revista b2l corporate 3

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NOVAS ONDAS Brasil vira porto-seguro para Espanha e Portugal HORA DE AGIR Movimente o seu mundo empresarial WWW.B2LAW.COM.BR EDIÇÃO 03 FEVEREIRO/2012 REALIDADE Como a lei da troca chegou ao agronegócio

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Revista B2L Corpotate 3 Fevereiro 2012

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Page 1: Revista B2L Corporate 3

NOVAS ONDASBrasil vira porto-seguropara Espanha e Portugal

HORA DE AGIRMovimente o seu mundo empresarial

WWW.B2LAW.COM.BREDIÇÃO 03

FEVEREIRO/2012

REALIDADEComo a lei da troca chegou ao agronegócio chegou ao agronegócio

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AO LEITOR

EXPEDIENTE

Desafio finalAo alcançar R$ 40 bilhões em faturamento, o transporte rodoviário representa 15% do PIB do Brasil, com mais de 70 mil empresas envolvidas e 3 milhões de empregos gerados. Setor movimenta 2/3 do total de cargas do País e pelas estradas, transportam-se riquezas, alimentos, insumos e tecnologia.

O gigantismo contrasta com as condições das rodovias brasileiras, que elevam em 24,8%, em média, os custos operacionais das empresas. Outro ponto vem do próprio perfil do setor: alto grau de informalidade.

Sobre trilhos, vemos a força do investimento privado frente ao marasmo das políticas públicas ao longo das décadas. De 1997 a 2010, R$ 24 bilhões foram investidos pelas concessio-nárias no setor ferroviário. Valor da união no período foi de R$ 1,3 bilhão.

O Brasil “insiste” nas boas notícias: 2012 será o ano que os portos brasileiros deverão movimentar, pela primeira vez, um bilhão de toneladas em cargas. E R$ 20 bilhões é o faturamen-to do comércio virtual no ano passado. Modal aéreo repre-senta principal meio para o avanço do e-commerce no País.

Os modais de transporte representam as escolhas de uma nação. Destinada ao eterno País do futuro ou líder do agora, a logística representa ponto fundamental para apenas uma opção: coadjuvante ou protagonista mundial.

Em reportagem especial, por todo o País ouvimos empresas médias e gigantes com uma única pergunta: como é possível vencer, na logística, o chamado “custo Brasil”?

Soluções em terminais, diferentes modais, investimentos de Norte a Sul, estatísticas completas, erros, avanços e gargalos chegaram. Expoentes do setor abriram dados, frota, fatura-mento, cases de sucesso e revelam marcantes caminhos de superação. Como as empresas aqui descritas, fazemos o mesmo convite. A casa é sua.

Sucesso a todos.

CEO: Presidente do Conselho:Rodrigo Bertozzi Rubens Serra

Sócios:Adriano Mezzomo, André de Vasconcellos Chaves, André Elali, Bruno Coêlho da Silveira, Carlos Colenci, Dalci Mesquita, Daniel Glomb, Danny Fabrício Cabral Gomes, Edson Antônio Sousa Pinto, Emilia Azevedo da Silva, Euclides Ribeiro S Junior, Ezequiel de Melo Campos Netto, Felipe Lollato, Felipe Oliveira, Francisco Rangel Effting, Gustavo Augusto Hanum Sardinha, Helder Nascimento, Ilson Cherubim, José Alcântara Matos Filho, José Henrique Reis de Azeredo, Lara Selem, Luciana Farias, Luiz Guilherme de Melo Lopes, Marcos André Bruxel Saes, Marina Emilia Baruffi Valente Baggio, Mauro Moreira de Oliveira Freitas, Osmar Alves da Silva, Patrícia Brum, Raul Astutti Delgado, Ricardo Barros Brum, Ricardo Becker, Rodrigo Luiz Chaves de Sousa Santos, Telmo Barros Calheiros Júnior, Tito Eduardo Valente do Couto, Ulisses César Martins de Sousa, Wilson Furtado Roberto, Wilton dos Santos Mello Júnior.

Direção Executiva:Luciana Farias

Direção Editorial: Alessandro Manfredini

Direção de Arte: Marcel Bozza

Design: Caio Savaris

Direção Comercial:Sergio Escaleira

Redação:Alessandro Manfredini Ana ZottoPara notícias, informações e sugestões de pautas: [email protected] | [email protected]: (41) 8867-8286 (41) 9688-2565

Publicidade:Sergio EscaleiraPara anunciar e informações: [email protected]: (41) 9656-0186

b2law.com.br/revistacorporateSiga B2L no facebookSiga B2L no twitter@b2law

Alessandro ManfrediniDiretor Editorial

Page 3: Revista B2L Corporate 3

Sumário

6

CAPA

ARTIGO B2L

TuRIsmO

sEÇÕEs

EsPAnhA EPORTuGAL

APOsTARnO BEm

Em reportagem especial, veja como as empresas venceram os desafios da logística

Realidades do Agronegócio

Parcerias de sucesso trazem mudanças sociais

E-commerce no turismo está decolando

Case de SucessoCase de Sucesso

Saúde Empresarial Saúde Empresarial

EmpreendedorasEmpreendedoras

Em tempos de crise, olho vivo no Brasil

4

272829

3030

12

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É HORA DE AGIR

oos corajosos podem não s corajosos podem não vivviver para sempre, mas os er para sempre, mas os cautelosos nem chegam a viver de verdade.

richard Branson

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Arquimedes

Com A PALAVrA

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Como Arquimedes - matemático, físico, inventor e engenheiro grego - costumava afirmar, dêem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu movimento o mundo. A economia pode estar em crescimento lento mas, segundo previsões nas quais aposto, va-mos acelerar no terceiro trimestre.

RODRIGO BERTOZZI

CEO da B2L e autor de 13 livros, entre eles: “Revolution Marketing entre eles: “Revolution Marketing entre eles: “Place”, “Um Futuro Perfeito” e “A Reinvenção da Advocacia”.

Segundo Tom Kelley, autor do livro as “10 faces da Inova-ção”, os projetos de inovação certos, nos momentos certos, são capazes de desencadear movimentos em toda a organiza-ção, deflagrando uma cultura de inovação que assume iden-tidade própria. Por conta disto, não mate jovens talentos por questões de ego. Deixe as ideias voarem livres e aplique a racio-nalidade que coabitam as veias de um empreendedor nato.

É a hora de agir como líder e visionário. Seja em qual fase sua em-presa se encontra, tenha a certeza de novos ciclos de prosperi-dade. Contrate consultorias especializadas, aprimore o conhe-cimento dos funcionários, e, principalmente, deixe a inovação transpirar em cada metro quadrado da empresa.

Chegou a hora! Ao olhar-se no espelho, espero que a figura que surja seja a de Arquimedes. Esta é a alavanca de empreendedores como você. Cada vez mais é fundamental observar e atuar em um mercado em constante ebulição. E o ponto de apoio é o contexto econômico.

Somadas ao poder de inovar, como será possível não movimentar o mundo, o seu irresistível e inegável mundo empresarial?

oo empresário inovador é empresário inovador é mais que um solucionador

de problemas reativo, é um visionário que cria

mentalmente saídas únicas para seus funcionários, clientes e fornecedores.

Ele não se limita na busca do possível. Ele quer o do possível. Ele quer o

impossível.

Campo perfeito para atuação de empresários corajosos e inovadores Segundo o The Economist, a inovação é reconhecida como o in-grediente em si mais importante em qualquer economia. Inovar é a resposta aos anseios mais profundos na busca pelo equilíbrio da empresa a longo prazo. Sem olhar para o futuro, seu negócio tende a retroagir, impedindo que a imaginação e as ideias sejam o verdadeiro motor das mudanças.

A cada modificação do tecido social, econômico, político e cul-tural, os empreendedores devem contar com a identificação de oportunidades. Qual o ator mais importante no gigantesco pal-co econômico? É o empreendedor, você, quem possui o poder de atrair negócios, pessoas, recursos financeiros e domínio para criar. Você é a alavanca de Arquimedes que desenvolve ideias, eventos, projetos e pesquisas.

Inovar significa deixar a lógica de atender a um mercado e sim-plesmente criar um mercado novo. Sim, focar em criar algo novo. Seja em formas ousadas de buscar recursos, sócios ou mentes criativas.

Em seis meses até a progressão do PIB, é hora de agir Campina Grande, na Paraíba, detém um polo de empresas de software de grande importância estratégica. O porto de Suape, em Pernambuco, vem sendo “invadido” por empresas nacionais e estrangeiras. São exemplos de indústrias se instalando, sindicatos patronais fortalecidos, crescimento em números de empregos. Para onde olhamos existe uma forte movimentação rumo ao desenvolvimento, embalado por milhões de brasileiros.

até a progressão do PIB, é hora de

Campina Grande, na Paraíba, detém um polo de empresas

de grande im-portância estratégica. O porto de Suape, em Pernambuco, vem sendo “invadido” por empresas nacionais e estrangeiras. São exemplos de indústrias se ins-talando, sindicatos patronais fortalecidos, crescimento em números de empregos. Para onde olhamos existe uma forte movimentação rumo ao desenvolvimento, embalado por milhões de

fevereiro 2012 3

Com A PALAVrA

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NEGÓCioS

Com US$ 20 milhões investidos para desenvolvimento tecno-lógico, a Decolar.com segue firme aprimorando plataformas para a venda online de passagens aéreas, hospedagem e pa-cotes turísticos, incluindo cruzeiros. Líder entre as agências de viagens da América Latina e com operação em 12 países da região, a companhia não foge à regra quando o assunto é Bra-sil. “Liderando todas as inovações, o Brasil se consolida como o principal motor de crescimento multinacional de serviços turísticos”, diz o CEO da empresa, Alípio Camanzano.

Multinacional de origem argentina, só em 2011, o número de funcionários no Brasil dobrou, aproximando-se à marca de mil. Os planos mais próximos incluem o mapeamento de todos os hotéis nacionais. “Em 2012, queremos estar entre os três maiores vendedores de pacotes do Brasil”. No ano passado, a empresa consolidou a liderança na emissão de passagens in-ternacionais.

Para saciar o mercado ávido no e-commerce, pelo portal é

mercado brasileiro já é principal alvo para ercado brasileiro já é principal alvo para e-commerce no turismo

possível reservar e comprar viagens em tempo real, a partir de uma ampla rede formada por mais de 750 companhias aéreas, 200 cruzeiros marítimos, 150 mil hotéis, 70 locadoras de veícu-los e milhares de pacotes turísticos nacionais e internacionais.

Pioneira em seu segmento de atuação, a Decolar.com também vem se destacando por sua agressiva estratégia de marketing. Além das tradicionais ações digitais comuns entre as empresas de comércio eletrônico, a agência deverá se manter como a maior anunciante do setor em TV aberta do País em 2012.

PerfilEm dezembro passado, Buenos Aires liderou a preferência de brasileiros, colombianos e peruanos entre os destinos Top 5 desenvolvido pela empresa. Curiosidade foi para São Paulo - índice revelou o alto volume de brasileiros que retornou ao País, via aeroporto de Guarulhos, para as festas de fim de ano. Já o Rio de Janeiro foi escolhido pela maioria dos chilenos.

Brasil

Buenos Aires

miami

Nova York

orlando

São Paulo

Argentina

miami

Nova York

Lima

Bogotá

Santiago

méxico

Cancún

Los Angeles

miami

Nova York

Las Vegas

Chile

rio de Janeiro

Buenos Aires

Punta del Leste

Lima

Punta Cana

Colômbia

Buenos Aires

miami

orlando

Nova York

Panamá

Peru

Buenos Aires

miami

Santiago

Nova York

São Paulo

ProNto PAPAPAPAPAPADEcOlAR

fevereiro 20124

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NEGÓCioS

CrescimentoNo B2C, a Decolar.com está entre os prinB2C, a Decolar.com está entre os prinB2C -cipais canais comerciais também para voos domésticos. “Os resultados inte-gram um histórico de crescimento. Nossa vitória começou há mais de uma década,

CarnavalEntre os dez destinos preferidos dos turis-tas brasileiros para passar o Carnaval deste ano, sete são nacionais, segundo aponta pesquisa da Decolar.com. O Rio de Janeiro ocupou a primeira posição do ranking, se-guido por Salvador e Buenos Aires. Com-pletam a lista Recife, São Paulo, Florianó-polis, Vitória, Fortaleza, Nova York e Miami.

Novos voosCom os brasileiros viajando cada vez mais para o exterior, o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) continua sendo o único que atende a todas as companhias aéreas internacionais com voos diretos. Mas essa realidade começa a mudar. O Rio de Janeiro vem ampliando o número de voos interna-cionais diretos e desde 2011, o Galeão con-tou com volta da Alitalia, novos voos da Bri-tish Airways e a estreia da Emirates Airlines e da Lufthansa. A descentralização vai além.

“O Brasil é imenso e as companhias aéreas estão atentas a regiões e Estados impor-estão atentas a regiões e Estados impor-estão atentas a regiões e Estados importantes”, diz Camanzano. Dentro deste ce-nário, o executivo exemplifica a Pluna, em

Belo Horizonte, com voos para Montevi-déu, Buenos Aires e Santiago; ampliações de cidades de origem da TAP, chegando a Campinas e Porto Alegre; voos diretos da Iberia partindo de importantes capitais do Nordeste; Delta já opera em Belo Horizon-te e Brasília; Lan tem voo de Foz do Iguaçu para Lima, e de Brasília para a California, en-tre outros.

Ele esclarece que o fortalecimento da economia e o poder de compra dos bra-sileiros impulsionam o turismo no País e as companhias internacionais estão implan-tando novos voos para atender à crescen-te demanda.

quando o mercado ainda não conseguia imaginar a força que teria o e-commerce”, recorda o empresário. Em 12 anos, a inter-net amadureceu e as operações online ga-nharam proporções gigantescas.

Queremos estar entre os Queremos estar entre os três maiores vendedores de três maiores vendedores de

pacotes do Brasil

CEO da Decolar.com, Alípio Camanzano

Empresa investe em marketing agressivo para

atrair consumidores

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EuroPA

Com a propriedade de segundo maior investidor, mais de 300 empresas instala-das em território nacional e outras duas mil empresas interessadas em aportar no País, ventos espanhóis não param de soprar. Don Vicente Quintá Alfaya, presi-dente da Colônia Espanhola no Estado do Rio de Janeiro e membro da Federação de Empresários Galegos no Exterior (Fe-gaex), reforça: ao contrário dos primeiros investimentos marcados por grandes empresas, surge agora o investidor de pequeno porte. “Na era das privatizações brasileiras na década de 90, foi a vez da Telefonica, Repsol e Santander. Hoje, são as prestadoras de serviços e empresas do segmento da pesca, tecnologia, turismo e infraestrutura” .

Alfaya pondera que a Europa passa por um momento delicado, mas as empresas precisam buscar novos mercados. “O Brasil é prioridade”. Entre os entraves,

Brasil vira porto-seguro para Espanha e Portugal

É tEmPo DE nOvOvO AvAv s As A OnDAsDAsDA

Balança Comercial Brasil 2011 Exportações

• União EuropeiaUS$ 53 bilhões + 22,7%

• EspanhaUS$ 4,7 bilhões + 20,9%

• PortugalUS$ 2,1 bilhões + 36,3%

Interesses Espanha• Commodities,

agrobusiness,

mineração e petróleo

• Infraestrutura

• Habitação

• Produtos de incremento

do consumo interno

Interesses Portugal• Hotelaria

• Telecomunicações

(Oi – Portugal Telecom)

• Energia (EDP)

• Cimenteira (Cimpor)

• Distribuição de bens alimentares

• Construção civil, engenharia e arquitetura

nossas velhas conhecidas como carga tributária, custos trabalhistas, além da falta de segurança referente à legislação brasileira, “que nem sempre é clara e está em constante mudança”, observa. Sobre a crise do Euro, o presidente é enfático: “a Europa precisa e vai superar. O Brasil é a bola da vez e pode se tornar a quarta economia mundial se souber aproveitar a oportunidade”.

De nação atrasada, a Espanha emergiu por profundas reformas e bilhões inje-tados para a entrada na União Europeia. Expostas à competição internacional, as empresas foram modernizadas até o pon-to onde as dimensões do País ficaram pe-quenas para o capitalismo local.

PotencialidadesEm 2002, a fabricante espanhola de equi-pamentos para impressão de embalagensflexíveis para a indústria, Comexi, chegou

a Montenegro (RS) para potencializar a presença no País e na América Latina. A implantação no Brasil nunca foi vista como uma procura de oportunidades a curto prazo. O fator estratégico foi o po-tencial de crescimento, além do sucesso das políticas de estabilização da econo-mia. “Porém, não imaginávamos que a evolução da empresa fosse tão positiva”, afirma o diretor geral da América do Sul, Victor Llebot.

A chegada ocorreu sem parceria com companhias brasileiras. “Isso tem um cus-to. As peculiaridades do Brasil fazem com que o processo de aprendizagem tome tempo e a penetração no mercado acon-teça mais devagar. No nosso caso, priori-zamos independência à rapidez”. Conso-lidados, Llebot confirma que o potencial de crescimento do Brasil, aliado à crise do Euro, está obrigando pequenos e médios empresários espanhóis a procurar opor-tunidades fora da Europa.

fevereiro 20126

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EuroPA

Negócios no mesmo idioma

PORTUGAl“Vemos a crise do Euro mais como mudança de paradigmas no cenário econômico do que como uma crise sem fim. É “Vemos a crise do Euro mais como mudança de paradigmas no cenário econômico do que como uma crise sem fim. É “Vemos a crise do Euro mais como mudança de paradigmas

tempo de redefinição do papel do Estado na economia”. Com estas palavras, o presidente da Câmara de Comércio Brasil – Portugal no Rio Grande do Sul (CCBP/RS), Paulo Fer-reira, falou à B2L sobre o que esperar da atual economia eu-ropeia. Para ele, nos momentos de crise surgem as melhores oportunidades para investimentos e desenvolvimento de negócios.

Embora considere a crise como a mais grave da Europa, um processo natural de mudanças chegou a Portugal. Existe um forte processo de privatizações - período propício às médias empresas brasileiras. “É preciso criar um perfil do empresáforte processo de privatizações - período propício às médias empresas brasileiras. “É preciso criar um perfil do empresáforte processo de privatizações - período propício às médias

-rio brasileiro global, com uma visão de projetos de longo pra-zo. Por outro lado, existe um fluxo grande de investimentos no Brasil, aproveitando o crescimento econômico.”

Idioma aliadoSegundo Ferreira, um fator ainda não foi percebido pelos empresários brasileiros. Trata-se da capilaridade da língua portuguesa, falada em diversos países. “Os empresários não se deram conta disso, do grande facilitador para o desenvol-vimento de negócios em âmbito mundial. Somos mais de 300 milhões de pessoas falando português no mundo”.

O presidente aponta um fluxo de capital vindo da Europa para o Brasil em áreas como infraestrutura, energias reno-váveis e telecomunicações. Há muito interesse dos portu-gueses, mas pouco conhecimento, gerando incertezas nos negócios. “Aí entra o papel das Câmaras, no sentido de sanar dúvidas. Quando os empresários procuram uma Câmara de Comércio recebem orientações sobre todos os mecanis-mos tributários de um País”.

Timing de decisãoTiming de decisãoTimingUm exemplo de parceria Portugal-Brasil vem da Endutex, de Três Coroas (RS), que produz sintéticos laminados. Das van-tagens em desenvolver negócios com as empresas brasilei-ras, o diretor geral, José Ricardo Machado de Abreu Pinto, cita volume, exigência de agilidade de entrega e negociação, além de timing de decisão rápido. Sobre a busca de investi timing de decisão rápido. Sobre a busca de investi timing -mentos por parte dos europeus, o empresário ressalta que a motivação essencialmente parte da necessidade de di-versificar e transferir parte dos negócios para um mercado emergente e, dessa forma, não depender tanto do mercado europeu, que está saturado de oferta e cristalizado no cres-cimento.

Entre os Estados com maior concentração de empresas portuguesas, Machado enumera Ceará, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e desta-ques para São Paulo e Rio Grande do Sul. “Na área alimentar – distribuição de bacalhau e azeite – as empresas portuguesas são líderes de mercado”.

Comexi. Desde 2007, a empresa no Brasil representa entre 25 e 30% do total do negócio do grupo

Endutex Brasil. Empresa espera alta de 10% no faturamento em 2012

fevereiro 2012 7

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O EscAmbO E O AGroNEGÓCio nO bRAsIlVocê sabe quanto custa um hectare de terra em Campos de Júlio (MT)?

Se você pensou em R$ X errou. O preço de um hectare de terra nesta região é 120 sacas de soja, isto mesmo, a saca de soja é utilizada como moeda em várias regiões do País.

Imagine como é a vida de um agricultor. Ele precisa planejar todo o seu custeio agrícola pensando que cada hectare em média vai produzir 50 sacas de soja. Co-nhece o preço da saca em sua região na época do plantio e a cotação do preço futuro nas bolsas. Já o real preço na época da colheita é uma incógnita.

O agricultor precisa comprar sementes, fertilizantes, defensivos, óleo diesel e pagar

as despesas operacionais como salários dos funcionários, impostos, etc. Normal-mente com preços em R$. A grande maioria dos agricultores quer sejam grandes, mé-dios ou pequenos, não tem disponibilidade de capital para comprar insumos e pagar despesas sem um financiamento.

A soja tem o seu valor cotado diariamente pela bolsa de Chicago (CBOT) e dali sai a derivação para todo o mundo, ou seja, os preços normalmente são calculados por região com base na bolsa de Chicago, adi-cionados ou subtraídos de um valor. Este valor é chamado de prêmio, que será cal-culado sobre quanto é gasto para se levar o produto ao porto mais próximo.

Além do valor da bolsa ser volátil, pois so-fre influência do clima, do volume da safra,

entre outras variáveis, é sempre dimen-sionado em dólar.

Quando se inicia o plantio, o produtor corre dois riscos econômicos básicos: o valor da soja na época da colheita e o câm-bio, isto sem falar no clima, volume total da safra e preços dos insumos.

O ciclo de plantio da soja (tempo entre o plantio e a colheita) leva em média 180 dias. Existem várias espécies, algumas mais pre-coces, que têm um ciclo de 70 dias, e as de ciclo mais longos, de até 200 dias.

Se o produtor fosse comprar tudo à vista e vender a produção somente na colheita, ele precisaria investir o seu dinheiro nesse período e receber o valor da sua produ-ção somente após a colheita.

fevereiro 20128

ArtiGo B2L

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pelos seus produtos, também assumem o risco das variações do câmbio e do valor da commodity. A exposição a esse ris-co deve ser administrada com toda a atenção possível. Nor-malmente quando se assina um pedido, o valor base da soja fica protegido por um contrato de hedge na BM&F ou CBOT (Chicago), sendo somente encerrado quando as sacas forem vendidas com um contrato de venda futura para as grandes tradings passando esse risco para as mesmas.

O agronegócio no Brasil, embora tenha uma participação ex-pressiva nas exportações e no PIB, ainda não tem uma ferra-menta de financiamento que atenda todas as suas necessida-des. O crédito agrícola oficial não é suficiente e as indústrias de insumos normalmente assumem o papel de financiadores para poder vender os seus produtos.

O mercado financeiro, em geral, por não entender esses mecanismos e por temer os riscos, não está presente como poderia nesse mercado. Existem muitas oportunidades não exploradas.

OsmaR aLvEs Da sILva

Especialista e Sócio B2L.

Percebendo as dificuldades dos agricultores, os fornece-dores, principalmente as grandes indústrias de insumos, de-senvolveram uma ferramenta de financiamento para barter, praticamente voltando ao escambo. O agricultor tem clara-mente a visão de quantas sacas produz por hectare e quan-tas sacas são gastas para o custeio da produção. É comum as empresas terem listas de preços em três moedas: Real, Dólar e Sacas. Isto mesmo!

Embora a nossa moeda seja o Real e a lei brasileira proíba tran-sações em moedas estrangeiras, em determinadas regiões, somente se consegue vender insumos se você vender em Dó-lar. Como isto é possível?

É emitida uma nota fiscal em reais no momento da venda, mas o agricultor e vendedor assinam um contrato, onde acordam que o pagamento será X dólares convertidos pela taxa do câmbio na data do vencimento. É emitida uma nota comple-mentar de preço ou nota de crédito para ajustar a contabili-dade. Embora este contrato não tenha valor legal, é respeita-do pelos compradores.

Em toda a minha vida profissional neste mercado observei pouquíssimos casos em que esse contrato não foi respeitado pelos agricultores, assim mesmo somente em grandes crises, quer sejam cambiais ou do valor da soja.

Voltamos ao barter. Muitas empresas montaram departa-mentos inteiros somente para administrar este tipo de ope-ração: troca de produtos pela produção dos agricultores. A partir do momento que aceitam uma quantidade de sacas

Como o produtor está mitigando este risco hoje:

1

2

3

Vendendo parte da sua produção no mercado de futuros;

Comprando insumos com financiamento, prazo e safra, praticado pela maioria dos fornecedores destes insumos;

Fazendo barter (troca).

fevereiro 2012 9

ArtiGo B2L

Page 12: Revista B2L Corporate 3

Ao longo de 2011, nossos sócios promoveram e participaram de negócios com o gigante mercado chinês. No Paraná, por iniciativa do sócio Ricardo Becker e da Panamericana Consultoria, 16 empresas chinesas e paranaenses dos ramos de telecomunicações, eletrônicos, tecnologia, reciclagem e engenharia realizaram telecomunicações, eletrônicos, tecnologia, reciclagem e engenharia realizaram rodadas de negócios.

Em busca de investimentos, o sócio Osmar Alves da Silva visitou uma grande Em busca de investimentos, o sócio Osmar Alves da Silva visitou uma grande montadora de máquinas pesadas chinesa. “Nosso objetivo é montar uma parmontadora de máquinas pesadas chinesa. “Nosso objetivo é montar uma par-ceria para revenda e assistência técnica dos equipamentos chineses no Brasil”, ceria para revenda e assistência técnica dos equipamentos chineses no Brasil”, comenta.comenta.

Em comitiva de empresários de Ribeirão Preto (SP), a sócia Marina Valente parti-cipou de feiras em Hong Kong e Guangzhou (China). “Cenários e oportunidades de negócios para a B2L foram traçados”, confirma Marina. Em comum, os sócios da B2L são categóricos: o mundo quer o Brasil!

b2l fortalece laços com a China

“Investir no Brasil é unanimidade até na China”

a delegação chinesa quis saber sobre disponibilidade de terrenos;

políticas trabalhista, tributária, de reciclagem, de importação e

exportação e de meio ambiente; parques tecnológicos; combustíveis

e tecnologia para biodiesel no Paraná.

da B2L são categóricos: o mundo quer o Brasil!

a delegação chinesa quis saber sobre disponibilidade de terrenos;

polític

exportação e de meio ambiente; parques tecnológicos; combustíveis

fevereiro 201210

iNStituCioNAL

Page 13: Revista B2L Corporate 3

Presença na Canton Fair, uma das

maiores feiras comerciais do mundo

Delegação chinesa composta por representantes de empresas

estatais e privadas

Reunindo pessoas do mundo inteiro - uma “torre de Babel” -, marina viu entre idiomas e nacionalidades o mesmo objetivo: negócios!

fevereiro 2012 11

iNStituCioNAL

Page 14: Revista B2L Corporate 3

FROnTEIRA FInAl PArA o ProtAGoNiSmo Do BrASiL

CAPA

fevereiro 201212

Page 15: Revista B2L Corporate 3

Como agregar valor, reduzir custos e au-mentar lucros? Novos rumos da econo-mia desafiam as empresas brasileiras e a complexidade operacional e a exigência da excelência nos serviços traz a logísti-ca na ordem do dia.

O planejamento logístico e seus reflexos - reduções de estoque, eliminação das perdas e otimização dos transportes - são realidades em muitas empresas de médio e grande portes no Brasil.

CAPA

Dispor o produto na quantidade, local e nas condições adequadas para o cliente certo ao preço justo são metas da logística. Em um País continental, os gargalos são pro-porcionais às oportunidades encontradas.

Dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontam que o setor de transportes exige R$ 400 bilhões para tornar o Brasil competitivo. Entre os pa-íses emergentes, os investimentos em infraestrutura de transporte em 2010

foram: China (10% do PIB), Índia (8%) e Rússia (7%). O Brasil investiu 0,36%.

Para as empresas, o deslocamento de carga pelas estradas nacionais equivale a mais da metade da sua receita líquida, chegando a mais de 60% da receita na Agroindústria (62%) e entre as indústrias de alimentos (65,5%). Nesta matéria espe-cial, veja nosso Mapa de Oportunidades, números, erros, avanços e empresas ex-poentes do setor.

fevereiro 2012 13

Page 16: Revista B2L Corporate 3

CAPA

FORTE ExPERTIsE: Vix LoGíStiCAAo completar 30 anos em 2012, a Vix Lo-gística alcança status entre as maiores operadoras logísticas do Brasil e Mercosul. Com média de crescimento de 25% nos úl-timos anos, as operações são organizadas em quatro segmentos de negócio: logís-tica dedicada (cargas em geral, tais como madeira, celulose, minério, peças de auto-móveis, placas, bobinas de aço e bebidas); locação e gestão de frotas; transporte de veículos novos (nacionais e importados, para todo o território nacional, e também da Argentina para o Brasil), bem como fre-tamento.

Para o diretor comercial da empresa, Ri-cardo Kallas, a ineficiência na infraestrutu-

ra traduz incremento no custo operacio-nal. “Os investimentos privados e públicos ainda estão tímidos frente à precariedade e os gargalos do País, como é o caso da baixa qualidade das rodovias e acessos aos portos e aeroportos, o que acarreta na baixa produtividade operacional se com-parados, por exemplo, com os portos de Singapura e Roterdã”.

Com forte atuação no Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro, a cia avança em São Paulo e Minas Gerais. No portfólio de clien-tes, figuram algumas das principais em-presas brasileiras e multinacionais como Aracruz, ArcelorMittal, Tubarão, Vale, Pe-trobras e Samarco.

Com frota essencialmente própria, a empre-sa realiza o controle da emissão de CO2 nos veículos que opera e faz o controle regular da sua média de consumo de combustível. Além disso, preserva uma área florestal de quase 2.600 hectares de mata atlântica, lo-calizada na região serrana do Espírito Santo.

Kallas vê 2012 com otimismo sem deixar de lado o contexto econômico mundial - retra-ção na Comunidade Europeia e lenta reação norte-americana – sobre a economia brasi-leira. “Temos tido um crescimento consis-tente, o que para nós permite vislumbrar um ano positivo.”

Estado: Espírito SantoFrota: 6.300 veículosFuncionários: 5.600Faturamento em 2011: R$ 650 milhõesInvestimentos em 2012: R$ 202 milhões

14 fevereiro 2012

Page 17: Revista B2L Corporate 3

CAPA

sOlUçõEs cRIATIvAs: JoLiVANPara atender a global Procter & Glamble Company (P&G) no Nordeste, a trans-portadora Jolivan adquiriu em Arapi-raca (AL) um terreno de 40 mil metros quadrados avaliado em R$ 20 milhões. A mesma quantia foi investida em Duque de Caxias (RJ) com o mesmo propósi-to. Investimentos constantes deram re-sultado: em 2011, a Jolivan recebeu nos EUA, pelo terceiro ano consecutivo, o prêmio de excelência como fornecedor corporativo de serviços da empresa.

Há 22 anos no mercado, a empresa do Espírito Santo passou por uma renova-ção na frota de 150 veículos. A Jolivan

transporta cargas fechadas dos seg-mentos de siderurgia, alimentos, quími-cos, farmacêuticos, produtos de higiene e saúde, papel e celulose, entre outros, cobrindo todo o território nacional.

SanduícheOutro case de sucesso vem das soluções criativas apresentadas aos clientes.

Para atender a gigante Gerdau, o desafio surgiu do transporte de vergalhões de aço em rolo, da unidade de Santa Cruz (RJ) para o Recife (PE). Após embarque, o produto chegava ao destino totalmente oxidado. Criou-se uma espécie de “sanduí-

che” de madeirite e lona para acondicionar a carga. Processo em camadas garantiu qua-lidade do produto e satisfação da empresa – um dos principais clientes da Jolivan. Solu-ções brasileiras.

Para o diretor administrativo, Vansionir Pa-ganini, o Estado encontra-se atrasado em infraestrutura de estradas, aeroportos e se-tor portuário, mas o ânimo cresce quando o olhar volta-se para o Norte do País. “Tam-bém transportamos muito ferro para hidre-létricas em Rondônia e no Pará. O Brasil está em crescimento. Onde há desenvolvimen-to, há ferro”, conclui.

Estado: Espírito SantoFrota: 850 caminhõesFuncionários: 1.300Faturamento 2011: R$ 350 milhões

15fevereiro 2012

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CAPA

FOcO nO clIEnTE: BErGAmASChiQualidade, diferencial na prestação de ser-viços, frota nova, rastreada e com ligação direta com o cliente – link em tempo real – o que permite acompanhar a qualidade do produto nos baús de transporte. Esta é a marca da Bergamaschi.

Localizada em Rondonópolis (MT), a em-presa opera o transporte de cargas frias, perecíveis e grãos. Com 25 anos de atua-ção em logística de precisão, foram inves-tidos R$ 10 milhões em cavalos mecâni-cos para 2012. “Hoje, na malha rodoviária,

Mato Grosso escoa toda a safra para os portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP). Os investimentos em infraestrutura estão possibilitando a ampliação dos serviços da nossa empresa. Agora atendemos a região de Santarém, mais precisamente a BR 163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA)”, ex-plica Gilmar Martins, gestor administrativo da empresa.

Em contraponto ao já anunciado “apa-gão” de mão de obra capacitada na logís-tica brasileira, a companhia tem no treina-

mento uma constante. Todos os motoristas são registrados, passam por treinamento prévio e pelo Programa Guia Volante da ATC - Associação dos Transportadores de Cargas do Mato Grosso - antes de ingressar efetivamente no quadro de colaboradores. Além disso, nas áreas de gerenciamento de cargas, a Bergamaschi implementa forte aperfeiçoamento técnico aos funcionários.

Estado: Mato GrossoFrota: 250 caminhõesFuncionários: 350Faturamento 2011: R$ 75 milhões

16 fevereiro 2012

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CAPA

POR DEnTRO DO cEnTRO DE DIsTRIbUIçãO: JohN DEErELíder mundial na produção de equipamen-tos agrícolas e florestais e uma das maiores fornecedoras de produtos e serviços para construção, jardinagem e irrigação, a Dee-re & Company tem mais de 60 mil funcio-nários no mundo e 64 fábricas localizadas em 17 países.

A John Deere Brasil exporta para aproxi-madamente 50 países e sua rede de con-cessionários soma hoje 220 pontos de venda. Em 2008, surgia em Campinas (SP),

o Centro de Distribuição de Peças para a América do Sul da John Deere - área cons-truída de 40 mil metros quadrados e R$ 18 milhões de investimentos. A proximidade do aeroporto de Viracopos e diferentes meios de transporte na região foram de-terminantes para a instalação.

São 56 docas de recebimento e despacho de produtos, além de alta tecnologia em-pregada nos processos de planejamento de materiais e nas operações de logística

por meio do recebimento, movimentação, armazenagem e despacho de materiais. O gerenciamento dos produtos tem como base a aplicação do sistema mundial desen-volvido pela John Deere para o planejamen-to de inventário de peças. Cerca de 300 pes-soas trabalham no centro. O movimento de recepção e expedição de peças é calculado em 72 mil toneladas, transportadas por cer-ca de 6 mil caminhões/ano.

Estado: São PauloEmpregados: 4 milFaturamento mundial 2011: US$ 32 bilhõesInvestimentos 2012: US$ 180 milhões para duas no-vas fábricas em Indaiatuba (SP)

17fevereiro 2012

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mAPA DE oPortuNiDADES

Perfil• 2/3 das empresas de logística do Brasil respondem por R$ 100 milhões

em faturamento mensal;

• 37% das empresas possuem custo logístico que variam entre 2% a 5% do seu faturamento. Para 25% das empresas, o custo logístico alcança até 8%;

• 41% das empresas pesquisadas adotam a terceirização logística parcial, com enfoque voltado para transportes;

• 44% afirmam que tecnologia é um critério importante na es-colha do seu parceiro em logística ou transporte.

Fonte: Pesquisa da Associação Brasileira de Logística (Aslog)

Cargas transportadas no Brasil61% Rodoviário

21% Ferroviário

14% Aquaviário

3,5% Dutoviário

0,5% Aéreo

20% do PIBÉ o custo da logística no Brasil, o dobro dos países ricos, informa o Banco Mundial.

R$ 40 bilhões Faturamento do transporte rodoviário. Setor movimenta 2/3 do total de cargas do País.

R$ 7,9 bilhõesPrevisão de faturamento para 2012 para os fabricantes de implementos rodoviários (reboques, semirreboques, carrocerias sobre chassis, terceiros eixos, bitrens e ro-dotrens). Para o Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), setor deve crescer 5,4%, emplacando 193 mil uni-dades (nas linhas leve e pesada).

setor RodoviárioServiços do setor não estão sujeitos a regulamentação específica, prevalecendo as regras de Serviços do setor não estão sujeitos a regulamentação específica, prevalecendo as regras de livre mercado (exceto cargas perigosas). Impactos:livre mercado (exceto cargas perigosas). Impactos:

• 95% das empresas transportadoras brasileiras são classificadas como micro, pequenas ou das empresas transportadoras brasileiras são classificadas como micro, pequenas ou médias empresas e com alto grau de informalidade. médias empresas e com alto grau de informalidade.

• 56,6% da frota de caminhões são controladas por motoristas autônomos. ,6% da frota de caminhões são controladas por motoristas autônomos.

120 mil motoristas É quanto o Brasil necessita para sua frota de 1,3 milhão de caminhões, aponta pesqui-sa da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística). Na maior parte das empresas, 10% das frotas não circulam por falta de mão de obra apta.

Gargalos57,4% das rodovias apresentam deficiências, sendo 26,9% com situação crítica (péssima ou ruim), segundo pesquisa da Confedera-ção Nacional do Transporte (CNT) de Rodo-vias 2011. Custos operacionais das empresas aumentam 24,8%, em média, pelas condi-ções das estradas.

R$ 200 bilhõesValor necessário para otimizar e garantir projetos prioritários nas rodovias nacionais.

R$ 9,8 bilhões Valor aplicado pelo Governo Federal em infraestrutura rodoviária em 2010.

18 fevereiro 2012

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mAPA DE oPortuNiDADES

setor FerroviárioO sistema ferroviário brasileiro totaliza 30.051 km de extensão e é composto por 12 malhas O sistema ferroviário brasileiro totaliza 30.051 km de extensão e é composto por 12 malhas concedidas, sendo 11 à iniciativa privada, somando 28.614 km. O custo do frete, cobrado concedidas, sendo 11 à iniciativa privada, somando 28.614 km. O custo do frete, cobrado pelas operadoras nas ferrovias, é 50% mais barato em relação ao transporte rodoviário. pelas operadoras nas ferrovias, é 50% mais barato em relação ao transporte rodoviário.

Principais produtos: além do minério de ferro (71%), soja/farelo, açúcar e milho. Produtos indusPrincipais produtos: além do minério de ferro (71%), soja/farelo, açúcar e milho. Produtos indus-trializados estão aumentando sua participação.trializados estão aumentando sua participação.

setor Aéreo Existem 32 aeroportos com terminais de processamento de cargas Existem 32 aeroportos com terminais de processamento de cargas aéreas no Brasil. Segundo a Infraero, setor transportou aproximadaaéreas no Brasil. Segundo a Infraero, setor transportou aproximada-mente 1,1 milhão de toneladas de carga em 2010.mente 1,1 milhão de toneladas de carga em 2010.

setor hidroviárioR$ 2,7 bilhões é o investimento previsto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) no modal hidroviário R$ 2,7 bilhões é o investimento previsto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) no modal hidroviário para 48 empreendimentos. São ações de dragagem, derrocagem, sinalização e construção de terminais de cargas em 7 para 48 empreendimentos. São ações de dragagem, derrocagem, sinalização e construção de terminais de cargas em 7 hidrovias; construção de 34 terminais hidroviários, e realização de 7 estudos de ampliação da malha hidroviária.hidrovias; construção de 34 terminais hidroviários, e realização de 7 estudos de ampliação da malha hidroviária.

R$ 8,7 bilhõesTotal de investimentos que o vencedor da concessão do AeroTotal de investimentos que o vencedor da concessão do Aero-porto Internacional de Viracopos, em Campinas, terá que realizar porto Internacional de Viracopos, em Campinas, terá que realizar até 2040. Viracopos será o maior aeroporto cargueiro e de pasaté 2040. Viracopos será o maior aeroporto cargueiro e de pas-sageiros da América Latina, com terminais com capacidade para sageiros da América Latina, com terminais com capacidade para receber até 90 milhões de passageiros por ano.receber até 90 milhões de passageiros por ano.

R$ 20 bilhõesFaturamento esperado do comércio virtual em 2011. Modal aéreo Faturamento esperado do comércio virtual em 2011. Modal aéreo representa principal meio para o avanço do representa principal meio para o avanço do e-commerce no País.

OportunidadesNa hidrovia Tietê-Paraná, empresas aprimoram o transporte de álcool Na hidrovia Tietê-Paraná, empresas aprimoram o transporte de álcool combustível (etanol). Na região Norte, mais de 30.000 toneladas de combustível (etanol). Na região Norte, mais de 30.000 toneladas de grãos são transportadas por ano entre Porto Velho-Itacoatiara e Sangrãos são transportadas por ano entre Porto Velho-Itacoatiara e San-tarém. A hidrovia Tucuruí, entre Marabá e Vila do Conde (PA), permite tarém. A hidrovia Tucuruí, entre Marabá e Vila do Conde (PA), permite corredor de transporte de 445 quilômetros. Desde 2010, duas novas corredor de transporte de 445 quilômetros. Desde 2010, duas novas

eclusas permitem a navegação de comboios de até 19 toneladas. O modal hidroviário é 50% mais barato que o ferroviário e 75% mais eco-nômico que o rodoviário.

RecordeEm 2012, os portos brasileiros devem movi-mentar, pela primeira vez, um bilhão de tonela-das em cargas, 12,3% mais que no ano passado, segundo estimativa da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

R$ 24 bilhõesInvestimentos das concessionárias no seInvestimentos das concessionárias no se-tor ferroviário entre 1997 e 2010.

R$ 1,3 bilhãoValor aplicado pela União no mesmo períoValor aplicado pela União no mesmo perío-do. Dados da Pesquisa CNT de Ferrovias 2011.do. Dados da Pesquisa CNT de Ferrovias 2011.

R$ 151, 3 bilhõesValor que a malha ferroviária nacional preciValor que a malha ferroviária nacional preci-sa na próxima década para otimizar ampliasa na próxima década para otimizar amplia-ções e correções.

R$ 7,6 bilhõesRecursos que serão obtidos no mercado financeiro e eventuais parceiros para a cria-ção da empresa de mineração e logística Vetria. Formada pela associação da ALL e Triunfo Participações (ambas de logística) e a mineradora Vetorial, a Vetria atuará na exploração, beneficiamento, transporte, comercialização e exportação de minério de ferro por meio de porto privado a ser construído em Santos (SP).

fevereiro 2012 19

Page 22: Revista B2L Corporate 3

CAPA

lOGísTIcA PORTUáRIA

Em 2011, a Advent International, empresa global de private equity, anunciava a aquisi-ção de 50% do capital social do TCP - Ter-minal de Contêineres de Paranaguá S/A, terceiro maior terminal portuário de con-têineres do Brasil. O valor da transação não foi divulgado.

Todos os acionistas do TCP – Pattac Em-preendimentos e Participações S/A, TUC Participações Portuárias S/A, Soifer Parti-cipações Societárias Ltda., Grup Maritim TCB S.L. e Galigrain S.A – seguiram partici-pação na empresa. Com investimentos de R$ 180 milhões garantidos para os próxi-mos 3 anos, a empresa quer aumentar sua capacidade em cerca de 70% por meio da construção de um terceiro píer de atraca-ção e da compra de novos equipamentos.

Desde a sua fundação em 1998, R$ 330 milhões em infraestrutura e tecnologia portuária já foram investidos. Um dos prin-cipais diferenciais da empresa em relação

aos concorrentes diz respeito ao modal ferroviário em parceria com a ALL/Brado que possui desvio entrando no TCP - área alfandegada -, reduzindo assim, custos e tempo.

Para a execução das operações portuá-rias de movimentação e armazenagem de contêineres, o TCP dispõe de um prédio para os serviços administrativos, além de instalações da Alfândega, do Ministério da Agricultura e da Polícia Federal.

“Nestes anos de concessão, gestão e ope-ração, o TCP se mostrou fundamental para os Estados da região Sul, consolidando o Porto de Paranaguá como o segundo mais importante do Brasil. A companhia cons-titui uma plataforma logística de grande importância para o comércio entre os pa-íses que integram o Mercosul, além de sig-nificativas conexões com Canadá, Europa, África e Oriente”, esclarece Elaine Haas, gerente comercial do terminal.

ExpansãoObras civis e aquisição de novos e moder-nos equipamentos de operação portuária preparam a empresa para aumentar a sua capacidade de movimentação de contêine-res, elevando a disponibilidade de berços de atracação para o atendimento da demanda aos navios. Dos 700.000 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés)/ano, serão 1.200.000 TEUs/ano em movimen-tação, tornando disponíveis 879 metros de linha de atracação, permitindo a operação si-multânea de três navios porta-contêiner (de até 8.000 TEUs).

“Está prevista a construção de quatro dol-phins para atracação de navios que trans-portam veículos, permitindo o aumento da capacidade de recebimento de caminhões no terminal. Entre novos equipamentos, dois novos portêineres pós-panamax (guindastes aptos a operar em navios de grande porte),

Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP)

Estado: ParanáFaturamento 2010: R$ 292 milhõesInvestimentos: R$ 180 milhões

Private equity consolida força do Porto de Paranaguá

20 fevereiro 2012

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CAPA

PERFIl: Advent internationalUma das líderes mundiais em pri-vate equity, os investimentos da Advent no Brasil incluem a Dufry (maior rede de duty-free do País), CETIP, CSU, Kroton, International Meal Company (Viena, Frango Assado, Grupo RA, além de ativos em outros países), Lojas Quero--Quero, Microsiga, e Paraná Banco.

O setor de infraestrutura tem destaque. A Advent é uma das maiores operadoras

de aeroportos da América Latina, como o Aeroporto Internacional da Cidade do México (por meio da Fumisa), além de seis aeroportos na República Dominicana por meio da Aerodom.

Desde a fundação em 1984, a Advent levan-tou US$ 26 bilhões em capital para investi-mentos em private equity e concluiu mais de 260 transações, avaliadas em mais de US$ 55 bilhões, em 35 países.

além de diversos equipamentos como trans-têineres, empilhadeiras e caminhões para elevar a capacidade da retroárea do termi-nal”, acrescenta.

Outro plano do TCP é atuar em segmen-tos adjacentes de logística, oferecendo aos clientes uma solução completa de transpor-te, desde a retirada da mercadoria na origem até o embarque nos navios.

Questionada sobre como o TCP vem traba-lhando em prol do desenvolvimento do se-tor, Elaine ressalta a melhoria contínua com os principais clientes, buscando soluções alternativas para o forte crescimento do Bra-sil, principalmente na importação. “Na parte governamental, podemos destacar os in-vestimentos feitos na dragagem dos berços realizada em fevereiro de 2011, bem como a dragagem de manutenção do canal que de-verá ocorrer até junho deste ano”, adianta.

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CAPA

Cobrindo 65% do PIB do Mercosul, sete dos portos mais ativos do País e da Argentina – responsáveis por 78% das exportações de grãos da América do Sul -, a ALL, maior empresa de logística com base ferroviária da América Latina segue em trilhos os investimentos no Brasil. Exemplos de vigor chegam do Mato Grosso.

Integrado à Malha Norte da ALL, o trecho Alto Araguaia a Rondonópolis vai am-pliar em 260 quilômetros a malha ferroviária da empresa no Estado. A obra será entregue neste ano ao custo de R$ 700 milhões e, segundo a companhia, vai con-tar com o maior complexo intermodal do Brasil.

Instalado em uma área de 385 hectares em Rondonópolis, o complexo servirá para a movimentação de grãos, combustíveis, fertilizantes, produtos frigorificados, al-godão e madeira, entre outros. A capacidade de carga será de 1.200 vagões por dia, com operações independentes de carga e descarga e um sistema duplo de carregamento ferroviário, permitindo o embarque simultâneo de dois trens com produtos diferentes. Estão previstos ainda na área a construção de um shopping center e um hotel. O centro irá gerar 3 mil vagas de trabalho.

Com foco no agronegócio do Oeste e na exportação de commodities, investi-mentos não param.“Estamos aproximando a ferrovia das regiões produtoras de grãos do Estado. Isto irá assegurar uma logística mais eficiente e viável para toda a região”, diz o gerente de Relação com Investidores, Carlos Eduardo Annibelli Baron.

Ele explica que ao compararmos com a logística rodoviária, as vantagens da ferrovia são ainda mais nítidas. Para transportar 6 mil toneladas de um produto, apenas uma composição de trem é utilizada, enquanto que na rodovia seriam necessárias 150 carretas bi-trem. Além disso, o transporte ferroviário é 70% mais eficiente no consumo de diesel, além de trazer segurança para a estrada ao diminuir o fluxo de caminhões. “Para se ter uma ideia, um trem de 50 vagões alivia das estradas um volume de 120 caminhões”, acrescenta.

ServiçosPela ALL Holding, a companhia oferece uma grande variedade de serviços lo-gísticos, incluindo transporte ferroviário e rodoviário nacional e internacional,

Aquisições e fusões foram determinantes para solidez da companhia

GIGAnTE SoBrE triLhoS: All

fevereiro 201222

Page 25: Revista B2L Corporate 3

distribuição, armazenamento, transporte customizado de contê-iner aliado a uma distribuição fracionada e transporte intermodal porta-a-porta.

Além de fazer projetos on demand para clientes, a ALL criou a Bra-do Logística para transporte em contêineres e a Ritmo Logística, para soluções rodoviárias. A Brado opera 6 complexos de logística e 5 terminais intermodais voltados à estocagem, operação de ter-minais e retro áreas portuárias, além da movimentação de contê-ineres.

ProdutosTradicionalmente, a ferrovia capta cargas com grande volume, como commodities agrícolas e minerais. Considerando o com-plexo soja, milho e açúcar, a participação da ALL no mercado nos portos em que opera aumentou de 68% no terceiro trimestre de 2010 para 71% no mesmo período do ano passado.

BolsaFocada no mercado de capitais, a ALL se tornou pública em 2004. Em 2010, conseguiu migrar para o Novo Mercado, assim que houve o ajuste das regras normativas favoráveis à rees-truturação do capital de empresas concessionárias.“Mesmo

HistóricoA empresa segue um histórico sem pre-cedentes de expansão e aquisições. Em 1999, adquiriu as ferrovias argentinas MESO e Central. Em 2004, a ALL come-çou a negociar suas ações na Bovespa e com a incorporação da Brasil Ferrovias em 2006, incluiu em suas operações o acesso ao Porto de Santos. Em 2010, mi-grou para o Novo Mercado da Bovespa, e junto com a Standart Logística, criou a

Estado: ParanáFrota: 1.095 locomotivas e 31.650 vagõesFuncionários: 10 mil (Brasil e Argentina)Faturamento em 2010: R$ 3,2 bilhõesInvestimentos em 2012: média de R$ 650 milhões anuais e R$ 7 bilhões desde 1997

CAPA

Brado Logística, um operador logístico que pretende transformar a logística de contêineres no Brasil. Em 2011, a ALL e a Ouro Verde criaram a Ritmo Logística, companhia focada em transporte e ser-viços rodoviários intermodais. Também em 2011 foi criada a Vetria Mineração, em conjunto com Vetorial e Triunfo, que integrará mina, ferrovia e porto, desde Corumbá até Santos.

quando existiam restrições regulatórias para a ALL ingressar no Novo Mercado, a empresa já operava no Nível II com várias características de Novo Mercado, muito próxima ao nível má-ximo de governança corporativa”, expressa Baron.

AçõesPara manter saltos na produtividade, o Projeto Velocidade Co-mercial já garante redução no tempo médio de percurso dos trens. A meta é ter um ganho de aumento na velocidade média de até 56% - melhorando a produtividade dos ativos e aumen-tando a capacidade de transporte sem a necessidade de aqui-sição de novos ativos (vagões e locomotivas).

Outro exemplo são os investimentos em tecnologia, como os trens monitorados em tempo integral por GPS. O compu-tador de bordo (CBL) recebe as autorizações para circular do CCO via satélite (sistema Autotrac) e controla a posição e a velocidade das composições. Caso o maquinista desrespeite os limites de velocidade ou da licença, entra em operação a Cerca Eletrônica, que atua diretamente no freio, para o trem e avisa o centro de controle para que as devidas providências sejam tomadas.

fevereiro 2012 23

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OPERADOR mUlTIlTIl mODAl: roDoFLYCom operações em logística aérea e rodoviária de cargas fracio-nadas e encomendas expressas, a Rodofly realiza transporte, ar-mazenagem e distribuição nas regiões Sudeste e Sul nos modais rodoviário e aéreo e nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste no modal aéreo.

Segundo o diretor presidente, Adalgiso Maia Neto, já são 1.000 clientes atendidos, com destaque aos segmentos calçadista, cos-méticos e perfumaria, confecções e eletroeletrônicos. Para ele, uma legislação inadequada impediu por décadas os avanços no transporte rodoviário. “No Brasil, as empresas contratantes do transporte pagam, na média, 3 vezes menos pelo serviço (carga/

quilômetro rodado) que nos EUA. É um pequeno exemplo da gran-de diferenciação dos serviços, estruturas e pessoas nas empresas do País”.

Do setor de carga aérea - ainda que acompanhe a sofisticação, evo-lução e tecnologia das companhias de transporte de passageiro – Neto aponta as deficiências nos terminais de carga. Segundo o empresário, operadores de carga aérea internacionais encontram grande dificuldade e resistência para atender o cliente global com a mesma excelência (tempo esperado e serviços agregados), como no exterior. “São ainda poucas as opções de terminais com eficiên-cia logística na movimentação deste tipo de carga expressa”.

Estado: Rio de JaneiroFrota: 126 veículosFuncionários: 410Faturamento em 2011: R$ 40 milhões

fevereiro 201224

CAPA

Page 27: Revista B2L Corporate 3

MudançasPara o empresario, entre pontos estratégicos sobre logística, o eixo Rio/São Paulo concentra boa parte do PIB, ainda que os investimen-tos constantes do governo e setor privado têm se mostrado inte-ressantes para equacionar antigas diferenças regionais. Por outro lado, justificativas pontuais como a Copa do Mundo e Olimpíadas aquecem antigos e novos mercados. “O Brasil nos últimos 10 anos está realizando empreendimentos que não realizou em 50, agregan-do novas tecnologias e serviços de acordo ao esperado e desejado”.

Operações mistas

Expresso: Menor tempo de lead timeDedicado: Agrega serviços no menor lead time; modal RodoviárioTradicional: Carga fracionada; pode incorporar transferência inte-restadual e distribuição regional

Cadeia logísticaNas operações de cargas expressas, a Rodofly é representante da Azul Cargo no Rio de Janeiro e realiza toda a movimentação de embarque e desembarque nos Aeroportos Santos Dumont e Galeão. A ação exige sistema intermodal aéreo e rodoviário para otimizar os destinos de entrega no menor tempo possível. Metade dos clientes da empresa possui operações mistas de transporte.

Quanto à otimização da cadeia logística, Neto explica que para reduzir ao máximo o lead time desde a coleta até a entrega, as empresas precisam obter novos incrementos tecnológicos, mas principalmente ter mão de obra capacitada e uma nova postura para atender um mercado dinâmico.

“Nunca se falou tanto de Logística Empresarial. Reflexo disso é a quantidade meteórica de cursos técnicos, de nível superior e es-pecialização na área”. Para ele, a globalização ajudou ainda mais a exigir do setor logístico um reposicionamento no seu forma-to. “É desta forma que os canais de distribuição irão atender os clientes finais a cada dia menos fiéis”.

CAPA

Page 28: Revista B2L Corporate 3

rresta-nos agora ta-nos agora prestarmos

mais atenção na infraestrutura e

nas competências de entrega do que no prometido pelo no prometido pelo

mundo virtual.mundo virtual.

THIaGO BaIsCH

Diretor Comercial de Vendas e Marketing das Lojas Colombo S/A.

A Fo r Ç A D o Sm E R c A D O sv I R T UA I s

O mercado virtual vem se consolidando nos últimos anos em função do aumento da capacidade e competência de ajustar estratégias de mídia, produto e preços para consumidores que são diferentes dos habituais dos canais convencionais.

Mídia

Hoje, 90% dos investimentos são direcio-nados ao mundo online. Buscadores como Google e Buscapé, portais como o Terra e UOL, e-mail mkt e Redes Sociais ocupam a fae-mail mkt e Redes Sociais ocupam a fae-mail mkt -tia dos investimentos em mídia. Todas plata-formas citadas emprestam muito mais agili-dade, mobilidade e inovação do que as mídias tradicionais. Isso não significa ser melhor ou pior, mas sim possuir maior adaptabilidade a um mercado muito mais nervoso e compe-titivo. Os 10% restantes apesar de pequenos começam a crescer em proporção significa-tiva. Trata-se de mídia offline (TV, rádio, jornal, revistas) que levam os clientes que ainda não se aventuram no mundo virtual às suas pri-meiras experiências. O aumento do poder aquisitivo no mercado brasileiro, a crescente penetração de computadores e o melhor acesso à banda larga levam até os gigantes do varejo a anunciar na Rede Globo seus sites para movimentar a classe C.

Produto

Se no passado tínhamos dor de cabeça por falta de opções, hoje temos o mesmo para escolher qualquer bem de consu-mo. O mercado virtual, por não precisar compor estoque físico, trouxe aos con-sumidores uma “cauda longa” sem pre-cedentes. Agora, você pode ter acesso a todo o aparato consumista de qualquer empresa. Nesse caso, um ponto muito im-portante para os mercados virtuais: opor-tunidade de escolha.

Até os gigantes do varejo passaram a anunciar seus sites na tV para movimentar a classe C

Preço

Até o presente momento os preços nos mercado virtuais ainda são mais atrativos em função da desoneração de parte dos componentes humanos (menos pesso-as) e dos custos estruturais (aluguéis, luz, água, etc.). Até o recente boom imobiliá-rio e a constante pressão sindical mantém um peso sobre as estruturas de custos das operações físicas, dando ainda mais tempo para os mercados virtuais impo-rem seus diferenciais de preço.

se equipararem ao físico, mesmo que por variáveis diferentes.

O volume transacional desse mercado ainda é pequeno em relação ao total. As empresas mais evoluídas nos mercados virtuais estão chegando a 15% ou 20% de seus negócios. No entanto, a taxa de cres-cimento é da ordem de 40% ao ano, en-quanto o mercado total cresce no ritmo da inflação + PIB.

O governo brasileiro está fazendo alguns avanços para levar banda larga para a po-pulação de forma massificada. Isso trará uma transformação sem precedentes na nossa economia e o mercado virtual vai explodir em demanda. Resta-nos agora prestamos mais atenção sobre a infraes-trutura e nas competências de entrega do que no prometido pelo mundo virtual. O cliente chega ao online cheio de expec-tativas e com muita informação. Sendo assim, um boom de demanda precisa ser acompanhado de um crescimento da ca-pacidade de entrega das empresas e do próprio governo.

Se pudesse dar um recado aos empreen-dedores, diria que investissem com a mes-ma força, tanto em plataformas de transa-ções online, quanto em logística.

mErCADo

No entanto, a competitividade obriga-tória que o mundo virtual impõe é cada vez maior. As competências de Marke-ting, Logística e TI são tão grandes que pressionam por maiores investimentos a ponto de no futuro os preços no online

fevereiro 201226

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“Com a expansão do crédito e o ingresso de novos consumidores, nosso cresci-mento acompanhou, e em certos mo-mentos, ficou acima da média nacional”. A frase vem de Renato Correa, diretor do Grupo Nazaré, uma das maiores redes de supermercados do Pará. Com carac-terísticas próprias, forte apelo regional, setor “genuinamente paraense” tem a preferência dos consumidores locais.

Belém já sedia a maior convenção varejis-ta e de autosserviço da Amazônia e uma das cinco mais importantes feiras do segmento no Brasil, a SuperNorte. Vol-

PlAyers REGIOnAIsCom características próprias, redes supermercadistas movem o Pará

VisãoHá mais de 45 anos no mercado de atacado, o Grupo Nazaré entrou no ramo do varejo em 1976. Da primeira loja no centro de Belém, hoje a rede engloba mais de dois mil funcio-nários, distribuídos em oito pontos, sendo três supermercados, dois supercenters e três magazines. Até maio deste ano será inaugura-do um dos mais modernos centros de distri-buição da região, com mais de 25 mil metros quadrados e capacidade para atender a futu-ra expansão do grupo. Crescimento de 35% é esperado para a rede em 2012.

Correa explica que a presença familiar na ges-tão ainda é muito forte e a profissionalização vem ocorrendo de forma gradativa, acom-panhando o crescimento da empresa. “Não desprezamos a possibilidade de utilizar o private equity, pois admitimos ser uma granprivate equity, pois admitimos ser uma granprivate equity -de oportunidade para crescermos de forma rápida e sustentável. Percebemos a grande importância nesse novo processo, mas sabe-mos que vários fatores influenciam uma deci-são, visto a importância, visibilidade e força da nossa marca no mercado local”, analisa.

Sobre os diferenciais oferecidos, a empresa iniciou um projeto de sustentabilidade, ao doar sacolas retornáveis para os clientes, além de ferramentas de incentivo para sua utilização, como caixas exclusivos.

AçõesNo ano passado, empresa de consultoria em logística foi contratada para remode-lar todo o processo que envolve a rede. Atualmente, 85% do volume de cargas são entregues diretamente nas lojas do grupo. Com o novo centro de distribuição, mais de 75% dessa operação será de modo cen-tralizado, que passará a funcionar com um sistema de rádio-frequência, diminuindo erros de quebra e rupturas nas lojas, além de uma recepção e expedição de merca-dorias de forma ágil e sincronizada.

Com lojas que trabalham com variedade de 25 mil a 42 mil itens, o que eleva o volume de cargas, um amplo sistema de logística exige programas de gestão, tanto na retaguarda das lojas, quanto na administração.

Entre os objetivos, o foco é crescimento no varejo, mas vai além do setor supermer-cadista. “A meta é incrementar nosso ramo de magazine, com a implantação deste seg-mento em cada uma de nossas lojas, além da farmácia própria”.

tada ao aprimoramento do trade super-mercadista, a feira de produtos, serviços e tecnologias reuniu 40 mil pessoas e R$ 42 milhões em negócios em 2011.

Ao fazer uma análise do setor, Correa acredita que o segmento está em franca expansão. “O setor investe cada vez mais em novos pontos de vendas, moderniza-ção e segue ampliando lojas”. O empresá-rio aponta que o melhor caminho para o crescimento e consolidação das médias empresas passa por uma gestão centra-da, seguindo as tendências do mercado e da economia. Renato Correa

Raio X

Supermercados no Pará: 2.710Empregos: 29.800Participação: 10% do PIB do EstadoFaturamento bruto: R$ 5,8 bilhões(Dados 2011- ASPAS)

CASE DE SuCESSo

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CoNtrAtAtA AtAt ÇõESDE sUcEssOA economia brasileira está aquecida. Mas também é fato que frente à necessidade cada vez maior de bons profissionais, nos deparamos com uma oferta reduzida de qualificação. Precisamos de uma equipe efetiva para “ontem”, porém, o ato de con-tratar este time é um calvário, uma árdua tarefa cheia de armadilhas que podem desperdiçar talentos e nos levar a escolher os menos preparados. Sendo assim, deve-mos ter em mente aspectos fundamentais e emocionais para diminuir esta jornada e torná-la mais branda e, sobretudo, com maior índice de sucesso.

Quanto maior sua exigência, maior será a busca pelo candidato ideal. Cuide para não superestimar muito um candidato, evitan-do assim egos inflados que lhe causarão problemas futuros, principalmente em re-lação ao trabalho em equipe. Ou seja, a exi-gência imposta pela vaga é uma exigência também ao contratante.

Em algumas grandes corporações, os pró-prios CEOs escolhem funcionários em to-das as categorias, logicamente após dura seleção. Planejar é fundamental. Tudo que fazemos às pressas e sem o planejamento ideal nos traz consequências ruins, além de custo e tempo gastos desnecessários. Nossa mente trabalha de forma mais orde-nada e efetiva quando se sabe o caminho.

Dedique tempo e reflita sobre o que quer para sua empresa, o tipo de conhecimen-to que o candidato deve ter e se aquela função é realmente importante. Dedica-ção e reflexão trarão maior fidedignida-de sobre o perfil ideal. Anote tudo e faça tabelas comparativas. Não confie apenas em sua memória.

Fique atento ao comportamento no momento da entrevista. A importân-cia dos aspectos não verbais de um candidato pode muitas vezes valer

RaquEL HEEP BERTOZZI CRM 22080 – Especialista emPsiquiatria – Integrante da Sociedade Paranaense de Psiquiatria.

mais que as palavras e definir a vaga. Sua gesticulação, salivação, se imi-ta ou não sua postura, a sudorese e tremor, as roupas, os olhos piscando ou desviando-se, o ato de gaguejar, a firmeza na voz, o excesso de sor-risos, enfim, aspectos que parecem naturais, mas que revelam quem é seu candidato.

Você consegue visualizar esta pessoa na sua empresa? Faça este teste simples. A resposta é bastante significativa para a escolha ou não do candidato. Através deste exercício mental, nosso cérebro compila tudo o que estamos didatica-mente organizando e nos dá um resul-tado fiel. Mas deixe isso ser um dos últi-mos passos do processo seletivo, para que não faltem dados à nossa mente e o resultado não seja alterado.

Qual a perspectiva deste candidato em relação à vaga? Ele vê futuro ou quer “apenas mais um emprego”? Rotatividade nem sempre é sinônimo de má escolha e muitas vezes, o problema também está no empregador. As empresas com bons planos de carreira e que oferecem um ambiente de trabalho saudável (físico, mental e financeiro) dão ao colaborador a chance de “se ver ali” e de mais do querer estar, querer ser. Invista na sua empresa, em dar este ambiente de trabalho e evi-tar rotatividade. Um ótimo candidato em uma ótima empresa para trabalhar só tem um resultado: crescimento. Ainda mais se for próximo a você – empresário.

Leve sempre em conta uma premissa básica: sua frustração é diretamente pro-porcional ao grau de expectativa dispen-sada. Acreditar nas pessoas é fundamen-tal, porém, o excesso é patológico. Ser realista não significa desacreditar. Uma atitude simples que poupará desgaste emocional futuro. Sendo assim: boas contratações. E rumo ao sucesso!

Além do comportamento físico, esteja atento ao passado profissional. Isso pre-dirá o futuro, e é fato! Como foi nos locais onde já trabalhou? O que fazia? Como fa-zia? Por que saiu? Qual o tempo médio de permanência em cada empresa? Como era o convívio interpessoal? Como se relacio-nava perante a escala de hierarquia?

Excelentes currículos escondem muitas vezes pessoas de difí-vezes pessoas de difí-vezes pessoas de difícil trato, mesmo que tenham longo tempo em empregos anterio-res. Por conta disto é importante verificar o comportamento psi-cológico.

Bons planos de Bons planos de carreira dão ao carreira dão ao colaborador a chance de “se ver ali” e mais

do querer estar na empresa, na empresa, querer ser.querer ser.

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SAÚDE EmPrESAriAL

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Empresárias emergentes há muitas e têm muita energia, em qualquer idade. Mas mesmo as empresas médias e de pequeno mesmo as empresas médias e de pequeno portes também precisam se conectar com a América Latina e o resto do mundo. Dois são os motores do crescimento global: no-vos consumidores e o crescente fluxo de negócios entre os mercados emergentes.

Há novos hábitos de consumo (midias so-ciais, CRM social, e-commerce). Segmenta-ção crescente do mercado, fontes alterna-tivas de capital, novos estilos de vida fazem o consumidor exigir mais qualidade, maior customização, facilidade de acesso a pro-dutos e serviços.

As empreendedoras PMEs vão ter que buscar aprofundamento na capacidade de diferenciação de mercado. Rever aborda-gem e posicionamento de marca, garantir competitividade. Alcançar remunerações superiores.

Um estudo da KPMG analisou em 2011 o flu-xo de negócios entre 15 economias desen-volvidas e 13 economias de países emergen-tes. Houve convergência de negócios no sentido Emergentes-Desenvolvidos e vice--versa. A diferença entre os dois vem dimi-nuindo. Os dados mostram que as fusões e aquisições lideradas por economias desen-volvidas, em países emergentes, voltaram.

Quem diria que o novo desafio estaria em controlar o fluxo exagerado de capital ex-terno que entra no País? As empreendedo-ras PMEs devem incrementar sua capacida-de de reorganização e de posicionamento, manter competitividade, fortalecer seus pilares, aproveitar as oportunidades. Do varejo aos bens de produção, da constru-ção civil ao turismo, do petróleo à ener-gia eólica, dos pequenos artesanatos aos megaeventos esportivos.

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NOELY maNFREDINI

Empreendedora, colunista e autora de 22 livros.

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Até 2018, haverá tal dinamismo comer-cial que vai ajudar os países emergentes a fazerem mais negócios entre si e alguns a fazerem mais negócios entre si e alguns parceiros a mais. A visão otimista vem da Comissão Econômica para América Lati-na e Caribe (Cepal). Há uma mudança no eixo de dinamismo mundial que favorece a região. Em 1985, o comércio sul-sul (entre países emergentes) respon-dia por apenas 6% das transações mundiais, enquanto o norte-norte (entre países industrializados) era de 63%. Agora, os percentuais são de 24% e 38%, respectivamente.

uns com os outros. Pela expansão da pre-sença brasileira na África, Ásia, Caribe e Leste Europeu, via novas representações Leste Europeu, via novas representações diplomáticas (em seis anos novas Embai-xadas em 18 países). Do Corredor Bioceâ-nico, que irá ligar 4 mil km de rodovias que atravessarão o continente sul-americano, do Porto de Santos aos países da costa do Pacífico. Mudanças também em relação ao estímulo brasileiro no comércio e investi-mentos recíprocos com a Cúpula América do Sul - Países Árabes (ASPA). São 22 países da Liga Árabe (pela África e Ásia ultrapas-sam 200 milhões de habitantes).

Jovem ou idosa, sempre há risco quando se busca o próprio caminho empreeen-dedor. O espírito empreendedorista tem a força da juventude e independe das ida-des. Como dizem no Sebrae, se o envelhe-cimento nos deixa menos ousadas, por outro lado oferece sensatez e experiência necessárias. Tudo para aproveitar as boas oportunidades nesta borbulhante eco-nomia brasileira. Afinal, o mundo de sete bilhões de habitantes é realmente peque-no. Ou, mais precisamente, há apenas seis graus de separação entre qualquer habi-tante do planeta.

A teoria dos seis graus de separaçãooriginou-se a partir de um estudo cientí-originou-se a partir de um estudo cientí-originou-se a partir de um estudo científico, que criou a teoria de que, no mundo, são necessários no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas.

São muitas razões. A importação/expor-tação de cérebros aumentou o conhe-cimento científico e profissional. Queda de pobreza (a mais baixa em duas déca-das) e estabilidade macroeconômica. Do aumento da classe média à abundância de recursos naturais, o Brasil exibe impul-so em muitas frentes.

As pontes comerciais e humanas que co-nectam o mundo de fato estão mudando de eixo. Pela logística e conectividade de

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EmPrEENDEDorAS

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ViSÃo

Grupo Plaenge é referência ao aliar marca à transformação social

APoStAr nO bEmEntre novos modelos de relação entre instituições e mercados, or-ganizações e sociedade, o que agora chamamos responsabilidade social, antigos conceitos já são práticas do Grupo Plaenge. Para um dos mais tradicionais grupos de engenharia do Brasil, abraçar cau-sas sociais é trabalhar pela sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida das pessoas. Assim começou a parceria com a Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC/MS), no Mato Grosso do Sul. De Campo Grande, a entidade oferece apoio ao tratamento de crianças e de adolescentes vindos de outros Estados e até países vizinhos. Já são mais de mil atendimentos realizados.

Edison Holzmann, diretor da Plaenge, explica que as empresas po-dem ajudar, inclusive pela transmissão do seu bem mais precioso: sua marca. “Para a obra de mil metros quadrados da Casa de Apoio, a Plaenge e seus colaboradores tiveram o papel de aglutinar, com a força de sua marca, a participação de projetistas, grandes fornece-dores e empreiteiros, conseguindo assim, a maior parte dos mate-riais necessários em forma de doação”.

O diretor aposta na mudança por parte das empresas quanto à sen-sibilidade no auxílio ao próximo. “Há muito a fazer para sair do pen-samento econômico antigo e perceber que é importante interferir na sustentabilidade das comunidades.”

Por que ajudarSão 70 funcionários distribuídos em atividades de gestão, serviços e captação de recursos (telemarketing) na AACC/MS. No total, são 400 voluntários. É uma instituição filantró-pica e o usuário não paga pelos serviços que recebe. Therezi-nha Selem, vice-presidente da entidade, explica com dados,

Desde sua fundação, a AACC já atendeu mais de mil crianças e

adolescentes

Edison holzmann, diretor da Plaenge: parceria de sucesso

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ViSÃo

DaNNY CaBRaL

Especialista e Sócio B2L.

Taxa de curaHá um ano no Conselho Deliberativo, o sócio da B2L, Danny Cabral, esclarece que graças ao trabalho da AACC/MS, a taxa de cura no Estado se aproxima de 65%. A entidade tem capacidade para acolher na sede própria 58 crianças ou adolescentes. “Lançamos em 2011 o ‘Programa Empresa Amiga da AACC/MS’, onde a empresa pode escolher o valor de sua contribuição men-sal e, em troca, ganha o direito de incluir a logomarca de parceira da instituição em sua estratégia de comunicação”. Toda a verba arrecadada ajuda a manter as ações de apoio às crianças e adolescentes com câncer. Outra parceria de sucesso veio do Instituto Ronald McDonald. Na campanha “McDia Feliz”, mais de R$ 186 mil foram ar-recadados e utilizados na aquisição de mo-biliário e equipamentos para a instituição, que inaugurou recentemente seis novos apartamentos, sendo dois para transplan-tados de medula óssea.

Para ajudar:Depósito em conta pelo Banco do Brasil Agência 3496-7, C/ C 1968-2

Informações: (67) 3322-8000 www.aacc-ms.org.br

Com a AACC, taxa de cura aproxima-se de 65% no ms

grandes resultados alcançados. Ao lado do Centro de Trata-mento Onco-Hematológico Infantil (CETOHI), que funciona no Hospital Regional, mais de 3.100 pessoas já foram capaci-tadas, entre médicos, profissionais e agentes de saúde sobre os sintomas e sinais do câncer infanto-juvenil, visando o diag-nóstico precoce.

Necessidades“A manutenção da associação está entre as necessidades mais importantes. As despesas são diárias e a luta por recur-sos é grande”, ressalta Therezinha. E divide o pensamento: na escala de sua aprendizagem, a gratidão mais profunda vem das crianças. “Com elas aprendo todos os dias o tamanho que as coisas devem ter. Tenho clara percepção de que rece-bo muito mais do que aquilo que me proponho a doar.”

mirian Comparin (presidente da AACC), criança atendida e Therezinha selem

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NEGÓCioS & VoCê

Batemos a ChinaO Brasil foi escolhido como o segundo melhor País do mundo para se in-vestir em imóveis comerciais, segundo levantamento anual da Associação de Investidores Estrangeiros em Imóveis (Afire). Atrás apenas dos Estados Unidos, fomos eleitos por 18,6% dos entrevistados como o local com a me-lhor oportunidade de valorização. Detalhe: deixamos a China no terceiro posto. São Paulo saltou do 26.º lugar para a quarta colocação no ranking das melhores cidades para se investir em prédios corporativos no mundo.

ABVCAP 2012 Principal fórum de private equity, seed e venture capital da América Latina, o e venture capital da América Latina, o e venture capitalCongresso ABVCAP tem data marcada para 16 e 17 de abril. Especialistas, gesto-res, autoridades, investidores nacionais e internacionais discutirão o ambiente de investimentos de longo prazo no Brasil diante da nova ordem econômica global. Mais informações: (21) 3970-2432 / e-mail: [email protected]

IEDOs Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) registraram ingressos líquidos de US$ 66,7 bilhões em 2011 - valor recorde e alta de 37,4% sobre 2010. A participação no capital de empresas no País, incluídas as conversões em investimentos, somou ingressos líquidos de US$ 54,8 bilhões, enquanto os empréstimos intercompa-nhias totalizaram US$ 11,9 bilhões, no ano.

R$ 65 bilhõesÉ o valor que os fundos de pensão vão injetar no mercado até 2014. Par-te dos recursos das entidades hoje alocados em títulos públicos migrará para investimentos privados, como fundos de private equity e CDBs. Obprivate equity e CDBs. Obprivate equity -jetivo da decisão é garantir rentabilidade melhor diante da queda da taxa básica de juros da economia.

BalançoFusões e aquisições alcançaram total de 746 transações, seguindo relatório da Pri-cewaterhouseCoopers (PwC). Os fundos de private equity marcaram presença em private equity marcaram presença em private equity42% dos negócios em 2011. A participação desses investidores saltou de 11% para 42% nos últimos cinco anos. As transações, cujo valor foi divulgado, somaram US$ 49,9 bilhões, média de US$ 183 milhões por ne-gócio. Entre os maiores anúncios estão a compra de fatia da Usiminas pela Ternium, de US$ 2,7 bilhões, e a aquisição da Schinca-riol pela Kirin, de US$ 2,5 bilhões.

R$ 140 bilhõesDesembolsos do BNDES em 2011. Banco registrou o maior número de ope-rações de sua história: 896 mil financiamentos (R$ 49,8 bilhões), ampliando o acesso ao crédito para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Destaques foram aos projetos estruturantes. O setor de infraestrutura li-derou os desembolsos, com R$ 56,1 bilhões ou 40% do total liberado.

Para cimaEmpresários começam 2012 com otimismo. É o que constata a pesquisa Serasa Experian sobre Expectativa Empresarial. No estudo, 75% das mé-dias empresas estão revendo para cima a previsão de faturamento no pri-meiro trimestre deste ano, o que significa forte expectativa no aumento das vendas. Por setor de atividade, 84% dos empresários dos serviços irão crescer em faturamento. No comércio são 81% e, na indústria, 68%.

SantanderO Santander Brasil anunciou a criação de uma empresa independente de fundos de Private Equity. A Mantiq Investimentos é 100% controlada pelo próprio Santander e já soma R$ 2,1 bilhões sob sua gestão. Segundo o ges-tor Marcos Matioli, “o Brasil tem uma agenda de investimentos de aproxi-madamente R$ 1 trilhão até 2016, concentrados nos setores de óleo e gás e infraestrutura, que são o nosso foco”.

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O futuro não é aleatório. É sim, uma construção realizada por pessoas de visão e muito trabalho

A B2L reúne 39 sócios com perfil empreendedor e estamos presentes em 23 Estados e 5 países. Nossa atuação está focada na compra e venda de empresas, projetos financeiros, investimentos estrangeiros, fusões e aquisições empresariais, captação de recursos e negócios diversificados. Temos em nossa plataforma de negócios mais de R$ 8,5 bilhões cadastrados. Afinal, futuro é nossa especialidade.

A B2L É UM MODELO DE NEGÓCIOS COMCARACTERÍSTICAS ÚNICAS E INOVADORAS

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