revista digital o mirante dorsey rocha ed. setembro 2014

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Setembro - 2014 PRIMAVERA RENOVAÇÃO A Arte de informar pessoas e organizações

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A edição de setembro de #oMirante reflete sobre a renovação, fenômeno presente na natureza pela entrada da primavera e do atual contexto político-social, as eleições que irão definir os novos líderes e rumos de nossa nação. Os artigos contemplam a renovação, as novas perspectivas e os processos que a envolvem. Boa leitura. [email protected]

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Page 1: Revista Digital O Mirante Dorsey Rocha Ed. Setembro 2014

Setembro - 2014

PRIMAVERARENOVAÇÃO

A Arte de informarpessoas e organizações

Page 2: Revista Digital O Mirante Dorsey Rocha Ed. Setembro 2014

EditorialAo transitar por avenidas de São Paulo, nesta virada de estação, fico muito impactado pela revitalização das árvores, de todo o tipo, que insistem em sobreviver: são flamboyants, ipês, sibipurunas, drace-nas, paineiras, embaúbas, cambucis, manacás. Todas estas, e muitas outras, com suas cores típicas, explodindo com a aproximação da primavera.

É a natureza silenciosamente nos lembrando da lei da renovação contínua dos ciclos do tempo e da vida.

O mesmo apelo está no ar em outro aspecto: a política. Aproxima-se o momento da escolha do presidente que irá governar o país nos próximos anos. As eleições trazem em si, simbolicamente, a opor-tunidade máxima da democracia de renovar lideranças, rumos e estratégias. Está em jogo a definição da governança que melhor re-presente anseios, angústias e expectativas do conjunto da sociedade.

Também O MIRANTE deste mês propôs pensar e compartilhar com você alguns aspectos da renovação.

Dante Mantovani, engenheiro e psicólogo, nos dá um depoimento de como estas duas ciências conversam entre si e dão significado para sua missão de vida na construção de uma sociedade melhor.Bruna Arcuri, grávida de seu segundo filho e cursando Adminis-tração, trabalha na Dorsey Rocha no apoio logístico e administra-tivo: ela nos fala da opção dos Cursos de Ensino à Distância, suas vantagens, conveniência e também restrições. Uma reflexão a partir da experiência real, já que ela é aluna nessa modalidade de aprendizagem.

Adriano Canela, um cliente parceiro, nos traz a sua visão da condição essencial de sobrevivência das organizações e dos indivíduos: a ca-pacidade de adaptação evolucionária ao seu ambiente. Rodolpho Rocha, em Ponto de Vista, faz um desabafo do leitor em busca de um texto que valha a pena ser lido. Confira!

A renovação é um convite importante para todos nós: ela tem a ver com a necessidade de sermos ousados na busca de respostas, olharmos de frente os novos caminhos a percorrer, e fazermos as mudanças – em nossas vidas, carreiras, organizações, país - que nos levarão ao futuro que queremos construir.

Nos [email protected]

01 02Setembro, 2014 - Primavera

Page 3: Revista Digital O Mirante Dorsey Rocha Ed. Setembro 2014

uando falo para alguém que em janeiro de 2014 me formei psicólogo desperto surpresa. À primeira vista pode parecer incomum um engenhei-ro abraçar áreas aparentemente tão diferentes. Há um ponto em comum: estas ciências respondem a questões que me mobilizam de uma maneira quase incontrolável.

Desde garoto, tinha curiosidade pelo funcionamento das coisas. Aos 12 anos comecei a consertar meus brinquedos; rezava para as bonecas das minhas irmãs quebrarem, assim, eu tinha álibi para desmontá-las. O liquidificador também foi vítima, pois vi meu avô resolvendo o que não funcionava e aprendi com ele.

Em uma ensolarada tarde, meu pai me trouxe uma revista de eletrônica. Compramos algumas peças e com a ajuda do meu avô, montei circuitos, e até um pequeno rádio! Logo veio a questão: como é que uma televisão forma uma imagem vinda pelo ar?

Aos 17 anos decidi que queria ser engenheiro. No terceiro ano da Poli, exausto de estudar uma matemáti-ca indigesta, montei um curso extracurricular sobre engenharia de televisão, minha grande paixão. Em seguida conquistei um estágio em uma fabricante do setor de áudio e de vídeo. Após um ano e meio, veio a decepção: não havia mercado para projetos de TV nos anos 1990 – “os nossos japoneses realmente eram mais criativos”. Incomodou-me constatar que o laboratório em que eu estava era isolado das demais áreas. Eu enxergava meu futuro em outro lugar. Parti para um estágio técnico-administrativo, onde fiz contatos e conheci uma forte área de Gestão de Pessoas, e isto despertou a atenção.

Ao me formar veio a primeira proposta de emprego em outra empresa. Trabalhei, ou melhor, “ralei” por dois anos na enxuta equipe do diretor de compras e mais dois anos na engenharia. Uma nova inquietude tomou corpo: como uma empresa funciona? Eu queria entender como cada parte contribuía para o objetivo final: achava que poderia ser um bom “integrador” destas áreas. Veio a possibilidade fazer um MBA nos EUA.

Voltei para o Brasil e mudei para área de RH em 1999. Edgard Schein diz que as escolhas profissionais acabam gravitando em torno de alguns temas, chamados de âncoras. A âncora Técnica, que se manifestou comigo no campo da eletrônica, havia mudado de direção.

Ao longo do programa me dei conta que a liderança no local em que trabalhava era exercida de acordo com as convicções de cada líder, não havia um modelo próprio. Vislumbrei uma grande oportunidade para desenvolver lideranças e meus olhos brilharam.

Dez anos depois, tomou corpo a terceira pergunta: por que as pessoas fazem o que fazem? Em 2009, após uma demissão involuntária, decidi fazer algo produtivo: entrei na faculdade de psicologia. Meses depois, voltei a trabalhar inaugurando um novo ciclo profissional: consultor, coach e professor.

Aprender psicologia preparou-me para este papel de consultor e coach, trazendo-me prazer. Nesta nova etapa, tomou parte uma segunda âncora, Autonomia e Independência: a liberdade de fazer o que gosto. Estudar o comportamento, contribuir para que outros sejam seres humanos melhores, também me faz crescer. Isto está em total sintonia com a minha missão de vida.

Sem entrar em pieguices, afirmo que a vida foi, é e sempre será, uma jornada fascinante, de contínua renovação.

Q

Dante MantovaniConsultor Dorsey Rocha & Associados03 04Setembro, 2014 - Primavera

DE ENGENHEIRO A PSICÓLOGO

Page 4: Revista Digital O Mirante Dorsey Rocha Ed. Setembro 2014

Diretor de Projetos e Inovação, Cia Suzano

Adriano Canela

P

Para sobrevivermos a este cenário precisamos agir, mais que isso, precisamos ser agentes de transformação. Tudo que alcançamos, desenvolvemos, criamos até agora, nos coloca no patamar atual, mas não é garantia nenhuma de sucesso futuro.

No dicionário, a palavra transformação é “ação de transformar ou transformar-se”, o que significa que ela pode e deve estar dentro de cada um de nós. A mudança, a transformação, às vezes é traumática, nos tira da zona de conforto, mas é necessária.

Aliás, quero ressaltar que nos dias de hoje a veloci-dade desta transformação é fundamental. Veloci-dade esta, no sentido de otimizar recursos, adequar fortalezas, minimizar riscos e seguir em frente. Quanto mais rápido se dá a adaptação a uma nova realidade, maior a vantagem competitiva e a capaci-dade de sobrevivência da empresa. E este processo só é possível por meio de uma liderança corajosa, atuante e incentivadora. É papel do gestor neste momento, assumir riscos conscientes, incentivar as equipes, comunicar os propósitos das mudanças, delegar tarefas, instigar a autonomia, enfim praticar a fundo os conceitos da Liderança Situacional.

A maneira como encaramos as mudanças em nosso dia a dia é fundamental, para nos sentirmos bem e para obtermos sucesso no resultado final.

É preciso se entregar, estar engajado de fato na causa, é preciso transformar. Afinal, mudar é bom, mas transfor-mar é essencial.

Sempre gostei de mudanças, do novo desafio, do desconhecido, de aprender coisas novas, conhecer novas pessoas e lugares. A mudança é o melhor momento e a melhor maneira para aprendermos, para evoluirmos, para ganharmos maturidade, seja no aspecto pessoal ou profissional. Se você, caro lei-tor, parar para pensar irá, com certeza, identificar al-guma grande mudança em sua vida que exigiu que fosse agente de transformação, que se adaptasse à nova realidade, e com isso aprendesse e evoluísse.

Esse conceito definitivamente não é novo. Charles Darwin, um dos maiores cientistas do século XIX, em sua Teoria da Evolução das Espécies por meio da Seleção Natural, já dizia: “não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, mas sim as mais suscetíveis a mudanças”.

Adaptabilidade é o nome do jogo, e para o mundo corporativo funciona do mesmo jeito. As empresas com maior capacidade de transformação, de adaptação aos novos cenários de mercado, são as que sobreviverão. Para tal, as empresas e seus colaboradores precisam estar preparados, com a devi-da qualificação, maturidade e recursos apropriados.

No mundo corporativo não é diferente. Estamos hoje num cenário econômico incerto de nosso país, e os desafios são muitos, como logística, energia elétrica, qualificação da mão de obra, entre outros.

Passamos constantemente, em nossas vidas, por mudanças. Algumas destas nem percebemos e as mais simples facilmente incorporamos em nossas rotinas; outras já são mais complexas, e são essas que mexem com a gente, que nos tiram da zona de conforto.

05 06Setembro, 2014 - Primavera

mudar é bom,transformar é essencial

Page 5: Revista Digital O Mirante Dorsey Rocha Ed. Setembro 2014

oje em dia as renovações são semanais, principalmente na área tecnológi-ca (smartphones, tablets, computadores etc.).No meio de tantas novidades, por que não aproveitar a primavera e reno-var o seu olhar sobre as novas possibilidades de uma educação sob

medida, com total flexibilidade de horário de estudos? Os chamados cursos “EAD” Ensino à distância existem para isso.

Tal modalidade é a forma de aprendizado por meio de uma plataforma virtual, com conteúdo online. Os professores dão suporte via e-mail, chats, encontros virtuais. A avaliação é, normalmente, presencial.

Quantas vezes perdemos o “pique” em estudar por conta do tempo perdido no caótico trânsito das cidades, ou pelo sofrimento enfrentado nos hiperlotados trans-portes públicos. As consequências são óbvias: atrasos, aulas e conteúdos perdidos, cansaço, desânimo e, principalmente, faltas.

Além disso, após uma exaustiva jornada de trabalho e estudo sempre temos out-ros afazeres: atenção à família, tarefas domésticas, planejamentos profissionais e, evidentemente, os estudos. Somado a estes fatos somos obrigados a conviver com algum stress: valor de mensalidade (geralmente alto), curtos repousos, reuniões (normalmente ultrapassam o horário previsto). Esses fatores levam à desmotivação, e muitas vezes, consequentemente ao abano do curso. No “EAD” não há esses prob-lemas.

É difícil imaginar um aluno estudar o ano todo, sem professor, sem sala de aula, sem colegas de turma. Pode parecer estranho, pois desde a infância estamos acostuma-dos a essa integração escolar.

Na educação à distância, normalmente, não conhecemos as pessoas, não fazemos amigos, não existe relacionamento. Há uma ausência de competição e a troca de informações é limitada.

Não obstante, existem diversas vantagens no EAD: o ambiente virtual pode ser acessado em qualquer lugar, via internet, em qualquer horário, sem faltas, sem per-das. Sua mensalidade é menor, o horário de estudos é ampliado, a grade curricular é autoprogramada. O referido acesso facilita, indubitavelmente, pesquisas escolares.Entretanto, se você é desorganizado, só estuda mediante pressão, não tem aces-so à internet, e precisa do relacionamento “olho no olho”, tal modalidade não é recomendada, afinal, estas são as desvantagens do curso virtual.

Por fim, para você conhecer mais sobre o EAD, seguem algumas dicas:

• Verifique se o curso pretendido, além de disponível, possui registro no Ministério de Educação e Cultura (https://emec.mec.gov.br).

• Organização e foco são indispensáveis. Controle a tentação de acesso às redes sociais.

• Lide com o preconceito relacionado ao e-learning (poucas pessoas sabem que o ensino à distância possui idêntico diploma dos cursos presenciais).

• Teste um curso de curta duração, uma “degustação”. Existem diversos que são gratuitos: procure-os na internet.

Assim como a primavera, renove-se. Opte por um curso EAD - a forma diferente de agregar algo tão inspirador e bonito como as flores: o conhecimento. H

PRIMAVERATECNOLÓGICA

07 08Setembro, 2014 - PrimaveraBruna ArcuriAssistente Dorsey Rocha & Associados

Page 6: Revista Digital O Mirante Dorsey Rocha Ed. Setembro 2014

ENQUETE!

Quem indica: Maurício França / Consultor da Dorsey Rocha & Associados

Por que indicou: “Campbell, nesta obra, percorre o significado dos mitos e sua importância no de-senvolvimento do indivíduo, enfatizando os aspectos psicológicos. Através da análise do arquétipo do herói, o texto nos dá uma oportunidade para olharmos para nossa própria vida. Essa trajetória nos faz refletir sobre nossas ações, e permite nos reinventarmos.”

Sinopse: Os textos inéditos de Campbell, enfatizam os aspectos pessoais e psicológicos da questão do mito. Ele traça conexões entre símbolos arcaicos, arte moderna, esquizofrenia e jornada do herói. O objetivo é revelar o modo como o mito ajuda a identificar o caminho pessoal.

PONTO DE

VISTAProcuro um textoque fale comigo, mas que me ouça tambémque me apresente com clareza suas ideiassabendo de antemão que sou matreiro e desconfiado das pessoas,mas gosto de ser conquistado

Procuro um textoque me apresente coisas novas, desconhecidassem esquecer que o embrião, as raízes dessas coisasjá habitavam dentro de mim há muito, muito tempoapenas esperavam o momento de ressurgir

Procuro um textoque me desperte para novas aventurasque me encha de coragem e de desejo para descobrir esses mundos que sempre acreditei pudessem existir, mas não tinha coragem suficiente parameter o pé na estrada e iniciar uma longa viagem sem retorno

Procuro um textoque seja respeitoso com minha imensa ignorânciae que seja irreverente com minha pretensa sabedoriaque me faça divertir nos caminhos do entendimentopor mais imprevisíveis e perigosos que o sejam

Procuro um textoque eu possa falar com elecom a certeza que serei sempre ouvidoque possa abraçá-lo, levá-lo comigo a todos os lugaresporque ele e eu, de tanto caminharmos juntos,já nos fundimos e nos amoldamos um ao outro.

IndicaIndica

Rodolpho RochaSócio Fundador Dorsey Rocha & Associados

Page 7: Revista Digital O Mirante Dorsey Rocha Ed. Setembro 2014

Conselho Editorial:

Rodolpho RochaMarta Castilho

Ádrice Fernanda

Marketing:

Janaíra França

Conecte-se conosco:

WWW.DORSEYROCHA.COM

O MIRANTE É UM PROJETO DORSEY ROCHA & ASSOCIADOS