revista b2l corporate 8

36

Upload: b2l-corporate

Post on 15-Mar-2016

215 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Revista B2L Corporate 8 www.b2law.com.br

TRANSCRIPT

Page 1: Revista B2L Corporate 8
Page 2: Revista B2L Corporate 8
Page 3: Revista B2L Corporate 8

Sumário

20

CAPA

PlAnetA Chin

A

MinerAção

Reinvente sua empresa

Conheça o mapa de oportunidades B2L e os negócios que vão mudar a sua empresa. Nossos sócios apresentam tendências para 2013 e prepare-se: você vai querer ouvi-los.

Ouvimos especialistas pra

você fazer bonito na hora de

internacionalizar a sua empresa

para o mercado chinês

Saiba como a nova fronteira mineral

em Minas, as oportunidades no Pará e

expansão das operações da Vale irão

revolucionar o setor mineral brasileiro

especial

Page 4: Revista B2L Corporate 8

mErCADo iNTErNACioNAL

A China avança a cada dia em mercados emergentes. E o inverso? O tema proposto pela B2L Corporate traz análises sobre o gigante asiático e oportunidades para as médias em-presas brasileiras. Com a palavra, o empresário Renato de Cas-tro, sócio da Baumann, consultoria especializada em mediar o

B2L - Quais as dicas práti-cas para a internacionali-zação das médias empre-sas brasileiras com foco no mercado chinês?

A flexibilidade que a pequena e média empresa possui e a velocidade para to-mada de decisão, comparadas às estru-turas mais pesadas e lentas das grandes empresas, ajudam muito neste proces-so. Pontos fundamentais que têm sido a chave do sucesso das empresas que ousaram primeiro: foco bem definido no público-alvo que se quer atingir e no produto que desejam internacionalizar; conhecer e entender o mercado em que está entrando; assessoramento profis-sional correto.

B2L - Quais segmentos e lacunas empresas nacio-nais podem suprir no mer-cado chinês em compara-ção com outros países?

Vejo oportunidades imediatas nos seg-mentos de promoção e comercialização do produto futebol: de jogadores ao gi-gantesco mercado de/para “fã-clubes”; setor de cosméticos de produtos natu-rais, principalmente com o enfoque Ama-zônia; alimentos e bebidas com discurso

Planeta ChinaComo desvendar oportunidades para médias empresas brasi leiras

orgânico ou ecológico relacionados à saú-de e bem-estar para a classe AAA. Produ-tos com apelo ao conceito Made in Brazil – roupas, jóias e móveis em madeira.

B2L - Sobre a zona de li-vre comércio entre a Chi-na e o Mercosul. É um bom caminho? Considera inevitável?

Se o Brasil não perder seu precioso tem-po com estratégias de protecionismo ao invés de estratégias de penetração, creio que seja uma excelente oportunidade. A “fronteira comercial” é uma porta de

entrada e saída, ou seja, o fechamento da porta de entrada implica também difi-cultar a saída.

B2L – Sobre private equi-ty, existe interesse das empresas chinesas neste tipo de operação com em-presas brasileiras?

A frase “os chineses estão comprando o mundo” é um fato. Primeiro o Sudeste Asiático, depois a África, e agora a Euro-pa. Cada vez mais e de forma mais ou-sada. A primeira onda de investimento chinês foi na área industrial, de produção, principalmente em operações de F&A voltado a marcas ou estruturas logísti-cas globais. Começamos a perceber um movimento gradativo para investimentos ousados e de maior risco. Nesta nova China, o problema não é o capital em si, mas o que fazer com ele e aonde investir.

B2L - Sobre a questão das exportações e importa-ções. Onde estamos sen-do prejudicados?

No famoso “custo Brasil”. Seja na falta de infraestrutura logística doméstica para escoar de forma competitiva a produção nacional ou pelas barreiras diretas ou in-

contato entre companhias brasileiras e chinesas. Radicado na China há sete anos, o administrador criou a empresa a partir de projeto de mestrado em Economia Internacional, feito na Alemanha. Movimenta hoje mais de US$ 100 milhões por ano.

renato de Castro, sócio da Baumann

2 outubro 2012

Page 5: Revista B2L Corporate 8

mErCADo iNTErNACioNAL

Janaína Câmara da Silveira, jornalista que mora em Pequim desde 2007, é uma das criadoras do Radar China, em-presa que busca aproximar os mercados brasileiro e chinês. “Embora os asiáti-cos sejam nossos principais parceiros comerciais desde 2009, pouco conhe-cemos sobre eles. Hoje, 80% da nossa exportação para a China está baseada em commodities, especialmente soja, minério de ferro e petróleo. Perceber novos caminhos desta relação e torná--los menos espinhosos pode ser a chave para a expansão de negócios brasileiros. Por isso o Radar China foi criado”.

Estudos de mercado e setoriais são realizados, bem como organização de missões ao país - da logística aos tradu-tores - fazem parte dos serviços.

Quanto às dúvidas mais frequentes por parte dos empresários brasileiros, Janaí-na esclarece que a maioria das empresas

Radar China Como aproximar mercados

diretas criadas às importações. Somos reconhecidos mundialmente como real economia potencial, discutimos e enten-demos internamente as implicações des-ta posição privilegiada, mas parece que não estamos fazendo o dever de casa.

B2L - Dados sobre a in-flação da China em ju-lho passado sinalizaram uma flexibilização mo-netária por parte de Pe-quim, auxiliando empre-sas ligadas à China a ter um bom desempenho. Qual sua análise?

Governar em um regime que se planeja para os próximos 15 anos permite aos tomadores de decisão uma confortável visão de longo prazo. É como se a Chi-

quer comprar da China. “Por outro lado, vender aqui ainda é algo novo. Estudo fei-to pelo Conselho Empresarial Brasil-Chi-na realizado no primeiro semestre, mos-tra que apenas 52 empresas brasileiras estão baseadas na China. Há mais, e há aquelas que ainda não estão oficialmente aqui, mas tentam abrir mercado”.

Os principais entraves são as dificulda-des de entender a regulamentação chi-nesa, a estrita lei trabalhista, o rigor dos contratos, mas, principalmente, a cultura chinesa, que valoriza o contato pessoal. Essa rede de contatos que muitos cha-mam de “guanxi” acaba por amedrontar os novatos.

mapeamentoJanaína ressalta que é preciso estar atento aos movimentos dinâmicos da economia. Politicamente, a China en-frenta percalços, mas a força do partido

único acaba por promover um padrão de comportamento que, em geral, permite prever os próximos meses. É importante entender que o poder na China é central, embora haja conexões provinciais e locais decisivas na hora de fazer negócio.

Tendo vivido no Rio Grande do Sul, ela faz uma análise sobre o posicionamento

na estivesse jogando uma partida de xadrez com a vantagem de pensar 10 lances à frente. Se formos analisar a balança comercial dos chamados N-11 (Bangladesh, Coreia do Sul, Egito, Fili-pinas, Indonésia, Irã, México, Nigéria, Paquistão, Turquia e Vietnã), a China aparece como um dos dois principais parceiros em todos os países em um dos itens (importação ou exportação) e em seis países considerando os dois itens juntos. Antes de serem aponta-dos como potenciais mercados, a Chi-na já estava desenvolvendo sua estra-tégia de dominação.

B2L - Que estratégias po-dem ser apresentadas no processo de interna-cionalização entre Brasil, China e Europa?

Visão integrada, sistêmica destes mer-cados, independente do tamanho da empresa brasileira. Desenvolvemos, e agora estamos em fase de implementa-ção da estratégia de captação de inves-timentos para a nova Zona de Processa-mento de Exportação (ZPE) do Estado do Acre. Estivemos na China em 2010, visitando uma ZPE local como estraté-gia de benchmarking além da maior fei-ra de negócios do mundo. Com a ZPE já aprovada e funcional, estamos apre-sentando projetos de joint venture para empresas europeias que estão ávidas por soluções rápidas de aumento de competitividade. Combinamos oportuni-dades brasileiras com o know-how eu-ropeu, elevando a competitividade em níveis asiáticos, voltada ao universo e realidade da média empresa.

Janaína Câmara da Silveira, jornalista

Cré

dito

s: T

adeu

Bar

a

3outubro 2012

Page 6: Revista B2L Corporate 8

mErCADo iNTErNACioNAL

“Custo Brasil”

A China importa café da Suíça e dos Estados Unidos, que não plantam café. Importa móveis finos de couro e ma-deira da Itália, que não tem couro e ma-deira. Suco de laranja é fornecido pela Europa que não planta laranja. A visão é de Charles Tang, presidente binacional e fundador da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC) ao apon-tar os segmentos e lacunas que podem ser supridos pelas empresas nacionais no mercado chinês.

Sobre exportações e importações, o presidente é contundente ao afirmar que o Brasil sempre acusou a China de ser o culpado de tudo. “Isto des-via a atenção dos nossos verdadeiros problemas - ‘o custo Brasil’ - que tira nossa competitividade.”

Entre às dicas para a internacionaliza-ção das médias empresas brasileiras, Tang sugere visita à Feira de Guangzhou para comprar na China e as Feiras de Xiamen e de Pequim para atrair inves-timentos. A CCIBC organiza missões para as PMEs. “É importante solicitar junto à Câmara pesquisa de idoneidade da empresa chinesa com quem o em-

presário brasileiro terá negócios.”

Questionado sobre a qualidade dos produtos e soluções para vencer bar-reiras de qualidade, Tang conclui: “A China produz desde o R$ 1,99 até o estado da arte em tecnologia, qualida-de e design. Cabe ao cliente escolher o que prefere”.

Charles tang, presidente da CCiBC

Contraste de investimentos

US$ 12.669 bilhões US$ 572,5 milhões

US$ 10.890 bilhões

China no Brasil Brasil na China

2010 2010 a

20112011

Fonte: Pesquisa Empresas Brasileiras na China: Presença e Experiências, realizada pelo Conselho Empresarial Brasil China

outubro 20124

do Estado com relação à exportação de produtos da cultura local e cita como exemplo os vinhos Miolo. No ano passa-do, graças a uma parceria com importa-dores chineses, a marca gaúcha entrou no mercado chinês. Os sapatos femini-nos do Sul do Brasil também estão co-meçando a dar os primeiros passos no mercado chinês. “O que se percebe, no entanto, são esforços individuais ou de associações - na maioria das vezes com apoio governamental e da Apex. Ainda há muito a ser explorado”.

PeculiaridadesA disposição do empresário em viajar ao país para ampliar laços com os parceiros e atuar no tempo chinês é ponto forte para quem almeja vencer por lá. Bons negócios são realizados à base de con-quista de confiança, o que torna o pro-cesso mais lento.

O mercado ainda não é maduro e a reali-dade pode ser dura para as médias em-presas: o custo de mão de obra chinesa

cresce ano a ano, há bastante concor-rência com marcas estrangeiras e locais - os norte-americanos e os europeus já descobriram a China há décadas, e os chineses acabaram aprendendo a de-senvolver tecnologias e produtos pró-prios. “Ainda assim, em meio à crises econômicas e projeções de crescimen-to do mercado chinês, tudo indica que é preciso estar inserido aqui para crescer internacionalmente”.

Page 7: Revista B2L Corporate 8

Motor

Todos os meses o grupo é reunido em São Paulo. Advogados debatem ten-dências, trocam experiências, escutam especialistas para aprimorar conheci-mento e traçam ações estratégicas para mercados regionais.

Assim caminha a B2L – Business To Lawyers, grupo fundado em abril de 2011, vindo da união de advogados com alto perfil negocial. “Fomos operacionalizados em apenas dois meses – da ideia, plano e

execução”, conta o CEO Rodrigo Bertozzi, sobre o início.

Marcados pela forte característica de ponte entre empresas, fundos de in-vestimentos e corporações nacionais e internacionais, a B2L surgiu da compre-ensão da relação de confiança existente entre os homens e mulheres de negó-cios e seus advogados.

A partir deste conceito, unir sócios com alta expertise na atuação com

ConStRUção de

PaRa médiaS emPReSaSempresas e fundos por todo o Brasil foi questão de tempo. “Mas era pre-ciso ir além. Chegamos onde os olhos do mercado não estavam voltados. Somos condutores de crescimento das médias empresas brasileiras”, ex-plica Bertozzi.

Hoje, com 45 sócios e R$ 5,5 bilhões na plataforma de negócios, o slogan de sucesso do grupo nunca esteve tão evidente: “nós construímos o futuro”.

Colaboradores

Presença no Exterior

Presença no Brasil

Start-up

Negócios cadastrados

Meta 2013

Operações de venda de empresas

Operações de compra de empresas

InvestimentoNegócios fechados

Sócios

Fundadores

Rodrigo Bertozzi Rubens Serra

mais de 650

R$ 5,5 bilhões

R$ 1 bilhão

28%

3%

6%

2 países

23 Estados62%

R$ 12o milhões

43

outubro 2012 5

CAPA

Page 8: Revista B2L Corporate 8

B2L - Quais são os diferen-ciais que a B2L apresenta para as empresas de mé-dio porte?

As empresas de médio porte represen-tam perfeitamente nossa economia. Re-gionalizadas, possuem alicerces em ven-das para o mercado interno, deixando-as menos vulneráveis ao sobe e desce da bolsa - simplesmente porque elas não es-tão ali.

Acreditamos que as empresas de médio porte têm pouco acesso às opções para expandir. É uma briga injusta: não são beneficiadas pelo governo (pois não são micros) e muito menos têm acesso ao crédito barato (pois não são grandes). Ao concentrarmos nossos esforços neste ni-cho de negócios, nossa missão é ajudar as empresas na expansão por meio de operações de compra e venda.

B2L - Como as médias em-presas podem agregar va-lor aos acionistas com a entrada dos fundos?

Determinados segmentos estão em fran-ca expansão como redes de farmácias, tecnologia, infraestrutura, logística e edu-cação. O investidor de fundo quer apostar em empresas sólidas, auditadas e com capacidade de expansão de alto impacto (um crescimento médio de 30% ao ano).

Quando a empresa estiver vendendo mais e, por relação direta, valer mais, o fundo vende a sua participação. E assim as duas partes ganham - o empresário que passa a ter capacidade de investir sem endividamento e o fundo que se reti-ra nesta valorização.

B2L – O que podemos es-perar da B2L em 2013?

A B2L aposta no conhecimento do mer-cado regional, afinal, somos 45 sócios em mais de 100 regiões. Investiremos cada vez mais em rodadas de negócios, meeting sobre compra e venda de em-presas, troca de experiências com gran-des investidores e economistas.

Por conta do volume de negócios, somos recebidos por grandes empresas, fundos nacionais e internacionais que acreditam

em nosso potencial de identificar bons negócios. Queremos que os empreen-dedores compreendam que nós acredi-tamos nas médias empresas e no poder que elas possuem de crescerem. O futu-ro do Brasil está na média empresa.

B2L - Quais as ferramentas necessárias para empre-endedores reinventarem seus negócios?

Mais de 90% das empresas de médio porte são familiares.

É preciso se conscientizar a fazer a lição de casa, como investir em auditoria, go-vernança corporativa e na avaliação da marca da empresa, mesmo que, em cur-to prazo, não esteja nos planos da compa-nhia vender um bloco acionário. Pois isto permite a profissionalização, redução de juros e aumento da capacidade de endi-vidamento de curto, médio e longo prazo.

Assim, as empresas ficam preparadas para o crescimento com os fundos de investimentos, e as chances de con-quistar um capital de risco tornam-se mais viáveis.

o futuro do Brasil está na média empresa

Rodrigo Bertozzi - CEO

Atuamos na busca constante de negócios para nossos clientes. Representamos cen-tenas de empresas nacionais e internacionais com valor de mercado que ultrapassa R$ 100 bilhões.

Diferencial estratégico

outubro 20126

CAPA

Page 9: Revista B2L Corporate 8

B2L - Quais os requisitos necessários para uma empresa de médio porte atrair investidores? Como é avaliada a capaci-dade de valorização da empresa?

Os requisitos necessários são única e exclusivamente de-monstrar o crescimento nos últimos anos e o potencial de crescimento futuro. A capacidade de valorização está atrelada à atividade, à transparência e à aplicação, mesmo que inicial, das práticas de governança corporativa.

B2L - Qual o perfil ideal de empresário na visão dos fundos?

Um perfil empreendedor e que tenha profundo conhecimento do seu negócio.

B2L - As empresas de médio porte estão prontas para os fundos de private equity? Ainda persiste o temor da perda de con-trole e gestão?

Algumas empresas já estão prontas sim. O que falta é a opor-tunidade de serem apresentadas aos private equity. Na maioria das vezes, não há a necessidade da perda de controle e, não existe, portanto, temor algum.

B2L - Como os fundos de private equity podem mudar a velocidade da empresa? Empresa investida, da governança cor-porativa até o desinvestimento no ciclo final: como agregar valor aos acionistas?

Além da ajuda financeira, visando aceleração de crescimento, os fundos de private equity dão velocidade na gestão, na disci-plina das ações e na cobrança da utilização correta das práticas atuais adotadas pelas médias empresas. A contribuição dos fundos se dá ainda nas estratégias futuras para maximização do valor da empresa.

B2L - Como a B2L vem desbravando oportunidades pelo Brasil? Qual o dife-rencial dos nossos sócios?

A B2L está presente em todos os Estados da Federação. Isto tem sido um diferencial fantástico junto aos Fundos. A proxi-midade dos sócios com os seus clientes e, principalmente, o pleno conhecimento da sua região têm sido fundamentais.

B2L - Como a B2L atua em operações de maior complexidade? Até onde a exper-tise regional é determinante para o fe-chamento dos contratos?

As situações de maior complexidade são vistas com muita se-riedade e naturalidade. Além de parceiros com expertise em cada um dos setores da economia, temos os nossos clientes com profundo conhecimento do seu negócio, como os nossos maiores aliados ao enfrentamento destas situações de com-plexidade.

B2L - Como se deu a origem do grupo B2L? Qual foi o chamado “pulo do gato”?

A origem veio do meu DNA e do Bertozzi de empreendedores natos. Vimos que se o que movimenta este país são as mé-dias empresas, é lá que devíamos estar. Conseguimos ainda agregar ao nosso grupo os melhores advogados em negócios em todas as regiões. Além disto, somados nossos networking, conquistados ao longo dos anos no mercado, temos acelerado o nosso sucesso.

B2L - O que um empresário de média ou grande empresa irá encontrar na B2L?

O empresário terá desde o primeiro contato a certeza que a sua oportunidade de negócio será tratada como única. Terá ain-da transparência, objetividade e principalmente, velocidade no encaminhamento junto aos investidores.

Na B2L, a sua oportunidade de negócio será tratada

como única

Rubens Serra - Presidente do Conselho

outubro 2012 7

CAPA

Page 10: Revista B2L Corporate 8

oPorTuNiDADES

%

$

%

Venda

Start-up

Investimento

Compra

13?8

13?8

13?8

13?8

13?8

%

%

%

%

$

$

$

$

%

%

%

60

6Quantidade porsegmento

Percentual da quantidade total

Percentual do valor total

Valor

3

27

R$ 3,358 bilhões

R$ 129 milhões

R$ 930 milhões

R$ 1 bilhão

74,41%

2,86%

22,73%

62%

6%

3%

28%

Segmento

Agronegócio

Alimentos

Construção

Educação

Empreendimentos imobiliários

Energia

Energia Eólica

Esportes

Esportiva

r$ 840 milhões

r$ 247 milhões

r$ 50 milhões

r$ 112 milhões

r$ 54 milhões

r$ 200 milhões

r$ 12 milhões

r$ 15 milhões

r$ 6 milhões

9%

5%

5%

3%

3%

3%

1%

1%

1%

18,62%

5,47%

1,11%

2,48%

1,20%

4,43%

0,27%

0,33%

0,13%

% % ValorValor

outubro 20128

CAPA

Page 11: Revista B2L Corporate 8

%

%% %

%

%

%

%

%%

%

%

%

%

%

%

%

%

%

%

$

$$ $

$

$

$

$

$$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

Percentual do valor totalValor

imobiliário

indústria

Logística

metal mecânico

Publicidade

Saúde - Farmácias

Saúde - Hopitais e Clínicas

Serviços

Sucroalcooleiro

Tecnologia

Telecomunicações

Transportes

Turismo

Varejo

r$ 446 milhões

r$ 440 milhões

r$ 300 milhões

r$ 48 milhões

r$ 40 milhões

r$ 50 milhões

r$ 60 milhões

r$ 8 milhões

r$ 915 milhões

r$ 243 milhões

r$ 18 milhões

r$ 6 milhões

r$ 119 milhões

r$ 271 milhões

11%

19%

3%

3%

1%

3%

1%

3%

2%

6%

2%

1%

5%

5%

9,88%

9,75%

6,65%

1,07%

0,89%

1,11%

1,33%

0,19%

20,28%

5,38%

0,40%

0,13%

2,64%

6,01%

ACrE rio GrANDE Do SuL

miNAS GErAiS

SANTA CATAriNA

GoiáS

PArá

PiAuÍ

SÃo PAuLo

PArANámATo GroSSo Do SuLDiSTriTo FEDErAL

ALAGoAS

BAHiA

CEArá

rio DE JANEiro

ESPÍriTo SANTo

mATo GroSSo

rio GrANDE Do NorTE

PArAÍBA

r$ 180 milhões

r$ 754 milhões

r$ 384 milhões r$ 107 milhões

r$ 20 milhões

r$ 166 milhões

r$ 14 milhões

r$ 1 bilhão

r$ 226 milhões

r$ 426 milhões

r$ 26 milhões

r$ 226 milhões

r$ 327 milhões

r$ 21 milhões

r$ 85 milhões r$ 40 milhões

r$ 152 milhões

r$ 92 milhões

r$ 200 milhões

3,99%

16,71%8,52% 2,38%

0,44%

3,68%

0,31%

23,58%

5,01%

9,45%

0,58%

5,01%

7,26%

0,47%

1,88% 0,89%

3,38%

2,03%

4,43%

outubro 2012 9

CAPA

Page 12: Revista B2L Corporate 8

Rodrigo Bertozzi CEO

Curitiba

Nós construímos o futuro

SÃo PAuLo

SÃo PAuLo

PArANá miNAS GErAiS

rio DE JANEiro

ESPÍriTo SANTo

Carlos Colenci

Ezequiel de Melo C. Netto

Adriano Mezzomo

Patrícia Brum

Felipe Oliveira

Gleyse Gulin de Albanese

Ricardo Barros Brum

Marcelo Sartori

Marina Emilia B. Valente Baggio

Maurício Perucci Rodrigo Valverde

Rubens Gaspar Serra Presidente do Conselho

Botucatu

Belo Horizonte

Rio de Janeiro

Vitória

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

Vitória

Ribeirão Preto

Campinas São Paulo

São Paulo

Campinas

SóCioS

outubro 201210

CAPA

Page 13: Revista B2L Corporate 8

Negócios: Tocantins

Tecnologia e Startups

Negócios: Rio

Porto de Suape

O trinômio rodovia/ferrovia/hidrovia oportuniza forte logística para distribuição às regiões Nor-te/Nordeste/Centro-Oeste, bem como expor-tação e importação. A Ferrovia Norte-Sul escoa a produção agrícola e de minérios. Em breve a Ferrovia Leste-Oeste estará pronta, viabili-zando exportação e importação para países asiáticos. As plataformas multimodais ligadas às ferrovias estão em conclusão e viabilizarão a instalação de modernos parques industriais. O agrobusiness apresenta extensas áreas disponíveis para expansão do plantio de soja, destinada à exportação. Reflorestamento terá investimentos privados de R$ 2,5 bilhões nos próximos quatro anos.

Em tempos de uso massivo das redes so-ciais, as startups digitais que focarem em captar, filtrar e transformar em números o comportamento dos usuários terão sucesso em várias áreas nas quais tais informações podem ser utilizadas como ferramentas de marketing e de planejamento estratégico. O desafio do setor tecnológico é acompanhar os ciclos de lançamento de novidades cada vez mais curtos e efêmeros. Portanto, quem for igualmente rápido em extrair informações e transformar em dados (leia-se números) terá mais tempo de seu lugar ao sol.

O Rio de Janeiro vem atraindo investimentos de R$ 211,5 bilhões entre 2012 e 2014 - aumen-to de 67,5% em relação ao período 2010/ 2012. Destacam-se os setores de óleo e gás, mine-ração, naval, siderurgia, petroquímica, veículos, eletroeletrônicos, papel e celulose, têxteis, ho-telaria e turismo. Os investimentos diretos em instalações olímpicas somam R$ 8,6 bilhões. O valor chega a R$ 17,9 bilhões quando se levam em conta empreendimentos relacionados à Copa e aos Jogos Olímpicos. A cidade absorve 1/4 do investimento estrangeiro direto no país e está alocando US$ 7,8 bilhões em novos proje-tos de infraestrutura e transporte.

Nos últimos oito anos, o Porto de Suape (PE) vem atraindo investimentos relevantes, como refinaria, estaleiros, além de várias empresas dos segmentos naval, energético, petroquímico, alimentício e logístico. Ao todo, o Complexo pos-sui 100 empresas já instaladas e 50 em fase de implantação. Concentra em seu raio de 800 km, mais de 80% do PIB do Nordeste. Para evitar o esgotamento de Suape e aumentar as opções ao empresariado, foi realizada a dragagem do Porto de Recife, permitindo seu reaproveitamen-to e iniciados os estudos para um novo porto no Litoral Norte. Se confirmado, conferirá suporte às novas fábricas da Fiat e da Hemobrás.

Adriano Guinzelli

André de Vasconcellos Chaves

Adriano Mezzomo

Bruno Coêlho da Silveira

oportunidades e TendênciasExPErTiSE

outubro 2012 11

CAPA

Page 14: Revista B2L Corporate 8

mArANHÃo

BAHiA

CEArá

rio GrANDE Do NorTE

PArAÍBA

PArá

PErNAmBuCo

ToCANTiNS

roNDôNiA

ALAGoAS

Ulisses César M. de Sousa

Emilia Azevedo da Silva

Eugênio Vasques

André Elali

Wilson Furtado Roberto

Tito Eduardo V. do Couto

Bruno Coêlho da Silveira

Adriano Guinzelli

Edson Antônio Sousa Pinto

Telmo Barros Calheiros Júnior

Vitor Cardoso

Wilton dos Santos Mello Júnior

Helder Nascimento

José H. Reis de Azeredo

São Luís

Salvador

Fortaleza

Natal

João Pessoa

Belém

Recife

Palmas

Porto Velho

Maceió

São Luís

Feira de Santana

Fortaleza

Natal

outubro 201212

CAPA

Page 15: Revista B2L Corporate 8

Indústria Alimentícia

Postos e combustíveis

Varejo

Setor Mineral

Apenas no primeiro semestre de 2012, um crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior no segmento de e-commerce - segundo consultoria realizada pela E-bit. O comércio via celular ajudará neste crescimen-to: só o Brasil deve movimentar R$ 2,5 bilhões no setor em 2014, segundo a E-Consulting. A quantidade de fundos de investimentos e os valores disponibilizados na busca por empresas do setor também tem crescido. O Brasil vive um momento positivo para essas negociações. Exemplo recente é o fundo alemão Rocket, que decidiu investir nas empresas de e-commerce Dafiti e FiveBlue, do setor de moda e vestuário.

Podemos creditar à indústria alimentícia a sustentabilidade do nosso crescimento eco-nômico nos últimos anos, decorrente do sig-nificativo crescimento de sua participação no PIB e pela liderança nas fusões/aquisições, que deverão ser mantidas para os próximos anos. A participação no PIB vem ancorada nas projeções do aumento do consumo; já fusões/aquisições pela necessidade da integração de sinergias para ganho produtividade/lucrativida-de, especialmente às empresas de médio por-te do setor, vista a consolidação dos grandes players do mercado.

O mercado de combustíveis tende a se manter aquecido, devido aos incentivos tributários e me-lhoria das condições econômicas da população. A expectativa para gasolina e diesel (em menor proporção) é positiva. O etanol tende a registrar trajetória oposta, pois vem sofrendo com o pre-ço não competitivo em razão da escassez da matéria prima. Os desafios são grandes dadas à concorrência acirrada, exigências legais e regras da ANP. Somam-se às incertezas que rondam o setor de óleo e gás, relacionadas ao possível re-ajuste da gasolina, a produção do pré-sal abaixo do esperado, e a falta de previsão para novas ro-dadas de licitação para exploração do petróleo.

O setor de varejo enfrentará alguns desafios para crescer no ano de 2013. Apesar do bom momento econômico que o país atravessa, de-corrente principalmente do aumento da massa salarial e da manutenção e expansão do empre-go e renda, é preciso certos cuidados com os efeitos que a crise externa ainda pode ocasionar nos próximos dois a três anos. Oportunidades de crescimento para as médias empresas brasi-leiras exigirão habilidades para superar a pesada burocracia e os gargalos de infraestrutura. Será preciso vencer os concorrentes na disputa por bons fornecedores, funcionários e fontes de re-cursos para financiar o crescimento.

Embora o cenário econômico-financeiro mun-dial esteja nebuloso para as grandes empresas de mineração, surgem boas oportunidades para as pequenas e médias mineradoras. Com a divulgação do Plano Nacional de Logística: Ro-dovias e Ferrovias, do Governo Federal, os in-vestimentos em logística e infraestrutura serão incentivados, sendo possível (e viável) para as pequenas e médias mineradoras a exploração de áreas no Norte e Nordeste do país, ricas em cassiterita, nióbio, manganês e, dentre outros, um grupo minerário, hoje em voga, denomina-do de terras raras – minérios esses, que pos-suem grande demanda em escala global.

Mauricio Perucci

Ezequiel de Melo C. Netto

Raul Astutti

Edson Pinto

E-CommerceRodrigo Valverde

outubro 2012 13

CAPA

Page 16: Revista B2L Corporate 8

CAPA

Mercado EsportivoReal Estate

Mercado Automotivo Indústria metal-mecânica

Com a finalização das eleições municipais, o Governo Federal prepara a agenda da sucessão. O mercado estará aquecido e especialmente aqueles voltados à insumos para a infraestrutura. O esforço governamental será para a en-trega efetiva dessas obras e das ações, visando os ganhos políticos regionalizados, com impacto positivo na eleição nacional. A demora em elaborar os projetos executivos e a burocracia inibiram novos processos licitatórios no âmbito nacional, salvo aqueles noticiados. Atenção maior para o governo estadual cujas licitações são, em tese, mais céleres.

O Brasil tende a deixar de ser apenas um ber-ço formador de atletas de futebol para se tor-nar um grande mercado da bola. A perspectiva de negócios deve saltar de R$ 1,9 bilhão para R$ 3 bilhões em 2014. Empresas como Am-bev e Nike investem por ano R$ 30 milhões e R$ 80 milhões, respectivamente. O lucro líqui-do da CBF foi ampliado com os amistosos da Seleção Brasileira, cujos jogos estão rendendo cerca de R$ 30 milhões por ano. Ainda, segun-do prospecção feita pelo Governo Federal, a expectativa é de R$ 183 bilhões acrescenta-dos ao PIB até 2019, apenas com a Copa do Mundo de 2014. O Brasil é a bola da vez no mercado mundial do futebol.

O mercado de real estate brasileiro continuará aquecido em 2013, principalmente no nicho de imóveis corporativos e built to suit. Outros ni-chos que deverão apresentar crescimento são o de imóveis no entorno de grandes obras de infraestrutura e condomínios logísticos. Fundos imobiliários continuam tendo sucesso na cap-tação de recursos. Segundo a Consultoria ITC, até 2015, serão construídos 186 novos shopping centers no Brasil, o que exigirá um investimen-to superior a US$ 8,6 bilhões. Alguns setores imobiliários terão seus preços reavaliados para baixo em razão do alto estoque das construto-ras, o que pode gerar excelentes oportunidades de investimento, e de fusões e aquisições de construtoras e incorporadoras.

Sabidamente, o mercado automotivo brasileiro é e deverá continuar a ser um dos mais atrativos de todo o planeta, especialmente sob o ponto de vista das empresas montadoras de veículos, atu-almente sacrificadas em seus países de origem e em seus mercados tradicionais, já maduros e muitas vezes saturados. Concorrentemente, as restrições tributárias impostas aos importadores de veículos estão provocando maior procura do país para instalação de novas plantas industriais. Trata-se de uma realidade que poderá gerar para toda cadeia de negócios, desde os mais básicos (setor imobiliário), aos mais sofisticados (servi-ços), inúmeras oportunidades.

A descentralização do foco industrial da Região Sudeste para outras regiões, notadamente Sul e Nordeste, alavancam o potencial do setor metal-mecânico. Os investimentos previstos em logística viária demandam maior movimentação da cadeia produtiva. A revitalização da indústria naval para fazer frente aos novos complexos por-tuários cria demandas importantes, bem como a necessidade de atendimento às obras de infraes-trutura para a Copa por meio de equipamentos, peças e prestação de serviços no setor. Essas condições representarão avanço para indústria e maiores chances de superação dos obstáculos cambiais e estruturais.

Dayan Daniela da Rosa Luzzoli Danny Fabrício C. Gomes

Marcelo Sartori Luciana Farias

Mercado LicitatórioCarlos Colenci

outubro 201214

Page 17: Revista B2L Corporate 8

CAPA

mATo GroSSo

GoiáS

DiSTriTo FEDErAL

mATo GroSSo Do SuL

Raul Astutti Delgado

Gustavo Augusto H. Sardinha

Mauro Moreira de O. Freitas

Ilson Cherubim

SANTA CATAriNA

rio GrANDE Do SuL

Dayan Daniela da Rosa Luzzoli

Felipe Lollato

André de Vasconcellos Chaves

Francisco Rangel Effting

Luciana Farias

Caçador

Porto Alegre

Porto Alegre

Florianópolis

Florianópolis

Rondonópolis

Goiânia

Brasília

Nova Andradina

PArANá

Daniel Glomb

Lara Selem

Osmar Alves da Silva

Ricardo Becker

Curitiba

Curitiba

Curitiba

Londrina

Euclides Ribeiro

Danny Fabrício Cabral Gomes

Cuiabá

Campo Grande

outubro 2012 15

Page 18: Revista B2L Corporate 8

CAPA

Indústria FarmacêuticaPorto de Itajaí

Empreendimentos Ambientais

Início da B2L 1º Meeting B2L

Negócios: China

Setor vive um processo de reinvenção. Até 2013, expirarão patentes que rendem US$ 100 bilhões ao redor do mundo. Com isso, começam duas corridas que podem aquecer o mercado brasi-leiro. A primeira para as indústrias brasileiras de genéricos e similares que terão a oportunidade de explorar o mercado com medicamentos que possuem faturamentos astronômicos, como Via-gra ou Lipitor.

A segunda vem das parcerias das grandes multi-nacionais do setor com as instituições de ensino. Já que menos de 30% das pesquisas chegam de-finitivamente às prateleiras, e levam muitos anos - as parcerias com Universidades se mostram como uma ótima saída para o corte nos custos.

Desde 1966, o Porto de Itajaí (SC) está entre os mais cobiçados para investimentos. Situ-ado 95 km ao Norte de Florianópolis, ocupa a terceira colocação no ranking nacional de ex-portações de contêineres. Estão incluídos em seus planejamentos de expansão, a construção de nova bacia de evolução do complexo, obras de recuperação e arrendamento dos berços 2, 3 e 4 do Porto. Apenas no mês de agosto, o Porto registrou alta de 6% na movimentação de cargas, somando operações de 7,41 milhões de toneladas. A autoridade portuária busca investi-mentos contínuos na infraestrutura, em espe-cial da iniciativa privada.

O ideal seria o devido cumprimento das nor-mas ambientais em vigor, com redobrada aten-ção às nuances das novas normas, tais como: a Lei Complementar 140/11 (competência para licenciamento) e o Novo Código Florestal (Lei. 12.651/2012), bem como a busca de um auxílio jurídico no que tange à obediência aos Princípios do Equador para fins de financiamento por ins-tituições respeitadas, renomadas e signatária, que objetivam minimizar ou isentar-se dos ris-cos ambientais inerentes de seus empréstimos, diante de sua responsabilidade solidária. São tendências seguidas pela nova geração de em-preendedores ambientais.

Brasil e China vêm criando canais de desenvol-vimento do comércio bilateral, apresentando resultados positivos e históricos. A China é hoje nosso principal parceiro comercial, superando os Estados Unidos. O comércio entre os dois paí-ses movimentou US$ 84,5 bilhões em 2011. Na última década, o número aumentou de US$ 2,3 bilhões para US$ 77 bilhões.O governo sabe que as exportações brasileiras para a China se con-centram em commodities, e o que se quer agora é estimular as vendas externas também de ma-nufaturados para os chineses. Essa é a grande oportunidade que o empresariado brasileiro tem hoje à sua frente.

Gustavo Augusto H. SardinhaFrancisco Rangel Effting

Gleyse Gulin de Albanese

2011 AGO 2011

Mauro Moreira de O. Freitas

outubro 201216

Page 19: Revista B2L Corporate 8

CAPA

Material de Construção

Setor Imobiliário

Mercado de Saúde – Hospitais

Concessionárias

Revista B2L Corporate 1 2º Meeting B2L

Mega Operação de R$ 120 milhões

A desaceleração da economia fez com que o mercado da indústria de materiais de constru-ção tivesse um índice de crescimento abaixo do esperado para 2012. Porém, mesmo com a estagnação no setor da construção civil, esse mercado espera um crescimento maior em 2013, próximo ao faturamento recorde de 2011, que ultrapassou os R$ 112 bilhões. A retomada dos setores de infraestrutura e imobiliário, atre-lada às encomendas das empresas de constru-ção, sobretudo para o programa “Minha casa, Minha vida”, e pelos empreendimentos para as classes médias e média-alta, fortalecerão o se-tor, gerando oportunidades para as empresas de porte médio e consolidando ainda mais os grandes home centers em 2013.

Será que vivemos uma bolha imobiliária? Depois de um crescimento vertiginoso nos últimos quatro anos, o que se observa na realidade é uma acomo-dação dos preços. Ouso dizer que não existe essa questão de bolha. O crescimento ainda está aquecido. Segundo pesquisa realizada pela Da-tastore, em cidades como Brasília, Fortaleza e São Luiz, a perspectiva de intenção de compra do con-sumidor para os próximos 12 meses está acima de 30%, ponto de equilíbrio do mercado. Muitas empresas ainda planejam manter seus investimen-tos para 2013, principalmente após os estímulos da economia. Ainda há espaço para crescer, e no inte-rior também estão as oportunidades.

Aquisições em saúde continuarão em alta em 2013. Há uma forte tendência para a verticaliza-ção da Saúde no Brasil. Planos de saúde adqui-rem hospitais ou serviços de análise clínica ou por imagem, como hospitais concentrando ou-tros serviços satélites. O ingresso das classes C e D neste mercado também fortalece o setor, pois uma fatia maior da população está tendo acesso a planos de saúde, logo, à rede privada de atendimento. A falta de investimentos no setor público força a migração para o setor pri-vado. Por fim, a atual restrição aos investimen-tos estrangeiros em hospitais deve cair ou ser amenizada no curto ou médio prazo.

Para o setor automobilístico, o pensamento em relação ao ano de 2013 é de crescimento das vendas. A abertura de mercado e a livre concorrência impulsionam o setor a elevar a qualidade dos produtos, oferecendo mais tecnologia, segurança e economia. A maior oferta de crédito e os juros cada vez meno-res, impulsionados pelo crescimento do nos-so país, também são fatores determinantes para que o consumidor se interesse mais pela aquisição de automóveis e diminua o tempo de troca de um veículo para outro.

Vitor Eduardo M. Cardoso

Wilton dos Santos Mello Júnior

Ricardo Becker

Wilson Furtado Roberto

NOV 2011MAI 2012

ABR 2012

outubro 2012 17

Page 20: Revista B2L Corporate 8

CAPA

Mercado Publicitário Varejo Eletro-Eletrônico

Educação Logística

Há no Brasil cenário favorável para a geração de energia através de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Estas demandam baixo investimento, geram pouco ou mesmo nenhum impacto ambiental, fazendo do Brasil um país privilegiado no potencial de geração de energia renovável. Tudo isso aliado às perspectivas de crescimento do país nos próximos anos - incrementando a demanda por energia e ao crescente acionamento de energia térmica pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, para complementar a geração hídrica.

No primeiro semestre de 2012, o mercado publicitário movimentou R$ 19,6 bilhões, com crescimento de 11% sobre o mesmo período de 2011. Destaque para investimen-to dos anunciantes com compra de espaço para anúncio nos veículos de comunicação (R$15,9 bilhões) somado aos gastos com a produção dos comerciais (R$ 3,7 bilhões). A internet é a bola da vez. Encerrou o período com R$ 738,9 milhões de faturamento bruto e 5,17% de participação de mercado. A TV faturou R$ 9,2 bilhões no período. Cresci-mento deve ser de 31% entre 2012 e 2013, conforme pesquisa do Grupo Publicis. Cená-rio também é positivo para investimento.

Segundo a Câmara Brasileira de Comércio Ele-trônico, o segmento deve movimentar cerca de R$ 2 bilhões ao final de 2013 e atingir 10% do total dos negócios realizados pelo comércio ele-trônico brasileiro. Hoje, o m-commerce repre-senta 1,3% do faturamento do e-commerce. A expansão se deve principalmente à maior pene-tração de dispositivos com acesso à internet, principalmente os smartphones, antes acessí-veis apenas para as classes A e B. O grande de-safio está no aumento das taxas de efetivação da compra. A expectativa é de que as vendas aumentem, conforme as pessoas se conven-çam da segurança dessas operações.

Esse é um segmento que merece atenção especial dos investidores para os próximos anos. Operações societárias no setor da edu-cação continuarão a movimentar o mercado em 2013, sobretudo nas regiões Norte, Nor-deste e Sudeste. Foram movimentados R$ 6,7 bilhões nos últimos cinco anos em fusões e aquisições; 133 instituições foram ad-quiridas em 125 cidades (2 milhões de alunos). Aquisições de cursos de idiomas (há grandes eventos internacionais no Brasil nos próximos anos); incremento da Educação À Distância (EAD) e a busca por novos formatos no ensino de terceiro grau devem formar um ambiente ainda mais favorável a novos negócios.

O setor de logística passará por ajustes seve-ros. Com a publicação do marco legal relativo ao desempenho dos motoristas, necessário será o ajuste de prazo de entrega, preço de frete, lo-cais de parada, dentre outros. É nesse momento que as oportunidades de M&A ocorrerão, já que somente as mais eficazes devem sobreviver. A política governamental de redução dos juros der-rubou a taxa do Finame para a aquisição de bens para o ativo imobilizado. Atualmente pratica-se 2,5% a.a., o que permite um planejamento mais agressivo de ampliação das frotas. O mercado de usados praticamente se estagnará enquanto as taxas praticadas forem as atuais.

Emília Azevedo da Silva Eugênio Vasques

Helder Nascimento Ricardo Barros Brum

PCHsDaniel Glomb

outubro 201218

Page 21: Revista B2L Corporate 8

CAPA

Mobilidade Urbana

Indústria Aeronáutica

Siderurgia

Negócios: Califórnia (EUA)

O interesse mundial pelo Brasil vem crescendo em velocidade estonteante, e a capital carioca, em especial, transformou-se em um imenso can-teiro de obras. Projetos de mobilidade urbana es-tão movimentando não só o setor de transporte, mas, também, outros setores coligados, como o da construção de estradas, pontes e túneis, bem como o de Tecnologia da Informação. As oportunidades para inúmeros setores continuam abertas, crescentes, principalmente para empre-sas de médio porte. Frente a essa perspectiva tão promissora, nós da B2L estamos rastreando, em todo o território nacional, as melhores e mais concretas oportunidades para nossos clientes.

Consolidada no mercado internacional nos segmentos civil e defesa, a indústria nacio-nal demanda serviços de apoio de forma a manter as frotas operacionais e empresas que disponibilizem serviços de grande porte nas áreas de manutenção (MRO) e logísti-ca. Sobre a aviação comercial brasileira que, como outros setores, vieram a sofrer com a retração do mercado face aos atentados de 11 de Setembro, hoje volta aquecida, renova-da, e vem até mesmo ampliando suas frotas, fortalecendo assim, as encomendas de nossa indústria aeronáutica.

A produção siderúrgica se concentra em duas atividades principais - produção de ferro e de aço longo. A produção de ferro gusa está dis-tribuída entre os Estados do Pará e Maranhão (maior produtor pela existência de mais fornos ligados). É aguardada com grande expectativa a implantação na cidade de Marabá (PA), da em-presa Aços Laminados do Pará (ALPA), empresa 100% VALE, que produzirá aço longo e aço plano para exportação e para o mercado interno. Mui-tas empresas deverão se implantar em Marabá para utilizar o produto da ALPA e produzir tubos, vagões, parte da linha branca, botijões, etc. A re-gião deve explodir em oportunidades!

O ano de 2013 promete sedimentar o renasci-mento da construção residencial no Estado da Califórnia (EUA), principalmente no que se re-fere ao mercado de apartamentos (multi-family units). Último estudo econômico divulgado pela UCLA projeta para 2013 um crescimento de 44% no mercado da construção residencial - projeções para 2014 são ainda melhores, com crescimento extra de 78%. Estima-se que as construtoras irão iniciar mais de 69 mil edifí-cios no Estado - maiores números em mais de uma década. A Califórnia é um motor de ino-vação sem precedentes, com lançamento de novos produtos e idéias em moda, tecnologia, móveis e design.

Felipe oliveira

Marina Emilia Baruffi V. Baggio

Tito Eduardo V. do Couto

Patricia Brum

B2LCom perfil empreendedor, a B2L atua na compra e venda de empresas, projetos financeiros, investimentos estrangeiros, fusões e aquisições em-presariais, captação de recursos e negócios diversificados. Para mais infor-mações, acesse o site www.b2law.com.br

outubro 2012 19

Page 22: Revista B2L Corporate 8

“Cenário aquecido e preços elevados. Ao reunir 214 companhias e represen-tar mais de 85% da produção mine-ral, o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) avisa: serão US$ 75 bilhões em investimentos nos próximos 4 anos.

Abrindo nossa reportagem especial sobre a mineração no Brasil, o di-retor de Assuntos Minerários, Mar-celo Ribeiro Tunes, fala de gestão, oportunidades, competitividade e novos players.

ESPECiAL

Page 23: Revista B2L Corporate 8

empresas

empresas

investimentos do setor no Brasil de 2012 a 2016. Destes, 61,38% estão concentrados no minério de ferro

Produção mineral Brasileira (PmB) em 2011

Crescimento em 2012 Saldo Balança Comercial da mineração de 2011

Toneladas de minério de ferro produzidas ano pas-sado, alta de 25%

Empregos diretos em 2011(175 mil criados pela indústria de extração mineral)

China, Coreia do Sul, Índia, além da demanda interna no Brasil, impulsionam a minera-ção nacional

Crescimento de 2001 a 2011

os preços médios das commodi-ties minerais devem se manter em patamares considerados elevados, mesmo com a crise nos países europeus

empresas

empresas

empresas

empresas

Sudeste

Sul

Centro-oeste

Nordeste

Norte

7.932

3.392

US$ 75 bilhões

US$ 50 bilhões

5% a 8%US$ 38,4 bilhões

550%

3,8% do PiB do Brasil

467 milhões

2,2 milhões

1.901942

1.258

439 Font

e: D

NPm

/20

11Fo

nte:

iBr

Am

ESPECiAL

Page 24: Revista B2L Corporate 8

B2L – O crescimento da produção acompanha o ritmo dos investimentos no setor mineral brasilei-ro? Quais as perspectivas e projeções para os próxi-mos anos?

O setor mineral vai investir US$ 75 bi-lhões no Brasil. O maior interesse por projetos minerais reflete o cenário de demanda aquecida e preços elevados, impulsionado pelo crescimento mundial, especialmente dos países emergentes.

Um exemplo do atual nível de procura pelos insumos minerais, principalmente pela China, é o aumento da produção brasileira de minério de ferro. Em 2011, foram produzidas cerca de 467 milhões de toneladas, quantidade 25% maior do que a registrada em 2010.

Os bons resultados também podem ser observados em outros minerais. A pro-dução de ouro aumentou 13% e atingiu 66 toneladas. Para este ano, a expecta-tiva é que atinja 70 toneladas. O nióbio passou de 80 milhões para 90 milhões de toneladas.

B2L - Pesquisa. Qual é o potencial dos recursos minerais no país?

Em pesquisa mineral, dos US$ 10,7 bi-lhões aplicados no mundo inteiro em 2010, o país correspondeu a apenas 3%, enquanto Chile e Peru, por exem-plo, representaram 5% cada, de acordo com dados do Metals Economic Group. Considerando a extensão territorial, a si-tuação fica ainda mais crítica. Nesse ce-nário, os peruanos investiram 11 vezes a mais que o Brasil, enquanto que o aporte financeiro aplicado pelos chilenos foi 18 vezes maior.

B2L - Hoje, como a legisla-ção brasileira trava gran-

des investimentos nacio-nais e internacionais?

O que mais posterga e dificulta a entrada de novos projetos de mineração e outros

tes. Onde estão as lacu-nas e quais as medidas necessárias para reverter o quadro?

Primeiro precisamos ressaltar que, em algumas situações, não há o que fazer, como é o caso do carvão. No Brasil são poucos os indícios de jazidas de carvão siderúrgico, apenas o térmico. Há pers-pectivas na parte subterrânea do território brasileiro, mas que, em princípio, depen-dem de novos processos, tecnologias e dos respectivos investimentos. Sendo assim, no futuro mais próximo continua-remos dependentes deste bem mineral.

Agora, essa situação não é regra. O pri-meiro desafio para reverter a dependên-cia de certos minerais é melhorar a pes-quisa geológica básica. No Brasil, menos de 30% do território nacional é mapeado geologicamente de forma adequada para mineração, ou seja, numa escala mínima de 1:100 mil.

Além disso, o país precisa se tornar com-petitivo diante dos concorrentes. Seguin-do o exemplo dos insumos de fertilizan-tes, 92% do potássio consumido pelo Brasil é importado. Para piorar o cenário, um estudo realizado pela Ernst&Young, encomendado pelo IBRAM, mostra que o Brasil possui a maior carga tributária no mundo para este bem mineral. No caso do fosfato, a importação brasileira é de 50% e a tributação é a 2ª maior mundial.

B2L - Gestão. Qual o perfil das indústrias de minera-ção do Brasil? Modelos de alto desempenho e gover-nança já estão dissemi-nados? Ainda há espaço para empresas de origem familiar? Modalidades de private equity ganham força no setor?

projetos industriais no Brasil são os en-traves burocráticos do licenciamento am-biental. Deve-se fazer uma diferença entre exigência ambiental e entrave burocrático. A exigência ambiental deve ser respeitada, é legítima e deve ser analisada.

Agora, o que nós estamos assistindo não são exigências ambientais, e sim burocráticas. A burocracia leva à perda de recursos e de tempo que pode nos levar a perder o timing do fornecimento de matéria-prima para o mundo.

B2L - O Brasil é um gran-de produtor, mas ainda é dependente de alguns minerais estratégicos para a economia, como na indústria de fertilizan-

Marcelo ribeiro tunes (iBrAM)

ESPECiAL

Page 25: Revista B2L Corporate 8

Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), em 2011, existiam cerca de 8 mil empresas de mineração no Brasil, com variados perfis quanto ao porte (capital, investimentos, produção, pessoal empregado, etc.). Várias delas têm alto desempenho e governança elevada e isso está sendo paulatinamente disseminado às demais mineradoras. Quanto ao espaço para empresas de origem familiar, pode-se dizer que ele existe. Talvez, a principal ra-zão seja a grande variedade de bens mi-nerais produzidos no país – mais de 80 – aliada à extensão continental do Brasil. Assim, por exemplo, argilas para cerâ-micas vermelhas (telhas, tijolos, etc.), areias e outros minerais para a constru-ção civil, os chamados agregados, são minerados praticamente em qualquer dos 5 mil municípios do país.

De uma forma geral são operações de pequeno porte que se adaptam perfei-tamente numa estrutura de empresa de base familiar.

No que tange ao private equity, ele ainda é pequeno no Brasil comparati-vamente ao porte total e a importância da indústria da mineração aqui. Pode--se apontar a ausência de legislação adequada como sendo o principal fator que inibe o crescimento dessa moda-lidade de aportar recursos financeiros para pesquisa de mineração.

B2L - As gigantes ainda concentram a maioria ab-soluta da produção e dos investimentos? Há opor-tunidades para novos players no setor? Somos competitivos internacio-nalmente?

No Brasil, muito mais pela concentração em um único bem mineral – minério de ferro, que, modernamente, para ser competitivo demanda projetos de gran-

de porte, é que a concentração se dá nas chamadas gigantes. Aliás, diminuir tal concentração é um grande desafio da mineração no Brasil.

Há sim oportunidades para novos players. No entanto, é sempre impor-tante lembrar que no Brasil a questão do crédito é um grande desafio. Ob-serve que as mineradoras de menor porte, contrariamente às empresas al-tamente capitalizadas, não têm ativos reais para garantir o financiamento de seus projetos de mineração em insti-tuições brasileiras.

No Brasil, não existe capital de risco para exploração e pesquisa oriundos da Bolsa de Valores. Os motivos são vários, desde ausência de poupança de risco, a questão cultural e principalmente pela falta de incentivos e regulamentação que protejam o investidor e o minerador.

Tais limitações constituem-se em des-vantagens em relação às mineradoras de outros países, com os quais o Brasil compete.

B2L - O Brasil tem evoluí-do sobre fusões e aquisi-ções do setor no último semestre. Qual a tendên-cia no futuro?

Na mineração mundial como um todo tem havido tendência para fusões e aquisições. É um cenário mais ou me-nos típico de um período de “boom” como o que se teve verificado desde o início deste século. Isto também tem seus reflexos no Brasil.

B2L - Logística. Como o Brasil vem conectando suas distâncias? O setor privado ainda está à es-pera da resposta exclusi-va do setor público?

O governo brasileiro anunciou um im-portante plano para desenvolver a lo-gística no país. Os primeiros recursos anunciados vão para rodovias e ferro-vias. A iniciativa vai ter um impacto posi-tivo direto na atividade mineral, primeiro por ativar a indústria – uma vez que a construção ou reparo nas rodovias e em linhas férreas vai demandar bens mine-rais. Em seguida, a melhoria na logística vai significar uma maior competitividade do Brasil junto aos concorrentes.

B2L - Direito Minerário. Quais foram os avanços mais significativos con-quistados? Quais metas devemos perseguir para a garantia da segurança ju-rídica aos investidores?

O avanço mais significativo conquista-do não é recente. Ao contrário, ele re-corda 1934, quando se deu, no Brasil, a chamada “separação do solo do sub-solo”. Ali, ao se determinar que os re-cursos minerais do país são de domínio público (pertencem à União, conforme está na Constituição de 1988), mas é o setor privado que deve fazer sua explo-ração e aproveitamento, estabeleceu--se uma “regra do jogo”.

Metas a serem perseguidas são, além da manutenção dessa “regra maior”, o aprimoramento e a modernização do setor governamental que, na qualidade de gestor desse patrimônio que é de todos nós, deve desempenhar seu pa-pel de forma sempre eficaz.

Há ainda um melhor entrosamento en-tre a gestão de recursos minerais e a gestão do meio ambiente. Aliás, neste particular, o que se deve preconizar é a chamada “gestão compartilhada” em que todos, inclusive o segmento prova-do, dele participe.

ESPECiAL

Page 26: Revista B2L Corporate 8

Maior produtora de minério de ferro e se-gunda empresa de mineração e metais do planeta.

A empresa detém a segunda maior pro-dução mundial de níquel e produz ainda minério de manganês e ferro liga, cobre, carvão térmico e metalúrgico, fosfato, po-tássio, cobalto e metais do grupo da platina (“PGMs”).

A Vale está entre as maiores companhias do setor privado negociadas no mundo. A empresa tem capitalização de mercado de aproximadamente US$ 100 bilhões, com cerca de 400 mil acionistas em todos os continentes.

De acordo com o Boston Consulting Group, uma das empresas líderes de consultoria no mundo, a Vale foi escolhida como uma das 25 maiores geradoras de valor sustentável aos acionistas no mundo, devido ao seu extraordinário desempenho ao longo dos últimos 10 anos.

PeRfil

vale

omã (oriente Médio)

ESPECiAL

outubro 201224

Page 27: Revista B2L Corporate 8

ESPECiAL

extração de minério de ferro em Carajás (PA)

Com operações, escritórios, explorações e joint ventures espalhados pelos cinco continentes, a Vale atua em 37 países.

(próprios e terceiros – dados do 2º trimestre de 2012)

Produção:

2010

307,795 milhões

2011

322, 632 milhões

(toneladas métricas)

2010

receita operacional:

US$ 46.481 bilhões

lucro líquido:

US$ 17.264 bilhões

2011

receita operacional:

US$ 60.389 bilhões

lucro líquido:

US$ 22.885 bilhões

investimentos

2012 | US$ 21,4 bilhões

2013 | US$ 16,8 bilhões**(projeção do mercado)

US$ 20 bilhõesinvestimentos na S11DA produção atenderá a demanda mun-dial aquecida pelos crescentes investi-mentos em construção civil, máquinas, equipamentos, aviões, celulares e outros elementos essenciais no dia a dia que têm o minério de ferro como ingrediente

China:

2010

126,400 milhões

2011

131,870 milhões

(toneladas métricas)

Global

empregados

minério de ferro dados financeiros

Vendas principal mercado

total 139.874

Brasil 107.001

internacional 32.873

Page 28: Revista B2L Corporate 8

Segue curso na serra sul de Carajás, no Pará, o maior projeto da história da Vale e também o maior da indústria de mi-nério de ferro. O projeto Serra Sul S11D fornecerá 90 milhões de toneladas métricas de minério de ferro por ano. Quanto estiver em plena capacidade, a produção total de minério da Vale no Pará deverá alcançar 230 milhões de to-neladas por ano.

Serão cerca de US$ 20 bilhões investi-dos, sendo US$ 8 bilhões destinados à instalação da nova mina e da usina de beneficiamento, e o restante destina-do à infraestrutura logística do projeto. Além do investimento bilionário, o pro-jeto vai gerar mais de 30 mil empregos diretos durante a fase de implantação e reforçar as exportações brasileiras.

Atualmente, a Vale realiza em Carajás a

operação simultânea de quatro minas de ferro a céu aberto, e tem outra em fase de abertura. O complexo é o maior produtor de minério de ferro no planeta. Assim, com olhos no Brasil, a Vale quer ser líder global.

Plano de NegóciosInseridos no Plano de Negócios e Ges-tão 2012-2016 da Cia, um dos projetos é o Teluk Rubiah, na Malásia, que compre-ende a construção de terminal marítimo com profundidade suficiente para rece-ber navios de 400.000 dwt e um pátio de estocagem. A previsão de start-up é para o primeiro semestre de 2014.

Outro projeto internacional é o Moa-tize II, em Moçambique (África), que aumentará a capacidade de produção de carvão para 22 Mtpa, além da im-plementação do projeto do Corredor

Murilo Ferreira, Diretor-Presidente

Futuro Serra Sul S11D

Para ser líder global, serão Us$ 20 b i l h õ e s n o b r a s i l

de Nacala, uma infraestrutura de lo-gística ferroviária e portuária de classe mundial, para sustentar a expansão da capacidade de produção de Moatize. Ambos têm previsão de start-up para o segundo semestre de 2014.

outubro 201226

ESPECiAL

Page 29: Revista B2L Corporate 8

AquisiçõesAquisições são parte importante da estratégia da Vale, como explica a Cia. Em fevereiro de 2011, a Vale investiu US$173,5 milhões para adquirir o con-trole da Biopalma, no Estado do Pará. A Biopalma produzirá óleo de palma, ma-téria-prima utilizada para fazer biodiesel, e a maior parte da produção será usada em uma mistura B20 (mistura de 20% de biodiesel e 80% de diesel comum) como combustível para a frota própria de locomotivas, equipamento e maqui-nário pesados.

áfricaSobre a instabilidade política em países africanos onde a Vale atua, e a necessidade de reposicionar ações estratégi-cas da empresa, a Vale segue política de expandir sua atu-ação no continente. A África é uma prioridade do plano de investimentos da Vale para os próximos anos, como infor-ma a Assessoria de Imprensa da Cia.

“A instabilidade política foi um entrave para os investimen-tos por décadas, mas dá agora um cenário diferente e sinali-za a necessidade de um plano sustentável de crescimento”.

nova Caledônia (oceania)

Austrália (oceania)

Moçambique

Peru (América do Sul)

Em junho deste ano, a Biopalma da Amazônia S.A., empresa da Vale em sociedade com o Grupo MSP, inaugu-rou a sua primeira usina extratora de palma (dendê), localizada no municí-pio de Moju, a 150 km de Belém. A usina é a primeira de duas unidades que serão construídas para extrair o óleo do fruto. Além disto, será cons-truída uma planta industrial para transformar o óleo em biodiesel a partir de 2015. O investimento total é de US$ 500 milhões.

ESPECiAL

Page 30: Revista B2L Corporate 8

Dos uS$ 18,3 bilhões em exportações totais do Estado do Pará em 2011, as

indústrias de mineração e Transformação mineral responderam por 91% deste valor.

Juntas, exportaram uS$ 16,8 bilhões, fazendo do setor mineral o grande vetor de crescimento do comércio exterior paraense.

Para quem mira a região Norte em Mineração, Gomes Junior avisa: “Competência, seriedade, responsabilidade social e inte-ração com as comunidades do entorno do empreendimento.”

Fusões e AquisiçõesO Brasil hoje tem uma economia mineral consolidada e é um dos grandes players mundiais. Ao lado da China, Austrália, Ca-nadá e Estados Unidos, forma o eixo forte da mineração glo-bal. O presidente do SIMINERAL explica que aquisições e fu-sões são comuns no mercado globalizado e grandes negócios dessa natureza já foram realizados, como a aquisição da Inco pela Vale, da Alcan pela Rio Tinto, da Billiton pela BHP, entre os exemplos bem sucedidos. Mais para frente poderão ocor-rer fusões/aquisições de segmentos menores, ou mesmo de grandes corporações como pequenas e médias.

LogísticaO Brasil pode ser considerado um vencedor em logística de minério, basta ver que somos competitivos na China atraves-sando dois continentes. O minério de Carajás ganhou merca-do conectando minério de elevado teor com grandes volumes para vencer concorrências transoceânicas.

Recentemente o Governo Federal, em decisão acertada, como pontua o SIMINERAL, disponibilizou oportunidades que envol-vem ferrovias para vencer desafios e modernizar a logística brasileira. “A mineração será beneficiada com isso”.

A visão do Pará comparado aos players mundiais da mineração vem do presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Es-tado do Pará (SIMINERAL), José Fernando Gomes Júnior. “O Pará pode ser comparado a um país minerador: já passou pelo ciclo do ouro, minério de ferro, manganês, alumínio e cobre, e acaba de entrar na fase do níquel”. Daqui a cinco ou seis anos, quando forem consolidados todos os novos projetos, o presidente projeta os voos do Estado. “A produção paraense de alumina equivalerá à metade da atual produção chinesa. A de bauxita equivalerá a 70% da produção australiana. A produ-ção de ferro superará à da Índia. A do cobre será similar à da Indonésia; o mesmo ocorrendo com a do níquel. A produção de manganês será equivalente à da África do Sul”.

No Sudeste do Estado, a participação no PIB praticamente dobrou em 10 anos. “De lá vem o município com a segunda performance de ICMS do Estado - Parauapebas, que também figura entre o primeiro e segundo maior município exportador do Brasil. Tudo porque lá está localizada a Serra dos Carajás. Outro ponto a citar: dos oito maiores PIBs per capita do Pará, cinco têm base mineral”.

Entre potencialidades e regiões pouco exploradas, Gomes Ju-nior ressalta a boa distribuição geográfica para seus minérios. Hoje três regiões se destacam: o Sudeste paraense, cujo des-tino é o mercado externo, o Nordeste, com produção voltada para o mercado interno e o Oeste, que possui mercado misto.

“Não há dúvida que Carajás é a grande anomalia mineral não só do Pará, como do Brasil, mas também do mundo. Lá exis-tem minérios de ferro, manganês, cobre, ouro, níquel dentre outros. No Nordeste a predominância é de bauxita e caulim. Já no Oeste há ouro no Tapajós, bauxita em Oriximiná e Juruti, dentre outros.”

PerfilA indústria mineral paraense engloba todos os níveis, desde grandes empresas até pequenas. Informações da entidade mostram que ao mesmo tempo em que há a Vale, que produz 100 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano, existem projetos com produção inferior a 1 milhão/ano.

“um país minerador”

2015

2014

2013

2012 R$ 30,6 bilhões

R$ 39,8 bilhões

R$ 45,7 bilhões

R$ 63,2 bilhões

Projeção da produção mineral do Pará

Font

e: D

NPm

2011

outubro 201228

ESPECiAL

Page 31: Revista B2L Corporate 8

Indústria de trans-formação mineral

Indústria de mineração

Outros negócios

Infraestrutura e transporte

US$ 6,922 bilhões US$ 22,482 bilhões

US$ 1,562 bilhões

US$ 10,880 bilhões

investimentos previstos pela indústria mineral até 2016

Fonte: SimiNErAL | 2012

Font

e: S

imiN

ErA

L 20

12

Mapa Mineral do Pará

As empresas ligadas à logística no transporte de minério na região de Parauapebas e Canãa dos Carajás (Pará) têm encontrado um ambiente fa-vorável para o seu crescimento. De modo geral, são empresas terceirizadas da Vale que empre-gam um quantitativo razoável de trabalhadores. Algumas pecam por não conhecer as peculiari-dades da região.

Diante do crescente mercado, a mão de obra mais especializada é disputada e os salários acabam sendo majorados, criando dificuldade às empresas terceirizadas para cumprimento dos contratos.

As mineradoras, as quais de modo geral perten-cem a grandes grupos empresariais, já possuem certa facilidade na obtenção de investimento para o seu crescimento e aumento da produ-ção. Tal fato não tem ocorrido com as empresas que prestam serviços de meio às mineradoras, que acabam tendo que buscar o seu capital de giro através de empréstimos bancários.

Nessas empresas, chamadas de meio, está o alvo para investimentos. Diante do constante crescimento das cidades sede das minas, as empresas prestadoras de serviço poderão vir a atender outras demandas existentes dentro do ramo de sua atuação, aproveitando a sua estru-tura montada, criando assim, mais uma fonte de faturamento.

Saiba mais:• É o segundo maior produtor de ferro e níquel

do mundo, e o maior de bauxita, manganês, caulim e cobre. Só o ferro representa 64,19% das exportações, tendo a China como a princi-pal destinatária da exportação desse produto, seguida pelo Japão, com 11% da exportação;

• Possui quatro portos, que juntos possuem ca-pacidade para a exportação de mais de 100 milhões de toneladas;

• O setor energético possui uma capacidade instalada de 8.400 megawatts, sendo que o potencial hidrelétrico pode chegar a 50 mil megawatts.

Expertise B2l Tito Eduardo V. do Couto Sócio B2L

ESPECiAL

Page 32: Revista B2L Corporate 8

As cifras são todas superlativas. Serão US$ 30 bilhões de investimentos diretos no setor mineral em Minas Gerais até 2016 e um novo eldorado irá ficar com R$ 8,6 bilhões dos aportes. O setor pri-vado promete abrir no Norte do Estado uma nova fronteira da exploração de mi-nerais. Com a descoberta de uma super-jazida de minério de ferro estimada em 20 bilhões de toneladas, de acordo com o governo mineiro, o futuro está aqui.

A Sul Americana de Metais (SAM), em-presa do grupo Votorantim, deu início no mês passado ao licenciamento do Projeto Vale do Rio Pardo, para produzir 25 mi-lhões de toneladas por ano de minério de ferro a partir de 2015 em Grão Mogol e Padre Carvalho. Investimentos vão chegar a R$ 4,2 bilhões até 2015. Os recursos da chinesa Honbridge Holdings servirão para escoar o minério de ferro da mina de Grão Mogol para o Porto de Ilhéus, na Bahia, por meio de um mineroduto.

A Mineração Riacho dos Machados, do grupo canadense Carpathian Gold, concluiu a etapa inicial de licenças para iniciar as obras da reserva de ouro que adquiriu da Vale, com volume es-

timado de três toneladas por ano, em um ano e meio.

A Vale anunciou, em junho do ano pas-sado, a intenção de extrair ferro em Serranópolis de Minas, Riacho dos Machados, Grão Mogol e Rio Pardo de Minas, com potencial para produzir 600 mil toneladas anuais. A Companhia está discutindo o projeto com técnicos do governo de Minas. Outro empreendi-mento anunciado em 2010 e ainda pen-dente de confirmação é a extração de ferro em Grão Mogol e Porteirinha pela antiga Mineração Minas Bahia, adquiri-da pela empresa do Cazaquistão ENRC, dona da Bahia Mineração (Bamin).

Além de grandes projetos que ganha-ram viabilidade com a demanda aqueci-da por minérios para a China e da Ásia, continuam os investimentos e a pros-pecção da indústria, explica o subse-cretário de Política Mineral e Energética de Minas Gerais, Paulo Sérgio Machado Ribeiro. “Somos o único Estado com praticamente 100% do território com levantamento aerogeofísico”. O mapea-mento diminui os riscos para os inves-tidores, proporcionando abertura para novas descobertas minerais no Estado.

Corrida dos

Nova fronteira mineral no Norte mineiro alcança r$ 8,6 bilhões

outubro 201230

ESPECiAL

Page 33: Revista B2L Corporate 8

Jazidas estimadas em

20 bilhões de minério de ferro de baixo teor. Grandes players mundiais possuem áreas de pesquisa na região

Investimentos Sul Americana de Metais S.A (Votorantim Novos Negócios) no valor de

US$ 4,2 bilhões

Norte de Minas: Salinas, Grão Mogol, Rio Pardo de Minas, Porteirinha, e Nova Aurora.

Total: 20 municípios

m i n a s Gerais

50% do PIB mineral do

país

da produção de Nióbio 97%

da produção de diamantes

66%

da produção de zinco 100%

exportação minério de ferro

46,8% da produção de minério de ferro

71%

Novo polo mineral

da produção de ouro

65%

Estados com forte participação da ati-vidade mineradora como Minas Gerais e Pará declaram a grande disparidade entre os royalties do petróleo e do mi-nério. Enquanto em 2011, no Brasil, os royalties e participações especiais refe-rentes ao petróleo alcançaram a soma de R$ 25,8 bilhões, os valores arreca-dados com a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) foram de R$ 1,54 bilhão. Des-

se total, 12% foram para a União, 23% para os Estados e 65% distribuídos en-tre os municípios mineradores.

No ano passado, Minas Gerais ficou com R$ 181,4 milhões arrecadados pela CFEM. O Rio de Janeiro arrecadou cerca de R$ 7 bilhões relativos a royalties e participação especial na exploração petrolífera.

Atualmente, as mineradoras pagam de 0,2% a 3% do faturamento líquido pela

exploração dos recursos minerais, in-cluindo ouro, ferro, pedras preciosas, car-vão e metais nobres, por meio da CFEM. No caso do minério de ferro, principal produto da pauta brasileira, a proposta é que o percentual seja em média de 4% sobre o faturamento bruto.

outubro 2012 31

ESPECiAL

Page 34: Revista B2L Corporate 8

Setor sensívelDe acordo com o subsecretário, os projetos estão para ser encami-nhados pelo Ministério de Minas e Energia (MME) há cerca de dois anos. “A fase de alvará de pesquisa também está parada para mi-nerais metálicos, gerando impacto financeiro para os mineradores e inibindo a entrada de novos investimentos”, alerta.

Ribeiro classifica a atividade como de capital de risco. A mineração, em sua visão, apresenta-se como uma das poucas áreas em que a conces-são não é feita seguindo critérios de menor preço e sim por quem chega primeiro (novo marco prevê mudanças neste sentido). “Os investimen-tos de alto impacto requerem estabilidade jurídica aliada a pro-cessos de longa maturação. No entanto, nunca houve atitudes que não honrassem o setor”.

Saiba Mais A proposta do novo marco regulatório da mineração deverá entrar na pauta do Senado e da Câmara dos Deputados até o fim do ano. Os estudos que resultaram em três projetos de lei foram concluídos pelo Ministério de Minas e Energia e en-caminhados a outras áreas do Executivo.

A proposta institucional cria o Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM) e introduz mudanças nos procedimentos de outorga. Já o projeto que institui a Agência Nacional de Mineração, substitui o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

A terceira proposta apresenta uma nova política de royalties do setor mineral com mudanças na CFEM. Os três projetos podem ser consolidados em uma única pro-posta, a cargo da Casa Civil. São sugeridas alterações na forma de cálculo, nos critérios de distribuição e uso da CFEM. O objetivo é aperfeiçoar os procedimentos de arrecadação, fiscalização e cobrança.

Cré

dito

s: d

ivul

gaçã

o/SE

DE

Paulo Sérgio Machado ribeiro

outubro 201232

ESPECiAL

Page 35: Revista B2L Corporate 8
Page 36: Revista B2L Corporate 8