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Revista publicada pelo CRP do Paraná

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  • sumrio

    Conselho Regional de Psicologia8 Regio (CRP-PR)

    www.crppr.org.br

    Diretoria- Presidente: Joo Baptista Fortes de Oliveira- Vice-presidente: Rosangela Lopes de Camargo Cardoso- Secretria: Mrcia Regina Walter- Tesoureiro: Sergio Luis Braghini

    ConselheirosAmarilis de Ftima Wozniack Falat, Anades Pimentel da Silva Orth, Andrea Simone Schaack Berger, Benedito Guilherme Falco Farias, Bruno Jardini Mder, Carolina de Souza Walger, Clia Regina Cortellete, Fernanda Rossetto, Guilherme Bertassoni da Silva, Harumi Tateiva, Joo Baptista Fortes de Oliveira, Jos Antonio Baltazar, Karin Odette Bruckheimer, Liliane Casagrande Sabbag, Ludiana Cardozo Rodrigues, Mrcia Regina da Silva Santos, Mrcia Regina Walter, Maria Sara de Lima Dias, Maria Sezineide Cavalcante de Mlo, Nelson Fernandes Junior, Nicolau Steibel, Paula Matoski Butture, Rosangela Lopes de Camargo Cardoso, Sergio Luis Braghini, Suzana Maria Borges e Vera Regina Miranda.

    Subsedes LondrinaAvenida Paran, 297- 8 andar - salas 81 e 82 - Ed. Itaipu CEP 86010-390Fone: (43) 3026-5766 / (43) 8806-4740Conselheiro: Jos Antonio BaltazarCoordenadora: Denise MatosoE-mail: [email protected]

    MaringAvenida Mau, 2109 - sala 08 - CEP 87050-020Fone: (44) 3031-5766 / (44) 8808-8545Conselheira: Clia CortelleteCoordenadora: Soraia Ribari Saito Vinholi E-mail: [email protected]

    CascavelRua Paran, 3033 - salas 53 e 54 - CEP 85810-010Fone: (45) 3038-5766 / (45) 8808-5660Conselheira: Harumi TateivaCoordenadora: Viviane de Paula E-mail: [email protected]

    Representaes setoriais Campos Gerais - e-mail: [email protected] suplentes: Juliano Del Gobo e Kamilla Scremim Figueiredo Fone: (42) 8802-0949

    Centro-Ocidental - e-mail: [email protected] Representante efetiva: Dbora M. Almeida de Carvalho Fone: (44) 8828-2290Representante suplente: Mnica Vaz de Carvalho

    Centro-Oeste - e-mail: [email protected] efetiva: Angela Cristina da Silva Fone: (42) 8801-8948Representante suplente: Larissa Cabreira

    Extremo-Oeste - e-mail: [email protected] Representante efetiva: Jane Margareth Moreira de Carvalho Fone: (45) 8809-7555Representantes suplentes: Marta Elena Ormaechea, Anna Maria F. de C. Sanseverino, Giuliana Rosa de Oliveira e Tuvia Nunes Costa

    Sudoeste - e-mail: [email protected] efetiva: Cristiane Rocha Kaminski Fone: (46) 8822-6897Representantes suplentes: Lauana Edina Simes e Angela Liston

    Oeste - e-mail: [email protected] Representante efetiva: Janeth Knoll Inforzato Fone: (44) 8828-4511Representantes suplentes: Snia de Ftima dos Santos Pego e Viviane Barbosa da Cruz Castilho

    Sudeste - e-mail: [email protected] efetiva: Daniele Jasniewski Fone: (42) 8802-0714Representantes suplentes: Marly Perrelli, Cristiane Lampe Holovaty e Elvis Olimar Venso Sikorski

    Litoral - e-mail: [email protected] efetivo: Andr Luiz Cyrillo Fone: (41) 8407-9367Representante suplente: Simone Wachter Muller

    Noroeste - e-mail: [email protected] Representante efetiva: Lucy Lemes de Toledo Silva Fone: (44) 8812-3781Representante suplente: Thais Fernanda Gimenez

    Norte Pioneiro - e-mail: [email protected] efetiva: Priscilla Moreira de Mattos Fone: (44) 8812-3781Representante suplente: Ana Thais Santos Vaz Ronque

    Conselho Regional de Psicologia8 Regio (CRP-PR)

    www.crppr.org.br

    colunatica O Psiclogo e os processos ticos no CRP-PR

    cartadoleitor

    expedientecontato

    matriacapaInternao Compulsria: Soluo ou ttica higienista?

    6

    20

    colunaCPOTA origem e o desenvolvimento da Psicologia Organizacional e do Trabalho

    18

    coforientaOrientaes para Psiclogo perito examinador de Trnsito

    contatoplenria

    9

    acontecenoParan12

    5

    4

    editaldeconvocao

    SindypsiPR

    contatoagenda

    classificados

    32

    31

    cartadoeditor4

    14

    10

    26

    23

    30

    33 novosinscritos

    contatoeditorial5

    pordentro GT Itaipu/Sade

    psiclogodaSilva29

    repercussoMorre Pioneiro da Psicologia do Esporte no Brasil16

    matriacontatoCongresso Nacional da Psicologia: a histria e a atualidade

    contatoartigo Adoo e Devoluo: A criana devolvida

    24

  • Gostaria de externalizar minha opinio sobre a tima qualidade da "matria capa" da Revista Contato de janeiro/fevereiro de 2013, a qual traduziu a trajetria e o empenho de inmeros profissionais de diferentes campos do conhecimento na busca de um caminho tico e tcnico-cientfico para se promover a escuta de crianas e adolescentes envolvidos em situao de violncia.

    Posso avaliar a fidedignidade da matria, justamente por ter participado ativamente desse processo. E a vai minha ressalva com relao matria: na pgina 19, no item sobre a "Organizao do GT" no so mencionados

    COMENTE VOC TAMBM AS MATRIAS DA REVISTA CONTATO. ENVIE UM E-MAIL PARA:

    [email protected]

    A edio de maro e abril de 2013 levanta uma antiga discusso da categoria. Em funo da nova medida implantada em So Paulo que preconiza a internao compulsria de depen-dentes de lcool e outras drogas, a Revista Contato aborda o tema e questiona os rumos tomados para o tratamento dos mesmos.

    Em Coluna tica, iniciamos uma srie de trs edies com a publicao adaptada da pesquisa sobre o(a) Psiclogo(a) e os processos ticos no CRP-PR. O ob-jetivo dessa pesquisa foi levantar informaes capazes de traar o cenrio real da atuao dos Psiclogos e

    Psiclogas do Paran sobre os aspectos ticos da pro-fisso, identificando o perfil do infrator e o contedo das infraes.

    A Contato aborda tambm os assuntos debatidos nas reunies plenrias do ms de dezembro, as orienta-es da COF para o Psiclogo Perito Examinador de Trnsito e uma homenagem ao Professor Dietmar Sa-mulski, falecido em dezembro de 2012.

    Confira essas e outras informaes nas pginas a se-guir e no deixe de enviar seu comentrio ou sugesto.

    Boa leitura!

    os representantes das instituies acadmicas (PUCPR, Universidade Tuiuti, FEPAR,...) que participaram do processo, mediante a presena de professores de graduao em Psicologia, de mestrado em Psicologia Forense, supervisores de estgio em Psicologia Jurdica, coordenadora da Especializao em Psicologia Jurdica, mestrando em Psicologia Forense, assim como nmero significativo de estagirios de Psicologia Jurdica da PUCPR.

    A participao desses representantes foi bastante ativa, colaborando com as atualizaes acadmicas sobre a temtica, assim como na escolha das estratgias e definio do documento final do GT.

    Como integrante desse processo, minha inteno aqui dar sugestes para aprimoramento dos passos to relevantes que temos dado, ilustrados pela matria de capa!

    Psicloga e Prof. Maria Cristina Neiva de Carvalho (PUC-PR)CRP-08/01397

    cartadoleitor

    cartadoeditor

    Gosto muito da Revista Contato, pois aborda assun-tos importantes para a atuao dos Psiclogos. E no senti-do de contribuir para o desenvolvimento do profissional, gostaria de sugerir de ter um espao na revista onde tenha indicaes de filmes e livros.

    Psicloga Fernanda DuraesCRP-08/13205

  • Trancar no tratar, prender!

    Produo

    Contato: Informativo bimestral do Conselho Regional de Psicologia 8 Regio (ISSN - 1808-2645)Avenida So Jos, 699 CEP 80050-350 Cristo Rei Curitiba/PR Fone/Fax: (41) 3013-5766Site: www.crppr.org.br E-mail: [email protected]

    Tiragem: 14.000 exemplaresImpresso: Primagraf Indstria Grfica.Jornalista responsvel: Vivian Fiorio (MTB 46258/SP)Comisso de Comunicao Social do CRP-PR: Karin Odette Bruckheimer e Sergio Luis Braghini

    Projeto grfico: RDO Brasil Rua Mamor, 479 CEP 80510-362 Mercs Curitiba/PR Fone/Fax: (41) 3338-7054Site: www.rdobrasil.com.br E-mail: [email protected] responsvel: Leandro RothIlustrao (Psiclogo da Silva): Ademir Paixo

    Preo da assinatura anual (6 edies): R$ 30,00

    Os artigos so de responsabilidade de seus autores no expressando necessariamente a opinio do CRP-PR.

    expedientecontato

    contatoeditorial

    H anos, Psiclogos, assistentes sociais, socilogos, edu-cadores e alguns mdicos trabalham com formas de tra-tamento para essas pessoas que vm sendo diligentemente negligenciadas pelo poder pblico. Mais uma vez, se ten-ta calar esses profissionais e seus trabalhos, atravs de um discurso que sonha agir soberanamente s franjas da lei. Ns j vimos na histria de nossa civilizao ocidental moderna, as consequncias de tais aes: os experimen-tos dos nazistas com os seres humanos (queles que no cabiam em sonho de pureza), acompanhamento de tortu-ras por mdicos durante a ditadura militar (queles que no cabiam no sonho de obedincia) ou na falsificao de laudos necroscpicos (queles que no eram convencidos pelo sonho de uma sociedade sem opositores). claro que no basta para ns apenas clamar pelos direitos huma-nidade para essas pessoas.

    preciso que nossas instituies fortaleam os saberes e trabalhos de Psiclogos que possuem eficcia para dar-lhes alternativas. Por isso a retomada desse slogan, pois trancar nunca foi, e nunca ser tratar. apenas punio que preten-de acalmar os espritos daqueles que se sentem impotentes frente ao sem-sentido dos drogadictos.

    Lema de uma campanha pela reforma psiquitrica pela gesto do CRP 6 regio em 1997, em uma luta pela aprovao do projeto de lei do ento Deputado Paulo Delgado, parece ser adequado para esse momento de movimento obstinado de uma psiquiatria que insiste em re-novar seus laos com a poltica. Amplamente estudado por Psiclogos, historiadores, socilogos e at mesmo mdicos, esse movimento toma nova fardagem, substituindo a lou-cura pela toxicomania como fonte de inspirao. o que vimos acompanhando atravs das aes, principalmente em So Paulo e Rio de Janeiro, em que o Estado em nome da expurgao psiquitrica promove a internao compulsria de pobres e miserveis (sempre eles) transformando uma questo social em uma ao mdico-policialesca, torcendo a prpria lei. Pois, a internao compulsria uma medida de segurana que requerida pelo Estado para prevenir atos de periculosidade.

    Qual temibilidade provocam esses sujeitos que so caados pe-las ruas por seu consumo excessivo de drogas ilegais compara-dos queles que por sua condio financeira, conduzem seus reluzentes blidos, embriagados pelo uso de substncia vendida legalmente, que causam mortes e danos irreparveis s pessoas?

  • colunatica

    O Psiclogo e os processos ticos no CRP-PRPesquisa realizada pelo CRP-PR aponta perfil profissional dos(as) Psiclogos(as) do Paran relacionado aos processos ticos instaurados no perodo de 2000 a 2011

    Os objetivos propostos nesta pesquisa, bem como os demonstrativos e resultados obtidos durante o pe-rodo de 2000 a 2011 sero apresentados resumi-damente na Revista Contato em trs edies. Nes-sa primeira parte, abordaremos o perfil do Psiclogo no Paran e a relao entre esse perfil e a tica na Psicologia. Tambm sero apresentadas informaes sobre os trmites do processo disciplinar tico e relativos denncia.

    1. Introduo

    Realizada com base em mapeamento de dados a partir de documentos arquivados nas pastas dos processos, essa pesquisa torna-se um instrumento permanente, passvel de atualizao peridica e, portanto, de acompanhamen-to e controle sistemtico das infraes cometidas por par-te dos(as) profissionais que atuam no territrio sob juris-dio deste Conselho.

    Um dos motivos que suscitaram a realizao da pesquisa foi a percepo emprica, por parte dos(as) conselheiros(as), sobre o aumento do nmero de denncias protocoladas na secretaria do CRP-PR ou levantadas pela prpria Co-misso de Orientao e Fiscalizao (COF) a partir de seu trabalho junto aos(s) profissionais atuando no estado do Paran com registro no CRP-PR.

    2. Sobre o perfil dos(as)

    Psiclogos(as) no Paran

    No ano de 2010, o CRP-PR realizou pesquisa intitu-lada: Levantamento do Perfil Profissional e das Con-dies de Trabalho dos(as) Psiclogos(as) do Paran. De acordo com os resultados, os dados tomados em conjunto sugerem que a categoria profissional dos(as) Psiclogos(as) composta principalmente de mulhe-res (88,6%) jovens (50%) entre 25 a 29 anos, brancas (87,5%), que esto casadas ou declaram viver em situa-o de unio estvel (53%).

    Uma hiptese explicativa para a predominncia de profis-sionais jovens que o crescimento do nmero de cursos de graduao ocorrido nos ltimos 10 anos tem permitido a formao de mais Psiclogos(as) por ano, ocasionando uma juvenizao da profisso. Provavelmente tambm contribuiu para isto as polticas pblicas de acesso universidade, como o PROUNI e outras.

    A graduao em Psicologia no Estado do Paran conta com a intensa participao de instituies de ensino privadas, com 70% dos(as) respondentes tendo concludo a graduao nes-tas instituies. Esta proporo aproxima-se daquela encon-trada em mbito nacional onde 89% dos(as) Psiclogos(as) graduaram-se em instituies particulares (BASTOS et. al., 2010, apud CPR-PR, 2010).

    Entre os principais centros formadores paranaenses encon-tram-se a Universidade Tuiuti (UTP) e a Pontifcia Universi-dade Catlica (PUCPR) com 20% e 17,4%, respectivamente, do total de respondentes. Muito provavelmente esta distri-buio est relacionada ao fato dessas instituies sediarem cursos de Psicologia entre os mais antigos do Estado. Segue-se em ordem decrescente, em termos de nmero de responden-tes, a Universidade Estadual de Maring (UEM), a Univer-sidade Federal do Paran (UFPR), a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Paranaense (UNIPAR).

    A pesquisa revelou, tambm, que os(as) Psiclogos(as) res-pondentes buscam a continuidade da formao acadmica, sendo que 76,7% afirmaram ter realizado ps-graduao, concentrando-se nos cursos de formao e de especializao. Essa proporo maior que a mdia nacional a qual indica que 60,3% dos(as) Psiclogos(as) cursaram ou esto cursan-do algum tipo de ps-graduao. J a formao nos nveis stricto sensu menos expressiva.

    A Psicologia clnica, em suas vrias abordagens, foi a rea de maior concentrao das atividades de formao dos(as) Psiclogos(as), envolvendo 76,2% dos(as) profissionais que afirmaram ter frequentado cursos de formao e 21,7% dos(as)

    contato 6

  • que frequentaram cursos de especializao. A Psicologia es-colar/educacional e a organizacional/trabalho, formam um segundo grupo em termos de relevncia nas escolhas dos(as) Psiclogos(as) que participaram da pesquisa, seguindo-se, a Psicologia hospitalar, Psicologia social e psicopedagogia.

    3. Relao entre o perfil

    dos(as) profissionais e a tica

    na Psicologia

    Os dados apresentados como resultante da pesquisa sobre o perfil dos(as) Psiclogos(as) mostra a diversidade de atua-o e concepo dos(as) profissionais, ainda que a formao complementar se concentre na Psicologia clnica. Isto coloca desafios para o Sistema Conselhos no que tange elaborao de Referncias Tcnicas para a atuao profissional, orienta-o e fiscalizao, que so tambm desafios ticos.

    O exerccio profissional da Psicologia implica uma constante tomada de decises diagnsticas, prognsticas, teraputicas, formativas, morais, etc. Estas atuaes se fazem em situaes de incerteza ou com informao incompleta, e isto faz que as decises tenham um carter mais probabilstico que de certeza.

    Nas questes morais as decises tambm se tomam em con-dies de incerteza, os fatores intervenientes e as diferentes perspectivas das partes implicadas (Psiclogos(as), clientes, famlia, instrues, sociedade) dificultam a objetividade do trabalho do(a) Psiclogo(a) . (LUSAR et. al., 2007, p.11).

    O Cdigo de tica Profissional do(a) Psiclogo(a), cuja l-tima verso data de 2005, estabelece os princpios funda-mentais como eixos norteadores da relao do(a) profissional Psiclogo(a) com a sociedade, definindo as suas responsabili-dades e deveres. composto por 25 artigos que trazem, alm dos princpios fundamentais, as obrigaes e as sanes sofri-das pelo(a) profissional que descumprir as diretrizes propos-tas no documento. Isso, entretanto, no garante que diante de situaes de incerteza e/ou questes ligadas prpria viso de mundo dos(as) Psiclogos(as) tais princpios sejam cum-pridos, como nos aponta a pesquisa dos processos ticos.

    Os princpios que orientam a atuao dos(as) Psiclogos(as) so baseados na Declarao Universal dos Direitos Huma-

    nos pautando-se no respeito e na promoo da liberdade, dignidade, igualdade, e integridade da pessoa humana; de forma a garantir a qualidade de vida das pessoas e das co-letividades e contribuindo para eliminar quaisquer atitudes contrrias a esses direitos.

    Ainda, de acordo com seu Cdigo de tica Profissional, o(a) Psiclogo(a) dever atuar de forma responsvel, ana-lisando o contexto social, poltico, econmico e cultural onde est inserido. O que pressupe a necessidade de aperfeioamento profissional, de forma a contribuir para o desenvolvimento da Psicologia enquanto cincia e pro-fisso, posicionando-se de forma crtica e em concordn-cia com os princpios estabelecidos no cdigo.

    4. Sobre o processo disciplinar

    Embora se utilize de punies previstas no CEPP (Art. 21) - advertncia, multa, censura pblica, suspenso e cassao do exerccio profissional - como ltimo recurso, o funda-mento do processo disciplinar no punir o(a) profissional, mas preservar a profisso como um todo. O amplo direito de defesa garantido aos(s) Psiclogos(as) denunciados(as) pelo Cdigo de Processamento Disciplinar (CDP), alm de um permanente trabalho de orientao por parte da COF.

    Entretanto, deve-se compreender que a Psicologia uma pro-fisso na qual a tica no algo que se agrega a um fazer, mas sim algo constitutivo do prprio fazer. [...] Afinal, somos profissionais que lidamos com seres humanos na perspectiva da subjetividade, naquela parte que lhes constitui como o sujeito de sua histria e onde residem os afetos, as emoes, as paixes, a sexualidade, os sonhos, os projetos, as potencia-lidades, as limitaes, enfim, todas as caractersticas que lhes conferem o carter de nico. Refere-se a sua singularidade e a sua intimidade. (CORREIA, apud PASSOS, p. 9).

    Resulta da a responsabilidade do Sistema Conselhos no que se refere aos cuidados com a atuao profissional, o que atestado pela preocupao constante em adequar seu Cdigo de tica aos momentos histricos vividos pelos(as) Psiclogos(as) do Brasil. De acordo com ROMARO (2008), um Cdigo de tica dos(as) Psiclogos(as) foi aprovado em 1967, pela Associao Brasileira dos(as) Psiclogos(as), antes mesmo da criao do Sistema Conselhos. Esse cdigo foi modificado e transformado no primeiro Cdigo de tica

    contato 7

  • oficial pela Resoluo CFP 008/75. Posteriormente foi refor-mulado e transformado no segundo Cdigo, aprovado pela Resoluo CFP 029/79, ambos no contexto da ditadura mi-litar. Aps 25 anos de regulamentao da profisso, e j no processo de redemocratizao do pas, um terceiro Cdigo foi aprovado (Resoluo CFP 002/87).

    O Cdigo de 1987 apresenta sete princpios fundamen-tais, 50 artigos e uma grande quantidade de alneas, ex-pressando as dificuldades e reflexes ao longo do percurso (ROMARO, 2008, p. 33). Nos anos que se seguem, vrias modificaes vo sendo introduzidas neste terceiro Cdi-go, bem como institudo o Cdigo de Processamento Disciplinar (Resoluo CFP 005/1988). Acresce-se a isso a aprovao da nova Constituio Federal em 1988. Por isso, fez-se necessrio a elaborao de um novo Cdigo, o quar-to desde o reconhecimento da Psicologia como profisso.

    O atual Cdigo de tica Profissional do(a) Psiclogo(a) reflete a importncia e o reconhecimento do papel social do(a) Psiclogo(a) ao longo das dcadas, sua insero co-munidade e sua transparncia para lidar com pontos deli-cados como os dilemas ticos. (ROMARO, 2008, p. 13).

    Apresentamos a seguir os passos do processo tico a fim de compreendermos a base concreta sobre a qual se as-senta essa pesquisa:

    4.1. Denncia

    Qualquer pessoa pode denunciar aos Conselhos Regio-nais, o(a) Psiclogo(a) que esteja exercendo a profisso de forma irregular ou infringindo as legislaes do CFP e o Cdigo de tica Profissional. A denncia deve ser forma-lizada e endereada ao Presidente do CRP-PR, contendo:

    a) nome completo, endereo e telefone para contato do(a) denunciante;

    b) nome completo, endereo e telefone para contato do(a) Psiclogo(a) denunciado(a);

    c) descrio circunstanciada do fato (resumo dos fatos);

    d) toda prova documental que possa servir apurao do fato e de sua autoria;

    e) indicao dos meios de prova de que pretende o denun-ciante valer-se para provar o alegado (rol de testemunhas, documentos, entre outros);

    f) assinatura.

    4.2. Trmites do Processo tico

    a) Acolhimento da Denncia pelo Presidente do CRP.

    b) Encaminhamento Comisso de Orientao e tica (COE) para anlise e relatrio.

    c) Apreciao do Plenrio para determinar por arquivamen-to ou instaurao do Processo tico Disciplinar. No caso de instaurao de processo, a COE (Comisso de tica) poder nomear uma Comisso de Instruo para realizar os atos pro-cessuais, ou seja, anlise dos documentos, oitiva das partes ou testemunhas e requerimento e provas. A Comisso de Instru-o composta por Psiclogos(as), devendo um(a), necessa-riamente, ser da COE, o(a) qual ser seu(sua) Presidente(a).

    d) Esgotados todos os prazos e atos processuais, elege-se um(a) conselheiro(a) relator(a), no plenrio, para que con-feccione um relatrio expositivo, um parecer conclusivo sobre o mrito do processo, sobre os atos processuais e emita um voto, propondo arquivamento ou penalizao do(a) profissional, a ser apresentado no dia do julgamento.

    e) No julgamento de processo disciplinar-tico, uma vez apresentado o relatrio, ouvidas as partes envolvidas, apresentado o voto do(a) relator(a), o plenrio estando es-clarecido para votar, o(a) Presidente(a) coloca o processo em votao do plenrio, para que seja concludo.

    f) Aps concluso do julgamento h, ainda, a possibilidade de recurso da deciso do plenrio Regional ao Conselho Federal de Psicologia.

    Nas prximas edies sero divulgados resultados refe-rente aos contedos mais frequentes de denncia e in-fraes, a relao entre denncias e setores, quantidade de denncias por ano, tempo de formao dos denun-ciados, entre outros aspectos relevantes da pesquisa.

    contato 8

  • Orientaes para Psiclogo Perito Examinador de Trnsito

    A Comisso de Orientao e Fiscalizao do CRP-PR tem sido procurada pelos Psiclogos com dvidas relacionadas ao prazo para credenciamento jun-to ao DETRAN e solicitaes de indicaes de instituies que ofertam os cursos de Capacitao para Psiclogo Perito Examinador de Trnsito. Tambm sur-gem questes sobre como obter o ttulo de Especialista em Psicologia do Trnsito reconhecido pelo Conselho Fe-deral de Psicologia, conforme exigia o anterior Edital de credenciamento do CONTRAN que tinha como prazo mximo, a data de 15 de fevereiro de 2013 para apresen-tao deste ttulo pelos profissionais.

    Entrou em vigor, em 27 de novembro de 2012 a resolu-o CONTRAN n425, que dispe sobre o exame de aptido fsica e mental, a avaliao psicolgica e o cre-denciamento das entidades pblicas e privadas de que tratam o art. 147, I e 1 a 4 e o art. 148 do Cdigo de Trnsito Brasileiro.

    A resoluo traz mudanas importantes relacionadas atuao do Psiclogo na avaliao psicolgica para a ob-teno da CNH, pois revoga as resolues n 267/2008, n 283/2008 e n 327/09 do CONTRAN.

    De acordo com a nova resoluo o prazo para que o Psi-clogo perito examinador de Trnsito obtenha o ttulo de Especialista pelo CFP aumentou. Os Psiclogos que possuem o curso de capacitao para Perito Examinador e ttulo de especialista em Psicologia do Trnsito pode-ro solicitar o credenciamento e permanecer exercendo a funo de perito examinador at 14 de fevereiro de 2015. Aps esta data ser necessrio o ttulo de especialista em Psicologia do Trnsito, reconhecido pelo Conselho Fede-ral de Psicologia para o pedido de credenciamento.

    Art. 18. O credenciamento de mdicos e psiclogos peritos examinadores ser realizado pelo rgo ou entidade executi-vo de trnsito do Estado ou do Distrito Federal, observados os seguintes critrios:

    III o psiclogo deve ter Ttulo de Especialista em Psicolo-gia do Trnsito reconhecido pelo CFP ou ter concludo com aproveitamento o curso Capacitao Para Psiclogo Perito Examinador de Trnsito (Anexo XVII).

    2 At quatorze de fevereiro de 2015, ser assegurado ao psiclogo que tenha concludo e sido aprovado no cur-so de Capacitao para Psiclogo Perito Examinador de Trnsito, de 180 (cento e oitenta) horas ou curso de Es-pecialista em Psicologia do Trnsito, o direito de solici-tar credenciamento ou de continuar a exercer a funo de perito examinador.

    3 A partir de 15 de fevereiro de 2015, a solicitao para o credenciamento s ser permitida aos psiclo-gos portadores de Ttulo de Especialista em Psicologia do Trnsito reconhecido pelo CFP.

    4 Os Cursos de Capacitao para Psiclogo Perito Exa-minador sero ministrados por Instituies de Ensino Su-perior que ofeream o curso de Psicologia, reconhecido pelo Ministrio da Educao.

    5 Os rgos ou entidades executivos de trnsito dos Esta-dos e do Distrito Federal devero remeter ao DENATRAN, anualmente, a relao dos profissionais mdicos e psiclogos credenciados com seus respectivos certificados de concluso dos cursos exigidos por esta Resoluo.

    Para os Psiclogos interessados em realizar os cursos de Ca-pacitao para Psiclogo Perito e Examinador e de especia-lizao em Psicologia do Trnsito, importante procurar uma instituio de ensino superior reconhecida pelo MEC.

    Vale lembrar que existem duas formas de obteno do t-tulo de Especialista em Psicologia do Trnsito reconhecido pelo CFP, conforme a Resoluo CFP 013/2007: atravs da aprovao em concurso de provas e ttulos promovido pelo Conselho Federal de Psicologia, ou por meio da concluso de curso de especializao credenciado pelo CFP.

    Nova resoluo do CONTRAN aumenta o prazo para credenciamento de psiclogos peritos examinadores de Trnsito

    coforienta

    contato 9

  • GT Itaipu/SadeProfissionais de diversas reas desenvolvem aes em prol da melhoria da sade da regio da trplice fronteira, beneficiando a populao do Brasil, Paraguai e Argentina

    Por ser uma regio turstica com grande fluxo de moradores e visitantes, a trplice fronteira entre o Brasil, Paraguai e Argentina exige aes que extrapolem os limites entre os pases. Em vis-ta disso, a Itaipu constituiu, em 2003, o Grupo de Trabalho para Integrao das Aes de Sade (GT Itaipu/Sade), que tem como principal objetivo con-tribuir para o fortalecimento das polticas pblicas de sade na regio da trplice fronteira, promovendo aes baseadas na integrao e na cooperao entre os pases. Esse projeto, que j comemora dez anos, fruto de uma atuao multidisciplinar, onde o (a) Psiclogo (a) tem papel fundamental.

    Ao longo do tempo, o GT Itaipu/Sade tornou-se um dos principais fruns de debates da regio, formulan-do propostas concretas que proporcionam intercm-bio de conhecimentos e valorizao das experincias dos profissionais de sade e que resultam em melho-ria da qualidade de vida da populao.

    Com reunies mensais, o GT Itaipu/Sade consegue reunir cerca de 100 profissionais do setor de sade, como Mdicos, Assistentes Sociais, Psiclogos entre outros, que debatem, propem e elaboram projetos a serem implementados pela Itaipu. As pautas des-ses encontros se distribuem em nove eixos temticos: Sade do Idoso, Sade do Trabalhador, Sade Indge-na, Sade Maternoinfantil, Sade do Homem, Sade Mental, Endemias, Acidentes e Violncias, Educao Permanente em Sade.

    Segundo a Psicloga Sonia Regina dos Santos (CRP-08/13924), coordenadora da oficina Cuidando o Cuidador elaborada pelo GT, todas as atividades e proje-tos so dirigidos populao dos trs pases, com resulta-dos positivos e promissores e contribuio efetiva para a melhoria da qualidade de vida de brasileiros, paraguaios

    e argentinos. Ela refora sobre a importncia da partici-pao do profissional da Psicologia em aes como esta. Aes voltadas para a comunidade criam oportunida-des para que os Psiclogos se instrumentalizem atravs da informao e percebam que no esto sozinhos, que existem possibilidades, enquanto a Psicologia vai con-quistando espaos, comenta.

    Oficina Cuidando o

    Cuidador: trabalhando com

    a comunidade

    A Comisso Tcnica de Sade Mental do Grupo de Trabalho Itaipu Sade desenvol-veu o projeto com o objetivo de proporcio-nar o intercambio de experincias entre gru-pos e associaes de usurios, dependentes e familiares dos pases da trplice fronteira.

    A oficina aconteceu, entre os dias 25 e 26 de setembro de 2012, na rea de Treinamento da Itaipu Binacional e contou com a partici-pao de mais de 80 pessoas, entre profis-sionais da rea, representantes de comuni-dades teraputicas e grupos de apoio aos dependentes qumicos, alm de usurios, dependentes e familiares que frequentam o CAPS. Foram realizadas atividades diversas, palestras, debates, etc.

    pordentro

    contato 10

  • O que e como funciona o GT?

    Trata-se de um grupo de trabalho de carter permanente e consultivo criado e coordenado pela ITAIPU Binacional. Promove a articulao de instituies governamentais e no governa-mentais, somando esforos que visam melho-ria dos nveis de sade da populao da regio de Foz do Iguau. Com aes efetivas, embasam a formulao e execuo das polticas de res-ponsabilidade social da Itaipu na rea da sade.

    O objetivo promover um espao democrtico baseado na integrao e cooperao entre Bra-sil e Paraguai com participao da Argentina, e tambm no respeito aos sistemas nacionais de sade. O GT promove um intercmbio de co-nhecimentos e a valorizao da experincia dos profissionais dos pases que compem a trplice fronteira.

    A Itaipu coordena o GT Sade, mas suas aes so desenvolvidas por meio de parcerias com diversas instituies pblicas e privadas, enti-dades sociais relacionadas com a sade, com fundamental participao dos profissionais dos Ministrios da Sade dos trs pases (Brasil, Pa-raguai e Argentina). A gesto e definio dos

    indicadores realizada por grupos temticos formados por representantes das instituies parceiras, que assumem uma posio de pro-tagonistas em todas as discusses e nas aes implementadas pelo GT.

    Para tanto, foi implementado o modelo de ges-to de projetos proposto pelo PMI (Project Ma-nagement Institute). Esse mtodo tem facilitado o planejamento, a execuo e a finalizao de aes, sendo estruturado na metodologia des-crita no PMBOK (Project Management Body of Knowledge).

    O GT composto de forma igualitria pelos dois pases (Brasil e Paraguai), com representantes das instituies pblicas de sade e das funda-es de sade institudas pela Itaipu, sob a coor-denao dos seus Diretores Financeiros. Atual-mente, as reunies contam com uma mdia de 120 participantes, entre eles representantes de diversas empresas, como Hospital Pequeno Prn-cipe, ABIN, Ag. Nacional de Vigilncia Sanitria, Coordenao Nacional do Mercosul, Secretarias Municipais de Sade, Detran-PR, Ministrio da Sade do Brasil entre outras.

    contato 11

  • Assembleia Geral eleio dos membros da Comisso Regional Eleitoral

    No dia 25 de janeiro, aconteceu uma Assembleia Ge-ral, na sede do CRP-PR (Curitiba), com o objetivo de deflagrar as eleies para as novas gestes do CRP-PR e do CPF. Alm disso, foi tambm realizada a eleio dos membros da Comisso Regional Eleitoral do CRP-PR. As(os) Psiclogas(os) eleitas(os) foram:

    EfetivosMariana Patitucci Bacellar (CRP-08/10021) - PresidenteThiago de Sousa Bagatin (CRP-08/14425)Ivan Carlos Cicarello Junior (CRP-08/17426)

    SuplentesDionice Mayumi Uehara Cardoso (CRP-08/08270)Ana Cristina Strutzel Antunes Paschoareli (CRP-08/15271)Tania Isotton Mior (CRP-08/15821)

    Prvia Oramentria e Evento Preparatrio do VIII COREP

    No intuito de estreitar o contato com os Psiclogos e Psiclo-gas do Paran, o CRP-PR realizou diversas reunies prvias oramentrias em suas subsedes e representaes setoriais.

    Os temas abordados no encontro serviram para nortear o Conselho sobre as necessidades e anseios de todas as regies, definindo assim as estratgias a serem desenvolvidas em 2013. Durante o evento, foi tambm realizado o preparatrio para o VIII COREP (Congresso Regional da Psicologia). Assuntos tratados nos encontros:

    1. Esclarecimento sobre o oramento e plano de ao do CRP-PR

    2. Planejamento de ao (cursos, participao em re-unies plenrias, etc.)

    3. Polticas Pblicas no setor

    4. Esclarecimentos sobre o VIII COREP Congres-so Regional da Psicologia

    O encontro aconteceu durante os meses de janeiro e fevereiro nas seguintes datas:

    Dia 07/01 s 18h30 na Representao Setorial do Sudeste

    Dia 08/01 s 19h na Representao Setorial do Litoral

    Dia 09/01 s 19h na Representao Setorial do Sudoeste

    Dia 10/01 s 19h na Subsede de Cascavel

    Dia 11/01 s 19h na Representao Setorial Extremo-Oeste

    Dia 18/01 s 19h na Representao Setorial do Norte Pioneiro

    Dia 19/01 s 15h na Subsede de Londrina

    Dia 08/02 s 19h na Subsede de Maring

    Dia 09/02 s 14h na Representao Setorial do Noroeste

    Dia 15/02 s 19h na Representao Setorial do Oeste

    Dia 16/02 s 14h na Representao Setorial Cen-tro Ocidental

    VII Encontro de Qualificao em Psicologia Hospitalar

    Aconteceu no dia 22 de fevereiro de 2013 a 7 edio do Encontro de Qualificao em Psicologia Hospita-lar na sede do CRP-PR, em Curitiba.

    O evento contou com a palestra Psicologia Hospitalar e Atualidade, ministrada pela Psicloga Raphaella Rope-lato de Souza (CRP-08/10276), seguida por uma mesa redonda sobre o tema Psicologia Hospitalar: possibili-dades de formao, que falou sobre os cursos de espe-cializao, extenso, residncia, entre outros programas.

    Agenda dos Pr-Congressos 2013

    Durante os meses de fevereiro e maro ocorrem os Pr-Congressos, reunies criadas no intuito de definir as propostas de cada regional que sero levadas para o VIII Congresso Regional da Psicologia (COREP) nos dias 13 e 14, em Curitiba. Durante os Pr-Congres-sos, sero tambm eleitos os delegados para o COREP.

    acontecenoParan

    contato 12

  • As representaes setoriais do Oeste, Centro Ociden-tal e Centro-Oeste j realizaram o encontro no ms de fevereiro. Confira as datas para as prximas reunies:

    - Dia 02/03 Subsede de Londrina, Cascavel e Re-presentao Setorial do Noroeste:

    - Dia 06/03 Subsede de Maring

    - Dia 09/03 Representao Setorial do Norte Pioneiro

    Dia 11/03 Representao Setorial do Extremo-Oeste

    - Dia 15/03 Sede Curitiba

    - Dia 16/03 Representao Setorial dos Campos Gerais

    Caf da Manh da Comisso de Psicologia Hospitalar

    No dia 04 de abril de 2013, entre 9h e 12h, ser realizado o Caf da Manh da Comisso de Psicologia Hospitalar. O encontro, que acontece anualmente na sede do CRP-PR em Curitiba, promove o envolvimento dos Psiclogos e Psiclogas da rea e estimula o debate sobre as constantes questes ligadas a ela, servindo como canal para a troca de experincias e divulgao das aes do CRP-PR.

    O caf parte de uma srie de eventos relacionados Psicologia Hospitalar ocorridos durante o ano todo. Alm do VII Encontro de Qualificao, no segundo semestre de 2013 teremos tambm o XIII Frum em Psicologia Hospitalar. Fique atento aos nossos canais de comunicao para as prximas notcias e participe!

    VIII Congresso Regional da Psicologia

    Nos dias 13 e 14 de abril, na sede do CRP-PR em Curitiba, acontecer o VIII Congresso Regional da

    Psicologia (Corep) em preparao para o VIII Con-gresso Nacional da Psicologia (CNP), que nesse ano aborda o tema Psicologia, tica e Cidadania: Prti-cas Profissionais a Servio da Garantia de Direitos sob os eixos temticos a seguir:

    1. Democratizao do Sistema Conselhos e Amplia-o das formas de interao com a categoria;

    2. Contribuies ticas, polticas e tcnicas nos pro-cessos de trabalho;

    3. Ampliao da Participao da Psicologia e socie-dade nas Polticas Pblicas.

    O encontro, segundo a coordenadora da Comisso Organizadora Denise Matoso (CRP-08/02416), tem como objetivo promover a mobilizao da categoria e definir as polticas nacionais a serem implemen-tadas pelos CRPs, alm de garantir um espao de articulao para a composio e inscrio de chapas que concorrero ao mandato do Conselho Federal da Psicologia durante a gesto de 2014-2016.

    O Corep a ltima instncia para a eleio dos dele-gados, composio e votao das propostas que sero debatidas e avaliadas no CNP, evento que ocorre a cada trs anos. Aps a definio das propostas do encontro regional, os(as) delegados(as) devero receber os cader-nos com as propostas sistematizadas at o dia 14 de maio de 2013.

    Vale lembrar que podero ser delegados nos Coreps e CNP apenas Psiclogos e Psiclogas inscritos no seu CRP adimplentes que tiverem participado do Pr-Congresso que os elegeu. Portanto, participe dos eventos preparatrios e contribua para a construo da histria da profisso.

  • Reunio plenria realizada em Curitiba no dia 07 de dezembro de 2012.

    ATA 632 Ata da 632 reunio plenria, em convocao ordinria realizada no dia 30 de novembro de 2012, na sede do CRP-PR, em Curitiba PR. Entre outros assuntos, foram debatidos:

    Ofcio Ato Mdico Psic. Elaine l ofcio a ser enviado ao Senador Joo Capiberibe, relator de vistas do PL do Ato Mdico. O documento ser enviado por e-mail, correio, bem como ser solicitado ao CFP para que se responsa-bilize pela entrega na Comisso. Cons. Joo solicita que a Assessoria de Comunicao do CRP verifique as possi-bilidades de divulgao.

    Comisso de Licitao Adm. Maurcio informa que a Cons. Carolina e a Cons. Fernanda comporo a nova Comisso de Licitao. O plenrio indica a Cons. Karin para fazer parte tambm.

    Comisso de Inventrio O plenrio indica a Cons. Clia e o Cons. Baltazar como novos colaboradores da Comisso de Inventrio.

    PDE 016/09 Julgamento de Processo Disciplinar tico registrado em ata parte.

    PP 010/2011 e PP 037/2011 Aps leitura de relatrio, o plenrio vota e delibera, por unanimidade, pelo arquiva-mento dos procedimentos preliminares.

    PP 009/2012 Aps leitura de relatrio, o plenrio vota e delibera, por unanimidade, pela devoluo do procedi-mento preliminar COE, para que fundamente melhor o pedido de instaurao de processo disciplinar tico.

    PP 012/2011 Cons. Suzana l o relatrio preliminar com indicao de arquivamento da representao. O Plen-rio, aps esclarecimentos, vota e delibera, por unanimi-dade, pelo arquivamento do procedimento preliminar 012/2011.

    Apresentao de colaboradora A Comisso de Orientao e tica apresenta Psic. Ana Cristina Strtzel Antunes Pas-choareli (CRP-08/15271).

    Apresentao de Colaboradores Foram apresentados os minicurrculos dos novos colaboradores das seguintes comisses do CRP-PR: Comisso de Psicologia Social e Comunitria, Direitos Humanos (sede Curitiba), Direitos Humanos (subsede Londrina), Comisso de Orientao e tica, Comisso Gestora (subsede Londrina) e tambm para Representante Setorial Suplente (Centro Oeste).

    Jornal Psicologia em Foco O Jornal Psicologia em Foco, criado por estudantes e Psiclogos de Maring, sugere par-ceria junto ao CRP-PR para divulgao do informativo, bem como para realizao de eventos em sua subsede de Maring. Cons. Anades pede ateno e coerncia para ce-der espao fsico ou virtual de divulgao ou realizao de eventos que porventura no vo ao encontro s deliberaes de plenria, como por exemplo, em casos de tcnicas no reconhecidas. Cons. Joo sugere que seja feito contato com os organizadores a fim de inform-los sobre as questes tc-nicas, burocrticas e polticas do CRP e que, atentos a estas questes, a parceria pode ser feita.

    Comisso de orientao e tica Leitura de relatrios e enca-minhamentos da COE.

    PDE 018/2010 e 019/2010 Apresentao do relatrio de jul-gamento agendado para o dia 05 de abril de 2013, s 15h.

    GT Nacional da COF. No dia 06 de dezembro aconteceu reunio do GT em que foi solicitado aos Conselhos Regionais que in-sistam pela votao da pauta da COF na APAF de 15 e 16 de dezembro de 2012, no postergando mais ainda as discusses.

    ATA 633 Ata da 633 reunio plenria, em convocao ordinria, realizada no dia 7 de dezembro de 2012, na sede do CRP-PR, em Curitiba PR.

    contatoplenria

    Plenrias de novembro e dezembro

    contato 14

  • GT sobre escuta de crianas e adolescentes vtimas de violncia Psic. Maria Teresa relata que na ltima reunio partici-param, alm dos colaboradores do GT, o Dr. Fbio (Juz CONSIJ), duas promotoras da Vara da Criana e do Adolescente, Dra. Hedi Muraro (Rede de Proteo), Pro-motor de Justia Marcos Lesak, representante da OAB e docentes representantes das IES (PUC e Tuiuti), totali-zando 25 participantes. Para 2013, uma das proposies a criao dos Centros Especializados (em estudo). Ou-tra proposio so recomendaes ao Ministrio Pblico e a OAB, bem como a realizao de uma audincia p-blica para sensibilizao da comunidade.

    Relatrio de atividades 2012 Foram apresentados os rela-trios de atividades do ano de 2012 das Comisses de Psicologia do Esporte, Psicologia Hospitalar, Direitos Humanos, Avaliao Psicolgica, Orientao e Fiscali-zao, Orientao e tica, Psicologia Organizacional e do Trabalho, Psicologia Social e Comunitria, Psicologia Escolar/Educacional, Cientfica, alm das Representa-es Setoriais dos Campos Gerais, Oeste, Centro-Oeste, Litoral e Subsedes de Maring e Cascavel.

    VIII COREP Psic. Denise apresenta ao plenrio arquivo com informaes sobre o COREP a serem repassadas aos participantes nos pr-congressos e eventos preparatrios. Cons. Joo informa que o material em breve ser dispo-nibilizado no site. Adm. Maurcio apresenta ao plenrio o quadro de Psiclogos ativos por regio e nmero de delegados efetivos que o CRP poder eleger.

    Credenciamento de Sites Cons. Ludiana apresenta ao plenrio as solicitaes de credenciamento de si-tes. Os sites http://psicologaonline.webnode.com.br, www.psicochat.com.br, www.adrianavisioli.com.br, www.maestri.psc.br, www.psicologoschiavana.com foram aprovados por unanimidade. O site www.psicologia10.com.br no foi aprovado.

    Grupo de servios-escola Psic. Mari Angela relata que o Grupo de Servios-Escola est preparando um manual de orientaes sobre as clnicas-escola, que seja concer-nente ao Cdigo de tica Profissional dos Psiclogos e

    Resolues do CFP e pede apoio do CRP na organizao do material. Cons. Rosangela manifesta preocupao so-bre supervisores de estgio que no atuam de acordo com o Cdigo de tica Profissional, como por exemplo, indi-cando testes que no so validados no Brasil. Cons. Joo coloca em votao a parceria entre o CRP-PR e o Grupo de Servios-Escola. Por unanimidade, o plenrio vota e delibera pela parceria com o Grupo de Servios-Escola na organizao do material. Laicidade e Psicologia O Conselho Regional de Psicolo-gia da 6 Regio solicitou a incluso do ponto Laicidade e Psicologia na Apaf. O objetivo avanar na discusso sobre a laicidade da Psicologia, que se d na tenso da (no) laicidade do Estado brasileiro. Cons. Joo sugere que o enfoque seja dado mais a compreenso da atuao e relao profissional, a partir da formao.

    VIII CNP. A COMORG apresenta proposta para relao de convidados para a etapa nacional do CNP: 3 vagas para o FENPB Frum de Entidades Nacionais da Psi-cologia Brasileira; 4 vagas para entidades da gesto p-blica (incluindo os 3 poderes); 4 vagas para movimentos sociais; 3 vagas para instituies internacionais; nmero aberto de vagas para outros Conselhos Profissionais que solicitarem participao.

    Estudo sobre Conciliao e tica Inicialmente aludimos ao 2 do Art. 7 do Regimento Interno da APAF Assembleia das Polticas, da Administrao e das Fi-nanas, que diz os Conselhos Regionais podero pedir a incluso de novos pontos, at 15 dias antes da re-unio, enviando material de subsdio. Por deciso do XIII Plenrio do Conselho Regional de Psicologia da 6 Regio, em sua sesso ordinria 1668, realizada dia 09 de novembro de 2012, vimos sugerir incluso do ponto Estudo sobre Conciliao na tica Profissional para debate na Assembleia supra. Justificativa: Soli-citao para modificao do CPD com a incluso da estratgia de resoluo alternativa de conflitos e con-ciliao dos processos ticos do Sistema Conselhos de Psicologia. Cons. Carolina defende que, mesmo que haja o acordo, cabe ao CRP averiguar cada situao visto que o profissional continuaria atuando e, possi-velmente, incorrendo em infraes ticas novamente. Cons. Joo lembra que no se trata apenas do Cdigo de Processamento Disciplinar, mas tambm das Leis 5766 e 4119, que atribuem e definem os papeis dos Conselhos de Psicologia.

    ATA 634 Ata da 634 reunio plenria, em convocao ordinria, realizada no dia 8 de dezembro de 2012, na sede do CRP-PR, em Curitiba PR.

    contato 15

  • Morre pioneiro da Psicologia do Esporte no Brasil

    No dia 1 de dezembro de 2012 o Brasil perdeu um dos nomes mais importantes da Psicologia do Es-porte. Dietmar Samulski, professor da Escola de Educao Fsica, Fisioterapia e Terapia Ocupacio-nal (EEFFTO) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), morreu aos 63 anos.

    Em sua homenagem, e em respeito a toda a trajetria percorrida pelo profissional que ele foi, a comunidade UFMG e todos os Psiclogos e Psiclogas do Paran se despedem relembrando as importantes conquistas reali-zadas em prol do conhecimento.

    Trajetria de Dietmar Samulski

    Prof. Dr. Emerson Silami GarciaDiretor da EEFFTO

    servio do DAAD (Deutscher Akademischer Austaus-ch Dienst), o Professor Dietmar Samulski chegou ao Bra-sil em 1987 com a incumbncia de implantar um progra-ma de capacitao de recursos humanos para professores na Escola de Educao Fsica da UFMG, poca em que tambm implantou o Programa de Ps-Graduao em Cincias do Esporte (Mestrado).

    No dia 28 de dezembro do mesmo ano, ele foi contra-tado como Professor Visitante pela EEFFTO (Escola de Educao Fsica, Fisioterapia e Terapia Ocupacional) e permaneceu neste cargo at 1995.

    To logo assumiu as funes de docente do Departamen-to de Esportes da EEFFTO, iniciou seus trabalhos acad-micos e cientficos. Ele criou a disciplina Psicologia do Es-porte e realizou pesquisas na mesma rea, alm de iniciar um intercmbio entre a UFMG e a Deutsche Sportho-chschule Kln, com o apoio do DAAD. Este intercmbio possibilitou a vrios docentes da UFMG a realizao de estgios na instituio alem.

    Com o objetivo de promover o intercmbio cientfico en-tre pesquisadores de diferentes pases, Samulski organi-zou vrios congressos nacionais e internacionais ligados Psicologia do Esporte e ao Treinamento Esportivo dentro da EFFTO-UFMG. Por intermdio dele, tambm, di-

    versas autoridades acadmicas e cientficas de diferentes pases puderam dar sua contribuio e trocar experincias em prol da difuso do conhecimento na rea da Educao Fsica e Psicologia do Esporte dentro da UFMG.

    Como um dos responsveis pelo desenvolvimento e con-solidao da Psicologia do Esporte no Brasil e na Am-rica do Sul, ele foi presidente da SOBRAPE (Sociedade Brasileira de Psicologia do Esporte) entre 2002 e 2006 e da SOSUPE (Sociedade Sul Americana de Psicologia do Esporte) no perodo de 2006 a 2011. Tambm foi elei-to para como membro do Managing Council da ISSP (International Society of Sport Psychology) no perodo de 2001 a 2005. Contribuiu com a fundao da SIPD (Sociedade Iberoamericana de Psicologia del Deporte) em 2005 e com sua divulgao na Amrica do Sul.

    O Professor Dietmar foi coordenador do Programa de Mestrado da EEFFTO no perodo de 1995 a 1997 e vice-coordenador de 2004 a 2008. Fundou, com a colaborao dos professores Luiz Carlos de Moraes e Mauro Heleno Chagas, o Laboratrio de Psicologia do Esporte (LAPES) em 1991. Tambm foi Coordenador Tcnico Cientfico do Centro de Excelncia Esportiva (CENESP-UFMG) nos perodos de 1998 a 2002 e de 2006 a 2008. Exerceu a funo de vice-coordenador de 2008 a 2010 e de 2011 at o dia 11/08/2011, data de homologao de sua aposentadoria.

    Publicou 16 livros e vrios artigos cientficos, sendo que um livro em especial, intitulado Psicologia do Espor-te, adotado na disciplina Psicologia do Esporte, em cursos de Educao Fsica e Psicologia, como um dos principais livros textos bsicos em vrias instituies de ensino superior no Brasil.

    Foi importante tambm sua contribuio para o esporte olmpico e paraolmpico do Brasil. Trabalhou na prepa-rao psicolgica das Selees Brasileiras Femininas de Voleibol (1993-1994) e Handebol (1997). Participou dos Jogos Olmpicos de Atenas (2004) e dos Jogos Paraolm-picos de Sidney (2000), Atenas (2004) e Pequim (2008), sendo responsvel pela preparao psicolgica da delega-o brasileira. Ocasies em que representou com honra a EEFFTO/UFMG. Participou dos jogos Pan-Americanos e Para-Panamericanos no Brasil (Rio-2007) e do Pana-mericano de Guadalajara no Mxico (outubro 2011).

    repercusso

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  • Foi responsvel pela preparao psicolgica de diver-sos atletas de diversas modalidades, como o Ciclismo, MotoCross, Tnis, Natao, Jud, entre outros. E, alm disso, atuou tambm como consultor do Cruzeiro Es-porte Clube em 1996, quando o Cruzeiro foi campeo da Copa do Brasil. Seu trabalho na preparao psicol-gica dos atletas sem dvida contribuiu diretamente para o sucesso do time.

    Aps 15 anos contratado como docente efetivo da EE-FFTO, em 31 de maro de 2010, ele conquistou enfim o cargo de professor Titular.

    Para concluir esse vasto currculo, a comunidade da Es-cola de Educao Fsica, Fisioterapia e Terapia Ocupa-cional da Universidade Federal de Minas Gerais publica essa homenagem em agradecimento ao Professor Dietmar Samulski por tudo que ele proporcionou durante mais de duas dcadas como docente desta instituio.

    O Paran sente a perda do amigo Dietmar Samulski

    O Paran, atravs do CRP-PR, nos Congressos da SOBRAPE DE 2004 E 2010, teve o grande prazer de ter a presena deste profissional competente com um incrvel bom humor, que incentivava a todos a buscar seu espao na rea.

    O amigo Dietmar estar sempre presente em nosso pensamento e corao, pela pessoa amvel e carismtica que foi e que conquistou o Brasil inteiro.

    Presidente da SOBRAPEPsic. Mrcia Walter

    Da direita para esquerda Elenita Telken (RS), Mrcia Regina Walter (PR), Benno Becker Junior (RS), Dietmar (BH), Maria Regina Brando (SP), Luiz Carlos Moraes (BH). XI Congresso Brasileiro de Psicologia do Esporte e IV Congresso Internacional de Psicologia do Esporte, em 2004, Curitiba, organizado pela SOBRAPE e CRP-PR.

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  • A Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT) esteve associada crescente industrializao que ocorreu no cenrio ocidental, no fim do sculo XIX e incio do sculo XX. Ao longo do tempo aconteceram mudanas na tecnologia, a competitivida-de se internacionalizou, as relaes de trabalho foram remodeladas e as demandas organizacionais se altera-ram. Assim, a POT precisou (e precisa) refletir sobre sua prtica tradicional e buscar novas alternativas para o exerccio profissional.

    A fim de estimular essa reflexo e aproximar a catego-ria das aes da Comisso de Psicologia Organizacio-nal e do Trabalho apresentamos nessa edio uma en-trevista com o Psiclogo Raphael Henrique Di Lascio (CRP-08/00967).

    1) Que alteraes significativas voc pontua na Psico-logia Organizacional e do Trabalho desde seu incio no Brasil?

    R: A evoluo da Psicologia Organizacional e do Tra-balho grande. Comeamos a tratar o assunto em pe-quenos contextos nas empresas, como as atividades de recrutamento e seleo, focadas em aplicao de testes. Posteriormente, mudamos para viso e ao mais estra-tgica, mais envolvida em processos. necessrio que o Psiclogo amplie sua percepo de anlise e avaliao. O Psiclogo precisa conhecer o negcio da empresa, resultados e sua produtividade, a presso existente no trabalho visando ajudar e trabalhar o profissional na boa convivncia, produtividade, competitividade no esque-cendo as questes da sade no trabalho.

    2) Como voc percebe o campo atualmente?

    R: Vejo o campo em expanso, pois cada vez mais o Psi-clogo esta tendo espao e importncia nas relaes do trabalho. somente a nossa profisso que consegue in-

    terpretar e conhecer o comportamento humano no tra-balho. As empresas esto percebendo que pessoas pro-duzem, mas tem conflitos e problemas. Nesse sentido podemos ajudar os profissionais a lidarem com a emo-o, sendo que a mesma possui influncia no resultado.

    3) Que expectativas voc tem para essa rea da Psico-logia nos prximos anos?

    R: Os Psiclogos precisam se preparar mais para a atua-o nas organizaes, pois espao e necessidade existem. As pesquisas cientficas na rea esto se intensificando, fazendo com que a Psicologia seja vista com outros olhos pelos dirigentes das organizaes. Temos muito mais Psi-clogos em cargos de gerncia e direo de RH, o que me deixa cada vez mais orgulhoso de nossa profisso.

    4) O que voc gostaria de transmitir aos profissio-nais que esto atuando na rea ou que pensam em ingressar no campo?

    Que se preparem mais, que estudem mais, que participem e ajudem o CRP, que tenham orgulho de serem Psiclogos, que lutem por maior participao em projetos diferentes nas empresas, que aceitem novos desafios na POT. Me pre-ocupa saber que muitos Psiclogos que atuam em empresas no se percebem mais como Psiclogos, isso enfraquece nossa classe, reduz nosso espao de trabalho. Independen-te do cargo ocupado, o conhecimento da Psicologia estar sendo utilizado. Eu tenho orgulho de ser Psiclogo, ser Psi-clogo garantiu a minha empregabilidade.

    Psiclogo, voc atua nessa rea? Venha fazer parte da Comisso de Psicologia Organizacional e do Trabalho. Entre em contato atravs do e-mail [email protected].

    A origem e o desenvolvimento da Psicologia Organizacional e do TrabalhoO Psiclogo Raphael Di Lascio fala sobre a atuao do profissional na Psicologia Organizacional e do Trabalho

    colunaCPOT

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  • A origem e o desenvolvimento da Psicologia Organizacional e do Trabalho

  • matriacapa

    No dia 11 de janeiro a maior capital brasileira acor-dou com uma nova perspectiva: colocava-se em prtica a medida de internao compulsria para usurios de drogas. A postura assumida pelo go-verno paulistano resultado de uma parceria feita entre o Judicirio e o Executivo, entre juzes, advogados e mdicos. A medida j estava prevista em lei e j vinha sendo aplica-da no Rio de Janeiro, mas os movimentos ligados Luta Antimanicomial e de Direitos Humanos apressaram-se em manifestar sua revolta contra uma abordagem que j teve sua poca no Brasil e da qual no traz boas referncias.

    O que diz a lei

    De acordo com a lei nmero 10.216, de 2001, quando o indivduo se recusa a buscar a internao para tratamento da dependncia de lcool e outras drogas, possvel recor-rer internao involuntria ou compulsria.

    - Internao involuntria: de acordo com a lei (10.216/01), o familiar pode solicitar a internao invo-luntria, desde que o pedido seja feito por escrito e aceito pelo mdico psiquiatra. A lei determina que, nesses casos, os responsveis tcnicos do estabelecimento de sade tm prazo de 72 horas para informar ao Ministrio Pblico da comarca sobre a internao e seus motivos. O objetivo evitar a possibilidade desse tipo de internao ser utiliza-do para a prtica de crcere privado.

    - Internao compulsria: neste caso no necessria a autorizao familiar. O artigo 9 da lei 10.216/01 estabe-lece a possibilidade da internao compulsria, sendo esta sempre determinada pelo juiz competente, depois de pe-dido formal, feito por um mdico, atestando que a pessoa no tem domnio sobre a sua condio psicolgica e fsica.

    O Psiclogo Srgio Braghini (CRP-08/15660) lembra que a reforma psiquitrica em sua origem no previa a interna-o compulsria, mas nos dez anos em que tramitou pelo

    Congresso Nacional, acabou sendo implantado tal artigo para contentar um determinado grupo de psiquiatras.

    De acordo com o psiquiatra Dartiu Xavier, em entrevista concedida revista Caros Amigos (edio 175) a interna-o compulsria um dispositivo para ser usado quando existe um risco constatado de suicdio. A outra situao quando existe um quadro mental associado do tipo psi-cose, seria quando a pessoa tem um julgamento falseado da realidade: se ela acha que est sendo perseguida por aliengenas ou se acredita que pode voar e resolve pular pela janela. Nessas situaes de psicose ou um risco de suicdio quando poderamos lanar mo de uma inter-nao involuntria.

    A questo que, sem a oferta de outras formas de trata-mento e sem o desenvolvimento de novas medidas que an-tecedam a internao involuntria ou compulsria, como h de se garantir que o tratamento reflete realmente as ne-cessidades de cada paciente? Como evitar que isso se torne mera ferramenta de manobras polticas para fins de lim-peza social? At que ponto so tambm feitos investimen-tos para a melhoria da qualidade e eficcia desses trata-mentos, uma vez que a medida no acompanhou nenhum estudo especfico voltado para a recuperao dos pacientes?

    Sem essas respostas, o modelo se mostra mais como uma ao de represso, que muito antes de promover o atendi-mento sade mental, busca esconder o verdadeiro pro-blema, segregando parcela da populao desta sociedade, punindo os dependentes de lcool e outras drogas so-bretudo do crack como criminosos. Ora, se so consi-derados pela justia, sem chance de defesa, incapazes de responderem por si, sendo legalmente confinados em um espao contra sua prpria vontade por perodo definido em juzo, o sistema nada mais faz do que aplicar mtodos punitivos e ultrapassados, meramente desconsiderando a Reforma Psiquitrica que extingue a atuao dos manic-mios em territrio nacional.

    Internao Compulsria: soluo ou ttica higienista?A medida de internao compulsria de dependentes de drogas adotada pelos governos do Rio de Janeiro e So Paulo reabre o debate sobre a luta antimanicomial

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  • Enquanto o governo do Estado de So Paulo alega que o Esta-do est aplicando a lei, em parceria com o Judicirio, para sal-var pessoas que no tm recursos e perderam totalmente os la-os familiares, usa o discurso de que o Estado tem a obrigao de tirar essas pessoas do abandono, garantindo seus direitos.

    No Rio, o Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente (CONANDA) se mostrou satisfeito com a medi-da, que considera inconstitucional. O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) classificou as aes como prticas punitivas e higienistas, em uma postura que vai contra o direito cidadania, em total desrespeito aos direitos conquis-tados na Constituio Federal, contemplados no Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), no Sistema nico da Sade (SUS) e no Sistema nico da Assistncia Social (SUAS).

    Para Braghini, o Governo do Paran pode tentar replicar esse modelo, visto que os governantes tm seguido uma poltica pautada pela mdia conservadora. Segundo ele, a presso exercida por tais veculos vm plantando uma ideia reducionista sobre tema uso e abuso de drogas. Como grande parte dos usurios de crack so pobres ou at mesmo miserveis, tais pensamentos conservadores e reacionrios em alguns momentos foram uma relao nada lgica: pobre=crack=crime, reflete.

    Trancar no tratar

    Em 1997, o Conselho Regional de Psicologia de So Pau-lo reuniu, em um documento, os textos da Constituio Federal, Declarao de Caracas e da ONU, os relatrios da II Conferncia Nacional de Sade Mental e dos I e II Encontros Nacionais da Luta Antimanicomial, alm da Carta de Direitos dos Usurios e Familiares de Servios de Sade Mental. O objetivo, com essa publicao inti-tulada Trancar no tratar, foi o de fomentar o debate sobre a necessidade de implantao de programas e pol-ticas de sade mental antimanicomiais, fortalecendo essa luta em todos os nveis.

    Sobre a medida, o cientista social mestre em Antropolo-gia Social pela USP e pesquisador do Centro Brasileiro de Anlise e Planejamento (Cebrap), Maurcio Fiore, comenta que, no caso da dependncia do crack, a tra-jetria de muitos usurios marcada por privaes e dificuldades de diversas ordens. Interferir nesse difcil contexto de vida, com a adoo de polticas de reinser-o no mercado de trabalho, de reforo dos vnculos comunitrios, de educao formal, de acesso aos cui-dados bsicos de higiene e sade, entre outras aes, parte fundamental de uma poltica que, de fato, esteja preocupada em cuidar dessas pessoas, no apenas tir--las de nossas vistas, refora.

    Fiore friza, ainda, que a criao de um tribunal no qual promotores e juzes, auxiliados por mdicos, decidiro em algumas horas quem ser confinado para tratamento contra a sua vontade (ou independente dela) um atenta-do contra a lei 10.216, que marcou a luta contra o modelo de confinamento manicomial.

    A declarao da Organizao das Naes Unidas (ONU) defende que toda pessoa acometida de transtorno men-tal dever ter o direito de viver e trabalhar, tanto quanto possvel, na comunidade (Princpio 3). Como parte da clusula geral de limitao, a ONU declara que a pessoa na condio de usurio e dependente de drogas que per-der sua capacidade civil, dever designar um represen-tante pessoal para tomar as decises cabveis mediante audincia em tribunal.

    Como atendemos os nossos

    pacientes

    Ainda nesta clusula, nos casos em que a internao compulsria for imprescindvel para a garantia da vida do prprio usurio ou de outras pessoas, esta no ser prolongada alm do perodo estritamente

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  • necessrio a esse propsito. Ser que essa premissa est sendo respeitada?

    Segundo Xavier, a Organizao Mundial da Sade (OMS) preconiza como tratamento para dependentes a internao de curto prazo apenas para o processo de de-sintoxicao. So necessrios, em mdia, apenas entre 15 e 30 dias de internao em unidades dentro do hospi-tal geral. Porm, o que preocupa as entidades contrrias medida que os hospitais tidos como modelo para internao de dependentes ainda carregam a herana do sistema manicomial. Ou seja, onde o paciente fica inter-nado por meses ou anos sem receber atendimento mul-tidisciplinar, sem controle da medicao aplicada nem acompanhamento com psicoterapia.

    O psiquiatra faz coro a outros especialistas da rea, que alegam que o SUS no possui estrutura adequa-da para receber e tratar adequadamente um grande nmero de dependentes sequer vindos por meio de internao voluntria. Se no temos estruturas nem para as internaes voluntrias, imagine para as com-pulsrias, reafirma.

    De acordo com o Princpio 13 da Declarao da ONU, todo usurio de estabelecimento de sade mental deve ter seu direto respeitado em relao ao seu reconhecimento como pessoa perante a lei e sua privacidade. O paciente internado deve ter liberdade de acesso aos servios pos-tais, telefnicos e meios de comunicao eletrnicos.

    Em relao estrutura adequada, esta deve possuir ins-talaes para atividades educacionais e de lazer, bem como espao e recurso para que ele possa ter uma ocu-pao. Esse local deve dispor de equipe multidiscipli-nar qualificada, com espao adequado para realizao de um programa teraputico apropriado, somado a um tratamento regular e abrangente.

    Solues podem vir das ruas

    O economista e pesquisador do Ncleo de Estudos em Polticas Pblicas (Nepp) aponta que h necessidade dos governos ampliarem as discusses sobre o tema, mas que estas devem ocorrer sem mistificaes e pre-conceitos em relao aos usurios e dependentes da droga. Segundo ele, necessrio ir alm da questo da assistncia social e da segurana pblica, incorporando tambm outras reas, como: educao, cultura, sade, esporte, lazer, entre outras, no intuito de se estabelecer aes preventivas.

    Para que isso seja colocado em prtica no Brasil, todo esforo deve ser feito para evitar a internao compuls-ria. No existe uma soluo especfica, mas um conjunto de aes que poderiam reforar o tratamento adequado. Nesse caso, o trabalho de formiguinha, nas ruas, caso a caso. As equipes formadas por Psiclogos, Assistentes Sociais e outros profissionais da sade podem atuar di-retamente na problemtica social que traa o caminho para as drogas, sobretudo para o crack: a desigualdade social, falta de educao, moradia, sade, questes fa-miliares, abandono, violncia, etc. Cada situao tem que ser vista isoladamente, mas dentro do seu contexto, justamente para ver como que entra a droga nessa singu-laridade, afirma Xavier.

    Braghini complementa que a soluo requer um longo trajeto com idas e vindas. Segundo ele, necessrio re-alizar um trabalho de campo que permita ao profissio-nal ter acesso a dados confiveis sobre eles a fim de se compreender qual a real condio de cada indivduo. Assim, podemos oferecer ajuda e alternativas, leitos para emergncias e internaes voluntrias. Ele refora tambm que necessrio dar apoio, treinamento e su-perviso aos profissionais que esto em contato com os usurios dia aps dia.

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  • Edital De Convocao

    N 001/2013

    Comisso Regional Eleitoral

    O Conselho Regional de Psicologia do Paran, por meio da Comisso Regional Eleitoral constituda na Assembleia Geral Extraordinria realizada no dia 25/01/2013, torna pblico as eleies para os representantes deste Conselho, gesto 2013 2016, que, em conformidade com a Lei n 5.766/71 e a Resoluo CFP 015/20012, sero realizadas, via web, conforme artigo 32 3 do Regimento Eleitoral, das 8 horas do dia 26 de agosto de 2013 s 17 horas do dia 27 de agosto; e; atravs dos postos de votao no dia 27 de agosto das 8 s 17 horas, respeitados os fusos horrios das diversas regies do pas.

    1. Consulta Nacional

    1.1. A candidatura far-se- em chapa nacional, na qual de-vero constar 11 (onze) membros efetivos e 11 (onze) su-plentes, candidatos aos 9 (nove) cargos efetivos e respec-tivos suplentes do Conselho Federal de Psicologia, como disposto no Art. 3 da Lei 5766/71.

    1.2. As chapas devem indicar o cargo pleiteado por cada membro, como disposto no Regimento Interno do CFP (Resoluo CFP n 17/2000), e os candidatos devem ter ins-crio em qualquer Conselho Regional de Psicologia, exceto os candidatos aos cargos de Secretrios Regionais, que de-vem ter inscrio em CRP da respectiva regio geogrfica.

    1.3. No haver vinculao dos candidatos federais com as chapas de candidatos para o Conselho Regional.

    1.4. Os nomes dos onze candidatos, efetivos e respectivos su-plentes da chapa vencedora, sero encaminhados Assembleia de Delegados Regionais que escolher os nove efetivos e nove suplentes para a gesto do Conselho Federal de Psicologia.

    1.5. As inscries de chapas ocorrero a partir da publica-o deste edital at o ltimo dia do VIII Congresso Nacio-nal de Psicologia (02 de junho de 2013), conforme disposto na instruo normativa CFP 001/2012, perante a Comis-so Eleitoral Especial do CFP.

    2. Eleies Do Conselho Regional De Psicologia Do Paran

    2.1. Para as cidades onde no seja possvel a instalao de Postos de Votao, ser adotado o voto por correspondncia.

    O voto, remetido ao CRP, sob registro postal, somente ser computado se chegar Mesa Eleitoral Especial, na sede do CRP, at o momento de encerrar-se a votao, no dia 27 de agosto de 2013. Envelope com documentao e instrues ser enviado para o endereo de todos que votam nessa modalidade.

    2.2. O voto pessoal e obrigatrio, incorrendo o eleitor que no votar em multa prevista na legislao vigente, salvo se apresentar justificativa por escrito no prazo de 90 (noventa) dias contados da realizao do pleito. No ser aceito voto por procurao.

    2.3. Sero providos os cargos de conselheiro efetivo e su-plente, tanto para o CFP quanto para o CRPs, sempre na forma de chapas, com nmero de candidatos igual quan-tidade de vagas disponveis, para efetivos e suplentes.

    2.4. O nmero de vagas a serem providas no Conselho Regional de Psicologia do Paran de 13 (treze) efetivos e 13 (treze) suplentes.

    2.5. As inscries de chapas devero ser encaminhadas Comisso Regional Eleitoral, por meio de requerimento fir-mado pelo encabeador da chapa, acompanhado de decla-raes de concordncia assinadas pelos demais integrantes.

    2.6. A Comisso Regional Eleitoral receber os pedidos de inscrio de chapas a partir da data de publicao do pre-sente edital at s 18h do dia 14 de abril de 2013, durante a realizao do Congresso Regional de Psicologia, no prprio local do evento. At o dia 12 de abril de 2013, as inscries devero ser entregues na secretaria do Conselho Regional de Psicologia do Paran, de segundas a sextas-feiras, no ho-rrio das 9 s 17h.

    2.7. Todo esclarecimento referente ao processo eleitoral po-der ser obtido na sede do Conselho Re gional de Psicologia do Paran, sito Avenida So Jos, 699 Cristo Rei Curi-tiba Paran, no horrio citado no tem anterior, junto Comisso Regional Eleitoral ou pessoa por ela designada.

    A Consulta Nacional para o Conselho Federal de Psico-logia e as Eleies para o Conselho Regional de Psicolo-gia do Paran sero realizadas em locais oportunamente divulgados por meio de edital complementar, devendo participar das mesmas todos os psiclogos regularmente inscritos no CRPPR.

    Curitiba, 06 de fevereiro de 2013.Psic. Mariana Patitucci Bacellar (CRP-08/10021)Presidente da Comisso Regional Eleitoral

    editaldeconvocao

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  • Congresso Nacional da Psicologia: a histria e a atualidade

    Estamos nos preparando para a realizao de mais um Congresso Nacional da Psicologia (CNP). O evento de instncia mxima de deliberao das aes polticas prioritrias da Autarquia, sendo pre-cedido por diversas etapas de fundamental relevncia para a ampliao do debate sobre os caminhos da Psicologia.

    Ao observar a trajetria dos Congressos da categoria, nos remetemos a 1989, quando a necessidade de se pro-mover um encontro que unificasse e organizasse um planejamento de aes em mbito nacional resultou na realizao do Congresso Nacional Unificado dos Psi-clogos (CONUP). A tentativa, coordenada pela or-ganizao sindical dos Psiclogos e com representantes da Federao Nacional dos Psiclogos (FENAPSI), foi palco de muitos embates, cujas abordagens pouco fo-ram aproveitadas. Dessa experincia ficou a lio: para unir aes seria preciso muita articulao tcnica-pol-tica e, sobretudo, o preparo dos delegados que represen-tam cada regio, com base em muito estudo e dilogo (veja mais na Edio 85 da Revista Contato).

    por isso que o CNP, da forma como acontece hoje, no um congresso cientfico-acadmico e sim um es-pao poltico de discusso e transformao do funcio-namento e das aes dos Conselhos de Psicologia. um processo amplo de debates, que se inicia nas Regionais e Subsedes (no caso do Paran, tambm nas regies se-toriais) com os eventos preparatrios, pr-congressos e Congressos Regionais da Psicologia (COREPs). Dessa forma, as discusses vo se acumulando e os represen-tantes delegados so eleitos para levar adiante as posies debatidas.

    Ou seja, para que voc entenda melhor como funciona o processo democrtico que resulta no CNP, as edies

    matriacontato

    so organizadas pelos Conselhos, por intermdio de um processo que se inicia com a definio da temtica e com o desenvolvimento das seguintes aes:

    Os primeiros CNPs da histria da Psicologia: temas e debates

    Assim, em 1994, foi realizado o I CNP com o tema Entidades e Organizao Poltica, a partir do qual foi deliberada a criao do Frum de Entidades da Psicologia. J em 1996 aconteceu o II CNP em Belo Horizonte/MG, quando foi elaborado pelo coletivo do Sistema Conselhos, o texto substitutivo para a Lei

    a) Abertura de um perodo para divulgao;

    b) Pr-congressos, nos quais so apresenta-das teses e escolhidos os representantes da categoria (delegados), por regio;

    c) Congressos Regionais, oportunidade que os delegados eleitos avaliam as teses siste-matizadas nacionalmente e elegem os dele-gados para o Congresso Nacional;

    d) Congresso Nacional, no qual os delega-dos avaliam as teses aprovadas nos Congres-sos Regionais, aprovando as diretrizes para a prxima gesto do Sistema Conselhos.

    contato 24

  • 5766/71, que tinha propostas mais avanadas que o texto encaminhado pela atual gesto do CFP ao Con-gresso Nacional. Na edio seguinte, em 1998, tentou--se criar o Estatuto do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que trata da Consolidao da Nova Estrutura do Conselho Federal de Psicologia, visto que poca os Conselhos tiveram sua natureza jurdica alterada de direito pblico para privado o que voltou a ser altera-do posteriormente.

    Nas edies seguintes, vrios temas foram abordados originando teses importantes para a discusso da Psico-logia. Entre eles: Direitos Humanos, Controle Social, Incluso Social, Poltica de Formao, Psicologia e Jus-tia, tica e Fiscalizao, Trnsito, Psicologia Hospita-lar, Avaliao Psicolgica, entre outros.

    A ltima edio foi realizada em 2010, sob o tema Psicologia e Compromisso com a Promoo de Di-reitos: Um Projeto tico-poltico para a Profisso. O objetivo a construo de um programa que am-plie a participao da Psicologia na promoo de direitos e na possibilidade de construir respostas efetivas s necessidades sociais, sob a tica da in-cluso social.

    VIII CNP 2013: fortalecendo o debate sobre a democratizao da Autarquia

    A edio VIII CNP traz o tema Psicologia, tica e Ci-dadania: Prticas Profissionais a Servio da Garantia de Direitos, seguindo os trs eixos temticos:

    O objetivo nesse ano ampliar a participao da Psicologia na Promoo de Direitos, criando a pos-sibilidade de elaborar respostas efetivas s necessi-dades sociais sob a tica da incluso social. Entre as principais abordagens do evento, o CRP-PR em conjunto com outros Regionais, teve a preocupao de incluir entre os eixos temticos a democratizao da Autarquia Conselhos, com o intuito de fortalecer o debate poltico e atender demanda que implica a Psicologia ordem de um novo direcionamento para os Conselhos.

    O CRP-PR acredita que, sob esse aspecto, seja possvel retomar a participao dos Psiclogos e Psiclogas de todas as regies do pas que anseiam ver representadas suas reais necessidades nas gestes futuras.

    Fique atento s datas e participe dos eventos preparat-rios da sua regio. As informaes atualizadas podem ser acompanhadas pelo site do CRP-PR ou nesta edio da Revista Contato, na pgina Acontece no Paran.

    1. Democratizao da Autarquia Conse-lhos e ampliao das formas de interao com a categoria;

    2. Contribuies ticas, polticas e tcni-cas nos processos de trabalho;

    3. Ampliao da Participao da Psicolo-gia e sociedade nas Polticas Pblicas.

    contato 25

  • Introduo

    A adoo, cada vez mais em foco nos estudos psi-colgicos, sociais e jurdicos, vem sendo, ao longo dos anos, transformada em um recurso mais simples e completo no intuito de extin-guir o abandono infantil to presente na sociedade atual. Durante o ano de 2009 foi promulgada Lei que promoveu alteraes junto ao Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) no que tange adoo. A referida Lei, a qual se convencionou chamar de Nova Lei de Adoo, promoveu importantes alteraes nos tramites do processo de adoo, tais como, a reduo da per-manncia nas Instituies de Abrigo, diminuindo as-sim o tempo de durao do processo de adoo, com a avaliao semestral da permanncia no abrigo; a pre-ferncia famlia biolgica extensa como adotante(s); assistncia prvia e permanente gestante que tem in-teno de entregar o filho adoo, entre outras. Os casos de adoo ocorrem pelos mais diversos motivos, dentre eles: esterilidade, perdas em sentido geral, de-sejo de ampliao familiar, inteno de acolhimento, compaixo pelo ser humano, ou causas particulares. O exame psquico pormenorizado dos adotantes pode avaliar os motivos que os levaram a optar pela adoo, evitando assim transtornos futuros de duplo abandono (devoluo), conflitos familiares oriundos de uma ex-pectativa no alcanada ou a no realizao de fantasias inconscientes. Na modalidade da adoo em que no ocorre o estabelecimento de um vnculo afetivo fami-liar de fato, pode ocorrer um duplo abandono, uma vez que o adotado passa a ser visto como problema ou filho dos outros de maneira que os adotantes nunca o sentiram como pertencente famlia. A devoluo por determinante uma relao fracassada entre pais e filho. Para se efetivar com xito uma adoo necessria ple-na conscincia das consequncias reais que podem advir da relao estabelecida, sendo imprescindvel a realiza-o de avaliao psicolgica dos envolvidos com espe-cial ateno aos adotantes, como tambm o estabeleci-

    mento de um perodo de convivncia entre as partes do processo de adoo, para que as mesmas experimentem da realidade para a qual se encaminham, uma vez que o processo de adoo irrevogvel, salvo raras excees. Considero ainda a importncia do acompanhamento aos adotantes e adotado(s), feito de maneira sistemtica pelas Instituies de apoio adoo na expectativa de evitar insucessos futuros ou at uma possvel devoluo.

    Adoo no Brasil

    Toda criana tem direito, por lei, a um lar e uma fam-lia. Porm, muitas vezes a famlia original ou biolgica no se acha em condies de cri-la, no possui recursos materiais e muito menos psicolgicos, ento, o Estado ou a sociedade intervm e encaminha a criana a uma Instituio para posterior adoo na inteno de pre-servar o direito desta a uma vida digna. Para que este movimento tenha sucesso necessria toda uma rede de apoio, jurdica e psicolgica, no almejo de contornar o abandono ora sofrido, como tambm um exame por-menorizado das condies do meio em que esta crian-a inserida, buscando um acolhimento mais familiar possvel, seguindo os trmites exigidos e resguardan-do a integridade daquele que foi outrora abandonado (FREIRE, 1991).

    Motta (2001) menciona que a entrega de uma criana em adoo nem sempre um ato de abandono, mas pode ser uma atitude consciente de extremo amor, que pode ser visto de uma forma mais justa como entrega; quando uma me, que no se acha suficientemente capaz para criar um filho, delega a responsabilidade a uma Insti-tuio, almejando que posteriormente seja a criana en-tregue a outra famlia mais adequada ou com melhores possibilidades de prover um futuro digno a esta, portanto a entrega em adoo uma atitude que deve ser conside-rada e examinada.

    O ECA tambm trouxe considerveis modificaes nos direitos da criana, como comenta Barroso (2009), no que

    Adoo e Devoluo: a criana devolvida

    Priscilla Moreira de Mattos Psicloga (CRP-08/18099)

    contatoartigo

    contato 26

  • concerne adoo e proteo, dentre estas se destaca a prio-rizao da famlia biolgica tanto na adoo quanto na con-vivncia; ateno gestante que pretende dar o filho em ado-o; tempo mximo de dois anos de permanncia da criana em abrigos e a justificao desta permanncia a cada seis me-ses, buscando evitar que se passe uma infncia instituciona-lizado; e o devido preparo prvio psicossocial e jurdico dos adotantes, realizado pela equipe interprofissional designada.

    Abrigos so instituies que recebem crianas e adoles-centes desprotegidos, vtimas de maus-tratos e abandona-dos. Estes, no jargo tcnico, so chamados de crianas e adolescentes 'institucionalizados'. (CARVALHO; FER-REIRA, 2002, p. 114).

    Esperanas, iluses e fracassos

    Inmeras expectativas so formadas quando se pensa em adotar uma criana, tanto pelos pretensos pais quan-to pelo adotado em questo; estas iluses podem levar a decepes que acarretaro infelicidades entre ambas as partes, resultando em dissoluo da famlia que almeja-vam formar, e, em muitos casos esta a melhor soluo, a extino do processo adotivo, mesmo que tal medida traga frustraes indissolveis e eternas.

    Para que se efetive uma adoo so necessrios vrios requi-sitos como o exame psicolgico pormenorizado, a inscrio dos pretendentes no cadastro de adoo, o posterior acom-panhamento s famlias pelos grupos de apoio, bem como o tempo de convivncia para experincia (que o que ocor-re durante o perodo que se denomina Guarda Provisria), pois, neste tempo que as partes vo conviver e examinar se esto certos de suas escolhas e se as mesmas so baseadas em anseios reais e no fantasias ou tentativas de compensao de passado ou histrias de perdas ou decepes pessoais.

    Dos adotantes

    Avaliar o perfil dos adotantes e o processo de sua prepa-rao para adotar uma questo que pode evitar a devo-

    luo, ou a frustrao da adoo. Segundo Silva, Mes-quita e Carvalho (2010) o perfil varia, mas, geralmente so pessoas com um casamento estvel (de mais de dez anos), de raa branca, classe mdia-baixa e faixa etria entre 30 e 40 anos, com problemas de infertilidade ou esterilidade e tendo como formao o curso superior completo, geralmente estas pessoas possuem emprego e renda fixa. Como mencionam Costa e Ferreira (2007), a nova cultura de adoo preconiza que se busque uma famlia para uma criana e no uma criana para uma famlia. Esta nova cultura defende adoes tardias como tendncia da contemporaneidade e fomenta o respeito alteridade e adoes diferenciadas, pois as pessoas so diferentes, e as famlias devem ser programadas de acor-do com estas mudanas, com as diferenas. Quando o casal esgota as possibilidades de gerar uma criana de forma natural eles recorrem adoo, e, mesmo com o processo lento e demorado, eles veem nesta possibilida-de sua ltima chance de exercer a paternidade/materni-dade, sendo mais comum iniciativa partir da mulher, por sua necessidade de exercer a maternidade ser maior que a do homem.

    Desde o ECA, os direitos entre filhos legtimos e adota-dos passaram a se igualar, e a ilegitimidade presente no filho adotado no mais existiu, uma vez homologada a adoo, ele possui os mesmos direitos de filho biolgi-co e deixa de ser averbada sua condio de adotado na certido de nascimento. (Brasil, 1990). As modificaes legais em defesa dos adotados, pelas alteraes no Es-tatuto da Criana e do Adolescente, e, com a comple-mentao da Lei de Adoo (Lei Federal n 12.010 de 2009) o processo passou a ser mais simples e humano no que concerne aos direitos e deveres e no processo da adoo em si, fazendo com que as partes sejam devida-mente preparadas e cientes da importncia do ato e da irrevogabilidade da adoo. (BRASIL, 2009). Algumas facilidades surgiram, mas, certas dificuldades perma-necem mesmo depois das modificaes legais, e neste nterim, crianas vo crescendo nos abrigos e orfanatos, e a consequncia disso a adoo tardia (maior de dois

    contato 27

  • anos de idade). A adoo tardia bastante comum, mas raramente tida como primeira opo, pois a maioria dos adotantes prefere bebs, por julgarem mais fcil a adap-tao, e acreditarem na sobreposio da subjetividade da criana, a qual os mesmos julgam ser uma pgina em branco, onde eles podem reescrever uma nova histria, mas, sabe-se que isto iluso, a famlia biolgica um fator presente na vida da criana adotada.

    Durante um processo de adoo h que se analisar no apenas se os pais esto aptos, mas se a criana est pre-parada, se ela adota aquele(s) pai(s). Os laos que antes ela formou com os pais biolgicos ou com a instituio que a abrigou devem estar bem elaborados, e durante o estgio de convivncia ela dever sentir se prefere esta ou aquela antiga situao.

    Consideraes finais

    Atravs dos estudos, pode se destacar, dentre as faci-lidades e dificuldades no processo adotivo no Brasil, o perodo do estgio de convivncia em famlia subs-tituta uma das mais importantes condies, princi-palmente para romper falsas expectativas de ambas as partes; e, o surgimento de cadastro informatizado, os grupos de apoio adoo e as modificaes na lei de adoo esto entre os maiores facilitadores, entretan-to, a grande burocracia, a fila de espera longa, a desa-tualizao dos cadastros, e os mitos/preconceitos acer-ca da adoo so quesitos que dificultam o processo e causam frustraes. Os adotantes devem ter em mente que filhos biolgicos tambm apresentam problemas de adaptao aos pais, s regras do lar, e de fases (ida-des), contudo, no so devolvidos, e, quando se diz de filhos adotivos, cogita esta alternativa, que deveria ser abolida. por isso que, recentemente e cada vez mais, so tantos os precedentes para que se efetive um pro-cesso de adoo, comeando numa guarda provisria, e assim as partes vo passando pelos trmites legais e necessrios at que se conclua o processo adotivo plenamente. Em razo destas medidas preventivas, se tornam cada vez mais raras as possibilidades de fra-casso ou devoluo na adoo, pois, se o abandono experimentado uma vez tem consequncias psicolgi-cas bastante dolorosas para a criana, a sua recorrncia pode ser irreparvel.

    Referncias

    BARROSO, G. H. L. (2009). Principais alteraes pre-vistas na nova Lei de Adoo. Disponvel em: http://ge-orgelins.com/2009/08/05/principais-alteracoes-previstas--nanova-lei-de-adocao/. Acesso em: 24 mar. 2010.

    BRASIL. (2009). Lei Federal n 12.010, de 29 de julho de 2009. Dispe sobre adoo; altera as Leis nos 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criana e do Adoles-cente, 8.560, de 29 de dezembro de 1992; revoga disposi-tivos da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Cdigo Civil, e da Consolidao das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943; e d outras providncias. Braslia.

    CARVALHO, S. R.; FERREIRA, M. R. P. 1 guia de adoo de crianas e adolescentes no Brasil: novos cami-nhos, dificuldades e possveis solues. So Paulo: Winn-ners, Fundao Orsa, 2002.

    COSTA, N. R. A.; FERREIRA, M. C. R. Tornar-se pai e me em um processo de adoo tardia. Psicologia Refle-xo e Crtica, Porto Alegre, v. 20, n. 3, p. 425-434, 2007.

    FREIRE, F. Abandono e adoo: contribuies para uma cultura de adoo. Curitiba: Terra dos Homens: Vicenti-na, 1991.

    GHIRARDI, M. L. A. M. A devoluo de crianas ado-tadas: ruptura do lao familiar.

    Revista Brasileira de Medicina: Psicologia em Pediatria, So Paulo, v. 2, n. 45, p. 66-70, abr. 2009.

    MOTTA, M. A. P. Mes abandonadas: a entrega de um filho em adoo. So Paulo: Cortez, 2001.

    SILVA, L. A.; MESQUITA, D. P.; CARVALHO, B. G. E. Investigando o processo de adoo no Brasil e o perfil dos adotantes. Revista de Cincias Humanas, Florian-polis, v. 44, n. 1, p. 191-204, abr. 2010.

    Ps-Graduada em Educao Especial Trabalha como Psicloga nos CRAS das Prefeituras de Japira/PR e Gua-pirama/PR.

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  • Descendo a Rua da Carioca da Praa Tira-dentes para o Largo da Carioca fao minha caminhada da tarde. Uma chuva de segun-da diminui um pouco o calor. Uma pastela-

    ria, uma loja de msica e um cinema suspeito vo passando debochadamente ao lado.

    Pessoas de todas as cores, carregando objetos curiosos, de diversos tamanhos, circulam e per-dem-se de vista antes da minha imaginao ten-tar a sorte. Ento a cutelaria, que fica pouco antes do Largo, me prende a ateno. Facas, espadas e canivetes de todas as Suas congelam meu olhar. Entro na loja com cara de quem quer comprar uma katana. Escolho o melhor cortador de unha e saio faceiro, balanando o pacote.

    Do outro lado da rua est a loja na qual comprei um sapato de cinquenta reais tempos atrs para ir

    a uma festa. O resultado foi quase um real para cada bolha nos ps. Distraindo os pingos de chuva, chego no Largo da Carioca. Indo em direo ao metr, ouo uma voz conhecida: Gordo! gritou o sujeito. Respondi no mesmo tom: Nego! e ainda mais alguns palavres. No Rio, em qualquer rua, quando encontro meus amigos, desaparece do dicionrio a palavra preconceito.

    Mais recentemente, quando eu ainda estava no hospital, o mesmo nego pegou um avio para me visitar em Curitiba. Colou um rtulo de cerveja nos meus antibiticos, abenoou minha alma e foi--se embora. Nesses encontros com meus amigos, a palavra amizade aparece em maisculo no mesmo dicionrio.

    Em largos passos cariocas encontro em todos os lugares amigos que do sentido minha vida.

    Largo da Carioca

    psiclogodaSilva

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  • Curitiba

    CAPACITAO EM TERAPIA COMUNITRIA INTEGRATIVA EM CURITIBA Promovido por: INTERFACI.Data: incio em 22/03/2013.Local: Curitiba/PR.Inscries e mais informaes: (41) 8835-0884 (Gisele) / (41) 9671-5591 (Letcia).

    JORNADA SUL-BRASILEIRA DE NEUROPSICOLOGIA Promovido por: LABNEURO - Universidade Federal do Paran.Data: 24/04/13 a 27/04/13, das 8h30 s 18h.Local: Universidade Federal do Paran.Inscries e mais informaes: (41) 3310-2676 /[email protected].

    CURSO DE TERAPIA DE CASAL Promovido por: Instituto de Terapia e Centro de Estudos da Famlia (CRP-PJ-08/00215).Data: incio 16/03/2013 das 08h30 s 17h30.Local: Rua Tapajs, 577 So Francisco.Inscries e mais informaes: www.intercef.com.br / [email protected] / (41) 3338-8855.

    FORMAO TERICO-PRTICA EM ORIENTAO PROFISSIONAL E DE DESENVOLVIMENTO DE CARREIRA Promovido por: Psic. Mariita Bertassoni da Silva (CRP-08/00101).Data: Maro a Setembro de 2013.Local: Rua Joo Negro, 731 conj. 2204.Inscries e mais informaes: [email protected] / [email protected] / (41) 9994-7442.

    PS-GRADUAO EM DOR E ACUPUNTURA AVANADAPromovido por: Faculdade IBRATE (CRP-PJ-08/00393).Data: incio 06 e 07/04/2013 das 08h30 s 18h.Local: Rua Voluntrios da Ptria, 215 2 andar.Inscries e ma