revista digital nerdofobia ed #4

43
nerdofobia a revista do nerd que so teme outro nerd EntrevistaFobia: com os produtores da série Game of Thrones Quadrinhofobia: Batman Morte da Família só mais uma pra estante Alan Moore e sua visão quase adulta do universo de LoveCraft 2013 - Ano I - Março - #4 The Following The Following

Upload: revista-digital-nerdofobia

Post on 19-Mar-2016

220 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Revista Nerd que trata de assuntos e informações sobre música, filmes, cultura, cinema, quadrinhos e diversidade em geral.

TRANSCRIPT

Page 1: Revista digital nerdofobia ed #4

nerdofobiaa revista do nerd que so teme outro nerd

EntrevistaFobia: com os produtores da série Game of Thrones

Quadrinhofobia: Batman Morte da Família só mais uma pra estante

Alan Moore e sua visão quase adulta do universo de LoveCraft

2013 - Ano I - Março - #4

The FollowingThe Following

Page 2: Revista digital nerdofobia ed #4

Um tweet na REDAÇÃO

Tininha Magalhães

Anderson Veiga

Jefferson LoboQuer ser um colaborador da Nerdofobia, mande seu texto pra gente: [email protected]

E não deixe de seguir o twitter da revista Nerdofobia @nerdofobia

Alan Rocha

Dizem que sou louca..Mas prefiro ser louca a não ter amado...Ser louca a não ter sonhado...No fim sou mais normal que vc... :/

Sou um cara simples dividido entre jornalismo e arquitetura. Antes de tudo gosto de escrever... Ah e sou Nerd!!

Jornalista, Webdesigner, mestre de rpg, designer gráfico e diagramador. Ama Ruivas!

"A.K.A. Bobby, raposeiro de coração, jornalista, publicitário wannabe e nerd de plantão."

@tininhaloira21

@andersonbobby

@jeffersonwayne

nerdofobia editoriaL

Cleriston Costa

“E o corvo disse: NUNCA MAIS!”

Ainda bem que isso não vale pra Nerdofobia, certo? Certo. E ago-ra estamos de volta com nosso

jeito peculiar de enxergar o mundo nerd e suas ramificações. Como gor-do que sou, gosto de pensar na re-vista como uma espécie de restauran-te, e aqui iremos informar qual o prato do dia. Mas não se limite a ele, sim?

Pra começar, nossa capa, que pega carona na estreia da badalada série po-

licial The Following, com Kevin Bacon e James “Marco Antônio” Purefoy. Apro-veitamos a chance pra falar também de outras séries, como Spartacus, Touch (com Kiefer Sutherland, o Jack Bauer de 24 Horas) e Vikings. E os fãs de Game of Thrones não ficam para trás – temos uma entrevista com os produtores, reproduzida do Mother Jones Media.

Mas não só de séries vive o nerd... vive também de quadrinhos! Neste número há matérias so-

bre Os Perdedores e Thor: Por Asgard,

além de uma resenha feita por este que vos escreve sobre o delírio que é Neonomicon, de Alan Moore. E ainda uma crítica sobre o mais novo cros-sover do Batman: Morte da Família.

E há mais, muito mais... entre dicas de como conservar seus quadri-nhos, e uma análise do novo Tomb

Raider, sinta-se à vontade para desfrutar da mesa posta. Mas volte sempre, ok?

@alan_mancrazy

Page 3: Revista digital nerdofobia ed #4

The MotherFuckers Say Hello!

_ Puta que o Pariu Vince!

_ Que foi que houve Jules? Esta esquentado de novo?

_ Qual é cara, esses nerds xexelentos do inferno fizeram uma edição especial de cinema, e nem sequer citaram a obra máxima do cinema. O nosso filme.

_ Qualé Jules, o especial era voltado para os filmes de 2013, e pelo menos eles citaram o Django Livre.

_ Eu estou cagando para o Django e suas merdas! Me escutem seus merdinhas da edição, da próxima vez que fizerem um filme e não citarem Pulp Fiction eu vou tomar de vocês grandes Ving...

_ Bláblábláblá! Vamos aos emails.

E então venho por meio desta elogiar a re-vista e dizer que a edição especial de cine-ma ficou da hora! Parabéns pelo trabalho!

_ Que merda de formalidade é essa irmãozinho?! "Venho por meio desta..." Tá pensando que estamos em mil novecentos e lá vai cocada. Escuta aqui, não elogie essa revista de merda seu bosta e muito menos um especial sobre cinema que não cita merda nenhuma da obra máxima do Tarantino. Agora coma a merda do seu hamburguer seu gordo e cale a merda da boca!

_ Qual que é irmãozinho?! Os caras estão se esforçando. Dê uma chance pros caras. Porque eu prometo que se tu vier com essa arrogância de filho da Puta em outro email, eu vou enviar um vírus tão foda para tu que você vai se arrepender de já ter teclado seu gordo imbecil.

Assim eu não ia escrever um email para vocês, dá muito trabalho e eu realmente não acho essa revista merda nenhuma de boa, mas ai fui surpreendido com o especial de cinema e resolvi dar a honra da minha palavra. Ficou até fácil de digerir.

[email protected] dê um curtir na nossa fanpage do facebook:

facebook/Nerdofobia

Ramon Douglas

Manoel Henrique

_ Realmente acho que estou ficando velho. Depois de tantas obras fodas, sou obrigado a dar as caras em uma merda de revistinha de quinta categoria, localizada no fim do mundo. saudades dos tempos que eu só atirava em vagabundos e salvava mocinhas.

Bacana o trabalho da última edição. Dos filmes listados eu já estava esperando uma grande parte, mais outros ali me surpreenderam bastante. Também gostei de terem colocados as datas de estréia nacionais aproximadas. Foi uma boa sacada! Abraços e continuem com a Revista!

Italo Pereira

_ Continuar com o trabalho? O que esses editores nerds sabem de trabalho. Trabalho é acordar cedo e capinar uma plantação. Trabalho é plantar um roçado rezando para que a chuva venha e traga o sustento dos seus filhos. Trabalho é enfrentar o metrô lotado em horário de pico para ir ao outro lado da cidade servir de babá para filho de granfino. O que os editores dessa merda de revista fazem é hobbye de filho da puta. Só isso. Italo você também deve ser um filhinho de papai granfino. que tal termos uma conversa sobre trabalho cara a cara. Levarei meu colt.

Page 4: Revista digital nerdofobia ed #4

DiretórioAs Avebturas de Pi

Alan moore

SeasonFobia

QuadrinhosNos Passos de Um Papo

Entrevistafobia

+Quadrinhos

E um tigre de bengala

E sua concepção de Lovecraft

Batman: Morte da Família

Produtores de Guerra dos tronos e sua 3º temporada!

5 Dicas para Gibi

Séries!!Muitas Séries!

Uhtred Filho de Uhtred

Page 5: Revista digital nerdofobia ed #4

caNERD!

Um dos mais importantes romancistas britânicos da atualidade, Sebastian Faulks calçou os sapatos de Ian Fleming - ou, nesse caso, vestiu seu mais famoso personagem - e criou uma homenagem de tirar o fôlego a um dos maiores escritores de suspense de todos os tempos. James Bond ganha vida com a habilidade de Faulks mesclada ao ritmo de Fleming.

"A Essência do Mal" é escrito ao estilo de Ian Fleming. A tão aguardada aventura de James Bond se passa durante a Guerra Fria e, mantém a tradição, e magia do agente com licença para matar.

Onde achar: Saraiva.com

A Essência do Mal

Page 6: Revista digital nerdofobia ed #4

O lado Bom da Vida

Pat Peoples, um ex-professor de história na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Essa é a história de como ele tenta recomeçar.

Esta ai o enredo do livro que teve sua adaptação cinematográfica elogiadissíma e que deu o oscar de melhor atriz a Jennifer Lawrence. Se o filme é bom, imaginem então o livro

Procure aqui: Saraiva.com

Page 7: Revista digital nerdofobia ed #4
Page 8: Revista digital nerdofobia ed #4

O Mother Jones Media realizou uma in-teressante entrevista com os produto-res executivos de ‘Thrones’ na última quarta-feira. O repórter sem dúvida é um fã dos livros que resolveu questionar alguns pontos polêmicos como a fideli-dade ao texto original, a resposta dos fãs a isso e o trabalho de adaptação de maneira geral. Alguns pontos já havía-mos visto em outras entrevistas, mas a leitura vale a pena. Segue a tradução integral em parceria com o pessoal do gameofthronesbr:

Então, o que os motivou s adaptar o trabalho de Martin para as telinhas?

B&W: A leitura dos livros é uma experi-ência viciante. Nós tivemos essa noção de que uma adaptação da HBO poderia replicar isso. Basicamente, queríamos ser os caras a topar fazer isso.

Quanta obrigação vocês sentem em relação a material original?

B & W: Não temos nenhuma restrição contratual com relação à narrativa. Mas buscamos esses livros e trabalhamos para que virasse uma série por quase quatro anos antes de chegarmos a fil-mar o piloto. Abrimos mão de outras oportunidades, porque amamos os livros e queríamos fazer-lhes justiça. Então, para nós, essa é a adaptação dos livros de acordo com nossas noções de justi-

Com David Benioff e D. B. Weiss, Produtores da série Game of Thrones

ça, que não são as mesmas noções dos fãs mais fundamentalistas dos livros . O que é bom para nós, porque se os fun-damentalistas estivessem fazendo essa série, não haveria uma série.

Os livros têm muito mais persona-gens do que você jamais poderiam incluir em uma série. Houve algum deles que vocês acharam particular-mente doloroso de cortar?

B & W: Não. Como você diz, sabíamos que não havia maneira de incluir todos. Muitas vezes fundir vários personagens pode ser mais divertido do que escrever cada uma separadamente.

O que os fãs de Martin acham do trabalho de vocês, de modo geral?

entrevistafobia

“Tente novamente. Fracasse novamen-te. Fracasse me-

lhor... Isso descreve a nossa experiência de aprendizagem no

trabalho.”

B & W: David Ben-Gurion disse uma vez que onde há dois judeus, há três opini-ões e isso se aplica a um grupo que lê e relê com a paixão os textos sagrados do Talmude. Então, acho que a resposta mais simples é: “Varia”. Mas estes dois fãs do Martin aqui amam a série, e em nossa pesquisa reconhecidamente não-científica da base de fãs dos livros, o nosso trabalho parece ter sido recebido com mais amor do que ódio, o que nos faz felizes.

Como é que uma dupla de “roman-cistas que se transformaram em ro-teiristas” conseguem se transformar em “show-runners,” profissão que foi resumida pelo colunista do Los Angeles Times como” uma das mais incomuns e exigentes descrições de emprego do mundo do entreteni-mento”?

B & W: Há uma frase de Beckett, bem, há um milhão de grandes frases de Be-ckett, mas há uma relevante: “Tente no-vamente. Fracasse novamente. Fracasse melhor.”. Isso descreve a nossa experi-ência de aprendizagem no trabalho.

Contem um pouco sobre o dia-a-dia de vocês?

B & W: Em um dia de produção nós co-meçaríamos assistindo a primeira mon-

Page 9: Revista digital nerdofobia ed #4

[Theon] Ele me lembra de pessoas de 25 anos de idade que eu conhe-ci. Ok, ele me lembra do cara de 25 anos de idade que eu era. Mas sem esse lance de as-sassinar crianças.

"

"

tagem (geralmente a principal) para ver como a cena está se saindo e se precisa-mos fazer quaisquer alterações. Para ce-nas particularmente difíceis nós ficamos no set o dia todo. Caso contrário, pode-mos gastar algumas horas revisando pá-ginas, ou em reunião com diretores dos próximos episódios para ler roteiros, ou sentados com a equipe de VFX ou com o departamento de arte para rever ar-tes conceito, ou ir para o departamento de figurino [com a designer de Michele Clapton] para olhar as novas criações.

Suponho que a resposta a Game of Thrones ultrapassou as suas expec-tativas?

B & W: Quando a HBO estava pensando se deveria ou não aprovar a produção do piloto, continuavamos a dizer-lhes que o show seria um grande sucesso. Mas nunca tinhamos feito um programa de TV antes, então nós realmente não sabíamos do que estávamos falando. Não sabíamos mesmo. Nós pensamos que era mais provável que não, que nós estávamos sendo ridículos. No caso raro em que acabamos não sendo ridículos como imaginávamos, é sempre uma sur-presa para nós.

Por que vocês acham que a série atrai um público além do de fanta-sia?

B & W: As clássicas séries da HBO (Os Sopranos, Deadwood, The Wire) pega-ram gêneros estabelecidos e cansados

e encontraram uma maneira de revigo-rá-los. Nunca houve um gangster tão complexo e fascinante como Tony Sopra-no, ou um vilão western tão compulsiva-mente assistível como Al Swearengen, ou uma temporada tão bela quanto o quarto ano de The Wire. Com GoT, es-perávamos apelar para as pessoas que nunca ouviram falar de zumbis e wargs, que não conheciam uma espada bastar-da de uma alabarda. No final do dia, é tudo sobre os personagens. Tyrion Lan-nister, Arya Stark e os muitos outros personagens nos livros de George e na nossa série não são amados porque eles vivem em um mundo onde os dragões são reais. Eles são amados porque eles vivem coisas pelas quais nós passamos: eles se sentem como estranhos, mesmo quando pertencem ao lugar. Eles amam as pessoas que não os amam de volta. Eles têm medo do poder, eles anseiam pelo poder, eles acabam tendo esse po-der apesar de tudo o que eles represen-

tam, e acabam gostando disso.

Com qual personagem vocês mais se identificam?

Benioff: Theon Greyjoy, especialmen-te como é interpretado pelo Alfie Allen. Em alguns aspectos, ele é o personagem mais complicado em uma história reple-ta de personagens complexos. Ele está assustado e sozinho e inseguro e coloca uma máscara nessas vulnerabilidades com bravatas, desprezo e arrogância. Ele me lembra de pessoas de 25 anos de idade que eu conheci. Ok, ele me lembra do cara de 25 anos de idade que eu era. Mas sem esse lance de assassinar crian-

David Benioff e D.B. Weiss

Page 10: Revista digital nerdofobia ed #4

ças.Weiss: Todo mundo começa a tempora-da como Tyrion, mas no final da produ-ção, somos todos Hodors.

Como podemos comparar a 3ª tem-porada em relação as duas primei-ras?

B & W: É definitivamente a mais minu-ciosa. Estamos filmando em cinco paí-ses, com três unidades e o maior elenco do que já tivemos. Não é DeMille, mas na época de DeMille não havia replica-ção multidão em VFX, não é?

Vocês tiveram que abandonar al-gum elemento, porque ele era muito caro, ou tecnicamente assustador?

B & W: Nós desenvolvemos um bom senso do quanto a nossa fonte é grande, portanto, cenas ou elementos que estão completamente fora do nosso alcance normalmente não passam do estágio ini-

cial de concepção. Há sempre cenas que precisam sair, mas geralmente não por serem muito elaboradas.

Vocês disseram em uma entrevista que estavam morrendo de vontade de chegar ao livro 3 da série, pois há uma cena que, se fossem capa-zes de produzir, basicamente fariam suas vidas mais significativas. Como foi?

B & W: Achamos que conseguimos, mas ainda não sabemos.

Que novos personagens e atores que você está mais ansioso para nos mostrar?

B & W: Escolha difícil, mas, se tivesse que escolher um diríamos Dame Diana Rigg como Olenna Tyrell. Esperávamos que ela fosse incrível, mas ela foi melhor do que isso.

Quais são os prós e os contras do uso de diferentes diretores em dife-rentes episódios?

B & W: Fisicamente não há como utili-zar o mesmo diretor para todos os epi-sódios, porque nós filmamos duas ou três unidades por dia ao mesmo tempo. Quando filmamos na Croácia e Marrocos também estamos filmando simultane-amente na Irlanda do Norte. Se fizes-semos como um longa-metragem com um diretor, teríamos que ter o dobro do tempo em temporada e o dobro do nos-

so orçamento.

Ok, eu gostaria de saber a opinião de vocês em relação ao conteúdo sexu-al. As pessoas realmente prestam mais atenção aos pontos da trama intrincados entregues durante uma cena de sexo?

Benioff: Pessoalmente, eu presto me-nos atenção a pontos da trama intrinca-dos entregues durante cenas de sexo.Weiss: Sim, essa é uma linha difícil de se caminhar. Sexo pega a atenção das pessoas. Mas uma vez que tem a sua atenção, ele tende a não deixá-la.

Percebi que Game of Thrones pode durar oito ou nove temporadas. Isso significa colocar em espera a escrita do romance por uma década?

B & W: Sim, se vivermos tanto tempo e a HBO continuar querendo fazer a sé-rie. Nós temos a oportunidade de contar uma história coerente, que tem a dura-ção de 80 horas. E, enquanto uma tela desse tamanho apresenta todos os tipos de problemas de narrativa, ela também nos permite passar mais tempo com esses personagens que amamos, como jamais conseguiremos novamente. De vez em quando nós paramos cinco mi-nutos para pensar sobre essa questão dos livros. Mas, principalmente, ficamos apenas felizes quando temos que ler um deles.

Leia mais: http://www.gameofthronesbr.com/

Page 11: Revista digital nerdofobia ed #4

Quadrinhofobia

Eentão se você está lendo essa se-ção da revista você curti quadri-nhos. E se você curte quadrinhos

com certeza vai curtir os Perdedores. Lançada no Brasil pela panini há um certo tempo, Após ser publicada ante-riormente pela Opera Graphica.

Os Perdedores são uma equipe de ex-agentes da CIA que foram dados como mortos após uma operação secre-ta. A própria agência traça uma possível ‘queima de arquivos’ durante uma mis-são (nessa primeira edição ainda não temos detalhes sobre o real motivo do atentado) e acredita que havia se livra-do de todos eles. Ilusão. O grupo lide-rado pelo coronel Franklin Clay saem de cena e passam a preparar um grande plano para terem suas vidas de volta, para isso terão que barganhar com sua ex-agência. Ao longo da história, o gru-po consegue desvendar complôs, asso-ciação do governo com a máfia e narco-tráfico, e multinacionais sujas querendo lavar dinheiro através de agência s filia-das a CIA. Interessante não?

O roteiro pode parecer simplista em um primeiro momento, por tratar de um tema que já foi utilizado pelo cine-ma americano inúmeras vezes (prin-cipalmente nos anos 80), e que quase sempre resulta em filmes ruins, no en-tanto, o que vemos são clichês muito bem utilizados. A história não é novida-de, mas o roteirista consegue trabalhar bem a trama e seus personagens, e esse, definitivamente é o ponto forte da hq, mesmo tratando de algo tão utiliza-do, Andy Diggle consegue não ser mais um e se destaca na ‘multidão’.

O autor é conhecido pelo seu bom trabalho em Juiz Dredd. Nos anos 2000 a editora Vertigo procurou o inglês, para que este trouxesse novas ideias para histórias. Assim surgiu Lady Constantine e logo após Os Perdedores, ambos os títulos ao lado do excelente desenhista

Mark Simpson, ou simplesmente, Jock, que foi arrastado junto com Diggle após a proposta da editora. Jock, por sinal, é dono de um traço característico muito interessante e trabalhou ao lado do ami-go em Juiz Dredd, Hellblazer, Arqueiro Verde, Lady Constantine, entre outros.

Em 2003 o trabalho dos dois come-çou a ser publicado, a HQ Perdedo-res teve um ótimo recebimento de

público e já em seu primeiro volume, o roteiro de Diggle já mostrou a que veio, traçando diálogos afiados e uma história repleta de reviravoltas sem deixar pon-tas soltas, tudo isso aliado ao traço de Jock, que consegue dar um ritmo explo-sivo a trama de ação proposta pelo par-ceiro. Uma boa pedida para quem curte clichês, que não são tão clichês assim.

Page 12: Revista digital nerdofobia ed #4

Por Asgard “As trevas caíram sobre Asgard. Balder está morto, assassinado graças à perfídia de Loki. Um inverno de dois anos assola a Cidade Doura-da, ameaçando a própria fonte da imortalidade dos deuses. Odin, o Pai Supremo, desapareceu, deixando seus súditos aos cuidados do filho, Thor, que agora enfrenta rebeliões sangrentas em todos os domínios outrora leais a Asgard. Estarão todos esses eventos relacionados? Ha-verá alguém por trás de tantas tragédias?” A Panini lançou recentemente, nas principais livrarias de todo o País, o especial Thor: Por Asgard. Escrito por Robert Rodi, um grande romancista que também foi responsável pelo especial Loki, e traz de novo elementos que prendem o leitor neste magnifico conto do Deus do Trovão. A história nos traz um Thor em conflito com sua posição dentro de Asgard. Com Odin sumido e um elemento que deixa todo o desenrolar da estória um pouco mais nórdico, o inverno que dá um tom ultra gelado a toda a trama. O quadrinho é ilustrado por Simone Bianchi, um ótimo artista italiano que já trabalhou em Wolverine. A luxuosa edição reúne 164 páginas couché em capa dura, e traz extras como uma seleção de imagens retiradas do sketchbook de Bianchi, além de um papo com o artista sobre a história, os desenhos e os per-sonagens do projeto. Para quem gosta do Deus do trovão e uma histó-ria que seja mais do que porradaria desenfreada, fica a dica deste épico. Retumbante como o Mjolnir!

Page 13: Revista digital nerdofobia ed #4

Se tinha tudo para ser ÉPICO! Porquê foi tão meia boca ???

Page 14: Revista digital nerdofobia ed #4

Batman Morte da família é simples-mente espetacularmente decepcio-nante!

Mas porquê? A resposta é simples. Scott Snyder e Greg Capullo trabalharam bem o sus-pense em torno da histórias nos meses que a precederam. A começar pelo se-gredo quanto ao novo visual do Coringa, mas também com as declarações auda-ciosas de que queriam fazer uma das melhores tramas Batman x Coringa de todos os tempos. E ai começou a ladeira abaixo. No começo, a condução da saga é realmente promissora. Desde os primei-ros números o clima de horror e a nova concepção de um coringa preparado e quase a altura do seu rival, o detetive supremo de gotham, batman. Ver que o tempo longe serviu para arquitetar um

vendaval de horror contra a bat-família, empolgou demais e teve seus momentos de quase surrealismo com tantas perver-sões ao redor do morcego. Snyder tem seus momentos onde cria embates e encontros assustadores com o desajustado coringa, só que ao mesmo tempo deixa espaço para dúvi-das quando deixa crescer e transparecer que para o ápice total do plano do co-ringa, um membro da bat-família deve morrer. Só que isso gera uma especula-ção no público de quem iria para vala e esse talvez tenha sido o “calcanhar de aquiles” da saga.

O final foi tão decepcionante que aca-ba por ser pífia a resolução da trama

bem construída e contradiz totalmente o novo comportamento do coringa. Ou seja, aquilo que foi prometido e ficou implícito durante toda a saga não acon-

tece e a história que tinha tudo para ser uma das melhores envolvendo o coringa, fracassa miseravelmente se tornando apenas mais um embate entre o morce-go e o homem do sorriso largo. Dizer que essa seria a história defi-nitiva do confronto entre Coringa e Bat-man foi muita pretensão e se o persona-gem Batman não tivesse tanto apelo e não fosse o líder de vendas da DC eu até diria que poderia ter sido um tiro no pé.

Para os leitores fica a sensação de te-rem sido enganados e a repercussão

“psicológica” que foi prometida pelos au-tores que vai alterar toda a união da ba-t-família daqui para frente. Ainda assim, por mais psicológico que possa ser as consequências dessa saga o anticlímax gerado pelo final ainda vai deixar os fâs muito tempo com um gosto de desgosto na boca.

Page 15: Revista digital nerdofobia ed #4

Dicas para PreservarDicas para PreservarSeus Quadrinhos

5 Você já se perguntou onde guardar sua coleção de revistas do Batman, mangás, ou qualquer ou-tra revista em quadrinhos em bom estado para futu-ras gerações? Seja para guardar por valor senti-mental ou como investi-mento, o valor em ambos os casos é afetado pela maneira como as revistas são armazenadas.

Page 16: Revista digital nerdofobia ed #4

1

3 5

4

2Escolha um lugar are-jado. A umidade faz com que as páginas estraguem e favore-ce o aparecimento de mofo e traças.

Escolha um lugar fá-cil de trancar. Crian-ças e animais podem destruir sua coleção.E não é isso que um nerd quer!

Escolha um lugar fá-cil de limpar. Será preciso limpar o local com frequência; por-tanto, evite escolher lugares de difícil acesso ou limpeza.

Escolha um lugar onde não haja inci-dência de luz solar A luz solar faz com que o papel enfraqueça e que as cores impres-sas desbotem. Use cortinas grossas e fáceis de limpar, se for o caso.

Escolha um lugar frio. A temperatu-ra alta pode alterar o papel de diversas maneiras.

Page 17: Revista digital nerdofobia ed #4

Moorecraft (ou: tirem as crianças da sala)

Page 18: Revista digital nerdofobia ed #4

Falar sobre algum trabalho de Alan Moore sempre é compli-cado. O escritor inglês é famo-so e festejado, entre os fãs de

quadrinhos, por vários motivos – que vão desde aquela que é considerada a melhor história de super-heróis de to-dos os tempos (Watchmen), passando por uma grande homenagem aos pulps (Tom Strong) e uma (des)construção da figura de Jack, o Estripador (Do Infer-no). Assim, não foi com pouca expecta-tiva que o novo projeto do escritor, uma grande homenagem a H.P. Lovecraft (1890-1937) foi recebido pelos leitores.

E o que acontece quando Moore, que compartilha com Lovecraft o fascí-nio pelo oculto e por aspectos perturba-dores, entra de cabeça na obra do autor de O Chamado de Cthulhu? O resultado dessa união, especifi-camente, atende pelo nome de Neono-micon.

O encadernado da Panini (sobre o qual, falo mais adiante) junta a mi-ni-série em duas partes The Courtyard (No Brasil, O Pátio) e a já nomeada Ne-onomicon. Ponto pra editora, porque as duas minis estão ligadas. Em O Pátio, somos apresentados a Aldo Sax, agente do FBI criador da revolucionária Teoria da Anomalia, às voltas com uma série de assassinatos que, ao que parecem, remetem a algo maior e mais sombrio que está por vir. Mas a investigação

Page 19: Revista digital nerdofobia ed #4

Estados Unidos, a série chamou a aten-ção pelo conteúdo sexualmente explícito de uma determinada cena (a qual não irei relatar aqui), que fez ainda mais ba-rulho quando uma menina teve acesso a um exemplar na biblioteca. E realmen-te se trata de um momento bastante complexo – ainda mais quando nos lem-bramos que, ao contrário de Lovecraft, Moore faz do sexo um dos componentes mais básicos de suas histórias. Este é mais um motivo que faz de Neonomicon, definitivamente, algo que crianças não devam ler.

Sobre a edição, parabéns à Pa-nini. Edição em capa cartona-da, com papel couché e preço acessível. Como disse acima, a

decisão de unir as duas séries em um só encadernado foi acertada, e ainda tive-ram o critério de chamar para a tradu-ção um estudioso da obra de Lovecraft; o único ponto negativo, para mim, seria a ausência de extras – estes se resu-mem à extensa coleção de capas alter-nativas que a mini ganhou nos Estados Unidos. E ela só serve para mostrar que, no final das contas, a capa escolhida para a edição brasileira tem um tremen-do spoiler... mas nada que atrapalhe a apreensão do material.

acaba custando muito caro ao agente, quando a própria percepção de reali-dade dele é posta à prova. Já a série que dá nome ao gibi é uma sequencia da primeira, na qual os agentes Gordon Lamper e Merril Brears (ambos também do FBI) se deparam com uma seita que estaria relacionada com a investigação de Sax – mas o inesperado desfecho de uma incursão a essa seita conduzirá os agentes a toda sorte de eventos maca-bros e traumáticos.

Uma coisa interessante (e lou-vável) sobre Moore é que ele não faz parte da corrente que imagina o entretenimento como

uma galeria onde tudo está à vista de todos o tempo todo. E isso fica bem evidente na serie; grande parte das referências que estão no gibi só será notada por conhecedores de Lovecraft, mas mais do que isso, o que temos aqui é um trabalho de imersão poucas ve-zes visto e/ou imaginado. Pensemos, por exemplo, na dupla de agentes do FBI: as duas personagens mexem com detalhes um tanto polêmicos (segundo alguns pesquisadores) da biografia de Lovecraft: o criador de Cthulhu seria ra-cista e teria no sexo um de seus maio-res tabus. Resultado? Lamper é negro e Brears é uma ninfomaníaca em trata-mento. E este é apenas um dos aponta-mentos possíveis... há vários outros lá, basta procurar. Na época de seu lançamento nos

Por Cleriston Costa

Page 21: Revista digital nerdofobia ed #4

Por Jonathan Gomes

SeasonFobia

Sangue, Edgar Alan Poe e Autismo

Page 22: Revista digital nerdofobia ed #4

rimeiro um patamar geral da série.Lançada pelo canal de TV america-no STARZ e produzido por Sam Rai-mi (diretor dos filmes do Homem-A-ranha) a série conta a História de Spartacus, o famoso escravo que se tor-nou gladiador e liderou a mais famosa rebelião de escravos da Roma Antiga. Os produtores prometeram uma série ousada e forte, com muito sexo e violência, e foi exatamente o que ela proporcionou: Muito sangue e cenas de violência, mas sem se tornar repug-nante, lembrando muito o estilo gráfico do filme 300. Sexo? Sim, mulheres com seios de fora e nudez frontal são uma constante da série, bem como o lingua-jar pesado e a trama política da época, com diálogos afiados que denotam po-der hierárquico e divisão de classes.

Sangue e Areia...Spartacus: Blood and Sand (1º tempo-rada)

A primeira temporada com 13 episó-dios pode ser definida em 3 arcos,

primeiramente contando a história de Spartacus, um guerreiro Trácio livre e apaixonado que cruza caminho com o Comandande romano Gaius Claudius Glaber e se vê separado da sua espo-sa e condenado a morrer numa arena como um escravo comum.

Contra todas as apostas, Spartacus sobrevive à arena e é recrutado para o Ludus (uma espécie de casa de treina-mento de gladiadores) de Batiatus, e é aí onde começa o segundo arco da sé-

P rie, onde Spartacus treina para se tor-nar um gladiador na esperança de re-encontrar sua mulher apenas para vê-la morrer em seus braços. Nesse arco, ain-da somos apresentados a personagens que serão cruciais na série, como Cri-xus, melhor gladiador do Ludus de Ba-tiatus e rival de Spartacus, Ilithyia, filha do Senador romano Albinius e esposa de Gaius Glaber, que não pretende que Spartacus fique vivo, Lucretia esposa de Batiatus que busca ascensão social por qualquer meio necessário e Oenomaus, antigo campeão e agora encarregado de treinar novos gladiadores. E o terceiro arco, onde Spartacus abraça seus destino de gladiador, até descobrir que sua mulher foi morta a mando de Batiatus, é quando Spartacus planeja sua vingança.

Page 23: Revista digital nerdofobia ed #4

Deuses da Areia...Spartacus: Gods of Arena (Prequel)

Antes mesmo do fim da primeira temporada, já haviam anunciado

que haveria uma segunda temporada, mas Andy Whitfield o ator que faz Spar-tacus, teve câncer e se afastou para se tratar, os produtores então resolveram fazer uma prequel, enquanto Andy se recuperava. Contando com apenas 6 episódios,

Vingança...Spartacus: Vengeance (2º Temporada)

Infelizmente Andy Whitfield não se recuperou do cancer a acabou fale-

cendo, os produtores então resolveram escalar o ator Liam McIntyre para o pa-pel de Spartacus, e embora Liam não fosse tão carismático quanto Andy, ele fez um ótimo papel interpretando um Spartacus mais sério e mais focado.Essa temporada começa exatamente onde a primeira terminou, com Sparta-cus, Crixus e os demais fugindo do Lu-dus de Batiatus. Liderados por Spartacus, a rebelião continua e os escravos começam a bo-

Gods of the Arena conta a história de como Crixus tornou-se gladiador e da ascensão da casa de Batiatus que conta com o gladiador Gannicus, um gladiador aparentemente invencível, com uma ha-bilidade com espada apenas comparável ao seu gosto por vinho e mulheres.

Com um belo final essa temporada ainda demonstrava todo potencial de Blood and Sand e mesmo sem whitfield, o elenco e a história agradaram, garan-tindo assim que fosse feita a continua-ção da primeira temporada.

tar medo no coração da República Roma-na, e Caius Glaber é enviado com suas tropas para Cápua para acabar com as crescente rebeliões.

Spartacus vê a possibilidade de sa-tisfazer a sua vingança contra o homem que condenou sua esposa à escravidão e à eventual morte, criando um pequeno exército com a ajuda de Crixus, Oeno-maus e Gannicus. Essa sem sombra de dúvida é a temporada mais sanguinolen-ta e uma das que possui mais cenas de sexo. Mesmo assim é possível notar o co-meço da derrocada da série que no final da temporada tinha perdido o folego e mostrava já o quanto a série estava des-gastada

Page 24: Revista digital nerdofobia ed #4

E xCscravos rasso

de ação, além de ver provavelmente um jovem Julius Caesar.

Finalizando. Spartacus não é uma sé-rie perfeita, nem tampouco apresenta

algo novo no gênero, mas ela é extre-mamente eficiente no que se propõe a fazer: Mostrar batalhas sangrentas, personagens carismáticos, uma boa dose de sacanagem e uma trama que se está longe de ser original, é muito bem amarrada e conduzida. Quase sempre.

Se você não conhece a série, mas gosta de filmes tipo 300, Gladiador e outros épicos, de uma chance a Sparta-cus e temos a certeza de que não vai se arrepender.

Guerra dos condenadosSpartacus: War of the Damned (3º Temporada)

Em uma visão mais profunda dessa última temporada dá para se notar

que Andy Whitfield realmente faz falta, a falta de presença de Liam se faz no-tar, principalmente quando ele está lado a lado com Gannicus e com a chegada em Roma, ou pelo menos o caminho até lá. Falta força a série para se tornar realmente épica. E ainda bem que os produtores resolveram termina-la antes dela ficar mais saturada do que já está.

Vale pela exuberância e as cenas

Page 25: Revista digital nerdofobia ed #4

The FollowingThe Following

Page 26: Revista digital nerdofobia ed #4

The Following é uma série de te-levisão dramática norte-america-na, criada por Kevin Williamson. Protagonizada por Kevin Bacon,

estreou em 21 de janeiro de 2013 na Fox, também contando com James Pu-refoy, Shawn Ashmore e Natalie Zea no elenco. A série parte da premissa de um agente do FBI, Ryan Hardy (Bacon), que investiga um criminoso que usa a tecnologia para criar uma rede de serial killers. Será exibida no Brasil a partir de 21 de fevereiro de 2013, pelo canal por assinatura warner.

Kevin Williamson produziu a série para a Fox porque a emissora foi "a casa do seu programa favorito, 24h". Com-parando Ryan Hardy com Jack Bauer, ele disse, "Às vezes eu fico acordado na cama durante a noite e choro por Jack Bauer! Claramente, há algo de Jack em Ryan. Ryan morreria para salvar o mo-mento. Ele carrega o peso de cada víti-ma nos ombros". Desde o início, Kevin tinha a intenção de produzir uma série sangrenta; ele também sabia que seria controversa.

Quando estava escolhendo o elen-co, ele disse para seu agente que "que-ria alguém como Kevin Bacon" para o papel principal, ao que este respondeu, "Que tal Kevin Bacon?". Eles entraram em contato com o ator, que havia passa-do quatro anos sem encontrar uma série

pela qual se interessasse e acabou acei-tando o papel.Mas o que falar de uma série que segue todos os clichês de um seriado previsível e está sendo, pelo menos até agora uma grata surpresa.

Para entender a motivação dos per-sonagens que antagonizam com o agente Hardy do FBI, primeiro te-

mos de entender um pouco do escritor que motiva a mente criminosa por trás de todos os assassinatos da série, o mais novo serial killer da televisão,Joe Carrol, interpretado de forma impecá-vel por James Purefoy, que baseia seus crimes nos livros de ninguém menos que Edgar Allan Poe. Um dos mais mis-teriosos autores de sua época, foi poeta, editor e crítico literário. Não era do tipo que gostava de seguir regras e morreu aos 40 anos em uma situação um tanto nebulosa. O trabalho de Poe envolveu morte, romantismo, ficção científica, mistério policial e terror psicológico. Tudo isso parece ter feito parte dos úl-timos momentos do autor, que morreu quatro dias após ter sido encontrado de-lirando na rua e usando roupas de outra pessoa. Poe nunca conseguiu explicar como ficou naquela situação, os boatos sobre a causa da sua morte vão de em-briaguez a diabetes, sífilis, raiva, uso de drogas fortes como heroína e doenças cerebrais desconhecidas.

Page 27: Revista digital nerdofobia ed #4

Ryan Hardy( o ex agente pseudo alcoólatra do FBI) tem a tarefa árdua de capturar pela segunda vez o serial kil-ler Joe Carroll, que foi responsável por 14 assassinatos de universitárias, todos inspirados em histórias de Edgar Allan Poe. Ryan foi responsável pela prisão de Joe e salvou a vida de uma de suas víti-mas nove anos antes dos fatos relatados no início da série, mas o agente do FBI ficou com sequelas e acabou se aposen-tando. Agora seu coração não é mais o mesmo, Ryan usa um marcapasso, e o caso deixou o agente com problemas psicológicos e o levou ao alcoolismo (pseudo-alcoolismo). O que realmente aconteceu durante a primeira captura de Joe e os anos seguintes estão sendo mostrados com flashbacks que são mui-to bem elaborados contrapondo fatos atuais da série.

O que chama atenção e que foge um pouco aos estereótip de Serial Killer é que Joe não é uma pessoa introvertida e com problemas sociais. Joe foi profes-sor de literatura, é sedutor, inteligente e tem a habilidade de formar seguidores ao seu redor. Um Carisma sem igual. No entanto, uma habilidade que começou atingindo seus alunos agora se estende a um culto de serial killers, seus “ami-gos”, como ele gosta de chamá-los. The Following apresenta dados de

que existem mais de 300 assassinos em série nos Estados Unidos, e Joe pode estar aumentando esse número. E de fato está criando uma cadeia de seriais killers. Quase como uma franquia.

Outra curiosidade no relacionamen-to de mocinho e vilão é que Ryan é um cara introvertido e sem amigos mas que tem um passado pessoal com o serial Joe e que dá um tom quase de tragédia grega aos encontros dos dois.

Apesar das controvérsias The-Following parece ser uma série que vai agradar e tem tudo para se tornar uma das melhores séries do ano, mesmo com clichês ela deixa muita coisa da atuali-dade no chinelo e aguça a curiosidade do espectador a cada novo episódio e subtrama. Parafraseando Edgar Allan Poe: “Os olhos são a janela da alma” , vale a pena olhar com eles para The Following.

Mas e a trama?

Page 28: Revista digital nerdofobia ed #4
Page 29: Revista digital nerdofobia ed #4

Senhoras e senhores, Jack Bauer está de volta. Não, na verdade quem está de volta é Kiefer Su-therland no seriado 'Touch', que

estreou sua segunda temporada oficial-mente na Fox em fevereiro. Mas vamos falar da série. A trama, escrita por Tim Kring ('Heroes') segue a história de Martin Bohm (Sutherland) e seu filho autista Jake (David Mazour). O episódio começa com garoto narrando os fatos sugerindo que tudo que aconte-ce tem um sentido e que todos no mun-do estão conectados de alguma forma.

Jake vive com seu pai, um ex-re-pórter que agora se dedica a criação do menino depois que sua mãe morreu nos atentados de 11 de setembro. Tentando

As explicações para as conexões dos acontecimentos e das pessoas é muito interessante, lembrando

a experiência que Kring usou em 'He-roes'. Kiefer Sutherland não parece o durão Jack Bauer , atuando bem como o frágil agente de embarque. O seriado começou relativamente bem, e agora já em sua segunda temporada parece que Kieffer consegue segurar qualquer coi-sa que coloquem ele para atuar. Mesmo com o enredo parecendo limitado a série tem tido um bom desenvolvimento e se os executivos ainda não cancelaram sig-nifica que os números estão agradando.

Apesar da estreia da segunda tem-porada ter tido pouca audiência, vamos ficar de olho e ver a história que, antes de tudo, é de um pai e seu filho.

dar o melhor de si para cuidar do garo-to, o agora agente de embarque começa a duvidar de sua capacidade como pai e, por sugestão da agente tutelar Clea Ho-pkins (Gugu Mbath-Raw), decide interná-lo em um instituição.

Tudo muda quando Bohm descobre que Jake tem um dom extraordinário – a capacidade de perceber os padrões aparentemente ocultos que ligam toda a vida no planeta. Com a ajuda de Arthur Teller (Danny Gloover), um estudioso de sabe-se lá o quê, entende que seu filho está tentando se comunicar por meio de números e 'pedindo' que o homem interfira nos acontecimentos para que o mundo siga seu curso 'normal' - atitu-de que em outras obras de ficção altera tudo.

Page 30: Revista digital nerdofobia ed #4

Por Tininha Magalhães

Page 31: Revista digital nerdofobia ed #4

A nova série do History Channel nos apresenta os famosos explo-radores, comerciantes, guerrei-ros e corsários nórdicos a partir

do seu ponto de vista. A história é cen-trada em Ragnar Lothbrok (Travis Fim-mel, de Beast), um agricultor e guerrei-ro que acredita ser descendente direto do deus Odin, que decide partir para conquistar novas terras.

O elenco conta ainda com Gabriel Byrne (In Treatment) no papel do Earl Haraldson, o líder do clã de Ragnar, ca-sado com Siggy (Jessalyn Gilsig, de Glee); Gustaf Skarsdard, como o melhor amigo de Ragnar, Floki; Katheryn Win-nick (Bones) como Lagertha, a esposa guerreira de Ragnar; George Blagden (Les Miserables) como o monge cristão capturado por Ragnar em sua primeira expedição à Inglaterra; e Clive Standen (Camelot), como o impulsivo irmão de Ragnar, Rollo.

A aposta do History Channel na nova série Vikings foi acertada: o dra-ma histórico trouxe uma grande audi-ência neste último domingo, dia 3, para a emissora paga americana. Foram, no total, 6,2 milhões de telespectadores, dentre eles, 2,5 milhões de adultos de 18 a 49 anos, a faixa etária cobiçada pe-los anunciantes.

No entanto, outro programa estre-ante do canal é que bateu recordes: a minissérie The Bible, lançada no mesmo dia, teve 13,1 milhões de telespecta-

dores — a maior audiência de qualquer exibição da TV paga americana neste ano (superando The Walking Dead, cujo recorde foi de 12,3 milhões, alcançado no primeiro episódio de 2013).

Apesar de todo o cuidado com a parte histórica, quem está familiarizado com os livros, principalmente os de Ber-nard Cornwell, nota um pouco de pudor, pelo menos nesse primeiro episódio no que se trata dos costumes e práticas daquele povo. O personagem principal Ragnar Lothbrok ainda parece um saxão e não um nórdico. Falta um pouco de brutalidade e beligerança. Talvez os pro-dutores tenham escolhido esse lado para mostrar um aspecto mais civilizado ao povo nórdico, o que talvez futuramente tire um pouco do brilho da série, mas que, desde já traz um pequeno incômo-do.

E você, já está inserido no mundo nórdi-co?

Page 32: Revista digital nerdofobia ed #4

Eu sempre torci pelo tigre...Como falar de polêmica e deixar

de lado talvez o grande ganha-dor do oscar desse ano. Ang Lee e o seu comentadíssimo e muito

bem nas bilheterias “As Aventuras de Pi” ( Life of Pi no original), que nos joga em um mundo audiovisual que beira a insa-nidade.

Ang Lee pode se dizer é um cineas-ta eclético, por suas mãos já passaram filmes como: O Tigre e o Dragão, O Se-gredo de Brokeback Mountain e Hulk, mas a adaptação de As Aventuras de Pi mostrou algo diferente das outras obras do diretor: Liberdade.

O filme é uma adaptação do ro-mance de Yann Martel e conta a histó-ria de Pi Patel, um garoto indiano que está migrando para o Canadá com sua família quando o navio que eles tripu-lavam afunda e ele se vê preso em um bote salva-vidas com um tigre de ben-gala chamado Richard Parker. E esse pelo menos para mim é o diferencial que faz de Pi um belo filme assim como um outro filme que a maior parte do tem-po conta com um homem e um animal, o excelente “Eu Sou a Lenda” com Will Smith, que também se desenvolve em boa parte apenas com a interação en-tre dois personagens ambivalentes e ao mesmo tempo covalentes.

Em Pi notamos a preocupação do diretor em mostrar a angústia e a claus-trofobia do personagem, e é essa tensão que deixa o espectador vidrado em sa-ber como o jovem vai sair daquela si-tuação. Além disso, o tigre é construído com maestria se tornando tão importan-te quanto o próprio Pi. A montagem e os ângulos de câmera são todos pensados para aumentar a tensão e a sensação de pequenez de Pi frente ao tigre, ao mar e às outras forças da natureza. A história de Pi é anunciada a seu

interlocutor canadense (e, consequente-mente, ao espectador) e a questão cen-tral é o desafio posto por ele ao narra-dor de fazê-lo acreditar em Deus ao fim da história, esse quesito deixa um pouco a desejar, uma vez que, apesar da fan-tástica história, esse desafio se torna vago e apenas em um momento do fil-me vemos a confrontação de Pi com suas crenças e também com Deus.

No final, Ang Lee pegou um livro considerado inadaptável e transformou-o em um filme acessível. O filme é de

PIPOCAFOBIA

Page 33: Revista digital nerdofobia ed #4

uma riqueza visual considerável e impres-siona por não ser lento, nem em muito momentos inverossímil. Eu sempre acre-ditei que o tigre em algum momento iria devorar o jovem.

As Aventuras de Pi é um filme muito bom, que de certa forma ficou devendo em alguns aspectos. Se ele tivesse bus-cado uma reflexão maior de Pi com sua própria essência, talvez tivéssemos vendo um filme bem mais deslumbrante drama-ticamente, além de visualmente como a trajetória de Pi é. Mas ao mesmo tempo se pensarmos bem, o que é o homem pe-rante a força da natureza e a fúria selva-gem dos animais?

Pode se dizer que o filme é de uma luta entre duas espécies e ao mesmo tempo não, pois no final te mos uma revelação surpreendente que dá um sentido a toda história. Mas se nos apegarmos a fantasia em si, con fesso, sempre torci pelo tigre.

O tigre de bengala Richard Parker rouba a Cena, indiscutivelmente...

Page 34: Revista digital nerdofobia ed #4

As CrônicasSaxônicas

NosPassos de um Papo

www.coletivocult.comDa Redação com

Page 35: Revista digital nerdofobia ed #4

“Meu nome é Uhtred. Sou filho de Uhtred, que era filho de Uhtred, cujo pai também se cha-mava Uthred. Esta é a história de uma rixa de sangue. É a história de como tomarei de meu

inimigo o que a lei diz que é meu. É a história de uma mulher e de seu pai, um rei.”

Sendo um irremediável apaixona-do por histórias de guerra, suor e sangue, meus olhos freiaram rapi-

damente ao passar pelo título “O Último Reino – Crônicas Saxônicas Parte I” que descansava plácidamente na prateleira da livraria, nos idos de 2008. Na con-tra capa ví que falava sobre a Grã-Bre-tanha sob domínio dinamarquês/saxão, assim como da ascenção de uma so-berania que viria a se chamar Inglater-ra. Seria impossível me impedir de ler!

A história escrita por Bernard Cor-nwell (Stonehenge, Crônicas de Arthur, Busca pelo Graal, Azincourt, O Condena-do e a magestosa série As Aventuras de Sharpe) é narrada em primeira pessoa através da voz de Uthred de Bebbanburg, um filho de nobres saxões que foi rap-tado quando criança e criado por uma família dinamarquesa, assumindo então

o nome de Uthred Ragnarson. Aprende ao longo dos anos o idioma e o modo de vida Viking, mas sem jamais esque-cer a fortaleza que pertence à sua famí-lia: Bebbanburg, usurpada pelo tio após a invasão dos estrangeiros de além-mar.Uthred é um guerreiro nato, não só pelo braço da espada, escudo ou machado, mas também pela inteligência afiada e rapina exigida de um líder em um campo de batalha. Por essa razão serve sob o estandarte de seu pai adotivo, Earl Rag-nar o Destemido como guerreiro jura-do seu, mesmo sendo de sangue saxão.

Uhtred participa de diversas bata-lhas lutando pelos dinamarqueses, fa-zendo parte em cada parede de escu-dos que surgia em sua frente e o seu nome e sua fúria em combate passa a ser reconhecido e cantado nas lendas por toda as terras saxônicas e dinarma-quesas, Trnsformando-o em uma lenda.

George Bernar Cornwell, o autor da obra

Autor: Yuri

Page 36: Revista digital nerdofobia ed #4

A série das Crônicas Saxônicas conta, em sentido mais amplo, a história de como Rei Alfredo criou as bases

para fazer surgir das cinzas a Inglaterra e, além de tudo, as histórias das bata-lhas que forjaram tal reino.

Época de guerra entre Ingleses e Dina-marqueses, entre Cristianismo e Paganis-mo. De batalhas sangrentas e horrendas, onde guerreiros valorosos morrem senta-dos por terem escorregado em restos de fezes e tripas de algum morto qualquer. Histórias de glória roubada, de heróis de valor esquecido e de senhores que traem seus vassalos. De estupros, saques e pi-lhagens. Cornwell não economiza no uso desses elementos tão sombrios e crimi-nosos para descrever com fidelidade um período tenebroso da história da ilha.

Guerras

“Então chegou o medo. A parede de escudos é um lugar terrível. É onde o guerreiro ganha re-putação, e reputação é importante para nós. Reputação é honra, mas para obter essa honra o homem deve ficar na parede de escudos, onde a morte campeia. Eu estivera na parede de es-cudos em Cynuit e conhecia o cheiro, o fedor da morte, a incerteza da sobrevivência, o horror

dos machados, espadas e lanças, e a temia. E ela estava chegando.”

Page 37: Revista digital nerdofobia ed #4

“A parede de escudos de Ivar já tinha sido decidida, mas eu poderia muito bem imaginar a fe-rocidade da batalha. Meu pai lutou contra os escoceses muitas vezes, e ele sempre se referia a eles como demônios. Demônios loucos, demônios loucos com a espada. E os dinamarqueses de Ivar nos contaram como eles fizeram aquele primeiro ataque, e usaram a espada, cortan-

do de baixo para cima, escalando sobre os próprios mortos, seu cabelo selvagem vermelho de sangue e suas espadas gritando.”

Se você gosta de um bom roman-ce histórico, regado de persona-gens extremamente cativantes e

muita violência gratuita, tem a obriga-ção de checar essa obra de Cornwell. Se de quebra você se interessa por Vi-kings ou Saxões ela se torna simples-

O Último Reino (2006)O Cavaleiro da Morte (2007)Os Senhores do Norte (2007)A Canção da Espada (2008)Terra em Chamas (2010)Morte dos Reis (2012)

mente imperdível! A obra aparemente terá sete volumes e todos publicados no Brasil, em português, pela editora Re-cord. Foram até agora escritos seis de-les, com a publicação do sétimo previs-ta para o verão de 2014. A saga é até então composta pelos seguintes livros:

Page 38: Revista digital nerdofobia ed #4

Relatório Gamer

A inexperiente

E sua luta pela sobrevivênciaLara Croft

Por Alan Rocha

Page 39: Revista digital nerdofobia ed #4

Tomb Raider está de volta. A he-roína mais icônica do mundos dos games retorna em um re-make incrível que irá revolucio-

nar a série, que já não andava bem das pernas. Prenda a respiração e prepare seu estômago para encarar a primeira e mais desafiadora aventura desta jovem versão de Lara Croft para Xbox 360, PlayStation 3 e PCs.

Desenvolver um remake requer um cuidado especial, independente do jogo. Imagine então criar uma nova identi-dade para um jogo que inspirou tantos outros como Tomb Raider. Esse foi o de-safio aceito pela Crystal Dymamics, que teria pela frente a missão de reescrever um título com uma enorme legião de fãs.

Após as primeiras imagens se-rem reveladas, criou-se uma ansiedade diante de uma Lara mais jovem e tão bem representada nas divulgações. Em seguida, essa mesma ansiedade se tor-nou apreensão diante de muitos atrasos no jogo, que deveria ter sido lançado, a princípio, no primeiro semestre de 2012.

A longa espera valeu a pena e hoje podemos dizer que o novo Tomb Raider revitalizou uma série que já não andava tão bem quanto em seus primeiros títu-lo. Isso porque a franquia seguia a risca algumas fórmulas - como a jogabilidade acrobata - o que acabava tornando os

jogos bem similares, deixando apenas o visual como critério de desempate. Palmas para a Crystal Dymamics por ir além e trazer uma nova abordagem à série.

Esqueça tudo o que você conhe-ce sobre Tomb Raider, principalmente aqueles momentos em que Lara desfi-lava em seu iate super equipado ou es-banjava riqueza ao andar de triciclo no jardim de sua mansão. Aqui você con-trola uma jovem desesperada em busca de um único objetivo: sobreviver.

Esqueça também o sarcasmo e a frieza que a heroína apresentou ao longo de dezenas de títulos. Dessa vez Lara é inexperiente e acaba sendo guia-da pelo instinto de sobrevivência. E isso não mexe apenas com a personagem, a forma com que tudo acontece mexe também com o jogador. É angustiante a cena em que Lara precisa executar um pobre cervo para se alimentar. Também compartilhamos do remorso - ou não - da personagem ao executar seu primei-ro inimigo após uma tentativa de estu-pro.

Todos estes momentos únicos de superação criam um forte elo emocional entre a personagem e o jogador. Sen-do assim, a experiência de jogo passa a ser mais do que buscar alcançar seus objetivos, você irá vibrar e se emocio-nar com a personagem.

Aflorando sua carreira de pesqui-

Page 40: Revista digital nerdofobia ed #4

sadora, Lara sai com um grupo de ex-ploradores em busca de aventura. Após um acidente em alto mar, seu navio naufraga e a jovem acaba caindo em uma ilha misteriosa. Nesse momento o pesadelo começa!

Lara começa lutando contra seus próprios problemas. Enquanto preci-sa enfrentar a fome e o frio, há ainda a esperança de reencontrar o resto de sua tripulação, uma tarefa cada vez mais difícil. E se não bastasse tudo isso, feras selvagens e tribos de fanáticos re-ligiosos surgem para atormentar a sua vida.

O lado bom é que tudo surge de uma maneira gradativa, com uma linha de aprendizado bem executada. Você começa cercado de tutoriais e, ao lon-go do jogo, precisa quebrar a cabeça e lembrar exatamente de cada ensina-mento e executar o vasto leque de pe-rícias de Lara. É como se precisasse se recordar daquela matéria ensinada na escola, que você jamais achou que fos-se precisar um dia.

Se a premissa do game é mos-trar o desenvolvimento da jovem Lara Croft, o sistema de evolução caiu como uma luva. Ao contrário de uma contor-cionista, o que vemos é a uma atrapa-lhada garota que aos poucos começa a demonstrar habilidades em escalada, combate e manuseio de armas. A me-lhor forma de visualizar isso é perce-ber o quanto a mira de Lara é trêmula

e confusa no início, mas que com o tempo se torna cada vez mais firme e eficiente. Essa linha de evolução é de-terminada pelo jogadores. Adquirindo pontos de experiência, você pode esco-lher qual das três vertentes evoluir:

- Sobrevivente

Instintos Animais: Permite encontrar animais com mais facilidade

Perita em Sobrevivência: Recebe recompensas extras ao pilhar corpos de animais e revirar caixas de comida

Coleta Avançada: Permite enconrar mais fragmentos em caixas

Colecionadora de Ossos: Recompensa extra de fragmentos em corpos de animais

Recuperação de Flechas: Permite recuperar flechas nos corpos de seus inimigos

Pilhagem: Munição extra ao revistar os corpos de seus inimigos

Agilidade de Alpinista: Permite escalar mais rápido e resistir melhor as quedas

Orientação:

Encontre recompensas com mais facili-dade

Cartografia:Todas as entradas de tumbas e suas lo-calizações serão reveladas no mapa

- Caçadora

Mão firme: Permite ter mais tempo para disparos mortais com o arco

Capacidade de Munição: Aumenta o armazenamento de muni-ções

Levantadora de Peso: Permite carregar ainda mais munições

Assassina Consagrada: Aumenta os pontos de experiência com os assassinatos diferenciados

Especialista com Arcos: Permite apunhalar seus inimigos mais próximos com as flechas

Especialista com Pistolas: Execute inimigos a curta distância com a pistola e receba mais pontos de expe-riência

Especialista com Rifles: Execute inimigos a curta distância com o rifle e receba mais pontos de experi-ência

Page 41: Revista digital nerdofobia ed #4

- Combatente

Tolerância à dor:Suporta mais dano em combate

Truques Sujos: Permite utilizar lama e pedras para ce-gar seus inimigos e deixá-los vulnerá-veis

Ataque de Machado: Permite realizar dois ataques rápidos com seu machado para atordoar inimi-gos

Especialista com Machados: Permite usar o seu machado para reali-zar um ataque mortal

Contra-ataque na Esquiva: Permite esquivar e contra atacar um ini-migo com uma flecha para deixá-lo vul-nerável

Esquiva Mortal: Elimina os inimigos próximos após es-quivar-se de seus ataques

Maestria em Esquiva Mortal: Elimina qualquer inimigo após uma es-quiva realizada com sucesso

Já a perícia com armas necessita de fragmentos espalhados por todo cená-rio. Com eles, você pode obter uma mira melhor, mais munições e até mesmo causar mais dano em seus adversários.

Visual inacreditável!

Incrível! Essa é a palavra para des-crever o visual de Tomb Raider. O cuidado começa por Lara. Seus ma-chucados e hematomas são desta-

cados de uma forma tão real que chega a dar arrepios diante de tanto sofrimen-to. As expressões da personagem tam-bém são reproduzidas de uma forma fantástica. Os outros personagens re-ceberam o mesmo cuidado da heroína, sejam eles inimigos sujos e com cara de mau ou animais selvagens e bem repro-duzidos.

As cut scenes também conseguem passar um realismo inacreditável, como se estivéssemos vivenciando tudo aquilo com Lara. Fica até difícil acertar os co-mandos, pois há tantos detalhes trans-parecendo na tela, que é impossível não se impressionar. Outros efeitos, como Lara descendo rio abaixo ou o fogo des-truindo construções de madeira também são dignos de um Oscar.

A fotografia de Tomb Raider tam-bém merecia uma estatueta. Afinal, re-produzir uma ilha com tantos detalhes é uma tarefa para poucos e, por coinci-dência ou não, o último game que rea-lizou essa proeza acabou sendo eleito o melhor jogo de 2012: Far Cry 3. Embora não tão amplo como o game da Ubisoft, aqui também é possível explorar cantos dos cenários em que um rápido olhar os esconderia. E acredite: cada pedacinho

desta ilha possui características diver-sificadas que não deixam o jogo cair na mesmice ou o jogador confuso achando que está no mesmo lugar.

Mas o que mais encanta é como os efeitos de sombra e luz são bem apli-cados no jogo. De dia tudo fica mais nítido, e mesmo a chuva - que chega a respingar a tela - não atrapalha a visi-bilidade na hora de prosseguir pelo ca-minho certo. Já a escuridão...essa sim é impiedosa. As tochas são suas melhores amigas nesses momentos e lembrar de acender as luminárias é algo que não pode passar batido, já que a área ilu-minada por sua tocha é bem limitada. Graças a um pequeno deslize - que não merece nem ser criticado - nem a água ou o vento forte apagam a sua chama, senão... aí sim a coisa iria complicar.

O que se pode perceber é que o novo Tomb Raider não conta com uma dificuldade tão elevada quanto em al-guns títulos da franquia. Calma, você não terá vida fácil pela frente! Mas ao mesmo tempo, os jogadores mais anti-gos da série sentirão saudades daque-les momentos em que era preciso muita paciência e atenção para resolver alguns puzzles.

Alguns fãs podem questionar a falta de puzzles mais complexos, mas é difícil imaginá-los nesta aventura. Que no fim é pautada na luta da jovem Lara para sobreviver.

Page 42: Revista digital nerdofobia ed #4
Page 43: Revista digital nerdofobia ed #4

EDITORESJefferson LoboCleriston Costa

COLABORADORESAnderson VeigaTininha MagalhãesJonathan GomesAlam Rocha

DIAGRAMAÇÃOJefferson Lobo

Os textos utilizados na revista foram enviados por colaboradores. As imagens foram usadas apenas com fim de mera ilustração.

O conteúdo da revista é feito de nerd para nerd. Todo projeto gráfico e de diagramação saiu da mente confusa dos editores.

Toda e qualquer ofensa, insulto, ataque ou obstrução da ordem é de total (ir)responsabilidade da equipe Nerdofobia.

Todos Direitos Reservados

REVISÃOAlan Rocha

IMAGENSDC Comics / VertigoMick HolinworthOpen imagesGame open imagesWarner/ MgM / Universal Marvel

PARCERIASRock & AnimeDeposito do CalvinColetivo Cult

nerdofobia

expediente