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Norminha
Desde 18/08/2009
Nesta edição: 12 páginas Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - 51/09860-8 - Ano 11 - 14 de novembro de 2019 - Nº 545
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Com apoio das bebidas Funada, Norminha leva curso de HO para Presidente Prudente
MP extingue multa adicional de 10% do FGTS
que ia para União
Norminha, 14/11/2019 O governo extinguiu a multa adicional
de 10% do Fundo de Garantia do Tem-
po de Serviço (FGTS) de demissões
sem justa causa. A decisão faz parte da
Medida Provisória 905, que criou o
Programa Verde e Amarelo, voltado pa-
ra a criação de empregos para os jo-
vens. A MP foi publicada no Diário Ofi-
cial da União, e não altera o pagamento
da multa de 40% para os trabalhadores.
A multa adicional foi criada pela Lei
Complementar 110, de 2001. Em outu-
bro, o secretário especial de Fazenda do
Ministério da Economia, Waldery Ro-
drigues, anunciou que o governo iria
propor a extinção da multa.
Programa Verde e Amarelo, voltado para a
criação de empregos, foi lançado veja
matéria na página 04/12 dessa edição.
Segundo o secretário, o fim da multa
abrirá uma folga de R$ 6,1 bilhões no
teto de gastos para o próximo ano. Isso
porque o dinheiro da multa adicional
deixará de passar pela conta única do
Tesouro Nacional, não sendo mais
computado dentro do limite máximo de
despesas do governo. O dinheiro passa
pelo caixa do governo e é transferido
para a Caixa, gestora do FGTS.
Atualmente, as empresas pagam
50% de multa nas demissões sem justa
causa. Desse total, 40% ficam com o
trabalhador. Os 10% restantes vão para
a conta única do Tesouro Nacional, de
onde são remetidos para o FGTS. N
Curso de Instrutor de
PTA em Ribeirão Preto
Norminha, 14/11/2019 Será realizado em Ribeirão Preto (SP) o
Curso de formação de Instrutor de Ope-
rador de PTA – Plataforma de Trabalho
Aéreo Articulado e Tesoura.
O curso será de 32 horas e voltado
para Técnicos e Engenheiros de Segu-
rança do Trabalho e demais profissio-
nais com interesse em instrução em o-
peração de PTA.
Será aplicado nos dias 27, 28, 29 e
30 de novembro de 2019, das 8 às 18
horas.
Para pagamento até 15/11 a inscri-
ção custa R$790,00 e após R$1.050,00,
incluso apostila e coffe break. Aceita
cartão de crédito.
Inscrições e informações:
(16) 3931-2299
(16) 99991-2526 N
Alagoas realiza VII ENCONTEST Norminha, 14/10/2019 Maceió (AL) vai receber o VII Encontro
Estadual dos Técnicos de Segurança do
Trabalho de Alagoas (ENCONTEST
2019) no próximo dia 29 de novembro,
das 7h30 às 12 horas. O evento ocor-
rerá no SESC no bairro do Poço.
O evento é uma realização do SIN-
TESTAL (Sindicato dos Técnicos de
Segurança do Trabalho no Estado de
Alagoas) em homenagem ao Dia do
Técnico de Segurança e está aberto pa-
ra os estudantes, técnicos de seguran-
ça, tecnólogos em segurança do traba-
lho, bombeiros civis e prevencionistas
de modo geral.
A participação é gratuita e as ins-
crições devem ser feita até dia 27/11
pelo e-mail [email protected].
Não esqueça de levar 1 Kg de ali-
mento não perecível no dia do evento.
As palestras a serem apresentadas
são:
“A maravilhosa arte do técnico de
segurança do trabalho: Profissão, mis-
são ou abnegação?” por Nilton da Silva
Teixeira;
“NR35 – Trabalho em Altura: teoria
e prática” por Valmir Gomes; e,
“Prevenção de acidentes: Fato vs
Fake - O que é feito? Como está sendo
feito? O que não é feito? O que deveria
ser feito?” por Walber Muniz B. Pitom-
beira. N
Norminha, 14/11/2019
Ao completar 10 anos de existência,
Norminha e Navarro Brasil resolveram
dar um presente aos seus seguidores e
realizaram o Curso de Higiene Ocupa-
cional em Araçatuba (SP) com baixo in-
vestimento nas inscrições, possibili-
tando assim a participação de todos os
profissionais da SST.
A ideia deu certo, o curso foi realiza-
do, e em novembro a “dose” foi repetida
com sucesso!
Mediante às solicitações para levar
o Curso em Presidente Prudente (SP)
com os mesmos investimentos aplica-
dos em Araçatuba (SP), buscamos a-
poio do SESMT e direção das Bebidas
Funada e deu certo!
O curso será realizado nos dias 12,
13 e 14 de fevereiro de 2020 na Sala de
Treinamento das Bebidas Funada que
fica na Avenida Presidente Juscelino K.
de Oliveira, 2587, Bairro Esquema –
Presidente Prudente (SP).
O valor normal do curso era ofereci-
do a R$1.200,00 a inscrição, por pes-
soa; com a parceria o valor do curso se-
rá de R$450,00 por pessoa e com des-
contos especiais para pagamento ante-
cipado, ou seja: Pagamento antecipado
da inscrição até 20 de dezembro de
2019: R$300,00. Pagamento antecipa-
do de 21/12/2019 a 20 de janeiro de
2020: R$350,00. Após essa data o valor
da inscrição será de R$450,00. O valor
poderá também ser pago em até 10X
pelo cartão de crédito, via PagSeguro.
Informações/Inscrições no e-mail
[email protected] ou pelo
Whats 18 99765-2705. Vagas limitadas
devido às aulas práticas.
Objetivo de capacitar os profissio-
nais em metodologia e estratégia de a-
mostragem de riscos físicos, químicos
e biológicos, enfatizando a utilização na
prática de instrumentos de avaliação.
Realizar a amostragem prática, verificar
dentro da legislação previdenciária e
trabalhista, e o porquê da necessidade
dessas avaliações. Com os dados cole-
tados, elaborar os Laudos de Insalubri-
dade, Periculosidade (Secretaria do
Trabalho) e LTCAT (Secretaria da Previ-
dência).
Profissionais da SST terão encontro na
Paraíba Norminha, 14/11/2019 O Encontro de profissionais de Segu-
rança do Trabalho da Paraíba será no
próximo dia 27 de novembro, das 8h30
às 11h00 no Auditório da SRT-PB que
fica na Praça Venâncio Neiva, 11 Centro
de João Pessoa/PB.
O evento é gratuito e as inscrições
serão feitas no local.
Os temas a serem abordados serão:
“Os impactos no meio ambiente e na
sociedade em decorrência do derrama-
mento de óleo nas praias do nordeste”
por Lorena Gonçalves da Costa (Eng.
Ambiental da Defesa Civil);
“Apresentação da associação de api-
cultores” por Laércio Silva (Diretor);
“Mulheres na SST: Representativi-
dade, dificuldades e desafios” por Apa-
recida Estrela (Presidente da AEST-PB);
“Atualidades e perspectivas da SST
no Brasil com ênfase nas alterações das
NRs” por Carlos Silva (Pres. Sind. Dos
Auditores Fiscais do Trabalho).
No encerramento ocorrerá algumas
homenagens e sorteio de brindes. N
Norminha, 14/11/2019
Foi emitida no último dia 12 de No-
vembro, a Medida Provisória No. 905
que institui o Contrato de Trabalho Ver-
de e Amarelo, altera a legislação traba-
lhista, e dá outras providências.
Especificamente no Art. 28 são trata-
das as “Alterações na Consolidação das
Leis do Trabalho”, onde é feita uma al-
teração no Art. 167 que passou:
De:
“O equipamento de proteção só po-
derá ser posto à venda ou utilizado com
a indicação do Certificado de Aprova-
ção do Ministério do Trabalho”
Para:
"Art. 167. O equipamento de prote-
ção individual só poderá ser posto à
venda ou utilizado com a indicação de
certificado de conformidade emitido no
âmbito do Sistema Nacional de Metro-
logia, Normalização e Qualidade Indus-
trial - Sinmetro ou de laudos de ensaio
emitidos por laboratórios acreditados
pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia - Inmetro, con-
forme o disposto em ato da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia."
Este Artigo entrou em vigor dia 12
Nov. 2019.
Isto significa que, neste momento,
não temos mais o CA - Certificado de
Aprovação.
Entretanto, considerando que:
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 545 - 14/11/2019 - Fim da Página 01/12
· Trata-se de uma Medida Provisó-
ria, com prazo de vigência de 60 dias,
prorrogáveis uma vez por igual período,
necessitando de aprovação do Con-
gresso;
· A Medida Provisória, estabelece
para o Art.167: “...conforme o disposto
em ato da Secretaria Especial de Previ-
dência do Ministério da Economia.” Ato
ainda não emitido;
· A NR06 continua em vigor;
· A própria Secretaria do Trabalho
colocou em Consulta Pública, até o dia
18/11/19, as Portarias 451, 452 e 453
que regulamentam a emissão do CA;
· O CA é exigido no eSocial e no
PPP;
· A Animaseg apresentou uma pro-
posta de Certificação que mantinha o
CA e que estava sendo negociada com
a Secretaria do Trabalho há vários me-
ses; e
· Não existe nenhum esclarecimento
sobre como funcionará com o novo tex-
to e o período de transição.
Assim a Animaseg sugere a todas as
empresas e laboratórios que mante-
nham os procedimentos para emissão/
renovação de CA até que a Medida Pro-
visória seja aprovada e/ou os critérios
de transição sejam estabelecidos.
A Animaseg continuará envidando
todos seus esforços para que o CA seja
mantido, conforme proposta em nego-
ciação com a Secretaria do Trabalho. N
Temos vagas e cursos confirmados
Instrutor de Segurança em
Espaço Confinado e Supervisor
de Entrada em Araçatuba (SP)
21, 22, 23, 28 e 29/Novembro!
Instrutor de Segurança para
Líquidos Combustíveis e
Inflamáveis em Presidente
Prudente (SP)
25, 26 e 27/Novembro!
Informações:
18 99765-2705 (Whats)
- SECRETARIA TRABALHO - ARQUIVOS - INMETRO - ANAMT - CBO - CA EPI - OBSERVATÓRIO SST - OBSERVATÓRIO VIÁRIO - MINISTÉRIO DA ECONOMIA - FACEBOOK NORMINHA - FUNDACENTRO - OIT BRASIL - ABHO - NRs
Entre tantas atividades pelo Brasil a
fora, Dr. José Luis Garcia Navarro (fo-
to), em parceria com Norminha, está
dedicando parte de seu tempo na apli-
cação de cursos como forma de repas-
sar, além de técnicas, sua vivência aos
profissionais interessados. N
Comunicado da Animaseg sobre o cancelamento do CA dos EPIs
Profissionais que atuam pelo desenvolvimento sustentável
divulgam posicionamento Norminha, 14/11/2019 Os profissionais que atuam pelo desenvolvimento sustentável, representados pela
Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abra
ps), manifestaram, no dia 1 de outubro de 2019, por meio de sua diretoria e conse-
lho deliberativo, a sua posição e preocupações em relação aos acontecimentos que
estamos presenciando no Brasil e no mundo.
Nesta carta aberta eles elucidam que estes acontecimentos referem-se as polê-
micas quanto às condições atuais das políticas públicas de uso dos recursos e ser-
viços ambientais, preservação dos biomas, meio ambiente e as discussões travadas
sobre a existência e os efeitos das mudanças climáticas.
Desenvolvimento sustentável em primeiro lugar
“Infelizmente, estamos presenciando uma abordagem que só favorece a polari-
zação sobre estas importantes agendas, colocando os cuidados com o meio ambi-
ente em contraposição a economia e vice-versa. Um caminho pouco produtivo, que
tende a abrir mais fissuras e confusões sobre fatores cientificamente comprovados,
desviando a atenção e o foco das discussões e ações sobre a questão fundamental
de base: como conciliar o desenvolvimento econômico desejado e necessário com
a responsabilidade ambiental e social, uma vez que estes são fatores sistêmicos e
indissociáveis para a construção de premissas sustentáveis de desenvolvimento?
Temos a clareza que o desenvolvimento econômico depende fundamentalmente
de uma agenda política, institucional e práticas que assegurem o uso responsável
dos recursos e serviços ambientais, e que deve fomentar a inclusão social e respei-
tar os fundamentos básicos do meio ambiente, de direitos humanos universais e o
aprimoramento cultural e político de toda a sociedade. Discursos motivados por
uma agenda protecionista de curto prazo ou por falta de compreensão plena das re-
lações sistêmicas que o desenvolvimento sustentável exige, tem se amplificado em
acusações pouco fundamentadas ou com abordagens estreitas e unilaterais, muitas
vezes ideológicas e com pouco espaço para o contraditório, comprometendo assim
os avanços de uma agenda construtiva que privilegie o desenvolvimento sustentá-
vel.
Combate às fake news do meio ambiente - Reconhecemos que movimentos de
mudanças vindos da base do tecido social ou impulsionados por governos, empre-
sas e instituições, nos mais variados formatos ganham força e legitimidade e levan-
tam a bandeira contra o aquecimento global ao mesmo tempo que “Fake News” so-
bre esse tema aparecem de todos os lugares e cada vez mais precisamos aprender
a separar o joio do trigo antes de disseminar informações cuja procedência não se
conhece ou não se comprova em nossos meios de comunicação.
Notícias verdadeiras e não verdadeiras sobre meio ambiente são publicadas dia-
riamente, gerando dúvidas e angústias. Para evitar isso precisamos estar sempre
bem informados, checando e rechecando as fontes, assim como sempre devemos
fazer uma análise e adotar uma postura crítica construtiva sobre nossa contribuição
e responsabilidade para o desenvolvimento sustentável, ou seja, precisamos ir além
do compartilhamento de notícias, precisamos ser protagonistas das mudanças que
desejamos ver no mundo.
Leia a carta completa no link: https://ecowords.com.br/profissionais-qu…m-
posicionamento/ N
Página 02/12 - Norminha - Nº 545 - 14/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 545 - 14/11/2019 - Fim da Página 02/12
MP 905 muda o auxílio-acidente e
seguro desemprego Norminha, 14/11/2019 Seguro desemprego
O beneficiário do seguro desempre-
go será segurado obrigatório do INSS
durante os meses de percepção do be-
nefício.
Em razão disso, o segurado que re-
ceber o seguro desemprego terá des-
conto do INSS.
Será contabilizado como salário de
contribuição, o segurado pode contabi-
lizar o período na aposentadoria - tanto
quanto ao valor recebido como tempo
de contribuição.
Além de contar como salário de con-
tribuição, o período de graça só come-
çará quando terminar o prazo de rece-
bimento do benefício do seguro-de-
semprego.
Auxílio-acidente
A principal mudança é no valor ini-
cial do benefício, que corresponderá a
cinquenta por cento do benefício de a-
posentadoria por invalidez.
Atualmente, o valor da aposentado-
ria por invalidez é de 100% da média –
sem qualquer redução no valor. N
Fim do DPVAT: o que isso significa? Norminha, 14/11/2019 A Medida Provisória nº 904 foi publica-
da na terça-feira (12/11) no Diário Ofi-
cial da União, determinando a extinção
do Seguro DPVAT a partir de 2020, fi-
cando cobertos apenas os acidentes o-
corridos até o dia 31/12/2019.
Lendo comentários sobre essa notí-
cia percebi que ainda existem muitas
dúvidas em relação ao Seguro DPVAT e
o impacto dessa medida, por isso re-
solvi fazer esse texto para tentar expli-
car melhor o que é, a quem se destina e
como é custeado esse seguro.
Afinal, o que é o DPVAT?
A primeira grande confusão é com
relação à sua natureza. Muitas pessoas
acreditam que se trata de um imposto
(talvez em razão de o pagamento ser
efetuado junto com o IPVA), mas não é
bem assim.
A sigla DPVAT significa Seguro O-
brigatório de Danos Pessoais causados
por Veículos Automotores de Via Ter-
restre. Ou seja, ele não é um imposto, e
sim um seguro, porém com a diferença
de ser obrigatório para os proprietários
de veículos automotores.
Qual o benefício oferecido?
As indenizações do Seguro DPVAT
são pagas a todas as vítimas de aci-
dentes que envolvam veículo automo-
tor, mesmo que essa vítima nunca te-
nha feito pagamento do prêmio. É o ca-
so, por exemplo, de pedestres ou ci-
clistas atropelados por veículos auto-
motores (carros, motos, ônibus, cami-
nhão etc).
Existem três tipos de coberturas:
morte, invalidez permanente e reembol-
so de despesas médicas e suplemen-
tares (DAMS).
No caso de morte, a família da vítima
recebe o valor de R$ 13.500,00 (treze
mil e quinhentos reais). Para invalidez
permanente existe uma tabela para
quantificar o grau da lesão, podendo
chegar até R$ 13.500,00 (treze mil e
quinhentos reais). Já para reembolso de
despesas, o valor pode chegar até R$
2.700,00 (dois mil e setecentos reais)
dependendo do valor comprovado dos
gastos.
E de onde vem o dinheiro para paga-
mento das indenizações do Seguro DP
VAT?
Em todo seguro, para obter o benefí-
cio, o segurado deve pagar um “prê-
mio”, que é o valor anual ou mensal pa-
go para a seguradora. No caso do DP
VAT esse valor é pago anualmente junto
com o IPVA e o licenciamento do veí-
culo. Ou seja, as indenizações não são
custeadas pelo governo.
Em 2019, os valores pagos pelos
proprietários de veículos foram de R$
16,21 (dezesseis reais e vinte um cen-
tavos) para automóveis e R$ 84,58
(oitenta e quatro reais e cinqüenta e oito
centavos) para motocicletas.
Desse valor arrecadado, 50% vai
para o pagamento das indenizações;
45% é destinado ao SUS e 5% ao
DENATRAN (para implantar medidas
educativas de trânsito). Assim, esse
valor anual pago pelos proprietários de
veículos, além de custear as indeni-
zações, também ajuda a financiar a
saúde pública.
Por que o Seguro DPVAT foi extin-
to?
A justificativa apresentada pelo Pre-
sidente Jair Bolsonaro ao anunciar a
Medida Provisória foi a de evitar frau-
des. Segundo a Superintendência de
Seguros Privados (Susep), autarquia fe-
deral vinculada ao Ministério da Econo-
mia, muitas pessoas usavam de meios
fraudulentos para receber o seguro sem
ter direito.
Quais as conseqüências da extinção
do Seguro DPVAT?
Com a medida, não será mais ne-
cessário pagar o DPVAT junto com o li-
cenciamento de 2020, porém não have-
rá mais pagamento de indenizações pa-
ra acidentes ocorridos a partir de 01/
01/2020. Com a reserva acumulada dos
anos anteriores, será realizado o paga-
mento das indenizações remanescentes
e o repasse do SUS por três anos.
De 2009 a 2018 foram pagos mais
de 4,5 milhões de sinistros, e a maior
parte dos que requerem o benefício são
aqueles que não dispõem de condições
de pagar seguros particulares, que são
muito mais caros que os R$ 16,21 co-
brados pelo DPVAT. No primeiro se-
mestre desse ano foram pagas 18.841
indenizações por morte; 103.068 inde-
nizações por invalidez permanente; 33.
123 indenizações para despesas médi-
cas.
Quer saber mais?
Acesse:
www.anahelenaguimaraes.adv.br
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Ou mande um e-mail para:
Curso de Formação de Instrutor de Operador de PTA – Plataforma de
Trabalho Aéreo Articulado e Tesoura
Ribeirão Preto (SP) 27, 28, 29 e 30 de novembro - 08 às 18 horas
Investimento de R$790 até 15/11 e após
R$1.050,00 com apostila e coffee Break
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Para Técnicos e Engenheiros de Segurança do Trabalho e demais
com interesse em instrução em Operação de PTA
INSCRIÇÕES/INFORMAÇÕES:
(16) 3931-2299 – (16) 99991-2526 [email protected]
Atendemos em sua cidade ou região:
Nossos Cursos: Formação Instrutores Trabalho em Altura - NR 35, Espaço
Confinado - NR 33, CIPA -NR 5, Operadores de: Empilhadeira, Ponte Rolante,
Pá Carregadeira, PTA, entre outros.
A ESTI-MO que realiza o curso,
tem 33 anos de experiência em
treinamento e formação de
profissionais.
Objetivo é colher opiniões de pesquisadores, cidadãos e empresários
Governo deve lançar consulta pública sobre inteligência artificial
STF mantém decisão que proíbe gestantes em atividade insalubre
Página 03/12 - Norminha - Nº 545 - 14/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 14/11/2019 O governo federal deve lançar até o fim
do ano consulta pública com uma pro-
posta de estratégia nacional de inteli-
gência artificial. O objetivo é colher opi-
niões e considerações de pesquisado-
res, cidadãos, empresários e gestores
públicos sobre quais políticas públicas
devem ser adotadas pelo Estado para
fomentar o uso dessa tecnologia no
país.
A estratégia está em elaboração pelo
Ministério da Ciência, Tecnologia, Ino-
vações e Comunicações (MCTIC), com
auxílio de uma consultora contratada, a
professora de Ciência da Computação
Rosa Maria Viccari, da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
Em debate na 5a Semana de Inova-
ção, a representante do MCTIC Karla
Cavalcanti informou que estão sendo a-
valiadas experiências de quase 30 paí-
ses para formular a proposta. Após a
consulta, os comentários serão conso-
lidados e a estratégia será publicada
como uma política nacional para o se-
tor.
“Estamos cada vez mais colocando
órgãos e entidades privadas. A tendên-
cia é que cada vez mais a gente vá
construindo esse documento com todo
mundo. E a consulta pública vai dar o-
portunidade para cada profissional ou
pesquisador que trabalha com o tema
de colocar suas opiniões”, disse Karla
Cavalcanti.
O representante do Tribunal de Con-
tas da União (TCU) Wesley Vaz desta-
cou a importância de fortalecer a forma-
ção nas carreiras relacionadas à área.
Ele citou dados da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econô-
mico (OCDE) segundo os quais os e-
gressos de cursos de ciência e tec-
nologia são 8% menores do que a mé-
dia da organização.
“Temos dificuldade de [encontrar]
pessoas que possam lidar com inteli-
gência artificial, tanto no serviço públi-
co quanto no setor privado. Temos pou-
cas pessoas e a formação não neces-
sariamente discute o assunto de imedi-
ato”, comentou Vaz.
O chefe de inteligência artificial da
empresa Neoway, Ricardo Fernandes,
ressaltou que, atualmente, faltam traba-
lhadores com qualificação na área.
“Muitas vezes, as empresas ficam bri-
gando por poucos engenheiros. E ou-
tros acabam saindo do país, pois rece-
bem em outra moeda e ganham benefí-
cios”, comentou.
O consultor do Senado Jacson de
Medeiros relatou a experiência france-
sa, que transformou quatro centros de
pesquisa em locais dedicados ao de-
senvolvimento de soluções em inteli-
gência artificial, com quadro próprio de
pesquisadores. Uma das medidas para
reter os talentos foi dobrar o salário dos
profissionais para evitar a evasão.
Centros de pesquisa
O titular do MCTIC, Marcos Pontes,
anunciou na Semana de Inovação a cri-
ação de oito centros de pesquisa em in-
teligência artificial. Um dos laborató-
rios será para pesquisa “pura”. Outros
quatro serão voltados para áreas elen-
cadas na Política Nacional de Internet
das Coisas: saúde, agricultura, indús-
tria e saúde. O quarto centro terá como
objetivo desenvolver aplicações de go-
verno. N Agência Brasil
Norminha, 14/11/2019
Operações coordenadas por auditores-
fiscais da Secretaria Especial de Previ-
dência e Trabalho do Ministério da Eco-
nomia resultaram na retirada de 11 jo-
vens de situações de trabalho infantil
em casas de farinha nos estados da Ba-
hia e do Sergipe. A atividade em estabe-
lecimentos deste tipo está tipificada no
Decreto 6481/2008, que trata da Lista
das Piores Formas de Trabalho Infantil
(Lista TIP).
Na região de Lagarto (SE), foram en-
contrados três adolescentes trabalhan-
do irregularmente em duas casas dife-
rentes. Os jovens, com idades entre 15
e 17 anos, realizavam principalmente a
atividade de raspagem de mandioca.
Na Bahia, oito crianças e adoles-
centes, de oito a 17 anos, foram retira-
das de duas casas de farinha fiscaliza-
das no município de Crisópolis. As in-
formações colhidas durante a operação
foram repassadas às prefeituras dos
municípios em que se localizavam as
casas de farinha, objetivando assistên-
cia e acompanhamento das famílias al-
cançadas e, ainda, a prevenção de no-
vos casos.
Realizadas entre 23 e 31 de outubro,
as operações foram coordenadas por
auditores dos grupos móveis de fiscali
CURSO EM ARAÇATUBA (SP)
Norminha, 14/11/2019 Por unanimidade e em ambiente virtual,
o Supremo Tribunal Federal (STF) re-
jeitou recurso da Advocacia-Geral da
União (AGU) e manteve a decisão, to-
mada em maio pelo plenário, que proí-
be o trabalho de gestantes em ativida-
des com qualquer grau de insalubri-
dade.
Também de modo unânime, os mi-
nistros decidiram sequer apreciar, por
questões processuais, um segundo re-
curso em que Confederação Nacional
de Saúde (CNSaúde) pedia o adiamento
dos efeitos da decisão para dar tempo
de o governo reavaliar a real insalubri-
dade em diferentes atividades e ambi-
entes hospitalares.
No julgamento de maio, os minis-
tros do Supremo entenderam, por 10
votos a 1, ser inconstitucional um ter-
cho da reforma trabalhista de 2017 que
previa a necessidade de recomendação
por meio de atestado médico para que
gestantes pudessem ser afastadas de
atividades insalubres em grau médio e
mínimo, e em qualquer grau para lac-
tantes.
Determinação proíbe atuação de
grávidas em atividades insalubres -
Arquivo/Agência Brasil
A partir de então, passou a valer a
regra anterior da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), cujo artigo 394-A
prevê o afastamento de gestantes de ati-
vidades com qualquer grau de insalu-
bridade.
Por meio de um embargo de decla-
ração, tipo de recurso que busca es-
clarecer pontos de uma decisão, a AGU
pediu ao Supremo para declarar que a
gestante poderia se manter na atividade
formalmente classificada como insalu-
bre se houvesse comprovação científica
de que não haveria risco à gravidez ou
ao bebê.
“Isso porque pode haver, por meio
de estudos científicos carreados por ór-
gãos oficiais, comprovação acerca da
ausência de risco à saúde da mulher e
do feto”, escreveram o advogado-geral
da União substituto, Renato de Lima
França, a secretária-geral de Conten-
cioso da AGU, Izabel Vinchon Nogueira
de Andrade, e a advogada da União Ma-
ria Helena Martins Rocha Pedrosa.
Eles pediram que a decisão sobre o
afastamento de gestantes surtisse efeito
somente daqui a seis meses, permitin-
do assim que os órgãos competentes
pudessem auferir o risco real à saúde de
gestantes e fetos em diferentes ativida-
des, sobretudo na área de saúde e no
ramo hoteleiro. O embargo da AGU le-
vantou também o impacto aos cofres
públicos do aumento no pagamento de
salário-maternidade, benefício cujo ô-
nus é arcado pelo Estado.
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Os ministros do Supremo, porém,
não acolheram os argumentos, e manti-
veram o efeito imediato da decisão. Vo-
tou por rejeitar os embargos inclusive o
ministro Marco Aurélio Mello, único
que havia votado, em maio, contra a
proibição de gestantes em atividades
insalubres.
Desse modo, as mulheres grávidas
devem ser afastadas de imediato de to-
da atividade insalubre, em qualquer
grau. Caso não seja possível realocá-la
em outro tipo de serviço, a gestante de-
ve deixar de trabalhar e passar a receber
salário-maternidade, nos termos da lei
que regulamenta o benefício, prevê a
decisão.
Em nota, a CNSaúde disse ter se
reunido com o presidente do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), Re-
nato Vieira, no fim de outubro, para pe-
dir que seja regulamentado o paga-
mento do salário-maternidade por perí-
odo superior aos 120 dias previstos na
lei, de modo a dar maior segurança jurí-
dica aos empregadores.
Segundo a confederação, as mulhe-
res representam hoje 76% dos contra-
tos formais de trabalho no setor de saú-
de, o equivalente a mais de 1,7 milhão
de postos de trabalho.
N
Agência Brasil
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Ações retiram 11 jovens de atividades proibidas em casas de farinha
zação de combate ao trabalho escravo e
de enfrentamento ao trabalho infantil da
Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia.
Elas contaram com a participação do
Ministério Público do Trabalho, da De-
fensoria Pública da União e da Polícia
Rodoviária Federal.
Vínculos
Além de retirar as crianças e os a-
dolescentes do trabalho irregular, hou-
ve interdição de maquinário e forne-
cimento aos empregadores as orienta-
ções necessárias para a efetivação das
adequações pertinentes, relativas, à au-
sência ou inadequação de proteções
nas máquinas utilizadas no beneficia-
Auditores-fiscais também identificaram
118 pessoas em contratação informal
de trabalho
mento da mandioca.
Os auditores também identificaram
nas ações fiscais irregularidades no
vínculo empregatício em 19 casas de
farinha. No total, eram 118 trabalha-
dores com contratação informal de tra-
balho. As empresas têm o prazo de 15
dias para a regularização. N
Governo tem expectativa de gerar 1,8 milhão de empregos com programa
Registro Bíblico de acidente por “Quedas” de nível diferente:
Norminha, 14/11/2019 Terça-feira fatídica, 25 de setembro, o mensageiro de Séforis levou até Nazaré a trági-
ca notícia de que José, padrasto de Jesus, que havia sido gravemente ferido pela queda
de um mastro, enquanto trabalhava na residência do Governador (*1). - “Quando você
construir uma casa nova, faça um parapeito em torno do terraço, para que não traga so-
bre a sua casa a culpa pelo derramamento de sangue inocente (*2).
As descrições de mortes por queda de telhado repetem-se de maneira uniforme: há
um trabalhador exercendo atividades em área de risco de queda de altura. As telhas
quebram-se, soltam-se, o trabalhador cai e o resultado é fatal. É constante a ausência
de medidas mínimas de prevenção de acidentes, tais como: ordem de serviço ou per-
missões de trabalho; cabo de segurança ou linha de vida dimensionado por profissional
devidamente habilitado; sinalização de advertência ou de isolamento de área; forne-
cimento de cinto de segurança do tipo paraquedista; medidas alternativas e comple-
mentares que permitam a movimentação segura dos trabalhadores em telhados ou co-
berturas.
Dentro do grupo “quedas” destacam-se os seguintes elementos imediatos:
Situação %
Queda durante a realização de serviços em telhado 22,5
Queda em ou de andaime suspenso mecânico ou de andaime simplesmente
apoiado
16,9
Queda de periferia de edificação 7
Queda de equipamento de guindar ou transportar pessoa ou material 5,6
Outras quedas de um nível a outro 9,9
Período de agosto de 2001 a dezembro de 2007 na região do Rio Grande do Sul
Vejam os exemplos para quedas de telhados:
1- O trabalhador colocava cabos para instalação de câmaras de segurança em telha-
do de igreja. Ao movimentar-se sobre as telhas, uma delas quebrou e o trabalhador
caiu de cerca de doze (12) metros, resultando em óbito;
2- O trabalhador era impressor em gráfica. Havia vazamento no telhado e foi-lhe de-
terminado que verificasse o problema. O trabalhador caiu do telhado e faleceu;
3- Ao realizar reparo em telhado de armazém portuário, a telha cedeu ao peso do
trabalhador. Não havia equipamentos ou medidas que permitisse a movimentação se-
gura do trabalhador, quando sofreu a queda e falecer;
4- Em conserto de telhado de ginásio de esportes, houve quebra de telhas sob o pe-
so do trabalhador, o que resultou na queda de oito metros de altura;
5- O trabalhador estava trocando as telhas de galpão de haras. Foi encontrado morto,
caído no solo. A necropsia evidenciou traumatismo crânio-encefálico;
6- O trabalhador caiu de, aproximadamente, oito metros de altura, devido a ruptura
de telhas sob seu peso, quando realizava a tarefa de varrer o telhado de depósito de
grãos;
7- O zelador de edifício estava consertando antena de televisão no telhado de con-
domínio, quando caiu de altura correspondente a doze andares;
8- O trabalhador estava consertando telhado de pavilhão industrial. Precisou descer
e desconectou o talabarte ao chegar na beirada do telhado. A telha sobre a qual estava
cedeu e houve queda de altura de dez metros. Não havia onde fixar o cinto de segurança
durante a descida do telhado.
Podemos observar como fato semelhante os acidentes por queda em andaimes:
O andaime suspenso mecânico estava sendo utilizado para pintura de fachada.
Um dos cabos de sustentação do andaime estava fixado em detalhe ornamental do edifí-
cio, que cedeu sob o peso do equipamento; seus fragmentos, constituídos de tijolos e
reboco, caíram sobre a cabeça do trabalhador, que faleceu na hora. Um dos lados do
andaime caiu;
Um dos cabos de sustentação de andaime suspenso mecânico rompeu-se cau-
sando queda do equipamento do lado correspondente. O trabalhador deslizou pelo piso
do andaime e caiu de altura de cinco metros;
Ao sair do andaime, o trabalhador caiu no vão entre o equipamento e a parede do
edifício. Não havia cabo independente para fixação do cinto;
O piso de trabalho do andaime suspenso mecânico quebrou sob o piso de dois
trabalhadores e do material utilizado para reboco em fachada de edifício. A queda de
altura correspondente a três andares levou um dos trabalhadores ao óbito;
Os sacos de areia que serviam de contrapeso para fixação de andaime sus-penso
deslocaram-se, causando a queda do equipamento. As cordas onde estavam presos os
cintos de segurança dos trabalhadores romperam-se na altura da laje su-perior do edifí-
cio ao serem submetidos à tração pelo peso dos trabalhadores. A queda foi de aproxi-
madamente seis metros.
Quanto aos casos de exposição a forças mecânicas inanimadas, ou seja, impactos
causados por objeto lançado, projetado ou em queda, na sua maioria, causando morte
imediata. Observem exemplos registrados:
I-O trabalhador foi atingido por carga de aproximadamente uma tonelada de grânu-
los de polipropileno. A carga foi derrubada porque houve quebra do pallet onde era ar-
mazenada;
II-O trabalhador foi atingido por peça que estava sendo içada por grua, que foi lança-
da quando uma das partes desse equipamento se rompeu;
III-O trabalhador foi atingido por carga que estava sendo içada por grua, ao ocorrer
ruptura do sustento vertical desse equipamento;
IV-O trabalhador foi atingido por carrinho de mão que caiu de elevador de materiais.
Não havia isolamento da área do elevador e não havia dispositivos que impedissem a
queda de materiais do elevador;
V-O trabalhador foi atingido por tubos de aço que caíram de pilha, onde estavam
sendo armazenados, para serem içados por ponte rolante. N
Jorge Gomes –Pesquisador, Estudioso,
Auditor Interno em Especialista em Engª.de Segurança e Medicina do Trabalho
Página 04/12 - Norminha - Nº 545 - 14/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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balho (CLT) para permitir o trabalho
aos domingos e feriados. A proposta de
mudar a CLT chegou a constar na Me-
dida Provisória da Liberdade Econômi-
ca, mas foi derrubada no Senado.
Pela proposta, quem trabalhar aos
domingos ou em feriados tem direito ao
seu repouso semanal remunerado com-
pensatório em qualquer outro dia da
mesma semana.
A intenção do governo é que essa
autorização não tenha que passar mais
pelos acordos trabalhistas. O governo
acredita que, com a alteração, 500 mil
empregos serão gerados na indústria e
varejo até dezembro de 2022.
Microcrédito
O pacote de medidas também inclui
outros pontos, como o incentivo ao mi-
crocrédito. A proposta é endereçada pa-
ra as pessoas de baixa renda. Estima-
tiva do governo diz que apenas 6,7 mi-
lhões de um total de 38,6 milhões de
indivíduos do Cadastro Único do go-
verno para os programas sociais pos-
suem empréstimos ativos e que, entre a
população que recebe até 1 salário mí-
nimo por mês, os tomadores de crédito
representam 11%.
O pacote prevê a revisão de regras
para que o microcrédito alcance 10 mi-
lhões de pessoas que não possuem
conta bancária, o que, segundo o go-
verno, colocaria R$ 40 bilhões disponí-
veis para crédito.
Outra frente é a da reabilitação pro-
fissional. Uma das propostas visa rein-
serir no mercado de trabalho 1 milhão
de pessoas afastadas por incapacidade.
De acordo com o governo, hoje menos
de 2% das pessoas que recebem bene-
fício por incapacidade são reabilitadas
no Brasil.
Também haverá o incentivo para a
contratação de pessoas com deficiên-
cia, visando o preenchimento de mais
de 380 mil postos de trabalho.
N
Agência Brasil
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Norminha, 14/11/2019
O Contrato Verde e Amarelo, lançado
na segunda-feira (11/11) pelo governo,
tem a expectativa de gerar cerca de 1,8
milhão de empregos de até 1,5 salário
mínimo até 2022. O público-alvo são
jovens entre 18 e 29 anos que não têm
experiência formal de trabalho.
O pacote de medidas prevê, entre
outros pontos, a flexibilização do traba-
lho aos sábados e domingos e a deso-
neração do Fundo de Garantia do Tem-
po de Serviço (FGTS) para empregado-
res. Segundo o governo, com o pacote
haverá redução em cerca de 30% dos
custos para o empregador.
Juventude
O pacote de medidas para a juventu-
de determina que as empresas que a-
derirem ao programa poderão ter até
20% de seus funcionários nessa moda-
lidade. Os novos contratos poderão ser
firmados de 1º de janeiro de 2020 até e
31 de dezembro de 2022.
O prazo dos contratos será de até 24
meses, mesmo que o final do contrato
ultrapasse a data de encerramento do
programa. Ao final de cada ano, haverá
um acordo extrajudicial de quitação de
obrigações.
As empresas que aderirem ao Con-
trato de Trabalho Verde e Amarelo ficam
isentas da contribuição previdenciária,
do salário-educação e da contribuição
social destinada ao Sistema S.
O empregador poderá acordar com o
trabalhador a contratação de seguro
privado de acidentes pessoais, com co-
bertura para morte acidental, danos
corporais, estéticos e morais, no tocan-
te ao pagamento de adicional de pericu-
losidade.
O empregado receberá mensalmente
o pagamento imediato, além do equiva-
lente ao pagamento do proporcional a
1/12 do décimo terceiro salário e das
férias, com acréscimo de um terço.
Projeto-piloto
O Secretário Especial de Trabalho,
do Ministério da Economia, disse que a
iniciativa é um projeto-piloto, por isso
o governo focou na faixa da juventude,
por ser a mais vulnerável ao desempre-
go. “Esse programa é um piloto e por tal
tivemos que fazer uma opção”, disse.
Segundo Marinho, o impacto fiscal
das desonerações para o empresariado
será de cerca de R$ 10 bilhões. “O custo
da desoneração ao longo de cinco anos
é em torno de R$ 10 bilhões e a com-
pensação é em torno de R$ 11 bilhões
a 12 bilhões”, disse.
Seguro-desemprego
Entre as medidas que vão gerar essa
compensação para os cofres do gover-
no está a alteração nas regras do segu-
ro-desemprego. A metodologia propos-
ta pelo governo prevê que quem receber
o seguro deverá pagar uma contribui-
ção mínima para o INSS de 7,5%. Co-
mo contrapartida, o governo propõe
contar o período do seguro-desempre-
go para a aposentadoria.
“As cinco parcelas mínimas do se-
guro-desemprego seriam contadas co-
mo período passível, ao longo de 30
anos de trabalho laboral, seria contado
como contribuição”, disse Marinho.
“Vamos levar o seguro-desemprego pa-
ra fins de contagem para aposentado-
ria”.
Trabalho aos domingos
O pacto do governo também propõe
alterar a Consolidação das Leis do tra-
Impactos sobre a Reforma da Previdência
Página 05/12 - Norminha - Nº 545 - 14/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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to para cada ano de contribuição na ati-
vidade especial, exceto para aquela que
se refere o inciso I do caput, cujo acrés-
cimo será aplicado pra cada ano que
exceder quinze anos de contribuição.
Ao voltarmos os olhos para o início
deste texto, percebemos que a seguri-
dade social foi criada com o objetivo de
amparar os trabalhadores, principal-
mente os mais vulneráveis, sendo que
a presente reforma, infelizmente igno-
rou o princípio básico da seguridade,
principalmente quanto os segurados
“especiais” que, habitualmente, são
pessoas excluídas da sociedade, sem
voz; não raro são lixeiros, cortadores de
cana-de-açúcar, mecânicos e eletricis-
tas. Frequentemente, os segurados são
pessoas que não suportam mais a força
exigida pelo trabalho, a situação des-
gastante sofrida e adentram os escritó-
rios de advocacia já com problemas de
saúde instalados: é a audição que não é
a mesma devido ao ruído, são as dores
na coluna pelo excesso de peso trans-
portado, é a exposição contínua ao sol
e as de pele e a exaustão; são os li-
xeiros, que podem ter intoxicação; são
as enfermeiras e as secretárias de hos-
pital, expostas aos produtos químicos e
a pessoas doentes, colocando a própria
saúde em risco.
Infelizmente, somente o tempo po-
derá nos dizer como ficará algumas si-
tuações previdenciárias, uma vez que,
há normas na reforma aprovada que fe-
rem a Constituição Federal e portanto
são passíveis das ações de inconstitu-
cionalidade, seja por meio das ADIS,
em que os legitimados poderão propor,
ou seja, por meio de controle Difuso,
onde cada advogado, diante do caso
concreto poderá alegar.
Versa estudos do governo que a re-
forma da previdência trará impactos e-
conômicos positivos para o país. Antes
de tudo é importante lembrar que, qual-
quer gasto feito pelo governo, é na ver-
dade um gasto feito pela sociedade, en-
tretanto, ao disponibilizar recursos para
os mais pobres é colaborar para a
igualdade no país. Na linguagem dos e-
conomistas, temos uma política pro-
gressiva. Na linguagem popular, é coi-
sa boa. Mas, quando há um subsidio pa
ra minorias, tratar-se de uma transfe-
rência de dinheiro da população para
uma minoria que já tem. Na linguagem
técnica, uma política regressiva. Na lin-
guagem popular, algo ruim.
Entretanto, estudiosos da previdên-
cia, dentre os quais Denise Lobato Gen-
til, afirmam que a propaganda sobre a
falência da previdência é adulterada,
vez que demonstra que os cálculos a-
presentados pelo Governo são diversos
daquilo que propõe a Constituição de
1988, pois levam em consideração ape-
nas as contribuições ao Instituto Nacio-
nal do Seguro Social (INSS), que inci-
dem sobre a folha de pagamento e omi-
tem as demais fontes de custeio desti-
nadas a este sistema, como a Contri-
buição Social sobre o Lucro Líquido (C
SLL), a Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira (CPMF), a
Contribuição para o Financiamento da
Norminha, 14/11/2019
Por Larissa Fatima Russo Françozo*
Desde os tempos mais remotos,
testemunha-se a preocupação do ho-
mem com os infortúnios da vida, estan-
do, cada vez mais, empenhado em re-
duzir os efeitos das adversidades de
sua existência, como, por exemplo, do-
enças, fome e velhice, ou seja, os mais
diferentes impactos do cotidiano pre-
vistos no art. 1º da Lei 8213/91.
A origem da proteção social reporta
ao seio familiar, vez que, outrora, esta
representava uma instituição forte, com
pessoas vivendo juntos em lares, sendo
responsabilidade dos mais jovens ga-
rantir o conforto e a alimentação dos
mais velhos. No entanto, apesar dessa
íntima organização social, nem todos
os indivíduos eram capazes de susten-
tar a sua família. Foi, então, que o Esta-
do observou a necessidade de se criar
um instrumento para auxiliar as pes-
soas mais necessitadas e, assim, nas-
ceu, na Inglaterra, a chamada Lei dos
Pobres.
Já no Brasil, o primeiro ato governa-
mental ocorreu em 1923, mediante a
criação e promulgação da Lei Eloy Cha-
ves, considerada o marco legal do sur-
gimento da Previdência Social em nos-
sa pátria. Foi está lei que lançou a base
jurídica e conceitual sobre o qual o sis-
tema da Previdência Social seria cons-
truído, e ainda instituiu também a cria-
ção de uma Caixa de Aposentadorias e
Pensões (CAP). Tal legislação, todavia,
apenas era válida para os trabalhadores
ferroviários; com isso, somente uma
pequena parte e, específica, da popula-
ção restava beneficiada com a “seguri-
dade social”.
O texto constitucional de 1988, an-
tes da reforma da previdência de 2019,
apresentava princípios de cidadania,
dentre os quais que todo ser humano
tenha garantidos os direitos de bem-
estar social e segurança; sendo assim,
quando a assistência social foi reco-
nhecida como um direito de cidadania
e de serviços de saúde, demandou que
tais fossem estendidos a todas as pes-
soas, independente de estarem (ou não)
no mercado formal de trabalho.
No Brasil, existem várias modalida-
des de benefícios previdenciários, den-
tre os quais figura o benefício da apo-
sentadoria especial, conhecido como
espécie 46. Este tipo de benefício é con-
cedido aos trabalhadores que labora-
ram quinze, vinte ou vinte e cinco anos
em condições prejudiciais à sua saúde
ou integridade física.
Atualmente, os arts. 57 e 58 da Lei
8.213/91 regulamentam o benefício de
aposentadoria especial, tendo como
importante propulsor prejudicial à saú-
de e à integridade física do segurado
sua exposição, de forma habitual e per-
manente, a agentes químicos, físicos
e/ou biológicos, mecânicos, etc. Desta-
ca-se, ainda, que os agentes nocivos
são aqueles que diminuem a expectati-
va de vida do segurado.
Este benefício permite a aposenta-
ção do segurado com a diminuição da
carência; também, no cálculo de seu
benefício, não incidirá o Fator Previden-
ciário, significando a renda de 100,0%
de seu salário, atendendo ao previsto
no art. 29 da Lei 8.213/91, enquanto
forma de reparar o dano causado ao se-
gurado pela vulnerabilidade a um traba-
lho prejudicial à sua saúde e integri-
dade física. Sob tal prisma, posiciona-
se Fábio Zambitte Ibrahim: “[...] para al-
guns, este benefício seria uma espécie
de aposentadoria por invalidez anteci-
pada, na medida em que proporciona a
aposentação antes do segurado ser efe-
tivamente incapacitado pelos agentes
nocivos a que está exposto” (2008, p.
552).
A carência exigida para aposentado-
ria especial é variável, sendo o tempo
mínimo de trabalho estipulado por lei,
conforme a agressividade a que o segu-
rado ficou exposto durante sua vida la-
boral. Tem-se, portando, a baliza de
quinze anos, para trabalhos em minera-
ção subterrânea, em frentes de produ-
ção com exposição à associação de a-
gentes físicos, químicos ou biológicos;
vinte anos, para trabalhos com exposi-
ção ao agente químico asbestos (ami-
anto) e para trabalhos em mineração
subterrânea, mas afastados das frentes
de produção com exposição à associa-
ção de agentes físicos, químicos ou
biológicos; e vinte e cinco anos para os
demais casos de exposição a agentes
nocivos prejudiciais à saúde e à inte-
gridade física do trabalhador e acima
dos limites de tolerância.
Com o advento da reforma da previ-
dência, além destes requisitos acima ci-
tados há também a necessidade do se-
gurado obter idade mínima para reque-
rer o benefício de aposentadoria espe-
cial, cinquenta e cinco anos de idade,
quando se tratar de atividade especial
de quinze anos de contribuição; cin-
quenta e oito anos de idade, quando se
tratar de atividade especial de vinte a-
nos de contribuição e, sessenta anos de
idade quando se tratar de atividade es-
pecial de vinte e cinco anos de con-
tribuição.
Infelizmente, haverá casos em que o
segurado atingirá o tempo, carência,
necessária para requerer o benefício,
entretanto não terá a idade mencionada,
logo, a questão que emerge é: O que fa-
rá o segurado que atinge a carência ne-
cessária para requerer o benefício, po-
rém ainda não possui o requisito da
idade exigida pela legislação? Um caso
delicado e complicado uma vez que, o
seu ambiente de trabalho reduz sua ex-
pectativa de vida.
Além do mais, houve também mu-
danças no cálculo de benefício, ou seja,
no valor da aposentadoria que será re-
cebida pelo segurado, que correspon-
derá a sessenta por sento da média a-
ritmética definida na forma prevista no
art. 29, com acréscimo de dois por cen-
Seguridade Social (COFINS) e a receita
de concursos de prognósticos, tendo
violação ao art. 195 do citado diploma
legal.
Do outro lado do debate estão aqueles com ideias
menos divulgadas, que afirmam existir superávit
expressivo na seguridade social e que não vêm uti-
lidade em cortar direitos e ampliar contribuições,
mas apenas a necessidade de tornar o sistema
mais universal, inclusivo e democrático. Os meca-
nismos de proteção social defendidos por essa
corrente estão fundamentados em princípios redis-
tributivistas e na necessidade da intervenção esta-
tal para assegurar a gestão do sistema capitalista.
Do ponto de vista jurídico, buscam apoio nas nor-
mas da Constituição de 1988, que estabelece polí-
ticas públicas identificadas com os princípios da
universalidade e da distribuição da renda. (GEN-
TIL, 2005, p. 16)
Estudando os princípios da seguri-
dade social, é patente que o objetivo
maior do sistema é a proteção é fato que
a previdência social precisava sim de
uma reforma, entretanto algo que fosse
estudado e opinado por especialistas,
como foi o caso quando houve altera-
ções do Código de Processo Civil, en-
tretanto, a reforma da previdência foi
algo mais político do que técnico.
Há outros meios para diminuir as
despesas, podemos citar a título de e-
xemplo, melhorias nas agências do IN
SS, caso o requerimento de aposenta-
doria viesse a ser tratado de forma mais
ímpar e humano, evitar-se-ia a judicia-
lização dos casos e consequentemente
as despesas com honorários periciais.
Por falar em peritos, a criação de um
banco de laudos, a nível nacional, co-
mo já existe no TRF4 também conteria
despesas, uma vez que se evitaria inú-
meras pericias, em curtos espaços de
tempo, no mesmo lugar, setor e função,
além de colaborar para uma tutela ju-
risdicional mais célere e efetiva.
A previdência social foi colocada na
Carta Magna ao lado da saúde e da as-
sistência e ficou denominada como Se-
guridade Social, marca evidente do Es-
tado de bem-estar social. Para garantir
o sucesso do sistema, foram concebi-
das normas constitucionais destinadas
aos recursos do orçamento, conduzi-
das ao financiamento da seguridade
social. São elas: as contribuições dos
empregados e empregadores, o fatura-
mento e o lucro líquido das empresas e
a receita de concursos e prognósticos,
conteúdo previsto no art. 195 da Cons-
tituição: “A seguridade social será fi-
nanciada por toda a sociedade, de for-
ma direta e indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios [...]”.
O destino do orçamento, ora descri-
to, é também designado para a assis-
tência social que integra a seguridade,
visto que o Estado não deve se limitar
apenas às ações previdenciárias, mas,
conjuntamente, proporcionar atuações
em diversos segmentos, dentre eles a
saúde e o atendimento a pessoas ca-
rentes, especificando a seguridade so-
cial, que, por sua vez, deve ser abso-
lutamente protegida. Na atualidade, o
Regulamento da Previdência Social fi-
gura aprovado pelo Decreto 3048/99,
que versa sobre o custeio da seguri-
dade aos benefícios da previdência so-
cial, que sofre constantes alterações.
A seguridade social irrompeu com a
Constituição de 1988, que pretendia
engendrar um sistema protetivo, até en-
tão inexistente no país. O Estado pas-
sou a ter responsabilidade por todos os
indivíduos que necessitavam da área
social. Tem-se, portanto, que este sis-
tema tem a finalidade de garantir os
direitos sociais mínimos de cada ser
humano e, por isso, conforme disposto
no art. 194 da Constituição Federal, a
seguridade social compreende um con-
junto integrado de ações, de inciativas
dos poderes públicos e da sociedade,
procedimentos destinados a assegurar
os direitos relativos à saúde, previdên-
cia e assistência social.
Finalizo este texto, triste com a atual
conjuntura de nosso país, uma vez que
a seguridade social nasceu após lutas e
sangue de um povo trabalhador, a pre-
sente reforma da previdência desres-
peitou cada ser humano e violou o prin-
cípio básico constitucional, a dignidade
da pessoal humana e a seguridade so-
cial colabora para a efetivação do míni-
mo existencial, garantindo uma vida
digna. A propósito: garantir o mínimo é
concretizar o valor da vida humana.
Diante da nova legislação previden-
ciária, para que a justiça seja concreti-
zada, portanto, os instrumentos que
servem para a aplicação no caso con-
creto são a norma, geral e abstrata, e os
princípios, que, por sua vez, ensejarão
valores e significados ao pleiteado e
bons operadores do direito, que serão o
instrumento para a efetivação dos di-
reitos de cada segurado.
Larissa Fatima Russo Françozo
Mestre em Teoria Geral do Direito e do
Estado OAB/SP: 376.735
Por que não aceitam meu PPP na Aposentadoria?
Página 06/12 - Norminha - Nº 545 - 14/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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SP apresenta reestruturação de carreira de professor
Proposta para carreira docente prevê aumento de 54,7% em relação à
remuneração atual inicial
ção”, destacou o Governador. O Projeto
de Lei será enviado nos próximos dias
à Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo.
O investimento previsto pela gestão
para executar a modernização da carrei-
ra ultrapassa R$ 4 bilhões na folha de
pagamento até 2022. O programa quer
atrair talentos para a carreira docente, a-
lém de valorizar e formar os professo-
res.
O projeto vai proporcionar mais o-
portunidades de desenvolvimento pro-
fissional e formação, além de aperfei-
çoamento dos mecanismos de reconhe-
cimento e estímulo profissional ao lon-
go da carreira, alicerçada em 15 etapas
– e não mais em 64 referências sala-
riais, como é hoje.
“Educação se faz com pessoas, e o
professor é peça fundamental neste
processo. Ser professor é transforma-
dor. A reestruturação que estamos pro-
pondo é fundamental para valorizarmos
nossas professoras e professores”, en-
fatizou o Secretário de Estado da Edu-
cação, Rossieli Soares. N
São Paulo GOV.
Norminha, 14/11/2019 O número de requerimentos
de benefícios no INSS são negados de
uma forma alarmante. Quando falamos
em a-posentadoria com o intuito de se
reco-nhecer períodos trabalhados sob
agen-tes nocivos, que dão direito a
aposen-tadoria especial, quase sempre
há ne-gativa da autarquia.
Os motivos mais comuns que o IN
SS alega são:
- Ausência ou informações insufici-
entes acerca dos documentos
- Exigência de documentos que o
segurado não pode ter. Estes documen-
tos podem ser tanto da empresa que
laborou quanto do próprio segurado.
- Justificativa do fechamento da em-
presa,
- Preenchimento equivocado ou er-
rado do PPP ou do LTCAT
- Laudo extemporâneo correspon-
dente ao período em que se deseja re-
conhecer como especial
- Alegação de que o EPI neutraliza o
agente nocivo,
- Análise incorreta de agentes noci-
vos, entre outros.
Muitas vezes, o INSS acaba anali-
sando o benefício de acordo com a sua
Instrução Normativa e não com a Lei de
Benefícios.
Acontece que os servidores são o-
brigados a analisar os benefícios de a-
cordo com a Instrução Normativa. O-
corre que, de acordo com essa inter-
pretação, isso pode ocasionar conflitos
de entendimentos em que muitas vezes
o segurado é prejudicado na análise da
sua aposentadoria.
Mas, é importante mencionarmos
que o que tem peso maior, ou seja, o
que prevalece, é sempre a lei.
Quando isso acontece, há a opção de
recurso administrativo na própria
autarquia ou a opção de se ingressar ju-
dicialmente. Entretanto, a experiência
demonstra que a utilização dos recur-
sos administrativos, na maioria das ve-
zes, mantém-se a decisão do indefe-
rimento.
Uma vez que a autarquia alegue que
existem dúvidas acerca da veracidade
ou idoneidade do documento capaz de
comprovar o tempo especial do segura-
do, sempre recomendamos que se bus-
que uma segunda via, que é a judicial.
A justiça costuma ter um entendi-
mento mais flexível que a autarquia, e
também admite que se produza provas
utilizando testemunhas, perícia por se-
melhança e perícia indireta. Isso acaba
sendo uma mão na roda para o segu-
rado pois ele pode utilizar outros mé-
todos para comprovar o seu período
especial em que certamente beneficiará
a sua aposentadoria.
Caso exista, de fato, informações in-
completas no PPP ou no LTCAT, SB-
40, DSS 8030, DIRBEN 8030, há me-
canismos legais para se busque as ne-
cessárias correções e o documento fi-
que correto.
O indeferimento do INSS não é defi-
nitivo. O que estamos querendo dizer
para você, segurado, é que a palavra fi-
nal sempre será do judiciário. Caso vo-
cê sinta que está sendo lesado ou que a
avaliação de seu requerimento foi in-
justa, você pode e deve ingressar na es-
fera judicial para ver seus direitos res-
guardados. N
Bruno Delomodarme
Advogado Previdenciário
dos.
O simples ato de comprar uma fralda
para um filho torna-se, sem que nós
percebamos, um jogo de consciência de
nós contra nós mesmos. Ilustro: “-
Olha, essa fralda está em promoção.
Vou levar! Ops, essa aqui é 'premium',
um pouco mais cara, mas meu filho
merece o melhor... Pensando bem, vou
levar a 'premium gold' mesmo, não vou
economizar com meu filho... não sou
um pai ruim e mesquinho”.
Não ponho em cheque, com o exem-
plo dado, o fato de que um pai não pode
querer o melhor para seu filho ou de que
existam fraldas melhores do que as ou-
tras. Destaco meramente a questão do
jogo de consciência de que os pais são
levados, de forma inconsciente, a ter.
“Se eu der a fralda mais barata para o
meu filho, eu não sou um bom pai”. O
conceito de “adquirir algo” se confunde
com o conceito de “merecimento” sem
que nós percebamos, o que faz com que
nós deixemos algumas notas a mais em
cada loja. “Meu filho merece o melhor”.
Não milito, ainda, já refutando de
antemão os apressados, pelo fim do
sistema capitalista. Não se trata disso.
Militar para que algo substitua o sis-
tema atual seria impor limitações a li-
berdade própria e alheia. Não se apres-
sem nas conclusões. Porém, negar o
impacto negativo de um sistema que
subverte toda a lógica ao proveito eco-
nômico, deixando de lado questões mo-
rais e éticas, também é ingenuidade de-
mais, meus queridos amigos.
Digo, meramente, que precisamos
tomar ciência deste jogo de mercado.
Precisamos restaurar o que nos é mais
humano. A consagração da nossa hu-
manidade dá-se nos momentos subje-
Norminha, 14/11/2019 A partir de 2020, o salário inicial do
professor no regime de 40 horas sema-
nais será de R$ 3,5 mil;
Mudança representa maior cresci-
mento do salário inicial na história de
SP;
O investimento previsto pela gestão
ultrapassa R$ 4 bilhões a mais na folha
de pagamento até 2022.
O Governador João Doria apresen-
tou, nesta quarta-feira (13), as diretrizes
do plano de reestruturação de carreira
dos professores que atuam na rede es-
tadual de educação de São Paulo. A
mudança vai representar o maior cres-
cimento do salário inicial da história de
São Paulo.
“Sem educação, não há transforma-
ção. Podemos melhorar os indicadores
econômicos e sociais, mas, se não me-
lhorarmos a educação, não teremos a
transformação e o Brasil jamais será
uma nação independente, sólida, com
cidadania e respeitabilidade, tanto no
plano interno como no internacional”,
disse Doria.
A principal mudança é que, a partir
de 2020, o salário inicial do professor
no regime de 40 horas semanais será
de R$ 3,5 mil – o que representa um au-
mento de 35,4% sobre o valor pago ho-
je, de R$ 2.585,00. Em 2022, um pro-
fessor com a mesma carga horária terá
salário inicial de R$ 4 mil, um aumento
de 54,7% em relação à remuneração a-
tual.
No topo da carreira, o professor po-
derá chegar a um salário de R$ 11 mil.
Com a reestruturação de carreira pro-
posta, professores com mestrado e
doutorado serão valorizados e terão a-
créscimo salarial de 5% e 10%, respec-
tivamente.
“Se quisermos ter boa educação,
precisamos investir nos professores.
Respeitá-los, compreendê-los, melho-
rar a sua condição de trabalho e forma-
Norminha, 14/11/2019 Feito índios fascinados com miçangas
e espelhos, nós caímos no fascínio do
“consumidor feliz”. Caímos, tristemen-
te, no canto da sereia dos produtos bri-
lhantes e propagandas chamativas que
aparecem na nossa frente todos os dias.
Produtos cada vez mais tecnológicos e,
por “óbvio”, cada vez mais “indispensá-
veis”...
Produtos esses que, em uma análise
mais aprofundada, geram uma verda-
deira segregação social entre os cida-
dãos adquirentes e os não-adquirentes.
E, ao longo prazo, a exclusão dos que
não se subvertem à tal sórdida lógica-
consumerista. Abrimos mão, portanto,
portanto, de relações humanas em vir-
tude de produtos e serviços.
Somos, no fundo, vítimas de um sis-
tema muito bem trabalhado, pensado e
elaborado, que nos faz almejar coisas
que nunca imaginámos precisar. So-
mos levados a crer que o ser humano
se confunde com seus próprios bens
materiais. Você é o carro que você di-
rige, a casa onde você mora, a escola
que seus filhos estudam, o clube que
você frequenta...
Vendedores com cursos de Progra-
mação Neurolinguística e com técnicas
de venda que desvendaram o compor-
tamento humano (sempre com um no-
me bonitinho para esconder a palavra:
“manipulação”), sequestraram nossos
cérebros e, sem perceber, abrimos mão
da nossa própria liberdade e livre-
consciência para jogar, mecanicamen-
te, um jogo que nos foi imposto. Sen-
timo-nos mal, cotidianamente, por não
conseguirmos comprar o que quere-
mos (o que “merecemos”).
Sequestram os cérebros de nossas
crianças com programas que reduzem a
autoridade parental, propagandas cri-
minosas e formadores de opinião ignó-
beis dignos de uma internação compul-
sória (irmãos Neto, estou falando de
vocês). E nós aceitamos tudo isso em
troca de “comodidade”, “paz”, “aceita-
ção social” e etc. Furtam-nos a nossa
essência humana e o que nos é mais
caro em busca de lucros fáceis e rápi-
Seja um consumidor consciente: não caia no canto das sereias
tivos, não nos bens materiais.
Os adultos da década de 60 sabiam
muito bem disso, por isso as empresas
voltaram suas propagandas para os jo-
vens para que conseguissem criar uma
cultura de consumidores compulsivos.
Hoje é mais fácil descartar um produto
e comprar um novo do que buscar re-
pará-lo. Acho que perdemos essa guer-
ra, não é mesmo? Mas nunca é tarde
demais... Pelo menos tento manter mi-
nha fé.
Lembremo-nos do que nos é essen-
cial, do que nos é verdadeiramente ne-
cessário.
Você pode, sem culpa, comprar seu
relógio com GPS/ Internet/ Interação
com o celular e tudo mais, só não con-
funda isso com felicidade, só não con-
funda seu Eu com seus Bens. Não su-
cumba a lógica do “consumidor feliz”.
Bens trazem conformo, alegria, estimu-
lam nossa dopamina, e nos dão um
senso de “merecimento”, sim, com cer-
teza, mas por quanto tempo? Quando o
tédio retornar e você flertar novamente
com o seu vazio existencial, não espere
achar resposta para tal profunda ques-
tão no próximo modelo do seu celular,
no próximo aplicativo, no próximo pro-
duto ou serviço “indispensável”...
Texto de autoria própria. N
Estevan Facure - Sócio Proprietário do
Escritório Lellis & Facure Advogados
www.lefadv.com.br @facure.adv
Três dicas jurídicas para desfrutar das férias
Você sabe quais são os seus direitos quando viaja?
Operação resgata 14 pessoas de condições análogas ao
trabalho escravo
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ram ser suficientemente demonstradas
na instrução do processo. Dito isto, ao
contratar locação por temporada certifi-
que-se de arquivar todas as questões
prometidas pelo locador e eventuais fo-
tos e propaganda do bem destinado à
locação por temporada, a fim de com-
provar que eventuais promessas do
anúncio não foram cumpridas. A prova
poderá ser feita por testemunhas, docu-
mentos e fotos.
Agora que você já possui todo este
conhecimento, pode ir curtir suas férias
com tranquilidade, na certeza de que, se
uma das situações acima ocorrerem,
você estará preparado!!
Nossos sinceros votos são que você
não necessite!
Conhece alguém que vai viajar?
Compartilha com ele, definitivamente
ele pode precisar de uma das dicas que
tratamos! N
Dornelles e Brotto Advogadas Associadas
www.dornellesebrotto.com.br
Norminha, 14/11/2019
Ação fiscal de auditores-fiscais do Tra-
balho, entre 27 de outubro e 7 de no-
vembro, resultou no resgate de 14 pes-
soas de condições análogas ao trabalho
escravo. Do total, dez trabalhadores es-
tavam em uma fazenda na zona rural do
município de Assú, enquanto as outras
quatro na cidade de Carnaubais, ambas
no Rio Grande do Norte.
De acordo com a coordenadora da
equipe responsável pela ação fiscal, a
auditora-fiscal do Trabalho Gislene Sta-
cholski, os trabalhadores resgatados
dormiam no mato durante a semana, em
redes penduradas nas árvores, já que
não havia alojamento. Também faltavam
instalações sanitárias, obrigando o gru-
po a fazer as necessidades fisiológicas
no mato, e um local adequado para o
preparo e consumo de alimentos. Além
disso, direitos trabalhistas, como a car-
teira de trabalho assinada, não eram
respeitados.
Os empregadores identificados co-
mo responsáveis diretos pela explora-
ção das atividades dos trabalhadores
resgatados foram notificados e quita-
ram as verbas salariais e rescisórias dos
empregados resgatados, o que to-
talizou cerca de R$ 32.450,00; recolher
o FGTS e as contribuições sociais pre-
vistas; e, pagaram o dano moral indi-
vidual negociado pelo Ministério Públi-
co do Trabalho (MPT) e Defensoria Pú-
blica da União (DPU), no valor total de
R$ 7.500,00.
A fiscalização na atividade é decor-
rente de rastreamento e planejamento
prévios realizados pelo Grupo Especial
de Fiscalização Móvel (GEFM) da Se-
cretaria Especial de Previdência e Tra-
balho do Ministério da Economia. Além
dos auditores, participaram da ação fis-
cal de resgate, o Ministério Público do
Trabalho (MPT), a Defensoria Pública
da União (DPU) e a Polícia Federal (PF).
N
Curso confirmado em Araçatuba Temos Vagas
Desconto especial para inscrição de 02 ou mais pessoas em conjunto!
Norminha, 14/11/2019
O Plenário Virtual do Supremo Tribunal
Federal decidiu negar embargos decla-
ratórios da Advocacia Geral da União
contra a determinação que proíbe grávi-
das e lactantes de atuar em atividades
insalubres - independente de laudo a-
presentado por médico de confiança.
A decisão do STF confirma veto à
normativa proposta pela Reforma Tra-
balhista, que completou dois anos na
segunda-feira (11/11).
No recurso apresentado, o advoga-
do-Geral da União, André Luiz Men-
donça, e a secretária-geral do Conten-
cioso, Izabel Vinchon Nogueira de An-
drada, pediram que considerasse o im-
pacto atuarial de uma concessão gene-
ralizada do salário-maternidade.
A Ação Declaratória de Inconstitu-
cionalidade foi apresentada pela Confe-
deração Nacional de Trabalhadores
Metalúrgicos. A ADI proposta pela AGU
tratava especificamente do seguinte ter-
cho da Reforma Trabalhista: “quando a-
presentar atestado de saúde, emitido
por médico de confiança da mulher,
que recomende o afastamento durante a
gestação”.
Em seu relatório, o ministro Ale-
xandre de Moraes afirmou que a alte-
ração de regra “transferia para a traba-
lhadora o ônus de demonstrar a exis-
tência do risco à saúde”.
VEJA:
Clique aqui para ler a decisão con-
firmada
Clique aqui para ler a petição da A
GU
ADI 5.938
Fonte: Conjur
N
Material Editável liberado Lista Verificação Solda e Corte http://bit.ly/31Pz8H2
Inscrições! http://bit.ly/2N9Embd
Norminha, 14/11/2019 Dizia o velho cancioneiro brasileiro: o
verão já vem chegando e o Araguaia é
logo ali, com o perdão pela irresistível
piadinha, te contaremos três questões
de direitos que podem aparecer nas
suas férias, com o intuito de que possas
desfrutar deste descanso tão merecido
sem qualquer violação deles.
Atraso e ou cancelamento de voo:
certamente viajar de avião é uma delí-
cia, mas quando algo não sai como pla-
nejado a dor de cabeça é inevitável. Os
tribunais têm conferido indenização por
danos morais nesses casos que, por
vezes, não remuneram adequadamente
todos os transtornos havidos. Assim,
guarde todos os comprovantes que ti-
veres de despesas e gastos que o atraso
ou cancelamento de voo produziram. A
empresa área também possui a res-
ponsabilidade de alocação em hotéis,
fornecimento de alimentação e trans-
porte, sem qualquer custo ao passa-
geiro dependendo da quantidade de ho-
ras que foi obrigado a suportar aguar-
dando as providências de recolocação
em voo. Quanto a provas dos transtor-
nos são admissíveis fotos, áudios e ví-
deos das situações experimentadas pe-
lo consumidor.
Extravio de bagagem: Sem dúvida
nenhuma o extravio de bagagem é a si-
tuação mais assoladora e desrespeito-
sa, ao nosso sentir, que pode ocorrer.
Uma dica crucial é, separe um no mo-
mento maior para fazer as malas, tire fo-
tos do que está levando na bagagem
que será despachada, anote o item, e se
possível os valores de cada um. Caso
tenha comprado roupas e o extravio se
dê no retorno, tome o cuidado de guar-
dar as notas fiscais. Este zelo será muito
importante para o ressarcimento. Nes-
tes casos também se aplica indenização
pelos danos extrapatrimoniais.
Locação por temporada: Em termos
de AirBnB os conflitos inerentes a loca-
ção por temporada tem diminuído sig-
nificativamente, mas nem por isso sig-
nifica dizer que são inexistentes. Aqui
via de regra, não se trata de relação de
consumo – exceto se for hotel -, por is-
so todas as eventuais alegações deve-
STF mantém proibição de grávidas trabalharem em ambiente insalubre
A decisão do Supremo Tribunal Federal confirma veto à normativa proposta pela
Reforma Trabalhista, que completou dois anos na segunda-feira, 11 de novembro
de 2019.
Qual é momento certo de propor uma ação revisional de
alimentos?
Artigos publicados na RBSO analisam diferentes situações de riscos ocupacionais
Página 08/12 - Norminha - Nº 545 - 14/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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tão, qual é o momento certo de propor
uma ação revisional de alimentos?
Bem, isso vai depender de cada caso,
mas o melhor momento para propor
uma ação revisional de alimentos é
quando existe alteração da realidade
fática de uma das partes, seja porque o
(a) Alimentado (a) possui novas ne-
cessidades que justificam um reajuste.
Ou ainda, quando o (a) Alimentante não
dispõe de possibilidades para adimplir
com a totalidade dos alimentos fixados
em determinado período, necessidando
de uma revisão para que consiga adim-
plir com a sua obrigação. Esses são só
alguns exemplos, pois são inúmeros os
fatores e razões motivadores de uma
ação revisional de alimentos.
Como foi demonstrado a ação revi-
sional de alimentos pode ser proposta
tanto pelo (a) Alimentante (a) quanto
pelo (a) Alimentado (a) e a qualquer
momento. Por isso, é necessário uma
análise do caso concreto, considernado
todas as peculiaridades e todo o histó-
rico existente para verificar a possibi-
lidade e necessidade da propositura da
ação. Converse com uma advogada de
sua confiança especialista em família e
sucessões, certamente ela analisará o
seu caso e poderá orientar se o melhor
caminho será propor uma ação revisio-
nal de alimentos. N
Isis Regina de Paula
Norminha, 14/11/2019
Garcia Garcia
No volume 44 (2019) da Revista
Brasileira de Saúde Ocupacional, perió-
dico cientifico da Fundacentro, três arti-
gos ganham destaque ao discutir a rela-
ção saúde-trabalho entre profissionais
de segurança pública, trabalhadores
com esquizofrenia e pacientes com sín-
drome coronariana aguda.
Trabalho policial
No Brasil, 41.817 pessoas foram
mortas por armas de fogo em 2015, de
acordo com dados do Atlas da Violên-
cia publicado pelo IPEA. Mas, e os pro-
fissionais designados para proteger a
sociedade, como esses trabalhadores
são vitimados quando o assunto é uso
de armas?
O artigo “Ferimentos por arma de fo-
go em profissionais de segurança pú-
blica e militares das forças armadas: re-
visão integrativa” traz comparações im-
portantes sobre taxas de acidentes fa-
tais no trabalho entre profissionais da
segurança pública no Brasil e nos Es-
tados Unidos.
Pesquisadores do Departamento La-
tino-Americano de Estudos de Violên-
cia e Saúde Jorge Careli, da Fiocruz, re-
alizaram vasta revisão bibliográfica em
agosto de 2017, incluindo bases de da-
dos como Lilacs, SciELO, PubMed e
outras, de forma a verificar como se dá
a ocorrência de ferimentos por armas
de fogo (FAF) entre os trabalhadores da
segurança pública.
Fatores como hierarquia rígida, exi-
gência de disciplina, cansaço físico, re-
lação desgastada do policial com a so-
ciedade, elevados níveis de criminali-
dade, e grande quantidade de armas de
fogo em circulação, resultam em um ce-
nário de elevado estresse entre poli-
ciais, além de lesões fatais e/ou incapa-
citantes causadas por projétil de arma
de fogo.
Leia o artigo na íntegra
Esquizofrenia
“Experiência laboral e inclusão so-
cial de indivíduos com esquizofrenia”,
apresenta um estudo que buscou com-
preender como trabalhadores percebem
suas experiências laborais. Os autores
identificaram estratégias eficazes de
inserção desses indivíduos no trabalho,
as que levam em consideração as espe-
cificidades da doença, os fatores es-
tressantes relacionados às atividades e-
xercidas e os interesses e potenciais
desses trabalhadores.
Outros aspectos apontados pelos
pesquisadores como estratégias com-
plementares positivas são a participa-
ção ativa da família no processo de in-
serção, a adoção de métodos, pelas em-
presas, que facilitem o aprendizado e o
desempenho funcional desses profis-
sionais e oferecer ao trabalhador opor-
tunidades que estejam inseridas em
uma política corporativa inclusiva.
Leia o artigo
Volume 44 do periódico científico da
Fundacentro discute a relação saúde-
trabalho entre profissionais de
diferentes segmentos
Reabilitação
Segundo a Organização Mundial de
Saúde, as doenças cardiovasculares
são a principal causa de óbito no mun-
do. Esse número se torna ainda mais
representativo em populações que ha-
bitam países de baixa renda, mais vul-
neráveis e com menor acesso ao aten-
dimento médico e serviços de saúde.
Pesquisadores da Universidade Es-
tadual de Campinas (Unicamp), Facul-
dade de Enfermagem, analisam como
aspectos socioeconômicos, clínicos,
psicossociais e ocupacionais influen-
ciam na reintegração ao trabalho de
profissionais afetados por Síndrome
Coronária Aguda (SCA).
No artigo “Retorno ao trabalho de pa-
cientes com Síndrome Coronariana A-
guda”, os autores propõem interven-
ções e sugerem pesquisas que possam
influenciar no desempenho profissional
e no tempo de retorno ao trabalho des-
ses indivíduos. Leia o artigo na íntegra
N
Inscrições para o Vestibular 2020 da Univesp vão até hoje (14/11)
Norminha, 14/11/2019 A Universidade Virtual do Estado de
São Paulo (Univesp) recebe as inscri-
ções para o Vestibular 2020 até esta
quinta-feira (14), às 15h. São mais de
16 mil vagas, destinadas a mais de 300
municípios, o maior processo seletivo
em extensão territorial e número de va-
gas gratuitas do ensino superior pauli-
sta. Estão sendo oferecidos seis cursos,
com duas áreas básicas de ingresso,
via vestibular.
As Licenciaturas em Letras, Mate-
mática e Pedagogia e os voltados ao ei-
xo de Computação: Bacharelado em
Tecnologia da Informação (BTI), Bacha-
relado em Ciência de Dados e Enge-
nharia de Computação. Saiba mais so-
bre os cursos neste link
univesp.br/cursos. Para ver a relação
completa das cidades e dos respectivos
cursos e vagas oferecidos, acesse esta
página.
As inscrições devem ser feitas pelo
site www.vestibular.univesp.br. As pro-
vas ocorrerão em 1º de dezembro e o
início das aulas está previsto para feve-
reiro. Não há limite de idade e o custo
da inscrição é de R$ 45. Para participar,
basta ter concluído o ensino médio ou
estar cursando, com a conclusão até o
período da matrícula.
N
Norminha, 14/112/109 Alguns pessoas possuem essa dúvida:
Qual é o momento certo de propor uma
ação revisional de alimentos? Bem, an-
tes de responder é necessário esclare-
cer algumas questões acerca dos ali-
mentos.
Os alimentos familiares ou também
chamados de alimentos legais, pos-
suem como fonte da obrigação as rela-
ções familiares. Tendo como funda-
mentos os princípios constitucionais da
solidariedade (art. 3º, CRFB/1988) e da
dignidade da pessoa humana (art. 1º,
III, da CRFB/1988).
Por isso, os alimentos familiares
são reciprocos entre pais e filhos (art.
1.696,CC/2002). Sendo um dever dos
pais assegurar e promover ao (s) filho
(s) saúde, alimentação, educação, lazer,
profissionalização, habitação, vestuário
e tudo aquilo que for necessário para
garantia de uma vida digna.
A Lei 5.478 de 1968, dispõe sobre a
ação de alimentos, garantindo e asse-
gurando ao (a) Alimentado (a) o acesso
ao judiciário para pleitear os alimentos.
Assim como, também permite o (a) Ali-
mentante ajuizar ação para oferta de ali-
mentos. Além disso, a Lei 5.478 tam-
bém prevê a possibilidade do (a) Ali-
mentado ou do (a) Alimentando (a) pro-
por a ação revisional de alimentos, para
rever os alimentos fixados anteriormen-
te.
E agora chegamos ao ponto em ques
Curso confirmado em Presidente Prudente Temos vagas!
Desconto especial para 02 ou mais inscrições feitas em conjunto
YABUTA unidade Bastos (SP) promoveu sua 16.ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural
Palestra gratuita sobre direitos humanos em Presidente Prudente
Norminha, 14/11/2019 Com o objetivo de estimular a troca de
experiências e fomentar reflexões sobre
os caminhos a serem seguidos em prol
de uma educação para todos, o Senac
Presidente Prudente promove, no dia 18
de novembro, a palestra Direitos Huma-
nos: para quais humanos?, como parte
da programação da 13ª edição da Sala
Senac de Educadores. Neste ano, a ação
tem como tema Diversidade: caminhos
para uma educação com todos e para to-
dos.
O encontro terá participação gratuita
e será mediado por João Braga, espe-
cialista em gestão escolar. O convidado
traz como proposta um breve resgate da
história dos direitos humanos em suas
origens, sempre com o intuito de des-
construir o imaginário padrão e desen-
volver empatia. O intuito é provocar uma
reflexão sobre o papel dos direitos hu-
manos hoje.
“Somente por meio de uma apren-
dizagem focada na integração de todos
os agentes será possível construir uma
sociedade justa, tolerante e capacitada
para os desafios da educação”, avalia
Cláudia Dias, supervisora educacional
do Senac Presidente Prudente.
A Sala Senac de Educadores é reali-
zada desde 2006 e visa contribuir com
o processo de formação de educadores
para que possam atuar como agentes
multiplicadores na geração do conheci-
mento e no desenvolvimento de uma
comunidade mais igualitária. N
Evento na Yabuta contou com 7 palestras e 1 treinamento técnico enaltecendo a responsabilidade de cada trabalhador
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Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 545 - 14/11/2019 - Fim da Página 09/12
Norminha, 14/11/2019
A granja Yabuta, localizada na cidade
de Bastos, interior de São Paulo, atra-
vés de sua Comissão Interna de Pre-
venção de Acidentes do Trabalho Rural-
CIPATR e o Serviço Especializado em
Segurança e Saúde do Trabalho Rural-
SESTR, realizou de 22 a 27 de outubro
a sua 16.ª edição da SIPATR, com o te-
ma: ”SEGURANÇA, RESPONSABILI-
DADE DE CADA UM E TAREFA DE TO-
DOS!”.
O evento contou com 7 palestras e 1
treinamento técnico sobre ferramentas
rotativas, sendo ministrados pelos mais
capacitados profissionais da área em
parceria com. O evento contou com o
apoio da Secretaria Municipal de Saúde
de Bastos,Fujiwara, Bosch, MD EPI e
Ferragens e Grupo Ferragista.
Os Temas abordados foram: Motiva-
ção, os efeitos do acesso excessivo as
mídias sociais, Prevenindo Doenças
com uma alimentação Saudável, Saúde
Bucal, Uso correto das Botas de PVC e
Botinas de Segurança, Saúde da Mu-
lher e Saúde Mental.
Foi dedicado também uma manhã
do evento para a conscientização dos
motoristas da empresa dobre a impor-
tância da alimentação saudável para es-
tes profissionais, além da realização do
monitoramento da saúde com aferição
de pressão arterial, teste de glicemia no
sangue e monitoramento do peso. Com
o intuito de incentivar a prática de ativi-
dades físicas e promover uma manhã
de descontração e interação aos seus
colaboradores foi organizado também
um torneio de futebol de campo médio.
Foi promovido também durante o even-
to a SIPAT solidária, onde os funcioná-
rios da empresa se mobilizaram para
arrecadar alimentos e leite que foram
destinados para a APAE da cidade de
Bastos.
Segundo o Técnico em Segurança
do Trabalho da empresa (Eduardo Li-
ma) “A SIPAT é o nosso principal e-
vento da empresa, onde trabalhamos
fortemente na conscientização sobre a
importância dos cuidados da saúde e a
prevenção de acidentes, pois acredita-
mos que trabalhadores informados e
conscientizados são as principais ferra-
mentas para a promoção de um ambi-
ente de trabalho saudável e seguro”.
A SIPAT acontece anualmente de a-
cordo com o calendário de atividades
do Programa de Gestão em Segurança
e Saúde do Trabalho da empresa, além
das demais atividades voltadas para a
área. N
As apresentações foram bem disputadas, permitindo a todos os participantes
excelente informações e esclarecimentos sobre a prevenção de acidentes e
doenças relacionadas ao trabalho.
Profissionais especializados foram convidados para proferirem os assuntos
voltados à prevenção e aplicação de medidas seguras no trabalho.
As apresentações foram ricas em detalhes permitindo melhor entendimento.
Abaixo alguns momentos da SIPATR
Adriano Machado/Reuters/Direitos reservados – Agência Brasil
Negligência causou a tragédia de Brumadinho, diz escritor
2 anos de Reforma Trabalhista
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Norminha, 14/11/2019 Após dois anos de vigor da Reforma
trabalhista o que muito se pergunta é se
a alteração da lei trabalhista foi positiva
ou negativa. Analisaremos através de
dados obtidos do IBGE, se a proposta
da Reforma Trabalhista, que era de ge-
rar mais postos de trabalhos através da
maior flexibilização da relação de em-
prego e maior segurança jurídica, foi a-
tendida.
A Reforma, segundo os autores, ge-
raria mais empregos ao garantir à em-
presa uma maior estabilidade contra-
tual nas relações empregatícias. So-
mente que o visto em realidade não se
apresenta dessa forma. De acordo com
dados do IBGE, no terceiro trimestre de
2017, a taxa de desemprego da eco-
nomia brasileira era de 12,4%. No mes-
mo período em 2019, essa taxa chegou
a 11,8%. A queda foi de 0,6 ponto per-
centual. Na comparação entre os dois
períodos, houve também aumento no
desalento. Isso significa que, em 2019,
mais pessoas desistiram de procurar
emprego do que em 2017. O que dar a
entender que em termos de geração de
emprego não houve melhora alguma.
Arriscamos até dizer piora, visto que a
cada 6 postos de empregos geradas 1
se trata de trabalho intermitente, que
justamente é a famosa legalização do
“bico”.
Outros dados que devem ser levados
em consideração é o aumento da infor-
malidade, o que leva a entender que es-
tá sendo mais viável ao antigo "CL
Tista" se arriscar no mercado de traba-
lho por conta própria, corroborando
mais uma vez que a Reforma não foi
feliz ao tentar garantir mais postos de
trabalho. Desde que a reforma traba-
lhista entrou em vigor em 2017, houve
aumento na informalidade no mercado
de trabalho brasileiro. Esse movimento
deu continuidade a um fenômeno que já
vinha sendo observado desde 2016. No
terceiro trimestre de 2016, a taxa de in-
formalidade do mercado de trabalho era
de 38,8%. No mesmo período do ano
seguinte, de 40,5%. No terceiro trimes-
tre de 2019, a informalidade chegou a
41,4% – houve aumento de 0,9 ponto
percentual em relação a 2017.
O que faz realmente crer que a gera-
ção de empregos somente pode estar
atrelada à movimentação da economia
do país e não ao fato de tirar direitos dos
trabalhadores.
Entrando já na parte de estabilidade
jurídica, que foi também um dos gran-
des motivos para a reforma vir a ser a-
provada, até então não se propôs a ter
essa finalidade.
Segundo o TST, 70% das reclama-
ções trabalhistas, ainda, como antes da
reforma, são derivadas da falta de pa-
gamento de verbas rescisórias. O que
leva ao entendimento que quem ainda
continua a ser o “vilão” da relação labo-
ral é o patrão. Quem deve pagar, paga.
Pagando, gera recibo de pagamento, fa-
zendo esses dados de 70% caírem para
quase zero. Simples assim!
Obviamente aqui não cabe tecer uma
opinião contra a Reforma. Algumas al-
terações da Lei Trabalhista foram bem
vindas. No entanto, em perspectiva de
geração de empregos e segurança jurí-
dica, até então, nada!
N
Raul Salvador, especialista em Direito do
Trabalho. www.salvadorferreira.com.br
Norminha, 14/11/2019 No sábado (9/11), às 11h, em São
Paulo, na Livraria Tapera Taperá (no
centro), os jornalistas mineiros Lucas
Ragazzi e Murilo Rocha lançou o Livro
reportagem de Brumadinho: a engenha-
ria de um crime (Editora Letramento). O
livro é baseado na investigação da Polí-
cia Federal sobre o rompimento da bar-
ragem da Mina do Córrego do Feijão
em Brumadinho (MG), ocorrido em 25
de janeiro, que indiciou sete funcioná-
rios da mineradora Vale e seis da con-
sultoria alemã TÜV SÜD por crime de
falsidade ideológica e uso de documen-
tos falsos.
O rompimento da barragem causou
inundação de lama e rejeitos de minério
de ferro que resultou na morte de 252
pessoas. Dezoito pessoas continuam
desaparecidas nove meses após o aci-
dente. Essa semana, a Agência Nacio-
nal de Mineração (ANM) divulgou rela-
tório técnico assinalando que a tragédia
poderia ter sido evitada se a Vale ti-
vesse prestado informações corretas ao
Sistema de Integrado de Gestão de Se-
gurança de Barragens de Mineração (SI
GBM).
Um dos autores do livro, Murilo Ro-
cha falou com a Agência Brasil e tam-
bém aponta para a negligência da Vale:
“era uma prática corriqueira”. A seguir
principais trecho da entrevista com jor-
nalista.
Escritor Murilo Rocha - Mariela Guimarães
Agência Brasil: Foi uma tragédia, foi
um acidente ou foi um crime?
Murilo Rocha: Foi uma tragédia pro-
vavelmente motivada por alguns atos
tipificados pela Polícia Federal como
criminosos. A PF já indiciou 13 pes-
soas por falsidade ideológica e uso de
documentos falsos para atestar a esta-
bilidade da barragem. Ou seja, não ha-
via como atestar segurança da barra-
gem, no entanto, foi atestado isso.
Agência Brasil: O livro tem como
subtítulo “a engenharia de um crime”, o
que pode transmitir a ideia de que foi
urdido e até racionalizado na escolha de
parâmetros de segurança. Isso é co-
mum em avaliação de obra e de risco de
empreendimento?
Rocha: Eu não posso afirmar que é
comum. O que a gente viu, em docu-
mentos apreendidos pela polícia e por
outros órgãos, é que era uma prática
corriqueira da Vale. Eles tinham docu-
mentos internos que demonstravam
Norminha, 14/11/2019 Vamos antes ler um trecho da NR-09:
“9.1.1 Esta Norma Regulamentadora
– NR estabelece a obrigatoriedade da
elaboração e implementação, por parte
de todos os empregadores e institui-
ções que admitam trabalhadores como
empregados, do Programa de Preven-
ção de Riscos Ambientais – PPRA, ….”
Com base nisso sabemos que é o-
brigatório para os empregadores e ins-
tituições que admitem empregados a
elaboração e implementação do PPRA.
A elaboração, implementação, a-
companhamento e avaliação do PPRA
poderão ser feitas pelo SESMT ou por
pessoa ou equipe de pessoas que, a cri-
tério do empregador, sejam capazes de
desenvolver o disposto na norma.
Antes de continuar vamos pesquisar
a descrição de função do TST, segundo
a Classificação Brasileira de Ocupa-
ções: “Participam da elaboração e im-
plementam política de saúde e seguran-
ça do trabalho; realizam diagnóstico da
situação de SST da instituição; identifi-
cam variáveis de controle de doenças,
acidentes, qualidade de vida e meio
ambiente. Desenvolvem ações educati-
vas na área de saúde e segurança do
trabalho; integram processos de nego-
ciação. Participam da adoção de tecno-
logias e processos de trabalho; inves-
tigam, analisam acidentes de trabalho e
recomendam medidas de prevenção e
controle.”
Ao ler o texto acima, fica evidente as
semelhanças entre a CBO do TST e as
obrigações previstas na NR-09. Há real-
mente muitas semelhanças.
Vamos também afirmar que a norma
não especifica quem elabora ou quem
assina o PPRA, deixando isso a cargo
do empregador.
Vamos lembrar que o Técnico em
Segurança faz parte do dimensiona-
mento do SESMT conforme a NR-04:
“4.2.1.2 Para os técnicos de segu-
rança do trabalho e auxiliares de enfer-
magem do trabalho, o dimensionamen-
to será feito por canteiro de obra ou
frente de trabalho, conforme o Quadro
II, anexo. (Alterado pela Portaria SSMT
n.º 34, de 11 de dezembro de 1987)”
CONCLUSÃO: fica claro para nós
que o TST pode elaborar o PPRA. N
Herbet Bento
Escola da Prevenção
Técnico de segurança do trabalho pode elaborar o PPRA?
que pelo menos dez barragens estavam
acima do limite aceitável. Isso está es-
crito, mas não era tornado público. Para
a sociedade, eles vendiam que estava
tudo bem e tranquilo. Quando a gente
usa ‘engenharia de um crime’, a gente
quer mostrar a anatomia de um crime e
dissecar como isso ocorreu, mostrando
que eles tinham conhecimento e foram
discutindo essa situação ao longo de
pelo menos um ano e três meses. Os
problemas eram discutidos tanto por
engenheiros da Vale quanto por audito-
res da consultoria alemã TÜV SÜD.
Agência Brasil: Qual era a dificul-
dade da Vale em acatar as recomenda-
ções ou observar os alertas, conside-
rando que duas consultorias estavam
assinalando problemas no cálculo dos
fatores de segurança. Por que a Vale
não viu esse sinal amarelo e não tomou
providência? Era muito caro cuidar dis-
so? Valia a pena correr o risco?
Rocha: Essa pergunta intriga e re-
volta todo mundo. A Vale é uma das três
maiores mineradoras do planeta, di-
nheiro não é problema. Mas, enfim,
creio que pesou a questão do lucro por-
que deveriam ter de paralisar as ativi-
dades da mina para retirar o centro ad-
ministrativo, fazer uma obra maior na
barragem, como um dos engenheiros
da TÜV SÜD cita em um e-mail. Ele fala
que ‘se a vale levar ao pé da letra [as re-
comendações] terá de paralisar as ati-
vidades’. Ninguém deu um grito ali por-
que envolvia custos e lucro. Essa é uma
pergunta que a Vale deveria responder,
mas ainda não respondeu. Responder
por que não tomaram uma providência
básica como retirar o centro-adminis-
trativo do pé da barragem. A maioria
das vítimas estavam a um quilômetro e
meio da barragem, foram atingidos em
34 segundos.
Agência Brasil: Parece uma noção
básica não manter nenhuma estrutura
debaixo de uma barragem...
Rocha: Pois é. Nós leigos, jornalis-
tas e outras pessoas, os deputados da
CPI da Assembleia Legislativa [de Mi-
nas Gerais] ficamos todos intrigados:
por que é que não se tirou esse centro
administrativo dali? Temos que lembrar
que já havia ocorrido [o acidente de]
Mariana, com o rompimento da barra-
gem de Fundão, apenas há três anos,
não era uma coisa inédita, já tinha a-
cendido o sinal vermelho para esse ris-
co. Mesmo assim foi desconsiderado.
Funcionários relatavam que a barragem
não tinha uma condição boa e mesmo
assim foi mantido esse centro admi-
nistrativo no pé da barragem e a conse-
quência foi trágica. Foram atingidos pe-
la lama [que desceu] a mais de 100
km/h. O delegado da Polícia Federal
Luiz Augusto [Pessoa Nogueira, res-
ponsável pelo inquérito,] fala que ‘o
rompimento da barragem talvez não pu-
desse ser evitado, mas a tragédia hu-
mana com certeza poderia ter sido evi-
tada’.
O que diz a Vale
Na reportagem Tragédia de Bruma-
dinho poderia ter sido evitada, segundo
ANM, a Vale diz, por meio de nota, que
“todas as informações disponíveis so-
bre o histórico do estado de conser-
vação da barragem foram fornecidas às
autoridades que apuram o caso”; refor-
ça que “aguardará a conclusão pericial,
técnica e científica sobre as causas da
ruptura da barragem; e promete que
“continuará colaborando plenamente
com as investigações, assim como
prestando total apoio aos atingidos.”N
Treinamento da Brigada de Emergência da Broto Legal em Porto Ferreira
Simulações baseadas nos riscos existentes na empresa foram aplicados
RCE realiza Sipat Integrada no interior paulista
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Norminha, 14/11/2019 No período de 14 a 18 de Outubro de
2019 a Renascer Construções Elétricas
(RCE) realizou a Semana Interna de
Prevenção de Acidentes (SIPAT) de ma-
neira integrada, reunindo seus mais de
860 empregados nas unidades do inte-
rior paulista que ficam nas cidades de
Araçatuba, Campinas, Bauru, Botucatu,
Itapira, Jau, Jundiaí, Lins, Marilia, São
Jose do Rio Preto.
Além da SIPAT, a RCE vem reali-
zando várias outras atividades envol-
vendo todos os seus colaboradores na
promoção da prevenção de acidentes e
doenças relacionadas ao trabalho, esti-
mulando a prática segura em todos os
momentos das atividades profissionais,
no percurso de ida e volta ao trabalho.
A SIPAT integrada foi realizada com
o intuito de preservar e promover a se-
gurança e o bem estar nas atividades da
RCE. Essa foi a 9ª SIPAT Integrada.
As palestras foram pontualmente es-
colhidas elos organizadores e aborda-
ram os mais variados assuntos, tais co-
mo, Segurança no trabalho com energia
elétrica, rede elétrica inteligente (smart
grid) alimentação saudável, saúde fi-
nanceira, atividades físicas laborais,
palestra comportamental com depoi-
mento dos acidentados.
Vários profissionais especializados
foram convidados para as apresenta-
ções, permitindo excelentes informa-
ções aos participantes.
Ao lado estamos exibindo algumas
fotos que registram os bons momentos
de treinamento, integração nas unida-
des que foram realizada a SIPAT.
No encerramento da SIPAT uma infi-
nidade de brindes foram sorteados en-
tre os presentes.
Para 2020 a Sipat promete e novos
temas serão apresentado, sempre indo
de encontro com a necessidade que ca-
da regional requer.
Parabéns aos organizadores, dire-
ção da RCE e empregados.
N
Norminha, 14/11/2019 A empresa Broto Legal Alimentos S.A.
da cidade de Porto Ferreira (SP), reali-
zou treinamento de Brigada de emer-
gência de acordo com a Norma Regula-
mentadora 23 e Instrução Técnica nº17
do Corpo de Bombeiro do Estado de
São Paulo.
O treinamento foi aplicado por pro-
fissionais técnicos da empresa Paes
Leme Treinamentos de Pirassununga.
Através de aulas teóricas e práticas,
vários simulados, baseados nos riscos
existentes na empresa de possíveis o-
corrências, os empregados envolvidos
participaram com êxito das atividades.
O evento foi organizado pelo RH
(Carolina e Morgana) e Segurança do
Trabalho (João Provinciato), com apoio
total da direção daquela unidade.
O treinamento periódico serviu co-
mo renovação das atividades da Briga-
da de Emergência. N
Aulas teóricas e práticas
Simulações de ênfase no evento
Norminha, 14/11/2019
Muitas startups e negócios B2C, que
lidam com consumidores finais que são
pessoas físicas, se veem frequentemen-
te com dúvidas a respeito de suas prá-
ticas comerciais, desde o estabeleci-
mento de preços até a elaboração de
contratos.
Pensando nisso, separamos abaixo
05 (cinco) práticas que são proibidas
pelo Código de Defesa do Consumidor,
para que você não faça no seu negócio.
1) Venda casada ou forçar que o cli-
ente adquira produtos e serviços
As startups e empresas em geral não
podem condicionar a venda de um pro-
duto ou serviço ao fornecimento de ou-
tro, como nos casos em que o cliente
só pode comprar o primeiro produto se
adquirir o segundo no mesmo ato. Ou
na obrigação de contratação de seguros
quando se fecha um serviço.
Não se pode também enviar ou en-
tregar ao consumidor, sem que ele te-
nha solicitado anteriormente, qualquer
produto ou fornecer qualquer serviço.
Além disso, não se pode executar
serviços sem a prévia elaboração de or-
çamento e autorização expressa do
consumidor.
2) Vender produtos ou serviços que
tragam riscos ou não sejam autorizados
É proibido disponibilizar produtos
ou serviços que estejam em desacordo
com as normas expedidas pelos órgãos
oficiais competentes ou, se normas es-
pecíficas não existirem, pela Associa-
ção Brasileira de Normas Técnicas (AB
NT) ou outra entidade credenciada pelo
Conselho Nacional de Metrologia, Nor-
com o consumidor deve ser clara e ver-
dadeira. Por isso, qualquer tipo de pu-
blicidade que traga dados falsos ou
que, mesmo por omissão, sejam capa-
zes de induzir o consumidor a erro, não
deve ser praticada. A indução ao erro
pode ir desde a natureza, caracterís-
ticas, qualidade, quantidade, proprie-
dades, origem até o preço.
Do mesmo modo, não deve ser rea-
lizada a publicidade discriminatória,
que:
• Incite à violência;
• Explore o medo ou a superstição;
• Se aproveite da deficiência de jul-
gamento e inexperiência de crianças;
• Desrespeita valores ambientais;
• Seja capaz de induzir o consumi-
dor a se comportar de forma prejudicial
ou perigosa à sua saúde ou segurança.
Caso tenha dúvidas sobre outras
práticas, lembre-se de consultar um es-
pecialista, afinal demandas envolvendo
consumidores são uma parte significa-
tiva dos processos judiciais no Brasil.
N Por Natália Martins Nunes
+55 34 3235-2559 / +55 34 99211-2558
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São José do Rio Preto
05 práticas que toda startup deve evitar em relação aos consumidores
malização e Qualidade Industrial (Con
metro).
Do mesmo modo, não se pode in-
fringir ou possibilitar a violação de nor-
mas ambientais.
3) Agir de má-fé com o consumidor
Em nenhuma hipótese as empresas
podem se aproveitar da fraqueza ou ig-
norância do consumidor para realizar
negócios, devendo existir uma atenção
especial quanto a fatores como: idade
do cliente, condição social, de saúde ou
de conhecimento.
São proibidas também condutas dis-
criminatórias, como recusar a venda de
bens ou a prestação de serviços a quem
queira paga-los prontamente, assim co-
mo expor de forma depreciativa atos do
consumidor.
4) Ter contratos desproporcionais
As startups e empresas em geral não
podem ter sobre o consumidor vanta-
gem excessiva. Por essa razão, são nu-
los quaisquer documentos que estabe-
leçam que:
• O cliente abre mão de seus direi-
tos, afastando responsabilidades da
empresa ou a repassando para tercei-
ros;
• Em eventual conflito entre as par-
tes, que o ônus da prova será do con-
sumidor e não da empresa;
• Obriguem o cliente a resolver e-
ventuais problemas por arbitragem;
• A empresa pode cancelar o con-
trato, assim como modifica-lo, mas o
cliente não.
5) Realizar publicidade enganosa ou
abusiva
Toda informação ou comunicação
Decreto consolida convenções da OIT em um único documento
Reforma da previdência: confira 07 mudanças importantes
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Norminha, 14/11/2019 Com a aprovação da Reforma da Previ-
dência, inúmeras serão as mudanças
nos benefícios previdenciários pagos
pelo INSS - Instituto Nacional do Segu-
ro Social, afetando diretamente a apo-
sentadoria de diversos brasileiros.
A principal delas diz respeito à ex-
tinção gradual da Aposentadoria por
Tempo de Contribuição. Após a pro-
mulgação da Emenda Constitucional,
todos os cidadãos brasileiros que en-
trarem no mercado de trabalho, somen-
te se aposentarão por idade. As apo-
sentadorias, a não ser os benefícios por
incapacidade, sempre contarão com
uma idade mínima, mais um tempo mí-
nimo de contribuição.
Para entender melhor, segue abaixo
07 (sete) das principais mudanças defi-
nidas pela Reforma:
01 - Extinção gradual da Aposenta-
doria por Tempo de Contribuição;
02 - Toda aposentadoria concedida
terá por base uma idade mínima e um
tempo mínimo de contribuição, quais
sejam: 65 anos de idade para homens
mais 20 anos de tempo de contribuição,
e 62 anos de idade para as mulheres
mais 15 anos de contribuição (com ex-
ceção aos benefícios por incapacidade
que não possuem exigência de idade
mínima, bastando a carência, a qualida-
de de segurado e a comprovação da in-
capacidade);
03 - As regras da aposentadoria por
Idade Rural não foram alteradas. Manti-
da a idade mínima de 60 anos para ho-
Curso confirmado em Presidente Prudente
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Norminha, 14/11/2019
Foi publicado no último dia 6 de
novembro, no Diário Oficial da União, o
Decreto nº 10.088, de 5 de novembro
de 2019. Este Decreto consolida, na
forma de seus anexos, os atos normati-
vos editados pelo Poder Executivo Fe-
deral que dispõem sobre a promul-
gação de convenções e recomendações
da Organização Internacional do Traba-
lho – OIT ratificadas pela República Fe-
derativa do Brasil e em vigor, em ob-
servância ao disposto na Lei Comple-
mentar nº 95, de 26 de fevereiro de
1998, e no Decreto nº 9.191, de 1º de
novembro de 2017.
Nas disposições finais do decreto
consta que as convenções anexas serão
executadas e cumpridas integralmente
em seus termos, mas que estão sujeitos
à aprovação do Congresso Nacional a-
tos que possam resultar em revisão
destas convenções e ajustes comple-
mentares no caso de acarretarem em
encargos ou compromissos gravosos
ao patrimônio nacional, nos termos do
inciso I do caput do artigo 49 da Cons-
tituição Federal.
As convenções e recomendações da
OIT, aprovadas pelo Congresso Nacio-
nal, promulgadas por ato do Poder Exe-
cutivo Federal e consolidadas por este
Decreto em questão, estão reproduzi-
das integralmente nos Anexos da publi-
cação, em ordem cronológica de pro-
mulgação. Entre os anexos, confira a-
baixo aqueles que são voltados para a
área de Saúde e Segurança no Traba-
lho:
I - Anexo I - Convenção nº 6 da OIT
relativa ao trabalho noturno das crian-
ças na indústria;
II – Anexo II – Convenção nº 42 da
OIT concernente à indenização das mo-
léstias profissionais;
III – Anexo III – Convenção nº 16 da
OIT relativa ao exame médico obrigató-
rio das crianças e menores empregados
a bordo dos vapores;
VIII – Anexo VIII – Convenção nº 92
da OIT, relativa ao alojamento da tripu-
lação a bordo;
X – Anexo X – Convenção nº 12 da
OIT concernente à Indenização por Aci-
dentes no Trabalho e na Agricultura;
XI – Anexo XI – Convenção nº 14 da
OIT concernente à Concessão do Re-
pouso Semanal nos Estabelecimentos
Industriais;
XII – Anexo XII – Convenção nº 19
da OIT concernente à Igualdade de Tra-
tamento dos Trabalhadores Estrangei-
ros e Nacionais em Matéria de Indeni-
zação por Acidentes de Trabalho;
XIV – Anexo XIV – Convenção nº 29
da OIT concernente à Trabalho Forçado
ou Obrigatório;
XV – Anexo XV – Convenção nº 81
da OIT concernente à Inspeção do Tra-
balho na Indústria e no Comércio;
XVII – Anexo XVII – Convenção nº
89 da OIT relativa ao Trabalho Noturno
das Mulheres Ocupadas na Indústria;
XXIV – Anexo XXIV – Convenção nº
103 da OIT relativa ao amparo à mater-
nidade;
XXV – Anexo XXV – Convenção nº
105 da OIT concernente à abolição do
Trabalho forçado;
XXVI – Anexo XXVI – Convenção nº
106 da OIT, relativa ao repouso sema-
nal no comércio e nos escritórios;
XXVII – Anexo XXVII – Convenção
nº 113 da OIT relativa ao exame médico
dos pescadores;
XXIX – Anexo XXIX – Convenção nº
115 da OIT relativa à Proteção dos Tra-
balhadores contra as Radiações Ioni-
zantes;
XXXIII – Anexo XXXIII – Convenção
nº 120 da OIT sobre a Higiene no Co-
mércio e nos Escritórios;
XXXV – Anexo XXXV – Convenção
nº 127 da OIT relativa ao peso máximo
das cargas que podem ser transporta-
das por um só trabalhador;
XXXVII – Anexo XXXVII – Conven-
ção nº 124 da OIT concernente ao exa-
me médico para determinação da apti-
dão dos adolescentes a emprego em
trabalhos subterrâneos nas minas;
XXXIX – Anexo XXXIX – Convenção
nº 148 da OIT sobre a Proteção dos Tra-
balhadores Contra os Riscos Profissio-
nais Devidos à Contaminação do Ar, ao
Ruído e às Vibrações no local de Tra-
balho;
XLI – Anexo XLI – Convenção nº 152
da OIT relativa à Segurança e Higi-ene
nos Trabalhos Portuários;
XLII – Anexo XLII – Convenção nº
162 da OIT sobre a Utilização do As-
besto com Segurança;
XLIII – Anexo XLIII – Convenção nº
161 da OIT relativa aos Serviços de
Saúde do Trabalho;
XLVI – Anexo XLVI – Convenção nº
135 da OIT sobre a Proteção de Repre-
sentantes de Trabalhadores;
XLVII – Anexo XLVII – Convenção nº
139 da OIT sobre a Prevenção e o Con-
trole de Riscos Profissionais causados
pelas Substâncias ou Agentes Cancerí-
genos;
XLVIII – Anexo XLVIII – Convenção
nº 160 da OIT sobre Estatísticas do Tra-
balho;
L – Anexo L – Convenção nº 136 da
OIT sobre a Proteção contra os Riscos
de Intoxicação Provocados pelo Benze-
no;
LI – Anexo LI – Convenção nº 155
da OIT sobre Segurança e saúde dos
Trabalhadores e o Meio Ambiente de
Trabalho;
LII – Anexo LII – Convenção nº 119
da OIT sobre Proteção das Máquinas;
LIV – Anexo LIV – Convenção nº
133 da OIT sobre Alojamento a Bordo
de Navios;
LVIII – Anexo LVIII – Convenção nº
126 da OIT sobre Alojamento a Bordo
dos Navios de Pesca;
LIX – Anexo LIX – Convenção nº
144 da OIT sobre Consultas Tripartites
para Promover a Aplicação das Normas
Internacionais do Trabalho;
LX – Anexo LX – Convenção nº 170
da OIT relativa à Segurança na Utiliza-
ção de Produtos Químicos no Trabalho;
LXI – Anexo LXI – Convenção nº
163 da OIT sobre o Bem-Estar dos Tra-
balhadores Marítimos no Mar e no
Porto;
LXIII – Anexo LXIII – Convenção nº
164 da OIT sobre a Proteção da Saúde
e a Assistência Médica aos Trabalha-
dores Marítimos;
LXVII – Anexo LXVII – Convenção
nº 134 da OIT sobre Prevenção de Aci-
dentes de Trabalho dos Marítimos;
LXVIII – Anexo LXVIII – Convenção
nº 182 e a Recomendação nº 190 da OIT
sobre a Proibição das Piores Formas de
Trabalho Infantil e a Ação Imediata para
sua Eliminação;
LXIX – Anexo LXIX – Convenção nº
174 da OIT sobre a Prevenção de Aci-
dentes Industriais Maiores;
LXXI – Anexo LXXI – Convenção nº
171 da OIT relativa ao Trabalho Notur-
no;
LXXIII – Anexo LXXIII – Convenção
nº 176 e Recomendação nº 183 da OIT
sobre Segurança e Saúde nas Minas;
LXXIV – Anexo LXXIV – Convenção
nº 167 e a Recomendação nº 175 da OIT
sobre a Segurança e Saúde na Cons-
trução;
LXXV – Anexo LXXV – Convenção
nº 178 da OIT relativa à Inspeção das
Condições de Vida e de Trabalho dos
Trabalhadores Marítimos. N
(Fonte: Redação Revista Proteção)
mens e 55 anos para as mulheres;
04 - Para os professores, serão exi-
gidos 25 anos de tempo de contri-
buição na função de magistério e 57
anos de idade, para as mulheres, ou 60
anos de idade, para os homens;
05 - O cálculo do valor da aposen-
tadoria também mudará. O valor do be-
nefício será de apenas 60% da média
dos salários de contribuição, com o au-
mento de 2% para cada ano de contri-
buição que ultrapassar o tempo de 20
anos, para os homens, ou que ultra-
passar 15 anos, para as mulheres, até o
limite de 100%. Assim mulheres terão
que contribuir por 35 anos para conse-
guir atingir 100% da média contribu-
tiva, e os homens, por 40 anos.
06 – O cálculo do valor inicial da a-
posentadoria terá por base a média de
todos os salários de contribuição, ou
seja, com a reforma, a aposentadoria
será calculada com base em 100% dos
salários. Hoje são usados só os 80%
maiores salários, desde julho de 1994
até a data da aposentadoria, descarta-
dos os 20% menores;
07 - Pensão por morte: 50% do va-
lor da aposentadoria que o falecido re-
cebia ou que teria direito se fosse apo-
sentado por invalidez na data do óbito,
acrescida de uma cota de 10% por de-
pendente, até o limite de 100%. O valor
da pensão por morte não poderá ser
inferior a 1 (um) salário-mínimo.
Nada muda para quem já está
aposentado. N
Renata Brandão Canella, advogada.