revista contato - edição setembro 2012

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Revista de promoção das comunidades de língua portuguesa e brasileira (luso-brasileira) na Bélgica

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•Estamos em processo de transição e adaptação de todos os nossos textos ao novo Acordo Ortográ-fico da Língua Portuguesa.•Todo o conteúdo dos anúncios aqui publicados são de inteira responsabilidade dos anunciantes.•As opiniões e os conceitos emitidos pelos colunistas e a veracidade das informações, são de

inteira responsabilidade dos colunistas que assinam.•Nossos colaboradores não possuem obrigações de horários ou continuidade, e não possuem nenhum

vínculo empregatício com a Revista Contato sprl.

6Sessão Jurídica

15Meio Ambiente

16Culinária

18Cultura

26Atualidade

28Televisão

30Comportamento

32Beleza

34Eleições Comunais

35Saúde

36Show Business

38Eventos

Matéria de Capa:Índios do Brasil, a história de um povo guerreiro20

A época das festas acabou, assim como o merecido descanso. É hora de voltar ao trabalho. O retorno à rotina é sinônimo, muitas vezes, de mau humor e baixas expectativas. Mas com um pouco de criatividade é possível mudar as coisas para que o

retorno às atividades profissionais seja um momento de prazer e renovação. Chame os amigos para beber uns copos por exemplo, procure um café onde há um bom forró para se dançar, vá jogar boliche, soltar a voz no karaoke e contar suas histórias de verão.

A Revista Contato deseja um bom retorno de férias a todos os clientes e amigos que se ausentaram por um curto período para desfrutar das merecidas e esperadas ferias. Voltamos as nossas atividades cotidianas, ao trabalho que nos dignifica, e com as for-ças renovadas.

Esperamos que nesse novo “ano comercial” que se inicia pos-samos, como sempre, continuar nosso relacionamento duradouro, com respeito, amizade e profissionalismo na forma como cada cliente é atendido.

O nosso objetivo é que os nossos clientes tenham satisfação em nosso trabalho e sucesso em seus negócios.

Keila e Horácio

Um excelente retorno ao trabalho à todos os nossos amigos e clientes

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Dra. Ticiana Cesar de NoronhaE-mail: [email protected]

| SESSÃO JURÍDICA |

permissão de trabalho, a concessão do visto será quase certa, dependendo somente dos requisitos administrativos.

Permis C – este tipo de permissão é concedi-do a certas categorias de estrangeiros, os quais possuem estadia temporária na Bélgica, como por exemplo estudantes, ou àqueles que pos-suem uma estadia precária, a saber refugiados

Permissão e Visto deTrabalho para a Bélgica

2ª parte

Dando continuidade à nossa série de ar-tigos sobre os diferentes tipos de visto para a Bélgica, hoje traremos a segun-

da e última parte do visto de trabalho, relatando os diferentes tipos de permissão de trabalho em que o visto poderá se apoiar, bem como mencio-nando os endereços onde solicitar a permissão dependendo de cada região da Bélgica.

Tipos de Permissão de Trabalho

Existem três tipos de “permis de travail” para os cidadãos estrangeiros:

Permis A – tem duração indeterminada e é válida para todas as profissões assalariadas. Ela é concedida apenas aos cidadãos estrangeiros que trabalharam pelo menos quatro anos com uma permissão de trabalho B, dentro de um período máximo de dez anos de estadia legal e sem interrupção na Bélgica (há exceções). É pedida pelo próprio trabalhador.

Permis B – possui duração máxima de um ano e pode ser prorrogada sob condições. É pedi-da pelo empregador em nome do empregado e válida somente para aquele. É atrelada a um trabalho específico e a um empregador deter-minado.

Cabe ao empregador efetuar o pedido de uti-lização de um trabalhador estrangeiro junto ao órgão competente, todavia tal pedido deve ser feito antes da vinda do trabalhador a Bélgica. Uma vez que o futuro empregado receber sua

• Ministère de la Région de Bruxelles-Capitale, Direction de la Politique de l’Emploi et de l’Economie plurielle, Cellule Permis de travailC.C.N., Gare du Nord, Rue du Progrès, 80 à 1035 BruxellesTél. : +32 (0)2 204 13 99e-mail : [email protected] web : www.bruxelles.irisnet.be

• Service public de Wallonie, Direction opérationnelle Economie, Emploi et Recherche, Département de l’Emploi et des Permis de TravailPlace de Wallonie, 1 à 5100 JambesTél. : +32 (0)81 33 43 92 - +32 (0)81 33 43 38e-mail : [email protected] web : emploi.wallonie.be

• Dienst Migratie en Arbeidsbemiddeling VlaanderenBoulevard du Roi Albert II, 35 boîte 21 à 1030 BruxellesTél. : +32 (0)2 553 39 42e-mail [email protected] Site web : www.werk.be (NL)

sob certas condições.Possui duração limitada (máximo um ano) e

é válida para todas as profissões assalariadas. Pode ser renovada seguindo certas condições.

Uma vez conseguida a “permis de travail”, parte-se para o pedido de visto de trabalho, o qual deve ser feito no Consulado Belga no Bra-sil, como explicado na edição passada.

Onde solicitar sua permissão de trabalhoA, B e C, de acordo com a região

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António CatalinaE-mail: [email protected]

| ROTEIRO CATALINA |

A Costa Alentejana é uma das zonas do território português que pode oferecer o melhor para quem pro-cura umas férias caracterizadas pela

diversidade, qualidade, e de poder contemplar um dos cenários naturais mais ricos e deslum-brantes do país. Sendo extremamente rica, tanto em atrações culturais como em atrações naturais, a Costa Alentejana faz as delícias da-queles que procuram um sitio calmo, agradável e com muito para explorar nas férias.

Conhecendo eu, maravilhosamente bem a maioria destas praias, optei por aprofundar um pouco na história de Vila Nova de Milfontes.

Desde cedo apelidada de Princesa do Alente-jo, a Vila de Milfontes é uma pequena vila alente-jana com muitos atrativos. Situada no Concelho de Odemira na foz do rio Mira, em parque na-tural do sudoeste alentejano e Costa Vicentina, Vila Nova de Milfontes é uma vila pesqueira com uma forte ligação ao mar, o que lhe confere uma beleza natural inigualável. As suas vastas e belas praias desertas, águas cristalinas e dunas douradas são os ex libris, ou melhor dizendo, os maiores símbolos da região. Em contraste com o belo panorama litoral, a paisagem interior é mar-cadamente reconhecida pelas típicas planícies alentejanas de sobreiros entre outras espécies habitualmente observadas nesta região do país.

Lugar maravilhoso de conhecer é o Forte de São Clemente (padroeiro das causas marítimas), também conhecido como Castelo de Milfontes foi construido entre 1509 e 1602. A sua cons-trução foi ordenada pelo Rei Filipe II de Portugal e levada a cabo pelo arquiteto italiano Alexandre Massai, com o intuito de proteger a localidade dos ataques constantes dos piratas mouriscos.

Atualmente é pertença de particulares e foi adaptado para fins turísticos, tendo tornado um alojamento exclusivo.

O clima ameno, a sua arquitectura típica, a gas-tronomia alentejana e outras atividades de lazer que a região lhe oferece, são fatores mais que su-ficientes para justificar uma visita a esta vila.

Quer falar da sua Terra Natal? Entre em contato comigo pelo GSM 0475/62.69.92 - A. Catalina

Venha mergulhar na Costa Alentejana

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Guilherme da CostaE-mail: [email protected]

| COLUNA VAS-Y |

História: O dinheiro Português durou mais de 800 anos

E as notas de Banco apareceram...A decadência da exploração das

minas de ouro do Brasil ocorreu ao mesmo tempo que se registava em

Portugal e nos territórios um crescimento con-siderável do comércio e dos encargos do Es-tado. A consequência imediata da queda da exploração aurífera reflectiu-se na diminuição do fabrico da moeda de ouro e da sua ausência na circulação. Esta situação levou à emissão de Apólices do Real Erário que passaram a ser impostas como moeda. Com estas apólices nasceram as notas de Banco. Será uma ideia original portuguesa? Não.

O papel moeda apareceu na China cerca de 860 anos a. C. As notas de Banco são da Euro-pa, foi a Suécia o primeiro emissor. O Banco da Suécia que as emitiu em 1661, anos depois ia à falência porque as notas não tive-ram garantia do Erário Nacional. O primeiro banco que emitiu de forma permanente estes documentos foi o Banco de Inglaterra, a partir de 1694.

Em 1808 nasce o primeiro Ban-co Português

Na regência de D. João VI. (1767-1826), as evasões napole-ónicas, a fuga da família real para o Brasil e a Guerra Peninsular lan-çaram Portugal numa grave crise política, económica e social, que levou à Revolução de 1820, à Inde-pendência do Brasil em 1822 e à Guerra Civil entre Liberais e Abso-lutistas, que embora tendo termi-nado em 1834, deixou instabilidade político-partidária e confrontos até meados do Séc. XIX.

D. Pedro IV (1798-1834) e D. Miguel I (1802-1866) continuaram com as cunhagens mecânicas de cobre. Nestes rei-nados distinguem-se os pesados patacos (40 réis) de bronze. Em 1829 os refugiados liberais fundiram em Angra do Heroísmo, a partir de um

2ª PARTE

sino, uma grosseira moeda de 80 réis. Esta mo-eda ficou conhecida por “maluco”. Variada foi a série de D. Maria II, iniciada durante o cerco do Porto com moedas de cobre, quando a casa da moeda funcionava em 1833 no Convento de Santo Elói. Mais tarde, em 1847, para regula-rizar a circulação dos patacos gravaram-lhes um carim-bo circular com as letras G.C.P., que significam Go-verno Civil do Porto.

Com D. Carlos I (1863-1908) desapareceram de Portugal as cunhagens de moedas de ouro. O Banco de Lisboa emitiu notas e ordens em reis, no Séc. XIX. Foram porém os Bancos do Norte de Por-tugal que apresentaram maior variedade de notas, a partir de 1836: Banco Comercial do Porto, Banco Mercantil do Porto, Banco União do Porto, Banco do Minho. Na última década do Séc. XIX, o Banco de Portugal emitiu notas de 200, 500, 1.000, 2.500, 5.000, e 10.000. A partir de 1891 lançou notas de papel com o va-lor em prata e também com o valor em ouro de 10.000, 16.000, 20.000 e 50.000 réis. A casa da Moeda, em 1891, emitiu cédulas com valor – bronze de dez centavos. Em 1918, com valor

de cinco centavos e de vinte centavos. O Banco de Portugal, em 1917, passou a emitir notas no valor de um escudo, 50 centavos, 2 escudos e 50 centavos, cinco escudos, dez escudos, vinte escudos e cinquenta escudos.

A moda das moedas comemorativasA partir do reinado de D. Manuel II (1889-

1932) começaram a aparecer as moedas comomorativas, homenageando em 1910 o Marquês de Pombal e lembrando a guerra Pe-ninsular. A partir de então criou-se em Portugal

o hábito deste tipo de moedas. Hoje, o nosso pais é aque-le onde mais se cultiva e abusa dessa pratica, mantida pelo consumo dos coleccionadores o que leva a condenáveis

especulações...Em 1918 emite-se uma mo-

eda de dois centavos de ferro. A crise financei-ra provocou em 1924 o nascimento da moeda de um “escudo” de prata e em 1928, o Estado Novo lançou uma moeda de dez “escudos” de prata, para comemorar a Batalha de Ourique. Seguiu-se, de 1939 a 1948, um série de mo-edas de prata comprovando o ressurgimento financeiro.

Durante o Estado Novo e depois do 25 de Abril continuaram as emissões de notas, nor-malmente sob a evocação de uma figura histó-rica. A nota portuguesa de valor nominal mais elevado foi a de dez mil escudos. A sua últi-

ma emissão data de Maio de 1996 e evoca o Infante D. Henrique. Uma anterior foi consagrada, em 1989, ao prémio Nobel da Medicina, Professor Egas Moniz.

O fim de uma longa história…Com a adesão de Portugal ao Euro,

em 1999, consequência da entrada de Portugal na União Europeia, mor-reu a moeda portuguesa, como se tivéssemos regressado ao tempo dos romanos quando uma única moeda circulava no vasto império... As últi-mas emissões de 1998, incluem uma moeda consagrada à EXPO no valor de 200 escudos e outra à Ponte Vas-co da Gama no valor de 500 escudos.

Para encerrar definitivamente es-tas emissões portuguesas, uma mo-eda comemorativa do ano Interna-cional dos Oceanos e outra dos 500 anos das Misericórdias Portuguesas.

Em 1999 uma moeda consagrada à UNICEF, ou-tra ao Milénio Atlântico e também aos Desco-brimentos Portugueses.

E chegàmos ao fim deste resumo da longa vida de 800 anos da moeda portuguesa.

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Alexandre BorimSite: www.frozenstolichnaya.com

| TURISMO |

Acompanhe minhas viagens no Programa Tro-tamundos, na MTV Latina: www.mtvla.com

Conta-se uma lenda que certa vez um homem muito cruel, atacou o pai de dois gêmeos, o aprisionou e raptou as duas crianças, abandonando-as

numa floresta para que elas morressem de fome. No entanto, o choro dos irmãos atraiu uma loba, que os amamentou como se fossem seus filhotes. Um dia um camponês encontrou as crianças mamando na loba e decidiu levá-las para sua casa, batizando-as de Rômulo e Remo. Já adultos, resolveram buscar seu verdadeiro pai, libertando-o e punindo o malvado homem que os havia atacado. Logo, voltaram ao lugar próximo ao Rio Tevere, onde a loba os encon-trou. Decidiram que lá deveria ser construída uma nova cidade, que foi fundada em 753 a.C. e batizada como “Roma”.

A cidade respira história a cada esquina. Impossível não mergulhar nos livros e querer conhecer um pouco mais de cada imperador ou de cada monumento do lugar: o Coliseu, a Fontana de Trevi, o Castelo de Santo Angelo, o Campidoglio... Marco Antonio, Julio Cesar, a crueldade de Nero, que ateou fogo na cidade e matou a sua própria mãe, os deuses romanos... Há tanto para contar que uma visita pela cidade se torna uma grande viagem no tempo, onde cada pedacinho reconstrói uma página da his-tória da humanidade.

Sim, as belezas da cidade são inúmeras... Mas vale lembrar que é preciso ter o espírito preparado... Infelizmente também há muitas coisas negativas, como batedores de cartei-ras nos ônibus, que geralmente estão lotados. Trânsito caótico, descaso ou má conservação de alguns monumentos da cidade (não me refi-ro as ruínas). Entretanto, somando-se os prós e contras, é impossível não amar Roma, uma das mais belas capitais européias.

Roma: Mil histórias para contar

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16/09: Domingo sem carro (Dimanche sans voiture)

Dia 16 de setembro 2012, Bruxelas or-ganiza o já tradicional “Domingo sem Carros” ou “Dimanche sans voiture”.

De 9h às 19h, a região de Bruxelas, será fechada ao tráfego de veículos. Somente os serviços de urgência, veículos de serviços pú-blicos e as pessoas em posse de um “Laissez--passer” (deixe passar) podem circular em áreas fechadas ao tráfego de veículos.A velocidade máxima é limitada até 30km/h.

Todas as 19 comunas da região de Bruxe-las-Capital, fecharão o transito em função da abertura da Semana Europeia da Mobilidade (16 a 22 de setembro de 2012). Muita diver-são e atividades informativas sobre o tema da mobilidade sustentável serão organizadas nesse dia em Bruxelas. O transporte de STIB e De Lijn serão gratuitos.

Autorizações de viagem válidas para toda a região, podem, todavia, ser concedida por razões devidamente justificadas e com fun-damentos. Os motoristas devem apresentar solicitação até 12 de setembro na comuna em que reside.

| MEIO AMBIENTE |

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| BRÉSIL |

7 septembre : Indépendance du BrésilLe Brésil a été découvert et colonisé par les Portugais. Son indépendance a été proclamée le 7 septembre 1822. L’anniversaire de ce jour est devenu la fête nationale brésilienne

Après avoir quitté son pays, à cause de l’invasion du Portugal par l’armée napo-léonienne, et après s’être réfugié au

Brésil, en janvier 1808, le roi D. João VI rentre à Lisbonne, en avril 1821, en laissant à Rio son fils aîné D. Pedro I en tant que régent.

Dans le contexte des guerres d’indépendance qui opposent alors Madrid aux élites créoles de l’Amérique espagnole, celui-ci choisit de rompre le lien colonial alors que les Cortes de Lisboa, issues de la révolution libérale de 1820 et sou-

cieuses de préserver l’intégrité de l’empire por-tugais, lui demandent de regagner la métropole. Après avoir lancé les fameuses formules « Je reste », le 9 janvier, et « L’indépendance ou la mort ! », le 7 septembre 1822, D. Pedro I Ier est sacré empereur du Brésil le 1er décembre 1822.

Acquise dans un cadre familial et non guerrier, contrairement à l’indépendance des territoires hispanophones, cette indépendance négociée permet le maintien de liens forts et durables entre le Brésil et le Portugal.

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Existe amizade entre homens e mulheres?Sim, eles e elas podem ser genuinamente amigos. Po-rém, pesquisas apontam que a atração física está presente na maioria dessas relações e ainda afirmam que o sexo (para surpresa de muitos) pode fortalecer esses laços

“Entre um homem e uma mulher não é possível haver amizade. É possí-vel haver paixão, hostilidade, vene-

ração, amor, mas amizade, não.” A frase, pro-ferida pelo escritor irlandês Oscar Wilde (1854 – 1900), parece datada, mas não podia estar mais em sintonia com as atuais discussões so-bre as relações entre os sexos.

Assistido por mais de seis milhões de pes-soas, um vídeo amador se tornou viral nos Estados Unidos e no Canadá justamente por

explicitar a diferença de opiniões entre homens e mulheres no que tange às amizades intersexuais. Nele, um estudante uni-versitário pergunta a suas colegas de faculdade se elas acreditam ser possí-vel existir amizade entre um homem e uma mulher. A resposta? “Sim, claro”, dizem todas.

Já quando ele diri-ge a mesma questão a

seus colegas homens, ouve de todos que “hummm... não!” O tema, abordado de forma lúdica no vídeo, ganhou roupagem científica em três recentes pesquisas que buscam en-tender melhor as implicações das amizades entre pessoas de sexos opostos. Numa delas, os estudiosos definiram os quatro tipos mais comuns de relações entre eles e elas. Em outro estudo, pesquisadores concluíram que existe ao menos um pequeno nível de atração na maioria das amizades intersexuais, o que não é necessariamente ruim, já que a terceira pesquisa aponta que o sexo, para surpresa (e alegria) de muitos, pode fortalecer os laços entre os amigos.

O envolvimento amoroso ou sexual entre amigos pode ser um fator de risco para as amizades, sim, principalmente quando o inte-resse romântico ou sexual acontece somente com uma das partes. “Nesse caso, o sexo pro-vavelmente aumentará o envolvimento român-tico daquele que sentia esse tipo de atração e essa pessoa pode querer transformar o rela-cionamento em namoro, o que constrangerá a outra”.

| RELACIONAMENTO |

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Flores na deliciosa e bela cozinha contemporânea| CULINÁRIA |

O brócole, a couve-flor e a alcachofra são flores que nos habituamos a considerar comestíveis, ao invés de

ornamentais. Mas agora a conversa é outra: depois da visão, do olfato e até do tato, é a vez do paladar usufruir das propriedades do gerânio, da violeta ou da capuchinha, entre outras flores.

A tendência está instalada. Após a nouvel-

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le cuisine ousar introduzir algumas flores nas suas composições, que muitos julgavam ser meramente decorativas, agora basta consul-tar a ementa da Pizza na Brasa, por exemplo, para encontrar uma Pizza Fiori, cuja descri-ção transcrevemos: “Flores frescas (comes-tíveis, claro!), e queijo 100% mozzarella”. Ou então prestar atenção à seção de legumes de alguns supermercados, para descobrir

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Flores na deliciosa e bela cozinha contemporânea| CULINÁRIA |

embalagens de rosas e violetas por entre os agriões e o feijão verde cortado à medida.

Alguns exemplos:Conferem um sabor suave e muito agra-

dável a pratos fritos, como a têmpura de pé-talas de rosas, uma entrada deliciosa e rica em vitaminas.

A capuchinha, ou flor de nastúrcio, mui-to decorativa, de gosto levemente picante e rica em vitamina C, combina na perfeição com saladas. Nativa do Peru, foi introduzida na Europa no final do século XVI e hoje é cul-tivada em todo o mundo.

Já na Idade Média, a calêndula, originá-ria do centro e sul da Europa e da Ásia, era cultivada nas hortas, desidratada e utilizada como corante em caldos, queijos amarelos, manteiga e bolos. As suas pétalas são utili-zadas frescas em saladas, em crepes ou no arroz, em substituição do açafrão.

Nativo da Europa e Ásia Ocidental, o amor-

-perfeito contagiou o mundo inteiro. Além de lhe serem atribuídas propriedades diuréti-cas, é muito requisitado para saladas e sobremesas.

A flor de borago, oriunda do norte de África, é secular-mente conhecida por possuir efeitos bené-ficos sobre o corpo e a mente. Deve ser sempre utilizada fres-ca, uma vez que perde as suas propriedades depois de seca, e marca presen-ça frequente em saladas ou em bolos e sobremesas.

A begônia, a tulipa, a alfazema e o ge-rânio são também contempladas nesta seleção, e as suas utilizações variam consoante a imaginação e a experiência dos cozinheiros, tendo sempre em con-ta as suas características – no fundo, tal como se utiliza qualquer outro ingrediente em culinária.

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OrlandoVillas Boas: l’histoire d’unpionnier

À 29 ans a décidé de changer d’emploi et la vie urbaine dans la jungle. Orlando Villas Boas consa-cré une grande partie de sa vie à

défendre les gens de la jungle.Il était l’aîné et le dernier des frères Villas

Boas - Claudio, Alvaro et Leonardo. Avec Claudio et Leonardo, Orlando fait de la re-connaissance des formes de relief de nom-breux centre du Brésil. Dans leurs voyages, les frères ont ouvert plus de 1500 miles de sentiers dans la forêt vierge, où ils sont ve-nus des villes et des villes. Il a été nominé deux fois pour le Prix Nobel de la paix avec Claude en 1971 et en 1976, le rachat des

tribus du Xingu.Les frères a mené l’expédition Roncador-

Xingu, qui a débuté en 1943 et que, après 24 ans laissés dans son sillage plus de 40 villes nouvelles, 19 terrains d’aviation et le Xingu Parc national, créé par la loi en 1961, avec l’aide de l’anthropologue Darcy Ribeiro. Dans l’expédition, Orlando, Claudio, Alvaro et Leonardo cartographié leurs rencontres avec quatorze tribus, obtenir la permission tacite d’installer les fondations du Brésil Central Fondation. Attention, ils ont appris à agir contre les idées militaristes ou contre l’action des spéculateurs.

Influence critique de l’homme blanc, Or-

| CULTURE |

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lando a souligné que 400 ans après le début de la colonisation européenne, chacune des tribus s’installèrent sur les rives du Xingu a maintenu sa propre culture et identité.

Orlando et ses frères contribué à consoli-der le parc autochtone de Xingu, avec le sou-tien du maréchal Rondon, de Darci Ribeiro et sanitaire Nutels Noel. Orlando est venu en 1961 pour administrer le parc, où ils vivent désormais sur les 5005 centaines d’Indiens

de quatorze ethnies différentes.Il a publié quatorze livres. Quelques-unes des

aventures de l’expédition Roncador-Xingu a dit dans “Le mars à l’Ouest”, écrit avec Claudio. À la fin de la vie, Orlando a commencé à écrire une autobiographie publiée après sa mort.

Il a été rejetée par la FUNAI, l’organisme qui a contribué à créer, en Février 2000 par son président d’alors, Carlos de Souza Mares. Le tir a provoqué un tollé de l’apo-logie publique et officielle du président Fer-nando Henrique Cardoso [2].

Il est mort âgé de 88 ans en 2002, dans l’hôpital Albert Einstein, à São Paulo, pour une défaillance multiviscérale.

| CULTURE |

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| MATÉRIA DE CAPA - PT |

Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 mi-lhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse núme-

ro chegava a 5 milhões de nativos, aproximada-mente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco linguístico ao qual pertenciam: tupi-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia).

Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil ín-dios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com que mui-tas tribos perdessem sua identidade cultural.

O primeiro contato entre índios e portugueses em 1500 foi de muita estranheza e de certa admi-ração e respeito para ambas as partes. Sabemos muito sobre os índios que viviam naquela época, graças a Carta de Pero Vaz de Caminha (escrivão da expedição de Pedro Álvares Cabral) e também aos documentos deixados pelos padres jesuítas.

Caminha relata a troca de sinais, presentes e informações. Quando os portugueses começam a explorar o pau-brasil das matas, começam a es-cravizar muitos indígenas ou a utilizar o escambo. Davam espelhos, apitos, colares e chocalhos.

Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura. Os índios domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e a capivara.

Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. Desta madeira, cons-truíam canoas, arcos e flechas e suas habitações (oca). A palha era utilizada para fazer cestos, es-teiras, redes e outros objetos. A cerâmica tam-bém era muito utilizada para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era mui-

to usado para fazer pinturas no corpo.Os portugueses acreditavam que sua função

era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura europeia. Foi assim, que aos poucos, os índios foram perdendo sua cultura e também sua identidade.

Exemplo disso é que neste ano de 2012 cente-nas de candidatos indígenas vão disputar um jogo dominado pelos brancos nas eleições municipais, vagas nas câmaras de vereadores e nas prefei-turas. Alguns deles já não são mais estreantes e buscam a reeleição.

Principais etnias indígenas brasileiras na atualidade e população estimada

Les principales ethnies indiennes bré-siliennes actuelles et leurs populations

estimées :Ticuna (35.000)Guarani (30.000)Caiagangue (25.000)Macuxi (20.000)Terena (16.000)Guajajara (14.000) Xavante (12.000) Ianomâmi (12.000)Pataxó (9.700)Potiguara (7.700). Fonte: Funai (Fundação Nacional do Índio).

Source: Funai (Fondation Nationale de l’Indien).

De acordo com dados do Censo 2010 (IBGE), o Brasil possuía, em 2010, 896.917 indígenas. Este número correspondia a 0,47% da população do Brasil.

Selon les données du recensement de 2010 (IBGE), il y avait au Brésil, en 2010,

896.917 Indiens. Cela correspondait à 0,47% de la population du Brésil.

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| MATÉRIA DE CAPA - FR |

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Les historiens affirment qu’avant l’arrivée des Européens en Amérique, il y avait envi-ron 100 millions d’Indiens sur le continent. Seulement sur le territoire qui correspond au Brésil actuel ce nombre était à peu près

de 5 millions d’autochtones. Ces Indiens brésiliens étaient répartis en tribus, selon la famille linguis-tique à laquelle ils appartenaient : tupi-guarani (à la côte), macrô-jê ou tapuia (au Planalto Central), aruaque (Amazonie) et caraiba (Amazonie).

On estime que seulement 400 mille Indiens vivent actuellement sur le territoire brésilien, surtout dans des réserves indiennes délimitées et protégées par le gouvernement. Il y a environ 200 ethnies et 170 langues indiennes. Cependant, beaucoup d’entre elles ne vivent plus comme avant l’arrivée des Portugais. Le contact avec les Blancs a fait plusieurs tribus perdre leur identité culturelle.

Le premier contact entre les Indiens et les Por-tugais, en 1500, a été très étonnant, avec une certaine admiration et du respect mutuel entre les deux parties. Nous savons beaucoup de choses concernant les Indiens qui vivaient à cette époque-là, grâce à la lettre de Pero Vaz de Ca-minha (secrétaire de l’escadre de Pedro Álvares Cabral) et aussi grâce aux documents écrits par les prêtres jésuites.

Pero Vaz de Caminha relate l’échange de gestes, de cadeaux et d’informations. Quand les Portugais ont commencé à exploiter le pau-brasil, ils ont réduit plusieurs Indiens en esclavage et ils ont fait du troc avec eux. Ils leur donnaient des miroirs, des sifflets, des colliers et des hochets.

Les Indiens qui habitaient le Brésil en 1500 vivaient de la chasse, de la pêche et de l’agri-culture. Ils domestiquaient de petits animaux comme le porc sauvage et le capybara.

Il faut dire que l’Indien respecte beaucoup l’environnement et qu’il n’en prend que ce qui

est nécessaire à sa sur-vie. Avec du bois, ils faisaient des canoës, des arcs des flèches et leurs habitations. Ils employaient la paille pour confectionner des paniers, des tapis, des hamacs et d’autres objets. La céramique était aussi très employée pour faire des pots et des ustensiles de cuisine en général. Les plumes et les peaux des animaux servaient à faire des vêtements ou des parures pour les cérémonies des tribus.

Le rocou était très employé comme pigment pour les peintures corporelles

Les Portugais croyaient que leur mission était celle de convertir les Indiens au christianisme et de les faire adopter la culture européenne. C’est de cette façon que, petit à petit, les Indiens ont commencé à perdre leur culture et leur identité.

Un exemple de cette situation est le fait que, pour l’année 2012, des centaines d’Indiens vont participer aux élections muni-cipales qui sont dominées par les blancs, pour avoir des places aux assemblées des échevins et aux mairies. Quelques uns parmi eux ne sont plus des débutants et cherchent à être réélus.

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| MATÉRIA DE CAPA - PT |

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Brasília, située dans le centre-ouest du pays, bénéficie d’un climat tropical.

Avec 2.500.000 habitants, elle est la Capitale du Brésil. L’une des plus ré-

centes capitales du monde.Contrairement aux autres villes brésiliennes, elle

ne fait pas partie d’un État mais du District Fédéral.Ses premières infrastructures et ses bâtiments

furent construits en 1000 jours. Après 150 ans de débats, le Président Ku-

bitschek propose la création du District Fédéral, dans l’état de Goiás, pour y installer la future capi-tale du Brésil.

Durant 3 ans, des milliers des paysans pauvres travailleront 24 heures sur 24 à la construction de cette ville.

| LES VILLES DU MONDIAL 2014 |

Brasília District Fédéral

Le 21 avril 1960, la Capitale est officielle-ment transférée de Rio à Brasília.

Brasília, classée patrimoine mondial de l’UNESCO, est la seule ville au monde érigée au 20ème siècle.

Pour certains, Brasília incarne la puissance de cette grande Nation et un modèle sur le plan urbanisme.

Pour d’autres, elle est un énorme gâchis. Une

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ville à l’architecture superbe mais sans âme.Ajoutons qu’elle eut un effet désastreux au plan

économique, augmentant considérablement la dette brésilienne.

Conçue par le célèbre architecte Oscar Nie-meyer, le plan de Brasília fut construit selon celui d’un avion. Vue du ciel, Brasília ressemble en effet à un avion.

Fidèle au style de l’une des villes les plus mo-dernes du pays sur le plan architectural, l’Estádio Nacional de Brasília sera également l’un des plus imposants. Capable d’accueillir 70 064 spectateurs, ce sera le deuxième stade de la Coupe du Monde de la FIFA, Brésil 2014 en termes de capacité.

L’ancien stade Mané Garrincha a été démoli qua-siment dans son intégralité pour laisser place à une arène ultramoderne qui comprendra une nouvelle façade, une enveloppe sous forme de structure

| LES VILLES DU MONDIAL 2014 |

métallique, de nouvelles tribunes et une pelouse abaissée pour donner aux spectateurs une vision complète du jeu. Le projet sera axé sur le respect des normes environnementales, avec émis-sions de carbone nulles, sys-tèmes de recyclage et accès intégralement assuré par les transports publics, confirmant ainsi le statut de la capitale brésilienne comme référence mondiale de l’aménagement responsable du territoire. En outre, le projet laissera un héritage important et durable dans de nombreux secteurs de l’économie locale.

La date de livraison prévue de

l’Estádio Nacional de Brasília est la fin 2012. L’en-ceinte accueillera notamment le match d’ouverture de la Coupe des Confédérations de la FIFA 2013, ainsi que sept matches de la Coupe du Monde de la FIFA, Brésil 2014, dont un quart de finale.

L’Estádio Nacional de Brasília sera le troisième stade de la capitale, venant s’ajouter au Serejão, où évolue Brasiliense, et au Bezerrão, récemment rénové et inauguré à nouveau en 2008. Après la Coupe du Monde de la FIFA, Brésil 2014, l’Estádio Nacional de Brasília servira à accueillir de nom-breux spectacles culturels de grande ampleur.

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Use e jogue foraMinha ficha caiu há

alguns anos, na épo-ca do videocassete. Quando o meu que-

brou, enviei a um técnico para con-sertar. Custou 25% do valor de um zero. Alguns meses depois, voltou a quebrar. Mais 25%. Na terceira vez, joguei o aparelho fora e comprei um novo. Não compensava continuar

arrumando. Desde então, percebi que as coisas não são feitas para durar. Tanto que me referi à “épo-ca do videocassete”. Nem faz

tanto tempo assim. Hoje impera o DVD. Até a próxima invenção.Tudo fica defasado tão rapidamen-

te que até assusto.Há pouco tempo o Orkut era o má-

ximo. Atualmente, é considerado um tanto brega. Os antenados preferem o

Facebook e o Twitter. O MSN já não faz tanto

sucesso. O Instagram vem ganhando força. Mas tudo pode mudar de um instante para outro. Bas-ta um sujeito lá no Vale do Silício inventar um novo programa e cria-se um hábito diferente.

Sou do tempo em que se consertavam sapa-tos. Se furava, o sapateiro da esquina botava meia-sola. O hábito acabou. O sapato, o tênis

| ATUALIDADE |

WALCYR CARRASCO: Jornalista, autor de livros, peças teatrais e novelas de televisão

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| MATÉRIA DE CAPA - FR |

são descartáveis. Se a camisa rasga, quem manda consertar?

A ideia do use e jogue fora contaminou a forma como vivemos. Antes, emprego podia ser para toda vida. A palavra mais falada na administração atual é “renovar”. O que significa exatamente? Quem tem capacidade de “reno-vação” é bem-visto no mercado. Mas e o fator humano? Pessoas são jogadas fora como qual-quer produto fora de moda.

Eu me pergunto o que aconteceu com meus amigos do Orkut. A gente se falava sempre. Chegamos a organizar em minha casa um jantar só do grupo que gostava de conversar entre si. Havia um bolo enfeitado por morce-gos, já que meu apelido era Morcegão por sempre entrar à noite. Confesso: eu perdi as senhas de meus orkuts. Nem entrar consigo. Também descartei as pessoas, admito. Falo no Facebook e no Twitter. Sinto que sensação do instantâneo não é exclusiva das relações sur-gidas pela internet. Vejo isso muito nas mon-tagens de peças de teatro e nas novelas que faço. Durante o trabalho, faço muitos amigos. Jantamos juntos, vamos a festas, nos vemos sempre. Trocamos confidências, até as mais

escabrosas. Termina a tempo-rada ou acabam as gravações, nos despedimos com um jantar repleto de promessas.

Olha aqui, não some! Eu te ligo!A relação se esfiapa. Não

acontece só no meio artístico. Nas empresas é igual. Se alguém sai de um emprego, ainda vê os antigos colegas por algum tempo. Depois, adeus!

Use e jogue fora se tornou o lema da atualidade.

Tenho simpatia pelos colecionado-res de vinil. Acre-ditam que algo deve ficar. É preciso não se deixar levar pela maré.

Nas relações pessoais, trata-se de sabe-doria. Na vida, há muitas coisas que mere-cem permanecer.

| ATUALIDADE |

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No ar como a sensual Suelen na novela “Avenida Brasil”, da TV Globo, a atriz Ísis Valverde tem chamado atenção dos telespec-tadores com seu personagem periguete. A mineira de 25 anos não contou só com a boa genética, precisou entrar numa rotina

intensa de dieta, exercícios e cuidados com a pele. Para manter a boa forma, a jovem enfrenta diariamente um treino pesado

de musculação. Toda semana, ainda faz aulas de balé, hip hop e charme (rit-mo presente na novela, bastante similar ao rhythm and blues). A atriz ainda toma proteína e óleos essenciais para intensificar a queima de gordura e a formação dos músculos.

Desfilar com calças justas e vestidinhos curtos, marca registrada da per-sonagem, fez com que a atriz também mudasse seus hábitos alimentares. Agora, ela capricha no café da manhã e controla o apetite na hora do almoço. Carne vermelha e frango saíram do cardápio, para dar lugar à carne de soja e frutos do mar com saladas que, no corre-corre, podem ser substituídas por shakes. Já à noite, a regra é uma só: nada de carboidratos.

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| TELEVISÃO |

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Até os 21 anos, Juliana nunca havia feito dieta nem entrado em uma academia. “Quando engordava 1 quilo, bastava ficar sem co-mer arroz e feijão por dois dias, e o peso diminuía”, conta. Com o tempo e a vida social intensa - jantares com amigos, com os na-

morados e a descoberta da gastronomia -, percebeu que, se quisesse continu-ar a comer bem, teria de malhar. “Não sou apaixonada por musculação, mas adoro fazer jump, spinning e andar de bicicleta na praia”, afirma. Na realidade, ela gosta mesmo é do resultado.

“O grande lance da malhação é ver as mudanças reais do corpo”, diz, lembrando da preparação que fez para viver Gabriela. Um sucesso. Para to-das que pretendem malhar, mas têm uma vida agitada como a dela Juliana recomenda: “Fazer o necessário em 45 minutos é o meu lema”.

Como já tem o bíceps bem desenhado, ela trabalha mais o tríceps. Quando engorda, como qualquer mortal, corta doces e procura especialistas em dieta ortomolecular, que normalmente prepara um cardápio adequado à vitalidade e à necessidade de perda de peso. “A dieta mudou minha vida para melhor.”

Famosas, lindase malhadas

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| TELEVISÃO |

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| COMPORTAMENTO |

Como lidar com pessoas que “se acham”,que pensam que são mais do que são?

Vamos entender um pouco porque essas

pessoas agem assim. Essas pessoas que “se

acham” referindo a pessoas arrogantes,

orgulhosas, que se refere a soberba dos

7 Pecados Capitais

O termo orgulho, conceito exagerado de si próprio, com aparente amor--próprio demasiado, constantemen-te despreza tudo e todos, sempre

julgando com suas severas críticas. A pessoa orgulhosa por não suportar a dependência, me-nospreza os sentimentos das pessoas, se colo-cando sempre como um “ser superior”, como se estivesse num pedestal difícil de ser alcançado. Precisa fazer com que o outro se sinta diminuído para que ela se sinta superior. São pessoas mais preocupadas em ter do que em ser, e que não possuem autoconhecimento algum.

O conceito exagerado de si próprio, o amor--próprio demasiado, a necessidade de poder, são apenas máscaras que buscam compensar a falta de amor que sentem por si mesmas, pois possuem em geral uma necessidade de autoafirmação. O orgulho está diretamente re-

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| COMPORTAMENTO |

lacionado com a falta de amor-próprio, com a ambição pelo poder e com a aquisição de bens materiais, pode ser uma forma de compensar a sensação de vazio.

Esse impulso para o poder, essa necessida-de de querer ter mais, pode ainda ser conse-quência do sentimento de inferioridade, e da sensação de desamparo, fragilidade e impo-tência, presentes em muitos de nós. Porém, esses sentimentos são mais intensos naqueles que, nos primeiros anos de vida, não encontra-ram junto aos adultos com quem conviveram o conforto, o acolhimento, e o amor que ameni-zassem esse desamparo.

No campo profissional aparece com a sensa-ção de que “eu sou melhor que os outros” por algum motivo. Isto leva a ter uma imagem de si inflada, aumentada, nem sempre corresponden-do a realidade. Surge com isso a necessidade de aparecer, de ser visto, passando inclusive por cima de padrões éticos e procurando colocar os outros colaboradores ou colegas minimizados, desprezando suas ideias e seu trabalho.

Geralmente pessoas com essas caracterís-ticas ocupam cargos elevados e utilizam seu poder para impor suas vontades, manipulando

as pessoas ao seu redor com o intuito de conse-guirem que tudo seja feito conforme seus dese-jos. Exigem ainda uma disciplina perfeccionista, não respeitando os limites de cada um.

É mais fácil lidar com pessoas com essas características depois de analisar e entender os motivos e possíveis origens por elas agirem desse modo. Entendido isso, você pode ignorar a maneira de ser dessa pessoa, e não se sentir inferior em hipótese alguma por isso. Procure tratá-lo como um ser humano igual a você, sem supervalorizar aquilo que ele mais busca, que é ter mais e mais poder seja sobre quem for, para poder manipular a todos, para quem sabe, es-conder suas fraquezas.

Tenha consciência que essa forma de ser é apenas uma máscara que funciona como proteção para impressionar e se fazer respei-tado ou temido, quando na verdade a pessoa no fundo se sente muito distante em ser isso tudo. Não se deixe impressionar, ignore, ape-nas isso, e deixe que ela encontre seu caminho e um dia perceba que o que ela precisa de-senvolver, não é mais orgulho e ser mais que ninguém, mas sim a humildade em ser quem ela é simplesmente.

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Você acredita que a beleza não tem idade? Que o verdadeiro encanto da beleza está na forma como ela se apresenta a cada etapa da vida?

Afinal, o que é o belo senão algo que nos agrada os olhos e nos faz ficar admirando a mesma imagem por horas?

Cada época da nossa vida tem seu encanto, tem o seu “belo” que nos fascina e nos faz ad-mirar por horas, meses, anos e nos faz lembrar como éramos antes e como somos agora.

No processo entre a adolescência e a juven-tude não temos com que nos preocupar, as ru-gas não tem nem previsão para chegar, a pele é

A beleza não tem idade

| BELEZA |

Isabelle Drumond: 18 Tammy Di Calafiori: 23

Carolina Dieckmann: 35

Angélica: 39 Glória Pires: 49 Bruna Lombardi: 60

radiante por si só.É o tempo de construção e decisão, construir

ideais e decidir segui-los ou não.Essa é hora que decidiremos e talvez depois

de uns cinco anos vamos mudar de ideia e que-rer decidir de novo.

Estamos ligadas a todo o vapor, queremos no-vidades, queremos saber o que está acontecen-do no mundo, saber sobre beleza, maquiagem, esmaltes, cabelos, corpo, uffa! É tanta coisa que às vezes até nos deixamos pra depois.

De repente percebemos que o tempo passou e já estamos aproveitando a nossa juventude, o nosso foco e ideais são outros, começamos a cuidar do nosso corpo, afinal não queremos levar nenhuma lembrança das loucuras da ju-

ventude como recordação – apenas as boas.Nessa fase uns quilinhos a mais já fazem

total diferença na soma final da nossa balança das culpas.

Trocamos o dia pela noite, reclamamos do ou da falta de sono , mas adoramos ter passado horas acordadas, e as olheiras no dia seguinte? Bom, é uma lembrança de uma daquelas loucu-ras boas que fizemos.

Enquanto curtimos a nossa juventude o tem-po passa – e acreditem, ele passa mesmo! – e nós vamos com ele, quando menos percebe-mos já estamos prontas e ensinando aquelas jovens como nós que tudo tem seu tempo e

que o nosso, bom, o nosso passou, há pouco, mas passou.

Entramos em um novo universo, de repente nossa preocupação aumenta e ficamos mais cautelosas, prestamos mais atenção nos nos-sos próximos passos e sabemos até quais não devemos dar.

A nossa beleza passa a ser apreciada por nós mesmas e começamos a nos preocupar com ela, recorremos a tratamentos e ferra-mentas que prometem – e cumprem, vai! – nos ajudar a não perder essa nossa aliada.

Passamos a nos cuidar mais, nossa saúde é cada dia mais importante, começamos a nos prevenir do que pode nos prejudicar lá na fren-te, e aquelas boas loucuras, não as fazemos

mais.Comer três barras de chocolate em um dia?

Nem pensar!Com esse cuidado não pensamos só em

nós, mas sim na família que queremos formar e aproveitar o máximo. A gravidez vem marcar essa época e nos dá um presente, às vezes dois, três, quatro, cinco e por ai vai.

Quando paramos para pensar no turbilhão que vivemos nos vemos realizadas e felizes, aproveitando o nosso encanto que, hoje já não é mais o mesmo de ontem, é melhor e maior, temos mais motivos para rir.

Lembram-se daquelas boas loucuras?

Pois é, as lembranças vem e agora, o que foi uma loucura naquela fase, se torna apenas “mais uma atitude de jovem”.

É engraçado porque voltamos àquela épo-ca em que nada podia nos abalar, estamos bem resolvidas, firmes e certas do que que-remos, bom, às vezes não sabemos o que queremos, mas temos a certeza de que quando nos decidirmos saberemos o que fa-zer para alcançar.

Porque nós acreditamos que a beleza não tem idade?

Porque ela realmente não tem, quem tem idade somos nós, a beleza nos acompanha, afinal, ela é nossa e estará conosco em todas as fases.

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| IMIGRAçÃO |

Crise nos países ricos e crescimento econômico no Brasil criam novo perfil de imigração

O Brasil está no radar de novos imi-grantes em busca de oportunida-des de emprego formal e qualifi-cado. Depois da explosão da crise

financeira de 2008, o Brasil passou a ser um país de atração não só de investimentos mas também de técnicos, especialistas, consulto-res, gerentes e empresários, sendo visto como uma “ilha de prosperidade” enquanto em algu-mas regiões da Europa, o cenário de desem-prego evidencia a dificuldade de recuperação econômica desses países.

O número de estrangeiros regulares no país aumentou em 50% de dezembro de 2009 para julho de 2011. Os maiores aumentos são de nacionalidades como: portuguesa (de 276 mil para 328 mil, de 2009 para julho de 2011); es-panhola (de 58 mil para 80 mil); boliviana (de 35 mil para 50 mil); chinesa (de 28 mil para 35 mil); e paraguaia (de 11 mil para 17 mil).

Vistos para trabalho temporárioSó no período entre janeiro e setembro de

2011, foram concedidas 51.353 autorizações de trabalho pela CGIg (Coordenação Geral de Imigração), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), um aumento de 32,8% em relação ao mesmo período de 2010.

A título de comparação, em 2005, antes da explosão da crise financeira, foram 24.000 auto-rizações para estrangeiros. Já em 2010, foram 56 mil as autorizações de trabalho concedidas. Num período de cinco anos, o número de vistos de trabalho mais que dobrou.

Dos europeus, grande parte é proveniente do Reino Unido e de países nórdicos como Norue-ga, Holanda, e também Alemanha. Mas o ano de 2011 foi marcado pela vinda de profissionais espanhóis e portugueses, fugindo da crise que assola esses países aumentando o cenário de desemprego de muitos profissionais qualifica-dos disponíveis nesses mercados.

As autorizações de trabalho a estrangeiros são em sua maioria de empresas que contra-tam profissionais de fora. Estes vem por con-ta de situações específicas como compra de equipamento do exterior como embarcações e plataformas da indústria do petróleo, que são importadas e já vem com os tripulantes.

O maior crescimento entre profissionais com contrato de trabalho de até dois anos é reflexo do aumento de empresas de origem estrangei-ra que estão se instalando no Brasil. São em-presas multinacionais que trazem inicialmente estrangeiros que detém técnicas e tecnologias, demonstrando também que esta mão-de-obra tem sido altamente qualificada.

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| ELEIçÕES COMUNAIS 2012 |

Uma brasileira é candidata àsEleições Comunais por Ixelles

Maria Isabel PIMENTA mora em Bruxelas há 17 anos, há 11 é filiada ao Partido Socialista e em 2012 participará como

candidata a échevin (vereadora) na comuna de Ixelles, sob o numero 27 da lista

Ela é formada em Ciências Econômicas na Fa-culdade Bennett e em Máster em Marketing na Universidade Católica-PUC, Rio de Janeiro, Brasil.

“Disposta a dar um novo impulso à minha car-reira e muito interessada em estudar o projeto da união entre os países europeus, parti do Brasil em 1991 para a Itália, onde fiz mestrado em “Direito e Economia da Comunidade Européia”, na Univer-sidade La Sapienza de Roma. A dissertação foi à análise da cooperação política entre a América latina e a União Europeia. A pesquisa me pro-porcionou um amplo conhecimento da criação, da história e do funcionamento das instituições europeias. A minha proposta de projeto de pes-quisa para o doutorado, cujo foco era o Mercosul, foi aceita na Universidade Livre de Bruxelas-ULB em 2001. O escopo era o estudo do dialogo po-

lítico da primeira associação bi-regional entre o Mercosul e a União Europeia, que começou com a “Cimeira do Rio” em 1999”, disse.

Pode-se dizer que Ixelles é o coração do Brasil na Bélgica, pois é neste bairro que se encon-tram a Embaixada do Brasil, o Consulado Bra-sileiro e a Câmara de Comércio do Brasil. Um bairro simpático e cosmopolita, que abriga 170 nacionalidades diferentes.

“A comunidade de Ixelles tem compatriotas de várias regiões do Brasil e são quase 400 bra-sileiros inscritos para votar no dia14 de outubro próximo. O Brasil e a Bélgica mantêm exce-lentes relações e a visita da presidente Dilma Roussef no ano passado foi muito importante, quando foram abordados assuntos regionais, multilaterais e bilaterais, como a cooperação nas áreas da ciência, tecnologia, inovação, cul-tura e educação”, afirma Pimenta.

“Foram firmados acordos de intercâmbio de estudantes brasileiros em universidades belgas, por meio do programa Ciência Sem Fronteira. Neste quesito eu tenho uma boa notícia: o Em-

baixador da Bélgica no Brasil, Sr. Claude Misson, anunciou que o seu país disponibilizou três mil vagas em Instituições de Ensino Superior para estudantes brasileiros. Por isso, quero colocar--me a disposição do Brasil e dos brasileiros de Ixelles para trabalhar, estudar, orientar e comu-nicar o desenvolvimento dos acordos destas cooperações. Sinceramente, sinto-me segura e preparada para realizar um bom trabalho”, fina-lizou a candidata.

n° 27

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| SAÚDE |

Proteção exagerada dos pais pode causar obesidade nos filhos, diz estudo

Pesquisadores portugueses sugerem que superproteção dos pais gera maior ansiedade nos filhos, o que consequentemente pode levar ao

aumento de peso.Pesquisadores da Universidade do Porto, em

Portugal, concluíram que a proteção exa-gerada dos pais pode provocar maior

ansiedade nos filhos e até mesmo causar obesidade. A explicação

do estudo é que há muitas crianças que buscam dimi-nuir o estresse por meio da alimentação excessiva.

A pesquisa, cujos resul-tados preliminares foram

publicados nesta segunda--feira (23) pela Faculdade de

Medicina da universidade portuguesa, ressalta que estes riscos são maiores entre as meninas, porque elas têm uma maior tendência a canalizar o estresse em transtornos alimentícios.

A atitude superprotetora gera medo e insegu-rança nas crianças e, consequentemente, aumen-ta o cortisol, o hormônio do estresse. Desta forma, cada indivíduo procura uma estratégia diferente para combatê-lo.

“Os dados sugerem que quando existe essa vinculação entre estresse e insegurança, os me-ninos costumam exteriorizar o comportamento, tornando-se mais agressivos, enquanto as meni-nas interiorizam as emoções, comendo”, explicou Inés Pinto, a principal autora do estudo, em um comunicado à imprensa.

A pesquisa advertiu que, principalmente entre as meninas, este comportamento pode levar a do-enças como bulimia e devem ser combatidos com tratamentos psicológicos para corrigir hábitos e atitudes e ensiná-las a lidar com as emoções.

Desta forma, a pesquisa recomenda novos métodos para combater a obesidade infantil, que levem em conta também a saúde mental, sobre-tudo quando se observa uma personalidade intro-vertida aliada ao excesso de peso.

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| SHOW BUSINESS |

“Bad 25” resgata histórias sobre a gravação de um dos discos mais famosos do cantor. Filme traz depoimentos de nomes como Quincy Jo-nes, Martin Scorsese e Wesley Snipes

O cineasta americano Spike Lee apresentou na sexta-feira (31/08), na 69ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, o documentário “Bad 25”, uma verdadeira “carta de amor” do diretor a Michael Jackson por conta do 25º aniversário de lançamento do álbum “Bad”.

O documentário, que é exibido em uma mostra não competitiva, resgata clipes e uma série de imagens de shows do “rei do pop”, todos relacionados com os principais sucessos desse disco, como “Bad”, “The Way You Make Me Feel”, “I Just Can’t Stop Loving You”, “Dirty Diana”, “Smooth Criminal” e “Man In The Mirror”.

“O que Michael Jackson significa para mim está escrito aqui, está incorporado neste docu-mentário. Isto é uma carta de amor a Michael Jackson. Cresci com ele. Na época em que ele fazia parte do Jackson Five, eu queria ser como Michael Jackson. Tinha o cabelo afro, mas não podia cantar e dançar como ele”, afirmou o cineasta durante a apresentação docu-mentário em Veneza.

Com entrevistas da época e outras recentes, Spike Lee, que parti-cipa pela nona vez do Festival de Veneza, dá voz a todos aqueles que colaboraram com Jackson em “Bad”, desde o produtor Quincy Jones até Martin Scorsese e Wesley Snipes, diretor e ator, respectivamente, do clipe da faixa homônima.

Os cantores Mariah Carey, Chris Brown, Kanye West e, inclusive, o jovem Justin Bieber são outras celebridades da música que participam desta homenagem ao falecido “rei do pop”.

“Um dos motivos pelos quais eu queria fazer esse documentário era que, quando a gravadora Sony me ofereceu este projeto, eles queriam que me concentrasse somente na música. Durante muitos anos - eu me incluo - nos concentramos só na música e não em Michael Jackson. Agora, temos que reconhecer o gênio que era”, disse Spike Lee.

Através das inúmeras lembranças que surgiram durante as grava-ções dos clipes e das músicas de “Bad”, Spike Lee constrói um discurso narrativo baseado na peculiaridade e originalidade de Jackson. Neste aspecto, a canção “Man in The Mirror”, que finaliza o documentário, aparece como a trilha sonora de sua morte, ocorrida em 2009.

“’Man in The Mirror’ se transformou em um hino para ele, como quan-do assassinaram a John Lennon, que as pessoas cantavam ‘Imagine’. Quando Michael Jackson morreu, o povo cantava ‘Man in The Mirror’”, disse o cineasta, que ressaltou que até os filhos do cantor estão queren-do ver este documentário para aprender mais sobre o pai.

Além da apresentação de “Bad 25”, Spike Lee também receberá o prêmio “Jaeger-Le Coultre - Gloria ao Cineasta” por ser, segundo a orga-nização do Festival de Veneza, um “espírito criativo e combativo, autor de filmes audazes e mordazes, com frequência imprevisíveis e provoca-tivas no melhor sentido da palavra”.

Spike Lee apresenta documentário sobre Michael Jackson no Festival de Veneza

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| EXPOSIçÃO |

Notre Dame de Paris exiberéplica do Cristo Redentor

Uma réplica do Cristo Redentor está sendo exibida desde 4ª feira (29/8) na entrada da catedral Notre Dame de Paris. Uma exposição também contará a história do famoso monumento carioca

O evento faz parte das festividades dos 80 anos do Cristo Redentor, completados em 12 de outubro do ano passado. A réplica exibida em

Paris – com 3,8 metros de altura por três me-tros de largura – também integra os preparati-vos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que ocorrerá no Rio de Janeiro entre os dias 23 e 28 de julho de 2013. Além da exibição da ré-plica, a exposição “Cristo Redentor para Todos” apresenta um documentário sobre a concepção do monumento.

A obra, inaugurada em 1931, também teve a participação de um escultor francês, Paul Landowski, que realizou maquetes e partes da escultura. Em setembro, ela será realizada em Toronto, no Canadá, e em Tóquio, no Japão.

A última etapa é Maputo, em Moçambique, no dia 10 de outubro. As réplicas do Cristo Re-dentor, realizadas pelo artista plástico Odilon Lima e por artesãos das escolas de samba do Rio, serão doadas às cidades visitadas.

Em 2007, o Cristo Redentor foi eleito uma das sete maravilhas do mundo moderno

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2012| EVENTOS |

Grande festa no Rock Bowling foi destaque pela segunda vez no “Marché Annuel de Jette”

Pelo segundo ano consecutivo, o Rock Bowling mais uma vez chamou a atenção de todos os visitantes que passavam em sua porta em mais

uma edição do “Marché Annuel de Jette”. Como no ano anterior, foi o ponto de concentra-ção de portugueses, brasileiros, belgas e várias outras nacionalidades, pois ninguém resistia em passar sem parar para dançar junto com um grupo animado de pessoas que dançavam

e cantavam, se divertindo com a animação de Jack Bahia e banda que não deixou ninguém parado, colocou todos para dançar.

Além do verdadeiro churrasco variado feito pelo grande chefe de cozinha Tino Teixeira, ha-via também drinks especiais e bifanas. Muito pagode e axé preencheram a agradável tarde da última segunda-feira de agosto dia 27/08 no Rock Bowling. No próximo ano, sempre na última segunda-feira do mês de agosto, tudo se

repetirá. Os proprietários, Manuel e Cristina Tei-xeira, estarão esperando todos novamente de braços abertos em 2013.

“Agradecemos à toda equipe de apoio que esteve presente no evento, que incansavel-mente fizeram o possível para atender bem os nossos amigos e clientes”, finalizou o casal.

As fotos e os vídeos do evento podem ser vistos nos sites www.revistacontato.be e www.rock-bowling.net .

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