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A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração Distribuição Gratuita. Venda proibida. Ano XXXIV - nº 381- Julho/2014

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Edição 381 Julho/2014 A serviço da Diocese de Dourados

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Page 1: Revista Elo

A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração

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Page 2: Revista Elo

A Palavra do Pastor Quer pescar? Suje as águas!

Revista Elo - Julho/2014 - Ano XXXIV - nº 381Diretor: Pe. Marcos Roberto P. SilvaPropriedade: Mitra Diocesana de DouradosDiagramação e Projeto Gráfi co: Michelle Picolo CaparrózTelefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911Site: www.diocesedourados.com.brContatos e sugestões: [email protected]ão: Gráfi ca InfanteTiragem: 17.824 exemplares

Índice

Expediente

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Pe. Marcos Roberto P. [email protected]

Apresentação

Patrocinadores

Palavra de vida“Se dois de vocês estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que pedirem, ela lhes será concedida por meu Pai. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18,19-20).

Testemunho de vidaSão Bento

A Palavra do PapaMensagem para a Copa 2014

Opiniões que fazem opiniãoO que distingue o Papa Francisco...

Círculos bíblicos

Pergunte e responderemosFrei Bernardo - Jubileu de Ouro Sacerdotal. Uma vida

dedicada à Igreja. Como viver 50 anos dedicados

inteiramente à Igreja?

A Diocese em revista

Fique por dentro!

Fatos em foco

Vida em famíliaO que pode significar um filho down

Paróquias em destaqueParóquia Nossa Senhora Auxiliadora - Indápolis

(Dourados)

Estimados amigos!O fato da Igreja muitas vezes, se manifestar crítica

diante de algumas realidades e aqui lembro, especi� camente, de alguns aspectos da Copa do Mundo, não signi� ca que ela é contra ou que se põe numa linha negativista em relação aquilo que faz parte da vida de milhões de brasileiros. Pelo contrário, ela “acompanha, com presença amorosa, materna e solidária esse grande evento que reunirá vários países e protagonizará a oportunidade de um congraçamento universal.” Assim, lembravam nossos bispos, em 13 março, quando foi divulgada a Mensagem da CNBB sobre a Copa do Mundo.

Ao abrir e ler esta edição da revista Elo, caro leitor, você vai encontrar A Palavra do Pastor (pág. 03), e, A Igreja é Notícia (Pág. 07), conteúdos de re# exões objetivas e claras, e, ao mesmo tempo, sérias e profundas, sobre como o Governo tem se comportado de modo irresponsável e desinteressado na promoção plena de vida, da maior parte da população.

Diante do caos, exclusão e cultura de morte produzida pela politicagem, � camos a nos perguntar, para onde foi, se é que um dia já foi aplicado de fato, o lema de nossa bandeira nacional Ordem e Progresso. Ordem, para quem? Progresso, onde?

Até meados desse mês, mais precisamente dia 13, nosso país estará acompanhando e sediando o maior evento futebolístico, em âmbito universal, que é a Copa do Mundo de Futebol. Entretanto, este não pode ser um tempo de dormência, alienação, descompromisso ou até mesmo uma espécie de “ópio”, que impede a atividade de nossa consciência sócio-política e cristã.

Nossa revista diocesana traz também neste mês, muitos artigos, notícias, imagens, e os círculos bíblicos, que nos ajudam a formar e informar. Consequentemente se for bem aproveitada, nos fará agir como pessoas de bem, em prol de uma Igreja, família e sociedade mais consciente, justa e fraterna.

Boa leitura e sinceros votos de um mês frutuoso e abençoado!

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Page 3: Revista Elo

Quer pescar? Suje as águas!

A Palavra do Pastor

Dom Redovino Rizzardo, csBispo Diocesano

Nasci e, durante os primeiros anos de vida, vivi nas encostas do Rio das Antas, no Rio Grande do Sul. Nos dias de chuva, quando as águas se avolumavam e fi cavam turvas, eu me juntava a alguns colegas e ia pescar. Eram os momentos mais propícios para voltar para casa com uma penca de jundiás.

Esta experiência me faz refl etir sobre as atitudes e medidas tomadas por algumas autoridades, que parecem comprazer-se em manter a população em sobressalto. Tolerando ou incentivando o caos social e a debandada moral, são adeptas do “quanto pior, melhor!”. Senão, vejamos!

Resido no Mato Grosso do Sul, um Estado há décadas marcado por atritos agrários entre índios e produtores rurais: uns reclamam que as terras lhes pertencem porque aqui residem desde tempos imemoráveis, e outros porque as adquiriram legalmente e delas precisam para o seu sustento.

A partir de 2001, quando me transferi para cá, participei de dezenas de reuniões realizadas para chegar a um acordo que a todos satisfi zesse. Finalmente, em 2013, uma luz surgiu no fundo do túnel, saudada por índios e agricultores – e acolhida pelas autoridades de Brasília e de Campo Grande – como a única solução viável: os produtores rurais que tivessem suas propriedades demarcadas, seriam indenizados pelo valor real das mesmas; e as aldeias indígenas passariam a ser revitalizadas com os serviços e as políticas públicas indispensáveis às necessidades de seus habitantes.

Tudo certo e combinado... no papel! Na prática, porém, o que acontece é exatamente o contrário. No dia 22 de maio, a imprensa noticiou que «o Tribunal Regional Federal da 3ª Região acatou recurso da União e suspendeu liminar da Justiça Federal de Naviraí, que bloqueou R$ 20 milhões do orçamento federal para o pagamento de indenizações aos donos

das fazendas localizadas na Terra Indígena Yvy Katu,

em Japorã, sul do Estado».

Onde acaba-ram as promessas tantas vezes repe-tidas pelo Minis-tro da Justiça? E o

que são 20 milhões de reais diante dos

40 bilhões gastos na Copa – 8,5 bilhões de-les só na construção e reforma de estádios – ou dos dois bilhões

e trezentos milhões gastos pelo governo federal em propaganda no ano passado?

Mas, já que a pesca é mais fácil quando a confusão e o confl ito são grandes, no mesmo dia o Ministro da Saúde publicou a Portaria 415, favorecendo a prática do aborto, que deverá ser fi nanciado pelo SUS, no valor de R$ 443,40.

A Portaria é decorrente da lei 12.845, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a 1º de agosto de 2013, apesar das objeções feitas pelas Igrejas e por dezenas de associações e movimentos em defesa da vida.

No dia 25 de maio, durante a 6ª Peregrinação Nacional da Família ao Santuário de Aparecida, a Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB se sentiu no dever de lançar um duro manifesto contra a Portaria: «Neste momento histórico em que o Brasil é palco de manifestações de violência doméstica, mortes de fi lhos pelos pais, linchamentos em vias públicas, greves truculentas que perturbam a vida das cidades, é um escândalo protagonizado pelas elites que comandam nosso país essa portaria que destina verbas públicas para mais um ato agressivo contra a vida das crianças».

Diante das críticas, no dia 29 o Ministério da Saúde revogou a Portaria. De acordo com o Deputado Eduardo Cunha, «no dia anterior, o Ministro me procurou para comunicar que estudou a portaria editada e entendeu que havia falhas. Logo, resolveu revogá-la para melhor estudá-la».

Tem razão o Papa Francisco em chorar os “holocaustos” que continuam fazendo uma multidão de vítimas, promovidos por quem deveria impedi-los. Foi o que fez no dia 26 de maio, ao discursar no “Memorial Yad Vashem”, em Jerusalém: «Eis-nos aqui, Senhor, cobertos de vergonha por tudo aquilo que o homem, criado à vossa imagem e semelhança, é capaz de fazer!».

Por falar em “Holocausto”, uma pergunta fi ca de pé: como foi que um povo tão evoluído como é o alemão, aturou um governo que matou seis milhões de judeus? E o que acontecerá com o Brasil se nos contentarmos em chorar e fi car de braços cruzados ante o tsunami da violência, da corrupção e do esfacelamento da família?

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Page 4: Revista Elo

Palavra de Vida

“Se dois de vocês estiverem de acordo na terra sobre qualquer

coisa que pedirem, ela lhes será concedida por meu Pai. Pois

onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome,

aí estou eu no meio deles” (Mt 18, 19-20)

Chiara LubichFundadora do Movimento dos

Focolares, falecida em março de 2008

A meu ver, esta é uma das frases de Jesus que fazem exultar o coração. Quantas necessidades existem na vida, quantos desejos bons que você não sabe como realizar! Você está profundamente convencido de que somente uma intervenção do Alto, uma graça do Céu, poderia proporcionar-lhe o que você almeja com todo o seu ser. E então, com esplêndida clareza, com uma certeza adamantina, você ouve o próprio Jesus lhe repetir essas palavras promissoras e cheias de esperança.

Você deve ter lido no Evangelho que Jesus várias vezes recomenda a oração e ensina o que devemos fazer para sermos atendidos. No entanto, esta oração que hoje estamos considerando é realmente original. Ela exige várias pessoas, uma comunidade, para se obter uma resposta do Céu. Ela diz: “Se dois de vocês”. Dois. É o número mínimo capaz de formar uma comunidade.

Também no judaísmo se sabia que Deus estima a oração da coletividade; mas Jesus diz uma coisa nova: “Se dois de vocês estiverem de acordo”. Quer que sejam mais de uma pessoa, mas quer que estejam unidas. É preciso que se coloquem de acordo quanto ao pedido a ser feito, numa concórdia dos corações. Jesus afi rma, na prática, que a condição para se obter aquilo que se pede é o amor mútuo entre as pessoas.

Você poderá perguntar: “Mas por que as orações feitas em unidade têm maior aceitação junto ao Pai?”. Talvez pelo motivo de que são mais purifi cadas. De fato, com frequência a oração acaba reduzindo-se a uma série de súplicas egoístas, que mais lembram pedintes perante um rei do que fi lhos diante de um pai.

Tudo o que se pede juntamente com outras pessoas é certamente menos contaminado por interesses particulares. Em contato com os outros, somos mais levados a sentir também as suas necessidades e a compartilhá-las. Não só: também é mais fácil que duas ou três pessoas consigam entender melhor o que pedir ao Pai.

O próprio Jesus nos diz qual é o segredo da efi cácia dessa oração. Resume-se naquele “reunidos em meu nome”. Quando estamos unidos dessa maneira, temos a sua presença entre nós, e tudo o

que pedirmos com ele será mais fácil de ser obtido. Com efeito, é o próprio Jesus, presente onde o amor recíproco une os corações, que conosco pede as graças ao Pai. E será possível imaginar que o Pai deixe de atender a Jesus? O Pai e Cristo são uma coisa só.

A essa altura, certamente você gostaria de saber o que Jesus deseja que você peça. Ele próprio o afi rma claramente: “Qualquer coisa”. Não existe, portanto, nenhum limite.

Então, coloque também esse tipo de oração no programa de sua vida. Talvez a sua família, você mesmo, os seus amigos, as associações de que faz parte, a sua pátria, o mundo que o rodeia deixem de receber inúmeras ajudas porque você não as pediu.

Coloque-se de acordo com seus parentes e amigos, com quem o compreende ou compartilha os seus ideais e – depois de terem-se disposto a se amarem como manda o Evangelho, estando unidos até merecerem a presença de Jesus entre vocês – peçam. Peçam o mais que puderem: peçam durante a assembleia litúrgica; peçam na igreja; peçam em qualquer lugar; peçam antes de tomar decisões; peçam qualquer coisa.

E, sobretudo, não façam com que Jesus fi que decepcionado com o pouco caso de vocês, depois de lhes ter oferecido tantas possibilidades.

As pessoas haverão de sorrir mais, os doentes terão mais esperança; as crianças crescerão mais protegidas, os lares serão mais harmoniosos; os grandes problemas poderão ser enfrentados até mesmo no aconchego das casas... E vocês conquistarão o Paraíso, porque a oração pelas necessidades dos vivos e dos mortos também é uma daquelas obras de misericórdia sobre as quais deveremos prestar contas no exame fi nal.

(Este comentário à Palavra de Vida foi publi-cado originalmente em setembro de 1981).

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Page 5: Revista Elo

São Bento

Testemunho de Vida

Bento nasceu em 480, em Nórcia, perto de Roma, para onde, ainda jovem, foi enviado pelos pais a fi m de estudar fi losofi a e retórica, e obter, um dia, um bom emprego na magistratura. Apesar de ser residência do papa e centro da Igreja Católica, o ambiente romano era leviano e frívolo demais para alguém que, desde jovem, alimentava como ideal de vida a santidade.

Por isso, aos 20 anos, sentindo no coração o desejo de se entregar a Deus no silêncio e na solidão, deixou Roma e se retirou na Úmbria, indo morar numa gruta, nos arredores de Subiaco, onde passou a se dedicar à oração e à penitência.

Diferentemente do que acontecia no Oriente, na Itália eram ainda poucos os mosteiros onde os monges viviam em comunidade. Por isso, Bento pode ser considerado o iniciador da vida religiosa em comum no Ocidente. De fato, após permanecer três anos no mais completo isolamento como eremita, aos poucos, seu exemplo de vida atraiu uma multidão de jovens, que se juntaram a ele para se ajudarem uns aos outros através da comunhão fraterna. Seu número cresceu tanto que, em 503, já eram doze as casas religiosas espalhadas pelas montanhas de Subiaco, sob a direção de Bento.

Sua fama de santidade corria de boca em boca, tornando-o conhecido e admirado em toda a parte. Por isso, mas principalmente para obedecer ao bispo que lhes pedia uma reforma radical em seus costumes pouco cristãos, os monges do mosteiro de Vicovaro o aceitaram como superior. Mas, diante das mudanças impostas por ele, poucos dias após a sua chegada, tramaram contra a sua vida. Narra-se que, no momento em que Bento abençoava os alimentos antes do almoço, da taça que continha o vinho envenenado saiu uma serpente, e o cálice se fez em pedaços. Lembrando-se das palavras de Jesus – “Vinho novo se coloca em odres novos” (Mt 9,17) –, Bento julgou que ocuparia melhor o seu tempo voltando imediatamente para Subiaco. Foi o que fez.

Ao completar 40 anos de idade, Bento percebeu que lhe era difícil continuar onde estava. Faltavam ao ambiente a paz e a serenidade que desejava para si e para seus discípulos, sobretudo por culpa do pároco local, o qual, como se não fosse sufi ciente a

vida escandalosa que levava, teimava em tentar de mil maneiras os jovens religiosos. Aliás, para não ser inferior aos monges de Vicovaro, também tentou matar o santo, colocando veneno em seu pão. Por isso, em 529, Bento se transferiu para Monte Cassino (no sul de Roma), onde construiu um dos mosteiros mais importantes da Igreja.

Situado no alto de uma montanha, o mosteiro beneditino – a Ordem de São Bento – iniciava uma nova forma de vida consagrada: seus membros não viveriam isolados e distantes uns dos outros, em cabanas separadas, expostos aos perigos e às ilusões do individualismo, mas juntos, sob a direção de um

mestre espiritual – o abade (abbas = pai) – numa residência comum, buscando o

seu sustento no trabalho (intelectual e manual), fi éis ao lema: “Ora e

trabalha”.Em 534, Bento começou

a escrever a famosa “Regra dos Mosteiros”, a qual, atra-vés dos séculos, foi sendo adaptada e assumida por inúmeras Ordens e Congre-gações religiosas. Durante a Idade Média, os mosteiros beneditinos se difundiram

em toda a Europa, promo-vendo o progresso religioso,

social, cultural e econômico das populações. Ofereceram à Igreja

inúmeros homens de ciência e de santidade. De suas fi leiras saíram 23

papas, 500 bispos e aproximadamente 3000 santos canonizados.

A quem pedia para entrar em seu mosteiro, São Bento perguntava: “Você procura verdadeiramente a Deus?”. O grande êxito alcançado por sua fundação se deve à primazia que sempre deu à vida fraterna em comunidade, vista como o ápice para a qual deviam convergir a ascese, o trabalho, o estudo e a própria oração.

Num mosteiro localizado a poucos quilômetros de Monte Cassino, Santa Escolástica, irmã gêmea de São Bento, adaptou a Regra para as mulheres e deu origem às monjas beneditinas.

São Bento faleceu a 21 de março de 547, aos 67 anos de idade, um mês após a sua irmã. A Igreja o canonizou em 1220, e, em 1964, o Papa Paulo VI o declarou padroeiro da Europa. Sua festa litúrgica é celebrada no dia 11 de julho.

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Julho de 2014 5

Page 6: Revista Elo

A Palavra do Papa

Mensagem para a Copa 2014

Meus caros amigos,É com grande alegria que me dirijo a vocês

todos, amantes do futebol, por ocasião da abertura da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Quero enviar uma saudação calorosa aos organizadores e aos participantes; a cada atleta e torcedor, bem como a todos os espectadores que, no estádio ou pela televisão, rádio e internet, acompanham este evento que supera as fronteiras de língua, cultura e nação.

A minha esperança é que, além de festa do esporte, esta Copa do Mundo possa tornar-se a festa da solidariedade entre os povos. Isso supõe, porém, que as competições futebolísticas sejam consideradas por aquilo que no fundo são: um jogo e, ao mesmo, tempo uma ocasião de diálogo, de compreensão, de enriquecimento humano recíproco.

O esporte não é somente uma forma de entretenimento, mas também - e eu diria sobretudo - um instrumento para comunicar valores que promovem o bem da pessoa humana e ajudam na construção de uma sociedade mais pacífi ca e fraterna. Pensemos na lealdade, na perseverança, na amizade, na partilha, na solidariedade. De fato, são muitos os valores e as atitudes fomentados pelo futebol que se revelam importantes não só no campo, mas em todos os aspectos da existência, concretamente na construção da paz. O esporte é escola da paz, ensina-nos a construir a paz.

Nesse sentido, queria sublinhar três lições da prática esportiva, três atitudes essenciais para a causa da paz: a necessidade de “treinar”, o “fair play” e a honra entre os competidores.

Em primeiro lugar, o esporte ensina-nos que, para vencer, é preciso treinar. Podemos ver, nesta prática esportiva, uma metáfora da nossa vida. Na vida, é preciso lutar, “treinar”, esforçar-se para obter resultados importantes. O espírito esportivo torna-se, assim, uma imagem dos sacrifícios necessários para crescer nas virtudes que constroem o caráter de uma pessoa. Se, para uma pessoa melhorar, é preciso um “treino” grande e continuado, quanto mais esforço deverá ser investido para alcançar o encontro e a paz entre os indivíduos e entre os povos “melhorados”! É preciso “treinar” muito!

O futebol pode e deve ser uma escola para a construção de uma “cultura do encontro”, que permita a paz e a harmonia entre os povos. E aqui vem em nossa ajuda uma segunda lição da prática esportiva: aprendamos o que o “fair play” do futebol tem a nos ensinar. Para jogar em equipe é necessário pensar, em primeiro lugar, no bem do grupo, não em si mesmo. Para vencer, é preciso superar o individualismo, o

egoísmo, todas as formas de racismo, de intolerância e de instrumentalização da pessoa humana. Não é só no futebol que ser “fominha” constitui um obstáculo para o bom resultado do time; pois, quando somos “fominhas” na vida, ignorando as pessoas que nos rodeiam, toda a sociedade fi ca prejudicada.

A última lição do esporte proveitosa para a paz é a honra devida entre os competidores. O segredo da vitória, no campo, mas também na vida, está em saber respeitar o companheiro do meu time, mas também o meu adversário. Ninguém vence sozinho, nem no campo, nem na vida! Que ninguém se isole e se sinta excluído! Atenção! Não à segregação, não ao racismo! E, se é verdade que, ao término deste Mundial, somente uma seleção nacional poderá levantar a taça como vencedora, aprendendo as lições que o esporte nos ensina, todos vão sair vencedores, fortalecendo os laços que nos unem.

Queridos amigos, agradeço a oportunidade que me foi dada de lhes dirigir estas palavras neste momento – de modo particular à Excelentíssima Presidenta do Brasil, Senhora Dilma Rousseff, a quem saúdo – e prometo minhas orações para que não faltem as bênçãos celestiais sobre todos. Possa esta Copa do Mundo transcorrer com toda a serenidade e tranquilidade, sempre no respeito mútuo, na solidariedade e na fraternidade entre homens e mulheres que se reconhecem membros de uma única família.

Muito obrigado!

as bênçãos celestiais sobre todos. Possa esta Copa do Mundo transcorrer com toda a serenidade e tranquilidade, sempre no respeito mútuo, na solidariedade e na fraternidade entre homens e mulheres que se reconhecem membros de uma única família.

Muito obrigado!

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Page 7: Revista Elo

A Igreja é Notícia

Caminhada contra o

tráfico humano

CNBB: cartão vermelho

ao Governo

Francisco reza com

Shimon e Mahmoud

Irmã Cristina vence “The Voice”

No dia 11 de junho, véspera da abertura da Copa do Mundo, bispos, religiosos, sacerdotes, re-presentantes de institui-ções, movimentos e pasto-rais da Igreja participaram, em Brasília, da caminhada “Jogue a favor da vida - denuncie o Tráfi co de Pessoas”.

O evento foi promovido pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). Para a presidente da entidade, Irmã Maria Inês Ribeiro, a caminhada teve como objetivo refl etir sobre o tema: «Precisamos “botar a boca no trombone”, envolvendo-nos e empolgando todos os religiosos do Brasil e o maior número possível de participantes, para chamar a atenção sobre um problema que afeta milhares de famílias no Brasil e no mundo e que, em megaeventos, tende a crescer».

No domingo de tar-de, dia 8 de junho de 2014, o Papa Francisco se encon-trou, para um momento de oração nos jardins do Vaticano, com os presiden-tes de Israel e da Palestina,

Shimon Peres e Mahmoud Abbas, na presença do Patriarca da Igreja Ortodoxa de Constantinopla, Bartolomeu I.

As preces foram proferidas em várias línguas, todas elas dirigidas para uma só prece: a paz na Terra Santa. Em sua homilia, o Santo Padre pediu que os muros que separam os povos sejam substituídos por pontes: «Senhores Presidentes, o mundo é uma herança que recebemos dos nossos ante-passados e que transmitiremos aos nossos fi lhos: fi lhos que estão cansados e desfalecidos pelos confl itos e desejosos de alcançar a aurora da paz; fi lhos que nos pedem para derrubar os muros da inimizade e percorrer o caminho do diálogo e da paz a fi m de que o amor e a amizade triunfem. É preciso muito mais coragem para fazer a paz do que para fazer a guerra. É preciso coragem para dizer “sim” ao encontro e não à luta; “sim” ao diálogo e não à violência; “sim” às negocia-ções e não às hostilidades; “sim” ao respeito dos pactos e não às provocações; “sim” à sinceridade e não à duplicidade. Para tudo isto, é preciso coragem, grande força de ânimo».

No dia 5 de junho, em emocionante fi nal e graças aos votos do público, Irmã Cristina Scuccia, a jovem religiosa da Sagrada Família de 25 anos de idade que cativou milhões de pessoas com seu talento e carisma, ganhou a edição 2014 da versão italiana do programa “The Voice” e, no fi nal, convidou todos a rezarem juntos o “Pai-Nosso”.

A jovem religiosa, que venceu o concurso com 62% dos votos, ao receber o prêmio, disse: «Quero agradecer a todas as pessoas que me apoiaram, sobretudo às Irmãs de minha comunidade. Vim aqui não para buscar a mim, mas Aquele que está acima. O meu último agradecimento é para Ele».

50 milhões de pessoas já visitaram seu vídeo no YouTube. Comentando a notoriedade que alcançou em todo o mundo, a Irmã Cristina disse esperar que seu testemunho «possa dar aos jovens a vontade e a força de seguirem seus próprios sonhos. Não nego que provo certo mal-estar quando os jornalistas me perguntam como me sinto, como religiosa, sob os refl etores. Respondo sempre que, desde que descobri minha vocação, me sinto nos braços do Jesus e, com o canto, procuro expressar a beleza de Deus».

Sobre o seu futuro, a Irmã diz que deixa tudo nas mãos de Deus: «Se me mandarem ao exterior, como missionária, irei; se quiserem que eu siga cantando, o farei com alegria».

No início de junho, a Conferên-cia Nacional dos Bispos do Brasil deu

“cartão vermelho” ao governo pelos gastos excessivos realiza-

dos antes e durante a Copa do Mundo.

Entre as críticas dos bispos estão a apropriação do esporte por entidades privadas e grandes corporações, a quem

os governos delegaram responsabilidades públicas, assim como a inversão de prioridades para com o dinheiro público, que deveria servir, prioritariamente, para a saúde, educação, saneamento básico, transporte e segurança.

Durante a sua 52ª Assembleia Geral, realizada no início de maio, os Bispos do Brasil, em mensagem intitulada “Pensando o Brasil: desafi os diante das eleições 2014”, já haviam reconhecido que os protestos – sobretudo de jovens – organizados em inúmeras cidades, não visavam apenas a Copa, mas «a baixa confi ança da população nos poderes instituídos da República. Duvida-se da honestidade de todos os políticos. Desconfi a-se da existência dos programas partidários. Mesmo havendo tais programas, não se acredita que os políticos sejam fi éis a eles. Com frequência, esse clima tem levado o cidadão à sensação de que votar não adianta nada e de que a participação política é inútil. Tal atitude, porém, gera um círculo vicioso: o cidadão não participa porque as estruturas do País não correspondem aos interesses do povo; no entanto, tais estruturas não vão mudar sem sua participação».

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Julho de 2014 7

Page 8: Revista Elo

O mês de junho deste ano de 2014 foi marcado por vários eventos tantos civis como a abertura da copa do mundo no Brasil e festa junina, quanto religiosos, festas de Ascensão, Pentecostes, Corpus Christi, Sagrado Coração de Jesus e as demais. A festa que ganhou um destaque muito especial, inclusive feriado nacional, Corpus Christi. O que me chamou atenção do Corpus Christi é o milagre da eucaristia que se torna argumento de questionamento para os que não são católicos enquanto aos católicos é dogma ou verdade da fé.

Este mistério da Transubstanciação foi tratado pela primeira vez no Concílio de Trento (1545 a 1563). Transubstanciação é a conjunção de duas palavras latinas trans (além) e substantia (substância), e signifi ca a mudança da substância do pão e do vinho na substância do Corpo e Sangue de Jesus Cristo no ato da consagração. O papa João Paulo II, na sua encíclica Ecclesia de Eucharistia no.15: reafi rma-se assim a doutrina sempre válida do Concílio de Trento: “Pela consagração do pão e do vinho opera-se a conversão de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo, Nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue. A esta mudança, a igreja católica chama de modo conveniente e apropriado, Transubstanciação. Afi rmando que a eucaristia verdadeiramente é misterium fi dei (Mistério da Fé), mistério que supera os nossos pensamentos e só pode ser aceito pela fé.

Corpus Christi (em latim) signifi ca “O Corpo de Cristo”, é uma festa religiosa cristã em veneração à

presença real e substancial de Jesus na eucaristia. Recordando o fato da última ceia, quando Jesus ao instituir a eucaristia, ordenou aos seus apóstolos dizendo: “...Isto é o meu corpo dado por vós. Fazei isto em minha memória. E, depois de comer, fez o mesmo com o cálice, dizendo: esse cálice é a

Nova e Eterna Aliança em meu sangue, que é derramado por

Eucaristia

“Mistério da Transubstanciação”

Opiniões que fazem opinião

vós” (Lc 22, 19-20). Esta festa reúne crianças, jovens, adultos e

idosos, demonstrando a unidade e a força da família e da Igreja em suas mais diversas expressões pastorais e de movimentos. A procissão pelas vias públicas é uma recomendação do Código Canônico (art. 944), que orienta o bispo diocesano que a realize para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. Este ato envolve todos os presbíteros em comunhão com o bispo diocesano, líder da Igreja Particular, juntamente com todos os fi éis.

Em cada santa missa, o ato da consagração, vê-se como ponto culminante deste milagre eucarístico e ao mesmo tempo torna-se momento de celebrar o passado e o presente do mesmo sacrifício de Jesus na cruz, para a nossa redenção. O papa Francisco, na sua Encíclica Lumen Fidei, no. 44 destacou que na eucaristia, temos o cruzamento dos dois eixos sobre os quais a fé percorre o seu caminho. Por um lado, o eixo da história, a Eucaristia é ato de memória, atualização do mistério, em que o passado como um evento de morte e ressurreição, mostra a sua capacidade de se abrir ao futuro, de antecipar a plenitude fi nal. Por outro lado, encontra-se aqui também o eixo que conduz do mundo visível ao invisível: na Eucaristia, aprendemos a ver a profundidade do real. Santo Agostinho dizia: “Fé é crer no que não vemos. O prêmio da fé é ver o que cremos”.

Ambos os eixos, nos unem num só mistério da eucaristia, sacramentum caritatis - Mistério do amor incondicional de Jesus.

Vale lembrar que a eucaristia é alimento, comunhão e força na caminhada do povo em peregrinação, rumo à pátria defi nitiva. Comungar o corpo e sangue de Jesus signifi ca permanecer com Ele. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele” (Joao 6,56).

Pe. Wilibrodus Paulus Wedho, svdPároco da paróquia Nossa Senhora

Aparecida - [email protected]

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Círculos Bíblicos

Acolhida: Colocar sobre a mesa: Crucifi xo, vela, fotos ou fi guras de pessoas que, com suas vidas, testemunharam Jesus Cristo.

Animador/a: Caros irmãos e irmãs, sejam bem vindos! O sinal que nos identifi ca como seguidores de Cris-to – como cristãos – é a Cruz. Invo-quemos a Trindade Santa cantan-do. Em nome do Pai...

Canto: A nós descei divina luz / (2x)Em nossas almas acendei /O amor, o amor de Jesus (2x)

Animador/a: Deus quer que sejamos sal e luz no mundo! Apenas o seremos, se trilharmos as pegadas de Jesus, se, verdadeiramente, formos suas testemunhas e se colaborarmos na construção do seu Reino. Para ser sal e luz ao próximo, é preciso estar unidos a Cristo, a grande Luz, resplandecente em meio às trevas.

Animador/a: Após cada prece, rezemos juntos:

Todos: Perdão, Senhor! És nossa luz e salvação.

Lado1: Perdão, Senhor, se preferimos viver longe de ti, acomodados no pecado, seguindo o brilho de falsas luzes.

Lado 2: Perdão, Senhor, pelas vezes que nos deixamos aprisionar pelas trevas, pelos sofrimentos ou por falsas alegrias, quando fraquejamos e não buscamos em ti, o verdadeiro sentido para nossa vida.

Lado 1: Perdão, Senhor, se queremos brilhar no mundo por outras fi nalidades, se nos deixamos seduzir por caminhos fáceis, largos e que não nos conduzem à vida plena.

Lado 2: Perdão, Senhor, pelas vezes que fomos contra testemunho, ou pedras de tropeço, quando deveríamos ter sido sal e luz para o próximo.

Animador/a: Ser sal signifi ca temperar a própria vida e a dos outros com “sabores diferentes”, que só são sentidos pela presença de Deus. Ser luz no mundo é irradiar a luz de Cristo, é iluminar os caminhantes que andam nas trevas. Acolhamos a Palavra de Deus, lâmpada para nossos passos, cantando:

Canto: Pela Palavra de Deus sabe-remos por onde andar / Ela é luz e verdade / precisamos acreditar.

Leitor/a 1: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5, 13-16

Animador/a: Jesus disse que quando alguém é luz não se consegue escondê-la, mas a irradia, para ser útil aos outros. Disse também que se o sal não salgar, para nada serve.a) Que alerta nos dão as advertências de Jesus, sobre ser ou não ser sal e luz, no mundo?b) Tenho sido testemunha de Jesus? Como?

Animador/a: O exemplo dos profetas, dos santos e de tantos homens e mulheres atraiu muitas pessoas para Deus. A radicalidade na vivência do Evangelho, o testemunho de santidade de um deles, São Francisco de Assis, nos motiva, ainda hoje, a sermos como ele, sal e luz. Por isso, como ele, rezemos:Oração de São Francisco de AssisSenhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio,

Disse salgar,

o as ser ou

Jesus?

dos s tantosos

muiuitatas s alididade e e hoho, o o o dede um m m s,s, nososos c c comomomomo o

mo e elele,

A A Assssssisisisumumenento

ódódioio,

que eu leve o amor; Onde hou-ver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver de-sespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; Onde houver tre-vas, que eu leve a luz. Ó Mes-tre, Fazei que eu procure maisConsolar, que ser consolado; compreender, que ser compre-endido; amar, que ser amado.Pois é dando que se recebe,é perdoando que se é perdoado,e é morrendo que se vive para a vida eterna.

c) Que ações me proponho a fazer a fi m de, realmente, ser sal e luz no mundo?

Animador/a: Que Nossa Senhora nos ajude na missão de testemunhar Jesus. Por isso rezemos: Ave Maria...

Que nos abençoe e nos guarde o Nosso Deus misericordioso: Pai...

Cantar ou rezar: Tu és o Sol do novo amanhecer / Tu és farol da vida renascer / Maria, Maria / és poema de amor / És minha Mãe e Mãe do meu Senhor!

1º Encontro“A força do testemunho”

ABRINDO OS OLHOS PARA VER

BÊNÇÃO FINAL

ASSUMINDO A PALAVRA

ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS

REZANDO A PALAVRA

PARTILHANDO A PALAVRA

ORAÇÃO INICIAL

Julho de 2014 9

Page 10: Revista Elo

2º EncontroReconciliação: “Dar o primeiro passo!”

Círculos Bíblicos

honra quem ama a Deus!

Lado a: Aquela pessoa que jura e não volta atrás, mesmo que tenha prejuízo; que não empresta dinheiro a juros altos, nem pratica a corrupção contra o inocente!

Todos: Quem age deste modo, jamais será abalado!

Animador/a: Para nós o perdão pode parecer um gesto admirável e até heroico. Para Jesus era o mais normal! O que seria de nós, se Deus não soubesse perdoar? Um dos pecados que Deus não consegue perdoar é a nossa falta de perdão aos outros.

Leitor/a 2: “Se vocês não perdoarem aos homens, o Pai de vocês também não perdoará os males que vocês tiverem feito!” (Mt 6, 15).

Animador/a: O perdão não é o mínimo que se pode esperar de quem vive do perdão e da misericórdia de Deus? Para poder estar unido a Deus, é preciso estar reconciliado com seu irmão ou irmã. Mesmo ofendido e inocente, o/a discípulo/a de Jesus deve ter a coragem de tomar iniciativa, de dar o “primeiro passo”. Por isso, diz Jesus, procure a reconciliação antes que seja tarde demais!

Acolhida: Preparar Bíblia, vela e fl ores.

Animador/a: Boas vindas para todas e todos vocês! Obrigado porque vieram! Um dos pontos em que JESUS no Evangelho de Mateus mais insiste é a Reconciliação; isto é, fazer pazes! É o tema de nosso encontro de hoje. Coloquemo-nos na presença de Deus, cantando o Sinal da Cruz...

Canto inicial:

Animador/a: Diz o ditado: “Queres ser feliz um momento? VINGA-TE!Queres ser feliz sempre? PERDOA!”O desejo de vingança é, sem dúvi-da, a resposta mais instintiva dian-te da ofensa ou do mal. A pessoa ofendida pensa que é preciso de-fender-se da ferida recebida. Mas quem pretende curar sua ferida, causando sofrimento ao agressor, engana-se!

Leitor/a 1: “Não se vingue de quem fez mal a você!”, diz Jesus. Uma pessoa é mais humana quando perdoa do que quando se vinga. Quem não sabe perdoar, pode fi car ferido para sempre. Um casal sem mútua reconciliação se destrói; uma família sem perdão é um inferno; uma comunidade sem compaixão é desumana!

Salmo 15Animador/a: Senhor, quem pode-rá ser hóspede na tua casa? Quem poderá comparecer na tua presen-ça?

Lado a: Aquela pessoa que caminha na integridade; pratica a justiça; fala a verdade, e não calunia!

Lado b: Aquela pessoa que não prejudica o próximo; não difama seu vizinho; perdoa a ofensa, e

Leitor/a 2: A Lei de Deus diz: “NÃO MATARÁS!” (Ex 20, 13). Mas não basta “não matar!” Conforme disse Jesus, é preciso arrancar de dentro de si, desde a raiz, tudo o que pode levar a matar: ódio, vingança, raiva, ofensa, xingamento!

Canto de Aclamação:

Leitor/a 3: Proclamação do Evan-gelho de Jesus Cristo segundo Ma-teus 5, 21-24.

a) Qual é a atitude em que Jesus mais insiste?b) Hoje tem muita gente que diz: “Não roubei, não matei! Estou de bem com Deus”. Que acha disso?

Lado a: Que o amor de vocês seja sem fi ngimento! Detestem o mal e apeguem-se ao bem! No amor fraterno, sejam carinhosos uns com os outros!Lado b: Sejam solidários com os cristãos em suas necessidades, praticando a hospitalidade! Aben-çoem os que perseguem vocês; abençoem e não amaldiçoem!

Lado a: Vivam em harmonia uns com os outros! Não paguem a ninguém o mal com o mal! Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem!Lado b: Não façam justiça por conta própria! Não se vinguem! Se for possível, no que depende de vocês, vivam em paz com todos! Rezemos: Pai Nosso...

c) Você consegue dar o “primeiro passo” para a reconciliação?

Que o Deus da Vida cuide de nós, nos indique o caminho da reconciliação e nos abençoe: PAI..

Canto (Abraço)

ABRINDO OS OLHOS PARA VER

ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS

REZANDO A PALAVRA

BÊNÇÃO FINAL

ORAÇÃO INICIAL

ASSUMINDO A PALAVRA

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Page 11: Revista Elo

3º Encontro“Senhor, escuta a nossa oração”

Círculos Bíblicos

Acolhida: Preparar o ambiente: Bí-blia, vela, fl ores e um cartaz com alguém em oração. Acolher a todos e todas com um canto de boas vin-das e um abraço fraterno.

Animador/a: Irmãs e irmãos, que bom estarmos aqui para esse nos-so encontro. Iniciemos invocando a Trindade Santa, cantando: Em nome do Pai...

Canto: O nosso encontro será abençoado, pois o Senhor vai der-ramar o seu amor.Derrama, ó Senhor, derrama, ó Senhor, derrama sobre nós o seu amor.

Animador/a: No discurso chama-do “Sermão da montanha” Jesus destaca pontos essenciais em rela-ção a pessoa consigo mesma, com o próximo, com Deus e com o meio em que vive. Neste mesmo dis-curso, Mateus insere o Pai Nosso, como a oração cristã na qual a pes-soa reconhece a si mesma como criatura, dependente do criador e Deus como único e absoluto em sua vida.

Salmo 116

Lado A: Eu amo o Senhor, porque Ele ouve a minha voz suplicante,Porque inclina seus ouvidos para mim, no dia em que eu o invoco.

Lado B: O Senhor é justo e clemen-te, o nosso Deus é compassivo. Ele protege os simples. Eu fraquejava e Ele me salvou.

Lado A: Libertou minha vida da morte, meus olhos das lágrimas e meus pés de uma queda. Caminha-rei na presença do Senhor, na terra dos vivos.

Lado B: Como retribuirei ao Senhor por todo o bem que Ele me fez?Cumprirei meus votos ao Senhor, na presença de todo o meu povo!

Animador/a: A confi ança singe-la e fi el, e a segurança humilde e alegre, são as disposições próprias de quem reza o Pai Nosso. Esta é a oração que deve fazer crescer em nós a consciência de que somos fi lhos de Deus, o desejo de pare-cer-nos cada vez mais com o Deus Pai e Mãe, deve fortalecer em nós o desejo de fraternidade.

Canto: É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa. Tua pa-lavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal.

Leitor/a: Proclamação do Evange-lho de Jesus Cristo, segundo Ma-teus 6,7-13

Animador/a: a) Destaque uma frase do Pai Nos-so a qual tem um signifi cado im-portante para sua vida e partilhe o porquê desta importância.

Animador/a: O Pai Nosso mostra a simplicidade e intimidade da pes-soa com Deus e, ao mesmo tempo, o compromisso profundo e radical com o próximo.

Leitor 1: Não basta rezar, “Pai Nos-so que estais no céu”, se me fecho

ao egoísmo de um bem estar indi-vidual, preocupando somente co-migo.Todos: Pai nosso que estais no céu.

Leitor 2: Não basta rezar, “Santifi -cado seja o vosso nome”, se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo.Todos: Santifi cado seja o vosso nome.

Leitor 1 Não basta rezar, “Venha a nós o vosso Reino”, se não estou disposto a tabalhar por um Reino de amor, justiça e fraternidade para todos, sem distinção. Todos: Venha a nós o vosso Reino.

Leitor 2: Se eu rezar, “Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu”, devo estar disposto a não ceder aos meus caprichos egoístas. Todos: Seja feita a vossa votade, assim na terra como no céu.

Leitor 1: Como rezar, “Perdoai as nossas ofensas assim como per-doamos quem nos ofende”, se não me importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar os que atraves-sam meu caminho?Todos: Se rezamos, “Senhor,não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”, devo ter a responsabilidade de me esforçar para não me deixar seduzir por qualquer força, que vai contra a vida.

Canto: a escolha

b) Qual é o compromisso concreto que posso assumir diante dos ensi-namentos do Pai Nosso?

Animador/a: Que Deus nos pro-teja, nos guie e nos abençoe. Pai...

Canto fi nal e abraço da paz.

ASSUMINDO A PALAVRA

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BÊNÇÃO FINAL

REZANDO A PALAVRA

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Julho de 2014 11

Page 12: Revista Elo

Círculos Bíblicos

4º EncontroNão basta falar, é preciso agir!

Acolhida: Preparar um altar com uma linda toalha, um crucifi xo e fl ores. Fazer uma calorosa recepção para as pessoas na chegada.

Animador/a: Irmãs e irmãos, estamos no fi nal do mês de julho, este é o nosso último encontro. Tudo parece passar repentinamente. Assim como acontece com os meses e com os dias do ano, pode acontecer o mesmo com nossa própria vida, diz o Salmo 90, 4. “Mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem, que passou, uma vigília dentro da noite.” Cantemos o sinal da cruz...

Leitor/a 1: Diz o Papa Francisco que todos têm direito de receber o Evangelho. Os cristãos tem o dever de o anunciar, sem excluir ninguém, e não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível. A Igreja não cresce por proselitismo, mas “por atração”. (EG 14)

Canto: Vem, e eu mostrarei que o meu caminho te leva ao Pai, guiarei os passos teus e junto a ti hei de seguir. Sim, eu irei e saberei como chegar ao fi m. De onde vim, aonde vou: por onde irás, irei também.

Animador/a: Jesus nos alerta que às vezes vivemos uma religião separada da maneira de viver o dia-a-dia. Apenas dentro da igreja. Da porta do templo para fora, nossa prática de vida se torna igual à daqueles que fazem as maiores barbaridades.

CREDO DO CHAMADOLado A: Cremos que Deus nos escolheu antes da fundação do mundo para sermos santos e

irrepreensíveis diante dele no amor. (Ef 1,4)

Lado B: Cremos que Cristo nos jul-gou dignos de confi ança, tornan-do-nos para seu serviço. (1Tm 3,12)

Lado A: Cremos ser apóstolos por vocação, servos de Jesus Cristo, escolhidos para anunciar o Evangelho de Deus. (Rm 1,1)

Lado B: Cremos que a cada um Deus concedeu uma manifestação do Espírito, para a utilidade e edifi cação de todos. (1 Cor,12)

Todos: Cremos que temos plena certeza de que Deus que, come-çou em nós a boa obra, há de levá-la à perfeição até o dia de Jesus Cristo, porque aquele que nos chamou é fi el. (Fl 1,6; 1Ts 5,24)

Animador/a: Na carta escrita por São Tiago no capítulo 2,14 diz que: “se alguém tem fé, mas não tem obras, que adianta isso? Por acaso a fé poderá salvá-lo?” Esta afi rmação, nos leva a perceber que a salvação consiste em pôr em prática a Palavra de Deus, a vontade do Pai que está no céu, que se expressa através de nossas ações, de nosso testemunho de vida.

Canto: Palavra de Salvação somente o céu tem pra dar. Por isso o meu coração se abre para escutar.Por mais difícil que seja seguir, Tua Palavra queremos ouvir. Por mais difícil de se praticar, Tua Palavra queremos guardar.

Leitor/a 2: Proclamação do Evan-gelho de Jesus Cristo segundo Mateus 7, 21.24-27.

a) Segundo o texto que acabamos de ouvir, quem de fato entra no

Reino do céu? b) Jesus fala sobre duas formas de construir. Quando é que construímos na rocha ou areia?

Leitor/a 1: Que nosso ato de fé seja profundo no reconhecimento de Jesus, como Senhor, para entrar no céu e também na prática das boas obras, rezemos:

Todos : Escuta Senhor, nossa oração.

Leitor/a 2: Para que as tempestades de nossa existência, não nos levem a descumprir com a Vontade de Deus, rezemos:

Leitor/a 3: Que nossa maneira de construir seja feita de opções em favor do amor, da vida, do bem estar e não em favor do fracasso, rezemos:

Orações livres

c) O que podemos fazer de concreto, para que construamos em favor da vida?

Animador/a: Peçamos ao Pai, como Jesus nos ensinou, rezando. Pai Nosso...

Abençoe-nos Deus todo amoroso, Pai, Filho, Espírito Santo. Amém!

Canto: à escolha.

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BÊNÇÃO FINAL

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REZANDO A PALAVRA

ORAÇÃO INICIAL

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Page 13: Revista Elo

Pergunte e Responderemos

Frei Bernardo, fale-nos de seus 50 anos de serviço à Igreja!

Com quase 80 anos de idade e 50 de sacerdó-cio, agradeço a Deus que me acompanhou nesta caminha-da desde o dia 13 de março de 1935, quando nasci numa família bem constituída. Meus pais, Anton e Stefanie, já ti-nham duas fi lhas: Annamarie e Renate, as quais, mais tarde, foram seguidas por dois ir-mãos: Werner e Warnfried.

Na família, vivi a fé, uma fé saudável e verdadeira.

Meu pai era chefe de estação de trem, sendo transferido duas vezes de cidade para atuar numa estação maior.

Na cidade de Fulda, um pregador (Frei Beraldo), doutor em teologia e fi losofi a, me disse que eu poderia ser padre. Minha mãe discordou, dizendo que eu era muito bagunceiro. Por isso, não daria certo. Mas meu pároco, que era um homem muito piedoso, apostou em mim.

Aos oito anos de idade, tornei-me coroinha. Rezava a missa em latim: era tudo decorado. Os meninos respeitavam muito o pároco, mas era mais por medo do que por amizade.

O terceiro pároco era muito mais aberto; havia diálogo entre ele e os meninos. Eu estava então com 12 anos.

Nessa paróquia de Weisenbach tive os primeiros contatos com o que seria uma missão popular. Todos participavam. Entrei no grupo de jovens da paróquia e, aos 16 anos, já liderava esse grupo.

Quando os franciscanos substituíram o pároco que viajara para a França, eles começaram a falar dos colegas que trabalhavam no Brasil, no Mato Grosso. Fiquei muito interessado.

Com 18 anos, eu era líder da juventude da paróquia e da forania. Organizava encontros, excursões, acampamentos.

Eu estudava na universidade para ser engenheiro elétrico. Aos 20 anos, deixei a faculdade para ingressar no seminário, iniciando os estudos das línguas latina e grega, decidido a ser missionário franciscano.

Comuniquei a decisão à minha irmã Renate (pois minha mãe já falecera); ela sempre me apoiou. Meu pai pediu que eu pensasse um pouco mais, mas acabou concordando. Fiz o noviciado na Alemanha.

Pio XII, o papa da época, dizia que não conseguia dormir pensando na América Latina, uma terra sem pastores, o que infl uenciou a minha decisão de optar pelo Brasil. Após o término da fi losofi a, pedi ao

Superior Provincial que me deixasse fazer a teologia no Brasil. Ele não concordou. Eu queria terminar meus estudos em Petrópolis. Fui ordenado sacerdote por Dom Bruno Heim, em Fulda/Alemanha, no dia 26 de julho de 1964.

Fiquei em minha cidade. O Prefeito Municipal me deu, como presente, uma máquina de escrever, perguntando quais caracteres deveria colocar na máquina, já que havia a possibilidade de eu ser enviado para o Japão, o Brasil e a África. Foi então que o Superior me disse que o teclado poderia ser em português...

Chegando ao Brasil, passei quatro meses em Petrópolis e Agudos para estudar português. Em seguida, vim para Campo Grande, como auxiliar do Frei Teodardo Leitz. Depois de Campo Grande, atuei no seminário de Rio Brilhante, como educador e reitor, e em Santo Antonio de Leverger, onde fui pároco.

O povo, a religiosidade e a natureza me ajudaram muito nesta minha passagem pelo Pantanal. Lá construímos a igreja e a casa paroquial, e fomentamos tudo o que era necessário para a catequese, a pastoral, a liturgia, com o objetivo de dar suporte ao desenvolvimento da fé do povo. Fiquei lá por 13 anos, e sinto muita emoção ao recordar aquele povo que me acolheu com tanto carinho, calor humano, amizade e amor.

Em seguida, atuei em Cuiabá por oito anos, na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, cuja igreja ajudei a construir.

Em 1993, fui para Campo Grande, como Superior Provincial. Em 2000 vim para Dourados, onde fui vigário paroquial e pároco de 2001 a 2011. Nesta paróquia, fui sempre muito bem acolhido. Sinto que os jovens têm a sua participação importante e imprescindível dentro das comunidades. Precisamos valorizá-los!

Meu projeto de vida foi e será sempre manter a fé, procurar ser útil, meditar, ler e ter momentos de lazer com a fraternidade franciscana.

Nunca tive dúvidas sobre a minha vocação.

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Page 14: Revista Elo

A Diocese em Revista

Paróquia São José Operário (Dourados)

Pastoral Familiar em destaque

Vicentinos

A Catedral de Doura-dos vem realizando um in-tenso trabalho com a Pas-toral Familiar. Tendo como destaque a missionarie-dade hoje. Vários grupos de famílias se reúnem em casas particulares: casais “normais”, casais de segun-da união, grupos de noivos

e de namorados, num misto de Pequenas Comunidades e famílias. Por isso, cada grupo, normalmente composto de 7 a 10 famílias, tem a sua capelinha e a sua denomi-nação. Brevemente, a Pastoral Familiar será enriquecida com um grupo de viúvas e outro de mulheres separadas.

Cada ano, os Vicentinos abor-dam um tema a ser refl etido por todos os seus membros. Em 2014, o tema é: “Missionários na Caridade”.

Em nossa Diocese, o primeiro encontro realizado no dia 18 de maio, contou com a presença de 103 partici-pantes.

O Encontro foi assessorado pelos Irmãos Agenor Lima da Rocha e Márcio Artioli de Oliveira (de Marília/SP) e pela Irmã Lourdes Brás, da nossa Diocese.

O encontro encerrou às 15h com a Celebração da Santa Missa, presidida pelo Assessor Espiritual dos Vicentinos, Pe. Alvino Souza.

Movimento Mãe Peregrina

O Movimento da Mãe Peregrina de Schoenstatt, de Dourados, iniciou a prepara-ção para a celebração do cen-tenário de seu nascimento, no dia 18 de outubro.

No dia 25 de maio, acon-teceu um encontro de mis-sionários e coordenadores na Comunidade Mãe Rainha.

O encontro foi enriquecido com a presença do Diá-cono Amaral e do Frei Éterson Terce.

O grupo se reú-ne todos os meses para fazer os Círculos Bíblicos propostos pela revista “Elo”, e, a cada fi nal de mês, para comemorar os aniversariantes. O grupo é composto de 30 pessoas e tem como nome e padroeira a Mãe Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt.

Grupo das Pequenas Comunidades da Capela Cristo Redentor

A Paróquia São José Operário, no dia 1º de maio – Dia do Trabalhador, completou 40 anos de vida. Foi criada a 1º de maio de 1974 por Dom Teodardo Leitz. Durante o mês de abril, a imagem de São José Operário visitou as comunidades da paróquia.

Na noite de quinta-feira, 1º de maio, com a participação de diversos grupos, pastorais, movi-mentos, frades e sacerdotes, a paróquia iniciou as

festividades dos 40 anos com a celebra-ção solene de São José Operário. Nos dias 3 e 4, aconte-ceu a festa social em prol da construção da nova igreja.

40 anos de história

Aconteceu no dia 18 de maio, na Chácara São João Maria Vianney o Encontro dos Co-roinhas (60) da Paróquia São José Operário. Foi um

momento bonito de refl exão e confraternização, com objetivo de fortalecê-los na caminhada.

Encontro de Coroinhas

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Page 15: Revista Elo

A Diocese em Revista

Dourados, 3 e 4 de maio: Encontro vocacional no Seminário diocesano.

Dourados, 10 de maio: “O Chamado” - Feira vocacional e musical diocesana.

Dourados, 19 a 21 de maio: Encontro para secretárias e cozinheiras, no IPAD.

Maracaju, 24 de maio: Instalação

da paróquia Nossa Senhora

Auxiliadora.

Campo Grande, 24 e 25 de maio: Formação da Pastoral da Juventude.

Coletas

Dourados, 30 de maio: Programa “A voz do

Pastor”, na Rádio Coração, com pessoas

doentes.

PARÓQUIAS TERRA SANTA SOLIDARIEDADE

Amambai 3.000,00 2.500,00

Antônio João 99,05 670,00

Aral Moreira 150,00 680,00

Caarapó 600,00 2.018,00

Coronel Sapucaia 400,00 360,00

Deodápolis 1.550,00

Douradina 231,00 453,00

Dourados - Bom Jesus 2.719,40

Ddos - Nossa Sra Aparecida 267,94 651,30

Ddos - Nossa Sra Auxiliadora /

Indápolis 1.306,40

Ddos - Nossa Sra da Conceição 2.923,00 6.011,75

Ddos - Nossa Sra de Fátima 1.635,70 3.549,45

Ddos - Nossa Sra do Carmo 100,00 400,00

Ddos - Rainha dos Apóstolos 1,378,10

Ddos - Sagrado Coração de

Jesus 261,00 1.089,75

Ddos - Santa Teresinha 492,15 2.593,55

Ddos - Santo André 178,95 2.404,45

Ddos - São Carlos 531,65 1.285,65

Dourados - São Francisco 995,65 3.165,60

Dourados - São João Batista 295,20 2.872,10

Dourados - São José Operário 1.069,60 5.616,95

Dourados - São Pedro / Vila

São Pedro 470,55 1.990,00

Fátima do Sul 1.047,00 1.270,00

Glória de Dourados 904,40 1.600,00

Itamaraty 310,00 1.530,00

Itaporã 510,60 1.048,20

Laguna Carapã 201,80 1.046,05

Maracaju 4.600,95 16.070,95

Nova Alvorada do Sul 460,25 3.040,00

Ponta Porã - Divino Espírito

Santo 302,00 2.090,00

Ponta Porã - São José 933,00 2.550,00

Rio Brilhante 1.000,00 1.500,00

Vicentina 126,00 800,00

TOTAL 24.097,44 77.810,65

Julho de 2014 15

Page 16: Revista Elo

Fique por dentro!

Datas Signi� cativas

Agenda Diocesana

AniversariantesReligiosos/as Padres e Diáconos

Nascimento

11. Pe. João Maria dos Santos

17. Pe. Teodoro Benites

17. Diác. Lourival Centurião Marcelino

Ordenação

02. Pe. Pedro Alves Mendes04. Pe. Casimiro Facco, sac 19. Frei Mateus Rothmann, ofm25. Pe. Ládio Luiz Girardi, sac25. Pe. José Benito Gonzalez, sdb26. Frei Bernardo De! ling, ofm26. Frei Érico Renz, ofm30. Pe. Ciro Ricardo da Silva Freitas

Religiosas

04. Ir. San" na Pasuch, isj07. Ir. Terezinha Pessini, iascj11. Ir. Claudete Maria Boldori, iascj 11. Ir. Agraciata do D. C. da Virgem Mãe de Deus, fpss19. Ir. Denise Cris" ana Alves, cmes27. Ir. Maria Aparecida da Cruz, cmes

03/06 – Cursilho de Jovens, no IPAD06 – Formação sobre pastoral da acolhida e da

visitação na Forania de Rio Brilhante – Crismas em Coronel Sapucaia

14 – Encontro de padres e diáconos, na Chácara São João Maria Vianney

18/19 – Assembleia da Pastoral da Criança, no Centro de Espiritualidade Nossa Senhora Aparecida, na Vila São Pedro

19 – Encontro Diocesano de Animação da Pastoral Litúrgica, no IPAD

19/20 – Escola Catequé" ca Diocesana, no IPAD20 – Crismas em Vicen" na – “Encontrão” da Pastoral

04 – Primeira sexta-feira do mês: Dia de orações pela Igreja diocesana

06 – 14º Domingo do Tempo Comum09 – Santa Paulina – Aniversário de ordenação

presbiteral de Dom Redovino11 – São Bento13 – 15º Domingo do Tempo Comum16 – Nossa Senhora do Carmo20 – 16º Domingo do Tempo Comum

da Juventude, na Chácara São João Maria Vianney

21/26 – Curso de Formação para Agentes de Pas-toral, no IPAD

26 – Ordenação Presbiteral do Diácono Edson Colman, SDB, em Campo Grande, por Dom Redovino

26/27 – Assembleia Regional do SAV, em Campo Grande

27 – Crismas em Deodápolis – Encontro de Catequese da Forania de Fá" ma do Sul, em Indápolis

28 – “Semana Vocacional”, em Ponta Porã

22 – Santa Maria Madalena25 – São Tiago – São Cristóvão – Dia do Motorista26 – São Joaquim e Sant’Ana: dia do idoso e dos

avós27 – 17º Domingo do Tempo Comum29 – Santa Marta31 – Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia

de Jesus

16

Page 17: Revista Elo

Fatos em foco

Dourados, 3 e 4 de junho: Encontro Diocesano da CRB.

Ponta Porã, 8 de junho: Crisma na Paróquia São José.

Ponta Porã, 8 de junho: Crisma na Paróquia Divino

Espírito Santo.

Dourados, 8 de junho: Formação

para Ministros novos, no IPAD.

Dourados, 9 de junho: Missa na Catedral em honra a São José de Anchieta.

31 de maio a 1º de junho: Romaria Nacional da Legião de Maria em Aparecida. As Legionárias de Dourados foram acompanhadas pelos padres Vilmo (Dourados) e Pedro (Caarapó).

Dourados, 1º de junho: 2º Pedal

Cristo.

Dourados, 1º de junho: Encontro

diocesano dos assessores dos

coroinhas.

Dourados, 31 de maio e 1º de junho: Formação para Lideranças paroquiais sobre “A paróquia em estado permanente de missão: pastoral da acolhida e da visitação”, no IPAD.

Dourados, 2 e 3 de junho: Curso de for-mação permanente para padres, diáconos e religiosos/as, pelo Pe. José Carlos Pereira, no IPAD.

Pe. Alberto visita Dom Alberto na

Alemanha.

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Vida em família

«As pessoas com problemas especiais nos ensinam a compreender o essencial da vida». É o que pensam Andy e Mercedes Lara, um jovem casal cristão dos Estados Unidos, que compartilhou num vídeo emocionante, difundido no YouTube, a sua alegria por poder adotar uma menina com Síndrome de Down.

Andy, de origem fi lipina, e Mercedes Lara, de origem peruana, decidiram adotar uma criança com problemas especiais. Conseguiram seu intento através da organização “Lares Cristãos e Crianças Especiais”, que convida a rezar pelas mães em perigo de aborto, as ajuda a continuar com a gravidez e facilita a adoção de crianças afetadas pela Síndrome de Down e paralisia cerebral, entre outros casos.

Em declarações feitas no dia 15 de maio, Andy explicou como começou sua história: «Em nosso casamento, decidimos que íamos adotar crianças sem nos importar como Deus as trouxe para o mundo. Mercedes tinha trabalhado com pessoas com necessidades especiais durante nove anos, e me revelou o desejo que tinha no seu coração: adotar uma criança com Síndrome de Down. Eu concordei, e decidimos dar o passo. Não poderia estar mais seguro desta bênção que procurávamos».

No dia 3 de junho de 2013, o casal recebeu a ligação esperada. Havia nascido em um hospital de São José, Califórnia, a pequena Sunfl ower Mae, diagnosticada com Síndrome de Down. Dois dias mais tarde, o casal empreendeu uma viagem de oito horas desde Orange Country para buscar a fi lha adotiva.

Foi assim que a menina conseguiu escapar do trágico destino do aborto, condição que afeta, nos Estados Unidos, aproximadamente 90% dos bebês diagnosticados com esta enfermidade. Ao chegar ao hospital «começou uma era de bênçãos, experiências e histórias que, cheios de alegria, convidamos vocês a compartilhar conosco», explica o casal no vídeo “Bem-vinda ao mundo Sunfl ower Mae”, um curta-metragem onde documentam a história de sua pequena.

A família está muito agradecida à mulher que

decidiu dar a pequena em adoção. Esta mãe, em lugar de optar pelo aborto e acabar com a vida do bebê, decidiu deixá-lo viver para entregá-lo em adoção.

No site “Lares Cristãos e Crianças Especiais”, os esposos asseguram que, se pudessem falar com a mãe biológica de Sunfl ower Mae, lhe diriam: “Em primeiro lugar, muito obrigado por nos dar a oportunidade de cuidar de sua fi lha em nossa família. Minha esposa e eu estivemos rezando por ti, mãe do nosso futuro bebê. Nossa casa está cheia das melhores coisas que Deus dá na vida: amor, risadas, música e fi lmes pelas noites. Nosso passatempo favorito é sonhar com o tipo de pais que seremos: divertidos e extrovertidos. Este bebê não está apenas em um lar cheio de amor, mas também numa família rodeada de uma comunidade de pessoas carinhosas, por avós, bisavós, tias e tios extremamente entusiastas. Comprometemo-nos a encher esta criança de proteção, educação, jogos e de amor incondicional, que é o mais importante».

Comentário do Papa Francisco: «Na doação, a vida se fortalece; no comodismo e no isolamento, ela enfraquece. Os que mais desfrutam a vida são os que deixam a segurança da margem e comunicam a vida aos demais. A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros».

O que pode signifi car um

fi lho Down

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Paróquias em Destaque

Pe. Guillermo

frutos para a vida cristã dos fi éis e a di-namização da pastoral paroquial, gra-ças à presença de uma comunidade Salesiana numerosa e atuante. Con-tudo, em termos canônicos, criou-se uma espécie de anomalia jurídica, já que, na prática, a Paróquia São Pedro passou a ser vista como uma capela, e a capela Nossa Senhora Auxiliadora foi sendo, na verdade, a sede da pa-róquia. No Ano Santo de 2000, na Vila São Pedro, anexo à sede da paróquia, foi criado o Santuário Diocesano de Nossa Senhora Aparecida, o que sig-nifi cou um incremento na vida espiri-tual da população. Por esses motivos e para aprimorar o atendimento dos fi éis e a organização pastoral das co-munidades e do Santuário, julgou-se oportuno dividir o território da Paró-quia São Pedro, criando a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora».

Como parecia natural, a nova paróquia foi confi ada aos salesianos que, em Indápolis, desde o dia 31 de janeiro o ano de 1986, tinham tam-bém o seu noviciado, com a presença constante de, pelo menos, dois reli-giosos, o que facilitava o atendimento pastoral à população. Os superiores do Instituto enviaram para lá, como primeiro pároco, o Pe. Eduardo Fran-cisco Ambrósio, nomeado em 11 de fevereiro e empossado no dia 24 do mesmo mês.

Infelizmente, muito breve foi a permanência do Pe. Eduardo em Indápolis. Um ano após, no dia 26 de fevereiro de 2006, foi substituído pelo Pe. Osvaldo dos Santos, que fi cou no cargo por três anos, até o dia 15 de fevereiro de 2009, quando tomou posse o Pe. Mário Otorino Panziera – um sacerdote, como, aliás, os seus predecessores, muito zeloso, que superou os limites da idade com a fi bra de seu bondoso coração. Ele recebeu, como vigários paroquiais, a 16 de abril de 2010, o Pe. Otiles Dirceu da Paixão e, a 15 de março de 2011, o Pe. José Benito Porto Gonzalez.

Em fi ns de janeiro de 2014, o noviciado foi transferido para Curitiba, e substituído pelos jovens que formam o pré-noviciado. Por sua vez, o Pe. Mário deixou o lugar para o Pe. Guillermo Morales Velásquez, que tomou posse no dia 16 de fevereiro. Além do Pe. Benito, o novo pároco conta também com a colaboração do diácono Édson Cardoso Colman.

Em 2005, foram criadas duas novas paróquias na Diocese de Dourados, ambas no dia 11 de fevereiro, data comemorativa da dedicação da Catedral diocesana: Nossa Senhora Auxiliadora, em Indápolis (Dourados) e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Antônio João.

Indápolis é um distrito do município de Dourados, nascido

como consequência da “Marcha para o Oeste”, desencadeada

por Getúlio Vargas em 1943, com o objetivo de povoar as imensas áreas devolutas do então Estado do Mato Grosso, e que resultou na fundação da “Colônia Agrícola de Dourados”. É o que lembra e atesta o monumento comemorativo localizado na rodovia que une os distritos de São Pedro com Indápolis.

A atual denominação – seu primeiro nome foi “Serraria” – é uma alusão e homenagem ao “INDA: Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário”, que pode ser considerado antecessor do “INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária”.

A paróquia que atendia a região foi criada no dia 3 de março de 1955, por Dom Orlando Chaves, bispo de Corumbá. Sua sede era a Vila São Pedro, e foi administrada, ao longo dos anos, sucessivamente por padres palotinos, seculares (espanhóis) e franciscanos.

Em março de 1977 – após a saída dos franciscanos – Dom Teodardo Leitz confi ou a comunidade paroquial aos cuidados dos padres salesianos, instalados em Indápolis desde o ano de 1955, quando ali se estabelecera o Pe. André Capelli, com o propósito de iniciar uma escola agrícola para a formação dos fi lhos dos agricultores.

Os salesianos administraram a Paróquia São Pe-dro residindo em Indápolis, o que não deixou de ferir a autoestima de parte da população, como reconhece o próprio Decreto de criação da nova paróquia, assina-do por Dom Redovino Rizzardo: «Como é do conheci-

mento geral, há 25 anos, os Religiosos Salesianos transfe-riram a sede da Pa-róquia São Pedro do distrito de São Pedro para o dis-trito de Indápolis. O fato não deixou de trazer benéfi cos

Pe. Benito

Diác. Édson

Paróquia Nossa Senhora AuxiliadoraIndápolis (Dourados)

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