíamos: “Escolhemos sozinhas. Não tivemos muito bom gosto?”. As meninas quase morriam de inveja dos nossos sapatos “de salto”, sem nem de longe suspeitarem do aperto que, literalmente, eles nos causaram.

NOSSOS SAPATOS NOVOS, ALTOSZéa Galvêas Terra - [email protected]

CRÔNICA

tecnológicas e infraestrutura para dar segurança e qualidade aos usuários. A portaria será entregue mobiliada.

SOBRE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIMCachoeiro de Itapemirim, com 200 mil habitantes, é a maior

cidade do Sul do Espírito Santo. Localizada a 125 km de Vitória, tem a base da sua economia no setor de rochas ornamentais. Em 2009, com o lançamento do Terrazzi Verdi, a Galwan foi a primeira grande construtora a atuar no mercado local.

Hall de entrada

ROBERTO GUIMARÃES EMPRESARIAL

• Salas: de 34,92 m² a 55,77 m², com garagem• Localização: Avenida Francisco Lacerda de Aguiar e

Rua Albano Custódio, no bairro Gilberto Machado• Construção: Galwan Construtora e Incorporadora S/A• Informações e vendas: 3200-4004

Na ocasião, eles fizeram um tour pelo empreendimento construído pela Galwan no alto do bairro Gilberto Machado e que está sendo entregue aos moradores.

O Roberto Guimarães Empresarial tem salas que variam de 34,92 m² a 55,77 m², com paredes internas em drywall para facilitar a divisão, e garagem. Além da localização privilegiada e dos cinco elevadores, o prédio vem com uma série de inovações

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QUE TAL VIRAR UM EMPRESÁRIO?ONDAS DE DEMISSÕES NO PAÍS VÊM CHAMANDO A ATENÇÃO DOS BRASILEIROS, QUE PARA NÃO FICAREM DESEMPREGADOS ESTÃO MONTANDO O SEU PRÓPRIO NEGÓCIO

GESTÃO YASMIN VILHENA

O sonho de abrir uma empresa faz parte do dia a dia de muitos brasileiros, principalmente daqueles que buscam ser o seu próprio chefe e estar sob o comando de seu negócio.

Um objetivo bastante tentador, ainda mais quando as ondas de demissões no país parecem aumentar, seja em pequenos, médios ou grandes empreendimentos. Ficar na corda bamba com medo de ser mandado embora não parece ser lá uma situação tão con-fortável, tanto para os jovens profissionais que buscam uma inserção no mercado de trabalho, quanto para os trabalha-dores mais experientes, que já estão há algum tempo em uma

organização e que por conta da idade ficam com receio de serem considerados “ultrapassados”.

Nove anos depois da criação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, o Brasil colhe os frutos das mudanças nas regras. De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), o país segue, hoje, isolado na liderança em empreendedorismo, com um crescimento de 23,4% (2006) para 34,5% (2014) no total de pessoas que abraçam essa iniciativa.

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Os números impactam diretamente na economia brasileira, até porque os negócios de médio porte são responsáveis por mais de 52% da geração de empregos formais, por 40% da massa salarial nacional e por 27% do Produto Interno Bruto (PIB). Dados do Sebrae, referentes ao ano de 2014, apontam ainda que o Brasil conta com 4.160.417 microempreendedores individuais (MEIs).

Para se ter ideia, a quantidade de brasileiros entre 18 e 64 anos que possuem empresa ou que estão abrindo uma é bastante superior à dos Estados Unidos, que registram 20% de empreendedores. Outras nações apresentam índices ainda mais baixos, como Reino Unido (17%), Japão (10,5%), Itália (8,6%) e França (8,1%).

O Espírito Santo também conta com um número considerável de pequenos negócios – que compreendem os MEIs, as micro-empresas (MEs) e as empresas de pequeno porte (EPPs) – tidos

como importantes agentes para a economia capixaba, que possui atualmente mais de 125 mil microempreendedores individuais.

Uma realidade que vem crescendo e muito segundo indicadores da Estatística Simples Nacional, da Receita Federal, que podem ser observados ao longo dos anos: 2009 (2.453), 2010 (20.244), 2011 (42.656), 2012 (68.806), 2013 (95.023) e 2014 (121.839). Os municípios de Serra e Vila Velha foram os que mais se destacaram em relação a esses totais, com o aumento de 271 para 20.018 e de 285 para 19.432 (MEIs), respectivamente. Mas será que, mesmo com todo esse terreno propício para a criação de um negócio, o capixaba está preparado para encarar as adversidades da vida empresarial? Que o brasileiro é criativo, todo mundo sabe, mas nem só de boas ideias é feita uma empresa.

PARA COMEÇAR, É SÓ PESQUISARO primeiro passo para conquistar a tão sonhada “liberdade”

deve ser o planejamento estratégico, fator extremamente decisivo para aqueles que desejam prosperar. De acordo com o professor da Fucape Business School, Emerson Mainardes, que também é doutor em Administração com especialidade em Marketing e Vendas, diversos pontos precisam ser levados em consideração na hora de se abrir um negócio.

“Antes de qualquer coisa, o empreendedor deve ter uma ideia clara do que deseja fazer, procurando investir em algo que ele já conheça, não como consumidor, mas como profissional. Outro passo muito importante é observar as oportunidades exis-tentes no mercado para encontrar possíveis clientes. A partir do momento que ele encontrar os seus consumidores-alvo, deve analisar a viabilidade desse negócio para definir uma estratégia, ver os recursos humanos necessários para que isso

Pequenos negócios empregam mais da metade dos trabalhadores formais brasileiros

“O empresário precisa estudar a situação de seus fornecedores, os custos fixos e variáveis, além da concorrência e da localização do empreendimento, que necessita ficar em um lugar adequado” José Eugênio Vieira, superintendente do Sebrae-ES

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aconteça, bem como as questões específicas legais e tributárias. A abertura de uma empresa pode até ser uma boa saída atualmente por conta da onda de demissões que afeta o nosso país, mas isso só será positivo desde que a pessoa esteja preparada para encarar os riscos”, afirma.

Além de contabilizar o investi-mento e a necessidade de capital de giro, é necessário ficar atento ao retorno financeiro, que irá demorar pelo menos dois anos para acontecer. A falta de preparo e o desconhecimento acerca desse assunto, por muitas vezes, colocam o negócio em risco, podendo, inclusive, levá-lo à falência.

“A prosperidade de uma empresa depende muito dessa visão. No Estado, 77% das novas firmas conseguem sobreviver nos dois primeiros anos, um número que é bastante próximo da média nacional. O primeiro ano é considerado como o mais crítico, pois é o começo de tudo”, complementa o superintendente do Sebrae-ES, José Eugênio Vieira.

E para superar todos os obstáculos iniciais, deve-se observar a certos aspectos do dia a dia, como o acompanhamento do negócio. Deixar a empresa na mão de terceiros pode ser considerado um grande erro. “O empresário precisa estudar a situação de seus fornecedores, os custos fixos e variáveis, além da concorrência e da localização do empreendimento, que necessita ficar em um lugar adequado. A questão do aluguel pesa muito também, principalmente na Grande Vitória, onde os custos são bastante altos. Outro ponto decisivo é o acompanhamento constante por parte dos donos. Não adianta deixar as responsabilidades com terceiros”, acrescenta o dirigente.

O acompanhamento deve ser redobrado caso o empresário possua outro emprego. Mesmo que não seja lá uma tarefa muito fácil, o especialista em Gestão do Tempo e Produtividade Christian Barbosa afirma que é possível conciliar todas as demandas. “Para que as coisas deem certo, o profissional tem de se empenhar ao máximo, pois as exigências serão duplicadas durante um tempo. Também é extremamente importante ter um sócio para

dividir as atribuições, não adianta ficar sobrecarregado, pois isso fará com que a empresa demore para decolar”, relata.

OPORTUNIDADE X NECESSIDADEApesar de terem objetivos parecidos, os empreendedores

brasileiros se distinguem de acordo com as oportunidades e com as necessidades do mercado. Aqueles que acabam indo pela primeira opção tendem a obter sucesso em suas iniciativas próprias, pois mesmo quando possuem outras chances de emprego optam por iniciar um novo negócio: eles sabem onde querem chegar, têm em mente o que querem buscar para a empresa e visam à geração de lucros, empregos e riquezas. Uma realidade bastante presente na Região Sudeste no ano de 2014, que alcançou uma proporção de empreendedores iniciais por oportunidade maior que a observada no Brasil (71,7% contra 70,6%, respectivamente). Mesmo que tenha o menor nível registrado desde 2012, o resultado foi o segundo maior entre as regiões brasileiras, ficando atrás somente do Sul (82,2%).

Um bom exemplo que se enquadra nesse caso é o da Apex Partners, fundada por ex-alunos da Fucape. A empresa, que presta serviços financeiros, sempre buscou agregar pessoas que pudessem se complementar em todas as habilidades. “Todos os sócios são formados em áreas que se complementam bastante, e isso ajudou muito na hora de abrir a empresa. Sempre tivemos um foco mais a longo prazo, até porque o começo é sempre duro e trabalhoso. Como já estávamos preparados para esses apertos comuns do início, nós nos programamos para não passar sufoco. É claro que algumas dificuldades podem aparecer, mas felizmente nenhuma delas atrapalhou o andamento dos negócios, estamos conseguindo atingir todas as metas estabelecidas anteriormente”, revela um dos sócios, Pedro Chieppe.

ERROS MAIS COMUNS Falta de planejamento: Antes de abrir uma empresa, busque estudar todos os aspectos, como o público-alvo, os fornecedores e os custos fixos e variáveis.

Não acompanhar o dia a dia da empresa: A dedicação é uma das principais qualidades de um bom empreendedor. Por isso, evite deixar a empresa somente nas mãos de terceiros.

Imitar modelos existentes: Este é um grande equívoco, pois aquele que reproduzir integralmente um modelo de negócio já existente não estará apresentando nenhuma inovação.

Não divulgar a marca: A propaganda boca a boca pode influenciar de maneira positiva. O empresário precisa compreender a importância do marketing e da propaganda.

Descontrole do fluxo de caixa: A empresa deve adotar um sistema eficiente de controle de entrada e saída do dinheiro, que pode ser feito por meio de planilhas ou aplicativos.

“Busque se planejar com antecedência e verifique sempre se esse planejamento está dando resultados. Por último, e não menos importante, seja persistente”Pedro Chieppe, sócio da Apex Partners

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“Antes de qualquer coisa, o empreendedor deve ter uma ideia clara do que deseja fazer, procurando investir em algo que ele já conheça” Emerson Mainardes, doutor em Administração com especialidade em Marketing e Vendas e professor da Fucape Business School

Fonte: Receita Federal/Elaboração Sebrae

EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE DE MEIs NO ES

2.453

2009

95.023

2013

42.656

2011

125.347

2015

20.244

2010

121.839

2014

68.806

2012

A diferença entre uma motivação e outra não é apenas teórica: ela pode determinar o sucesso ou o insucesso da atividade. Aqueles que empreendem por oportunidade conseguem enxergar potencial em um nicho de mercado para que seja executado um investimento seguro. Normalmente, a aposta está associada a algum tipo de vocação, podendo ser feita enquanto a pessoa ainda está empregada em algum lugar.

Diferentemente dos que buscam o empreendedorismo de oportunidade, os empresários por necessidade são aqueles que, na sua visão, não possuem opções de trabalho ou estão desempregados, e para continuarem com o seu sustento se aventuram em abrir uma firma sem o mínimo de planejamento. Algo que se somado com a quantidade de concorrentes e com a falta de inovações pode acarretar no fechamento do negócio.

“O empreendedorismo por necessidade gera empresas tradicionais, que não apresentam diferença nenhuma em relação às outras que já se encontram presentes no mercado, como padarias, restaurantes e lojas de roupa. Na oportunidade, o empreendedor é mais preparado e possui uma visão de longo alcance, aumentando as possibilidades de sucesso”, afirma Emerson Mainardes.

E por estarmos em um ano cuja economia anda abalada, a expectativa é que haja inclinação maior para as necessidades. Por isso, é extremamente importante que o empresário se prepare para não fazer investimentos sem retorno. “Pelo que estamos acompanhando diariamente, vejo que o empreendedorismo no Brasil será mais o de necessidade em 2015, pois a geração de empregos vinha crescendo ao longo dos anos, o que mudou bastante nos últimos meses. Com o aumento do desemprego, as chances para que isso ocorra são ainda maiores. A oportunidade

só aparece quando o crescimento tecnológico está em alta”, complementa o professor da Fucape.

ORIENTAÇÃO PARA O SUCESSOPronto. Agora que você já tem todas as dicas para abrir o

seu negócio, que tal começar a buscar algumas consultorias para começar com o pé direito? No Estado, pode-se encontrar auxílio no Sebrae, que oferece capacitações para quem deseja aperfeiçoar ainda mais os seus conhecimentos. “Aqueles que estão montando uma empresa ou que já possuem algum tipo de negócio podem contar com cursos, palestras e consultorias voltadas para as áreas de gestão, tecnologia, crédito, políticas

públicas e mercado. Durante o diagnóstico, os consultores avaliam diversos pontos da empresa, como setor de compras, armazenamento e controle de mercadoria”, explica José Eugênio.

Mesmo que não tenha condições de fazer grandes investimentos, o profissional pode se tornar um microempreendedor individual legalizado, o primeiro passo para uma longa caminhada. Uma vez regularizado, ele terá mais facilidade para abrir uma conta bancária, fazer pedidos de empréstimos e emitir notas fiscais. “O profissional passa a contar com benefícios importantes”, complementa o superintendente do Sebrae-ES.

Segundo Pedro Chieppe, o sonho de se tornar um empreendedor não é impossível, basta ter persistência para perseguir seus objetivos. “Junte-se a pessoas boas que estejam alinhadas com o mesmo propósito que o seu. Busque se planejar com antecedência e verifique sempre se esse planejamento está dando resultados. Por último e não menos importante, seja persistente. A força de vontade é uma ótima aliada para ter uma vida profissional bem-sucedida”, orienta.

Total de MEIs

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CASA DO COMPADRE: ENCONTRO ENTRE A ARTE E O DESIGN

Uma casinha de madeira com 18 metros quadrados e infinitas possibilidades, onde é possível sentir de perto a presença dos imigrantes italianos e alemães. Assim pode ser descrita a Casa do Compadre, instalada no distrito de Aracê, em Domingos Martins. O espaço, idealizado pelo designer Ronaldo Barbosa, é um prolongamento do ateliê Morro do Canário, que agora também abriga um projeto para receber artistas criadores de obras inspiradas na região, como a pintora Rosilene Ludovico, que está produzindo 30 aquarelas exclusivas para a Casa do Compadre. As obras compõem a exposição “Ao Longe”, um dos destaques do local.

ESTILO

MÚSICOS NACIONAIS MARCAM PRESENÇA NO SHOPPING VILA VELHA

A área de eventos do Shopping Vila Velha, montada no estacionamento do empreendimento, recebeu grandes nomes da música brasileira em agosto. Quem ficou responsável pela inauguração, no dia 14, foi Frejat, cantor e compositor que ajudou a escrever parte da história do rock. Na data seguinte, assumiu o palco nacional a Família Caymmi, reunida mais uma vez para homenagear seu patriarca, Dorival Caymmi, que em 2014 faria 100 anos. No repertório,

os irmãos Nana, Dori e Danilo lançaram um novo olhar sobre as canções menos conhecidas do pai, emocionando a todos. Já o show do dia 21 de agosto ficou por conta de Nando Reis (foto), que se apresentou de uma maneira intimista e única para todo o público.

A ARTE COMO AGENTE TERAPÊUTICOO ator Shita Yamashita apresentou no dia 4 de agosto, no Hospital Estadual de Atenção Clínica (Heac), o espetáculo “Chico Tubaína, o Brincante do Arco-Íris”. A ação, que faz parte do projeto “Cultura na Saúde Mental”, idealizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e o Heac, busca valorizar a arte como um agente terapêutico. Durante sua performance, que mistura malabares e contação de histórias, o artista esteve acompanhado de quatro bonecos: o protagonista Chico Tubaina, o pescador João e as mocinhas Rosinha e Menina Bonita do Laço de Fita. Na ocasião foram abordados diversos temas, como folclore, fantasia e ecologia.

ANGÉLICA MURAD EXPÕE RETALHOS E IMPRESSÕES

A artista plástica Angélica Murad retornou à cena capixaba com a exposição individual “Retalhos e Impressões”, que tem a curadoria da arquiteta Fernanda Leão Vieira. A mostra, que segue até o dia 31 de dezembro, marca o lançamento do “Projeto Cultural – Artistas Capixabas”, do Centro Médico Shopping Vitória. Para esse trabalho, Angélica se envolveu totalmente com recortes e retalhos em um processo de criação que se assemelha ao da gravura. A cor é a maior referência, predominando, principalmente, o branco, o verde, o azul e o vermelho. “Meu diálogo com o mundo é através dela, e a uso em grandes formatos e fortes intensidades. Apesar das dificuldades, os tons pastéis e as propostas mornas foram eliminados, e isso nem sempre é fácil”, revela.

FOLGAZÕES SE APRESENTA NO CINE TEATRO NO PRAIAA Companhia de Teatro Folgazões apresentou duas peças dentro do projeto Cine Teatro no Praia, no Kinoplex Praia da Costa, no mês de agosto: “O Pastelão e a Torta” e “Pailhaço”. A primeira, que se encontra em cartaz desde 2010, narra as aventuras e desnventuras de dois mendigos - Julião e Balandrot - em busca de um pastel suculento e de uma torta apetitosa que são vistos na janela do casal de pasteleiros Joaquim e Marieta. O espetáculo é fruto de uma fusão de diversas linguagens, como a comicidade, a música e o teatro de rua. Já “Pailhaços” aborda a conquista do amor, retratando as dificuldades e alegrias que envolvem a gestação e a criação de um filho. Aqueles que foram até o local puderam conferir de perto inúmeras situações, como os desejos inusitados, o parto e a troca de fraldas, todos tratados de uma maneira bem divertida.

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XX PRÊMIO ESPÍRITO SANTO DE ECONOMIA

Mais de 200 economistas, executivos e profissionais liberais de outras áreas prestigiaram o XX Prêmio Espírito Santo de Economia, no dia 13 de agosto. O presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES), Eduardo Araújo , recebeu os convidados e, em seu discurso, falou da importância de se encontrar as oportunidades durante a crise. “Neste momento de turbulências, os economistas podem ajudar a recolocar a economia nos trilhos”. O auditório da Federação das Indústrias (Findes) ficou lotado para o evento, que marcou o Dia do Economista.

LAUDEIR FRAUCHES RECEBE PRÊMIO “ECONOMISTA DESTAQUE”O economista Laudeir Frauches foi homenageado e recebeu a premiação “Economista Destaque do Ano”, pelo Corecon-ES, durante o XX Prêmio ES de Economia. Em seu discurso, ele agradeceu o apoio de seus familiares, de professores que o acompanharam em sua carreira e de colegas de profissão. Destacou que se sente honrado por poder ensinar educação financeira em programa de rádio. “Essa é a saída para a população enfrentar a crise financeira: aprender a gastar, a poupar e a fazer um planejamento financeiro é mais do que fundamental num momento de recessão”, ensinou.

PREMIADOS POR MELHORES MONOGRAFIA E ARTIGOOs economistas Celso Bissoli e Huan Carlos Dias Barros foram os ganhadores do XX Prêmio Espírito Santo de Economia, na categoria “Artigo”, com o tema “Crédito Rural no ES: análise dos resultados dos anos 2000 a 2012”. Eles receberam a premiação durante as comemorações do Dia do Economista, na Findes. Na categoria “Monografia”, o ganhador foi o estudante Joelson Junio Azeredo Cruz, sob orientação do professor Ricardo Ramalhete, da Ufes.

PANORÂMICAS

ENCONTRO I

Parceria do Editor

RAUL VELLOSO CRITICA MODELO ECONÔMICO E FISCAL

O economista Raul Velloso fez críticas ao modelo econômico e fiscal do Governo Federal, voltado para o aumento do consumo, durante sua palestra no XX Prêmio ES de Economia. “Esse modelo já estava esgo-tado desde 2003, e os sinais do esgotamento eram fortes desde a reeleição presidencial. No entanto, o discurso de campanha não condizia com o momento econômico. A recessão veio à tona, e hoje há um senti-mento de que fomos traídos”, avaliou. A única saída, avaliou ele, é a mudança do modelo econômico para a volta dos investi-mentos realizados pela iniciativa privada.

ENCONTRO II

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ENCONTRO III

GOVERNO TRABALHA PARA CRESCIMENTO DA ECONOMIA

O secretário de Estado da Educação, Haroldo Rocha, representou o governador Paulo Hartung no XX Prêmio ES de Economia e citou a gravidade da crise. “Os capixabas se acostumaram a uma década de crescimento. Agora, a crise é grave. Temos uma queda de receita nominal de 3% e estamos reorganizando o ambiente de negócios para que a economia cresça”, observou o secretário. O diretor da Findes José Bergamin, representando o presidente da entidade, Marcos Guerra, deixou uma mensagem otimista: “Juntos, somos maiores do que qualquer crise existente”.

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José Eugênio Vieira é pesquisador com

diversos livros publicados sobre

a História do Espírito Santo e

atualmente ocupa a Superintendência

do Sebrae

Quem são as personalidades que deram nome às ruas e às avenidas do Estado e qual a importância delas para o desenvolvimento capixaba? Para responder a essas e outras perguntas, a coluna “O Endereço da História” presta uma homenagem às pessoas que tanto contribuíram para o Espírito Santo. Confira.

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RUA DESEMBARGADOR O’REILLY DE SOUZA: LEI E ESPADA

NA BALANÇA DA JUSTIÇA

O cidadão Henrique O’ Reilly de Souza propiciou, na criação de sua família, um exem-

plo de convivência democrática que deixou profundas marcas na sociedade,

e não apenas de sua época. Jurista de notável saber, aplicador da lei e

defensor dos princípios constitucionais, praticou esse equilíbrio indispensável à vida da nação quando não interferiu na vocação de seus filhos para a carreira militar. Henrique O’Reilly confirmou, liberal que foi, a compatibilidade entre a lei e a espada, uma e outra aplicadas na busca da equidade e do bem comum.

O jurista que galgou os mais importantes cargos em sua carreira na magistratura foi também uma personalidade de alta sensibilidade, criador de associações voltadas para o campo da emoção, sem, no entanto perder de vista a importância dos meios de comunicação para a defesa e a divulgação dos princípios morais orientadores da conduta social.

Nosso personagem nasceu em São Pedro do Itabapoana, sul do Estado, no dia 2 de outubro de 1871, descendente de família irlandesa que emigrara para o Espírito Santo.

Sua formação acadêmica foi realizada no Rio de Janeiro, desde o ensino fundamental, no tradicional Colégio Pedro II, até sua graduação como advogado pela Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro (atual UFRJ) em 1894, aos 23 anos de idade.

Já casado com Julieta Duval O’Reilly de Souza, lecionou Geografia no Liceu Belas Artes de São Paulo antes de retornar ao Espírito Santo, onde exercitou atividades na área em que se especializou. Promotor de justiça em sua terra natal (hoje Mimoso do Sul) em 1896, foi cumulativamente juiz de Direito da comarca.

Não se deteve, porém, no exercício exclusivo de sua função como magistrado e estendeu sua atividade a outros campos da inteligência, como o jornalismo. Fundador de órgãos de imprensa, defendeu no jornal “A Evolução” suas ideias liberais; mais tarde atuou com redator-chefe nos jornais

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ES Brasil • Agosto 2015 51

“O Progresso”, “A Reforma”, já em 1904, e “O Binóculo”, em 1907.

Henrique O’Reilly de Souza, sempre na busca de novas emoções, criou e manteve várias associações no município, entre elas a Sociedade Musical Lira Progresso, em 1900, da qual foi 1º secretário.

Removido para Guarapari, como promotor público, viveu ali mais uma etapa de sua trepidante vida profissional. Foi, depois e sucessivamente, juiz de Direito das comarcas de Linhares, em 1909, de Santa Leopoldina e Vitória,

ambas em 1910, antes de atuar em Colatina e na então chamada Pau Gigante, hoje Ibiraçu.

Nos nossos dias seria difícil explicar, mas o nosso eminente conterrâneo exerceu, entre uma e outra função na magistratura capixaba, o cargo de delegado de polícia no Rio de Janeiro, então capital da República. Em dezembro de 1915, quando um ano novo prenunciava renovados e saudáveis tempos para o Espírito Santo, Henrique O’Reilly foi nomeado procurador-geral do Estado, cargo em que permaneceu até janeiro de 1916. Em 1925 chegou ao mais alto posto na magistratura, nomeado, pelo governador, desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo.

Em Vitória, figura como um dos fundadores do IHGES – Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, de cuja entidade foi presidente durante cinco anos.

Ao encerrar esta memória do nosso homenageado, volto ao início deste texto, o qual se pretendeu abordar o exemplo de convivência, mais do que possível, imperiosamente desejável, entre a beca e a espada. Incutiu em seus filhos a ideia de democracia, em que todos os poderes da República se voltam, respeitando a hierarquia constitucional, para o bem comum da população. Milton, Nélson e Mário realizaram brilhante carreira no Exército até atingir a mais alta patente como generais: Edgard foi procurador regional da Justiça Eleitoral e da República, promotor de justiça e procurador-geral do Estado; Altamir e Newton ingressaram na Aeronáutica e se tornaram aviadores militares.

Henrique O’Reilly de Souza viveu intensamente, usando o tempo a seu favor, até morrer no Rio de Janeiro, no dia 18 de dezembro de 1927, aos 57 anos de idade.

O povo capixaba, por seus representantes na Câmara Municipal, reconheceu a importância da vida e da obra do eminente cidadão para os pósteros, dando o seu nome a importante via pública de sua Capital. (Copidesque: Rubens Pontes)

Mais fotos e vídeos na galeria do site: www.revistaesbrasil.com.br/index.php/artigos-e-colunas/o-endereco-da-historia

Henrique O’Reilly

Foto: Divulgação

Localizada no centro da capital, a Rua Desembargador O’Reilly homenageia um cidadão que deixou profundas marcas na sociedade

Av. Jerônimo Monteiro

Av. Jerônimo Monteiro

Av. Princesa Isabel

Av. Princesa Isabel

R. Des. O' Reile

R. Aristeu Águiar

R. Alberto de Oliveira Santos

R. Cel. Vicente Peixoto

R. Josué PradoR. Araribóia

R. Wilso

m Freitas

R. Wilso

m Freitas

R. Cel. Alziro Viana

R. Barão deItapemirim

R. Eng. Pinto Pacca

Participe da coluna enviando sugestões para [email protected]

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GASTRONOMIA

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VINHO ESPANHOL TINTO BERONIA RESERVA GFA 750 ML Este vinho clássico da região da Rioja, na Espanha, é elaborado com as castas Tempranillo, Graciano e Mazuelo, que lhe atribuem notas de frutas vermelhas com um bocado de tostado, escoltado de uma acidez convidativa e elegante. O blend conseguiu transformá-lo seguramente numa joia espanhola de muita personalidade.

VANDERLEI MARTINS

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ção VINHO CHILENO

TINTO ESCUDO ROJO BLEND GFA 750 ML

Tem como na sua elaboração as castas 40% Carmenere, 38%

Cabernet Sauvignon, 20% Syrah e 2% Cabernet Franc, que lhe

conferem, quando novo, um caráter austero, com muitos

taninos e fruta vermelha em compotas. Já com alguns anos de guarda, este vinho se torna

mais redondo e equilibrado, com boa estrutura e um final

intenso na boca.

GASTRONOMIA

DICA DO CHEFSIMONE FRAGAchef do Villa Spetacollo

Localizado no município de Vila Velha, o Villa Spetacollo aposta em uma gastronomia de botequim com foco na criação e no preparo de opções tipicamente brasileiras. Dentre os pratos que fazem sucesso junto aos clientes, não podemos deixar de citar a Carne de Panela da Dona Neide. “É um dos mais populares servidos aqui no Villa Spetacollo. Sua receita é bem simples e fica uma delícia. Imperdível para quem aprecia uma boa carne de panela”.

HOT DOGS SABOROSOS EM JARDIM CAMBURI

O bairro de Jardim Camburi, em Vitória, conta com mais uma casa gastronômica que vem chamando a atenção dos capixabas, o Vip Dog. A lanchonete, especializada em hot dogs, possui ares de descontração, com mesas espalhadas pela calçada e um ambiente interno bem iluminado. No cardápio, o cliente pode encontrar combos quem vêm com o lanche (15 ou 24 cm), além de um refrigerante, batata frita e churros. Há recheios saborosos feitos com salsicha, linguiça, tiras de filé mignon, cubinhos de filé de frango ou bife de hambúrguer. Todos são servidos no pão de cachorro-quente. Dentre os destaques, está o Vip Cheese, preparado com molho, salsicha comum, muçarela, maionese da casa, milho, ervilha, batata palha, crispy onion e queijo parmesão. Delicioso!

Foto: Divulgação

VINHO PORTUGUÊS BRANCO GURU

GFA 750 ML A exemplo dos bons clássicos do

Douro, este grande vinho contém as castas Viosinho, Rabigato, Códega e Gouveio, que lhe

conferem boa estrutura com muito frescor e um mineral em boca

muito agradável. As vinhas muito velhas produzem apenas

o suficiente para dar à bebida o necessário para ser superlativo.

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PARQUE BOTÂNICO VALE

Q ue tal um espaço de lazer que t amb é m é u m a u n i d ad e d e conservação da Mata Atlântica,

uma das mais importantes florestas do país? Situado em Vitória, dentro do Complexo de Tubarão e a apenas 12 km do Centro da cidade, o Parque Botânico Vale compreende uma área de 33 hectares, o equivalente a 33 campos de futebol, utilizados para preservação e educação ambiental, atividades culturais, promoção da saúde e entretenimento.

O local abriga mais de 140 espécies de árvores, entre elas pau-brasil, jacarandá e ipê, além de animais silvestres, como caticocos, gambás, saguis e diversas aves, que podem ser vistos ao longo das cinco trilhas ecológicas disponíveis para os visitantes.

Além da beleza natural única, há vários outros atrativos por lá. O Vagão

do Conhecimento ostenta a primeira audioteca do Espírito Santo e é uma biblioteca com rico acervo. O orquidário, aberto diariamente, apresenta mais de 350 exemplares, e o Jardim Sensorial, numa área de 100m², aguça a curiosidade do público por estimular os cinco sentidos.

Para a criançada, uma área recreativa e as trilhas guiadas despontam como interessantes. São 4 km de percurso que oferecem uma oportunidade diferenciada para conhecer melhor a natureza.

Você pode ainda fazer um passeio de ônibus até o Complexo de Tubarão, área operacional da Vale no Espírito Santo, com direito a um guia detalhando todo o funcionamento da mineradora. Bastante comum é encontrar excursões escolares que participam do Programa de Educação ambiental do parque, inclusive de instituições de ensino de outros estados.

AONDE IR

GASTRONOMIAA menos de cinco minutos (de carro) do parque, a melhor dica é o rodízio completo da Minuano, com direito a dois cortes exclusivos no Espírito Santo: o Short Ribs - chuleta ou costela premium, com gordura entrelaçada – e o Shoulder Steak (foto). Ambos Angus Prime, acompanhados do tradicional molho chimichurri, saborosa herança argentina que faz toda a diferença, à base de pimenta calabresa, cebola e alho.

HOTEL E CHURRASCARIA MINUANOAv. Dante Michelini, 337 Camburi, Vitória – (27) 2121-7877/Ramal 6

COMO CHEGARIndo pela Praia de Camburi, há um condomínio e a entrada da Vale. Siga à direita, contornando o conjunto residencial, até chegar ao ponto final do ônibus do bairro Jardim Camburi.

Veja mais fotos na galeria do site: www.revistaesbrasil.com.br

Av. Dante Michelini

Av. Nossa Sra. dos Navegantes

Vitória

Parque Botânico Vale

Vila VelhaCariacica

Serra

HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTODe 3ª-feira a domingo, das 8h às 17h.Contato: 27 3333-6200Trilhas (durante os dias de semana): 9h, 10h, 14h e 15h.Trilhas (final de semana e feriado): 10h, 11h, 14h e 15h.Visita orientada ao Complexo de Tubarãodurante os dias de semana: 9h, 10h, 14h e 15h.Final de semana e feriado: 10h, 11h, 12h, 14h, 15h e 16h.

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MAIS E MELHOR

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DVD

RECANTO AO VIVOGal Costa

Gravado ao vivo no Rio de Janeiro com produção de Caetano Veloso e coprodução de Moreno Veloso, “Recanto Ao Vivo” foi eleito o Melhor Show do Ano pelo Prêmio Multishow e pelo jornal O Globo. Incluindo canções do último álbum “Recanto”, Gal ainda revê grandes sucessos de sua carreira, como “Baby”, “Vapor Barato”, “Um Dia de Domingo”, “Dom de Iludir”, “Meu Bem, Meu Mal”, “Divino Maravilhoso” e “Força Estranha”.

CD

SER DE LUZ - UMA HOMENAGEM A CLARA NUNESMariene de Castro

Cantora baiana que está conquistando o Brasil, Mariene de Castro faz um emocionado tributo a Clara Nunes.

Reúne sucessos como “Guerreira”, “Morena de Angola”, “Feira de Mangaio”, “Conto de Areia”, “Portela na Avenida”, entre outras. Zeca Pagodinho e Diogo Nogueira dividem o palco nas canções “Coisa da Antiga” e “Juízo Final”.

MADE IN JAPANDeep Purple

“Um dos melhores álbuns ao vivo da história do rock. Highway Star, Child In Time e Smoke on the Water estão entre as faixas que esbanjam o talento de Ritchie Blackmore na guitarra, dos teclados de Jon Lord, vocais de Ian Gillan e o dominio de Ian Paice na bateria. Ouço sempre”Ricardo Santos, campeão olímpico de vôlei de praia

ZECA BALEIRO CANTA ZÉ RAMALHO CHÃO DE GIZ AO VIVOSom Livre

“Em um tempo em que vemos tantas pessoas com poucas esperanças, nada melhor que esta homenagem a Zé Ramalho, que tanto aposta no Brasil. Grandes sucessos como ‘Chão de Giz’, ‘Taxi Boy’, e ‘Avohai’, na voz e no estilo único de Zeca. Excelente”. Mauro Quintão, diretor-presidente do Grupo M Quintão

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NÚMERO ZERO Umberto Eco, Record

“Acabei de lê-lo e o recomendo a todos que gostam de obras que nos fazem refletir sobre a realidade e o mundo contemporâneo. Este, então, é leitura indispensável a jornalistas, pois enfoca a redação de um suposto jornal; aos amantes de histórias policiais; e aos que gostam das intrigas do mundo político atual. Perfeitamente adequado ao momento brasileiro”.Francisco Aurélio Ribeiro, professor, escritor e presidente da Academia Espírito-Santense de Letras

Confira as sugestões da coluna no site: www.revistaesbrasil.com.br

Foto: Divulgação

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LIVRO

BRASIL: UMA BIOGRAFIALilia M. Schwarcz e Heloisa Starling, Companhia das Letras

Por meio de um texto agradável, vasta docu-mentação original e rica iconografia, as autoras se debruçam não somente sobre a “grande história”, mas também sobre cotidiano, cultura, minorias, ciclos econômicos e conflitos sociais, muitas vezes subvertendo datas e eventos consagrados pela tradição. Diverso e plural como o Brasil, o livro tem 10 capas com diferentes combinações de cor.

BLU RAY

VINGANÇA AO ANOITECER Paul Schrader, Califórnia Filmes

O agente da CIA Evan Lake (Nicolas Cage) sofreu nas mãos do terrorista Muhammad Banir (Alexander Karim), dado posteriormente como morto. Vinte e dois anos se passaram, e surgem indícios de que o criminoso está vivo, pronto para atacar novamente. Na companhia do jovem agente Milton Schultz (Anton Yelchin), Lake

fica obcecado em capturá-lo. O problema é que ele foi diagnosticado com uma demência agressiva, e a CIA quer forçá-lo a se aposentar.

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Potência e elegância ao seu alcance

Foto: Divulgação

DISCOVERY SPORT

DISCOVERY SPORT SE

Motorização: 2,0 Si4 gasolina, de 240cv e 340Nm

Câmbio: Transmissão automática de 9 velocidades com Paddle Shift

Direção: elétricaPneus e rodas: Rodas de liga-leve

de 18” estilo 109Dimensões: • Comprimento: 4.599 mm• Largura: 2.173 mm (mirrors out)/

2.069 mm (retrovisores rebatidos)• Altura: 1.724 mm • Entre-eixos: 2.741 mmCapacidade • Porta-malas: 550 L• Tanque: 70 L

TEST DRIVE

detém outros itens, como teto solar panorâmico, conjunto de faróis Xenon com assinatura em LED, rodas em liga-leve de 19 polegadas e sistema de áudio Meridian com 16 alto-falantes e um subwoofer. O carro sai por R$ 232.500.

O modelo leva o design da “Família Discovery” a um visual mais impactante sem comprometer a funcionalidade e a engenharia já reconhecida mundialmente com o Discovery, seu “irmão mais velho”. O desenho também foi projetado para proporcionar o máximo de eficiência aerodinâmica.

“Além de ser um dos modelos mais importantes da Jaguar Land Rover, ele tem a vantagem de ser um dos veículos que será produzido no Brasil. O carro surpreende a todos!”, destaca o gerente comercial da Land Vitória, Gutemberg Roque.

O mais versátil SUV compacto premium do mundo já se encontra disponível na Land Vitória. Com três versões diferentes de acabamento, o Discovery Sport

apresenta tração nas quatro rodas, motor 2.0 Si4 a gasolina, 240 cv de potência e sistema de transmissão ZF de nove velocidades, com opção para trocas sequenciais no volante. O modelo, que está sendo importado da fábrica da empresa no Reino Unido, até ser fabricado na cidade de Itatiaia (RJ) a partir do ano que vem, sai por R$ 179.900.

As marchas altas trazem relações mais longas, o que proporciona economia de combustível e conforto para o condutor. Outro grande destaque são os índices mínimos de ruído e trepidação dentro da cabine.

Além do conjunto motor e câmbio, o veículo vem equipado de série com o exclusivo e renomado sistema Terrain Response – que adapta as configurações de tração, torque e aceleração de acordo com o terreno trafegado – e com o modo Eco, que maximiza a economia de combustível. O modelo ostenta com um conjunto de tecnologias para todos os terrenos, incluindo Hill Descent Control (HDC), Controle de Estabilidade de Rolagem (RSC), Controle Dinâmico de Estabilidade (DSC) e Controle Eletrônico de Tração (ETC).

Todas as opções vêm ainda com retrovisores elétricos, sistema de entretenimento com tela touchscreen de oito polegadas, conexão Bluetooth com streaming de áudio, sistema de ignição stop/start, entrada USB e sete air bags.

A versão SE traz rodas de 18 polegadas, bancos com revestimento em couro, faróis de neblina, sensor de estacionamento com câmera de ré e ar-condicionado dual zone, com regulagem de temperatura independente. A HSE Luxury, com status de topo de linha,

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CVC INAUGURA CONCESSIONÁRIA EM NOVA VENÉCIA

O grupo CVC inaugurou no dia 17 de agosto as novas instalações da revenda de Nova Venécia. A concessionária, que é concebida dentro dos padrões da General Motors, fica localizada no centro da cidade. O espaço dispõe de showroom climatizado para a comercialização de veículos novos e seminovos, além de venda direta para empresas, taxistas e produtores rurais, entre outros segmentos que dependem de carro para exercer seu trabalho. A abertura da unidade marca os 30 anos de atuação da CVC no mercado capixaba. Durante este período, foram comercializados mais de 155 mil automóveis pelas concessionárias da marca.

Foto: Divulgação

RANKING AUTOMOTIVO A cada mês, a coluna Test Drive publica o número de emplacamentos feitos no Espírito Santo, considerando apenas automóveis e comerciais leves com valor de mercado superior a R$ 50 mil. Para chegar ao número total de cada veículo, somaram-se todas as versões disponíveis. Confira a lista referente ao mês de julho.

NÚMERO DO MÊSFoi o número de emplacamentos de veículos comerciais leves realizados em todo o Estado no mês de julho, de acordo com dados do Sindicato

dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives).

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Pos. Fabricante/ Veículo Emplacamentos A partir

de (R$)

1º Toyota Corolla 207 66.570

2º Toyota Hilux 136 100.290

3º Jeep Renegade 80 69.900

4º Honda HR-V 79 71.900

5º Honda Civic 67 68.400

6º Honda Fit 48 54.500

7º GM Cruze 42 71.860

8º Ford Ecosport 38 65.900

9º Renault Duster 37 59.990

10º GM S10 34 83.130

Fonte: Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives)

TOYOTA ETIOS APRESENTA NOVO SISTEMA MULTIMÍDIA

As versões XLS e a aventureira Cross (hatchback) da linha 2016 do Etios, da Toyota, apresenta um novo sistema multi-mídia. Por conta da novidade, os preços de toda a linha também foram reajustados, partindo de R$ 40.890 para o hatch e R$ 45.190 para o sedã. O grande destaque do sistema de áudio fica por conta da tela LCD touchscreen de 7” e da tecnologia de espelhamento para smartphones. Com o item, o condutor pode reproduzir arquivos MP3 por meio da conexão de dispositivos USB, entrada para cartão SD, HDMI e Aux-In, além de pareamento por Bluetooth. O adereço também vem com viva-voz para telefone e controles no volante.

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V40 CROSS COUNTRY GANHA NOVO MOTOR

A variante aventureira do hatch V40, conhecida como Cross Country, a partir de agora será equipada com a mesma motorização da versão R-Design. O anúncio foi feito pela Volvo do Brasil no final do mês de julho. O motor de quatro cilindros 2.0 turbo Drive-E com 245 cv, que é gerenciado por uma nova caixa de câmbio automática de oito velocidades, pode levar o modelo de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos. Para ter um controle maior, o V40 Cross Country vem com uma direção elétrica com três opções de configuração, que permite conduções mais suaves ou mais firmes, dependendo do terreno. O carro chega por R$ 145.990.

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ANDREA [email protected]

MULHERESE sta é uma coluna dedicada às mulheres.

Essas que são filhas, mães, esposas e ainda dão conta de suas tarefas profissionais com charme, competência e uma sensibilidade que só elas têm!

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CHÁ DE HIBISCO – MAIS QUE UMA NOVA ONDA FITOk, você já deve ter percebido, em tudo o que é publicação voltada

para a saúde, que o chá de hibisco é um dos grandes trunfos das dietas. E ele é poderoso mesmo! É capaz de estimular a queima de gordura corporal, facilitar a digestão, regularizar o intestino e combater a retenção de líquido. Ou seja, a gente pode aproveitar essa plantinha pra cuidar da saúde também, e não só da estética. Agora, se o seu objetivo é mesmo ajudar na queima de gordura localizada, vai aí uma dica: alguns ingredientes têm a capacidade de aumentar os efeitos do hibisco, e o resultado, principalmente na cintura, aparece mais rápido. Quer saber quais são? Principalmente as ervas cavalinha e alfafa, a alcachofra e a clorela (alga vendida em tabletes ou cápsulas). E já que o sol já anda bem quente por aqui, vai aí uma receitinha muito refrescante.

SERÁ QUE A “CULPA” É SÓ DA BABÁ?Iniciozinho de mês bastante conturbado para as celebridades internacionais. O fio condutor de várias e várias matérias que resgataram histórias de famosos e seus relacionamentos extraconjugais com as babás de seus filhos foi a separação dos atores de Hollywood Ben Affleck e Jennifer Garner, depois de um casamento de 10 anos, com três filhos. Pivô da separação: a babá. Mas a história não parou por aí e acabou levando o nome da uber top model brasileira Gisele Bündchen para os trending topics da rede social Twitter. Isso porque a babá em questão teve divulgada uma foto em que estaria muito à vontade, viajando no avião de Affleck, em companhia do marido da bela Gisele, o jogador de super bowl Tom Brady, de quem usava os famosos anéis quando foi clicada. A moça é bonita, tem 28 anos, e sua função era cuidar das crianças de Affleck e Garner. Aí, quero polemizar um pouco a questão e deixar você pensar a respeito: a babá é mesmo o pivô? Sozinha? Os homens não têm mesmo nenhuma culpa por avançar o limite? Será que essa profissão tem que ser mesmo estereotipada, e só podem se candidatar as antigas “senhoras acima do peso com óculos de lentes grossas e com lenço na cabeça”? É disso mesmo que estamos falando? Sinceramente, há muito mais estrelas nesse céu do que aparecem a olhos nus. #valeareflexão

JÁ ABRAÇOU O SEU PAI OU A SUA “PÃE” HOJE? NÃO DEIXE PASSAR EM BRANCO! VALE PRA TODO DIA!!!

Leve um 1 litro de água ao fogo. Assim que começar a ferver, acrescente 2 colheres (sopa) cheias do hibisco seco (ou 2 sachês). Desligue o fogo, tampe e deixe descansar por 5 minutos (10, no máximo). Coe em seguida. Evite voltar a aquecer para não diminuir os efeitos terapêuticos da planta. Deixe esfriar e coloque na geladeira. Adicione 1/2 litro de chá de hibisco gelado, 1 maçã, 1 folha de couve, suco de 1 lima-da-pérsia e 1 col. (café) de gengibre ralado. Bata os ingredientes no liquidificador, coe e beba em seguida. Bom pra fazer no trabalho e dividir com as colegas de sala!

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VITÓRIA SE DESTACA ENTRE AS CIDADES MAIS INTELIGENTES DO PAÍS

FATOS

Por reunir no prontuário eletrônico do paciente dados produzidos em diversos formatos, a inovação gerou um aumento no número de atendimentos da rede pública, proporcionando ainda a possibilidade de avaliação dos serviços oferecidos através de um torpedo SMS.

“A assinatura digital foi um dos grandes avanços na saúde, pois aumentou a segurança e diminuiu em 100% as fraudes em atestados. É uma honra poder receber esse prêmio pelas inovações que estamos fazendo na gestão. Esse é um reconhecimento do nosso trabalho para tornar a cidade de Vitória cada dia melhor para morar, visitar e trabalhar”, afirmou o prefeito Luciano Rezende.

Vitória também se destaca como a capital mais bem posicionada no Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (SUS), indicador elaborado pelo Ministério da Saúde. “Esse é um dos resultados da gestão compartilhada de Vitória, onde servi-dores, gestores e população se unem para construir soluções para os problemas coti-dianos e que trazem impactos cada vez mais positivos para toda a cidade”, acrescentou a secretária de Saúde, Daysi Koehler Behning.

A boa colocação no ranking das cidades que oferecem melhor qualidade de ensino

aos alunos (nota 4,7) pode ser justificada por algumas ações implantadas nos últimos anos, como o cadastramento eletrônico unificado da educação infantil, que elimina o sorteio de vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis). Outro ponto positivo da ferramenta é que ela pode gerar dados que identificam a real demanda por matrículas, tanto por idade como por região. A atual administração também entregou quatro novos Cmeis, além de novos prédios das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs).

Um levantamento realizado pela consultoria Urban Systems, que mapeou mais de 700 municípios

para definir os que possuem maior potencial de desenvolvimento do Brasil, incluiu Vitória entre as 10 primeiras cidades mais inteligentes do país. Além de ocupar a sétima posição no ranking das 50 principais, a capital capixaba também se destacou nos quesitos educação e saúde, ficando com o terceiro e o primeiro lugar, respectivamente.

No ranking geral, quem obteve a liderança foi o Rio de Janeiro (RJ), seguido por São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR) e São Caetano do Sul (SP). A consultoria analisou 70 indicadores de 11 áreas da gestão pública: economia, educação, empreendedorismo, energia, governança, meio ambiente, mobilidade, planejamento urbano, saúde, segurança, tecnologia e inovação.

O Prontuário Eletrônico que foi implan-tado pela prefeitura é considerado um dos fatores que contribuíram para a nota 4,4 em saúde. Com o software Rede Bem Estar, foi possível interligar todos os equipamentos (unidades de saúde, prontos-atendimentos, farmácias, laboratórios, consultórios odontológicos, centros de referência e de especialidades) em um único sistema.

Pos. Cidade Nota

1º Vitória (ES) 4,4

2º Florianópolis (SC) 3,9

3º Joaçaba (SC) 3,8

4º Goiatuba (GO) 3,7

5º Aracaju (SE) 3,6

Fonte: Ministério da Saúde

SAÚDE

Fonte: Inep

EDUCAÇÃO

Pos. Cidade Nota

1º Florianópolis (SC) 5,1

2º São Caetano do Sul (SP) 5,0

3º Vitória (ES) 4,7

4º Niterói (RJ) 4,5

5º Viçosa (MG) 4,4

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IVO NOGUEIRA DIAS

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O MOMENTO É DE MUITA CAUTELA

E m uma palestra para um grupo de empreendedores apoiados pelo instituto de empreendedorismo Endeavor, Jorge Paulo Lemann listou seis lições

inspiradoras para quem precisa ter atitudes em meio ao momento que vivemos.

Reflita:1 - “Crise não é motivo de desespero”Lemann lembrou que as maiores operações que fez com suas empresas foram em épocas de crise. “O mercado e os empreendedores do Brasil são muito bons, então é melhor olhar para a frente, ver como aproveitar qualquer dificuldade”, afirmou.

2 - “Ao buscar investimento, não olhe só para o dinheiro”O segundo conselho de Lemann é buscar qualidades e contribuições entre os investidores. “Como empreendedor, eu olharia para um investidor ponderando se ele quer apenas colocar dinheiro ou se será um sócio que vai trazer algo a mais”.

3 - “Equilibre vida pessoal e profissional”Lemann é conhecido por levar uma vida pessoal equilibrada e saudável e afirma que sempre praticou exercícios físicos por pelo menos uma hora por dia, “seja o que estiver acontecendo no mundo”. O segredo? “Nunca fiz questão de ser o cara que fazia tudo. Gastei mais tempo escolhendo e formando gente muito boa para, eventualmente, dar oportunidades a eles e ter mais tempo para mim”.

4 - “Formar gente boa é o melhor negócio”Para Lemann, as pessoas devem ser um dos tópicos mais importantes de uma empresa. É preciso acompanhar, entrevistar, saber identificar talentos, desenvolver potencialidades. “Geralmente, o empreendedor olha mais para custos e vendas e contrata alguém de RH para se ocupar do assunto”, disse o empresário.

5 - “Cultura não se impõe, cria-se em conjunto”Com operações diversificadas e atuando em vários países do mundo, Lemann vêm com um de seus desafios manter a cultura corporativa. Para ele, a melhor arma é o diálogo. “A nenhum lugar chegamos impondo que ‘nossa cultura vai ser assim’. Falamos ‘a nossa é assim, como é a de vocês? E a partir daí desenhávamos uma cultura organizacional comum”.

6 - “Venda seu sonho grande”Lemann afirma que sempre vendeu o sonho muito maior do que o tamanho da empresa. Durante a consultoria, um empreendedor comentou seus planos de expansão pela América Latina. Lemann respondeu: “Acho que seu sonho é um pouco limitado. Eu olharia

para o mundo”. Mas o empresário ressalva: “É claro que, se você vende um sonho que não chega nem perto da realidade, a turma não acredita. Se você vende o sonho que é difícil, mas que é atingível, melhor”.

O momento também é de muita açãoNunca antes na história deste país pudemos vivenciar situação tão extrema, quer na política, na ética, na gestão, na confiabilidade e principalmente na esperança.Percebe-se um estado de espírito de tensão total, de não ter a certeza de que o amanhã será real. Aliás, o que seria real hoje?Vivemos um momento de profundas transformações que não temos ideia quais serão e para onde nos conduzirão, tal a falta de perspectiva e norte estratégico.É neste momento que temos de voltar para o nosso ser interior e buscar nos motivar a sermos diferentes, agirmos de forma a não se nos contaminarmos e estarmos atentos a toda e qualquer oportunidade.

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ECONOMIA

ES Brasil • Agosto 2015 65

COM A INSTABILIDADE ECONÔMICA, É PRECISO TOMAR ATITUDES FIRMES PARA TENTAR AMENIZAR A CRISE

O país está no meio de uma crise séria oriunda de uma soma de fatores que levam a um panorama

desanimador: economia internacional em altos e baixos, preços de commodities em queda; contas públicas em descontrole, com ajuste econômico significando cortes de verbas e mais impostos; inflação crescente, juros elevadíssimos; descrença na classe política; governo central sem credibilidade e sem capacidade de articulação política; e, ainda, um “mar de lama” sendo apurado pela Operação Lava Jato que envolve tanto pessoas de destaque no meio empresarial quanto político. Sem contar que estados e municípios também estão sem recursos, indicando que pouco se pode esperar diante desse quadro, pelo menos neste ano e no próximo.

Com o panorama atual, é preciso tomar atitudes firmes em termos de políticas econômicas e fiscais e também ações de cunho político para debelar a crise, ou amenizá-la. Mas há outras medidas que são também importantes para ajudar a afastar as dificuldades atuais e tornar mais difícil a interrupção do ciclo de cresci-mento depois desta fase delicada. Pois, nos momentos de crise, é que se oportunizam soluções para questões que nem sempre em épocas de bons ventos são tratadas. E essas saídas têm um papel vital para o crescimento econômico, entre as quais: a desburocratização dos entes estatais;

a busca pela inovação em toda a sua dimensão; e a adoção de medidas para tornar a gestão pública mais eficiente.

A burocracia causa prejuízos diversos em licenciamentos ambientais, perícias, laudos, licitações e outros documentos

técnicos, por exemplo, o que tem levado à convergência de ações da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais

(Unale), que criou comissão especial para esse fim. No Senado, é discutida a criação de um grupo de trabalho para simplificar as regras visando a padronização e melhoraria da competitividade e dos serviços prestados ao cidadão. E as confederações da Indústrias (CNI) e da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entre outros segmentos, têm debatido pautas prioritárias para a desburocratização, como: eficiência do Estado, inovação e produtividade, relações de trabalho, infraestrutura, tributação, segurança jurídica e segurança pública.

Nessa mesma linha, é claro que o país tem que investir e trabalhar para que ocorra inovação, pois este é o melhor caminho para manter e conquistar mercados e por tornar mais competitivos produtos e serviços nacionais. Isso tem sido buscado por governantes e empreendedores, mas precisa ser reforçado, pois é mais que urgente no momento atual.

Com certeza, uma nação menos burocrática e mais inovadora certamente será mais eficiente do ponto de vista da gestão pública também, especialmente, no tocante aos seus gastos, que significará priorizar, e não desperdiçar. Assim, com crise ou sem crise, só haverá crescimento duradouro se esses elementos estivem presentes. Obviamente, a questão ética e a responsabilidade com a coisa pública devem estar incluídas nesse contexto de forma inequívoca.

CRISE EXIGE DESBUROCRATIZAÇÃO, INOVAÇÃO E EFICIÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICA

LUIZ FERNANDO SCHETTINO Professor da Ufes e especialista em Gestão do Conhecimento e Inovação

Nos momentos de crise é que se

oportunizam soluções para questões que nem sempre em épocas de

bons ventos são tratadas. Essas ações têm um papel vital para o crescimento

econômico, entre as quais: a desburocratização dos entes estatais; a busca

pela inovação em toda a sua dimensão; e a adoção de medidas para tornar

a gestão pública mais eficiente”

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LUIZ FERNANDO LEITÃ[email protected]

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• O Espírito Elétrico vem aí

• Até o inverno tá esquisito

• Confirmada a primeira Petshow do ES

• A Festa do Morango não para de crescer

• Em setembro, tem a 7ª Bienal Capixaba do Livro

• Só faltam 4 meses!!!

DICA DO CHEF“Velejar”. – Carlos Roberto Carvalho, engenheiro

A SAIDEIRA!A coluna repudia veementemente qualquer repúdio veemente!!!

• O Brahma

• O Brancão

• O pixuleco

• O TCU

• O povo na rua

• O Vasquinho

CARDÁPIO DE ASSUNTOS

MOQUEQUINHAS

PRATOS DO DIA

Seis Meses em 1945

Michael Dobbs Confiança Criativa Tom Kelley

Minions Filme

CRIATIVIDADE VALE $$$

A rede ItsNOON é uma plataforma nacional em que as pessoas podem enviar textos, imagens, vídeos ou áudios respondendo às “Chamadas Criativas”. Essas chamadas são perguntas como “qual é a força do jovem da periferia?” ou “o que é um empreendedor criativo para você?”. Numa delas, por exemplo, cada uma das 10 melhores contribuições ganha R$ 100. Toda a base de colaboração do site é a economia criativa, um modelo de negócio que origina atividades, produtos ou serviços desenvolvidos a partir de conhecimento, criatividade ou capital intelectual de indivíduos visando a geração de trabalho e renda. Toda semana, o ItsNOON divulga a chamada “Manda Vê”. Nela os usuários são convidados a criar a partir de temas específicos, como paraíso, frase, bicho ou folia; e todos que enviarem a sua criação ganham prêmios em dinheiro. Para participar, é simples. Basta se cadastrar na rede.

AHHH!!! A PAIXÃOQuanto nossos comportamentos são alterados sob efeito da paixão?

Os cientistas George Loewenstein e Dan Ariely, de Berkeley, pesquisaram, e os resultados são bem intrigantes. Os especialistas chegaram a mudar de opinião radicalmente em estado passional. Atitudes consideradas improváveis em quadro normal passam a ser consideradas aceitáveis em condição de excitação. Prevenção, proteção e moralidade desapareceram completamente dos comportamentos e o número de pesquisados que admitiu fazer sexo seguro diminui em 30%. Segundo os pesquisadores, campanhas de conscientização devem levar em conta o momento em que são assistidas, sob pena de se tornarem absolutamente ineficazes.

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