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A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração Distribuição Gratuita. Venda proibida. Ano XXXV - nº 392 - Julho/2015

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Ano XXXV - nº 392 - Julho/2015

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A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração

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A Palavra do Pastor Bendito o que vem em nome do Senhor!

Revista Elo - Julho/2015 - Ano XXXV - nº 392Diretor: Pe. Marcos Roberto P. SilvaPropriedade: Mitra Diocesana de DouradosDiagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo CaparrózTelefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911Site: www.diocesededourados.com.brContatos e sugestões: [email protected]ão: Gráfica InfanteTiragem: 17.520 exemplares

Índice

Expediente

Pe. Marcos Roberto P. [email protected]

Apresentação

Patrocinadores

Palavra de vida“Tende coragem! Eu venci o mundo!” (Jo 16, 33)

Testemunho de vidaSão Cristóvão

A Palavra do PapaBeatificação de Dom Oscar Romero: carta do Papa Francisco

Opiniões que fazem opiniãoParada Gay: respeitar para ser respeitado

Círculos bíblicos

Pergunte e responderemosExistem critérios para a escolha do padrinho ou madrinha de batismo?

A Diocese em revista

Vida em FamíliaComo enfrentar o envelhecimento dos pais?

Obras em DestaqueCasa da Esperança

Fatos em foco

Fique por Dentro!

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Amigo leitor!Esta edição está repleta de ótimos conteúdos, começando pela

síntese elaborada por dom Redovino, acerca do trabalho pastoral, realizado pelos bispos de nossa amada diocese, desde a sua fun-dação, no ano de 1957. Através da Palavra do Pastor, você poderá saber mais da pessoa e do trabalho realizado por cada um daque-les que amaram, se esforçaram e se doaram para bem governar a igreja diocesana de Dourados, os bispos que por aqui passaram ao longo de seus quase sessenta anos de existência.

Na página Palavra de Vida, você encontrará um artigo que faz revigorar a nossa confiança e alegria no seguimento de Jesus, pois, infunde em cada um a esperança viva de que toda tribula-ção, enfrentada neste mundo, já foi ou será vencida pelo mistério pascal de Cristo.

Na página 6, está publicada a carta que o Papa Francisco endereçou à Dom José Luís E. Alas, Arcebispo de São Salvador e presidente da Conferência Episcopal de El Salvador, por ocasião da beatificação de D. Óscar A. Romero Galdámez, bispo morto enquanto celebrava a Eucaristia, deixando para Igreja um rastro luminoso de luta, em defesa de todos aqueles que sofrem as injus-tiças da violência.

A página Opiniões que fazem opinião (8), apresenta o artigo de D. Odilo Pedro Scherer, cardeal e arcebispo de São Paulo, nele o cardeal descreve com muita sensatez o que significa realmente amor e respeito, em contra posição às ofensas que andam acon-tecendo, por tudo aquilo que se refere ao Sagrado e seus símbolos.

Os grupos de pequenas comunidades e reflexão em geral, te-rão à disposição, nesta edição, um ótimo roteiro de Círculos Bíbli-cos que, com certeza, muito ajudarão na vivência cristã pessoal e comunitária; se assumidos verdadeiramente na vida.

Quem pode ser padrinho ou madrinha de batismo? Esta é uma dúvida muito frequente no ambiente das secretarias paroquiais e, que será respondida por um sacerdote da nossa diocese, na sessão Pergunte e Responderemos (13). Aliás, página esta dedicada a você caro amigo leitor, que pode aproveitar esse espaço de comunicação, para interagir e tirar suas dúvidas! Portanto, faça uso desse recurso à sua disposição, através do e-mail: [email protected].

Vale à pena conferir as fotos e notícias contempladas nas pá-ginas A diocese em revista, bem como o artigo do professor Felipe Aquino, na página 15, que dá ótimas dicas às pessoas que precisam amar e cuidar dos pais, quando estes se encontram na velhice.

Qual a obra social apoiada pela igreja dio-cesana e, que será mostrada neste mês? Confira na página a Igreja em serviço (17). Fique por dentro do que aconteceu e que acontecerá na igreja de Dourados, através das paginas 18 e 19.

Enfim, desejo a você um mês abençoa-do e feliz. Boa leitura!

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Bendito o que vem em nome do Senhor!A Palavra do Pastor

Dom Redovino Rizzardo, csBispo Diocesano

Com alegria e esperança, a Igreja Católica presente na Diocese de Dourados se prepara para acolher seu novo pastor, escolhido e enviado pelo Papa Francisco. Numa Diocese que comemorará seu 60º aniversário em 2017, ele será o sexto bispo diocesano.

A Diocese de Dourados foi criada a 15 de ju-nho de 1957, pelo Papa Pio XII. Contudo, seu primei-ro bispo diocesano, Dom José de Aquino Pereira – presbítero da Diocese de São Carlos, no Estado de São Paulo – só chegou no dia 26 de maio de 1958. Na ocasião, as paróquias não passavam de nove. Por sua vez, os sacerdotes eram 17, membros de quatro Insti-tutos religiosos: Capuchinhos, Franciscanos, Reden-toristas e Salesianos. Uma das primeiras iniciativas de Dom José foi a abertura de um seminário, na qua-dra onde hoje se situa a Paróquia São José Operário. Infelizmente, sua permanência na Diocese foi extre-mamente curta: a 26 de março de 1960, era nomeado bispo de Presidente Prudente.

Como segundo bispo veio para cá o Francis-cano Carlos Schmitt, natural de Gaspar, no Estado de Santa Catarina. Sagrado em Roma, por São João XXIII, a 28 de outubro de 1960, chegou a Dourados no dia 8 de janeiro de 1961. Ele teve a alegria de participar de três sessões do Concílio Vaticano II. A 2 de dezembro de 1961, ordenou o primeiro sacer-dote diocesano, Pe. Wilbert M. da Silva. Muito ati-vo, Dom Carlos substituiu o seminário de madeira por um novo, em alvenaria, inaugurado no dia 7 de julho de 1966, com a presença do Núncio Apostóli-co, Dom Sebastião Baggio. Criou quatro paróquias. Construiu a residência episcopal, hoje transforma-da na casa paroquial da Paróquia São José Operá-rio. Trouxe para a Diocese as Irmãs de São José de Chambéry e os Irmãos Maristas, e, no final de seu governo, quatro padres da Diocese de Caxias do Sul. Apesar de tudo isso, no dia 14 de fevereiro de 1970, “por motivos pessoais e circunstanciais”, como ele mesmo escreveu numa nota explicativa, renun-ciou ao governo da Diocese e voltou para Santa Ca-tarina.

O terceiro bispo, também Franciscano, foi Dom Teodardo Leitz, até então pároco da catedral de Dourados. Ordenado na Alemanha, no dia 13 de fevereiro de 1971, tomou posse no dia 27 de mar-ço. Sua eleição não foi bem recebida por alguns sa-cerdotes, por seu caráter forte e ríspido. Contudo, ao longo dos 19 anos de episcopado, conquistou o coração de todos – do clero e da população – pela magnitude de suas realizações. Tendo como lema episcopal “Evangelizar os pobres”, esteve sempre ao

lado dos pequenos e marginalizados. Graças ao grande número de congregações religiosas que cha-mou para Dourados, conseguiu criar 20 paróquias: 4 em Dourados e 16 nos municípios do interior. No intuito de renovar a pastoral, realizou o Sínodo Dio-cesano (1987/1989). Fundou o então boletim “Elo” e a Livraria Damasco. Construiu a nova residência episcopal, o Instituto Pastoral de Dourados (IPAD), o Instituto de Teologia e o Seminário Interdiocesano de Campo Grande. No dia 11 de fevereiro de 1990, com a presença do Núncio Apostólico Carlo Furno, celebrou a dedicação da catedral, depois de sua re-forma e ampliação. A 13 de maio deste mesmo ano, quando se despediu da Diocese para voltar à Ale-manha, a festa foi tamanha, que não pôde deixar de anotar no livro-tombo: “Que diferença entre a minha entrada e a minha saída da Diocese!”.

Nascido na Alemanha, o quarto bispo diocesa-no, o Carmelita Alberto Joannes Forst, foi ordenado em Dourados, no dia 7 de setembro de 1988, e sucedeu a Dom Teodardo a 12 de maio de 1990. Sua primeira atividade foi a construção do Seminário Sagrado Co-ração de Jesus, inaugurado a 25 de março de 1991. Durante a sua gestão, foram ordenados doze sacerdo-tes diocesanos: Antônio R. Catarino, Edson N. Lima, Wilson C. de Sá, Paulino C. de Oliveira, Elizeu A. R. Acosta, José Marcos C. Vargas, Otair Nicoletti, José Doé Silva, Moacir M. dos Santos, Flávio S. de Alencar, Teodoro Benitez e José Adriano Stevanelli; e os três primeiros diáconos permanentes: Nilson Domingos, Alceu de A. Quadros e Argemiro C. Dias. No ano san-to de 2000, reformou a catedral, enriquecendo-a com um dos maiores mosaicos do Brasil, e fundou o san-tuário diocesano de Nossa Senhora Aparecida. Criou cinco paróquias. Sempre voltado para os irmãos ne-cessitados, fundou a Casa da Esperança e o Centro de Integração do Menor Dom Alberto (CEIA). Deixou o comando da Diocese a 5 de dezembro de 2001 e, em fevereiro de 2009, regressou à Alemanha, onde veio a falecer no dia 1º de novembro de 2014.

Como 5º bispo foi nomeado o abaixo-assina-do que, na medida do possível, deseja seguir o con-selho de São Paulo: “Não quero julgar a mim mesmo”, “mas uma coisa eu faço: esquecendo-me do que fica para trás e avançando para o que está adiante, corro em direção à meta, o prêmio que vem de Deus em Cristo Jesus” (1Cor 4,3; Fl 3,13-14).

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Palavra de Vida

“Tende coragem! Eu venci o mundo!” (Jo 16,33)

Pe. Fábio Ciardi

Com essas palavras con-cluem-se os discursos de despe-dida dirigidos por Jesus aos discí-pulos na sua última ceia, antes de morrer. Foi um diálogo denso, em que revelou a realidade mais pro-funda do seu relacionamento com o Pai e da missão que este lhe con-fiou.

Jesus está prestes a deixar a terra e voltar ao Pai, enquanto que os discípulos permanecerão no mundo para continuar a sua obra. Também eles, como Jesus, serão odiados, perseguidos, até mesmo mortos. Sua missão será difícil, como foi a Dele: “No mundo tereis aflições”, como acabara de dizer.

Jesus fala aos apóstolos, reunidos ao seu redor para aque-la última ceia, mas tem diante de si todas as gerações de discípulos que haveriam de segui-lo, inclusi-ve nós.

É a pura verdade: entre as alegrias espalhadas em nosso ca-minho, não faltam as “aflições”: a incerteza do futuro, a precarie-dade do trabalho, a pobreza, as doenças, os sofrimentos causados pelas calamidades naturais e pelas guerras, a violência disseminada em casa e entre os povos. E exis-tem ainda as aflições ligadas ao fato de alguém ser cristão: a luta diária para manter-se coerente com o Evangelho, a sensação de impotência diante de uma socie-dade, que parece indiferente à mensagem de Deus, a zombaria, o desprezo, quando não a persegui-ção aberta, por parte de quem não entende a Igreja ou a ela se opõe.

Jesus conhece as aflições, pois as viveu em primeira pessoa. Mas diz: “Tende coragem! Eu venci o mundo”.

Essa afirmação, tão decidida e convicta, parece uma contradi-ção. Como pode Jesus afirmar que venceu o mundo, quando pouco depois é preso, flagelado, con-denado, morto da maneira mais cruel e vergonhosa? Mais do que

ter vencido, Ele parece ter sido tra-ído, rejeitado, reduzido a nada e, portanto, ter sido clamorosamente derrotado.

Em que consiste a sua vitó-ria? Com certeza é na ressurreição: a morte não pode mantê-lo cativo. E a sua vitória é tão potente, que faz com que também nós partici-pemos dela: Ele se torna presente entre nós e nos leva consigo à vida plena, à nova criação.

Mas antes disso ainda, a sua vitória consistiu no ato de amar com aquele amor maior, de dar a vida por nós. É aí, na derrota, que Ele triunfa plenamente. Pe-netrando em cada canto da mor-te, libertou-nos de tudo o que nos oprime e transformou tudo o que temos de negativo, de escuridão e de dor, em um encontro com Ele, Deus, Amor, plenitude.

Cada vez que Paulo pensava na vitória de Jesus, parecia enlou-quecer de alegria. Se é verdade, como ele dizia, que Jesus enfren-tou todas as contrariedades, até a adversidade extrema da morte e venceu, também é verdade que nós, com Ele e Nele, podemos ven-cer todo tipo de dificuldade. Mais ainda, graças ao seu amor somos “mais que vencedores”: “Tenho certe-za de que nem a morte, nem a vida, nem outra criatura qualquer será ca-paz de nos separar do amor de Deus, que está no Cristo Jesus, nosso Se-nhor” (1Cor 15,57).

Então se compreende o con-vite de Jesus a não ter medo de mais nada: “Tende coragem! Eu ven-ci o mundo”.

Essa frase de Jesus poderá nos infundir confiança e esperan-ça. Por mais duras e difíceis que possam ser as circunstâncias em que nos encontramos, elas já fo-ram vividas e superadas por Jesus.

É verdade que não temos a sua força interior, mas temos a presença Dele mesmo, que vive e luta conosco. “Se tu venceste o mun-do” – diremos a Ele nas dificulda-

des, provações, tentações – “sabe-rás vencer também esta minha aflição. Para mim, para todos nós, ela parece um obstáculo intransponível. Temos a impressão de não dar conta. Mas com tua presença entre nós encontraremos a coragem e a força, até chegarmos a ser mais que vencedores”.

Não é uma visão triunfalista da vida cristã, como se tudo fos-se fácil e coisa já resolvida. Jesus é vitorioso justamente no drama do sofrimento, da injustiça, do aban-dono e da morte. A sua vitória é a de quem enfrenta a dor por amor, de quem acredita na vida após a morte.

Talvez também nós, como Jesus e como os mártires, tenha-mos de esperar o Céu para ver a plena vitória sobre o mal. Muitas vezes temos receio de falar do Pa-raíso, como se esse pensamento fosse uma droga para não enfren-tar com coragem as dificuldades, uma anestesia para suavizar os so-frimentos, uma desculpa para não lutar contra as injustiças. Ao con-trário, a esperança do Céu e a fé na ressurreição são um poderoso impulso para enfrentar qualquer adversidade, para sustentar os ou-tros nas provações, para acreditar que a palavra final é a do amor que venceu o ódio, da vida que derrotou a morte.

Portanto, em qualquer di-ficuldade, seja ela pessoal ou de outros, renovemos a confiança em Jesus, presente em nós e entre nós: Ele venceu o mundo e nos torna participantes da sua própria vitó-ria, Ele nos escancara o Paraíso, para onde foi preparar-nos um lugar. Desse modo encontraremos a coragem para enfrentar toda provação. Seremos capazes de su-perar tudo, Naquele que nos dá a força.

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São CristóvãoTestemunho de Vida

A partir da reforma li-túrgica efetuada na Igreja Cató-lica em 1969, São Cristóvão dei-xou de ser incluído no calendário dos santos. Como acontece em relação a outros colegas antigos, nada de verdadeiramente histó-rico se sabe sobre quem passou a ser considerado padroeiro dos motoristas e viajantes.

Contudo, sua devoção é uma das mais antigas e popula-res da Igreja, tanto no Oriente como no Ocidente. São centenas as igrejas que lhe foram dedica-das em vários países do mundo. Ele faz parte dos “Catorze Santos Auxiliadores” invocados – sobre-tudo em alguns países europeus, como a Alemanha – para interce-der pelo povo nos momentos de aflições e dificuldades.

A lenda nos diz que se tra-tava de um homem alto e muscu-loso, portador de uma força her-cúlea, nascido na Palestina. Seu nome original teria sido Réprobo. Qual outro gigante Golias, não havia quem o superasse na força física. Talvez foi por isso que es-colheu como profissão colocar-se às ordens dos inúmeros “senho-res da guerra” que pululavam na Ásia Menor.

Um dia, cansado de se prestar aos caprichos deste ou daquele rei, foi procu- rar o maior e mais poderoso de todos, para servir somente a ele. Foi as-sim que se colocou a serviço de Satanás, pois não havia quem não se curvasse de medo simplesmente ao ouvir o seu nome.

Mas ele também o decepcionou. Répro-bo percebeu que toda vez que seu chefe ti-nha de passar diante de uma cruz, mudava

de caminho. Intrigado, decidiu abandonar o anjo do mal e desco-brir quem era Jesus. Procurou um monge que morava numa gruta das montanhas, dizendo-lhe, po-rém, desde logo, para evitar mal--entendidos, que não estava pre-parado nem para longas horas de oração nem para intermináveis dias de jejum ou para outras pe-nitências corporais.

O religioso lhe respondeu que, para encontrar a Deus, o me-lhor caminho era abandonar as armas e colocar-se a serviço dos irmãos necessitados. E sendo que morava na Ásia Menor, uma re-gião muito procurada pelos pere-grinos, Réprobo passou a prestar ajuda aos andarilhos. Dia e noite, ficava às margens de um rio onde não havia pontes, transportando os viajantes de uma margem para outra.

Certo dia, apresentou-se um menino, pedindo para ser le-vado para a outra orla. Réprobo aceitou, mas, quanto mais avan-çava pelo rio, mais a criança pe-sava, tanto que só a muito custo e sofrimento conseguiu depositá-la com segurança na outra margem. Perguntou-lhe: “Como pode ser isso? Parece que carreguei o mundo nas costas!”. O menino respon-

deu: “Você não carregou o mundo, mas o seu Cria-dor”.

O gigante mudou seu nome para Cristó-

vão, que significa “car-regador de Cristo”, e

passou a cumprir com maior desvelo e carinho o seu ser-

viço. Falava de Jesus a todos que encontrava, e converteu inúmeras pessoas. Por este seu apostolado foi denun-ciado às autoridades pagãs de Antioquia,

que o mandaram prender e deca-pitar.

É provável que, original-mente, Cristóvão tenha sido apenas um mártir e, como tal, lembrado pelos antigos martiro-lógios. A ideia vinculada a seu nome, primeiramente entendida no sentido espiritual, como “aque-le que carrega Cristo no coração”, foi tomando um sentido mais literal por volta dos séculos XII e XIII, acabando por se tornar o princi-pal feito do santo. O fato de ser frequentemente chamado de “grande mártir”, pode ter dado origem à história de que fosse do-tado de uma estatura enorme. O rio e o peso da criança podem ter sido acrescentados para identifi-car as provações e as lutas de um cristão, que tem que enfrentar as tentações e os desafios do mundo.

Em 1969, a Igreja Católi-ca examinou todos os santos de seu calendário para verificar não apenas a sua existência, mas tam-bém sua santidade de vida. As-sim como aconteceu com outros santos – por exemplo, São Jorge e Santa Úrsula –, Cristóvão teve seu nome retirado do calendário universal, ficando seu culto res-trito a comunidades locais.

Nada de estranho em tudo isso, quando se sabe que «toda dá-diva boa e todo dom perfeito descem do céu, do Pai das luzes, em quem não existem mudança nem sombra de variação» (Tg 1,17) e que «um só é o mediador entre Deus e os humanos: Jesus Cristo, o homem que se doou para a salvação de todos» (1Tm 2,5-6). Todas as graças nos vêm do Pai através de Jesus, mesmo quando invocamos os santos. É o que se lê na vida de São João Maria Vian-ney, que atribuía os milagres com que ia em socorro dos irmãos a Santa Filomena, a qual, pelo que tudo indica, nunca existiu...

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A Palavra do Papa

Beatificação de Dom Óscar Romero:carta do Papa Francisco

Prezado Irmão Dom José Luís Escobar Alas, Arcebispo de São Salvador e Presidente da

Conferência Episcopal de El Salvador

A beatificação de D. Óscar Arnulfo Romero Galdámez, que foi Pastor da sua amada Arquidiocese, é motivo de grande alegria para os salvadorenhos e para nós, que beneficiamos do exemplo dos melhores filhos da Igreja. D. Romero, que construiu a paz com a força do amor, deu testemunho da fé com a sua vida dedicada até ao extremo.

Deus nunca abandona o seu povo nas dificuldades, mostrando-se sempre solícito para com as suas necessidades. Ele vê a opressão, ouve os clamores de dor dos seus filhos e vai ao seu encontro para os libertar da angústia e para os conduzir rumo a uma terra nova, fértil e espaçosa, que “mana leite e mel”. Como um dia escolheu Moisés a fim de que, em seu nome, guiasse o seu povo, assim continua a suscitar Pastores segundo o seu coração, a fim de que apascentem a sua grei com sabedoria e prudência.

Neste bonito país centro-americano, banhado pelo Oceano Pacífico, Deus concedeu à sua Igreja um Bispo zeloso que, amando Deus e servindo os irmãos, se tornou a imagem de Cristo Bom Pastor. Em tempos de convivência difícil, D. Romero soube guiar, defender e proteger o seu rebanho, permanecendo fiel ao Evangelho e em comunhão com a Igreja inteira. O seu ministério distinguiu-se por uma atenção especial aos mais pobres e aos marginalizados. E no momento da sua morte, enquanto celebrava o Santo Sacrifício do amor e da reconciliação, recebeu a graça de se identificar plenamente com Aquele que entregou a vida pelas suas ovelhas.

Neste dia de festa para a Nação salvadorenha, e também para os países irmãos latino-americanos, damos graças a Deus porque concedeu ao Bispo mártir a capacidade de ver e de ouvir o sofrimento do seu povo e plasmou o seu coração a fim de que, em seu nome, o orientasse e iluminasse, a ponto de fazer do seu agir uma prática repleta de caridade cristã.

A voz do novo Bem-aventurado continua a ressoar hoje para nos recordar que a Igreja, convo-cação de irmãos ao redor do seu Senhor, é a família

de Deus, onde não pode ha-ver divisão alguma. A fé em Jesus Cristo, retamente en-tendida e vivida até às suas derradeiras consequências, gera comunidades constru-toras de paz e de solidarie-dade. A isto é chamada hoje a Igreja em El Salvador, na América e no mundo inteiro: a ser rica de misericórdia e a tornar-se fermento de recon-ciliação para a sociedade.

D. Romero convida-nos ao bom senso e à reflexão, ao respeito pela vida e à concórdia. É necessário renunciar à violência da espada, do ódio, e viver a violência do amor, que nos deixou Cristo pregado numa cruz, aquela que cada um deve fazer a si mesmo para vencer os próprios egoísmos e a fim de que não haja desigualdades tão cruéis entre nós. Ele soube ver e experimentou na sua própria carne o egoísmo que se insinua em quantos não querem ceder o que é seu para alcançar os outros. E, com um coração de pai, preocupou-se com as maiorias pobres, pedindo aos poderosos que transformassem as armas em foices para o trabalho.

Quem considera D. Romero um amigo na fé, aqueles que o invocam como protetor e intercessor, quantos admiram a sua figura possam encontrar nele a força e a coragem para edificar o Reino de Deus e para se comprometer a favor de uma ordem social mais equitativa e mais digna.

É o momento favorável para uma verdadeira reconciliação nacional, diante dos desafios que se enfrentam hoje. O Papa participa nas suas esperanças e une-se às suas orações, a fim de que germine a semente do martírio e se fortaleçam nos caminhos autênticos os filhos e as filhas desta Nação, que se gloria de ter o nome do divino Salvador do mundo.

Estimado Irmão, peço-te, por favor, que rezes e faças rezar por mim, enquanto concedo a Bênção apostólica a todos aqueles que se unem de vários modos à celebração do novo Bem-aventurado.

Fraternalmente,

Francisco

Vaticano, 23 de maio de 2015

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Palmadas, não;aborto, sim!

A Igreja é Notícia

Para conhecer um pouco mais o Papa Francisco

Aplicativo para evangelização de crianças

é um sucesso no Brasil

Em entrevista concedida no final de maio ao jornal argentino “La voz del Pueblo”, o Papa Francisco se fala de coisas pouco ou nada conhecidas sobre sua vida, que revelam algo de seus hábitos e costumes.

1. - Televisão: «Não assisto televisão desde o ano de 1990. Foi uma promessa que fiz a Nossa Senhora do Carmo, na noite do dia 15 de julho de 1990».

2. – Jornais: «Leio apenas “La Repubblica”, um jornal de classe média. Normalmente leio de manhã, e a minha leitura não dura mais de 10 minutos».

3. - Internet: «Nada!», foi a sua resposta imediata quando lhe perguntaram se navegava na Internet.

4. - Messi: Quando quiseram saber o que achava de Messi, o Santo Padre revelou que não assiste futebol e conhece o jogador somente porque este o visitou no Vaticano.

5. - San Lorenzo: Nunca deixou de ser torcedor do San Lorenzo, mas não assiste os jogos do seu time, porque não vê televisão. Entretanto, se mantém informado sobre o campeonato argentino graças a um guarda suíço que, cada semana, lhe passa os resultados.

6. – Quanto tempo dedica ao sono: «Tenho um sonho tão profundo que deito e durmo logo. Durmo seis horas. Normalmente, às nove da noite estou na cama, e leio aproximadamente até às dez. Quando começo a lacrimejar, apago a luz. Durmo até às quatro da manhã, e me levanto sem despertador, com meu “relógio biológico”».

7. - Sesta: «Durante o dia, preciso do “cochilo da tarde”. Descanso de 40 minutos a uma hora. Tiro os sapatos e deito na cama. Também então durmo profundamente. Nos dias em que não descanso, sinto falta».

8. – Chora? «Não choro em público. Duas vezes estive no limite, mas me contive no momento exato. Eu estava muito comovido, inclusive algumas lágrimas escaparam, mas fiz como se nada tivesse acontecido e, depois de um momento, enxuguei o rosto. Lembro que foi em relação à perseguição dos cristãos no Iraque. Estava falando disso, e me comovi profundamente quando pensei nas crianças».

9. - Contato com as pessoas: «Não consigo viver sem pessoas ao meu lado, não tenho vocação para monge. É por isso que fiquei morando na Santa Marta. É uma casa que tem 210 quartos. Nela residem 40 pessoas que trabalham no Vaticano. As demais são hóspedes: bispos, padres e leigos que passam por aqui. Eu gosto muito disso. Sou sacerdote para estar com as pessoas. Agradeço a Deus por continuar sendo assim».

10. – Cheiro das ovelhas: «Sempre gostei de estar na rua. Quando era cardeal, eu adorava pegar ônibus, metrô. Eu adoro a cidade; penso que não poderia viver na roça. Sinto saudades do tempo em que caminhava pelas ruas com tranquilidade. Ou ainda de ir a um restaurante e saborear uma gostosa pizza».

Em entrevista conce-dida a um jornal argentino no final de maio, o Papa Francisco respondeu às di-versas críticas que recebeu há alguns dias por referir--se ao castigo das crianças no processo educativo e

assinalou a contradição que se vive em países que proíbem toda forma de castigo às crianças, mas permitem o aborto: «É verdade, hoje em dia as maneiras de castigar as crianças mudaram, pois são mais sensíveis. No meu tempo de criança, davam dois tapas na cara, e pronto! Sempre digo: “Nunca dê um tapa na cara de uma criança porque o rosto é sagrado, mas duas ou três palmadas no bumbum, isso não faz mal”. Mencionei isso numa audiência uma vez, e alguns países me criticaram. São países que têm leis rigorosas de proteção aos menores. O Papa não pode dizer isso... Mas, curiosamente, esses países, que até punem o pai ou a mãe que dá umas palmadas no menor, possuem leis que permitem ma-tar as crianças antes do seu nascimento. Essas são as contradições que vivemos atualmente».

A Associação Católica Pe-queninos do Senhor é a respon-sável pela iniciativa do primei-ro aplicativo da Igreja Católica para levar a mensagem de amor ao próximo para crianças co-nectadas ao mundo virtual.

“Quando pensamos em desenvolver um aplicativo, foi com o intuito de ter um produ-to 100% voltado para as crianças, para que, também de modo lúdico, e com uma mensa-gem indireta, elas se aproximassem dos ensi-namentos de Jesus e caminhassem junto com Ele também no mundo virtual”, destaca Rachel Abdalla, presidente da Associação. Disponível para smartphones e tablets, na App Store e no Google Play, o Aplicativo é totalmente gratuito e conta com jogos, desenhos para colorir, ora-ções, orientação para catequistas, histórias em texto e áudio, contadas pelos seis personagens do projeto.

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Opiniões que fazem opinião

Cardeal Odilo Pedro Scherer

Parada Gay: respeitar para ser respeitadoEu não queria escrever sobre esse assunto;

mas diante das provocações e ofensas ostensivas à comunidade católica e cristã, durante a Parada Gay deste último domingo, não posso deixar de me ma-nifestar em defesa das pessoas que tiveram seus sentimentos e convicções religiosas, seus símbolos e convicções de fé ultrajados.

Ficamos entristecidos quando vemos usados com deboche imagens de santos, deliberadamente associados a práticas que a moral cristã desaprova e que os próprios santos desaprovariam também. His-tórias romanceadas ou fantasias criadas para fazer filmes sobre santos e personalidades que honraram a fé cristã não podem servir de base para associá-los a práticas alheias ao seu testemunho de vida. São Sebastião foi um mártir dos inícios do Cristianismo; a tela produzida por um artista cerca de 15 séculos após a vida do santo, não pode ser usada para pas-sar uma suposta identidade homossexual do corajo-so mártir. Por que não falar, antes, que ele preferiu heroicamente sofrer as torturas e a morte a ultrajar o bom nome e a dignidade de cristão e filho de Deus?!

“Nem santo salva do vírus da AIDS”. Pois é verdade. O que pode salvar mesmo é uma vida sexu-al regrada e digna. É o que a Igreja defende e convida todos a fazer. O uso desrespeitoso da imagem dos santos populares é uma ofensa aos próprios santos, que viveram dignamente; e ofende também os sen-timentos religiosos do povo. Ninguém gosta de ver vilipendiados os símbolos e imagens de sua fé e seus sentimentos e convicções religiosas. Da mesma for-ma, também é lamentável o uso desrespeitoso da Sa-grada Escritura e das palavras de Jesus – “amai-vos uns aos outros” – como se ele justificasse, aprovasse e incentivasse qualquer forma de “amor”; o “man-damento novo” foi instrumentalizado para justificar práticas contrárias ao ensinamento do próprio Jesus.

A Igreja católica refuta a acusação de “homo-fóbica”. Investiguem-se os fatos de violência contra homossexuais, para ver se estão relacionados com grupos religiosos católicos. A Igreja Católica desa-prova a violência contra quem quer que seja; não apoia, não incentiva e não justifica a violência contra homossexuais. E na história da luta contra o vírus HIV, a Igreja foi pioneira no acolhimento e tratamen-to de soro-positivos, sem questionar suas opções sexuais; muitos deles são homossexuais e todos são acolhidos com profundo respeito. Grande parte das estruturas de tratamento de aidéticos está ligada à Igreja. Mas ela ensina e defende que a melhor forma de prevenção contra as doenças sexualmente trans-missíveis é uma vida sexual regrada e digna.

Quem apela para a Constituição Nacional para

afirmar e defender seus direitos, não deve esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos di-reitos dos outros, aos seus símbolos e organizações religiosas. Quem luta por reconhecimento e respeito, deve aprender a respeitar. Como cristãos, respeita-mos a livre manifestação de quem pensa diversa-mente de nós. Mas o respeito às nossas convicções de fé e moral, às organizações religiosas, símbolos e textos sagrados, é a contrapartida que se requer.

A Igreja Católica tem suas convicções e fala delas abertamente, usando do direito de liberdade de pensamento e de expressão. Embora respeitando as pessoas homossexuais e procurando acolhê-las e tratá-las com respeito, compreensão e caridade, ela afirma que as práticas homossexuais vão contra a natureza; essa não errou ao moldar o ser humano como homem e mulher. Afirma ainda que a sexua-lidade não depende de “opção”, mas é um fato de natureza e dom de Deus, com um significado pró-prio, que precisa ser reconhecido, acolhido e vivido coerentemente pelo homem e pela mulher.

Causa preocupação a crescente ambiguidade e confusão em relação à identidade sexual, que vai to-mando conta da cultura. Antes de ser um problema moral, é um problema antropológico, que merece uma séria reflexão, em vez de um tratamento superficial e debochado, sob a pressão de organizações interessa-das em impor a todos um determinado pensamento sobre a identidade do ser humano. Mais do que nun-ca, hoje todos concordam que o desrespeito às leis da natureza biológica dos seres introduz neles a desor-dem e o descontrole nos ecossistemas; produz doen-ças e desastres ambientais e compromete o futuro e a sustentabilidade da vida. Ora, não seria o caso de fazer semelhante raciocínio, quando se trata das leis inerentes à natureza e à identidade do ser humano? Ignorar e desrespeitar o significado profundo da con-dição humana não terá consequências? Será susten-tável para o futuro da civilização e da humanidade?

As ofensas dirigidas não só à Igreja Católica, mas a tantos outros grupos cristãos e tradições reli-giosas não são construtivas e não fazem bem aos pró-prios homossexuais, criando condições para aumen-tar o fosso da incompreensão e do preconceito contra eles. E não é isso que a Igreja Católica deseja para eles, pois também os ama e tem uma boa nova para eles; e são filhos muito amados pelo Pai do céu, que os chama a viver com dignidade e em paz consigo mesmos e com os outros.

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Círculos Bíblicos

Acolhida: Preparar Bíblia, vela, flores e figuras com pessoas an-gustiadas.

Animadora/a: Em nome de Jesus, boas vindas para o nosso encon-tro semanal. Coloquemo-nos na presença de Deus uno e trino, fa-zendo o Sinal da Cruz.

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: São Marcos escreve o relato da tempestade no mar da Galiléia para as comunidades perseguidas e hostilizadas dos anos 70 depois de Cristo, para animá-las! Elas se sentem como um barquinho, perdido no mar da vida. Os discípulos estão an-gustiados; a qualquer momento podem afundar. Mas não há mo-tivo para as comunidades cristãs terem medo da tempestade; isto é, das ameaças e perseguições. Je-sus está presente! Ele é o Senhor, não nos abandona!

Canto inicial: Se as águas do mar da vida quiserem te afogar; segu-ra na mão de Deus e vai! Se as tristeza desta vida quise-rem te sufocar; segura na mão de Deus e vai!Segura na mão de Deus (2x); pois ela, ela te sustentará! Não temas, segue adiante e não olhes para trás! Segura na mão de Deus e vai!

ORAÇÃO (Cf. Salmo 107)Todos: Agradeçam a Deus, por-que Ele é bom! Porque eterno é o

seu amor.

Leitor/a 1: Eles andaram pelo de-serto solitário, sem achar o cami-nho! Estavam famintos e seden-tos; a vida deles já desfalecia!Todos: Na sua angústia clama-ram a Deus, e Ele os libertou de suas angústias!

Leitor/a 2: Deus os guiou pelo caminho seguro, para que andas-sem na direção da terra prometi-da!Todos: Que eles agradeçam a Deus o seu amor; as maravilhas, que faz pelos seres humanos!

Leitor/a 1: Levantou-se um vento impetuoso, que elevou as ondas do mar! A vida deles se agitava na desgraça!Todos: Na sua aflição chamaram por Deus. E Ele os libertou de suas angústias!

Leitor/a 2: Deus transformou a tempestade em leve brisa; e silen-ciaram-se as ondas! Então se ale-graram com a bonança! E Deus os guiou ao porto que desejavam!Todos: Eles viram as obras de Deus; suas maravilhas em alto mar!

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: O lago da Galiléia é cercado de altas montanhas. Às vezes, o vento cai em cima do lago e provoca tempestades re-pentinas: Vento forte, mar agita-do, barco cheio de água! Os discí-pulos são pescadores experientes. Se eles acham que vão afundar, então a situação é perigosa mes-mo! Jesus nem sequer acorda e continua dormindo. É expressão da confiança tranquila que Ele tem em Deus! Jesus acorda, não por causa das ondas, mas por causa dos gritos desesperados dos discípulos! Primeiro se diri-

ge ao mar e diz: “Fique quieto!” E logo o mar se acalma! Em segui-da, se dirige aos discípulos: “Por que vocês têm medo? Ainda não têm fé?” Já dizia Deus pela boca de Isaías:

Todos: “Quando passares pelas águas agitadas, eu estarei conti-go!”

Canto de AclamaçãoLeitor/a 3: Proclamação do Evan-gelho de Jesus Cristo segundo Marcos 4, 35-41.a) Qual o ponto deste texto que você mais gostou? Por quê?b) Qual é o mar agitado para nós, hoje?

REZANDO A PALAVRATodos: Senhor, liberta-nos do medo!

Leitor/a 2: “Não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas que não podem matar a alma!”“Não tenham medo! Vocês valem mais do que muitos passarinhos!”“Não fique perturbado o cora-ção de vocês! Confiem em Deus e confiem também em mim!”“Não sejam covardes! Tenham coragem; eu venci o mundo!”

Pai Nosso, Ave Maria, Glória.

Canto: Se a jornada é pesada e te cansas da caminhada! Segura na mão de Deus e vai! Jesus Cristo prometeu que jamais te deixará! Segura na mão de Deus e vai! Se-gura na mão de Deus...

BÊNÇÃOFica conosco, Senhor! Fica conosco, guiando-nos nas tempestades da vida! Fica conosco, hoje e sempre! E abençoa-nos: Pai, Filho e Espíri-to Santo. Amém

1º Encontro“Deus nunca nos abandona!”

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2º EncontroJesus conduz à vida nova!

Círculos Bíblicos

Acolhida: Preparar a mesa com crucifixo, flores e figuras de Jesus acolhendo alguém ou pessoas aco-lhendo o próximo.

Animador/a: Caros irmãos e irmãs sejam todos bem-vindos! Que ale-gria nos acolhermos neste encon-tro. Na certeza de que Jesus acolhe a todos que Dele se aproximam, iniciemos invocando, confiantes, a Santíssima Trindade. Em nome do Pai...

Canto: Amigo, que bom que você veio, foi Jesus quem te chamou, e você aceitou. Amigo, amigo, que bom que você veio. (2x)Amiga, que bom que você veio...

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: O amor e a misericór-dia de Deus, revelados nas ações de Jesus, nos dão a certeza que não estamos sozinhos! Enquanto caminhava, Jesus ia ensinando, exortando, mas principalmente, ia ao encontro das pessoas que mais sofriam. O amor, que demonstra-va a todos, gerava transformação e por isso, tantas vezes, tocava e curava as pessoas dando-lhes a possibilidade de uma vida nova.

ORAÇÃO INICIAL(cantada ou lida em dois coros)Lado A: Senhor, eu sei que tu me sondas/ sei também que me co-nheces/ se me assento ou me le-vanto/ conheces meus pensamen-tos/ quer deitado ou quer andan-do/ Sabes todos os meus passos/ E antes que haja em mim palavras/ Sei que em tudo me conheces.Todos: Senhor, eu sei que tu me sondas (4x)

Lado B: Deus, Tu me cercaste em volta/ Tuas mãos em mim repou-sam/ tal ciência é grandiosa/ Não alcanço de tão alta/ Se eu subo até o

céu/ Sei que ali também Te encon-tro/ Se no abismo está minh’alma/ Sei que aí também me amas.Todos: Senhor, eu sei que tu me sondas (4x)

ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUSAnimador/a: O Evangelho de hoje nos apresenta uma realidade que, segundo o olhar humano, pare-cia impossível de ser modificada. Esta Palavra mostra-nos a força da fé de uma mulher que, acome-tida pela enfermidade no corpo, também fora atingida pela dor na alma. Por sofrer com um fluxo de sangue, era considerada impu-ra, não podia tocar em ninguém, restava-lhe apenas o desprezo e a marginalização social.

Aclamação: Meu coração trans-borda de amor/ Porque meu Deus é um Deus de amor/ Minh’alma está repleta de paz/ Porque Jesus é a minha pazEu digo aleluia, aleluia, aleluia. Aleluia, aleluia, eu digo por que.Eu digo aleluia, aleluia, aleluia. Aleluia, aleluia, aleluia, amém.

Leitor/a 1: Evangelho de Jesus Cristo segundo Mc (5, 25-34)

PARTILHANDO A PALAVRAa) A atitude da mulher, ao se apro-ximar de Jesus, demonstra confian-ça e ousadia de sua parte. Por quê?b) O fato de a mulher ficar cheia de temor e trêmula era por causa de Jesus ou pelos preceitos e nor-mas da época, em relação aos “im-

puros”? Comente.

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: Confiantes no amor misericordioso de Deus, que nos ampara nas dificuldades, nos cura e caminha conosco a cada dia, ele-vemos a Ele nossas preces.

Leitor/a 2: Por todos os doentes que se encontram nos hospitais, nas clí-nicas ou em suas casas, peçamos:Todos: Toca, Senhor, com tuas mãos de amor!

Leitor/a 3: Para que saibamos amar, acolher e encorajar os doen-tes na busca da cura de suas enfer-midades, peçamos:

Leitor/a 4: A fim de que sejamos capazes de aproximar os que so-frem, da pessoa de Jesus, para que tocando-O fiquem curados dos mais diversos males, peçamos.(preces espontâneas)

ASSUMINDO A PALAVRAc) A cura acontece quando a pessoa, interessada em recebê-la, dá passos na fé. Que outras curas Jesus fez e que são relatadas nas Escrituras? E em nossa vida, elas acontecem?

BÊNÇÃO FINALAnimador/a: Maria percebia a dor das mães, e de tantas pessoas que recorriam ao seu Filho Jesus, para aliviarem seus sofrimentos. Certa-mente ela aprovava e se alegrava com os milagres que Ele fazia. Por isso peçamos à Maria que interce-da também por nós.

(Rezemos uma dezena do terço). Por intercessão de Nossa Senhora, nos abençoe o nosso Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.

Canto: Uma entre todas foi a escolhi-da...

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3º EncontroJesus: gente com a gente

Círculos Bíblicos

Acolhida: Preparar a mesa com crucifixo, flores e alguns objetos de trabalho quotidiano, por exemplo: martelo, pregos, serrote e outros.

Animador/a: Caros irmãos e irmãs sejam todos bem-vindos! Que bom estarmos juntos mais uma vez re-novando nossa fé em Deus e a ami-zade entre nós cristãos. Invoque-mos a presença de Deus: Em nome do Pai...Canto: Deixa a luz do céu entrar...

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: Acompanhando Je-sus em suas andanças, chegamos com Ele à Nazaré, sua terra. Esta-mos numa cidadezinha da Gali-léia, pouco conhecida na época e considerada desprezível, tanto que no Evangelho de João, Natanael, ao saber que Jesus era de Nazaré, disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?”. Aí Jesus viveu sua infância e adolescência, até iniciar o Anúncio do Reino de Deus.

ORAÇÃO INICIALAnimador/a: vamos rezar com as palavras do Salmo 91 em dois co-ros.Coro 1: Aquele que habita no es-conderijo do Altíssimo, à som-bra do Onipotente descansará. Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.Coro 2: Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.

Coro 1: Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia, Nem da peste que anda na es-curidão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.

Coro 2: No Altíssimo fizeste a tua habitação. Nenhum mal te suce-derá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus cami-nhos.Coro 1: Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.

ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUSAnimador/a: O breve texto nos mostra Jesus numa das suas prin-cipais atividades, isto é, ensinando. Ensina na sinagoga, onde as rea-ções dos ouvintes parecem seguir o mesmo esquema: numeroso gru-po adere a Jesus e aos seus ensina-mentos, outra parte o rejeita.

Aclamação: Aleluia, aleluia, a mi-nha alma abrirei. Aleluia, aleluia, Cristo é meu Rei.

Leitor/a 1: Evangelho de Jesus Cris-to segundo Mc (6, 1-6)

Leitor/a 2: A sabedoria de Jesus surpreende a muitos, porque sa-biam que ele não tinha muito estu-do, era um cidadão como muitos outros. Ao mesmo tempo encontra grande rejeição, “Este homem não é o carpinteiro, o filho de Maria?”.

Leitor/a 1: A presença de Jesus e seus ensinamentos causam escân-dalo entre seus parentes e seus vizinhos, como ele mesmo afirma:

“Um profeta só é desprezado em sua terra, entre seus parentes e em sua casa”.Leitor/a 2: Pela falta de fé dos seus conterrâneos Jesus não pôde fazer nenhum milagre.

PARTILHANDO A PALAVRAa) Jesus teve problemas com seus parentes e sua comunidade. Desde que você se comprometeu a viver melhor o Evangelho, mudou algo no relacionamento com sua família e com seus parentes? b) Jesus não pôde fazer muitos mi-lagres em Nazaré, porque faltava fé. Hoje Jesus encontra fé em nós, em mim?

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: No desejo de renovar nossa fé em Jesus Cristo, rezemos espontaneamente pedindo a cada oração:Todos: Senhor Jesus, escutai a nos-sa prece.(preces espontâneas)

ASSUMINDO A PALAVRAc) Seguir Jesus nem sempre é ser acolhido e aplaudido. Estamos ain-da dispostos a segui-lo?

BÊNÇÃO FINALAnimador/a: Rezemos 1 Pai Nosso e 10 Ave Marias.

Todos: Ó Pai, alegria e esperança de vosso povo, vós conduzis a Igreja, ser-vidora da vida, nos caminhos da histó-ria. A exemplo de Jesus Cristo e ouvin-do sua Palavra que chama à conversão, seja vossa Igreja testemunha viva de fraternidade e de liberdade, de justiça e de paz. Enviai o vosso Espírito da Verdade para que a sociedade se abra à aurora de um mundo justo e solidário, sinal do Reino que há de vir. Amém! Pai, Filho e Espírito Santo.

Canto final

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Círculos Bíblicos

4º EncontroJesus provoca a partilha

Acolhida: Colocar sobre o altar um crucifixo, flores, a Bíblia e um pão grande, para a partilha ao fi-nal.

Animador/a: No seu itinerário missionário, Jesus sempre se de-parou com grandes multidões, às vezes desorientadas e sem-pre muito carentes da Palavra de Deus, de saúde, de pão e de tantas outras necessidades bási-cas. No encontro de hoje, o Mes-tre nos ensinará sobre o dom da partilha e também como deve ser organizada a sociedade, para que seja melhor repartido aquilo que é necessário à vida de cada um. Acolhamo-nos uns aos outros di-zendo: “que bom que você veio” e juntos cantemos o Sinal da Cruz.

Canto: O Pão da Vida, a Comu-nhão, nos une a Cristo e aos ir-mãos. E nos ensina a abrir as mãos para partir, repartir o pão. (2X)Lá no deserto a multidão, com fome segue o Bom Pastor. Com sede busca a Nova Palavra: Jesus tem pena e reparte o pão.

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: No consumismo do mundo atual, a lógica é o acúmu-lo dos bens nas mãos de poucos, com leis e impostos que, na sua grande maioria, penalizam aque-les que têm menor condição e, às vezes, não revertem ao bem co-mum.

ORAÇÃO INICIALCampanha Mundial da partilhaLado A: Senhor Nosso Deus, que nos confiaste os frutos da criação para que cuidássemos da Terra e nos alimentássemos de sua ge-nerosidade. Enviaste teu Filho para partilhar sua própria carne e sangue e para ensinar-nos a Lei

do Amor. Por Sua morte e ressur-reição, nos tornamos uma única família humana.

Lado B: Jesus teve grande preocu-pação com as pessoas que não ti-nham o que comer. Transformou cinco pães e dois peixes em um banquete que alimentou mais de cinco mil pessoas. Viemos dian-te de Ti, Senhor, conscientes de nossas fraquezas, mas com muita esperança, para compartilhar o alimento com todas as pessoas da grande família humana.

Lado A: Na Tua sabedoria, ilu-mina os governantes e todos os cidadãos e cidadãs a encontrar soluções justas e solidárias para acabar com a fome no mundo e garantir o direito de cada ser hu-mano à alimentação.

Todos: Por isso Te pedimos, Se-nhor Nosso Deus, que ao nos apresentarmos diante de Ti, pos-samos nos proclamar como parte de “Uma Família Humana” com “Pão e Justiça para todas as pes-soas”. Amém! Axé! Hawere! Ale-luia!

ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUSAnimador/a: Na reflexão de hoje, queremos acompanhar os gestos de Jesus, dos discípulos e da mul-tidão. Não é somente a liderança que tem a solução para as dificul-dades do povo.

Canto: Não só de Pão o homem viverá, mas de toda a Palavra, que proce-de da boca de Deus. Ale-luia! Aleluia!

Leitor/a 1: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mc 6, 34-44.

PARTILHANDO A PALAVRA a) O que Jesus poderia estar ensi-nando à multidão? b) Qual a atitude de Jesus e a dos discípulos diante da situação do povo faminto?

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: O problema da multidão é a fome e a falta de li-derança. A solução não está com Jesus ou os discípulos, mas no meio do povo. Devemos colabo-rar na solução dos problemas que enfrentamos. Que a compaixão esteja sempre presente em nossas atitudes.

c) Nossa oração leva a uma prá-tica de vida no meio dos irmãos?Canto: Por um pedaço de pão e um pouquinho de vinho. Deus se tor-nou refeição e se fez o caminho. Por um pedaço de pão! Por um pedaço de pão!

ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINALAnimador/a: Rezemos o Pai Nos-so, uma Ave Maria e o Glória por todas as pessoas, que como Jesus, procuram dar o necessário aos que estão passando por necessidade. Que o Senhor nos abençoe e nos guarde, que Ele mostre sua face e tenha compaixão, que Ele volva o seu rosto e nos dê a Paz. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Canto à escolha

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Pergunte e Responderemos

Pe. Fábio CasadoVigário da Paróquia Divino Espírito

Santo - Ponta Porã

Existem critérios para a escolha do padrinho ou madrinha de batismo?

Envie sua pergunta para:[email protected]

Obrigado pela pertinente pergunta Klenyr! Com ela farei uma exposição sucinta e clara a respeito destes importantes critérios a serem considerados, na escolha dos padrinhos e madrinhas.

Essa pergunta é costumeira em diversas secretarias da Diocese de Dourados. É necessário entender primeiro que o sacramento do Batismo é tido como a porta de entrada para os outros sacramentos, pois só sendo batizado é que se podem receber validamente os demais sacramentos; cada um deles necessita de um preparo, que valorize a finalidade de dar culto a Deus e santificar o homem.

Nos atendimentos em diversos lugares, várias vezes, escutei a dúvida quanto aos critérios para a escolha dos padrinhos, alguns casos, se escolhem primeiro (às vezes levando em conta fatos sociais, políticos e econômicos) para depois perguntar se realmente têm o perfil e podem assumir o compromisso; portanto vejamos quais são as exigências a serem cumpridas no verdadeiro compromisso de pais e padrinhos perante a Igreja e o batizando.

A função do padrinho e madrinha de batismo é acompanhar o afilhado (a) na caminhada cristã e na falta dos pais, assumir essa responsabilidade; o Código de Direito Canônico (CDC) Cân. 873, afirma que a criança pode ter:

•Só um padrinho ou só uma madrinha, sol-teiro(a), sem estar amasiado (morando junto sem o sacramento do matrimônio), maior de 16 anos, que tenha sido batizado(a), e tenha o sido crismado(a).

•Um padrinho e uma madrinha, solteiros, sem estar amasiado, maior de 16 anos, que tenham sido batizados e crismados.

•Ou a criança pode ter um casal, que seja realmente casado na igreja, e que leve uma vida de acordo com a fé e o compromisso que vão assumir.

Nessa fundamentação de comunhão adesão à fé católica, não podemos deixar de lembrar que pessoas de outras denominações religiosas não são permitidas a ocupar tal função, tendo em vista

que professam uma comunhão parcial de fé ou totalmente diferente, e se o batismo é na Igreja católica, a vivência de fé deve ser na mesma, assim pessoas de outras denominações religiosas podem estar presentes, acompanhar a celebração, mas não são considerados padrinhos e não constam seus nomes na certidão de batismo, são apenas testemunhas do ato.

E quando os pais acabam de se mudar e não conhecem alguém capaz de assumir esse compromisso na nova localidade, os próprios pais podem ser padrinhos de seus filhos? Essa foi outra pergunta que escutei esses dias, e a resposta foi que, em vista de que repetiriam a função na educação e acompanhamento da fé, que já é papel da família; convém se possível esperar um pouco mais para que possam se inserir na vida da paróquia, e até mesmo pedir ajuda ao pároco na indicação de pessoas capazes de assumir na construção da nova fase de vida; os padrinhos não são simplesmente para dar presente, e de vez em quando, se encontrar para o churrasco no feriado, padrinhos devem participar da vida e do crescimento de seus afilhados, ajudá-los na caminhada e dar testemunho de fé e vida.

E se o batizando for adulto? Não precisa de padrinhos, pois já é consciente e presume-se que tenha maturidade na escolha da fé, e é capaz de discernir suas escolhas configurando-se a Cristo de maneira livre e autêntica. A partir daí, é chamado a submeter-se aos outros, a servi-los na comunhão da Igreja, a ser “obediente e dócil” aos chefes da Igreja e a considerá-los com respeito e afeição (CIC 1269). Assim como o Batismo é fonte de responsabilidade e deveres, assim também o batizado goza de direitos no seio da Igreja: direito a receber os sacramentos, a ser alimentado com a Palavra de Deus e a ser apoiado com outras ajudas espirituais da Igreja.

Pergunta feita por Klenyr Moura Salina - Paróquia Divino Espírito Santo / Ponta Porã – MS

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A Diocese em Revista

13 de junho: Reinauguração da CatedralChegada do Núncio no aeroporto

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A Diocese em Revista

14 de junho: Romaria do Sagrado Coração de Jesus

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Vida em família

Prof. Felipe Aquino

Como se preparar para esta situação ou como lidar com ela? Será que precisamos tomar as decisões no lugar dos nossos pais?

Chega um momento da vida em que os filhos se tornam pais dos seus pais, devido à velhice ou doença destes. Assumir esta etapa nem sempre é fácil, pois os filhos estão mais acostumados a vê--los cheios de vitalidade, energia e independência. Como se preparar para esta situação ou como en-frentá-la quando já está presente?

A responsabilidade como filhos adultos é velar pelo bem-estar dos pais. Esta não é simples-mente uma maneira de recompensá-los por tudo o que fizeram pelos seus, mas, acima de tudo, um compromisso que confere a tranquilidade do dever cumprido, de entregar todo o amor recebido deles.

É preciso aceitar que os pais já não são os mesmos que antes; agora provavelmente estão doentes, começam a ter pequenos esquecimentos, reclamam de algumas dores físicas e podem se tornar um pouco teimosos, o que exigirá cada vez mais cuidados da família. Chega a hora de começar a cuidar dos pais, os papéis se invertem.

Esta mudança de mentalidade, ou seja, a assimi-lação do envelhecimento dos pais, pode ser uma rea-lidade difícil de aceitar para algumas pessoas, e isso se manifesta por vezes mediante raiva, impaciência, exigências com os pais, com frases fortes como “Mãe, eu já lhe disse isso!”, “Será que você não entende?”.

A situação obriga a conciliar a própria vida – cônjuge, filhos, trabalho, lar – com as novas exigên-cias dos pais. Esta demanda de tempo por parte dos pais pode provocar problemas no próprio núcleo familiar do filho.

Assim, será necessário conversar com o cônju-ge e com os filhos; dependendo da sua idade, expor a situação dos avós, explicando suas necessidades e

deixando claro que a família não os abandonará, e que seu papel de pais/avós continuará sendo o mes-mo de sempre.

Também é importante pedir seu apoio, pois esta situação será dolorosa e esgotadora. Igualmen-te, será preciso buscar o equilíbrio sem desatender nenhuma das duas famílias.

Algumas maneiras de preparar-se ou enfren-tar a situação:

– A velhice dos pais requer um trabalho con-junto de toda a família. Os filhos precisam se unir e fazer um ajuste no papel de cada integrante, ava-liando sua disponibilidade para este fim, buscando que todos sejam ativos nesta tarefa; a responsabili-dade não deve recair apenas sobre uma pessoa.

– Se for necessário, também poderão analisar as possibilidades financeiras para buscar ajudas ex-tras (enfermeiras, auxiliares etc.) que sirvam de su-porte, mas que de maneira alguma substituirão os filhos em suas responsabilidades.

– Alguns estudos indicam que a carga emo-cional de ter de cuidar de pais idosos poderia ter repercussões negativas em alguns casos. Portanto, é recomendável buscar momentos de lazer, nos quais o cuidador possa se livrar do estresse, isolando-se por alguns instantes desse cenário.

– Se for preciso, pode ser importante con-sultar um profissional especializado nestes casos, como um psicólogo, psiquiatra, geriatra, que darão apoio e orientação para a tomada de decisões, serão um suporte emocional e contribuirão para esclarecer as dúvidas desta difí-cil e delicada etapa.

Como enfrentar o envelhecimento dos pais?

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Casa da Esperança

Áurea F. de ÁvilaPresidente da Diretoria

Gislaene Maria C. BuzzioPresidente do Conselho

A “Casa da Esperança” completará neste ano 18 anos de existência. Entidade que acolhe dependentes de álcool e drogas, sem fins lucrativos, foi fundada em 31 de agosto de 1997, pelo Padre Edson Nogueira de Lima (In memoriam), sendo ele assessorado pelo Padre Otair Nicoletti e um grupo de pessoas ligadas ao grupo Familiar Cristão do cursilho. Ela surgiu pela necessidade de atender pessoas dependentes, que procuravam ajuda na casa paroquial, da Paróquia Santa Teresinha de Dourados.

Para dar início aos trabalhos desta entidade, foram realizadas inúmeras reuniões no centro Pastoral da Catedral. Pessoas de diferentes segmentos da sociedade ajudaram a pensar o projeto da que seria futuramente a “Casa da Esperança”. A semente que foi lançada pelo Padre Edson começava a germinar, mas também inúmeras dificuldades foram aparecendo para se iniciar os trabalhos, a primeira delas foi o espaço para construir a sede. Dom Alberto sensibilizado pela necessidade e vendo aumentar a procura por tratamento, cedeu uma área da diocese, em regime de comodato, localizada no Travessão Castelo da Lagoa, Km 14, lote 01 quadra 05 – Zona Rural – Dourados-MS.

Muitas mãos colaboraram financeiramente e também doaram generosamente seu tempo para ajudar no tratamento dos dependentes. Vale

lembrar alguns nomes que aceitaram o desafio de se colocar a serviço desta entidade são eles: Dom Alberto Forst, Padre Edson Nogueira de Lima, Padre Otair Nicoletti, Áurea Florêncio de Ávila, Onildo Alves Barbosa, Ana Maria da S. Barbosa, Eliza A. Baldasso, Gislaene Maria Cortês Buzzio, Dinalva C. Botti, Maria L.B. Alves, Odil Medeiros Alves, Vanilton C. da Costa e o colaborador Padre Adriano Van de Ven.

Além destes citados acima, às repartições públicas, às paróquias, à sociedade em geral ajudam esta obra que procura responder aos apelos do Papa Francisco, olhar por aqueles que vivem nas “periferias existenciais”, dando-lhes a oportunidade de retornar ao convívio da família e sociedade.

Esta casa recebe dependentes da nossa região, de outros estados e até de países vizinhos e continua a dar a mão a quem quer se livrar das drogas. O escritório para informações fica no centro, na rua: Major Capilé n° 2597, Dourados-MS, telefone 3421–1848 ou 8403-1945.

A Igreja em serviço

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Fatos em foco

Ponta Porã, 6 de junho: Crisma na Paróquia Divino Espírito Santo.

Dourados, 17 de maio: crismas na Paróquia Santa Teresinha.

Dourados, 27 de maio:

Formação permanente para padres,

diáconos e religiosos/as,

no IPAD.

Assentamento Itamaraty, 7 de junho: Crismas.

Dourados, 29 de maio: Celebração dos 50 anos de matrimônio do Diácono Nilson Domingos e Maria Estela.

Dourados, 16 de maio: formatura de catequistas que concluíram a Escola Catequética Maria de Nazaré.

Dourados, 31 de maio: Ordenação

presbiteral de Neuton César

Vieira.

Ponta Porã, 24 de maio:

Crisma na Paróquia São

José.

Dourados, 01 de junho: Encontro para secretários,

cozinheiras e demais funcionários da

Diocese, no IPAD.

Caarapó, 30 de maio: Ordenação presbiteral de Jander da Silva Santos.

Dourados, 04 de junho: Missa e Procissão de Corpus Christi.

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Datas Significativas

Agenda Diocesana

AniversariantesReligiosos/as Padres e Diáconos

Fique por dentro!

Caarapó, 30 de maio: Ordenação presbiteral de Jander da Silva Santos.

Nascimento11. Pe. João Maria dos Santos17. Pe. Teodoro Benites17. Diác. Lourival Centurião Marcelino

Ordenação02. Pe. Pedro Alves Mendes02. Pe. Clarindo Redin, sac04. Pe. Casimiro Facco, sac25. Pe. Ládio Luiz Girardi, sac25. Pe. José Benito Gonzalez, sdb26. Frei Bernardo Dettling, ofm26. Frei Érico Renz, ofm30. Pe. Ciro Ricardo da Silva Freitas

Nascimento04. Ir. Maria Clara da Misericórdia Divina, ocs04. Ir. Santina Pasuch, isj07. Ir. Terezinha Pessini, iascj07. Ir. Nair Ferreira de Brites, isvpg11. Ir. Claudete Boldori, iascj11. Ir. Agraciata do Doce Coração da Virgem Mãe de Deus, fpss25. Ir. Cristina Souza, cicaf27. Ir. Maria Aparecida da Cruz, icmes

Profissão Religiosa19. Ir. Francinete Noronha, cicaf25. Ir. Gema Menegat, isj

04 – Ordenação diaconal de Matheus Clemente Se-lhorst, em Amambai

05 – Inauguração da nova igreja matriz de Nova Al-vorada do Sul – Missa de Ação de graças pelos 40 anos da presença do Caminho Neocatecu-menal na Diocese de Dourados

09 – Reunião de organismos que atuam com a pas-toral indigenista

11 – Missa Ação de graças pelos 25 anos da Comuni-dade Cristo Redentor, em Dourados

12 – Posse do Fr. Silvio José dos Santos, OFM na pa-róquia São José Operário, em Dourados

13 – Encontro fraterno para padres e diáconos na

Chácara São João Maria Vianney

16 – Festa da Padroeira e dedicação do altar na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Dourados

17/18 – Escola Catequética Diocesana, no IPAD19 – Crismas em Deodápolis20/24 – Escola de formação para Agentes de pasto-

ral, no IPAD25 – Crismas em Coronel Sapucaia25/26 – Retiro das Equipes de Nossa Senhora, no

IPAD

03 – São Tomé, Apóstolo – Primeira sexta-feira do mês: Dia de orações pela Igreja Diocesana

05 – 14º Domingo do Tempo Comum09 – Santa Paulina – Aniversário da ordenação

presbiteral de Dom Redovino11 – São Bento12 – 15º Domingo do Tempo Comum16 – Nossa Senhora do Carmo

17 – Santos Mártires das Missões19 – 16º Domingo do Tempo Comum22 – Santa Maria Madalena25 – São Tiago, Apóstolo – São Cristóvão26 – 17º Domingo do Tempo Comum29 – Santa Marta31 – Santo Inácio de Loyola

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