revista feinox 2012

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Ano 7 - Edição nº 43 - Outubro de 2012 Acesse o portal: Publicação Especial FEINOX 2012 Distribuição gratuita DESENVOLVIMENTO Aço inox nas modernas estações do metrô paulistano INOVAÇÃO Novo tipo de aço chega à indústria automobilística TECNOLOGIA Indústria siderúrgica investe nas coberturas metálicas CENÁRIO REFORÇA A NECESSIDADE DE MECANISMOS DE DEFESA SETOR DO AÇO:

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Feira acontecerá no dia 23 a 25/10.

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Page 1: Revista Feinox 2012

Ano 7 - Edição nº 43 - Outubro de 2012

Acesse o portal:

Publicação

Especial FEINOX 2012

Dis

tribu

ição

gra

tuita

DESENVOLVIMENTO Aço inox nas modernas estações do metrô paulistano

INOVAÇÃO Novo tipo de aço chega à indústria automobilística

TECNOLOGIA Indústria siderúrgica investe nas coberturas metálicas

CENÁRIO REFORÇA A NECESSIDADE DE MECANISMOS DE DEFESA

SETOR DO AÇO:

Page 2: Revista Feinox 2012
Page 3: Revista Feinox 2012

Mercado Empresarial

MErcado do aço nEcEssita MEcanisMos dE dEfEsa

para MantEr coMpEtitividadE

o mundo inteiro, a siderurgia vem convivendo com a estagna-

ção dos mercados tradicionalmente consumidores. No Brasil,

não é diferente. Em 2011 e no primeiro semestre de 2012 a

siderurgia brasileira trabalhou em um cenário desfavorável. O Real

sobrevalorizado, aliado a uma inflação interna alta, eleva os custos

de mão de obra e serviços e reduz de forma significativa a competi-

tividade das empresas brasileiras participantes da cadeia produtiva do

aço. Esses fatores comprometem fortemente a lucratividade do setor,

principalmente na área de aços especiais, e praticamente eliminam

possíveis vantagens relacionadas à barreira geográfica que poderia

inibir a entrada de produtos externos no País. De janeiro a agosto

deste ano, o País produziu 3,3% a menos de toneladas de aço bruto

do que no mesmo período do ano passado.

O quadro internacional, segundo o WorldSteel Association, é de

estabilização, com fraca recuperação, o que reforça a necessidade de

atenção do Governo brasileiro a mecanismos de defesa comercial e

correção de assimetrias competitivas.

A exploração e refino do petróleo do pré-sal, assim como a

construção civil e o setor sucroalcooleiro, entretanto, devem ajudar a

impulsionar negócios em diversas áreas nos próximos anos, entre elas

o segmento de produtos de aço inox. A perspectiva é que a atividade

se mantenha aquecida nos próximos dez anos.

Para mostrar as novas tecnologias e possibilidades do mercado

de inox e debater as problemáticas da área, acontece em São Paulo,

de 23 a 25 deste mês de outubro, a Feinox 2012 (V Feira de Tec-

nologia de Transformação do Aço Inoxidável, XI Seminário Brasi-

leiro do Aço Inoxidável e V Coninox – Congresso do Aço Inox).

Mercado Empresarial também focaliza o setor nesta edição.

Boa leitura!

N

editorial

expediente

Coordenação: Mariza SimãoRedatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SPcontato: [email protected] nesta edição: Irineu Uehara e João LopesDiagramação: Rogério SilvaArte: Cesar Souza, José Francisco dos Santos,José Luiz Moreira, Edmilson Mandiar, Ivanice Bovolenta, Fellipe Moreira, Marilene Moreno, Hermínio Mirabete Junior, Ricardo Satoshi Yamassaki, Danilo Barbosa GomesDistribuição: FEInox 2012, V FEIRA DE TECnoLoGIA DE TRAnSFoRMAção Do Aço InoxIDáVEL

Matriz:São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273Filiais:Araçatuba - Rua Floriano Peixoto, 120 1º and. - s/ 14 - Centro - CEP 16010-220 - Tel.: (18) 3622-1569 Fax: (18) 3622-1309Bauru - Edifício MetropolitanRua Luso Brasileira, 4-44 - sl 1214 - 12º and.CEP 17016-230 - Tel.: (14) 3226-4068Fax: (14) 3226-4098 PiracicabaSisal Center - Rua Treze de Maio, 768sl 53 - 5º and. CEP 13400-300 - Tel.: (19) 3432 - 1434Fax.: (19) 3432-1524Presidente Prudente - Av. Cel. José Soares Marcondes, 871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000 Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690Ribeirão Preto - Rua álvares Cabral, 576 -9º and. cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628 Fax: (16) 3625-9895São José do Rio Preto - Rua xV de novembro, 3057 - 4º and. - cj 408 - CEP 15015-110 Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419

o editor não se responsabiliza pelas opiniões expressas pelos entrevistados.

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Page 4: Revista Feinox 2012

Fascículo Ecoturismo - Vol.6

sumário

Setor do aço: cenário estável, com fraca recuperação, reforça a necessidade de me-canismos de defesa

panorama do setor

Meio ambiente

tecnologia

vitrine

release

Economia

Mercado

Evento

Entrevista

inovação

Higiene

sustentabilidade

cases & casespesquisa

tendência

Entrevista com o presidente da Unidade de Negócio Níquel da Anglo American, Walter De Simoni

Novo tipo de aço chega à indústria automobilística

Alimentos e bebidas

Elevadores verdes economizam até 75% de energia elétrica nos edifícios

Selo de aço da ArcelorMittal atende construções verdes

Honda desenvolve nova tecno-logia para soldar aço e alumínio

dicas de leitura

FEINOX 2012: Estimulando o desenvolvimento de negócios com o aço inoxidável

Indústria prevê repasse de preço menor da energia; economistas questionam

Cresce, no mundo, o número de transações de fusões e aquisições de siderúrgicas

Estruturas metálicas, base para grandes obras

Ligas metálicas nanocristalinas estáveis tornam-se realidade

O ouro arquitetônico

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DEstino Brasil: PampaNesta edição:

desenvolvimento

Construtoras inovam e apostam na força e praticidade do aço40

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release

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panorama do setor

CENÁRIO ESTÁVEL, COM FRACA RECupERAÇÃO, REFORÇA A NECESSIDADE DE MECANISMOS DE DEFESA

SETOR DO AÇO:

a construção civil, o setor sucroalcooleiro e o pré-sal, entretanto, animam empresas do ramo do aço inox, setor que movimenta mais de Us$ 5 bilhões ao ano

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panorama do setor

CENÁRIO ESTÁVEL, COM FRACA RECupERAÇÃO, REFORÇA A NECESSIDADE DE MECANISMOS DE DEFESA

como a Copa, Olimpíadas, pré-sal e Minha Casa e Minha Vida podem ser indutores de uma reto-mada do consumo de aço.

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos e as vendas apresentaram leve recuperação no período de janeiro a agosto. O consumo aparente totalizou 17,2 milhões de to-neladas em 2012, aumento de 1,7% em relação a igual período de 2011. Enquanto as vendas acu-muladas em 2012, de 14,7 milhões de toneladas, mostraram leve crescimento de 1,4% com relação ao mesmo período do ano anterior. Destaque para o setor automotivo que vem aumentando suas vendas com a redução do IPI, concedida pelo Governo.

As exportações de janeiro a agosto caíram

m 2011 e no primeiro semestre de 2012 a siderurgia brasileira trabalhou em um cenário bastante desfavorável. No mundo inteiro, o setor vem convivendo

com a oferta excessiva de aços que, agravada pela estagnação dos mercados tradicionalmente consumidores, reduz os preços internacionais. O Real sobrevalorizado, aliado a uma inflação interna alta, eleva os custos de mão de obra e serviços e reduz de forma significativa a com-petitividade das empresas brasileiras da cadeia produtiva do aço. Esses fatores comprometem fortemente a lucratividade do setor, principal-mente na área de aços especiais, e praticamente eliminam possíveis vantagens relacionadas à barreira geográfica que poderia inibir a entrada

E

de produtos externos no País.O Brasil produziu 23,2 milhões de tonela-

das de aço bruto de janeiro a agosto deste ano, 3,3% a menos do que no mesmo período do ano passado, segundo o Instituto Aço Brasil. Mantém-se o excedente de capacidade mundial acima de 500 milhões de toneladas, num con-texto internacional de déficit fiscal nos Estados Unidos, crise na zona do Euro, desaceleração na China e em outros mercados emergentes, principalmente nos países muito dependentes de exportações. O quadro geral, segundo o WorldSteel Association, é de estabilização, com fraca recuperação, o que reforça a necessidade de atenção do Governo brasileiro a mecanismos de defesa comercial e correção de assimetrias competitivas.

A desoneração da energia elétrica e da folha de pagamentos são medidas do Governo que podem aumentar a competitividade da indústria. A realização dos chamados projetos especiais

12,4%, chegando a 6,6 milhões de toneladas de janeiro a agosto. As importações ainda pre-ocupam. Foram 2,6 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano, 5,7% acima do mesmo período do ano anterior. O fim da Guerra dos Portos e o recente aumento das tarifas de importação devem ajudar a melhorar esse quadro.

Horizonte azulSe 2012 marca uma retomada, ainda que

fraca, da produção de aço, as siderúrgicas pode-rão vislumbrar um céu de brigadeiro no médio prazo. A agenda positiva para a economia bra-sileira - com a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, bem como a projeção de investimentos em infraestrutura - deve fazer com que o cenário entre 2013 e 2016 fique ainda mais positivo para as companhias do setor.

A Tendências Consultoria projeta crescimen-to médio de 9,1% ao ano na produção nacional

7mercado empresarialmercado empresarial

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de aço bruto, com aumento concentrado, principalmente, em 2014, ano da Copa do Mundo. Além dos eventos es-portivos, a produção deve ser beneficiada pelo aumento de investimento promovido pelas siderúrgicas. Entre os projetos está a Unigal, nova linha de produção de aço galvanizado por imersão da Usinimas, inaugurada em 2011, com capacidade de produção de 500 mil tonela-das. A Gerdau deverá inaugurar neste ano uma fábrica em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, voltada para a construção civil. A Açominas, por sua vez, tem um projeto em Ouro Branco (MG) para a produção de chapas grossas e bobinas laminadas a quente. “Há ainda uma série de outros projetos com previsão de entrada em operação nos próximos anos, de forma que a produção nacional de aço deve ser impulsionada nos próximos cinco anos”, diz Stefânia Grezzana, economista da Tendências.

Esse cenário mais otimista para as siderúrgicas está fundamentado no mercado interno, segundo a Tendên-cias. A demanda gerada por setores como construção civil, indústria automobilística e máquinas e equipamentos será o pilar fundamental para a retomada da produção. A crise internacional, por outro lado, poderá trazer um freio nas exportações de aço das siderúrgicas.

panorama do setorpanorama do setor

Investimento em autossuficiência

As siderúrgicas brasileiras devem ajustar seu modelo de negócio às novas condições do setor e elevar investimentos em autossuficiência para que se tornem mais competitivas, na avaliação da Moody’s Investors Service. Em relatório re-cente, a agência de classificação de risco destaca que “mudanças relevantes no mercado brasileiro de aço, resultantes do aumento das importações e dos custos das principais matérias-primas”, justificam um novo modelo de negócios em siderurgia.

Segundo Barbara Mattos, autora do relatório e vice-presidente assistente da Moody’s, os pro-dutores brasileiros de aço se beneficiaram, no passado, da oferta abundante de matéria-prima a preços relativamente baixos. Esse cenário, porém, mudou drasticamente diante da ele-vada concorrência com o aço importado e do enfraquecimento dos fundamentos do mercado global, o que levou à redução de preços. Pesou também sobre as cotações do aço nacional a fraca demanda doméstica, especialmente por parte das indústrias automobilística e de linha branca, acrescenta Barbara, com reflexo direto na rentabilidade das siderúrgicas no primeiro trimestre.

“O alívio da pressão dos custos elevados de matéria-prima será primordial para as side-rúrgicas brasileiras”, ressaltou a especialista em entrevista à Imprensa. Para tanto, as siderúrgicas devem buscar a autossuficiência em minério de ferro e energia no máximo no médio prazo. “CSN já é autossuficiente, mas Gerdau e Usimi-nas ainda têm um longo caminho pela frente”, afirmou ao jornal Valor.

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panorama do setor

pRé-SAL pODE IMpuLSIONARSEGMENTO DO AÇO INOX

A exploração e refino do petróleo do pré-sal devem ajudar a impulsionar negócios em diversas áreas nos próximos anos, entre elas o segmento de produtos de aço inox (tubos, conexões e válvulas, por exemplo, feitos com essa matéria-prima).

Segundo o diretor-executivo da Abinox - As-sociação Brasileira do Aço Inoxidável (entidade que congrega indústrias ligadas a essa cadeia produtiva), Arturo Chao Maceiras, a perspecti-va é que a atividade se mantenha aquecida nos próximos dez anos com crescimento anual de 10%.

O segmento, que movimenta mais de US$ 5 bilhões ao ano, deverá ser beneficiado pelo aquecimento de áreas como o petróleo e gás, que exigem materiais resistentes à corrosão; usinas de cana-de-açúcar; e também a cons-trução civil, como reflexo, por exemplo, de projetos para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. O consumo do material

no Brasil registrou expressivo crescimento da ordem de 6,5% ao ano, passando de 193.851 toneladas em 2000 para 364.300 toneladas em 2010.

uso vem crescendoNo Brasil, o uso de aço inoxidável na indústria de óleo e gás

vem crescendo nos últimos anos com a descoberta de novos campos em regiões cada vez mais profundas, ambientes agressi-vos com maiores concentrações de contaminantes e elementos ácidos. Alguns desses campos de petróleo apresentam elevada acidez naftênica: como consequência, no refino em alta tempe-ratura as frações de petróleo apresentam acidez que, associada à velocidade, provoca corrosão acelerada de fornos e outros equipamentos. A utilização de aços inoxidáveis pode mitigar este tipo de problema.

Segundo a Abinox (Associação Brasileira do Aço Inoxidá-vel), diversos equipamentos fundamentais para a exploração de petróleo e gás utilizam ligas de aço inoxidável, como é o caso da Árvore de Natal Molhada (ANM), conjunto de grandes vál-vulas que permitem o fluxo de produção de petróleo e gás, do poço para a superfície, assim como a injeção de líquido e gás

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Page 10: Revista Feinox 2012

panorama do setor

da superfície para o poço. Outro exemplo é a utilização dos aços inoxidáveis austeníticos e duplex para produção de tubos flexíveis. Responsável por conduzir o petróleo do fundo do mar à superfície, esses tubos operam em condições de elevadas pressões de trabalho e alto grau de corrosão. Para esta aplicação estão sendo utilizados, principalmente os aços inoxidáveis duplex, que possuem como sua principal característica; elevada resistência me-cânica e alta resistência a corrosão.

Desafios ao mercado fornecedorNa indústria química e petroquímica, no Brasil e no

mundo, os investimentos nas refinarias de petróleo ganha-ram muita força ao longo dos anos, pois tem a importante missão de abastecer a indústria química e petroquímica com tecnologias inovadas e alto grau de exigência.

Por isso, esse segmento tem lançado grandes desafios ao mercado fornecedor de acessórios, ou seja, tubos, vál-vulas, compressores, bombas, trocadores de calor, flanges e produtos planos, que serão utilizados na confecção de importantes equipamentos, produzidos a partir de materiais que combinam alta resistência à corrosão com excelente processabilidade.

Essas características são as mais valorizadas pelos fabricantes dos acessórios, que se utilizam de barras de aços inoxidáveis, ligas especiais e peças forjadas em aços cada vez mais diferenciados. As bombas utilizadas para transferência de fluídos mais viscosos ou corrosivos, têm em sua composição, aços especiais como 304L, 316L e duplex. Válvulas, produto utilizado em grande escala nas indústrias petroquímicas e de óleo e gás, utilizam em seus componentes aços inoxidáveis desenvolvidos para

atender exigências especificas do segmento.

Experiências de aplicação em campo mostram que para

o refino de petróleo com correntes mais ácidas, a uti-

lização de aço inoxidável no revestimento da superfície interna de torres de des-tilação (em aço carbono) é uma ótima alternativa, segundo a Abinox. Com

2,5% de molibdênio o aço inoxidável AISI 317L tem se consolidado uma solução

interessante para resistência a esses ácidos, presentes no pe-

tróleo nacional. Este mesmo trata-

mento vem sendo aplicado em equipamentos semelhantes em muitas refinarias pelo mundo.

Os aços especiais supermartensíticos, du-plex, super duplex, tem sido fabricados espe-cialmente para atender a demanda crescente de tubos sem costura que podem ser fabricados pelos processos de extrusão ou laminação. Estes tubos são componentes importantes em equipa-mentos como trocadores de calor, condutores de fluídos de alta temperatura, caldeiras, supe-raquecedores de alta pressão, injetores de óleo e reservatórios, responsáveis pela distribuição de vapor, gases e óleos.

Com a necessidade de atender a normas internacionais, para obter-se diesel cada vez mais limpo e livre de enxofre. As refinarias pelo Brasil estão promovendo a substituição do teto de tanque para armazenagem de diesel (em aço carbono pintado) para aço inoxidável estabiliza-do 439. As vantagens com a redução do custo de manutenção e a garantia de um produto mais limpo e livre de agentes contaminantes, fez deste aço uma excelente alternativa.

Outra frente importante que vem sendo discutida recentemente pelos especialistas é a possibilidade de substituição do aço carbono por aço inoxidável para aplicação em platafor-mas de petróleo. A utilização de aço inoxidável para aplicação em corrimões, estruturas, pon-tes, escadas, etc., tem se mostrado uma ótima alternativa de custo beneficio a médio e a longo prazo em virtude da redução do número de manutenção, custos com deslocamento de corpo técnico e diminuição dos riscos de saúde e segurança.

No setor sucroalcooleiroO aço inoxidável está presente nos equi-

pamentos das usinas sucroalcooleiras desde o início do Proálcool (Programa Nacional do Ál-cool), instituído em 1973. Foi nos últimos anos, porém, que o material ampliou sua participação no segmento, e de forma expressiva, fruto do bom desempenho do material nos diversos processos industriais e da sua vantajosa relação custo-benefício.

Nas usinas, os estágios de fabricação que provocam maior desgaste nos equipamentos são a entrada da cana, pelo fato de esta conter muita areia, e a moagem. O desgaste também é provocado pelas características do processo,

“No aspecto da instalação industrial, exis-tem fornecedores nacionais que podem disponibilizar soluções que representam a

excelência tecnológica para cada estágio ou parte do processo produtivo”

José Luiz Olivério, vice-presidente de

tecnologia da Dedini

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Page 11: Revista Feinox 2012

panorama do setor

predominando problemas de corrosão por pites, corrosão em frestas, corrosão microbio-lógica, além da corrosão generalizada. Entre-tanto, a correta especificação do aço inoxidável contribui para um desempenho superior e, até mesmo a eliminação da corrosão.

Além da corrosão e do desgaste que impac-tam negativamente na durabilidade do material, o maior prejuízo na verdade é o surgimento de “pontos pretos” – óxidos e partículas ferro-magnéticas desprendidas do aço-carbono – no açúcar, que comprometem a qualidade do produto e, portanto, causam a diminuição do seu preço de venda.

Se, na fabricação do açúcar, o aço inox ain-da segue concorrendo com outros materiais, a tendência de substituição é um processo natural considerando que essa indústria integra o setor de alimentos, especialmente quando levamos em conta as inúmeras vantagens em termos de higiene: o inox reúne qualidades imprescindíveis no contato com o alimento, como a inércia quí-mica (não altera o sabor e a cor dos alimentos), evita a proliferação de bactérias e possibilita alto grau de limpeza.

O incremento do uso do inox é uma tendência em expansão. Tecnologias de ponta vêm sendo de-senvolvidas, nesse sentido, por indústrias nacionais, com soluções de nível internacional. “No aspecto da instalação industrial, existem fornecedores nacionais que podem disponibilizar soluções que representam a excelência tecnológica para cada estágio ou parte do processo produtivo”, situa José Luiz Olivério, vice-presidente de tecnologia e desenvolvimento da Dedini, empresa que atua em vários setores, inclusive no mercado de açúcar e etanol, com know-how em tecnologia de alta eficiência. A indústria de equipamentos do Brasil, pondera ele, oferece as respostas mais sofisticadas quanto à capacidade de produção, eficiência, rendimento, integração energética e de processos, agregação de valor e sustentabilidade. “Tais soluções podem ser consi-deradas superiores ou, no mínimo, iguais àquelas encontradas no mercado internacional”, reforça o executivo, lembrando que a liderança tecnológica do País nesta indústria é decorrente dos investimentos efetuados pela iniciativa privada no desenvolvimen-to e implantação de inovações incrementais e até com quebra de paradigmas.

panorama do setor 11mercado empresarialmercado empresarial

Page 12: Revista Feinox 2012

Na arquitetura e construçãoOutro importante nicho para utilização do aço inox

são os projetos de arquitetura, particularmente em fa-chadas, coberturas, janelas, portas, entradas de edifícios, corrimãos, móveis e decoração de interiores, tendo em vista as suas propriedades mecânicas e estéticas, além da resistência à corrosão, ao fogo e a grandes impactos, baixa manutenção e elevada durabilidade. Ressalta-se que, em países como o Japão e Estados Unidos, o inox está presen-te em 20% e 15% das construções, respectivamente. Na Europa, o percentual é de 8%. Outras possíveis aplicações do inox estão relacionadas com obras de infra-estrutura, como terminais de aeroportos, mobiliário urbano e esta-ções de trem e metrô.

No Brasil, o mercado da construção, com uma previ-são de incremento de 5,2% em 2012, é outro motivador que pode vir a aquecer segmento do aço inoxidável. Do

ponto de vista dos imóveis residenciais e co-merciais, por exemplo, as contratações mostram considerável ímpeto este ano, sobretudo com uma ênfase maior na concretização do Minha Casa 2.

De outra parte, deverão ser turbinados os investimentos em infraestrutura, além de se agilizar as obras ligadas aos eventos esportivos. “E não se pode perder de vista que este é um ano de eleições, o que gerará fortes pressões para se concluir projetos”, aposta Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da constru-ção da FGV.

Força no duplex nacionalO Brasil ainda é preponderantemente

importador de aços inoxidáveis duplex. Mas esse cenário vem mudando, com a atuação da

panorama do setor12

Page 13: Revista Feinox 2012

“E não se pode perder de vista que este é um ano de eleições, o que gerará fortes

pressões para se concluir projetos”,

Ana Maria Castelo, coordenadora de

projetos da construção da FGV

panorama do setor

O aço inoxidável é uma liga de ferro e cromo, podendo conter também níquel, molibdênio e outros elementos, que apresenta propriedades físico-químicas superiores aos aços comuns, sendo a alta resistência à oxidação atmosférica a sua principal característica. As principais famí-lias de aços inoxidáveis, classificados segundo a sua microestrutura, são: ferríticos, austeníticos, martensíticos, endurecíveis por precipitação e duplex. Estes elementos de liga, em particular o cromo, conferem uma excelente resistência à corrosão quando comparados com os aços carbono. Eles são, na realidade, aços oxidáveis. Isto é, o cromo presente na liga oxida-se em contato com o oxigênio do ar, formando uma película, muito fina e estável, de óxido de cromo

Aperam South America no segmento de papel e celulose, segundo o órgão de comunicação da empresa, revista Espaço. “O aço duplex que produzimos atende a todas as especificações técnicas para aplicação nesse setor e, por isso, pode substituir seu similar importado. Estamos entrando em um mercado que nos abre gran-des oportunidades”, afirma o engenheiro de Aplicação da Aperam South America, Oswaldo Celestino.

O processo de substituição dos duplex importados tem avançado significativamente. Desde 2010, cerca de mil toneladas do ma-terial foram fornecidas para a fabricação de equipamentos como digestores e tanque de licor pesado, utilizados na indústria de papel e celulose.

A opção pelo uso do aço inoxidável du-plex nesses equipamentos está relacionada à agressividade dos processos que ocorrem nos meios de operação e pela submissão a pressões extremas. As características de excelente resis-tência mecânica e à corrosão, são ampliadas nos tipos duplex, que ainda proporcionam redução de custos, em relação às ligas normalmente utilizadas. Um exemplo é o digestor produzido pela metalúrgica Goudard, um dos primeiros projetos a utilizar o aço inoxidável duplex UNS S32304 da Aperam South America, que teve sua espessura reduzida pela metade, em relação aos equipamentos produzidos em aço ao carbono.

A produção crescente do aço inoxidável duplex evidencia a perspectiva de aumento do market share dentro do segmento. O primeiro grande volume produzido pela Aperam South America, em 2010, foi de 600 toneladas. No ano passado, esse número saltou para 1.357 toneladas. Essa mesma quantidade foi atin-gida já no primeiro trimestre de 2012 e, até o final do ano, deve chegar a quatro mil toneladas produzidas.

O aquecimento da indús-tria petroquímica – com as explorações do pré-sal na Bacia de Santos –, e a perspectiva de aumento na produção de celulose e papel, até 2020, garan-tem que a demanda por aços inoxidáveis duplex se manterá em alta no Brasil. Segundo o pesquisador do Centro de Pesquisas da Ape-ram South America, Reginaldo Barbosa, até 2013 serão necessá-rias 14 mil toneladas para atender ao mercado. “Apesar de ter suas propriedades conhecidas há muito tempo, o aço inoxidável duplex tem ganhado maior evidência, em razão das necessidades atuais desses setores industriais”, avalia.

– Cr2O3 – que se forma na superfície exposta ao meio. Ela é denominada camada passiva e tem como função proteger a superfície do aço contra processos corrosivos. Para isto é necessária uma quantidade mínima de cromo de cerca de 11% em massa. Esta película é aderente e impermeável, isolando o metal abaixo dela do meio agressivo. Assim, deve-se ter cuidado para não reduzir localmente o teor de cromo dos aços inoxidáveis durante o processamento. Este processo é conhecido em metalurgia como passivação. Por ser muito fina (cerca de 100 angstrons), a película tem pouca interação com a luz e permite que o material continue a apresentar o seu brilho característico.

13mercado empresarialmercado empresarial

Page 14: Revista Feinox 2012

panorama do setor

100 ANOS dE Existência: inox já é insUbstitUívEl na vida ModErna

O aço inoxidável comemora 100 anos neste 2012 e, nessa trajetória, tem-se mostrado um material insubstituível na vida moderna, contribuindo de forma extraordinária para a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas, por meio de inúmeras e diversificadas aplicações nos mais variados setores da atividade humana. Desde 1913, quando da primeira corrida comercial de aços inoxidáveis martensíticos em Sheffield, Inglaterra, produzida por Harry Brearley, o material passou a ser utilizado na produção de facas cujas lâminas não perdiam o fio e resistiam à corrosão, o que significou um grande avanço na prevenção de infecções e da contaminação.

Segundo Arturo Chao Maceiras, engenheiro e diretor executivo da Associação Brasileira do Aço Inoxidável (Abinox), é a capacidade de resistir à corrosão, constatada pelos descobridores e pioneiros, que fez das primeiras famílias do aço inoxidável o material ideal para ser utilizado em diversas aplicações na indústria e em equipamentos de infraestrutura, como na petroquímica, papel e celulose, onde alta resistência à corrosão e elevada resistência mecânica eram requisitos fundamentais. “Hoje, até mesmo grandes estruturas de pontes são construídas com aços inoxidáveis de desenvolvimento mais recente como os dúplex”, afirma Maceiras.

“A resistência à corrosão é também responsável por outro impor-tante atributo do aço inoxidável: a durabilidade dos produtos e projetos desenvolvidos com este material. Exemplos de revestimentos com aço inoxidável em edifícios construídos no início do século passado, nos quais os baixos índices de manutenção, pintura e reposição de componentes são uma prova evidente da durabilidade e baixos custos de manutenção que o material confere aos projetos”, complementa o especialista.

Alimentação e farmacêuticaAlém do principal atributo – a resistência à corrosão – outras carac-

terísticas e propriedades do aço inoxidável, abriram o horizonte para a utilização em diversas aplicações cotidianas. “A superfície lisa que facilita

os processos de higiene e limpeza foi percebida pela indústria de alimentos, como um atributo de valor inestimável e, nos dias atuais, todo o processamento industrial de alimentos e os utensílios utilizados nos serviços de alimentação coletiva ou familiar, se servem do aço inoxidável para garantir a qualidade dos alimentos e a saúde das pessoas”, explica Maceiras.

“Da mesma forma a indústria farmacêuti-ca”, completa o especialista, “onde a garantia de ausência de contaminação na produção de medicamentos é um imperativo, a utilização do aço inoxidável ao longo de todo o processo produtivo, não apenas oferece esta garantia mas, também, viabiliza a produção em massa em condições econômicas dos medicamentos.”

SustentabilidadeMas as vantagens que o material oferece e

a contribuição para o bem-estar da sociedade moderna e das futuras gerações vão além das mencionadas. O aço inoxidável agora começa a chamar a atenção como um dos materiais de melhor comportamento em termos de susten-tabilidade pelo papel que exerce na preservação de recursos não renováveis em nosso planeta.

Segundo Arturo Maceiras, o aço inoxidável contribui para a conservação dos recursos natu-rais de diversas formas. “A extração de minérios é minimizada porque a corrosão é baixa e o

panorama do setor14

Page 15: Revista Feinox 2012

panorama do setorpanorama do setor

Muitas empresas siderúrgicas no mundo e, especialmente, no Brasil, já estão operando próximo aos menores níveis de emissões de Co2 possíveis com a melhor tecnologia atualmente disponível para produção de aço. Mesmo assim, a indústria do aço vem realizando pesquisas visando encontrar alternativas para a redução das emissões de Co2.

Os esforços são coordenados pela World Steel Association (entidade que congrega a siderurgia mundial) no projeto UlCos (Ultra Low CO2 on Steelmaking), em cooperação com universidades, institutos de pesquisa e outras indústrias para identificar e desenvolver novas abordagens para a produção do aço com me-nor índice de emissão de Co2. os objetivos são bastante ambiciosos, porém, de longo prazo. Novas tecnologias somente estarão disponíveis daqui a, no mínimo, 20 anos.

Outra iniciativa importante está voltada à

otimização e maximização da reciclagem da sucata de aço. O aço é o material mais reciclado no mundo, em termos de quantidade. Porém, muito mais pode ser feito para assegurar que ao fim da vida útil de produtos feitos com aço maiores volumes desse material possam ser coletados e reciclados. Isso de-pende de políticas públicas e incentivos econômicos para atrair a participação das comunidades.

O uso dos coprodutos da indústria do aço, como, por exemplo, a escória de alto forno, economiza energia e reduz as emissões de Co2 na produção de cimento, em substituição ao clínquer. Igualmente, as escórias de aciaria, quando utilizadas na construção civil, possuem vantagens ambientais ao subs-tituir recursos naturais não renováveis, como brita e argila, na pavimentação de vias.

A indústria do aço continua a desenvolver novos tipos de aço para diversas aplicações. Por exemplo, novos aços elétricos foram desenvolvidos com o objetivo de melhorar a eficiência energética dos motores elétricos. Da mesma forma, novos aços automotivos, com alta resistência, permitiram grandes reduções no peso dos carros, sem, no entanto, comprometer sua segurança. Novos produtos de aço continuam sendo desenvolvidos para aplicações que contribuem para redução total das emissões de Co2 demonstrando que o aço é parte da solução e não do problema. Fonte: Instituto Aço Brasil ME

ciclo de vida é longo e, por isso, a necessidade de substituição do material é reduzida ou inexis-tente. Painéis de aço inoxidável em fachadas de edifícios reduzem os custos de ar-condicionado, contribuindo para a conservação de energia. Coletores solares de aço inoxidável ajudam a gerar energia limpa.”

No parecer do engenheiro, os produtos elaborados com aço inoxidável “representam uma excelente escolha para proteger o meio ambiente e proporcionar soluções confortáveis e saudáveis. Embora as análises comparativas

do impacto ambiental ao longo do ciclo de vida entre os diver-sos materiais não estejam disponíveis, não há dúvida de que o aço inoxidável tem excelente comportamento do ponto de vista ambiental. Quando o tipo de aço ou acabamento superficial são escolhidos de forma adequada, o projeto ou o produto passa a ser sustentável”.

“O aço inoxidável permite abastecer regiões áridas do mundo com água potável, ajuda na produção de alimentos para a população em constante crescimento no planeta e ainda pode oferecer muitos produtos de alta qualidade que tornam nossa vida mais confortável. Não seria difícil imaginar o que o inox poderá tornar possível nos próximos 100 anos”, conclui o diretor executivo da Abinox.

sidErUrgia pEsqUisa altErnativas para

REDuzIR EMISSõES DE CO2

15mercado empresarialmercado empresarial

Page 16: Revista Feinox 2012

ENTREVISTA coM o prEsidEntE da UnidadE dE nEgócio

níqUEl da anglo aMErican

entrevista16

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entrevista

ME - Especialistas afirmam que nosso País passa por um processo de desindustriali-zação. como isso afeta as mineradoras? como a iniciativa privada, no conjunto de sua cadeia produtiva, pode contribuir para reverter esse processo no caso do mercado do níquel e outros metais? De Simoni - É fundamental o Brasil manter sua competitividade no mercado internacional e sua capacidade produtiva. Sem dúvida o crescimento industrial brasileiro beneficiaria as empresas de mineração que atuam no Brasil de forma geral, pois o fornecimento local tem custos menores de logística e transporte do que a exportação. Junto a isso, é importante ter a melhoria na infraestrutura e a revisão dos impostos para garantir a competitividade do produto brasileiro. A Anglo American contribui para o cresci-mento do Brasil por meio do desenvolvimento dos seus projetos, que investem em infraes-trutura, geram empregos, diretos e indiretos, arrecadação de impostos e também investem em educação, formação de mão de obra, de-senvolvimento de novos negócios na cadeia de suprimentos, apenas para citar alguns pontos. Enxergamos que a atividade de mineração é um importante vetor de crescimento local, regional e nacional. ME - quais são os problemas que entravam o desenvolvimento do setor siderúrgico no País? Gargalos na infraestrutura, burocracia, encargos sociais estariam entre eles? De Simoni - Além dos problemas já conhecidos em relação a infraestrutura, incluindo portos, estradas e ferrovias, temos a questão do preço da energia elétrica. Além disso, temos também a problemática da mão de obra qualificada para

Aas funções. Sendo assim, a Anglo American possui uma série de progra-mas para capacitação dos trabalhadores locais em suas operações em Barro Alto e Niquelândia (GO). Na cidade de Barro Alto, por exemplo, no final de 2009 a empresa concebeu o Núcleo Integrado Sesi Senai Barro Alto, para oferecer capacitação aos futuros profissionais, além de preparar a população para o mercado de trabalho e para atividades capazes de gerar renda. A empresa contribuiu para a construção do novo núcleo instalado em terreno doado pela prefeitura. Por meio de cursos e de treinamentos, a Anglo American capacita a mão de obra local, priorizando os profissionais do município onde está inserida. ME - o setor tem capacidade para crescer mais? a siderurgia brasileira tem força competitiva, com minérios de qualidade e logística integrada, entre outras vantagens competitivas? De Simoni - Sem dúvida a siderurgia brasileira tem um enorme poten-cial de crescimento, mas precisa superar os desafios de infraestrutura, impostos e custos de produção para ganhar em competitividade e poder aumentar sua participação no mercado. ME - as oportunidades que se apresentam, como as obras do pac e dos eventos esportivos, como a copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, contribuirão para esse crescimento? De Simoni - Esses grandes eventos estão demandando investimentos em infraestrutura que podem impulsionar o crescimento, já que todas essas grandes obras utilizam aço como insumo. Mas é importante que o produto nacional tenha competitividade para conseguir aproveitar essa oportunidade e seja utilizado. Além disso, é importante pensar também no crescimento sustentável, no médio e longo prazo, e como incentivá-lo. ME - Especialistas em comércio exterior sinalizam que a economia chinesa começa a desacelerar: essa perspectiva, se confirmada, reduzirá as pressões sobre os preços das commodities, podendo beneficiar o Brasil? De Simoni - A desaceleração da economia chinesa é mais um indicador de risco e que pode impactar negativamente o Brasil, que tem um forte perfil exportador de commodities. Se a demanda diminui, diminui também a pressão e os preços caem, mas o Brasil irá faturar menos com isso.

Anglo American, em sua Unidade de Negócio Níquel - que engloba duas operações em Goiás (Barro Alto e Code-min) e uma operação na Venezuela (Loma de Níquel), produz hoje exclusivamente níquel contido em ferroníquel, e acima de 90% de toda sua produção está direcionada para a fabricação de aço inoxidável, sendo o restante destinado à fabricação de aços ligas e aços especiais. A Unidade apresentou, no primeiro semestre de 2012, um aumento

de 80% na produção comparado com o mesmo período de 2011. Este ano, foram 22.900 toneladas de níquel contido em ferroníquel no primeiro semestre, contra 12.700 toneladas produzidas no ano passado. Seus principais clientes de níquel contido em ferroníquel estão na Europa, Ásia e Estados Unidos.

WALTER DE SIMONI

17mercado empresarialmercado empresarial

Page 18: Revista Feinox 2012

feinox 2010 - vista interna

evento

e 23 a 25 deste mês de outubro, São Paulo é palco da Feinox 2012, V Feira de Tecno-logia de Transformação do Aço Inoxidável,

importante encontro brasileiro entre profissionais e empresas que fazem parte da cadeia produtiva do aço inoxidável. A quinta edição da Feinox, promovida e organizada pelo Grupo CIPA Fiera Milano em par-ceria com a Associação Brasileira do Aço Inoxidável (Abinox), conta com dois eventos simultâneos: o XI Seminário Brasileiro do Aço Inoxidável e o V Coni-nox – Congresso do Aço Inox. O local é o Centro de Exposições Imigrantes, no km 1,5 da Rodovia dos Imigrantes.

O evento, que é bienal, tem como proposta es-timular o desenvolvimento de negócios com o aço inox, tornar mais competitiva a cadeia produtiva e, consequentemente, contribuir para o aumento de consumo do aço inoxidável no mercado brasileiro.

Além de ser um espaço para quem pretende conhecer as aplicações do produto e suas mais avan-çadas tecnologias, a feira se propõe a aproximar po-tenciais consumidores de fornecedores. Tem, ainda,

como objetivo, manter atualizados empresas e profissionais que atuam em atividades relacio-nadas com o inox, como pesquisa, transforma-ção, fabricação e prestação de serviços.

D

FEINOX 2012EstiMUlando o dEsEnvolviMEnto dE

nEgócios coM o aço inoxidávEl

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Page 19: Revista Feinox 2012

evento

feinox 2010 - vista Estandi Nesta edição 2012 os temas a serem discu-tidos pelos especialistas, no Seminário e no Congresso, são os seguintes:

• Participação da cadeia de inox no au-mento do conteúdo local nos fornecimen-tos à indústria de Petróleo e Gás.

• O desenvolvimento de aplicações de aço inoxidável, nos projetos de infraestrutura dos eventos Copa 2014 e Olimpíada 2016.

• Consumo de aço inoxidável no mercado brasileiro: passado, presente e futuro.

19mercado empresarialmercado empresarial

Page 20: Revista Feinox 2012

m setembro, o governo anunciou que vai reduzir em 16,2%, em média, o preço da energia elétrica para os consumidores residenciais - chance mais concreta de impacto positivo para o bolso do con-sumidor. Para a indústria, o corte será de até 28%.

Os descontos, no entanto, só entram em vigor no início do ano que vem. Segundo os especialistas, a redução da tarifa de energia para a indústria não deve ter grande impacto no bolso do consumidor. A expectativa é de que as empresas não repassem aos produtos o custo menor de produção. Ao mesmo tempo, a retomada do nível de atividade da

economia também pode minimizar o efeito da tarifa menor sobre a inflação. As entidades da indústria, contudo, vão na contramão e dizem que, se o desconto for linear para toda a cadeia, ela será repassada, além de contribuir para melhora da competitividade.

“Acreditamos que não haverá repasse para os preços dos produtos industriais. Todo ga-nho deve ser absorvido como margem pelo setor produtivo, que passa por um período conturbado”, afirmou a economista da con-

sultoria Tendências, Adriana Molinari.“A medida corrige de forma substantiva (a competiti-

vidade), mas a indústria só ganhará com isso se repassar os ganhos ao consumidor, que faz a aferição dessa com-petitividade”, explicou José Mascarenhas, presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

E

Para especialistas, setor pode absorver o ganho e o impacto da redução do item sobre a inflação será

modesto

economia

INDÚSTRIA pREVÊ REpASSE DE pREÇO MENOR DA ENERGIA; ECONOMISTAS QuESTIONAM

As entidades do setor de eletroeletrônica, por exemplo, estão entre as que dizem que o consumidor final sentirá o efeito do cus-to menor na indústria. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, não é nem uma questão de “querer”. É uma obriga-ção porque, segundo ele, o maior problema da indústria elétrica e eletrônica é de mercado. Ou seja, se a redução do custo com energia elétrica não for repassado para o consumidor, o setor continuará perdendo participação no mercado interno para produtos importados, em especial para os chineses.

O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, também acredita que, até por força da concorrência, a redução para indústria de produtos da linha branca (geladeiras, fogões, entre outros) e da linha marrom (aparelhos de som, televisores e outros) será repassada para o consumidor final. “A medida é posi-tiva e sempre que há redução de custo ela é repassada por causa da concorrência. Aquele que está vendendo menos repassa e os outros são obrigados a acompanhar. É um benefício para o revendedor e para o consumidor”. Fonte: Agência Estado ME

economia20

Page 21: Revista Feinox 2012

economia

DESONERAÇÃO DA FOLHA DE pAGAMENTOEstiMUla criaçÃo dE EMprEgos pEla indÚstria

o estender a desoneração da folha de pagamento para outros setores da economia, a medida anunciada pelo governo, em setembro, reduzirá custos,

melhorará a competitividade das empresas e estimulará o emprego, segundo a Confedera-ção Nacional da Indústria (CNI). “A indústria precisa pagar menos impostos para produzir mais, contratar mais trabalhadores e gerar mais renda na economia brasileira. Com a redução dos custos, vamos aumentar a competitividade do produto nacional e toda a população sairá ga-nhando”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Pesquisa feita pela CNI no primeiro trimes-tre de 2012 com 262 empresários revelou que a principal medida de uma reforma no sistema tributário brasileiro, com 82% das indicações, deveria ser a desoneração da folha de pagamen-to. Em segundo lugar, com 64% das menções,

os empresários indicaram a redução da burocra-cia para o pagamento de impostos. De acordo com a pesquisa, 95% dos empresários disseram que a reforma tributária deve ser a prioridade número um do país. “A diminuição dos tributos tem um peso muito importante para incentivar os investimentos do setor produtivo e elevar a competitividade brasileira”, diz Castelo Branco.

A CNI participa das discussões sobre a deso-neração da folha de pagamentos em uma comis-são formada por representantes dos empresários, do governo e dos trabalhadores. O objetivo é avaliar os resultados econômicos e os impactos fiscais da medida. ME

Para a CNI, medida anunciada pelo

governo, em 13/9 último, reduz os custos das empresas e aumenta competi-

tividade do país

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economia 21mercado empresarialmercado empresarial

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prodUçÃo indUstrial dEvE fEcHar o ano EM qUEda dE 1% a 2%

economia

produção industrial aumentou 0,3% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. En-tretanto, na comparação com julho de 2011, a produção caiu 2,9%, sendo a décima primeira taxa negativa consecutiva, segundo pesquisa do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada em 4/9 último.

De acordo com o coordenador do CEMAP-EESP-FGV e professor da Escola de Economia da FGV-SP, Emerson Marçal, o resultado era o esperado. “A indústria vem sofrendo mais do que os outros setores com a desaceleração da atividade econômica. Com a pesquisa percebe-se que a atividade industrial parou de cair e cresce lentamente nos últimos meses. Em

julho, na comparação com junho, houve uma alta mais expressiva de bens de consumo durá-veis, reflexo das medidas de estímulos ao setor automotivo, e do setor de bens de capital, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para uma retomada mais forte da atividade no setor industrial.”

Marçal afirma ainda que a produção indus-trial deve fechar o ano com retração entre 1% a 2% no acumulado em doze meses. “Por mais que o forte que seja a recuperação no final de 2012, não será possível recuperar as quedas sucessivas que a produção industrial teve neste ano.” ME

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EconoMia brasilEira podE crEscEr Mais dE 4% EM 2013

Brasil caminha para a retomada do crescimen-to de 4% em 2013, na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Para ele, o patamar mais baixo de atividade ocorreu no segundo

trimestre de 2012, quando cresceu 0,4% em relação ao trimestre anterior, mas no segundo semestre a econo-mia do país passa por aceleração, ainda que gradual.

Segundo Mantega, a desaceleração foi decorrência da combinação de medidas adotadas pelo próprio governo para conter a inflação e o superaquecimento da economia e da crise internacional. Por isso, diz,

a retomada foi mais lenta e difícil do que era esperado.

Mantega afirmou ainda que o Brasil tem condições de acelerar o crescimento, mesmo em um cenário adverso, porque tem fundamentos sólidos, estabilidade política e jurídica, solidez financeira, um grande potencial energético com o pré-sal, grande dinamismo do mercado interno e eficiência na produção de commodi-ties, que é uma vantagem, se bem administrada. Com informações do Valor. ME

OA avaliação é do ministro da Fazenda, Guido

Mantega

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prodUçÃo indUstrial dEvE fEcHar o ano EM qUEda dE 1% a 2%

mercado

uxadas por seis megaoperações (US$ 1 bilhão ou mais), as transações de fusões e aquisições no setor de metais somaram US$ 18 bi no primeiro trimestre de 2012

— 27,8% a mais que nos últimos três meses de 2012, mas 25% a menos que o mesmo período de 2011 -, aponta relatório da PwC (Pricewa-terhouseCoopers).

Segundo o DCI, no total, foram 31 opera-ções com valores superiores a US$ 50 milhões de janeiro a março. As seis maiores fusões e aquisições, feitas por empresas da Índia, Ale-manha, Austrália, República do Congo, França e China, somaram US$ 7,36 bi – mais de 68% do valor total das transações de US$ 50 milhões ou mais. Na América do Sul, apenas uma transação foi realizada no período, de US$ 764 milhões.

Regionalmente, a Ásia e a Oceania lideram em valor e em volume, com 22 operações no período, que totalizaram US$ 9,9 bilhões. A Europa registrou o maior número de operações fora do seu território, com três negociações no valor de US$ 2,3 bilhões.

A análise revela que as 50 principais empre-sas de capital aberto do segmento aumentaram o saldo em caixa no último ano, ao passo que as dívidas diminuíram. E que os investidores estratégicos ganharam força enquanto os in-

vestimentos motivados por aspectos financeiros recuaram. Os fabricantes de aço continuam liderando as transações no setor. No primeiro trimestre do ano: foram quatro meganegócios, que totalizaram mais de US$ 6,8 bi.

perspectivasApesar do volume e do valor registrados

neste trimestre, a perspectiva para o setor no curto prazo permanece incerta. De acordo com a World Steel Association, a produção de aço deve crescer somente 6% neste ano, abaixo dos 7,5% alcançado em 2011. O maior crescimento deverá acontecer em economias em desenvolvimento, como Índia e China. ME

CRESCE, NO MuNDO, O NÚMERO DE TRANSAÇõES DE FuSõES E AQuISIÇõES DE SIDERÚRGICAS

27,8% só no primeiro trimestre

P

23mercado empresarialmercado empresarial

Page 24: Revista Feinox 2012

mercado

ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse em entrevista ao jornal Valor Econômico, em 31/8 último, que o governo está decidido a reter a maior parte dos pedidos para exploração e produção de

novas jazidas até que entre em vigor o novo Código de Mineração (DNPM). Lobão afirmou que o ministério está segurando as autorizações. Segundo ele, o novo código esta-belecerá um prazo para a concessão do direito e exploração, que hoje não existe. “O prazo de concessão será de 30 anos, podendo ser renovado por mais 20 anos, e isso valerá para todos os minérios”, diz.

O ministro disse que a aprovação do Código de Minera-ção está atrasada, mas que entrará na pauta como prioridade. O texto deve seguir para o Congresso até dezembro deste ano. Segundo o Valor, a retenção das autorizações tem um propósito claro. Pelo novo código, o governo passará a leiloar o direito de exploração mineral, incentivando a concorrência entre as empresas. No modelo atual não existe disputa e o direito de exploração é concedido à empresa que primeiro apresentar o pedido. ME

Localização estratégica, próximo a importantes rodovias e aeroportos

govErno sUspEndE licEnças dE MinEraçÃo até aprovaçÃo dE novo

sidErÚrgica MExicana invEstE EM pindaMonHangaba

empresa GV do Brasil Indústria e Comércio de Aço, que pertence ao grupo mexicano Simec, está investindo U$ 500 milhões (cerca de R$ 1 bilhão)

em Pindamonhangaba. No primeiro semestre deste ano a empresa iniciou as obras de cons-trução da siderúrgica que deve gerar, nesta fase, 500 empregos e, no início da produção - pre-vista para 2013, em torno de 1.200 empregos diretos, segundo o Vale News.

A siderúrgica está sendo construída em uma área de 150 mil m², às margens da rodo-via SP-62 (Pinda/Moreira César), e o total da área adquirida pela empresa é de 1,3 milhão m². Segundo o conselheiro de administração do grupo Simec, Eduardo Virgil, a GV deverá produzir 500 mil toneladas anuais de aço, de vergalhões e fio máquina e já há planos para uma futura expansão, com um investimento de mais U$ 500 milhões.

O grupo Simec produz, anualmente, 5 milhões de toneladas de aço, que são exporta-dos para países da Europa, Ásia, América do Norte, América Central e América do Sul. Sua sede central está situada no México, e possui mais unidades fabris nos Estados Unidos e no Canadá. ME

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A nova unidade deve gerar 1.800 em-pregos na região

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Page 25: Revista Feinox 2012

sucesso das estruturas metálicas se espalha de um lado a outro do planeta, mas poucos exemplos são tão exube-rantes como a ponte Akashi-Kaikyo,

no Japão. Ligação entre a cidade de Kobe e a ilha Awaji, ela é considerada a maior ponte suspensa do mundo. O vão central tem nada menos de 1.991 metros, sustentado por 290 feixes de cabos, cada um com 127 fios - todos de aço galvanizado.Há mais de meio século, os cais, quebra-mares, pisos de pontes e outras obras de infraestrutura nas Ilhas Bermudas são construídas com aço galvanizado. De acordo com a Associação Internacional de Zinco (sigla em inglês IZA), painéis de aço galvanizado protegem a cober-tura da Sydney Opera House, na Austrália. O Templo de Lótus, na Índia, foi construído com vergalhão galvanizado. Dez quilômetros de vergalhões galvanizados também foram usados nos túneis de saneamento de Cingapura.Mas é na Europa e nos Estados Unidos que o emprego do aço galvanizado é mais difundido.

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ESTRuTuRAS METÁLICAS, bASE pARA GRANDES ObRAS

Ele está presente no Edifício Crocker, em São Francisco, nos arcos decorativos do Banco do Havaí, em Waikiki, no Edifício Levi Strauss, na Califórnia, na Faculdade de Direito da Univer-sidade de Georgetown, em Washington, e em pisos de pontes e estradas.Há aço galvanizado também no Teatro Nacional, em Londres, na cúpula da maior mesquita da Europa, em Roma, na Itália, nos dutos da água de resfriamento da Central Elétrica de Spijk, na Holanda, e no viaduto Toutry e na Ponte Saint Nazaire, na França.Na América Latina, estruturas de aço galvanizado foram usadas na Central Termelétrica de Puerto Coronel e no Canal de Irrigação de Tinguiririca, no Chile. No Brasil, a sede da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre (RS), um projeto do arquiteto por-tuguês Álvaro Siza para reunir a obra do artista plástico gaúcho, é a construção mais vistosa a utilizar o aço galvanizado combi-nado ao concreto branco. “Usamos perto de mil toneladas de estrutura metálica”, diz o engenheiro José Luiz de Mello Canal, que coordenou o projeto e vai adotar a tecnologia nas obras do Museu de Artes do Rio de Janeiro (MAR) na Praça Mauá. “Sempre tive muita preocupação com a durabilidade das obras, principalmente em prédios que são referência.” Fonte: Valor ME

ponte akashi-Kaikyo, no japão sydney opera House, na austrália ponte saint nazaire, na frança

Beleza e durabilidade

cases & cases

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cases & cases

MARAVILHOSA FÁbRICA DE CHOCOLATES

riar um espaço específico para que os visi-tantes pudessem observar as várias etapas da produção de chocolate sem interferir na rotina da fábrica. Este foi o objetivo da Me-

tro Arquitetos Associados ao projetar o percurso, ou Tour Nestlé Chocolover, do Museu do Chocolate da Nestlé. Trata-se de uma intervenção dentro da fábri-ca, construída na década de 1960, em Caçapava (SP), na Rodovia Dutra, eixo de ligação entre São Paulo e Rio. “Desde o início, ela foi planejada para receber o público externo, porém sem caráter museológico”, destaca Martin Corullon, um dos autores do projeto.

O arquiteto explica que a intervenção buscou resolver o conflito de fluxos entre o público externo e os trabalhadores, além de ter trans-formado o simples percurso em um museu com conteúdo interativo.Para imprimir forte caráter simbólico à edificação, foram construídas duas torres externas, conectadas ao edifício por passa-relas metálicas, com fechamento em vidro

laminado e película vermelha, que servem de acesso ao Museu. De acordo com os arquitetos, a escolha da cor não foi casual, mas em função dos estímulos

sensoriais provocados por ela, uma vez que o vermelho estimula o apetite, sendo propício à indústria alimentícia.A passarela maior, com 100 m de extensão, é composta por módulos triangulares não copla-nares de 2,5 m, que se repetem a cada 10 m. Esta configuração faz com que os planos de vidro reflitam diferentes figuras da paisagem.

Torres e passarelasA estrutura das torres e passarelas é composta por perfis tubulares com 100 mm de diâmetro e variações na espessura das paredes internas, possibilitando o mesmo detalhe de fixação dos vedos – ora painéis de vidro laminado com película vermelha (face sul), ora chapa de aço expandido, tipo brise (face norte).Para garantir ventilação e drenagem naturais, adotaram-se pisos em chapa de aço perfurada nas passarelas externas. Já as coberturas são em chapa de aço lisa na parte superior.A passarela maior, com 100 m de extensão, é composta por módulos triangulares não copla-nares de 2,5 m, que se repetem a cada 10 m.

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Estrutura em aço e vidro chama a atenção por sua geometria e tom

vermelho vibrante

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cases & cases

“Além de auxiliar estruturalmente no contra-ventamento, esta configuração faz com que os planos de vidro reflitam diferentes figuras da paisagem”, explica Corullon. A passarela I tem vãos de 10 m, apoiados sobre pilares e vigas de aço de sessão variável; no trecho entre a torre I e a fábrica, o vão é de 27,5 m. Já na passarela II, o vão entre a torre e o pilar intermediário é de 15 m e de 5 m até a fábrica.Na parte interna do percurso, foram projetados dez núcleos temáticos que acompanham a pro-dução da fábrica, desde a chegada da matéria-prima, passando pelos diferentes estágios da preparação do chocolate e até a etapa final de embalagem. Cada núcleo tem cores, materiais e caráter distintos, como trilha sonora, narra-ção e cenografia específica. Fonte: Arquitetura & Aço ME

aço inoxidável está presente também nos calçadões da orla marítima do Rio de Janeiro, contribuindo para melhorar o visual dos equipamentos

esportivos colocados à disposição da popu-lação. Com a instalação destes equipamentos em aço inoxidável, a Prefeitura do Rio de Janeiro também faz economia de recursos, já que o material reduz ou elimina quase que totalmente os custos de manutenção dos equipamentos. ME

AÇO INOX NA ORLA CARIOCA

bonito e prático

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O OuRO ARQuITETÔNICO

S ão 6:30 da manhã. Após uma longa viagem de além mar, chegamos. Filas, segurança, alfândega, bagagens... enfim, tudo dentro da atual realidade de um aeroporto. Viajar

é poder desfrutar novas experiências e acumular conhecimentos. Você tem a oportunidade de am-pliar sua sensibilidade, conhecer gente, degustar novos sabores, sentir o cheiro de novos lugares - vivenciar e observar um mundo fora do seu. E o universo da arquitetura é um dos que mais desperta minha atenção.

Os aeroportos são verdadeiros cartões de visita arquitetônicos de um país. Através deles, você interage com propostas visuais e funcionais as mais diferentes. Além disso, são imensos laboratórios de usos de materiais. Procurar ter o olhar curioso e o espírito aberto nos dá a chance de expandir o horizonte pessoal de critérios.

Faço parte da geração dos arquitetos “de prancheta”, desenho no papel vegetal, uso da cera de sapato para co-lorir e outros instrumentos indecifráveis para a turma de hoje, como escrever com o normógrafo... Mas nem por isso deixo de estar aberta às novas tecnologias e ao uso inovador de materiais. Um deles, o aço, vem chamando cada vez mais minha atenção. O uso de estruturas me-tálicas vem se tornando uma constante em projetos os mais diferenciados.

Como tantos outros profissionais, tenho presencia-do dia após dia a batalha de um Brasil que não para de crescer. Como se fosse uma bola de neve, enquanto nós, arquitetos, insistimos com novas propostas tecnológicas e sugerimos produtos capazes de revolucionar o mercado, por outro lado o mundo gigante da economia dá saltos

para a consolidação dessa revolução. Se, antes, o parque fabril brasileiro não possuía a tecnologia adequada, atualmente a qualidade do produto alcançou os padrões europeus.

A produção de aço é um forte indicador do estágio de desenvolvimento econômico de um país. Seu consumo cresce proporcionalmente à construção de edifícios, execução de obras públicas, instalação de meios de comunicação e produção de equipamentos. A necessidade de fornos de alta temperatura foi, talvez, um dos motivos do tardio emprego do material, enca-recendo e dificultando a sua comercialização e popularização. Hoje, porém, seu uso já se tor-nou uma constante no cotidiano, mas fabricá-lo

*por Edméa Fioretti

tendência

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Page 29: Revista Feinox 2012

O OuRO ARQuITETÔNICO

e transformá-lo exige técnica que deve ser renovada de forma cíclica, por isso

o investimento constante das siderúrgi-cas e da cadeia produtiva em pesquisa.

O parque produtor brasileiro passa por um processo de atualização tecnológica

constante. Está apto a entregar ao mercado qualquer tipo de produto siderúrgico, desde que sua produção se justifique economicamente. Entre 1994 e 2011, as siderúrgicas investiram US$ 36,4 bilhões, priorizando a modernização e atualização tecnológica das usinas, atingindo uma capacidade instalada de 48 milhões de toneladas. O Brasil tem hoje o maior parque industrial de aço da América do Sul; é o maior produtor da América Latina e ocupa o quinto lugar como exportador líquido de aço e nono como produtor de aço no mundo.

Sobram razões para a expansão do uso do aço na construção civil e no mobiliário urbano, pois com ele alcançamos os benefícios que tanto perseguimos na hora de projetar, como maior liberdade no projeto, menor custo, fast construction, rapidez na conclusão da obra, organização no canteiro de obra e controle

nos custos, racionalização dos sistemas construtivos e uso dos materiais, aumento da produtividade,

benefícios financeiros ao longo da vida útil de projeto, dentre outras vantagens.

Importante observar que, simulta-neamente, outros componentes da construção civil também evoluíram, possibilitando novas propostas de projetos mistos. Por sua vez, também a cultura do uso do aço tem se propa-gado entre os profissionais e usuários brasileiros.

Não tenho dúvidas de que o esforço das entidades de classe, das

siderúrgicas brasileiras e da cadeia produtiva e transformadora, nos colo-

cou em paralelo com realizações fora do Brasil no que tange à utilização do aço, de

forma criativa e funcional. Não podemos esquecer, entretanto, de melhorar o conheci-

mento dos envolvidos na utilização do material na arquitetura: quanto mais informação sobre o tema,

maiores serão as chances de um projeto bem sucedido e sem anomalias no futuro.

O aço tem se tornado personagem da contempora-neidade na arquitetura, onde quer que possamos observar neste mundo afora. Não é a toa que o material é chamado “ouro arquitetônico”: tem sua utilização consolidada pelos mais brilhantes arquitetos e nos mais incríveis e criativos projetos!

E é por isso que, ao desembarcar nos aeroportos, o transtorno do vai e vem corriqueiro de documentação e bagagens se dilui quando passo a observar e admirar as gigantescas estruturas metálicas envolvendo aqueles espaços arquitetônicos, com seus detalhes arrojados, sua polidez, sua maleabilidade, sua riqueza e, sobretudo, sua beleza. ME

*Edméa Fioretti ([email protected]) é arquiteta e urbanista. atualmente vive entre brasil e Espanha, trabalhando em projetos internacionais. é especialista em restauro do patrimônio Histórico e reabilitação de centros Históricos pela Universidade de roma e iccron, tendo aperfeiçoado seus estu-dos nas Universidades de perugia e genova. fora do brasil trabalhou nos projetos: “fori imperiali de roma“, “centro Histórico de bolonha”, escritório de arquitetura em Bolzano (na Itália); “Centro Histórico de Lisboa e Porto” (em Portugal). É conferencista em congressos internacionais e autora de artigos e publicações.

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6Fascículo

uem já esteve lá diz que em nenhum lugar do mundo se pode experimentar a imensi-dão característica do Pampa. As pradarias, verdes e extensas, que parecem não ter fim, preservam nos cerros, serras e restin-gas uma rica diversidade natural ainda a

ser desvendada. É também uma região marcada pela história de liberdade e garra do povo gaúcho, ainda viva nos caminhos e paisagens locais. Aqui, o ecotu-rismo rural tem características marcantes, não só pelas atividades junto à natureza mas, também, por propiciar a vivência de uma gastronomia típica e dividir as histó-rias com um povo hospitaleiro.

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Destino BrasilPAMPA

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Pampa, também chamado de Pampas, Campos do Sul ou Campos Sulinos e Campanha Gaúcha, ocupa uma área de 176.496 Km² no Brasil, corres-pondente a 2,07% do território nacional, mas se estende também pelo Uruguai e pelas províncias

argentinas de Buenos Aires, La Pampa, Santa Fé, Córdoba, Entre Ríos e Corrientes, chegando a 700 mil km2. É uma das maiores regiões de campos do mundo e o único bioma brasileiro restrito a um estado, representando 63% da área do Rio Grande do Sul.

O Pampa gaúcho teve que esperar até 2004 para ser reco-nhecido oficialmente como bioma pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Antes disso, entrava na categoria geral de “Campos” e se igualava a outras manchas de estepe no resto do Brasil. Justa, ainda que tardia, correção: os chamados Campos Sulinos apresentam características muito particulares, donos de uma rica biodiversidade que ainda está sendo desvendada. Menos de 1% é ocupado por cidades. Ou seja, ainda há muito ambiente natural para se preservar no Pampa.

O

Ecoturismo Vo l .6

A iMensidão doPampa gaúcho

Riqueza biológicaJá se registraram, por exemplo, na parte brasileira do bioma,

cerca de 3 mil espécies vegetais, sendo 450 só de tipos diferentes de capim. O mesmo vale para a fauna, representada por algumas dezenas de animais que não são vistos em outros lugares do Brasil, sendo 102 espécies de mamíferos terrestres, como guaraxains, veados e tatus, 50 de peixes além da multidão de aves (476 tipos, como pica-paus, caturritas e anus-pretos) que faz a festa dos birdwatchers no Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Essa imensa pradaria compartilhada com o Uruguai e a Argentina, é o grande berço da cultura gaúcha, o lugar exato onde o Brasil deixa de ser um pouco brasileiro para se aproximar mais de nossos vizinhos.

Sua vegetação é dominada por gramíneas e arbustos. Em alguns pontos, se avistam pequenas matas, os capões. As árvores de maior porte são encontradas nas margens dos rios, sangas e arroios. Sete tipos de cactos e bromélias só são encontradas naquela região.

Na Área de Proteção Ambiental do Rio Ibirapuitã, inserida

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documentos, de 1816, sobre distribuição de sesmarias na região, que fixam como limite de propriedade um tal Rincão do Areal, hoje distrito de Areal. Ficou claro que o fenômeno é conhecido desde o século 19, muito antes da mecanização da lavoura.

Quando visitarO Pampa é uma região de clima temperado, com tempera-

turas médias amenas de 18°C. É o primeiro pedaço do Brasil a receber as massas de ar polares, que podem chegar em qualquer época. Chove ao longo de todo o ano, sem grandes variações. No verão, o tempo é úmido e quente, com temperaturas que chegam a bater nos 35 graus. No outono, as frentes frias come-çam a fazer cair a temperatura. Na maior parte dos dias, contudo, chove pouco. O período entre março e maio é excelente para observar as aves migratórias que visitam o Parque Nacional da Lagoa do Peixe.

No Inverno, as massas de ar polares trazem frio, geada e chu-va. É no inverno que sopra o minuano, vento gélido e cortante, oriundo dos Andes, que vem depois da chuva, limpando o ar. E na primavera, o frio passa e o tempo vai ficando mais úmido. Em setembro, as margaridas-de-dunas cobrem de amarelo as areias do litoral. E as aves migratórias lotam o Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Em outubro, acontece, em Mostardas, o Festival Brasileiro de Aves Migratórias.

AmeaçasComparados às florestas e às savanas, os campos têm impor-

tante contribuição na preservação da biodiversidade, principal-mente por atenuar o efeito estufa e auxiliar no controle da erosão. Entretanto, no Brasil, é um bioma ameaçado. Entre as ameaças estão o desmatamento, a mineração, o sobrepastoreio, a extração de lenha, o plantio de monoculturas e a caça. O bioma Pampa já perdeu quase 54% da vegetação original. Entre os municípios gaúchos que mais desmataram o bioma no período. Alegrete, no extremo oeste do estado, é o campeão de derrubada. As cidades de Dom Pedrito e Encruzilhada do Sul aparecem em seguida. Apesar do grande percentual desmatado, o ritmo de devastação do Pampa é o menor entre os biomas brasileiros.

neste bioma, ocorrem formações campestres e florestais de clima temperado, distintas de outras formações existentes no Brasil. Além disso, essa área protegida abriga 11 espécies de mamíferos raros ou ameaçados de extinção, ratos d’água, cevídeos e lobos, e 22 espécies de aves na mesma situação. Pelo menos uma espécie de peixe, o cará, é endêmica da bacia do Ibirapuitã.

Areal As paisagens naturais do Pampa são variadas, de serras a

planícies, de morros rupestres a coxilhas. Um dos ambientes mais interessantes são os areais. São dunas e manchas de areia espa-lhadas numa área de 5.270 hectares. Atingem dez municípios e invadem o Departamento de Artigas, no Uruguai. Esses ambientes foram erroneamente chamados de desertos, por muitos anos. Hoje são considerados um ecossistema pampeiro.

Segundo a professora Dirce Maria Suertegaray, do Departa-mento de Geografia da UFRGS, a arenização é um fenômeno natural, mas que foi agravado devido à ação do homem. Existem

O Pampa Gaúcho representa 63% de área do Rio Grande do sul e é uma das maiores regiões de campos do mundo

Abaixo do solo do Pampa está o Aquífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce subterrânea do mun-do, dividida entre Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai.

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Ecoturismo Vo l .6Ecoturismo

ecoturismo no Pampa

Parque NacioNal da lagoa do Peixe: o Paraíso das aves

A infraestrutura ecoturística ainda está chegando ao Pampa, mas o que não faltam são lugares com vocação para as aventuras ao ar livre, sobretudo se ligadas à observação da fauna. Um deles é o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, no município de Mostardas, um dos mais importantes refúgios de aves migratórias do Hemis-fério Sul. Cerca de trinta espécies usam o lugar como parada ao longo do ano, incluindo flamingos do Chile e maçaricos-brancos provenientes do Polo Norte. Além disso, o parque abriga um dos últimos remanescentes de restinga do estado.

Outro santuário da fauna sulista, não muito distante, é a Es-tação Ecológica do Taim, que se estende ao longo de 15 km da BR-471, quase na fronteira com o Uruguai. São capivaras, jacarés e cerca de 230 espécies de aves neste que é o maior banhado do Sul. Bem no centro do estado, Caçapava do Sul vem despontan-do como importante polo de Ecoturismo. Além de cachoeiras, grutas e trilhas para se percorrer a pé, de bicicleta ou a cavalo, o município tem formações rochosas chamadas de Guaritas, cujos paredões são perfeitos para a prática de escalada e rapel.

As principais cidades do Pampa gaúcho são Alegrete, Caçapa-va do Sul, Rosário do Sul, São Gabriel, Sant´Ana do Livramento e Bagé.

Áreas protegidasO Pampa é o bioma terrestre menos protegido do país. As

unidades de conservação públicas somam apenas 4.680 quilô-metros quadrados, o equivalente a 2,5% da extensão original do bioma. São elas: Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã; Área de Proteção Ambiental do Banhado Grande; Parque Es-tadual do Espinilho; Parque do Podocarpus; Parque Estadual de Itapuã; Estação Ecológica do Taim, Parque Estadual do Delta do Jacuí; Parque Estadual do Camaquã; Parque Nacional da Lagoa do Peixe; Reserva Biológica do Ibirapuitã; Reserva Biológica de São Donato, entre outras. As mais importantes são a Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã e a Estação Ecológica do Taim.

Pinguins, baleias, leões-marinhos, flamingos, cisnes, maçaricos e outras espécies da fauna: todos esses animais são avistados no litoral sul do Rio Grande do Sul, mais precisamente no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, situado entre as cidades de Mos-tardas e Tavares. E, justamente para proteger seus ecossistemas litorâneos que abrigam e servem de alimento para mais de 40 mil aves catalogadas entre 192 espécies, das quais 19 migratórias do hemisfério norte e 4 do sul, é que, desde 1986, 34.400 hec-tares da região formam o Parque Nacional da Lagoa do Peixe.

O nome vem de sua principal lagoa que, apesar da de-nominação é, na verdade, uma laguna devido à direta ligação com o mar através de uma barra. Com ocorrência intensificada nos meses de junho a dezembro, a mistura das águas doce e salgada, aliada a constante ação de fortes ventos, permite a concentração de nutrientes que garante o ciclo reprodutivo e a sobrevivência de diversas espécies. Tais características específicas fazem do local um reservatório natural de ali-mentos. São camarões, caranguejos, moluscos, algas, plânc-tons e pequenos peixes atraindo aves, mamíferos e répteis.

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Santuário para aves migratóriasLocalizado entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico

o Parque Nacional da Lagoa do Peixe é uma extensa planície costeira com áreas de banhados, praias, campos de dunas, mata de restinga e lagoas de água doce e salobra. Um santuário para as aves migratórias, que chegam a percorrer 10 mil quilômetros em busca de local apropriado para alimentarem-se, trocarem as penas e descansar. Como é o caso do maçarico-de-peito-vermelho que faz seu ninho próximo ao Pólo Norte (ártico canadense) e, com a chegada do inverno boreal, viaja com seus filhotes para a região. Ou os flamingos e a batuíra-de-coleira-dupla, que voam da Patagônia Chilena e Argentina para as águas do Parque.

Garças, biguás, cisnes, talha-mares, gaivotas, pernilongos, pica-paus, marrecos, gaviões, cabeças-secas, entre outras aves, habitam a Unidade de Conservação. Captura, marcação com anilhas, senso e coleta de dados biológicos. Estudos realizados pelo Centro de Pesquisa para Conservação das Aves Silvestres (Cemave), órgão ligado ao Ibama, desde a década de 80 atuando na região, des-pertaram interesse na comunidade científica brasileira e de outros países estrangeiros. Assim, em 1991, Lagoa do Peixe passou a integrar a Rede Hemisférica de Reservas para Aves Limícolas (associadas a ambientes lamacentos como é o caso do solo

das lagoas do Parque) e, em 1999, foi considerado como posto avançado do Comitê Nacional de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, título concedido pela Unesco, que representa a impor-tância dos ecossistemas para a sobrevivência da vida no planeta.

Semelhante ao movimento das aves, o Parque Nacional da La-goa do Peixe também serve de refúgio para pinguins, focas, lobos e leões-marinhos que utilizam o litoral para descanso e alimenta-ção. A riqueza alimentar provocada pelo deságue das lagoas e as correntes marinhas das Malvinas, no inverno, e do Brasil, no verão, ocasiona o aparecimento dos animais durante o inverno brasileiro.

Vale frisar que, ao avistar esses animais, deve-se manter uma distância de no mínimo cinco metros, não alimentá-los e nem tentar recolocá-los de volta ao mar, pois pos-sivelmente devem estar descansando de longas jorna-das marítimas e podem ficar agressivos com tal atitude.

Nas corredeiras de rosário do sul

Que tal embarcar num caiaque e sair em busca dos pei-xes nas corredeiras do Pampa gaúcho? A jornada passa pelas extensas paisagens das fazendas de Rosário do Sul, perto da fronteira entre Brasil e Uruguai (acesso pelas BR 158 e BR 290). A região é lugar único no Brasil e de natureza cheia de riquezas. E, para conhecer a rotina dos moradores da área rural, nada melhor do que uma visita às tradicionais fazendas.

A recepção gaúcha em geral vem de um costume herdado dos índios: tomar o mate amargo na roda de chimarrão. No campo, o trabalho é pesado, mas tem suas recompensas, diante do espetá-culo natural das paisagens e bichos, ninguém sofre de estresse. A história do Brasil faz parte das planícies da região de Rosário do Sul, muitas batalhas foram travadas na disputa por território. Uma ca-racterística forte do povo gaúcho é a valorização dos próprios cos-tumes e para preservar a dança, a música e todo tipo de memória, eles criaram os chamados Centros de Tradições Gaúchas (CTG).

Pescaria de caiaqueOs rios nesta área estão cheios de corredeiras e o caiaque é o

melhor jeito de ir em busca dos peixes. E a pescaria de traíra é no visual. Na ponta da linha, também surge o rei do rio. A valentia do dourado gaúcho espalha água pra todo lado num show de belos sal-tos, a alegria dos pescadores é total com o resultado de bons peixes.

A pesca de caiaque no Arroio Mineiro, um dos afluentes do principal rio da região, o Ibirapuitã, é muito procurada por ecoturistas. Deixando a fazenda Corunilha, a descida até o rio é complicada, por causa dos desníveis e da mata fechada. Mas, vale a pena ir em frente e se deparar com aquela água tão lím-pida. Às vezes é preciso remar, e, em outros fazer arremessos. O segredo é equilibrar a força do remo e do barco, e na hora que a traíra atacar, suster a fisgada com firmeza. É possível

águas tão transparentes que a pescaria é no visual

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desembarcar em pequenas praias de pedras: faça os arremessos em direção à margem, na direção das raízes e galhos de duas plan-tas, o sarandi e o salseiro, onde as traíras costumam se esconder.

Traíras no IbirapuitãNo rio Ibirapuitã, o turista tem chance de pegar traíras maiores, pois

o rio é maior e com mais profundidade. Já se pescou ali uma traíra de 75 centímetros, da espécie Hoplias lacerdae, que chega a um metro de comprimento. Ali também há possibilidade de fisgar um dourado.

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BaloNismo e trilha ecológica em aceguá

as guaritas de caçaPava do sul

Aceguá, no sudoeste riograndense, a 60 km de Bagé, é procu-rado para a prática de balonismo – sendo que é ali que acontece o Festival de Balonismo do Pampa, que enfeita e colore o céu da região. Em Aceguá também pode-se fazer a trilha ecológica que leva ao Cavalo de Pedra, localizado no Cerro dos Quietos, localidade de Mina do Aceguá. O local se caracteriza por ser o ponto mais alto da topografia do município, que está a 276 metros acima do nível do mar. Do alto da pedra, visualiza-se toda a cidade e parte do interior. Para chegar ao local onde está o Cavalo de Pedra, partindo-se da estrada principal, segue-se uma trilha composta de formações rocho-sas, onde a natureza e a beleza da paisagem encantam os visitantes.

Em caçapava do sul, há um tesouro da natureza ainda a ser des-coberto nas guaritas, grandiosas, únicas e impressionantes, que possibilitam uma emoção à parte

A 250km de Porto Alegre, Caçapaca do Sul é considera-da a capital gaúcha do montanhismo. Suas famosas Guaritas (formações rochosas consideradas uma das maravilhas do RS) criam um cenário fantástico, e rico em espécies endêmicas. Representam uma beleza única, nos domínios da Serra do Su-deste, formada por serras de pequena monta, cujas altitudes raramente ultrapassam os 500m, e onde predomina o granito.

Estas serras encontram-se entremeadas por vales e bacias onde aflora o arenito em curiosas formações de aspecto ruini-forme e que recebem o nome de Guaritas. Foram milhares de anos de erosão da chuva e do vento que formaram no local quilômetros de serra com vales profundos e pedras enormes localizadas a aproximadamente 30 km da sede do município.

Após visitar as Guaritas, é indispensável conhecer a Pedra do Segredo, no vale dos lanceiros, onde pode-se visitar três cavernas. O acesso a Caçapava do Sul é pelas rodovias BR 392, BR 153 e RS 357.

Trekking na regiãoRoteiros no entorno de Capaçava do Sul para os amantes do trekking:•Toca das Carretas: formações rochosas que serviram

de abrigos desde os primeiros habitantes (os charruas) em época de lutas. Caminhada pela mata nativa. Nível: fácil. Acesso pela BR 392, mais 2 km de estrada de chão batido.

• C a s c a t a d o S a l s o : p e r c u r s o d e 8 k m , ó t i -mo lugar para apreciar a natureza e tirar fotografias. Que-da d’água de 20m, cercada de mata nativa. Nível: médio.

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•Tri lha das Guar i tas : caminhada pela mata , em mais de 70m hor i zon ta i s de e s t a l a c t i t e s . N í ve l : méd io .•Gruta da Varzinha: trilha em propriedade particular, onde se encontra esta formação geológica constituída por ro-chas sedimentares denominadas estalactites e estalagmi-tes. Percurso de 46km, BR 392. Com caminhada pela mata, em mais de 70m horizontais de estalactites. Nível: médio.

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turismo rural a Partir de alegrete e Bagé

Saindo de Alegrete (acesso pelas rodovias RS 566, RS 507, BR/RS 377, RS 290, RS 806), pode-se conhecer as famosas Estâncias Gaúchas, palco principal da Revolução Farroupilha, que por dez anos tingiu de bravura e determinação pedaço de solo brasileiro. Ali, a figura do gaúcho se confunde com um cenário único, da imensidão dos campos, águas fartas e muita, muita história para contar, pre-sente em museus, charqueadas e nos caminhos do Turismo Rural, perfumados com os cheiros característicos da culinária campeira. Conquistas de conversas junto ao fogo de chão, onde a tradição do chimarrão, passando de mão em mão, torna a todos um só povo.

Caminho Farroupilha Siga o Caminho Farroupilha, pisando em solo pampeiro ou nave-

gando nas águas do grande mar de dentro - a Laguna dos Patos - e descubra um mundo onde o cenário se transforma em história viva.

Estância LimoeiroEm Bagé, uma dica interessante é a Estância Limoeiro, construção

colonial espanhola, com pátio murado e telhas artesanais, que foi palco de decisões importantes na Revolução Federalista (1893/1895). Contém material de pesquisa e dois museus organizados. Os ecotu-ristas poderão curtir as visitas guiadas com explanação sobre a fauna e a flora e fazer turismo rural. Possui parreiras, forno antigo, algibe, objetos de ferro antigos. Atendimento é feito pela própria família, gastronomia típica e campeira. Mobiliário e objetos do século XIX.

Escalada na Região de PalmasA região possui vegetação nativa preservada e formações rochosas

sedimentares que são palco de atividades de escalada e montanhis-mo. O local também resguarda episódios da história do Rio Grande do Sul: o conglomerado de gigantescas pedras serviu de esconde-rijo para centenas de guerreiros durante a Revolução Farroupilha.

cavalgada em saNt´aNa do livrameNtoEm Sant’Ana do Livramento (acessos pelas BR 293, BR 158),

pode-se fazer passeios a cavalo de 2 a 10 dias de duração, per-corendo campo fora mais de 300 fazendas, com alimentação e hospedagem incluídas. Chova ou faça sol, inverno e verão, as saídas são diárias e sempre haverá um cavalo encilhado para quem tiver interesse em participar ativamente da paisa-gem da Serra Gaúcha. Caminhos que só a cavalo se conhece. Sem limite de idade e sem necessidade de experiência prévia.

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Ecoturismo

Fontes: Fontes: Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul; Portal do Meio Ambiente; 360graus.terra.com.br; www.ibflorestas.org.br; www.viagem-natureza.com.br; “Terra da Gente”/Globo/EPTV; www.cadernopampa.blogspot.com.br; Revista Turismo; www.costadoce.com.br; www.pampasgacuho.blogspot.com.br; Wikipedia

a reserva Biológica de iBiraPuitã

estação ecológica do taim

A Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã está localizada às margens do Rio Ibirapuitã, na Região da Campanha, sudoes-te do estado do Rio Grande do Sul, no município de Alegrete. Criada em junho de 1976, tem 308,28 hectares. Ali o clima é predominante subtropical, com chuvas bem distribuídas e esta-ções bem definidas. A temperatura média anual é de 18,6 °C. O acesso é restrito à pesquisa científica e educação ambiental.

Devido ao seu curso e situação geográfica, é considerado um importante bioma para espécies animais e vegetais. O campo é caracterizado pelo domínio de espécies de gramíneas, com pre-sença esparsa de espinilhos (planta comum no oeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, bem como na Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia) e aroeiras-pretas. Encontra-se também pequenos cerros onde se destacam cactácias. Entre as espécies da mata ciliar, estão o angico-vermelho, camboim, embira e espinheira-santa. Ente as espécies animais registradas na reserva estão o bugio-preto e o tucotuco, roedor que forma galerias subterrâ-neas. Estudos identificaram em torno de 11 espécies de raros ou ameaçados de extinção, como: ratos d’água, cevídeos e lobos, e 22 espécies de aves nesta mesma situação. Pelo menos uma espécie de peixe, o cará, é endêmica da bacia do Rio Ibirapuitã.

O desenho dos limites da APA do Ibirapuitã foi pensado de forma a abrigar a porção superior da Bacia Hidrográfica do Rio Ibirapuitã. Ela está localizada na fronteira internacional Brasil-Uruguai, na região conhecida como Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, e seu limite sul coincide com o limite internacio-nal, não havendo acidentes geográficos (rios, vales, etc) e nem muros ou barreiras físicas separando-a do território Uruguaio.

Muitos dos aspectos da paisagem, contidas na reserva são valori-zados como lugares históricos, e belas paisagens. Em Alegrete o Rio Ibirapuitã, Lagoa do Parobé, Balneário do Caverá e Ruina dos Cam-braias; Quaraí o Cerro do Tarumã e o Morro das Caveiras; Santana do Livramento o Parque Municipal Lago do Batuva, marcos da Divisão de Fronteira entre Brasil e Argentina. Caracterizada como estepe gramíneo-lenhosa (campo nativo) e floresta estacional decidual aluvial (mata ciliar). A fisionomia é de extensas planícies de campo limpo.

Roteiro Martin FierroEm Sant´Ana do Livramento, curta o roteiro rual “Martin Fierro”,

que tem como temática central os versos da “epopéia guasca”, obra do autor José Hernandez, iniciada em Sant’Ana do Livramento nos anos de 1871/1872. O passeio é realizado em estâncias, vinícolas na qual o turista vivencia a linguagem regional, a história da fronteira, a gastronomia as lides campeiras e as novas formas de ocupação econômica da região. O roteiro passa pelo centro da cidade, com visita a sala de exposições composta com o acervo sobre o gaúcho, a obra e autor, mapa turístico do roteiro e material de divulgação.

A Estação Ecológica do Taim fica no sul do estado gaú-cho, compreendendo parte dos municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar. Possui uma área de 33.815 hectares, situando-se numa estreita faixa de terra entre o Oceano Atlântico e a Lagoa Mirim. Chega-se ao local pela da BR-471.

A Estação não está aberta ao turismo mas, sim, à visita-ção com objetivos de educação ambiental e divulgação. É necessário entrar em contato com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que administra o local, e solicitar uma autorização para acesso. A Estação conta com toda uma infraestrutura para o desenvolvimento de pesquisas.

Um dos principais motivos que levaram à criação da Estação, em 1986, foi o fato de ser um dos locais por onde passam várias espécies de animais migratórios vindos da Patagônia, seja para descanso, crescimento ou nidificação. A destruição da área na rota de migração poderia colocar essas espécies em risco de extinção.

Observação da fauna e da flora Na parte norte da estação, há uma pequena floresta com área

de 10ha, que constitui uma verdadeira preciosidade ecológica. As árvores dominantes são a figueira nativa e a corticeira - das quais pendem as decorativas barbas-de-velho. Nas árvores há também lindas orquídeas, sendo a principal a Cattleya intermedia.

No banhado, que constitui a maior parte da Estação, domina o junco. Estãos presentes, também, plantas que boiam nas águas, como o aguapé e a erva-de-santa-luzia, além de gramíneas diver-sas. Dentre estas foram assinaladas a Paspalum e a Spartina de porte elevado, que ocupa grandes áreas do banhado. Muitas delas oferecem refúgio para diversas espécies de aves e mamíferos.

A Estação Ecológica do Taim tem uma variadíssima fauna. A grande estrela é o cisne-de-pescoço-preto, o único cisne verdadeiro do continente sul-americano e um dos mais bonitos do mundo. Entre os animais ameaçados de extinção, o Taim preserva o jacaré-de-papo-amarelo, o coscoroba, os iererês, o marrecão da Patagônia, os socós, o tachã, a garça-branca-grande, entre outros. Entre os mamíferos, estão presentes a nutria ou ratão-do-banhado (que sofreu uma perseguição intensa devido ao valor da sua pele), o tuco-tuco e a capivara. Já o cervo-do-pantanal foi extinto devido a ações predatórias do homem.

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CONSTRuTORAS INOVAM E ApOSTAM NA FORÇA E pRATICIDADE DO AÇO

s construtoras vêm investindo em métodos dife-renciados, como o sistema construtivo em aço, para atender a grande demanda por habitação. A Caixa Econômica Federal já aceita este método

construtivo, considerado mais rápido e econômico, e os interessados em unidade contam com financiamento habitacional. Segundo a diretora do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), Catia Mac Cord, o material pode ser usado em qualquer tipo de imóvel, do mais simples ao mais elaborado. “O sistema construtivo em estrutura metálica é mais rápido e com menor impacto do que a construção tradicional. Seus componentes saem da fábrica para a obra onde a montagem é feita. Em função da maior velocidade de execução, haverá ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel”, diz Catia.As construtoras que adotam o método também são beneficiadas, pois o retorno do capital investido é mais rápido. De acordo com Catia, a redução do tempo de obra é de até 40% quando comparada aos processos convencionais, já que a fabricação da estrutura é feita em

paralelo às fundações, permitindo trabalhar em diversas frentes de serviços simultaneamente. A diminuição de formas e escoramentos e o fato de a montagem da estrutura ser menos afetada pela ocorrência de chuvas são outros fatores que contribuem para esta redução. O aço também é 100% reciclável.

AlternativaPara o arquiteto da Usiminas e especialista em construção em aço, Roberto Inaba, o aço che-gou não para substituir os materiais tradicionais, mas para oferecer ao setor mais opção na hora de construir. Ele ressalta que no segmento de habitações populares há número expressivo de empreendimentos construídos em aço. A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), já fez 203 edifícios com estrutura de aço, o que corresponde a aproximadamente 4.500 apar-tamentos. ME

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Material é 100% reciclável e reduz tempo de obra

desenvolvimento40

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desenvolvimentodesenvolvimento

ara os acabamentos das estações, o Departamento de Arquitetura do Metrô de São Paulo elaborou diretrizes que preveem o uso de cores e materiais

modernos e resistentes para que as estações se tornem marcos urbanos e não desapareçam no tecido da cidade, como aconteceu com as linhas mais antigas. Assim, nas fachadas destas estações foram utilizados o aço inox, vidro laminado e pastilhas cerâmicas coloridas.

Segundo os arquitetos, a opção por estes materiais levou em conta a resistência a ações de vandalismo e custo competitivo. O aço e, principalmente, o aço inox, foi extensivamente utilizado nas estruturas da cobertura, revestimentos de fachada, revestimentos internos, guar-da-corpos, suportes para comunicação visual e mapas, no mobiliário, como bancos e lixeiras, e acabamentos de elevadores.

O imponente prédio administrativo da Estação Butantã recebeu aço inox em seu fechamento, elemento

escolhido por sua durabilidade, resistência a riscos e intempéries e facilidade de manutenção. O acesso às plataformas também recebeu aço e vidro. Em especial para a fachada da Estação Butantã, foram estudadas diversas alternativas de materiais e optou-se pelo aço inox por sua durabilidade, resistência a riscos e intempéries e facilidade de manutenção. “Para tanto, foi desenvolvido um sistema de fixação que apro-veitasse ao máximo as chapas de aço e evitasse a ondulação da superfície. Este sistema foi testado em laboratório, com pressões e ventos superiores à realidade. Além disso, o aço inox é um material reciclável, resistente, não muda de cor e, principalmente, atendendo as diretrizes da Linha 4 – Amarela criou uma fachada que é um marco na paisagem.” Fonte: Núcleo Inox ME

P

AÇO INOXnas modernas estações do

Metrô paulistano

Durabilidade, resistência e economia

41mercado empresarialmercado empresarial

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desenvolvimento

Grupo Açotubo, por meio da sua divisão de Trefilados e Peças, dá mais um passo para a expansão de seus negócios com a aquisição da Ponteadeira Ferrocam. Com investimento de R$ 1,5 milhão, a máquina, de

origem italiana, tem como diferenciais a realização do processo de trefilação a frio, além de ampliar a capacidade de produção - uma vez que cada barra de tubo de aço demorava cerca de dois minutos para ser finalizada e, agora, este tempo caiu para, em média, 20 segundos, dependendo da espessura e do diâmetro externo do tubo.

Anteriormente, o processo de trefilação era feito a quente, e o funcionário precisava lidar com uma forja a altas temperaturas. “A tecnologia deste maquinário proporciona segurança, agilida-de, melhor condição de trabalho ao profissional, e não utiliza produtos químicos. Dessa forma, estamos ainda mais capacita-dos para atender a alta demanda do mercado com produtos de qualidade, resistência e confiabilidade”, destaca Sérgio de Oli-veira, engenheiro de desenvolvimento da divisão de Trefilados e Peças do Grupo Açotubo. Fonte: Portos e Navios ME

GRupO AÇOTubO avança no MErcado dE trEfilaçÃo

Quem chega a Curitiba pela BR-277 se depara com o novo portal da cidade: uma passarela metálica de 40 metros de extensão, concebi-da pelo arquiteto Waldeny Fiuza, para fazer a ligação entre o Parque Barigui e o bairro Mossunguê. Como a região se desenvolveu muito nos últimos anos, com a chegada de empreendimentos como o Park Shopping Barigui e o Ecoestádio Janguito Malucelli, a

EM cUritiba, passarEla dE aço solUciona problEMa

travessia dos pedestres em locais inseguros aumentou o número de acidentes. Assim, a passarela pretende resolver esse problema.O projeto levou em consideração a paisagem do Parque Barigui, cartão-postal da cida-de. “Criamos uma passarela integrada com paisagismo, utilizando aço estrutural, que é totalmente reciclável, e plantas”, comenta o arquiteto. O paisagismo acompanha o per-curso do pedestre durante a travessia: árvores nativas da região e vegetações com flores foram incorporados, sugerindo uma extensão do parque. ME

integrada com o paisagismo, a passarela no parque barigui utiliza aço estrutural,

totalmente reciclável

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Empresa adquiriu ponteadeira de alta capacidade produtiva

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achoeira do Itapemirim, no interior do estado do Es-pírito Santo, em breve terá 496 apartamentos novos para quem ganha de zero a três salários mínimos. O conjunto habitacional do projeto Minha Casa, Minha

Vida está sendo erguido desde maio com a utilização de es-truturas metálicas. As 620 toneladas de estruturas metálicas da obra estão sendo produzidas pela Usiminas.

A siderúrgica também fornecerá perfis de drywall e deck metálico. De acordo com o diretor executivo de vendas da Usiminas, Ascanio Merrighi, é a primeira vez que o Minha Casa, Minha Vida viabiliza uma obra totalmente industrializada em aço nesta faixa salarial, o que propicia menores prazos de execução e custos mais competitivos.

Os imóveis padronizados adotam o aço como produto porque permite projetos estruturais modernos e arrojados. São estruturas de aço constituídas por vigas e pilares tubulares quadrados e retangulares. Além da alta resistência, qualidade e facilidade de soldagem, a utilização das colunas tubulares permite a redução do peso das colunas em aproximadamente 25%.

Outra vantagem do uso das colunas está no tempo de execução da obra. Todo o empreendimento – da fundação ao acabamento final do prédio – leva metade do tempo se comparado a uma obra feita com estrutura de concreto. Com informações da Revista Construção Metálica ME

Mais UMa Etapa do MinHa casa, MinHa vida vai Usar EstrUtUra MEtálica

pontE MEtálica aMpliará vÃo navEgávEl na Hidrovia tiEtê-paraná

C

desenvolvimento

Menores prazos de execução e custos mais competitivos

Uma das maiores pontes de estrutura metálica já construída no Brasil, com um vão livre de 120 metros, está sendo instalada sobre o rio Tietê, em trecho da rodovia SP 333, em Pongaí, a 345 quilômetros da capital paulista, na região central do estado. A insta-lação da ponte possibilitará a ampliação do vão navegável da Hidrovia Tietê-Paraná dos atuais 40 metros para 120 metros. Constru-ída pelo Grupo Singulare, contratado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a ponte tem 120 metros de extensão, 11 metros de largura, 11 metros de altura e pesa 900 toneladas.

Uma nova metodologia foi criada pelo Grupo Singulare para a execução do projeto, orçado em R$ 27 milhões. A ponte foi cons-truída ao longo de 14 meses em um canteiro de obras implantado às margens do rio Tietê. Depois de pronta, um complexo processo de engenharia naval garantiu seu transporte o meio do rio para ser içada até o local de instalação. Paralelamente, os pilares que sus-tentarão a nova ponte foram erguidos no rio e a estrutura pré-existente ganhou reforço.

O trabalho exigiu uma logística complexa, pois todo o serviço foi executado no eixo da hidrovia. Embarcações transportaram todo o material como concreto, aço e equipamento de fundação. Para o trabalho, o Grupo Sin-gulare contou com equipes de mergulhadores e realizou o monitoramento através de filma-gens subaquáticas. Com esta nova metodolo-gia, o prazo de interdição da rodovia SP 333 ao tráfego foi reduzido de 6 meses para 30 dias. Fonte: Grandes Construções ME

Obra de engenharia inédita no País custou R$ 27 milhões

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43mercado empresarialmercado empresarial

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s siderúrgicas estão desenvolvendo uma nova forma de aço, o “aço avançado de alta resistên-cia”, que emprega uma abordagem semelhante à culinária “fusion”: alterar os métodos de

cozimento e resfriamento, em vez de usar ingredientes caros, para modificar a composição química do aço. A fabricação se baseia em uma linha de produção conhecida como “recozimento contínuo”, onde o aço é submetido a sucessivos tratamentos a quente e a frio, modificando sua microestrutura e, assim, sua flexibilidade e resistência.

O novo aço representa a terceira onda siderúrgica para o setor automobilístico. Durante a maior parte do século XX, o aço era fabricado fundindo minério

de ferro e carvão juntos e depois misturando calcário e outros ingredientes. Em 1975, quando a crise do petróleo acelerou a demanda por car-ros mais leves, a indústria desenvolveu um novo tipo de aço, acrescentando uma quantidade cada vez mais complexa de elementos, como nióbio ou vanádio, que tornaram o aço mais leve, sem diminuir sua força.

“Esses aços microligados ajudaram a com-pensar os desafios apresentados pelas fábricas de alumínio e a atender aos padrões cada vez mais elevados de eficiência no consumo de combustível e normas relativas a acidentes”, diz Ron Krupitzer, vice-presidente de aplicações

NOVO TIpO DE AÇOCHEGA à INDÚSTRIA AuTOMObILíSTICA

A

Alta resistência

inovação46

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endência nas cozinhas modernas, os eletrodomésticos confeccionados em aço inoxidável chegaram às lavanderias, levando para esse ambiente sua versatilidade e alto apelo estético. Além dos refrigeradores e dos fogões, os consu-

midores têm agora a possibilidade de adquirir o inox também na lavadora de roupas que pode vir toda revestida ou apenas com cesto feito do material. “Quando uma empresa quer agregar valor ao seu produto, inclui itens ou os produz em aço inoxidável”, ga-rante a analista de negócios da Aperam South America, Nathália El Ossais.

Presentes em 45% dos lares brasileiros, segundo o IBGE, as lavadoras foram incrementadas com os aços inoxidáveis, que as tornam objetos de desejo nos projetos residenciais.

“A máquina de lavar em inox atrai um público preocupado com o design”, avalia a gerente de produto da Electrolux, Joana Dias. Desde setembro de 2011, a Electrolux adquire aço inoxidá-vel da Aperam South America. O material é aplicado nos cestos de máquinas de lavar top load (abertura superior) e com função lava e seca.

Além das qualidades estéticas, outros diferenciais atraem os consumidores. O aço inoxidável não absorve as cores que des-botam dos tecidos e é mais higiênico, por evitar a formação de mofo e o acúmulo de bactérias que podem causar mau cheiro nas roupas. Os modelos de lavadoras com gabinetes revestidos de aço inoxidável recebem ainda um verniz que evita marcas de dedos, facilitando a limpeza, além de proteger e deixar o produto com aparência de novo por muitos anos.

“A tendência é o consumidor pensar tanto no lado estético quanto na durabilidade e qualidade superior das lavadoras com itens em aço inoxidável”, antevê Nathália. Ela acredita que o ele-trodoméstico tende a ser cada vez mais comprado pelas classes mais populares, aumentando, consequentemente, o consumo de produtos fabricados com inox. “A redução do IPI para eletrodo-mésticos da linha branca e a mudança nos perfis econômicos dos brasileiros contribuem para o aumento das vendas”, destaca. Fonte: Revista Espaço/Aperam ME

lavadoras coM aço inoxi-dávEl coMpõEM projEtos dE dEsign arrojado

automotivas do Instituto de Desenvolvimento do Mercado do Aço, entidade dos Estados Unidos.

Uma terceira fase de inovação do aço, que está em desenvolvimento há uma década, baseia-se menos em novas ligas e mais no processamento térmico. Ao aquecer, resfriar e reaquecer o aço em diferentes estágios, as siderúrgicas podem produzir um metal ao mesmo tempo duro e flexível, diz Da-vid Matlock, metalurgista da Escola de Mineração do Colorado, nos EUA, que já trabalhou em várias montadoras e siderúrgicas.

A ArcelorMittal SA, a United States Steel Corp e a Severstal OAO têm suas próprias versões do novo tipo de aço. Em Leipsic, no Estado americano de Ohio, a U.S. Steel, em uma joint venture com a Kobe Steel Ltd., do Japão, está construindo uma linha de produção de US$ 400 milhões para o aço automotivo de alta resistência, a ser inaugurada em 2013.

“Estamos acompanhando os fatos relativos ao aço avançado de alta resistência de terceira geração, mas ainda é muito cedo para oferecermos uma perspectiva sobre as expectativas e as possíveis aplicações”, diz Bill Grotz, porta-voz da General Motors Co. Hoje um carro médio contém apenas cerca de 80 quilos do novo aço avançado de alta resistência, mas espera-se que essa quantia dobre até 2020, segundo a consultora Ducker Worldwide. Já a quantidade de aço comum que um carro médio contém deverá diminuir de 694 quilos para cerca de 440 quilos. Fonte: WSJ ME

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Mais requinte na hora de lavar

inovação

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47mercado empresarialmercado empresarial

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higiene é um aspecto de suma importância na preparação ou processamento do alimento ou das bebidas. O aço inoxidável tem um registro

comprovado de sucesso nestas áreas onde a higiene e a facilidade da limpeza são críticas. A habilidade de permitir fácil limpeza, faz do aço inoxidável a primeira escolha para condições higiênicas estritas, tais como restaurantes, hospitais, cozinhas públicas, etc.

As propriedades de aço inoxidável, dentre elas a resis-tência de corrosão, a resistência mecânica e a formabilidade são benefícios importantes para os fabricantes e usuários

neste setor. A facilidade de limpeza do aço ino-xidável é similar àquela do vidro e da porcelana, sendo bastante superior neste quesito aos plás-ticos, ao alumínio e aos artefatos de barro.

As propriedades de resistência à corrosão, a durabilidade, a proteção do sabor, a economia e a estética conduziram à sua aceitação como material preferido para entrar em contato com alimentos em um sem-número de aplicações relacionadas. O aço inoxidável está tornando-se cada vez mais popular e usado intensivamente como material de construção de recipientes para

o preparo e armazenamento de alimentos.O aço inoxidável é basicamente inerte à grande maioria

dos compostos liberados por alimentos, incluindo seus adi-tivos químicos. Ele normalmente não forma microfissuras, assim evitando a possibilidade de surgimento da infecção bacteriana. O aço inoxidável pode ainda ser usado para cozinhar assim como para servir e não quebra ou racha ao contrário de outros materiais também usados para a fabricação de utensílios de cozinha.

A facilidade de limpeza é também importante com relação ao gosto, à cor e à prevenção da contaminação de produtos comestíveis tais como o leite, os alimentos processados e as bebidas alcoólicas.

Um dos benefícios proeminentes do aço inoxidável em relação ao gosto ou ao odor de um alimento para o alimento seguinte é a rapidez com que sua superfície pode ser dei-xada livre de resíduos e das bactérias. Isto é de grande importância higiênica, particularmente na manipulação de alimentos.

A higiene é imperativa sempre que alimentos ou bebidas (água, chá, café, leite, cerveja, vinho, refrigerantes, etc.) são produzidos, preparados ou processados. O aço inoxidável tem um registro comprovado do sucesso nestas áreas onde a higiene e a facilidade da limpeza são tão importantes.

A respeito das considerações de segurança, a neutralidade, tanto química como biológica, do aço inoxidável em aplicações de contato com alimentos/bebidas transformou-se num foco do interesse. Devido à sua resistência à corrosão, o aço inoxidável comprovou sua se-gurança mesmo em situações extremas, como por exemplo, quando exposto a alimentos de acidez elevada. Esta é uma clara vantagem no que tange à saúde.

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E bEbidasALIMENTOS

O aço inox tem um registro compro-vado de sucesso nas áreas onde a higiene e a facili-dade da limpeza

são críticas

higiene48

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Os produtos do aço inoxidável cumprem as necessidades do consumidor mais do que outros materiais o fazem. Não há necessidade de substituí-los prematuramente por causa do desgaste e da deterioração estética.

Muitas propriedades do aço inoxidável condu-zem à sua aplicação durante toda a cadeia produtiva dos alimentos: desde o processamento, distribuição, armazenamento e, na ponta da cadeia, as atividades à mesa, que envolvem travessas, bandejas, talheres para diversas finalidades, etc.

nosso alimento mais importanteNós podemos viver por alguns dias sem ali-

mento mas não sem água. A vida humana não se mantém sem água e quanto melhor a qualidade da água, melhor é a saúde das pessoas que a conso-mem. As exigências básicas no ciclo da água são o tratamento, o transporte, a distribuição, o trata-mento do esgoto e a sua eliminação.

Para o tratamento, o transporte e a distribuição, a higiene é muito importante e seria imperativo usar o aço inoxidável para a tubulação. No exem-plo da canalização e do tratamento do esgoto, a resistência à corrosão do aço inoxidável é um aspecto crucial.

Em países em desenvolvimento a disponibi-lidade de água tratada é inferior à demanda da população, chamando para medidas eficazes de preservar/conservar a água tratada por um perío-do mais longo. O aço inoxidável serve como um meio útil para o armazenamento prolongado da água, mantendo a sua higiene. Um melhor con-trole sobre vazamentos e a prevenção da corrosão do material, através do uso de tubulação de aço inoxidável aumenta a disponibilidade da preciosa água. Fonte: Abinox ME

lém de bonito e resis-tente, o aço inox é um material de fácil con-servação. Com uma

manutenção adequada, é possível manter suas proprieda-des originais inalteradas por muito tempo. Na limpeza de rotina, os melhores produtos são água e sabão, detergentes suaves e/ou neutros e soluções de amônia (removedores caseiros), diluídas em água morna. Para aplicar, use um pano macio ou uma esponja de náilon fino. Depois enxá-gue com água abundante e seque com um pano macio.

Outra dica importante: sempre experimente primeiro o método de limpeza mais suave; seja paciente e, antes de recorrer a métodos mais severos, repita a operação um número razoável de vezes. E nunca utilize palha de aço, pois ela poderá deixar resíduos sobre a superfície do aço inox, comprometendo a resistência à corrosão. As reco-mendações são da Inox Aperam South America. ME

DICAS DEliMpEza E consErvaçÃo

Limpeza fácilAE bEbidas

higiene 49mercado empresarialmercado empresarial

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os últimos anos, a indústria brasilei-ra tem evoluído muito em relação ao mercado de construções verdes, seguindo a tendência mundial, e tem

se preparado cada vez mais para atender às ri-gorosas exigências dos projetos sustentáveis por todo o Brasil. Comprometida com esta filosofia, a Otis coloca no mercado produtos pioneiros voltados a atender esta demanda. Um deles é o elevador Gen2™ com drive regenerativo ReGen™, que reduz o consumo de energia em até 75% em comparação com sistemas convencionais com drives não regenerativos. De acordo com os padrões europeus (VDI 4707), que avaliam o desempenho energético de elevadores, o índice de eficiência de energia combinada para toda a gama de sistemas Gen2 com configurações padrões é o de classe A, alcançando a melhor classificação possível.

Trata-se de um elevador sem casa de máqui-nas e o primeiro a utilizar sistema de cintas de aço revestidas com poliuretano para tracionar

a cabina - tecnologia patenteada pela Otis. Tanto as cintas quanto a máquina sem engre-nagem com rolamentos selados não necessi-tam de lubrificação, isentando o uso de óleo. As cintas de poliuretano são até 20% mais leves e duram até 3 vezes mais que o cabo de aço convencional. São mais silenciosas e flexíveis, além de eliminar o efeito de atrito entre os metais – produzidos pelos cabos de aço convencionais contra as polias.

obras sustentáveis Importantes empreendimentos comerciais

e residenciais em todo o Brasil já contam com a tecnologia sustentável oferecida pela Otis. Entre elas destacam-se o Canopus Corporate, empreendimento comercial de alto padrão, em Alphaville/SP; o Salvador Prime, no centro comercial de Salvador/BA; e o Eco Medical Center Cartaxo, um dos maiores centros médicos do Nordeste, em construção na Paraíba. ME

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A tecnologia inovadora utilizada para reaproveitar e economizar energia elétrica é o drive regenerativo ReGen™

EconoMizaM até 75% dE EnErgia Elétrica nos Edifícios

ELEVADORESVERDES

sustentabilidade50

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sustentabilidade

Um projeto da Renault transforma os resíduos do lodo da Estação de Tratamento de Efluen-tes Industriais do Complexo Ayrton Senna, na Grande Curitiba (PR), em matéria-prima na produção de peças metálicas em fundições e

siderúrgicas. O processo é realizado junto a uma empresa recicladora, que recebe o lodo encaminhado e, posterior-mente, realiza o tratamento.

O processo consiste, basicamente, na secagem e vo-latilização (vaporização) da umidade e líquidos do lodo, transformando-o em uma espécie de pó metálico. Este pó ganha a forma de briquetes que são destinados às siderúrgicas ou fundições para a fabricação de aço, dando origem a peças metálicas diversas.

Segundo a Renault, o processo não gera qualquer resí-duo, pois as cinzas existentes após a secagem do lodo são completamente incorporadas ao briquete. Desta forma, mais de 800 toneladas de lodo da estação de tratamento são recicladas por ano.

Recentemente, a empresa automotiva obteve o sexto melhor desempenho entre as 114 empresas avaliadas na oitava edição da Pesquisa de Gestão Sustentável, a maior do gênero da região Sul do Brasil. Fonte: Terra ME

istoricamente, o aço inoxidável tem sido utilizado devido ao seu principal atributo, que é a incomparável resistên-

cia a corrosão. Por não apresentar corrosão acentuada, a liberação de íons metálicos para o ambiente circundante é consideravelmente mais baixa que em outros tipos de aços e ligas metálicas.

Segundo a Abinox (Associação Brasileira do Aço Inoxidável), numa experiência realiza-da em Estocolmo, foram feitas comparações da liberação desses íons em painéis metálicos de cobertura exposto ao ambiente, fabricados em cobre, zinco e aço inoxidável. O resultado mostrou que, enquanto no cobre e zinco as taxas de liberação de íons foram de 1 e 3 g/m² anuais, respectivamente, a taxa combinada de níquel e cromo no painel de aço inoxidável foi inferior a 0,01g/m² anualmente. ME

pROjETO DA RENAuLT transforMa lodo EM Matéria-priMa dE pEças MEtálicas

MENOR CORROSÃO, MAIOR SuSTENTAbILIDADE

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Liberação de íons metálicos é conside-ravelmente mais baixa que em outros

tipos de aços e ligas metálicas

51mercado empresarialmercado empresarial

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SELO DE AÇO DA ARCELORMITTAL ATENDE CONSTRuÇõES VERDES

ArcelorMittal deu mais um passo no sentido de aumentar a efici-ência na produção do aço por meio de processos mais limpos, que economizam energia e água. A unidade de aços longos de João Monlevade (MG) recebeu o certificado de qualidade ambiental da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que per-

mite aos clientes identificar os produtos que atendem às necessidades da construção civil sustentável. O objetivo é obter um diferencial adequado ao segmento das obras que obedecem as diretrizes do selo verde do Green Building Council, que concentra as principais empresas de construção; e as obras de infraestrutura previstas para a Copa de 2014.

Além da unidade de Monlevade, também as siderúrgicas de Juiz de Fora, Piracicaba, Cariacica, Itaúna e o centro operacional de São Pau-lo obtiveram o rótulo ambiental da ABNT, contemplando estruturas metálicas importantes nas edificações, como vergalhões, telas soldadas, treliças, pregos, arames, perfis, fios e barras laminadas. Todas essas uni-dades também possuem o selo ecológico do Instituto Falcão Bauer de Qualidade que atesta os níveis de sustentabilidade envolvendo o processo de transformação de sucata, minério de ferro e gusa em aço.

internacional“Fomos pioneiros no processo que foi validado por consulta pública

em todo o Brasil antes de virar norma da ABNT”, diz José Otávio An-drade Franco, gerente de meio ambiente da ArcelorMittal Aços Longos. “E já estamos recebendo consultas de siderúrgicas de outros países da América Latina, como Argentina e Costa Rica, interessadas em obter uma certificação semelhante de seus produtos.”

Franco explica que o selo foi concedido principalmente devido ao emprego de sucata e ao biorredutor vegetal (carvão vegetal, usado como matéria-prima em altos-fornos) no processo de transformação do aço. A reciclagem da matéria-prima abastece um terço da produção global do grupo, maior fabricante mundial de aço. No Brasil, a sucata alcança participação de 60% a 73% (índice atingido na unidade de Piracicaba) das 2,7 milhões de toneladas anuais de capacidade instalada nas fábricas certificadas.

A ArcelorMittal recebe sucatas metálicas, como geladeiras, fogões, equipamentos indus-triais em quatro entrepostos próprios próximos das fábricas em Minas Gerais, São Paulo e Bahia, onde é feita a seleção, o controle da contami-nação e a preparação antes de serem enviados para os fornos. Além disso, recebe material de outras empresas que recolhem e vendem para as siderúrgicas.

Segundo o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), a produção à base de sucata exige apenas um quarto da energia necessária para fabricar o aço que utiliza o minério de ferro como matéria-prima.

Outro diferencial que contou pontos para o selo, segundo Franco, são medidas tomadas pela empresa, como redução do consumo de água, energia, geração de resíduos, emissões de efluentes líquidos e até de embalagem. Fonte: Brasil Econômico ME

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Qualidade ambiental

Qualidade ambiental

meio ambiente52

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Honda desenvolveu uma nova tecno-logia para a soldagem contínua de aço e alúminio. A técnica foi aplicada pela primeira vez em um subchassi de um

veículo de produção de massa, nesse caso o Accord 2013, versão norte-americana recém lançada. Segundo a empresa, a aplicação será expandida para outros modelos em breve.Até o momento, algumas indústrias consegui-ram unir peças de alumínio e aço pelo processo de solda a ponto, a soldagem contínua dos dois metais diferentes ainda não era possível. O método desenvolvido pela Honda gera uma ligação estável entre o aço e alumínio, movendo uma ferramenta rotativa na peça de alumínio, posicionada sobre a de aço. Como resultado, de acordo com a fabricante, há uma união tão ou mais resistente que a soldagem tradicional, com gás inerte aplicada entre peças de alumínio.

nova tEcnologia para soldar aço E alUMínio

HONDA DESENVOLVE

vantagensSegundo a Honda, a nova tecnologia resulta em mais economia de combustível e redução do peso do subchassi em 25% em relação a um de aço convencional. Além disso, o consumo de energia durante o processo de soldagem tem uma queda de quase 50% e o equipamento tem dimensões compactas, podendo ser utilizado por um robô industrial comum. O processo também permite aos engenheiros adotar novo design para os sub-chassis, permitindo o reposicionamento dos pon-tos de montagem da suspensão, o que aumenta a rigidez do conjunto em 20%, contribuindo para melhorar a dinâmica dos carros.A técnica também pode ser usada para unir alu-mínio com alumínio, aumentando sua versatili-dade. Na linha de produção, a aplicação do novo sistema é controlada por um sistema de inspeção que utiliza uma câmera de infravermelho e laser, que confere a qualidade da união das peças. ME

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A técnica foi aplicada pela primeira vez em um subchassi de um Accord 2013, versão norte-americana recém lançada

tecnologia 53mercado empresarialmercado empresarial

Page 54: Revista Feinox 2012

CObERTuRAS METÁLICAS

m novo olhar da indústria siderúrgica brasileira para o mercado da construção civil proporcio-nou, nas últimas décadas, a criação de produtos

para atender à demanda dos projetos arquitetônicos. Fazem parte desse universo as telhas metálicas termo-acústicas, utilizadas tanto em vedações verticais, como em coberturas.

Segundo a Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem), as telhas produzidas a partir de bobinas de aço zincado revolucionaram a construção civil no Brasil. E a siderurgia brasileira, que hoje está entre as maiores e mais modernas do mundo, é capaz de atender a especificações rigorosas, tanto no merca-do interno, como no externo. Quando associadas aos núcleos isolantes - como vem ocorrendo atualmente em diferentes tipos de edificações -, as telhas metá-licas constituem produto com elevado desempenho termoacústico.

As telhas termoacústicas são compostas por duas telhas metálicas com núcleo isolante em poliestireno (também conhecido como EPS ou isopor), poliuretano (PUR) ou lã mineral (leia o quadro inflamabilidade). Segundo Hildebrando Mota Carneiro Filho, executivo da Dânica, a fabricação de telhas termoacústicas deve atender às seguintes normas técnicas: NBR 11.752, para o EPS; 7.358 e 11.506, para o poliuretano; 6.123 - Cargas de Vento; 8.800 - Projeto de Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e Concreto de Edifícios; e cargas calculadas de acordo com a norma europeia EN 14.509/2007, que estabelece os requisitos

INDÚSTRIA SIDERÚRGICAinvEstE nas

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Materiais com tecnologia avançada

tecnologia54

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para a fabricação de painéis do tipo sanduiche isolantes.

Os painéis produzidos com o núcleo iso-lante em PUR ou PIR (poliisocianurato) são feitos em máquina continua de alta pressão e constituem atualmente a tecnologia mais avan-çada. Para os painéis com isolamento em EPS e lã de rocha, a aplicação entre as telhas e feita através de colagem com um adesivo estrutural poliuretânico de dois componentes de forma continua e sob pressão, explica Carneiro Filho. Ele observa que ao escolher uma cobertura com telhas metálicas termoacústicas o arquiteto deve procurar a melhor relação custo/beneficio entre capacidade térmica, autoportância, acabamento, tipo de isolamento e de material desejado.

O desenvolvimento do projeto executivo deve considerar esforços atuantes sobre a cobertura, deformações, níveis de declividade para escoamento da água das chuvas e estan-queidade. Os estudos dos esforços devem se-guir as normas pertinentes es cargas atuantes,

como sucção, pressão e as descritas na NBR 8.800. Também e necessário obter um perfeito alinhamento/nivelamento das terças no sentido calha/cumeeira e no sentido do comprimento da cobertura. Já as deformações são descritas pelas normas e definidas nos catálogos de cada produto, como flecha admissível de L/120 a L/200, dependendo do produto e sua utilização, segundo Carneiro Filho.

Atenção também deve ser dada aos ele-mentos que garantem a estanqueidade da co-bertura, como a inclinação, as sobreposições transversais e suas respectivas fixações, os arremates (cumeeiras, rufos, pingadeiras etc.), que devem ser padronizados para cada tipo de produto e fabricados no mesmo material das telhas (aço galvalume, alumínio etc.). Quanto à declividade para escoamento da água pluvial, normalmente para as telhas com comprimento de água inferior a 12 metros e sem sobreposição, recomenda-se 5%. Acima de 12 metros e com sobreposição, recomenda-se 7% no mínimo. Fonte: Finestra ME

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uase todos os metais - do aço usado para construir na-vios e carros até o cobre e o ouro utilizados para criar os nanofios no interior dos chips - são formados por cristais. Cristais são matrizes ordenadas de átomos ou

moléculas, que formam um padrão preciso, que se repete ao longo de todo o material.

Normalmente o metal é constituído não por um grande cristal, mas por inúmeros minúsculos cristais, bens juntos uns dos outros. Na verdade, para a maioria das aplicações, quanto menores os cristais, melhor será o desempenho do material. O problema é que materiais formados por cristais pequenos demais geralmente são instáveis. Cristais menores significaram maiores áreas de fronteira entre eles, enfra-quecendo o material. Além disso, os cristais muito pequenos tendem a se fundir e crescer quando submetidos ao calor ou ao estresse mecânico.

Mas finalmente, duas pesquisadoras do MIT (Massachusetts Institute of Technolo-gy) conseguiram encontrar uma forma de obter um equilíbrio nesse conflito entre resistência e estabilidade. Elas produziram ligas metálicas com grânulos extremamente finos - chamados

nanocristais - capazes de manter sua estrutura nanocristalina mesmo quando submetidas a um calor intenso. Ton-gjai Chookajorn foi além: ela estabeleceu as bases teóricas para que se possa descobrir quais ligas metálicas podem formar estruturas nano-cristalinas estáveis.

A descoberta pro-

mete uma nova geração de ligas metálicas de alto desempenho, resultando em equipamentos mais resistentes e mais leves. Há décadas, pesquisado-res da academia e da indústria tentam criar ligas com grãos cristalinos cada vez menores.

“Mas a natureza não gosta de fazer isso. A natureza tende a encontrar estados de baixa ener-gia, e cristais maiores normalmente têm menor energia,” disse Heather Murdoch, que cuidou da parte teórica do estudo. Contudo, ela descobriu

que alguns pares de elementos conseguem formar nanocristais estáveis, embora não sejam en-contrados em estado natural. O resultado de seu trabalho é uma estrutura teórica que permite criar mapas de estabilidade para identificar as ligas com maior estabilidade termal.

Liga de tungstênio e titânioA equipe testou sua teoria e sua técnica de

fabricação produzindo uma liga de tungstênio e titânio nanocristalina que se mostrou excepcio-nalmente forte, superior aos materiais atualmente usados em blindagens. A nova liga tem cristais de 20 nanômetros de diâmetro e permaneceu estável dentro de um forno a 1.100 graus Celsius durante uma semana.

Os cientistas afirmam que esta foi apenas uma demonstração, e que a pesquisa deverá re-sultar em uma ampla gama de usos industriais: “Este foi apenas um estudo de caso, mas há potencialmente centenas de ligas que poderemos fazer,” disse o professor Christopher Schuh. Fontes: Inovação Tecnológica, MIT e News Softpedia ME

LIGAS METÁLICAS nanocristalinas

EstávEis tornaM-sE rEalidadE

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Pesquisadoras encon-traram uma forma de

obter equilíbrio no con-flito entre resistência e

estabilidade

pesquisa

A pesquisadora Tongjai Chookajorn estabeleceu as bases teó-ricas para que se possa descobrir quais ligas metálicas podem formar estruturas nanocristalinas estáveis.

Foto: Dominick Reuter

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tilizadas na separação sólido/líquido, as telas de ranhuras contínuas em aço inoxidável produzidas pela empresa Equilíbrio, de Sertãozinho-SP, ga-

nham cada vez mais força no mercado pela versatilidade em atender grande parte dos principais segmentos industriais. Além de integrar a produção verticalizada da empresa brasileira na composição das peneiras rotativas utilizadas com frequência nas usinas de açúcar e etanol, as telas em inox também atendem os segmentos de mineração, bebidas, alimentício, frigorífico e saneamento básico.

Para cada setor, a ferramenta possui uma função distinta. No caso das usinas sucroe-nergéticas, as telas operam na separação do caldo da cana e dos bagacilhos/minerais e também filtram a água de fuligem e as cinzas das caldeiras. No setor cítrico, separam o suco do bagaço da laranja e no segmento de frigo-ríficos contribuem na separação de resíduos das linhas verde e vermelha. Já, no setor de saneamento básico, atuam na separação dos efluentes.

As telas em inox possuem um alto grau de esterili-zação, minimizando riscos de contaminação e corrosão. Outras características são sua maior durabilidade e a versatilidade: o produto pode ser fabricado de acordo com cada aplicação. A Equilíbrio pretende atender tam-bém o setor frigorífico. “As leis e a fiscalização cada vez mais severas vão exigir produtos que contribuam com a qualidade e não ofereçam riscos de contaminação, como nossas telas”, comenta Danilo Daniel dos Santos, gerente da empresa. ME

TELAS DE RANHuRAS CONTíNuAS da EqUilíbrio atEndEM principais sEgMEntos indUstriais

Versatilidade, filtragem precisa e menor risco de

contaminação

U

vitrine 57mercado empresarialmercado empresarial

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Na cozinha, o uso do aço inoxidável já é uma constante. A italiana Bialetti, reconhecida pelo seu design elegante e inovador, lançou recentemente para a Europa a linha Venus de cafeteiras em aço inox 18/10 com maior brilho e perfeição de acabamento. São cafeteiras que vão diretamente ao fogo e possuem um elegante cabo preto em nylon. Entre as características da linha, destacam-se o design do bico (que serve sem pingos), e o fato de ser leve, compacta e prática. As cafeteiras têm capacidade para até 6 xícaras por vez. Faz parte da linha a Cremeira Tuttocrema, com sistema misturador na tampa, que permite obter leite quente ou gelado com espuma mais rica em apenas 10 segundos. ME

linHas dE aço inox 300 E 400 da apEraM para o sEgMEnto sUcroalcoolEiro

A Aperam Inox South America e a Aperam Tubos disponibilizam para o segmento sucroalcooleiro as linhas de aço inox 300 e 400. O aço inoxidável é altamente utilizado em sistemas de cozimento e eva-poração no mercado de açúcar e álcool por sua durabilidade e elevada resistência à corrosão em ambientes agressivos, além da eficiente troca térmica e facilidade para conformação e soldagem. Segundo o fabricante, os custos de manutenção são reduzidos, a baixa rugosida-de dos tubos facilita a limpeza e reduz a formação de incrustações, e obtêm-se ganhos na qualidade e no preço do açúcar, com redução de pontos pretos no produto.

Os equipamentos são indicados para todas as aplicações nas usinas de açúcar, exceto a sulfitação, quando deve ser empregado o 316L.

A Aperam Stainless Services & Solutions Tubes Brazil incorpo-rou unidades de Ribeirão Pires/SP (ex-lnoxTubos), Timoteo/MG (ex-Cetubos) e Montevidéu/Uruguai (ex-Cinter) ao seu grupo. Es-sas unidades formam um conglomerado líder no mercado de tubos inoxidáveis austeniticos e ferriticos com costura. Com capacidade de transformação superior a 60 mil toneladas de tubos de aço inox por ano, o grupo fornece produtos a vários segmentos industriais, como sucroalcooleiro, alimento e bebida, automotivo, papel e celulose, químico e petroquímico, estrutural e moveleiro, resistência elétrica e refrigeração/linha branca e instrumentação. ME

linHa vênUs da bialEtti , ElEgância EM inox

cadEiras alEzzia: brilHo E cor

Design de alto padrão

vitrine

Durabilidade e elevada re-sistência à corrosão, além da eficiente troca térmica

Beleza e praticidade

Cada vez mais, o aço inox está na decoração. Com criatividade e quebrando paradigmas, a Alezzia, marca da Palmetal Metalúrgica, coloca no mercado uma linha de cadeiras que reúne a nobreza do aço inoxidável com a beleza e alegria das cores. Utilizam aço inox nos pés e polipropileno nos assentos, deixando a cargo do cliente optar pela cor que mais o agrada entre as várias disponíveis. São móveis que ressaltam o diferencial da marca: transformar o aço inox em peças de design de alto padrão. ME

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vitrine

Em sua Coleção 2012, a empresa mineira Mozaik, de revestimentos decorativos e arquitetônicos, homenageia Jorge Luis Borges, escritor e poeta argentino e um dos mais importantes e influentes escritores da literatura mun-dial do século XX. O resultado é uma linha de pastilhas de inox 5×5 cm com relevos ora côncavos, ora convexos, feitos a partir de formas simples como círculos e retas, que remetem ao universo sensorial e intuitivo das formas primárias – uma referência alusiva à cegueira de Borges e a um reflexo do código de relevos pontuais utilizados tanto no alfabeto Braille quanto na sinalização tátil de pisos.

O culto à biblioteca como espaço arquitetônico-simbólico ideal para a vida deste Borges e o significado metafísico da letra hebraica Aleph – que dá título a um de seus contos mais importantes – inspiraram também a inscrição de letras e a produção de relevos canelados que lembram o dorso de livros em uma estante, em pastilhas de inox eletrocolorido ou natural.

Boa parte desta inspiração borgeana, vem do envol-vimento progressivo da Mozaik com a sinalização tátil para deficientes visuais. Neste conceito, o piso tátil é desconstruído em elementos discretos de aço inox ou poliuretano termoplástico, que podem ser instalados com pinos ou parafusos, sobre qualquer tipo de piso projetado ou pré-existente, o que permite menor interferência na arquitetura e maior conteúdo de design nos projetos e na adaptação para acessibilidade.

A Mozaik, com sede em Belo Horizonte, tem realizado ampla pesquisa em tratamento de superfícies metálicas. O método de eletrocoloração de aço inox é parte desta pesquisa e utiliza uma tecnologia 100% brasileira. ME

A linha de brocas SDS Plus da Fischer Brasil é um dos principais lançamentos da empresa, inserida na família de brocas com alta qualidade, disponível em po-legadas e milímetros. O produto atende a toda cadeia de produtos fixadores, garantindo maior segurança quan-do o assunto é fixação, além de prometer durabilidade superior às similares existentes no mercado. Tem maior quantidade de espirais, ponta centralizadora, sistema adicional de retirada de pó, acabamento mais brilhante e liso. E suas medidas correspondem exatamente às dimensões do Chumbador New FCB Fischer, embo-ra sejam compatíveis com diferentes chumbadores e outros tipos de fixação como, por exemplo, buchas e chumbadores químicos.

Entre as ferramentas disponíveis no mercado, SDS Plus garante ser a mais fácil de ser operada. Entre outros benefícios propostos, estão: facilita o início do furo; além da quantidade de espirais, esse sistema facilita a saída do pó; retirada mais rápida do pó, aumentando a durabilidade; redução do atrito e desgaste; se adéqua a todo tipo de fixação. As novas brocas SDS Plus Fischer são garantidas pelo PGM, órgão certificador internacional de sistemas de fixação com chumbadores. Destinam-se ao uso profissional e técnico. ME

MOzAIk LANÇApastilHa EM inox HoMEnagEando Escritor jorgE lUís borgEs

segurança com alta capacidade de perfuração

brocas sds plUs fiscHEr: Maior qUantidadE dE Espirais

boa parte desta inspiração borgeana vem do envolvimento progressivo da empresa com a sinalização

tátil para deficientes visuais

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Edifícios dE PEquEno PortE Estruturados EM aço

OEsta bibliografia, perten-cente à Coleção Manual de Cons-trução em Aço, pretende ser útil, principalmente aos estudantes de

último ano e aos engenheiros que trabalham no projeto e edifícios metálicos.

autor: ildony H. Bellei , Humberto n. Bellei

Editora: cBca/: 4ª edição

número de páginas: 108

ExEcução dE Estruturas dE açoPráticas recomendadas

O objetivo dessa iniciativa é oferecer aos profissionais e demais membros da cadeia de forneci-mento da construção em aço, um

padrão de procedimentos que contemple os aspectos práticos referentes à execução de projetos, fabricação, transporte e montagem de Estruturas de Aço e as suas interfaces. Tudo absolutamente de acordo com os requi-sitos contratuais ou de execução de campo, que ainda não foram abordados ou estão parcialmente abordados nas atuais normas brasileiras.

autor: Mauro ottoboni Pinho

Editora: aBcEM – associação Brasileira de construção Metálica

ano: 2010

sustEntaBilidadE nas oBras E nos ProjEtos questões Práticas Para Profissionais e emPresas

A A publicação reúne 60 questões elaboradas pela redação da revista Téchne, da editora Pini,

respondidas por construtores, pesquisadores, professores das áreas de hidráulica e energia, além de profissionais de projetos e estudiosos dos problemas ambientais. Usando os capítulos como referência ou o índice remissivo, o pro-fissional poderá ir direto à questão que necessita resolver em sua obra ou projeto. As questões sobre sustentabilida-de esclarecem dúvidas sobre aparelhos economizadores, partido arquitetônico, usos de materiais tecnológicos, gestão de resíduos, cuidados em obras geotécnicas, al-ternativas para economia de energia e outros problemas recorrentes para quem pretende atender às diretrizes de sustentabilidade estabelecidas por empresas ou municí-pios. Além de um capítulo exclusivo sobre Legislação e Normas, o livro trata também dos requisitos para certi-ficação de construções, custos e desafios de implantação de sistemas inovadores visando a sustentabilidade.

Editora: Pini - 1ª Edição

número de páginas: 107

ligaçõEs EM Estruturas MEtálicas - VoluME 2

Este livro é o segundo volume sobre Ligações em Estruturas Metálicas e traz modelos e exemplos de cálcu-

lo. Faz parte da Coleção “Manual da Construção em Aço”. Muito utilizado por quem trabalha no segmento.

Editora: cBca

Edição: 4ª

número de páginas: 85

dicas de leitura60

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a arquitEtura no noVo Milênio

O autor convida o leitor a re-fletir e confrontar-se com o futuro desconhecido. A Arquitetura no novo milênio traz um panorama do universo arquitetônico que

nos cerca. Não um panorama exaustivo qualquer, mas uma visão ampla selecionada e estruturada por Leonardo Benevolo um dos mais renomados historiadores da arqui-tetura. Ao longo de quase quinhentas páginas e cerca de novecentas imagens, o autor, que é também arquiteto e urbanista, deixa de lado a “proteção” do distanciamento histórico para encarar o desafio de descrever, ilustrar e analisar, criticamente, aqueles que são, a seu ver, os pro-tagonistas e as obras mais significativas da arquitetura nos últimos trinta anos.

autor: leonardo Benevolo

Editora: Estação liberdade/ 1ª. edição

número de páginas: 496

coMPortaMEnto à fadiga Por “frEtting” dE uM aço inoxidáVEl MartEnsítico din x 90 nitrEtado Por PlasMa

Neste trabalho, foram deter-minadas as propriedades de tração,

fadiga convencional e fadiga por “fretting”, do aço DIN 1.4112 (DIN X 90 ‘CR’’MO’V 18) nitretado por plasma, usado na fabricação de anéis de pistação de motores de combustão interna. Trata-se de uma literatura bastante técnica. Muito interessante para especialistas na área.

autor: luiz Edno Pereira

Editora: cnPq /2000

número de páginas: 117

trEliças tiPo stEEl joist

Este trabalho, que faz parte da Coleção Manual de Construção em Aço, tem como por finalidade introduzir a padronização no uso de sistemas com treliças do tipo

steel joist (treliças planas) de banzos paralelos. Esta tecnologia pode ser utilizada em sistemas estruturais de coberturas, fechamentos laterais e pavimentos de edifica-ções em geral. Uma das características mais positivas do sistema é o baixo peso das treliças que requer pilares mais esbeltos e fundações com cargas menores. Os cálculos que constam no livro foram realizados a partir das versões mais atuais da norma americana (AISC-2005) e brasileira (NBR 14762/2001), porém devem ser usados com crité-rio por profissionais qualificados. Como novidade, são inseridos valores de cálculo que representam o estado limite de utilização referente à deformação. A publicação traz um CD contendo tabelas para o dimensionamento utilizando os diferentes perfis existentes no mercado.

autores: flávio correa d’alambert, Marcelo Brisola Pinheiro

Editora: cBca/1ª edição

número de páginas: 85

M a n ua l t é c n i co tElHas dE aço

Esse manual descreve o processo de fabricação das telhas de aço, incluindo as diferentes especificações dos produtos e dos diversos

sistemas de coberturas, passando inclusive pelas etapas de transporte, recebimento, manuseio e montagem. Certamente, uma referência para o segmento de coberturas metálicas. Edições im-pressas poderão ser retiradas na sede da ABCEM. Projeto financiado pelo FINEP, conduzido pela ABCEM, co-financiado pelo IABr – Instituto Aço Brasil (ex-IBS) e, tendo como intervenientes, a CSN - Companhia Siderúrgica Nacional, o INT – Instituto Nacional de Tecnologia e a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Editado pela aBcEM associação Brasileira de construção Metálica

ano: 2009

dicas de leitura 61mercado empresarialmercado empresarial

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release

o EndErEço cErto do cabo dE açoEmpresa do ramo de cabos de aço, laços de

cabos de aço e acessórios para movimentação, elevação e amarração de cargas, atendendo aos seguimentos de Siderurgia, Automobilismo, Mine-ração, Construção Civil, Off-shore e outros.

Nossa sede, localizada no bairro de Pirituba, em São Paulo (SP), dispõe de 3 mil metros qua-drados e conta com a colaboração de 30 funcio-nários, sempre empenhados em atender da melhor maneira possível seus clientes.

Com grande experiência na fabricação de laços, a Cabos de Aço São José atua no mercado como fabricante de laços de cabo de aço conforme as normas NBR 11900 e NBR 13541 e revenda de Cabos de Aço, Cintas de Poliéster, Correntes - grau 8 e Acessórios para movimentação de carga.

Distribuidora autorizada dos cabos de aço marca CIMAF (ISO 9002), um dos maiores fa-bricantes da América Latina.

A Cabos de Aço São José fabrica os mais variados tipos de laços, nos diâmetros de 1/4” (6,4mm) a 3” (77mm), atendendo todo o terri-tório nacional.

Para se destacar no mercado, a Cabos de Aço São José investe no cumprimento dos prazos de forma rígida, contando sempre com a alta qualidade e confiabilidade dos produtos que produz e revende.

Com larga experiência no mercado e contando com profissionais altamente treinados e qualificados, a Cabos de Aço São José também oferece a seus clientes, assistên-cia técnica e apoio aos usuários de seus produtos.

Atualmente a empresa está direcionando seu foco no crescimento da industria naval e na abrangência do mercado de cabos e acessórios com grande capacidade de elevação.

É importante frisar que a Cabos de Aço São José possui também em seu estoque, as Cintas de Poliéster do tipo SLING nos mais diversos tamanhos, Correntes em grau 8 e galvanizadas

cabos de aço são joséTel: (11) 3908-0515 • Fax: (11) 3904-2148

www.cabossaojose.com.br

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release release 63mercado empresarialmercado empresarial

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Vo l .

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índice de anunciantes

Aços Lapefer .................................................................................................................................................. 62

Aços Inter Mundial / Ligados ...................................................................................................................... 63

Anuário das Indústrias ............................................................................................................................ 44/45

Cabos de Aço São José ...................................................................................................................................62

D & D Manufatureira .............................................................................................................................4ª Capa

De Carlo .................................................................................................................................................. 3ª capa

Feital ................................................................................................................................................................30

Lotus Metal ......................................................................................................................................................39

Oxicorte...................................................................................................................................................2ª Capa

Pekon Condutores Elétricos ...........................................................................................................................63

Portal 123Achei ......................................................................................................................05 / 19 /64/65

Tekno S/A Indústria e Comércio ...................................................................................................................39

Wimaq Industrial .............................................................................................................................................30

Anuncie Agora MesmoTel.: (11) 3124-6200

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