contato 135

5
CON A O INFORMATIVO DO SINDINORTE-SC Nº 135 ANO 21 Os trabalhadores da Celesc compareceram em peso à Audiência Pública realizada nes- ta última quarta-feira, dia 08, na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC). Munidos de muita força de luta e união, demonstraram à diretoria da empresa e ao governo do estado que a lógica do sucateamento, o “fazer mais com cada vez menos”, não pode continuar. A audiência, proposta pelo Deputado Estadual Dirceu Dresch (PT), também contou com a presença dos Deputados José Milton Scheffer (PP), Ângela Albino (PC do B), Ana Paula Lima (PT), Moacir Sopelsa (PMDB) e Sargento Soares (PDT) debateu o futuro da empresa e as contradições da tão incensada eficiência que a diretoria prega. Enquanto a empresa fez uma apresentação branda e meramente técnica, com muitos números e discurso batido, os trabalhadores, representados pelas entidades sindicais e pelo representante dos empregados no Conselho de Administração cobraram respeito com a história da Celesc. A campanha violenta que a Celesc vem divulgando, pondo os trabalhadores como culpados de todos os problemas que uma gestão desorganizada e irresponsável ao longo dos anos deixou de herança à Celesc também foi duramente criti- cada pelos trabalhadores. O conselheiro eleito, Jair Maurino Fonseca cobrou do presidente, que o governo do esta- do, acionista majoritário da Celesc, enfrente os minoritários no Conselho de Administra- ção, deixando de lado a postura subserviente com que encaminha as discussões, sempre primando pelo lucro em detrimento da sociedade e dos trabalhadores. TRABALHADORES LOTAM ALESC Delegação do Sindinorte compareceu com mais de 100 celesquianos lutando pela empresa pública Trabalhadores da base do Sindinorte lotaram 3 ônibus e demonstraram força e união em defesa da Celesc Pública e da qualidade do serviço

Upload: paulo-guilherme-horn

Post on 01-Feb-2016

230 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

CONTATO 135

TRANSCRIPT

Page 1: CONTATO 135

CON A OINFORMATIVO DO SINDINORTE-SC Nº 135ANO 21

Os trabalhadores da Celesc compareceram em peso à Audiência Pública realizada nes-ta última quarta-feira, dia 08, na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC). Munidos de muita força de luta e união, demonstraram à diretoria da empresa e ao governo do estado que a lógica do sucateamento, o “fazer mais com cada vez menos”, não pode continuar.A audiência, proposta pelo Deputado Estadual Dirceu Dresch (PT), também contou com a presença dos Deputados José Milton Scheffer (PP), Ângela Albino (PC do B), Ana Paula Lima (PT), Moacir Sopelsa (PMDB) e Sargento Soares (PDT) debateu o futuro da empresa e as contradições da tão incensada eficiência que a diretoria prega.Enquanto a empresa fez uma apresentação branda e meramente técnica, com muitos números e discurso batido, os trabalhadores, representados pelas entidades sindicais e pelo representante dos empregados no Conselho de Administração cobraram respeito com a história da Celesc. A campanha violenta que a Celesc vem divulgando, pondo os trabalhadores como culpados de todos os problemas que uma gestão desorganizada e irresponsável ao longo dos anos deixou de herança à Celesc também foi duramente criti-cada pelos trabalhadores.O conselheiro eleito, Jair Maurino Fonseca cobrou do presidente, que o governo do esta-do, acionista majoritário da Celesc, enfrente os minoritários no Conselho de Administra-ção, deixando de lado a postura subserviente com que encaminha as discussões, sempre primando pelo lucro em detrimento da sociedade e dos trabalhadores.

TRABALHADORES LOTAM ALESCDelegação do Sindinorte compareceu com mais de 100 celesquianos lutando pela empresa pública

Trabalhadores da base do Sindinorte lotaram 3 ônibus e demonstraram força e união em defesa da Celesc Pública e da qualidade do serviço

Page 2: CONTATO 135

O Sindinorte, assim como as demais entida-des sindicais que compõem a Intercel cobra-ram da Diretoria a eficiência na gestão com a contratação de trabalhadores e a responsa-bilidade do governo na manutenção de uma Celesc Pública, forte e que atenda as deman-das da população catarinense. A principal ma-nifestação foi pela recomposição do quadro de pessoal próprio da empresa, garantindo condições para atender a sociedade com ex-celência, sem explorar os trabalhadores com jornadas excessivas que aumentam o risco de acidentes e doenças do trabalho.O diretor do Sindinorte, Leandro Nunes da Sil-va ressaltou a postura dos sindicatos em debater a gestão da Celesc com ações propositivas e lembrou que o quantitativo ofertado pela Celesc para eletricistas no concurso público é inferior à real necessidade da empresa, conforme definido no GT da Força de trabalho, que aferiu a neces-sidade de 260 eletricistas para recompor o quadro de pessoal de forma a eliminar a terceirização e garantir a qualidade dos serviços. “Nós temos um estudo técnico que diz que temos que con-tratar 260 eletricistas. Nós temos um estudo de viabilidade econômica que esses 260 eletricistas diminuem inclusive custo de pessoal. Olha só, prestem atenção! Eu vou contratar mais pessoas e reduzir a folha. O custo de hora extra de um funcionário em final de carreira dá para 3 funcio-nários novos. Mas o que acontece? O conselho, sem o menor tato, sem a menor comoção com nossa sociedade, com os nossos trabalhadores diz que tem que ser apenas um percentual desse número”, afirmou Leandro, retomando a crítica à postura do governo em relação aos acionistas minoritários. Leandro ainda cobrou que a redução de custos comece pela própria diretoria: nós precisamos mesmo de 9 diretorias? Precisamos de todos esses assessores externos dentro da nossa empresa?”Ao final da audiência, com a manifestação maciça dos trabalhadores o presidente da Celesc ou-viu ainda o desabafo de um trabalhador: “NA MINHA CASA QUEM PAGA AS CONTAS É O PAI E A MÃE, NÃO OS FILHOS”. Parece engraçado, mas esse é o trágico sentimento do celesquiano. Enquanto o pai governo do estado faz dívidas, quem paga são os trabalhadores.O Representante dos trabalhadores no Conselho de Administração ainda proferiu a última críti-ca. Enquanto os trabalhadores buscam o debate com o governo, este se esconde. A prova disso é a ausência de todos os deputados do partido do governo na audiência e a recusa do próprio governador em receber os sindicatos para debater o futuro da Celesc.A participação efetiva dos trabalhadores nesta audiência é a demonstração de força e união em defesa da Celesc. Temos um longo e árduo caminho pela frente, mas unidos conquistaremos a reestruturação da Celesc Pública com trabalhadores próprios e livre da terceirização. O SINDI-NORTE PARABENIZA A TODOS QUE PARTICIPARAM DA LUTA!

Ocorreu ontem, dia 09 de maio, reunião entre os Operadores de Subestação, Diri-gentes dos Sindicatos da Intercel e Dire-toria da APOUs. Os Operadores da base do Sindinorte estiveram presentes no debate e deliberaram sobre os encaminhamentos a serem seguidos pela Intercel e a pos-tura dos sindicatos na negociação com a Diretoria da Celesc.

O GT da Força de trabalho do Atendimento Comercial finalizou os trabalhos nesta ma-nhã e deverá, em breve, entregar o relató-rio ao Diretor Comercial, Eduardo Cesconeto. O grupo recomendará a contratação de 235 atendentes com carga horária de trabalho de 4 horas. Os próximos passos serão acompa-nhados pela Intercel e pelo representante dos empregados no Conselho de Administração.

NOTAS

Page 3: CONTATO 135

A (I)LÓGICA DAS CHEFIASO mantra do presidente parece que atingiu em cheio a cabeça das chefias na Celesc. A redução de custos promovida pela Direto-ria, no entanto, vai de encontro com a própria ideia de uma Ce-lesc eficiente.A conta é básica. Temos um esta-do que cresce exponencialmente e uma diretoria que acredita na redução do quadro de pessoal como forma de “reduzir os gas-

tos”. Sendo assim, com cada vez menos trabalhadores para atender cada vez mais consu-midores, uma enormidade de horas-extras são necessárias para atender a sociedade. Uma coisa deve ficar clara: o Sindinorte nunca defendeu a realização de horas-extras, pois consi-dera que estas devem ser uma eventualidade, resguardando a saúde do trabalhador e o seu direito constitucional ao lazer.Entretanto, não podemos aceitar que horas-extras realizadas não sejam pagas aos traba-lhadores. Também não podemos aceitar que a sociedade catarinense tenha o atendimento prejudicado pela medida administrativa irresponsável. E não podemos aceitar que essa res-ponsabilidade seja delegada aos próprios trabalhadores.Em comunicado enviado aos empregados, a Celesc afirma que “não será permitido sob hipótese alguma o “excesso do excesso das 40 hs extras”, devendo cada empre-gado e os respectivos chefes, formais/informais, controlarem o quantitativo para que não haja a ultrapassagem”. O comunicado também especifica que “ao se atingir o limite das 40 horas o empregado deverá comunicar sua chefia da impossibilidade de atender solicitação de qualquer tipo de serviço, inclusive se alguma contingên-cia ocorrer, fato esse caso ocorra, será levado ao conhecimento do presidente, para autorização”.Entenderam? De agora em diante, se uma equipe de manutenção tiver ultrapassado as 40 horas mensais e houver um albarroamento de madrugada, o despachante então deverá li-gar para o presidente, já que ele é que precisa autorizar a equipe a trabalhar! É lamentável que com uma postura destas a Celesc ignore a grande virtude de uma empresa pública: a responsabilidade social.Com o quadro reduzido da Celesc não há possibilidade de atender a sociedade sem realizar horas extras. Em joinville, os trabalhadores da emergência (que deveria ter um quadro de 26 eletricistas e trabalha hoje com 12) não conseguem dar conta da demanda sem ultrapas-sar esta limitação. Para os trabalhadores da área técnica e da comercial, que compõem as turmas de sobreaviso, a limitação de 40 horas vai desmontar equipes e deixar a sociedade desamparada.A única forma de reduzir gastos e manter a qualidade do serviço prestado a sociedade é contratando mais trabalhadores. Desta forma, a hora-extra deixa de ser uma habitualidade, o trabalhador tem qualidade de trabalho, saúde e segurança e a empresa, além de cumprir seu papel como empresa pública, economiza.Enquanto a Celesc perde tempo com tentativas fracassadas de gerir horas extras para “faz-er mais com menos”, deveria se preocupar em contratar o quantitativo de trabalhadores definidos nos GT´s da Força de Trabalho dos eletricistas, técnicos e atendentes comerciais, recompondo seu quadro, atendendo a sociedade e acabando com a terceirização, conforme recomenda o Ministério Público do Trabalho.

Page 4: CONTATO 135

VEREADORES DE SÃO FRANCISCO DO SUL DEFENDEM CELESC PÚBLICA!

No dia 02 de maio a Câmara de Vereado-res de São Francisco do Sul aprovou moção em defesa da manutenção da Celesc Publi-ca e da realização de concurso público para a recomposição do quadro de empregados próprios da Celesc, entre outras reivindicações dos celesquianos. A audiência foi proposta pelo vereador Salvador (PSB) e contou coma presença dos diretores do Sindinorte Dirceu Simas, Leandro Nunes, João Maciel e Pedro Simão, que deba-teram com os vereadores a realidade da empresa e os problemas enfrentados pela população e pelos trabalhadores com a falta de empregados para a realização das tarefas básicas ao bom atendimento à população e a crescente terceirização nas atividades fins da Celesc, causa do aumento da precariza-ção do serviço prestado a sociedade.Após mais de 02 horas de debate com os

representantes do povo de São Francisco do Sul, a moção foi aprovada por unanimidade e deu continuidade ao trabalho do Sindinor-te de democratizar o debate sobre o futuro da empresa, incluindo todas as câmaras de

vereadores da região norte de Santa Catarina. São Francis-co do Sul se junta a Joinville, que já tinha aprovado moção semelhante no último mês, e a Jaraguá do Sul e Schroe-der que abrirão espaço para a presença do Sindinorte na próxima semana. O vereador Salvador também participou da Audiência Pública na Alesc, sustentanto a posição retira-

da na Câmara de Vereadores em defesa da Celesc Pública e da contratação de trabalha-dores próprios. Reforçamos o pedido a to-dos os empregados que ajudem o sindicato a viabilizar esse debate na câmara de verea-dores da sua cidade. A sociedade agradece!

A Audiência Pública debateu os problemas

enfrentados pela população e pelos

trabalhadores com a falta de empregados para a realização das

tarefas básicas ao bom atendimento à população

Compareça: Jaraguá do Sul, dia 14 de maio as 18h00min.

EXPEDIENTEEmail: [email protected]

DIRETORES RESPONSÁVEIS:Dirceu Simas, Leandro Nunes, João Roberto Maciel e Wanderlei Lenartowicz

Jornalista Responsável: Paulo G. Horn SRTE/SC 3489

Page 5: CONTATO 135

MANIFESTAÇÃO NA ELETROSUL SUSPENDE ALTERAÇÕES ESTATUTÁRIAS

Dirigentes sindicais do Sindinorte participaram ativamente na tarde de 29 de abril de 2013, do ato convocado pelos sindicatos que compõem a Intersul, na sede da Eletrosul. O ato se ini-ciou com uma grande concentração de empre-gados, com a presença dos representantes dos trabalhadores no Conselho de Administração, Dino Gilioli e Wanderlei Lenartowicz, que a con-vite dos sindicatos, falaram sobre as mudanças estatutárias que seriam aprovadas na Assem-bleia Geral Extraordinária da Eletrosul (AGE), convocada exclusivamente para esta finalida-de. A AGE estava prevista para ocorrer naquele mesmo dia (29/04), às 15hs, no mesmo local da Assembleia Geral Ordinária (AGO).

A manifestação impediu a realização da AGE com as mudan-ças estatutárias propostas pela Eletrobras que trariam pre-juízos aos trabalhadores e à própria empresa. Os benefícios sociais, e o cumprimento dos acordos de PLR estariam amea-çados pela nova redação do estatuto proposto. As alterações estavam sendo propostas sem que tenham sido debatidas sequer no âmbito do Conselho de Administração, e muito menos os trabalhadores tiveram acesso a qualquer informa-ção sobre os impactos das mudanças estatutárias na gestão da empresa e na relação com os empregados.

Apesar das repetidas solicitações por parte do representante da Eletrosul, para que os trabalha-dores e representantes sindicais se retirassem do local, eles decidiram permanecer até obter uma resposta concreta ao pedido feito pela Federação Nacional dos Urbanitários – FNU e sindicatos/In-tersul. Após acaloradas discussões se retiraram da sala de reuniões o representante indicado pela Eletrobras na AGE, juntamente com os demais representantes da Eletrosul, para fazer contato com a Holding e solicitar orientação. No retorno os manifestantes foram informados de que a empre-sa concordava em inverter a ordem do dia, para dar sequencia a AGO, e que o encaminhamento para a AGE seria definido pelos acionistas na própria Assembleia. Os manifestantes concordaram com este encaminhamento, se retiraram da sala de reuniões, mas permaneceram em vigília do lado de fora, até que fosse definido o encaminhamento para a AGE. Durante a vigília, a Eletrosul providenciou seguranças armados nas portas da sala de reuniões, numa tentativa de intimidar a manifestação, mas nem mesmo isso dispersou os participantes que lá permaneceram até que se encerrou a AGO. Logo em seguida chegou até os manifestantes a informação de que o ponto de pauta referente a reformulação do estatuto foi retirado por determinação da direção da Eletrobras.A forte mobilização dos trabalhadores foi o fator principal para esta grande vitória. Mesmo que temporária, a suspensão da votação das mudanças estatutárias na AGE possibilita que as repre-sentações dos trabalhadores busquem os mecanismos para defender o interesse dos empregados neste processo de alteração dos estatutos. A participação ativa dos dirigentes sindicais da Intersul e da Intercel deu importante sustentação ao movimento dos trabalhadores.