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A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração Distribuição Gratuita. Venda proibida. Ano XXXVI - nº 402 - Junho/2016

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A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração

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A Palavra do Pastor 54ª Assembleia da Conferência dos Bispos do Brasil: 06 a 15 de abril de 2016!

Revista Elo - Junho/2016 - Ano XXXVI - nº 402Diretor: Pe. Marcos Roberto P. SilvaEquipe Revista Elo: Dom Henrique A. de Lima; Dom Redovino Rizzardo; Padre Jander da Silva Santos; Seminarista Éverton F. S. Manari; Estanislau N. Sanabria; Adriana dos Santos Gonçalves; Maria Giovanna Maran; Suzana Sotolani; Ozair Sanabria.Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo CaparrózPropriedade: Mitra Diocesana de DouradosTelefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911Site: www.diocesededourados.com.brContatos e sugestões: [email protected]ão: Gráfica Infante Tiragem: 17.380 exemplares

Índice

Expediente

Pe. Marcos Roberto P. [email protected]

Apresentação

Patrocinadores

Palavra de vida“Vivei em paz uns com os outros!” (Mc 9,50)

Testemunho de vidaSão Carlos Lwanga

A Palavra do PapaPapa fala sobre tipos de cristãos: múmias, errantes e teimosos

Opiniões que fazem opiniãoO mal da corrupção

Círculos bíblicos

Pergunte e responderemosCéu ou inferno, escolha de cada um!

A Diocese em revista

Vida em FamíliaOs Dez mandamentos do namoro

A Igreja em ServiçoSalve o Sagrado Coração de Jesus!

Fatos em foco

Fique por Dentro!

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O mês de junho oferece razões de sobra para ser bem saudado, vivido e festejado. Nele, são homenageados quatro santos muito queridos de todo povo católico, que são: Santo Antônio, São João Batista, São Pedro e São Paulo. Neste contexto, realiza-se, em diversos lugares, as tradicionais e prazerosas festas juninas, que nos revelam a alegria de nosso povo, além de desempenhar a solidariedade e fraternidade entre as pessoas.

A diocese de Dourados, também tem a graça de neste mês celebrar a festa do seu padroeiro, o Sagrado Coração de Jesus. A capa desta edição nos coloca neste contexto, nos convidando para este momento celebrativo.

Dom Henrique, na página “A Palavra do Pastor”, nos apresenta o tema central e alguns importantes pontos refletidos na 54° Assembleia da CNBB, realizada entre os dias 06 a 15 de abril. Ainda em termos de reflexão, na página “Palavra de vida”, o Pe. Fábio Ciardi nos leva a pensar acerca da paz, que devemos experimentar na vida de cada dia e em todos os ambientes. Não deixe de ler também a fantástica história de vida de São Carlos Lwanga, mártir destemido de Uganda.

Ainda nesta edição, temos a pertinente mensagem do Papa Francisco, que leva-nos a questionar sobre como estamos no caminho cristão: parado, errante, vagando ou diante de Jesus?

Não deixe de ver: “A Igreja é notícia”. Através desta página, você pode ficar por dentro das notícias de nossa Igreja, tendo uma visão panorâmica sobre ela, e seus acontecimentos. Leia também “Opiniões que fazem opinião”, um artigo interessantíssimo, escrito por Dom Redovino Rizzardo, sobre a eternidade que nos aguarda.

Reze, celebre e reflita junto com os círculos bíblicos, bem elaborados. “A diocese em revista” nos ajuda a ficarmos informados dos acontecimentos diocesanos. Enfim, espero que você tenha uma leitura frutuosa destas páginas apresentadas, como das demais que compõem essa edição da revista Elo .

Boa leitura e um abençoado mês de junho!

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54ª Assembleia da Conferência dos Bispos do Brasil: 06 a 15 de abril de 2016!

A Palavra do Pastor

Dom Henrique A. de Lima, CSsRBispo Diocesano

O tema central da Assembleia dos Bispos do Brasil este ano foi: “Cristãos Leigos e Leigas, Sujeitos na Igreja e na Sociedade” e o Lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt. 5,13-14).

A Assembleia dos Bispos são normalmente dez dias de trabalhos. Nela trabalha-se vários assun-tos importantes para a Igreja do Brasil, além de ouvir e acolher o relatório do Presidente da CNBB; Apro-var toda a pauta dos dez dias. Isso é claro, incluindo os horários das missas diárias, os momentos das Li-turgias das horas (Laudes, Hora Média, Vésperas e Completas) e também o retiro de um dia (uma tarde e uma manhã). Acontecem as Plenárias Reservadas aos bispos (onde ninguém da imprensa pode entrar e nem os secretários dos regionais, etc); as Comissões, o pronunciamento da Nunciatura Apostólica no Bra-sil, os estudos em grupos, também aproveitando o memento em que todos os Regionais do Brasil estão presentes, tem também momentos para duas reuni-ões, para tratarem de assuntos do seu regional.

Tudo isso toma uma manhã. Lembrando que são quase trezentos bispos, reunidos entre bispos efetivos (bispos auxiliares, bispos titulares, arcebis-pos e cardeais) e os eméritos. É toda a Igreja do Brasil representada num mesmo lugar nesses dez dias. É muito bonito. Porém, também são várias realidades de Igreja do Brasil (cultura, espiritualidade, regiões e linguagem). Para contemplar tudo isso, de um Brasil continental, não é tão simples. Mas Deus dá a graça. A obra é Dele.

Outros temas refletidos e aprovados na Assembleia foram: O subsídio Crises e Superações na política atual do Brasil. Foi bastante debatido em estudo de grupo e em assembleia, aprovado para publicação. Também foi apresentado por uma Socióloga, Dra. Sílvia, sobre a Análise Sócio Religiosa Brasileira e refletido sobre as mudanças no cenário brasileiro. As tendências e algumas interpretações acerca do Pluralismo Religioso. A força do catolicismo no Brasil é muito forte, por mais que se diz que o país está perdendo fiéis, os 60% ainda é muita gente católica. Também ouvimos a Comissão sobre a Amazônia: Região Missionária, um povo carente e abandonado pelos poderes públicos. Tivemos a Comissão sobre as Eleições Municipais, que trouxe a reflexão ligada ao tema da CFE/16: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr justiça qual riacho que não seca”. Fizemos uma boa reflexão sobre orientações para a Pastoral do Dízimo. Foi tratado sobre o InterEclesial da CEBs, que será no final de janeiro de 2018, em Londrina Paraná e o tema muito

propício: CEBs e os desafios do Mundo Urbano. Analisamos o documento Pontifício Pós Sinodal AMORIS LAETITIA: Sobre o amor na Família, do papa Francisco; um documento muito rico para várias reflexões sobre a família hoje. Foi tratado sobre os fundamentos da reforma Jurídica, que todos os bispos devem tomar conhecimento e estão ligados à questão da nulidade matrimonial. Houve também partilha de experiências pastorais das dioceses. Desta vez foram três: Arquediocese de Londrina-PR, sobre os Grupos Bíblicos de Reflexão. É uma atividade intensamente missionária; a diocese de Imperatriz no MA: fala sobre a Experiência da Formação de Leigos estimulando os Grupos de Reflexão Bíblica e a Arquediocese de Brasília, falando da experiência missionária, nas visitas pastorais do bispo diocesano de Brasília.

Quanto ao texto do tema central da Assem-bléia: Cristãos Leigos e Leigas, Sujeitos na Igreja e na sociedade, foi trabalhado várias vezes nos grupos, com mais de 200 emendas e depois aprovado pela assembleia. Traz vários capítulos como: I Capítulo: Esperanças e Angústias; II Capítulo: Sujeito Eclesial: Discípulo e Missionário e Cidadão do Mundo; II Ca-pítulo: A Ação transformadora na Igreja e no Mundo. Um documento muito amplo e rico para os trabalhos nas comunidades, fazendo cada vez mais os fiéis lei-gos entenderem o seu papel cristão, dentro da Igreja de no Mundo. Isso tornaria a vida cristã muito mais forte e presente em todos os lugares da vida.

O Documento introduz dizendo: “É com alegria e admiração que, mais uma vez, bispos pastores da Igreja de Cristo, nos dirigimos a vocês, cristãos Leigos e Leigas, agradecidos pelo testemu-nho de sua fé, pelo amor e dedicação à Igreja e pelo entusiasmo com que vocês se doam ao nosso povo e às nossas Comunidades, até ao sacrifício de si, de suas famílias e de suas atividades profissionais”. O laicato como um todo é um “verdadeiro sujeito ecle-sial” (DAP. 497ª).

Deus abençoe a todos neste mês, com tantas festividades religiosas para nos encorajar cada vez mais para a missão. Louvado seja Nosso Se-nhor Jesus Cristo: Para sempre seja Louvado!

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Palavra de Vida

“Vivei em paz uns com os outros!” (Mc 9,50)

Pe. Fábio Ciardi

Como soa bem, no meio dos conflitos que ferem a huma-nidade em tantas partes do mun-do, o convite de Jesus à paz. É algo que mantém viva a esperan-ça, pois sabemos que Ele mesmo é a paz e prometeu que nos daria a sua paz.

O Evangelho de Marcos traz essa frase de Jesus no final de uma série de máximas dirigidas aos discípulos, reunidos em casa, em Cafarnaum, com as quais Ele explica como deveria ser a sua comunidade. A conclusão é cla-ra: tudo deve conduzir à paz, na qual se encerra todo bem.

Uma paz que somos cha-mados a experimentar na vida de cada dia: na família, no tra-balho, com aqueles que pensam de modo diferente na política. Uma paz que não tem medo de se confrontar com opiniões dis-cordantes, sobre as quais precisa-mos falar abertamente, se quiser-mos uma unidade cada vez mais

verdadeira e profunda. Uma paz que, ao mesmo tempo, exige a nossa atenção para que o relacionamento de

amor nunca desapareça, porque a pessoa do

outro vale mais do

que as diversidades que possam existir entre nós.

«Onde quer que cheguem a unidade e o amor mútuo – afirma-va Chiara Lubich – chega a paz, a paz verdadeira. Porque, onde existe o amor mútuo, existe a presença de Jesus em nosso meio, e Ele é justa-mente a paz, a paz por excelência».

O seu ideal de unidade ti-nha surgido durante a Segunda Guerra Mundial, e imediatamente se revelou como antídoto a ódios e dilacerações. Desde então, dian-te de cada novo conflito, Chiara sempre propôs com persistên-cia a lógica evangélica do amor. Por exemplo, quando explodiu a guerra no Iraque em 1990, ela manifestou a amarga surpresa de ouvir «palavras que pareciam estar sepultadas, como “o inimigo”, “os inimigos”, “começam as hostilida-des”, e, depois, os boletins de guerra, os prisioneiros, as derrotas. Perce-bemos, com perplexidade, que fora ferido gravemente o princípio fun-damental do cristianismo, o “man-d a m e n t o ” por excelência de Je-sus, o mandamento

“novo”. Ao invés de se ama-

rem, ao invés de estarem prontos a

morrer um pelo outro, aí está a humanidade nova-

mente no abismo do ódio: despre-zo, torturas, assassinatos». Como sair disso? Perguntava ela. «De-

veríamos tecer, onde for possível, re-lacionamentos novos, ou aprofundar os que já existem entre nós, cristãos, e os fiéis das religiões monoteístas: os muçulmanos e os judeus», ou seja, entre aqueles que naquela oca-sião estavam em conflito.

A mesma coisa vale diante de todo tipo de conflito: tecer en-tre pessoas e povos relacionamen-tos de escuta, de ajuda mútua, de amor, diria Chiara ainda, até «estar prontos a morrer um pelo ou-tro». É preciso conter as próprias razões para entender as do outro, mesmo sabendo que nem sempre chegaremos a compreendê-lo até o fundo. Também o outro, prova-velmente, faz o mesmo em rela-ção a mim e, às vezes, quem sabe, também ele não entende a mim e os meus motivos. No entanto, queremos ficar abertos ao outro, mesmo na diversidade e na in-compreensão, salvando acima de tudo o relacionamento com ele.

O Evangelho coloca isso de modo imperativo: «Vivei em paz!». Sinal de que nos pede um empenho sério e exigente. É uma das expressões mais essenciais do amor e da misericórdia que somos chamados a ter uns para com os outros.

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São Carlos LwangaTestemunho de Vida

Na manhã do dia 28 de novembro de 2015, em sua visita à Uganda, o Papa Francisco ce-lebrou a Eucaristia em memória dos primeiros mártires do país, no Santuário de Namugongo. Num gesto de solidariedade ecu-mênica, antes da missa, o Santo Padre visitou o Santuário Angli-cano dos Mártires, já que alguns deles eram católicos e outros, an-glicanos.

No Santuário Católico, a missa foi participada por milha-res de fiéis. Em sua homilia, o Papa salientou: «Hoje recordamos, com gratidão, o sacrifício dos már-tires ugandeses, cujo testemunho de amor a Cristo e à sua Igreja chegou, justamente, até os confins do mundo. Recordamos também os mártires an-glicanos, cuja morte por Cristo tes-temunha o ecumenismo de sangue».

Tudo aconteceu no dia 3 de junho de 1886, quando 16 pajens da corte do rei Mwanga, todos menores e filhos da nobreza local, subiram a colina de Namugongo, carregando um feixe de lenha às costas. Condenados à morte por serem cristãos e por se oporem aos apelos homossexuais do rei, foram amarrados e queimados vivos numa grande fogueira. En-tre os condenados, estava Mbaga Tuzinde, filho do chefe dos carrascos. Seu pai fez o possível e o impossível para salvá-lo, mas o jo-vem não quis trair os companheiros, renegan-do à fé.

O rei Mwan-ga governava o país desde o ano anterior, demonstrando-se ferrenho inimigo da moral cristã, que lhe proibia duas ati-vidades a que costu-mava se entregar: o comércio dos escravos e a pedofilia. Desde

o seu primeiro ano de governo, passou a perseguir e a matar os cristãos. De fato, no dia 29 de ou-tubro de 1885, mandou trucidar um grupo de missionários angli-canos. Em poucos meses, as exe-cuções chegaram a uma centena.

Apesar de jovem – nascera em 1860 –, graças às suas quali-dades, Carlos Lwanga fora no-meado chefe dos pajens. Como cristão convicto, porém, não to-lerava as orgias sexuais organi-zadas por Mwanga. Além de não comparecer, protegia os demais cristãos, que não aceitavam o as-sédio do rei. E, apesar da proibi-ção, sempre encontrava um jeito de participar das catequeses e das celebrações dos missionários católicos.

Certo dia, Mwanga orde-nou que todos os pajens fossem trazidos à sua presença e orde-nou: «Todos aqueles que, dentre vo-cês, não têm intenção de rezar, fiquem aqui, ao lado do trono; os demais, os que querem rezar, reúnam-se no fun-do da sala». Carlos foi o primeiro a se dirigir para lá. Antes, porém, disse ao rei: «Sempre nos disses-te que devíamos seguir tuas ordens e nós nunca te desobedecemos. Por isso, também agora respeitaremos a tua autoridade». E pegando pela mão a um dos colegas chamado

Kizito, caminhou calmamente até o fundo da sala, no que foi seguido por outros cator-ze colegas. Travou-se, então,

este diálogo entre Mwanga e Carlos: «Vocês rezam de

verdade?». «Sim, meu senhor, nós rezamos».

«E querem continuar re-zando?». «Sim, meu se-nhor, até a morte». Ex-tremamente furioso e humilhado em seu

orgulho, o rei gritou: «Então, matem-nos!».

Rezar, tinha-se tornado sinônimo de

ser cristão, o que passara a ser proibido no reino de Buganda, região que atualmente faz parte da Uganda.

Mwanga mandou vir à sua presença um soldado que se havia tornado católico, Tiago Buzabaliawo, e lhe ofereceu o perdão se apostatasse. Tiago re-cusou-se terminantemente, e foi engrossar o cortejo dos confesso-res da fé. Foi também condenado um chefe tribal, André Kagwa, que havia aderido ao cristianismo com toda a sua família; e Matias Kalemba, juiz que, primeiramen-te se tinha tornado muçulmano, em seguida, anglicano e, por fim, católico.

Todos foram levados para o alto da colina, onde, um a um, foram queimados vivos. Senko-ole era um dos algozes, inimigo declarado de Carlos. Era ele que controlava as chamas para que não fossem muito altas e, assim, queimassem Lwanga mais lenta-mente. Foi o que ele mesmo disse a Carlos: «Estou queimando o mais lentamente possível para que o teu Deus tenha tempo de te salvar...». Lwanga lhe respondeu: «Es-tou morrendo por amor a Deus, mas fica atento, pois se não te arrepende-res, és tu que queimarás por toda a eternidade!».

Quando as chamas passa-ram a cobrir todo o seu corpo, e percebendo que lhe restavam poucos instantes de vida, Carlos gritou: «Meu Deus!». Sua morte ocorreu no dia 3 de junho, que, naquele dia, coincidia com a festa da Ascensão de Jesus ao Céu.

O grupo foi canonizado no dia 16 de outubro de 1964, pelo Papa Paulo VI. Obviamente, os anglicanos não poderiam ser ca-nonizados pela Igreja Católica, mas seus nomes foram honrados pela intrepidez de sua fé. A me-mória litúrgica dos mártires cató-licos ocorre no dia 3 de junho.

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A Palavra do Papa

Papa fala sobre tipos de cristãos:múmias, errantes e teimosos

Jesus é o caminho justo da vida cristã e é importante verificar constantemente se o estamos seguindo com coerência ou se a experiência de fé foi perdida ou interrompida ao longo do caminho. Este foi o centro da reflexão feita pelo Papa Francis-co na missa da manhã desta terça-feira, 03, na Casa Santa Marta.

A vida da fé é um caminho e ao longo dele se encontram vários tipos de cristãos. O Papa fez uma breve lista deles: cristãos-múmias, cristãos errantes, cristãos teimosos, cristãos meio-termo – aqueles que se encantam diante de um belo panorama e fi-cam parados. Gente que por uma ou outra razão se esqueceu que o único caminho justo, como recorda o Evangelho do dia, é Jesus, que confirma a Tomé: “Eu sou o caminho, quem me viu, viu o Pai”.

“Múmias espirituais”Francisco examinou cada uma destas tipolo-

gias de cristãos confusos, começando antes de tudo pelo cristão que “não caminha”, que dá a ideia de ser um pouco “embalsamado”.

“Um cristão que não caminha, que não per-corre a estrada, é um cristão um pouco ‘paganiza-do’: fica ali, parado, não vai avante na vida cristã, não faz florescer as bem-aventuranças em sua vida, não faz obras de misericórdia… É estático. Descul-pem-me a palavra, mas é como se fosse uma ‘mú-mia’, uma ‘múmia espiritual’. Parados… Não fazem mal, mas não fazem bem”.

Os teimosos e os errantesEis então que surge o cristão obstinado. Quan-

do se caminha, explicou Francisco, pode-se errar a estrada, mas isso não é o pior. Para o Papa, “a tra-gédia é ser teimosos e dizer ‘este é o caminho’ e não deixar que a voz do Senhor nos diga ‘volte atrás e retome o caminho certo’. E depois, existe a quarta categoria, a dos cristãos que caminham, mas não sa-bem para onde vão”.

“São errantes na vida cristã, vagantes. A vida deles é vagar, aqui e ali, e perdem assim a beleza de se aproximar de Jesus na vida de Jesus. Perdem o caminho porque vagam e, muitas vezes, esse va-gar, vagar errante, os levam a uma vida sem saída: o muito vagar se transforma em labirinto e depois não sabem sair. Perderam o chamado de Jesus. Não têm bússola para sair e vagam; procuram. Há ou-tros que no caminho são seduzidos por uma bele-za, por algo e param na metade do caminho, fasci-nados por aquilo que veem, por aquela ideia, por aquela proposta, por aquela paisagem … E param! A vida cristã não é um fascínio: é uma verdade! É Jesus Cristo!”.

O momento das perguntasDiante dessas reflexões Francisco disse

que podemos nos questionar. Como vai o caminho cristão que iniciei no Batismo? Está parado? Errei o caminho? Vago continuamente e não sei aonde ir espiritualmente? Paro diante das coisas que gosto: a

mundanidade, a vaidade ou vou sempre adiante, tornando concretas as Bem-a-venturanças e as Obras de misericórdia? Porque o caminho de Jesus é tão cheio de consolações, de glória e também de cru-zes. Mas sempre com paz na alma”.

“Esta é a nossa pergunta do dia, fa-çamo-la, cinco minutinhos. Como eu sou neste caminho cristão? Parado, errante, vagando, parando diante das coisas de que gosto ou diante de Jesus ‘Eu sou o caminho’? E peçamos ao Espírito Santo que nos ensine a caminhar bem, sempre! E quando nos cansarmos, façamos uma pequena pausa e avante. Peçamos esta graça”.

(Homilia do Papa na terça-feira, 3 de maio de 2016. O Sumo Pontífice levou os fiéis a se questionarem so-bre como cada um está, neste caminho cristão: parado, errante, vagando ou diante de Jesus)

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Apresentador de TV: Marcos Mion faz uma belíssima

declaração de sua fé católica

A Igreja é Notícia

Papa Francisco reza pelo Brasil neste momento

delicado, afirma Dom Orani

Papa Francisco: Sejamos como o Filho Pródigo que quer

abraçar o Pai

Síria: Bispos consolam cristãos em meio à dor

O apresentador Marcos Mion usou o Facebook para declarar sua fé católica no Domingo de páscoa. “Du-rante anos da minha vida fui somente à missa de Natal e Páscoa. Fiz o sinal da cruz somente antes do avião levan-tar e esqueci inúmeras vezes de fazer de novo ao pousar. Usava a fé e a re-

ligião de acordo com minha necessidade e comodidade. Sempre que fazia algo errado eu mesmo tratava de me perdoar e “explicar pra Deus” que tava beleza por tantas coisas boas que faço, criando uma balança onde eu era meu próprio Deus, capaz de ditar como era essa minha própria religião!!! Sempre baseada na fé, ok, em colocar a família acima de tudo e em fazer o bem, mas um pouco distante do que é realmente a religião católica. Hoje vou à missa mais de uma vez por semana, crio e educo meus filhos de acordo com os ensinamentos do menino Jesus, que contém a sabedoria de uma humanidade e rezo. Sempre. Por inúmeros motivos. Não pra me aproximar de Deus, apesar de ser inevitável, mas sim para me tor-nar mais humano. Um melhor homem. Um homem que aceita que seu destino está nas mãos de outro e que meu perdão e a forma que encaro a vida e minhas cruzes es-tão ligadas à minha fé.”

A população da cidade de Alepo, loca-lizada ao norte da Síria, é uma das que mais so-fre pelos bombardeios causados pelo enfren-tamento entre o exér-

cito sírio e os rebeldes. Em meio a esta situação, os bispos locais publicaram um comunicado para consolar e dar esperança aos habitantes, especial-mente aos cristãos. “Não deixemos que o medo e o desespero nos vençam. Nós somos os filhos da ressurreição e da esperança, nós acreditamos que estas dores não são em vão (…) seguindo o exem-plo dos Santos e mártires, entramos em comunhão com o sofrimento de Jesus, para que sejam salvos, santos e santificados pela paz na Síria e pela sal-vação de nossa cidade”, expressaram. Acrescen-taram que junto aos “nossos filhos bem-amados renovaremos a consagração da nossa cidade de Aleppo à Virgem porque “ela pediu em suas apa-rições em Fátima a consagração do mundo ao seu Imaculado Coração para obter a paz”.

“Suplicamos a intercessão da Virgem Maria ‘Rainha da Paz’ a fim de que acolha, sob sua pro-teção, a Síria e a nossa cidade de Aleppo”, con-cluíram.

O Cardeal Ar-cebispo do Rio de Janeiro, Dom Ora-ni João Tempesta, esteve na audiên-cia geral de quar-ta-feira, 4, no Va-ticano, e teve um breve diálogo com o Papa Francisco. O Prelado afirma que o Papa sabe o que está acontecendo no Brasil e a difícil situação do país no momento atual e oferece suas orações pelo povo brasileiro.

“Falei com o Santo Padre e lhe pedi para rezar pelo nosso país, o Brasil, neste momento delicado da sua vida. E o Santo Padre disse que está preocupado e reza pelo nosso país”, disse o Prelado em entrevista à Rádio Vaticano. Segundo Dom Orani, o Santo Padre está ciente do que está acontecendo e está muito unido aos brasileiros.

O Papa Francisco no último dia 11, dedicou a sua catequese durante a Audiência Geral à parábola do “Pai Misericordioso”, que faz parte do Filho Pródigo, e ex-plicou como Deus espera com os braços abertos cada pessoa e a perdoa todo o mal que possa ter feito. No Evangelho que Francisco comentou, o filho pródigo volta para a casa de seu pai, o qual, dada a sua alegria, comemora seu retorno. No entanto, seu filho mais ve-lho não entende a atitude de seu pai e o repreende.

O Papa assegurou que “a misericórdia do pai é transbordante, incondicional, e se manifesta ainda an-tes de o filho falar”, o qual sabe que se equivocou. “O abraço e o beijo de seu papai os fazem entender que sempre foi considerado filho, apesar de tudo. É impor-tante este ensinamento de Jesus: a nossa condição de filhos de Deus é fruto do amor do coração do Pai; não depende de nossos méritos ou de nossas ações, e, por-tanto, ninguém pode tirá-la, nem mesmo o diabo! Nin-guém pode nos tirar esta dignidade”, afirmou.

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Opiniões que fazem opinião

Dom Fernando Arêas RifanBispo da Administração Apostólica Pessoal

São João Maria Vianney

O mal da corrupçãoA corrupção é considerada pela ONU o

crime mais dispendioso de todos, causa de muitos outros. A corrupção propicia a ocupação de cargos por pessoas indignas, manobras políticas, compra de votos, licitações desonestas, o desvio, a malver-sação e o desperdício do dinheiro público, a impu-nidade, o tráfico de drogas, a sua veiculação nos presídios etc.

Certa vez, um rei perguntou aos seus minis-tros a causa de o dinheiro público não chegar ao seu destino como quando saiu da sua fonte. Um ministro mais velho, sentado na outra cabeceira da mesa, tomou uma grande pedra de gelo e pediu que a passassem de mão em mão até o Rei. Quando a pedra lá chegou estava bem menor. O ministro en-tão disse: é essa a explicação: “Passa por muitas mãos e sempre deixa alguma coisa”.

“Aquele que ama o ouro não estará isento de peca-do; aquele que busca a corrupção será por ela cumulado. O ouro abateu a muitos... Bem-aventurado o rico que foi achado sem mácula... Quem é esse homem para que o feli-citemos? Àquele que foi tentado pelo ouro e foi encontra-do perfeito está reservada uma glória eterna:... ele podia fazer o mal e não o fez” (Eclo 31, 5-10). São palavras de Deus para todos nós.

Ao ler o título desse artigo, pensa-se logo nos políticos. Mas há muita gente, fora da política, que se enquadra nesse título: quantos exploradores da coisa pública, quantos sugadores do Estado, que não são políticos! Aí se enquadram todos os pro-fissionais ou amadores que se corrompem pelo di-nheiro. Quem vota por dinheiro é corrupto. Quem vota apenas por emprego próprio é corrupto. Quem corre atrás dos políticos para conseguir benesses es-púrias é corrupto.

O Papa Francisco tem insistido sobre a dife-rença entre pecado e corrupção, entre o pecador e o corrupto. Segundo ele, pecadores somos todos nós, mas o corrupto é aquele que deu um passo a mais: perdeu a noção do bem e do mal. Já não tem mais o senso do pecado. Os corruptos fazem de si mesmos o único bem, o único sentido; negando-se a reconhecer a Deus, o sumo Bem, fazem para si um Deus especial: são Deus eles mesmos. O Papa lem-brou que São Pedro foi pecador, mas não corrupto, ao passo que Judas, de pecador avarento, acabou na corrupção. “Que o Senhor nos livre de escorregar neste caminho da corrupção. Pecadores sim, corruptos, não.” (Homilia, 4/6/2013).

A Igreja proclamou padroeiro dos Governan-tes e dos Políticos São Tomás More, “o homem que não vendeu sua alma”, exatamente porque soube ser coerente com os princípios morais e cristãos até ao martírio. Advogado, Lorde Chanceler do Reino da Inglaterra, preferiu perder o cargo com todas as suas regalias e a própria vida a trair sua consciência.

No atual clima de corrupção e venalidade que invadiu o sistema social, político, eleitoral e gover-namental, possa o exemplo de Santo Tomás More ensinar aos políticos, atuais e futuros, e a todos nós, que o homem não pode se separar de Deus, nem a política da moral, e que a consciência não se vende por nenhum preço, mesmo que isto nos custe caro e até a própria vida.

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Círculos Bíblicos

Acolhida: Preparar o crucifixo, a Bíblia, algumas fotos e objetos que façam pensar nos idosos, pre-sos e doentes.

Animador/a: Irmãos e irmãs se-jam todos bem-vindos ao nosso encontro. Mais uma vez podemos partilhar a vida de comunidade e crescermos juntos, alimenta-dos pela sabedoria da Palavra de Deus, que acresce a nossa fé. In-voquemos a Trindade Santa, can-tando: Em nome do Pai...

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: Continuamos nossa caminhada de reflexão e de comu-nhão com toda a Igreja Católica, que vive o Ano Santo da Miseri-córdia. Queremos vivenciar mais alguns momentos de aprofunda-mento sobre as Obras de Miseri-córdia Corporais, assim como co-meçamos a fazer no mês passado.

Leitor/a 1: Hoje queremos com-preender melhor o valor da visita aos doentes, às pessoas idosas e aos presos.

Leitor/a 2: Rezemos com o Salmo 41

Todos: Ó Senhor, nosso Deus, eterno é o seu amor!Homens: Feliz quem cuida do fraco e do indigente: o Senhor o salva no dia infeliz.Mulheres: O Senhor o guarda e o mantém vivo, para que seja feliz na terra, e não o entrega à vonta-de dos seus inimigos.Homens: O Senhor o sustenta no leito de dor, afofa a cama em que ele definha.

Canto: Cristo, quero ser instru-mento/ de tua paz e do teu infi-nito amor./ Onde houver ódio e rancor,/ que eu leve a concórdia,

que eu leve o amor! Onde há ofensa que dói,/ que eu leve o perdão/ Onde houver a discórdia, que eu leve a união e tua paz! Onde encontrar um irmão/ a cho-rar de tristeza, sem ter voz e nem vez./ Quero bem no seu coração/ semear alegria, pra florir gratidão!

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: O amor a Deus não se reduz a um sentimento, mas nos leva a obras que o manifestem, as-sim também o nosso amor ao pró-ximo deve ser um amor eficaz. É o que nos diz S. João: “Não amemos com palavras e com a língua, mas com obras e de verdade” (1 Jo 3,18).Canto: É como a chuva que lava...

Leitor/a 3: Proclamação do Evan-gelho de Jesus Cristo segundo Mt 25,31-40

Leitor/a 1: Jesus Cristo ao falar do Juízo, declarou: “Vinde benditos de meu Pai… estava doente, e cui-daram de mim; eu estava na pri-são, e vocês foram me visitar…”.

Leitor/a 2: Maria, mesmo grávida, andou quilômetros para ajudar e pôr-se a serviço da idosa Isabel, sua prima, grávida de seis meses. A obra de misericórdia: assistir aos doentes começa na família, quando se lida com doenças pro-longadas e, às vezes irreversíveis.

Leitor/a 3: Trata-se também de um trabalho voluntário em hos-pitais, asilos, e casas de recupera-

ção terapêutica. Estende-se a uma pastoral que visite e acompanhe aqueles que vivem a dor de sua enfermidade, na solidão e no es-quecimento.

PARTILHANDO A PALAVRAAnimador/a: Ficará à direita de Deus, no grupo dos bem-aventu-rados, aquele que visitou os que estavam na prisão (Mt 25, 36).Nossa diocese tem uma pastoral carcerária efetiva e dinâmica. A obra de misericórdia “socorrer os prisioneiros”, também se es-tende ao socorro às famílias dos presidiários(as); ajudando-as ma-terialmente e a superarem os pre-conceitos.a) Já visitei alguma vez alguma pessoa idosa, ou doente, ou presa mesmo que não fosse parente?b) Quais sentimentos passaram em teu coração ao visitar estas pessoas?c) Como se sentiu a pessoa que você visitou?

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: Peçamos a Deus uma caridade vigilante, porque, para se conseguir a salvação é necessário reconhecer Cristo, que sai ao nosso encontro através dos irmãos, todos os dias: na família, no trabalho, na rua.

ASSUMINDO A PALAVRAd) Nesta semana façamos o pro-pósito de visitar uma pessoa ido-sa, doente ou, se for possível, nos agregar aos membros da Pastoral Carcerária.

BÊNÇÃO FINALAnimador/a: Pela intercessão de Nossa Senhora, a nova Eva, mãe de todas as criaturas, peçamos que nos abençoe, nosso Deus mi-sericordioso. Pai... Canto final a Nossa Senhora

1º EncontroVisitar os doentes, idosos e os presos

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2º EncontroSolidarizar-se com as famílias enlutadas

Círculos Bíblicos

Acolhida: Preparar ambiente com altar da Palavra. Se possível colocar uma imagem da Sagrada Família.

Animador/a: Irmãos, sejam todos bem vindos a este nosso encontro semanal. Dando continuidade às reflexões a respeito da Misericór-dia que vem de Deus, queremos exercitar a prática da misericórdia entre nós. Para iniciar, vamos nos acolher com um abraço de paz, cantando... Canto: Bênção sobre bênção...

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: Na nossa vida, mui-tos são os momentos em que pre-cisamos nos apoiar na Misericór-dia de Deus. Nesses momentos, o apoio dos irmãos materializa e personaliza essa Misericórdia. Um desses momentos, talvez um dos mais difíceis, é a experiência da morte entre nossos familiares.

Leitor/a 1: O próprio Jesus viveu essa experiência, ao se emocionar diante da morte do seu amigo Lá-zaro. O diálogo com Marta e Ma-ria, nos apresenta, talvez, um dos únicos caminhos que nos conforta nesses momentos difíceis.

Leitor/a 2: Jesus não se omitiu diante da dor da morte de pessoas queridas e soube, como ninguém, confortar, compreender, respeitar o momento de dor e, com pala-vras e sentimentos reacender a esperança no coração dos que sofrem. Repitamos juntos, as palavras de Jesus para Marta e Maria:

Todos: “Eu sou a ressurrei-ção e a vida. Aquele que crê em Mim, ainda que este-ja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em Mim, jamais morrerá” (João 11, 25-26).

Canto: Segura na mão de Deus...

ORAÇÃO INICIALAnimador/a: Rezemos o Salmo 129, respondendo com fé e convicção:Todos: No Senhor está a Miseri-córdia e n’Ele se encontra Copiosa Redenção.Leitor/a 1: Salmo 129, 1-2Leitor/a 2: Salmo 129, 3-4Leitor/a 3: Salmo 129, 5-6Leitor/a 4: Salmo 129, 7-8Canto: Kyrie Eleyson.

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: São Paulo ao escrever aos Romanos nos orienta, de for-ma clara e objetiva, como devemos nos tratar como irmãos. Partilhar o amor vai além de conceitos e teo-rias; faz-se necessária uma vivência concreta, sincera e só assim sere-mos verdadeiramente cristãos.

Canto: A Vossa Palavra Senhor, é sinal de interesse por nós...

Leitor/a 1: Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 12, 9-15 Animador/a: Confortar aqueles que choram a morte de alguém, não é tarefa fácil. É preciso agir como São Paulo nos orienta: “cho-rar com os que choram”. A Fé é a for-ça que nos sustenta e nos capacita para dizer palavras de conforto nesses momentos.

PARTILHANDO A PALAVRALeitor/a 1: Certamente todos nós aqui presentes, já vivemos essa experiência e já sentimos, cada um do seu jeito, a deso-lação de despedir-se definitiva-mente de alguém.

Leitor/a 2: O vazio provoca-do pela morte de alguém querido só é preenchido pela Fé. Certamente te-mos também essa expe-

riência.

a) Como continuar a vida nesta terra, se não acreditarmos na vida eterna?

Leitor/a 3: Devemos aproveitar es-sas experiências de dor, para nos lembrar de que é preciso viver na expectativa de que um dia será a nossa vez. E buscar nas palavras, que hoje usamos para consolar al-guém que sofre, o nosso próprio consolo.

Animador/a: Todos somos necessi-tados de amparo nesses momentos. A comunidade Igreja é chamada a viver a Misericórdia, sobretudo nestas horas de dor. Neste ano, lembremo-nos que a solidariedade com as famílias enlutadas é uma das Obras de Misericórdia que de-vemos praticar.

b) Como a nossa comunidade cui-da e atende as famílias que passam por esta dor?

Canto: Verdades do Tempo (Tiago Brado)

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: Rezemos todos juntos e unidos à Santa Mãe Igreja, a Ora-ção do Ano Santo da Misericórdia. (providenciar para que todos tenham a Oração)

ASSUMINDO A PALAVRAAnimador/a: Irmãos, façamos um propósito, a partir deste encontro, para que sejamos mais atentos e cuidadosos com a dor dos irmãos, provocada por tantas injustiças e por tanto desamor. Especialmente, estejamos sempre prontos a confor-tar e consolar aqueles que sofrem a dor da separação definitiva, forta-lecendo a Fé e a Esperança na vida eterna.

BÊNÇÃO FINAL

Canto Final e abraço da paz.

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3º EncontroO respeito pelo diferente

Círculos Bíblicos

Acolhida: Colocar sobre o altar um Crucifixo, flores, e ao menos uma imagem de um dos santos popula-res deste mês.

Animador/a: No seu discurso na última Ceia, Jesus prometeu a seus discípulos que na casa Pai há mui-tas moradas. E que se não fosse as-sim, ele os teria dito, pois iria pre-parar-vos um lugar (Jo 14, 2-3).

Leitor/a 1: Falando dessa forma, Je-sus reconhece a identidade pessoal e individual de cada um de seus discípulos. Relaciona-se com eles a partir de suas diferenças e dignifi-ca a diversidade. Por isso, promete preparar diversas moradas.

Leitor/a 2: O tema do nosso encon-tro de hoje, “o respeito pelo dife-rente” é bastante sugestivo, porque fará com que o nosso agir seja crite-rioso à semelhança das atitudes de Jesus, que não faz diferença entre as pessoas, mas nos quer a todos e tem um lugar especial para cada um.

Animador/a: Coloquemos nossa vida sob o olhar e a proteção de Deus, cantando o sinal da Santís-sima Trindade. Em nome do Pai...Canto: Me chamaste para caminhar na vida contigo. Decidi...

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: O céu não é um lugar onde perdemos a identidade, amo-res e personalidade. Pois a ressur-reição de Jesus é geradora de novas e inimagináveis possibilidades.

ORAÇÃO INICIAL Todos: Vinde, Espírito Santo! Enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito, e tudo será criado, e re-novareis a face da terra. Oremos: Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apre-ciemos retamente todas as coisas

segundo o mesmo Espírito e go-zemos sempre da Sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: Na reflexão de hoje, conforme nos coloca São Tiago, perceberemos que uma fé amadu-recida, não faz discriminação de pessoas, mas acolhe a todos como irmãos e filhos do mesmo Pai. Aclamemos a Palavra cantando.

Canto: Pela palavra de Deus sabe-remos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar.Cristo me chama, ele é Pastor, sabe meu nome: Fala, Senhor!

Leitor/a 1: Leitura da Carta de São Tiago 2, 1-9.

PARTILHANDO A PALAVRA a) Em nossa pequena comunidade todos são valorizados com a mes-ma dignidade?b) Em que momento começa existir entre nós a discriminação de pes-soas?

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: O favoritismo que promove a diferença entre as pes-soas, é contrário à fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, porque dessa forma a comunidade perde o seu verdadeiro sentido.

Leitor/a 2: O Papa Francisco na homilia da Santa Missa dos bis-pos, padres e religiosos na Jornada

Mundial da Juventude, Rio 2013, disse que somos chamados por Deus, com nome e sobrenome.

ASSUMINDO A PALAVRAc) Que compromisso poderemos assumir nesta semana para com aqueles que estão à margem?Canto à escolha.

ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINALORAÇÃO DAS PEQUENAS COMUNIDADES

Lado A: FICAI CONOSCO, SE-NHOR, para que vos possamos re-conhecer na Palavra que partilha-mos, nos irmãos que socorremos, na Eucaristia que celebramos e na Oração que vivenciamos.Lado B: FICAI CONOSCO, SE-NHOR, quando as dificuldades nos apavoram, o caminho nos cansa, a dúvida nos ameaça e o sofrimen-to nos paralisa. Fazei que, nesses momentos, não nos afastemos da Comunidade, pois é nela que vos encontramos vivo e ressuscitado.

Lado A: FICAI CONOSCO, SE-NHOR, para que nos empenhemos na construção de comunidades fra-ternas e solidárias, abertas às neces-sidades de todos, principalmente dos que jazem à beira da Igreja e da solidariedade.Lado B: FICAI CONOSCO, SE-NHOR, para que a alegria de vos conhecer e a graça de vos seguir nos transformem em Discípulos Missionários, comprometidos com a promoção da Paz e da Justiça nos ambientes que frequentamos.

Todos: FICAI CONOSCO, SENHOR, para que façamos nossa a missão que vos levou a vir até nós, pelo “Sim” de Maria: Reunir os filhos de Deus dis-persos, para que todos tenham Vida em abundância. Amém!

Animador/a: Abençoe-nos Deus, Pai, Filho e Espírito Santo... Canto à escolha.

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Círculos Bíblicos

4º EncontroDar preferência aos pequeninos

Acolhida: Preparar o ambiente com Bíblia, vela e flores.

Animador/a: Irmãos e Irmãs, se-jam bem-vindos/as! Reunidos, como comunidade, vamos cami-nhar com Jesus Cristo e percorrer juntos o caminho do amor, da solidariedade e da justiça. Jesus misericordioso nos aponta um caminho de vida e vida em abun-dância. Invoquemos a Santíssima Trindade dizendo juntos:Todos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Canto: Onde reina o amor, fra-terno amor. Onde reina o amor, Deus aí está.

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: A realidade em que vivemos revela muita dor e muito sofrimento pelo qual passa a hu-manidade. Quem se sensibiliza? Quem escuta estes clamores? Je-sus viu a realidade do povo. Ele sentiu sua dor e teve compaixão. “Para ficar verdadeiramente parecido com o Mestre, é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: “Amem-se uns aos outros, como eu vos amei”. (Jo 15,12) (DA 138)

Todos: Entre nós está e não O co-nhecemos, entre nós está e nós O desprezamos. (bis)

ORAÇÃO INICIALLeitor/a 1: Não há limites para o amor e para a prática da miseri-córdia. Recordar o que o Senhor tem feito por nós e faz de nós continuamente, ajuda-nos tam-bém a fazer o mesmo. Olhar o irmão que sofre e perceber sua dor é compreender a bondade e misericórdia do Pai. “Os discípu-los de Jesus jamais devem esquecer-se de onde foram escolhidos, ou seja, do

meio do povo, e jamais devem cair na tentação de assumir atitudes de distanciamento, como se aquilo que o povo pensa e vive não lhes dissesse respeito e não lhes fosse importante.” (Papa Francisco)

Leitor/a 2: “As pessoas te pesam? Não as carregues nos ombros. Leva-as no coração”. (Dom Hélder Câmara)

Todos: Ó Cristo, fonte de mise-ricórdia, concedei-nos o Espírito Santo, para que possamos reco-nhecer em Deus o Pai amoroso e entendermos seus critérios de jus-tiça e, com isso, podermos servir aos irmãos com liberdade e amor.

Canto: Tu és a razão da jornada, tu és minha estrada, meu guia e meu fim! No grito que vem do teu povo, te escuto de novo, cha-mando por mim.

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: Para que possamos saborear a Palavra, abramos os nossos ouvidos e o nosso coração para escutarmos o Mestre.

Canto de aclamação: à escolha

Leitor/a 1: Proclamação do evan-gelho de Jesus Cristo segundo Lucas 7,18-23

a) O que o texto nos diz?b) Hoje como a Boa Notícia, o Evangelho, é anunciado aos nos-sos irmãos na comunidade?

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: João Batista já anun-ciava a vinda do Reino de Deus, concretizado em Jesus Cristo. Embora tivessem maneiras dife-rentes de anunciar, os dois fala-vam do mesmo Deus, alimentan-do a esperança num tempo novo, mesmo diante das provações.

Leitor/a 2: Jesus faz a sua opção pelos mais pequeninos, por aque-les que não têm ninguém, estão abandonados, sem esperança, in-visíveis para os outros. E por esta opção Ele sofre junto com a falta de compreensão, de sensibilida-de, de solidariedade e de amor. “Feliz é aquele que não se escandali-za por causa de mim!” (Lc 7,23)

Todos: Senhor, que dissestes aos discípulos: “O maior no Reino é aquele que serve os seus irmãos” e nos servistes dando vossa vida, fazei que aprendendo de vós, pos-samos crescer na consciência de que, o verdadeiro sentido da vida, consiste em que ela seja gasta a serviço dos irmãos.Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai

ASSUMINDO A PALAVRAc) Neste Ano da Misericórdia, o que podemos fazer, como gesto concreto, para levarmos a alegria do Evangelho aos que estão afas-tados da comunidade, aos enfer-mos, aos idosos e outros necessi-tados?

BÊNÇÃO FINALAnimador/a: Com alegria, encerra-mos este momento de oração, par-tilha e reflexão, à luz da palavra de Deus. Glorifiquemos a Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.Todos: Amém!

Canto à escolhaAbraço da Paz

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Pergunte e Responderemos

Dom Redovino Rizzardo, csBispo Emérito

Céu ou inferno, escolha de cada um!

Envie sua pergunta para: [email protected]

Sou Elizabete Carvalho. Tenho 82 anos... Por estar na reta final de minha existência, fale-me do que se encontra após a morte: céu e inferno!

Estimada Elizabete, a sua pergunta me fez lem-brar as homilias que, na Idade Média (mas não só na-quela época!), muitos pregadores – alguns deles inclu-sive canonizados pela Igreja – faziam ao povo, demo-rando-se horas a fio na tentativa de descobrir se a maior parte dos que morrem vai para o céu ou para o inferno... Infelizmente, pela “teologia do medo” que então vigo-rava em muitos ambientes eclesiais, a resposta era qua-se sempre a mesma: a maioria vai para o inferno!

Dentre os argumentos a que se recorria para “provar” o que se ensinava, alguns eram bíblicos. Dizia--se que o próprio Jesus pensava assim, pois está escrito: «Entrem pela porta estreita, porque é largo e espaçoso o ca-minho que leva à perdição. E são muitos os que tomam esse caminho. Como é estreita a porta e apertado o caminho leva para a vida. E são poucos os que o encontram» (Mt 7, 13-14). Esque-cia-se, porém, que Jesus também dissera: «Na casa do meu Pai há muitas moradas. Vou preparar um lugar para vocês» (Jo 14,2). Outro argumento era encontrado no Apocalipse: «Ouvi o número dos que receberam a marca: 144.000, de todas as tribos de Israel». Contudo, alguns versículos mais adiante descortinavam um horizonte in-finitamente vasto: «Depois disso, vi uma enorme multidão, que ninguém podia contar – gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé, diante do Cordeiro» (7, 4.9).

Mas, mesmo sem recorrer a estes ou a outros textos bíblicos, só o fato de pensar que somos a obra--prima de Deus, impossível de ser por Ele abandonada; que Ele enviou seu Filho não para condenar o mundo, mas para salvá-lo; e que esta redenção custou um so-frimento inaudito não só a Jesus, mas (humanamente falando) a toda a Trindade, penso que seria um fracasso para Deus se a maioria de seus filhos queridos acabasse no caldeirão de satanás...

Respondendo, agora, à sua pergunta, Elizabete, começo por lembrar que Deus nos criou para a felicida-de. É por isso que, em tudo o que fazemos e buscamos, o que queremos é ser felizes. O Paraíso, ou seja, Deus, é a realização plena dessa tão sonhada felicidade. Foi o que disse Santo Agostinho, no início da era cristã: «Senhor, fizestes o nosso coração para vós, e ele anda inquieto até não descansar em vós». A felicidade é a satisfação de nossas aspirações e necessidades mais profundas, o que aqui na terra é impossível. A experiência que o diga! Temos

momentos de alegria quando nos sentimos realizados. Nesse sentido, devemos afirmar que o Céu, o encontro com Deus, é a realização plena do ser humano. Já aqui na terra, quanto mais abertos para Deus estivermos, mais construímos em nós e na sociedade algo do que encontraremos no Paraíso.

Como sempre fazemos, vejamos o que, a esse respeito, fala o “Catecismo da Igreja Católica”. Por essa vez, trago a proclamação do Paraíso como dogma de fé, feita pelo Papa Bento XII, a 29 de janeiro de 1336: «Com nossa autoridade apostólica, definimos que, segundo a dispo-sição geral de Deus, as almas de todos os santos mortos antes da Paixão de Cristo e de todos os outros fiéis mortos depois de receberem o santo Batismo de Cristo, antes mesmo da res-surreição em seus corpos e do juízo geral, estiveram, estão e estarão no paraíso celeste com Cristo, admitidos na sociedade dos santos anjos. Desde a paixão e a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, viram e veem a essência divina com uma visão intuitiva, face a face, sem a mediação de nenhuma criatura».

Com palavras mais sim-ples, São Paulo escreveu: «O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração humano não alcançou, isso Deus preparou para aqueles que o amam» (1Cor 2,9). E isso ele dizia por experiência própria: «Conheço um homem que, há quatorze anos, foi arre-batado ao terceiro céu. E lá ouviu palavras inefáveis, que nenhum ser humano pode pronunciar» (2Cor 12, 2.4).

Para falar do inferno, dou a palavra ao Papa São João Paulo II, que assim se pronunciou na audiência geral do dia 28 de julho de 1999: «As imagens com que a Sagrada Escritura nos apresenta o inferno devem ser in-terpretadas de maneira correta. Elas indicam a completa frustração e o vazio de uma vida sem Deus. O inferno está a indicar, mais do que um lugar, a situação em que vai se en-contrar quem, de maneira livre e definitiva se afasta de Deus, fonte de vida e de alegria. A “perdição” não deve, porém, ser atribuída à iniciativa de Deus, pois, no seu amor misericor-dioso, Ele não pode querer senão a salvação dos seres por Ele criados. Na realidade, é a criatura que se fecha ao seu amor. A “perdição” consiste precisamente no definitivo afastamento de Deus, livremente escolhido pelo ser hu-mano e confirmado com a morte, que sela para sempre aquela opção. A sentença de Deus ratifica este estado...».

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Namoro é uma fase muito bonita. É de-finida como o ato de galantear, cortejar, procurar inspirar amor a alguém. O namoro cristão, tenha a idade que tiver, deve ser uma convivência afe-tiva preliminar que amadurece e prepara o casal para o compromisso mais profundo. O contrá-rio disso, longe dos princípios de Deus, pode re-sultar em uma experiência nociva e traumática. Observe alguns princípios que ajudam a manter o seu namoro dentro do ponto de vista de Deus.

1. Não namore por lazer: namoro não é passa-tempo e o cristão consciente deve encarar o namoro como uma etapa importante e básica para um rela-cionamento duradouro e feliz. Casamentos sólidos decorrem de namoros bem ajustados.

2. Não se prenda em um jugo desigual (II Co 6:14-18): iniciar um namoro com alguém que não tem temor a Deus e não é uma nova criatura pode resultar em um casamento equivocado.

3. Imponha limites no relacionamento: o na-moro moderno, segundo o ponto de vista dos in-crédulos, está deformado e nele intimidade sexual ou práticas que levam a uma intimidade cada vez maior são normais, mas o namoro do cristão não deve ser assim, o que nos leva ao próximo manda-mento.

4. Diga não ao sexo: Deus criou o sexo para ser praticado entre duas pessoas que se amam e têm entre si um compromisso permanente. É uma bênção para ser desfrutada plenamente dentro do casamento; fora dele é impureza.

5. Promova o diálogo e a comunicação: con-versar é essencial, estabeleça uma comunicação constante, franca e direta e não evite conversar so-bre qualquer assunto.

6. Cultive o romantismo: a convivência a dois deve ser marcada por gentileza, cordialidade e ro-mantismo. Isso não é cafona, nem é coisa do passa-do e traz brilho ao relacionamento.

7. Mantenha a dignidade e o respeito: o na-moro equilibrado tem um tratamento recíproco de dignidade, respeito e valorização. O respeito é im-prescindível para um compromisso respeitoso e du-radouro. Desrespeito é falta de amor.

8. Pratique a fidelidade: infidelidade no na-moro leva à infidelidade no casamento. Fidelidade é elemento imprescindível em qualquer tipo de re-lacionamento coerente à vontade de Deus, que abo-mina a leviandade.

9. Assuma publicamente seu relacionamento: uma pessoa madura e coerente com a vontade de Deus não precisa e nem deve lutar contra seus sen-timentos ou escondê-los.

10. Forme um triângulo amoroso: namoro realmente cristão só é bom a três: o casal e Deus. Ele deve ser o centro e o objetivo do namoro.

Deixe Deus orientar e consolidar seu namoro. Viva integralmente as bênçãos que Deus tem para você através do namoro. E seja feliz.

Texto retirado do site www.cancaonova.com

Vida em família

Os Dez mandamentos do namoro

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O Apostolado da Oração, foi fundado por jovens franceses no século XIX, em um período his-tórico marcado pelo colapso de impérios como o da Espanha, China e o da própria França e seus aliados nas Guerras Napoleônicas. Em meio a esta situação conturbadora, eis que estes jovens, sempre guiados por um sacerdote, iniciaram orações e súplicas ao Coração de Jesus, rezando pela Igreja, pelo mundo e pelas pessoas que mais precisavam.

Da França, o Apostolado da Oração se multi-plicou pelo mundo inteiro e no Brasil, O Apostola-do da Oração, com seu primeiro grupo, foi fundado em 30 de junho de 1867 no Recife (PE), na Igreja de Santa Cruz, onde atuavam os padres Jesuítas. Em Dourados, a primeira reunião do Apostolado da Oração foi no ano de 1930, quando a Paróquia Ima-culada Conceição (criada em 1935) ainda era uma capela, pequena e rústica, uma casa de madeira. Fa-ziam parte, senhoras (em sua maioria), fervorosas na oração. O trabalho desenvolvido naquela época – e ainda hoje – tanto espiritual como material, era reconhecido por todos.

Como missão, o Apostolado da Oração, con-forme o próprio nome diz, são fiéis que rezam: o Oferecimento Diário, onde se unem ao Sacrifício Eucarístico, uma força viva da Igreja, associando a vida, à vida e ao Coração de Cristo. Realizam visi-ta aos doentes, rezam pelo papa e pelo clero, pelas famílias, vocações e praticam obras de caridade. To-dos os membros usam uma fita vermelha, sinal de pertença do Apostolado da Oração. A cor vermelha da fita, lembra o sangue e o amor ao Coração de Jesus. Os santos patronos do Apostolado da Ora-ção são: São Francisco Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus. As ferramentas indispensáveis para a vida dos núcleos são: Manual do Coração de Jesus, revista mensal ‘O Mensageiro’ e os Bilhetes Men-sais com a intenção do Papa. O Tesouro Espiritual: Missa, Comunhão, Terço, Visita ao Santíssimo, Atos de Caridade e Sacrifício. O estatuto, recorda que os associados se encontrem mensalmente para uma reunião, para uma Hora Santa (normalmente 1ª sex-ta do mês), Adoração ao Santíssimo e para a Santa Missa. Na Catedral de Dourados, toda sexta-feira o Apostolado da Oração, participa da Santa missa às 15hs, a mesma é transmitida pela Rádio Coração, lembrando uma das promessas que o Coração de Jesus deixou à Santa Margarida Maria Alacoque: “A todos os que comungarem, nas primeiras sextas-fei-

ras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”. Em sua estrutura, o Apostolado da Oração é composto por um diretor espiritual (Atualmente, Padre Alex Dias, Pároco da Paróquia São Francisco de Dourados), uma coordenação diocesana, uma foranial e uma paroquial, com presidente, tesoureiro e secretário. O apoio dos sacerdotes é fundamental para a ca-minhada do Apostolado da Oração. Foram direto-res espirituais nesta Diocese: Padre Duvílio (que hoje reside no RS), Padre Amaury (que hoje resi-de em Brasília) e o Frei Éterson Terce, (in memo-riam). Dom Redovino, nosso bispo emérito, sempre apoiou o Apostolado da Oração. Neste ano a festa do Coração de Jesus será no dia 03/06, sexta-feira, mas a festa comemorada pela diocese, na Vila são Pedro, acontecerá no domingo dia 05/06, quando nos encontraremos pela primeira vez, como Movi-mento, com nosso bispo Dom Henrique.

Seja você também um associado do Aposto-lado da Oração. Para isto basta saber rezar, ter von-tade de amar os irmãos e buscar cada dia ter um coração humilde, como é o Coração de Jesus.

Sagrado Coração de Jesus! Nós temos con-fiança em Vós.

Jesus, Manso e humilde de Coração, fazei o nosso coração se-melhante ao Vosso.

A cor vermelha lembra o sangue e o amor ao Coração de Jesus.

Salve o Sagrado Coração de Jesus!

Gabriel [email protected]

Apresentador do programa Sintonia da Paz na Rádio Coração 95,7 FM aos sábados, 13h.

A Igreja em serviço

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A Diocese em Revista

05 de junho de 2016Santuário Diocesano N. Sra. Aparcida - Vila São Pedro - Dourados - MS

7:00 - Início das confissões7:30 - Recepção dos romeiros no Santuário (Pe. Alex Dias)9:00 - Acolhida da imagem (Apostolado da Oração)10:00 - Celebração da Santa Missa (Presidida por Dom Henrique)12:00 - Coroação

ProgramaçãoDourados, 21 de abril: Missa em Ação de Graças ao aniversário Presbiteral de Padre Alex Gonçalves Dias.

A Pastoral Familiar e a Catequese da Catedral vêm aproximando a Igreja das famílias dos cate-quizandos, por meio do trabalho que começou em 2014, através de visitas dos casais da Pastoral Fami-liar feitas nas residências, para acolher e aproximar--se dos fiéis e procurar inseri-los efetivamente na comunidade paroquial.

Neste ano de 2016, em algumas visitas aos pais dos catequizando, percebeu-se a eficácia da “Igreja em saída”, acolhedora e missionária; três casais visi-tados entraram numa das “Pequenas Comunidades de Casais”, e estão também atuando na Pastoral da Acolhida. Cada visita realizada nas famílias é uma alegria para ambas as partes. Expressões como esta, da família que iniciou sua participação na Igreja: “Eu era a ovelha perdida e hoje fui resgatada pelo Senhor” (Patricia/ Rubens), é motivo de festa, e con-firmação de que a Igreja vive um tempo novo.

Pequena Comunidade de Casais

Dourados, 23 de abril: Retiro de

Aprofundamento para Casais, no

Santuário Padre Pio.

Dourados, 23 de abril: Missa na comunidade Nossa Senhora de Guadalupe, na Aldeia Bororó.

Dourados, 23 de abril: Crisma na Paróquia Nossa

Senhora de Fátima.

Dourados, 23 de abril: Troca de Comando da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada.

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A Diocese em Revista

Douradina, 1º de maio: Investidura de Novos Coroinhas, Clarissas e Acolitos, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida.

Dourados, 29 e 30 de abril: Formação de Liturgia com Pe. Wilson Cardoso de Sá.

Dourados, 7 de maio: 1º Encontro de Musica Internacional, na Catedral Imaculada Conceição.

Dourados, 6 de maio: Chá bingo em comemoração ao dia das Mães, na Paróquia São Carlos.

Dourados, 7 de maio: Jantar

das Mães, no Seminário

Sagrado Coração de Jesus.

Dourados, 7 de maio: Crisma

na Comunidade São Marcos da

Paróquia Nossa Senhora de Fátima.

Dourados, 1º de maio: Missa de encerramento

do Encontro Vocacional, na

chácara São João Maria Vianney.

Dourados, 1º de maio: Missa

Solene do Padroeiro da Paróquia São

José Operário.

Nova Andradina, 8 de maio: 25 anos de Fundação da Comunidade Betel.

Dourados, 1º de maio: Missa na Toca de Assis.

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Fatos em foco

Dourados, 08 de maio: Crisma na Paróquia Santa Teresinha.

Dourados, 12 de maio: Terço

Luminoso na Paróquia São

Pedro, Vila São Pedro.

Campo Grande, 12 de maio:

Aniversário do Padre Adriano

Stevanelli, Seminário

Maior.

Dourados, 9 de maio: Oração no Ministério Publico Estadual.

Campo Grande, 12 de maio: Missa do Tríduo da Padroeira do Seminário Maior Maria Mãe da Igreja.

Dourados, 12 de maio: Terço Luminoso em homenagem a Nossa Senhora de Fátima, na Paróquia Santo André.

Dourados, 13 de maio: Novena de

Pentecostes, na Paróquia São

Carlos.

Dourados, 14 de maio: Formação

da CEB`S Diocesanas, na Paróquia Santo

André.

Dourados, 14 de maio: Momento de Espiritualidade e Chá Bingo para as Mulheres, no Santuário Padre Pio.

Dourados, 15 de maio: Celebração de Pentecostes, na Paróquia São Francisco.

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Datas Significativas

Agenda Diocesana - Junho

AniversariantesReligiosos/as Padres e Diáconos

Fique por dentro!

Nascimento01. Diác. Arcizo Carlos de Souza05. Pe. Arildo Chaves Nantes (Betel)05. Pe. Antônio de P. de Souza (mipk)18. Pe. Fábio Casado Dias23. Pe. Pedro Alves Mendes28. Pe. Valdeci Aparecido Gaias29. Pe. Paulo do N. Souza (cssr)

Ordenação13. Pe. Flávio Silveira de Alencar15. Fr. José Sérgio S. de Oliveira (ofm)18. Pe. Otair Nicoletti20. Pe. Teodoro Benitez21. Pe. John Henessy (cssr)27. Diác. Mário Eduardo A. Binote28. Pe. Eduardo C. Alfonso (ive)

Nascimento01. Ir. Maria Cláudia de Jesus Hóstia (osc)06. Ir. Jovita Margarida Sauthier (isj)11. Ir. Rosângela A. do Nascimento 11/06 (mps)15. Ir. Antônio Martins Teles 15/06 (Marista)16. Ir. Laiza Rocha do Amaral (icmes)16. Ir. Olga Angelina Deito (isj)16. Ir. Cristina Souza Silva (sjs)17. Adriana Mary de Oliveira (Betel)29. Ir. Maria Pierina Comim (mesc)

Profissão dos Votos03. Ir. Maria de Fátima da Santíssima Trindade (osc)20. Ir. Lúcia Selli (mesc)26. Ir. Maria Isabela Vasconcelo da Silva (sjs)

03 – Missa do Sagrado Coração de Jesus, Padroeiro da Diocese de Dourados

05 - Romaria Diocesana do Sagrado Coração de Jesus, na Vila São Pedro

06 - Festa Junina da Vida Religiosa Consagrada e formandos, no Vila São Pedro

07 a 09 - Encontro para Secretárias e demais funcionários da Mitra e das Casas Paroquiais, no IPAD

10 a 12 - Encontro do Caminho Neocate-cumenal, no IPAD

17 e 18 - Escola Catequética Diocesana, no IPAD24 e 25 - Formação Litúrgica para leigos, no IPAD26 - Formação para Ministros Atuantes na Forania

Oeste/Dourados, no IPAD

03 - Sagrado Coração de Jesus, Padroeiro da Diocese de Dourados

04 - Imaculado Coração de Maria, Padroeiro da Diocese de Naviraí

05 - Romaria Diocesana do Sagrado Coração de Jesus

09 - São José de Anchieta12 - 11º Domingo do Tempo Comum – Dia Mundial

de Oração pela Santificação Sacerdotal13- Santo Antônio de Pádua21- São Luiz Gonzaga24 - São João Batista27 - Nossa Senhora do Perpetuo Socorro29 - São Pedro e São Paulo – Dia do Papa – Coleta

“Óbolo de São Pedro”.

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